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A L G U N A S FUENTES DE QUEVEDO I. L O S H E R E J E S D E L SUEÑO
DEL
INFIERNO
U n estudio sistemático d e l problema de la herejía en E s p a ñ a —problema, por l o d e m á s , tan apasionante para toda la E u r o p a de entonces— c o n t r i b u i r í a no poco a la c o m p r e n s i ó n del pensamiento de Quevedo. E n este estudio sólo nos referiremos a u n aspecto muy determinado de la obra del escritor español: la larga lista de herejes que aparece a l final del Sueño del infierno, con particular atención a las fuentes utilizadas y a su tratamiento. P o r lo pronto es fácil ver que el pensamiento de la época, aun fuera de E s p a ñ a , fluctúa entre dos nociones b i e n distintas de herejía. U n a , la m á s generalizada, entiende por tal toda creencia (religiosa o no) en disonancia con el dogma (o con las opiniones dogmáticas m á s recibidas), sea ella anterior o posterior al cristianismo. Así por ejemplo, en el Catalogus haereticorum de Petreius, compuesto a principios del siglo x v n , se i n c l u y e n títulos de este tenor: " M a t h e m a t i c i (et n u n c et o l i m ) " , " S a m a r i t a n i " , " J u d a e o r u m secta", etc. Se hallan t a m b i é n en él algunas religiones antiguas, c o m o los " M u s ca- Accaronitae" (antiguo culto de Ecrón, mencionado en el p r i m e r c a p í t u l o de II Reyes). Petreius llega, inclusive, a n o m b r a r entre los herejes a los maronitas, no obstante haberse sometido éstos al papado ya en 1 1 8 2 . E l catálogo heresiológico m á s importante de los siglos x v i y x v n es tal vez el Adversas omnes haereses del español A l f o n s o de Castro ( 1 4 9 5 - 1 5 8 8 ) . A l p r i n c i p i o del v o l u m e n se nos da la definición: "Haeresis est dogma falsum, fidei orthodoxae repugnans". Y , de acuerdo con estos términos amplios, se menciona 1
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1 THEODORUS PETREIUS ( n o m b r e l a t i n i z a d o d e l c a r t u j o T h e o d o r Peeters), Catalogus haereticorum et haeresiarcarum ( C o l o n i a , 1629, P O R P e d r o B r a c h e l ) . 2 ALFONSUS DE CASTRO, Adversus omnes haereses libri quatordecim (tengo a l a v i s t a l a e d i c i ó n de 1558, C o l o n i a , p o r J u a n N o v e s i a n o ) . H a b l a n d o de h e r e s i ó l o g o s e s p a ñ o l e s , d i r e m o s q u e e n e l Para todos de M o n t a l b á n (1632) se a t r i b u y e a Q u e v e d o l a c o m p o s i c i ó n de u n t r a t a d o sobre esta m a t e r i a : " D o n F r a n c i s c o G ó m e z de Q u e u e d o V i l l e g a s , C a u a l l e r o d e l A b i t o de S a n t i a g o . . ., t i e n e p a r a sacar a l u z . . . Origen de todas las heregias, y Fisionomía para conocer los Nouatores que preuienen persecución contra la Iglesia'' (Para todos, e d . d e A l c a l á , 1661, p . 519).
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entre los herejes a idólatras o apóstatas del A n t i g u o Testamento ( " M u s o r i t a e " , " H e l i o g n o s t i c i " , etc.). E l otro concepto de herejía que existía en tiempos de Quevedo es m á s estricto, aunque menos generalizado. Se trataba, en p r i n c i p i o , de l a noción moderna, sostenida ya por teólogos salmantinos del siglo x v i . Según ella, n o es hereje nadie que no haya recibido el bautismo. T a l es la definición de M e l c h o r C a n o (Loci theologici, bajo el título " D e haeresi"), que concuerda con el concepto tomista: "Ideo haeresis est infidelitatis species, pertinens ad eos qui fidem Christi profitentur, sed ejus dogmata c o r r u m p u n t " 3 . L a tesis de Suárez es todavía m á s radical. Sólo son herejes los que sustentan errores en contra de la verdad revelada formal, n o sólo virtualmente (o simplemente proclamada por la Iglesia, como la traiisubstanciación) 4 . E n suma, según este concepto más moderno, que ya comenzaba a ser elaborado en tiempos de Quevedo, y a u n antes, los herejes n o deben confundirse n i con los idólatras del A n t i g u o Testamento ( " a p ó s t a t a s " , si antes h a b í a n profesado la r e l i g i ó n monoteísta), n i menos a ú n con los cismáticos (la m a y o r í a de los cultos cristianos orientales) que, a u n q u e no sometidos a la a u t o r i d a d papal, no disienten en n i n g ú n artículo de fe divinamente revelado (o tenido por tal). D e esta consideración p r e l i m i n a r resulta que Quevedo n o se atuvo a l concepto más riguroso de herejía, sino, evidentemente, a la n o c i ó n amplia. E n el Sueño del infierno menciona veintitrés " h e r e j í a s " del A n t i g u o T e s t a m e n t o 5 y, entre los herejes posteriores, a Mahoma6. E n l a edición de la BAAEE, a l p r i n c i p i o de l a lista de herejes del Sueño del infierno, F e r n á n d e z G u e r r a inserta la siguiente nota: "Quevedo, para estos a r g ü i d o s de herejes antes de la venida de Cristo, n o hizo sino compilar el Catálogo de las herejías formado por Filastrio, obispo de Brescia, varón d o c t í s i m o en las Sagradas Escrituras, amigo y familiar de San A m b r o s i o de M i l á n , y que floreció en el i m p e r i o de T e o d o s i o , por los años de 3 8 0 . Philastrii episcopi brixiensis haereseon catalogus (Basilea, 1 5 2 8 , sin noticia de impresor, que debe de ser J u a n d é F a b r o ) " 7 . 3 TOMÁS DE AQUINO, Summa theologica, H a I l a e , q . x , a. 1. * FRANCISCO SUÁREZ, De fide, d i s p . I I I , sect. x i , n . 11. S ó l o d e s p u é s d e h a b e r c o n c l u i d o este a r t í c u l o l l e g a a m i s m a n o s l a excel e n t e e d i c i ó n crítica y s i n ó p t i c a d e l Sueño del infierno p o r A m é d é e M a s ( P o i tiers, 1955). L a serie c o m p l e t a d e herejes a n t e r i o r e s a C r i s t o f a l t a e n todos los m a n u s c r i t o s u t l i z a d o s p o r M a s , a u n q u e está e n las e d i c i o n e s i m p r e s a s . Recordemos, sin embargo, que según u n a a n t i g u a tradición M a h o m a había a p o s t a t a d o de l a fe c r i s t i a n a . C f . l a n o t a d e C . H . GRANDGENT e n e l a r g u m e n t o d e l C a n t o X X V I I I d e l Inferno, e n s u e d . d e l a Divina Commedia, C a m b r i d g e , M a s s . , 1933, p . 247. M e h e v i s t o f o r z a d o a d e p e n d e r , p a r a este a r t í c u l o , de l a y a c e n t e n a r i a 5
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L a nota de F e r n á n d e z G u e r r a es correcta, en lo esencial, pero i) la edición p r í n c i p e de Filastrio (Basilea, 1 5 2 8 ) no es de J u a n de Fabro, sino de J u a n Sichard (Joannes Sichardus) 8 ; 2) Quevedo p u d o haber utilizado tanto la edición príncipe como la segunda, tamb i é n de Basilea ( 1 5 3 9 ) ; 3) según F e r n á n d e z G u e r r a , Quevedo se b a s ó en Filastrio para los herejes del A n t i g u o Testamento: en realidad, Quevedo siguió al mismo heresiólogo t a m b i é n para nueve personajes posteriores; 4) dice e l mencionado editor que Filastrio fue 'Varón d o c t í s i m o en las Sagradas Escrituras": ello tampoco es seguro (como en seguida veremos). D e la v i d a del heresiólogo de Brescia poco se sabe (aun su n o m b r e ofrece dificultad, pues, aunque las grafías con Ph fueron rechazadas por los eruditos, compiten los nominativos Filastrius y Filaster en los manuscritos) 9 . Casi todos los datos biográficos que de él se poseen provienen de u n s e r m ó n de su sucesor, San Gaudencio, con motivo del decimoquinto aniversario de su m u e r t e 1 0 . E l Líber de haeresibus de Filastrio contiene una r á p i d a exposición de las opiniones heterodoxas, tanto j u d í a s como cristianas, hasta la época del autor. E n u m e r a 2 8 "herejías 1 ' judaicas y 1 2 8 cristianas. L a segunda parte puede dividirse en dos secciones, de 6 4 herejías cada una. E n la primera, las opiniones son estudiadas históricamente y atribuidas a u n autor. E n la segunda, se las agrupa según sus enseñanzas, r e p i t i é n d o s e muchas sectas ya mencionadas en la primera. Las cifras 2 8 7 1 2 8 son, pues, arbitrarias. Filastrio quiso atenerse a ellas, como dice G . Bardy (loe. cit.), a u n a riesgo de m u l t i p l i c a r innecesariamente herejes y herejías. Y , acerca del Liber de haeresibus, añade: N o tiene sino un débil valor doctrinal. E n ninguna parte se preocupa el autor de definir el concepto mismo de herejía, y llega a e d i c i ó n de F e r n á n d e z G u e r r a (BAAEE, t. 23, p p . 321-324). L a r e e d i c i ó n de Clás. cast. (1916) n o es más q u e u n a r e p r o d u c c i ó n p u n t u a l y pedestre d e l texto y las notas d e F e r n á n d e z G u e r r a , a t r i b u i d o s esta vez a j u l i o C e j a d o r y F r a u c a . L a s l l a m a d a s " e d i c i o n e s c r í t i c a s " de A s t r a n a M a r í n (a pesar de su c o n t r i b u c i ó n p o s i t i v a , e n l o r e l a t i v o a l a e x h u m a c i ó n de a l g u n o s d o c u m e n t o s inéditos) j a m á s j u s t i f i c a n sus v a r i a n t e s , c a r e c e n casi p o r c o m p l e t o de a p a r a t o t e x t u a l , y e n este pasaje, p o r e j e m p l o , n o d i c e n u n a p a l a b r a sobre l o s herejes m e n c i o n a dos p o r Q u e v e d o o las fuentes u t i l i z a d a s . E n c u a n t o a l a e x c e l e n t e e d i c i ó n crítica y s i n ó p t i c a d e A m é d é e M a s , r e p i t o q u e n o t u v e ocasión de v e r l a o p o r tunamente. 8 ALBERTUS FABRICIUS, a q u i e n se d e b e l a 5* e d . de F i l a s t r i o ( H a m b u r g o , 1721), d i c e q u e l a e d i c i ó n p r í n c i p e es de E . P e t r u s ; p e r o G . BARDY (Dictionnaire de théologie catholique, s. v. " P h i l a s t r e " ) y sobre t o d o F . MARX, e n su excel e n t e e d i c i ó n crítica (FILASTRII Diversarum haereseon liber, V i n d o b o n a e , 1898, Corpus scriptorum ecclesiasticorurn latinorum, 38), p . x x v i i , l a a t r i b u y e n a J o a n n e s S i c h a r d u s ( J e a n S i c h a r d ) . M a r x describe l a e d i c i ó n p r í n c i p e d e t e n i damente. 0
1 0
V é a s e F . MARX, e d . c i t . , p . v i i i , " D e n o m i n e F i l a s t r i i et p a t r i a " . R e p r o d u c i d o e n v a r i a s e d i c i o n e s d e F i l a s t r i o y e n l a PL, t. 22, cois. 997-
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incluir bajo ese nombre opiniones que nada tienen de erróneo, como: Alia indignatione
est haeresis quae fieri, sed natura
terrae motum non Dei jussione et ipsa elementorum opinatur (cu). . .
Sobre todo en la última parte de la obra, se multiplican noticias de tal género. H o y nos sería imposible asignar nombres o fechas a los errores, reales o imaginarios, que Filastrio describe. Esta ú l t i m a afirmación es interesante para nuestro estudio. A ello se debe tal vez que Quevedo, después de seguir fielmente el Líber de Filastrio, l o deje de pronto y siga con otra fuente. C l a r o es que n o p o d r í a haberse servido de " h e r e j í a s " d e l tenor de la siguiente: annorum
Alia
est haeresis,
a mundi
origine
quae
dicit
incertum
numerum
esse
(ex).
Las primeras 3 2 herejías enumeradas en e l Sueño del infierno están tomadas d e l texto de Filastrio, y casi exactamente en el mism o orden: FILASTRIO
1. 2.
3456. 78.
910. 11.
12. 1
3-
14.
lòie. 18.
20.
Ophitae Caiani Sethiani Dositheus Sadducaei Pharisei Samaritani Nazarei Esseni Heliognosti Ranarum cultores Musoritae Musca-Accaronitae Trogloditae Fortuna Coeli B aliali tae Astharitae Haeresis de idolo Moloch et Remphan Haeresis de ara Tophet Puteoritae
QUEVEDO
ofiteos cainanos sethianos Dositheo Saddoc, autor de los sadduceos fariseos
heliognósticos devictíacos los que veneran las ranas musoritos los que adoran la Mosca accaronita trogloditas los de la fortuna del cielo los de Bahal los de Asthar los del ídolo Moloch y Renfán los del ara de Tofet puteoritas
1002. E l d i s c u r s o d e G a u d e n c i o p r e s e n t a a F i l a s t r i o c o m o v i a j e r o i n c a n s a b l e , que recorrió el m u n d o r o m a n o para predicar l a Palabra de D i o s y contender c o n p a g a n o s , j u d í o s y h e t e r o d o x o s . Sus p r i n c i p a l e s a d v e r s a r i o s f u e r o n los arríanos. D u r a n t e s u p e r m a n e n c i a e n M i l á n , d o n d e d i s p u t ó c o n e l a r r i a n o A u x e n c i o , se r e l a c i o n ó c o n S a n A g u s t í n ( q u e l o m e n c i o n a e n su Epístola 222). S u e l e v a c i ó n a l e p i s c o p a d o , d e f e c h a i n c i e r t a , d e b i ó d e ser a n t e r i o r a l 381, a ñ o e n q u e aparece e n t r e l o s o b i s p o s d e l C o n c i l i o d e A q u i l e a (EL, t. 12, c o l . 1061).
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o
21. 22. SS24. 26. 27. 28.
Haeresis ob aeneum serpentelli Haeresis subterraneis i n locis ad omnem turpidinem apta Haeresis cum T h a m u r simulachro Belitae Haeresis cum Bahal idolo De Pythonissa muliere haeresis superstitiosa De Asthar et Astharot simulachris haeresis Herodiani
Catalogus 29. 30. 3 1
32. 33343536. 3738.
eorum
qui
post Christi
N R F H , XII
los de la serpiente de metal
las j u d í a s . . . que lloraban a Thamur en su simulacro bahalitas la pitonisa arremangada los de Astar y Astarot herodianos passionem
haereseos
Simon Magus Menandrus Saturninus Basilides Nicholavs Antiochenus Haeresis ab luda traditore
Simón el Mago Menandró Saturnino Basilides Nicolás antioqueño
Carpocras Cerinthus Hebion Valentinus
Carpócrates Cerinto Ebión Valentino
(En varios Quevedo,
arguuntur
lugares de la obra pero no aquí)
de
N ó t e s e con c u á n t a fidelidad sigue Quevedo el orden de Filastrio. Pero hay algunas omisiones. Acaso los samaritanos (pueblo más bien que secta) se o m i t e n porque su n o m b r e recordaba la p a r á b o l a del b u e n samaritano. Los "nazareos" no eran en realidad herejes, sino los que se consagraban con voto especial a J e h o v á en el A n t i g u o Testamento ( N ú m e r o s , 6). Su nombre, a d e m á s , se parece a "Nazar e n o " , n o m b r e dado a J e s ú s y a los p r i m i t i v o s cristianos (Hechos, 2 4 : 5 ) . Los esenios se o m i t e n tal vez porque de ellos dice Filastrio: " M o n a c h o r u m v i t a m exercent, escás deudosas n o n sumen tes, nec s t u d i u m i n vestimentis gerentes, nec possidentes a l i q u i d : lectioni autem et bonis operibus insistentes. . . " E n cuanto a l a herejía del n ú m e r o 3 4 , "Haeresis ab J u d a traditore", Quevedo no la incluye en esta lista, pero la menciona unas p á g i n a s antes, en el mismo Sueño
del
infierno:
Llegándome cerca [de Judas] le dije: "¿Cómo, traidor infame sobre todos los hombres, vendiste a tu Maestro, a tu Señor y a tu Dios por tan poco dinero?" A lo cual respondió: "Pues vosotros, ¿por qué os quejáis deso? Que sobrado bien os estuvo, pues fue el medio y arcaduz para vuestra salud. Y o soy el que me he de quejar,
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y fue a mí a quien le estuvo mal, y ha habido herejes que me han tenido veneración, porque di principio en la entrega a la medicina de vuestro m a l " 1 1 . Quevedo d e b i ó de obtener esta ú l t i m a i n f o r m a c i ó n del mencionado título 3 4 de Filastrio: " A l i i autem a J u d a traditore instituerunt haeresim dicen tes: b o n u m opus fecisse J u d a m , q u o d tradiderit Salvatorem. H i c e n i m , i n q u i u n t , nobis omnis scientiae bonae autor [sic] extitit. . . H o c sciens J u d a , q u o d si fuerit passus Christus, sal u t e m h o m i n i b u s allaturus esset, h i n c tradidit Salvatorem". Las paradojas "Judas instrumento de s a l v a c i ó n " y "Judas menos culpable que los herejes" parecen haber sido u n a idea fija de Quevedo. E n el Sueño de las calaveras hace decir a l traidor: " S e ñ o r , yo soy Judas, y b i e n conocéis vos que soy m u c h o mejor que éstos [ M a h o m a y Lute.ro]: porque, si os vendí, r e m e d i é al m u n d o , y éstos, vendiéndose a sí y a vos, lo han destruido t o d o " 1 2 . Veamos ahora c ó m o elabora Quevedo la fuente latina. Comparemos la p r i m e r a herejía de su lista con la p r i m e r a de Filastrio. Estaban los ofiteos, que se Haman así en griego de la serpiente que engañó a Eva, la cual veneraron a causa de que supiéramos el bien y el mal.
Primi su?it Ophitae, qui dicuntur Serpentini, isti colubrum venerantur dicen tes: quod hic prior initium nobis sapientiae boni ct mali attulerit.
(Serpentini es traducción latina del helenismo ophitae. L a español i z a r o n ofiteos puede ser forma a n a l ó g i c a : cf. saduceos, fariseos, etc.). A q u í Filastrio comete u n anacronismo, y Quevedo t a m b i é n , por supuesto, dando pruebas de poca solidez en su c u l t u r a patrística. Los ofitas n o fueron u n a secta judaica anterior a la venida de Cristo, sino gnósticos del siglo 11, probablemente derivados de la escuela de Val e n t i n o (a q u i e n Quevedo menciona m á s adelante). Las principales referencias antiguas a los ofitas se h a l l a n en O r í g e n e s , Ireneo, Teodoreto, T e r t u l i a n o , E p i f a n i o y San A g u s t í n 1 3 , y todos ellos los dan como gnósticos del siglo 11. Pero no sólo los ofitas: t a m b i é n los cainanos y los setianos fueron gnósticos de ese siglo: . . .los
cainanos, que
alabaron a
Caiani,
qui
Cain
laudant...
di-
Caín porque, como decían, siendo
centes ex altera virtute,
hijo del mal prevaleció su mayor fuerza contra A b e l .
boli, Cain factum, ex altera autem Abel. .. et virtutem majorem, quae erat in ipso Cain invaluisse.
1 1
E d . cit., p . 316, e n n o t a a l p i e . E n l a r e i m p r e s i ó n de Clás.
id est dia-
cast., p p .
43-144. Clás. cast., p . 50. E n l a ed. o r i g i n a l de F e r n á n d e z G u e r r a , p . 301. 13 ORÍGENES, Contra Celsum, V I , 24-29; TERTULIANO, De praescr. haeret., 47; EPIFANIO, Haer., 37, 3 ss.; TEODORETO, Haeret. fab., I, 14; AGUSTÍN, De haeres. acl Quodvultdeum. E l t e s t i m o n i o m á s a n t i g u o c o n s e r v a d o es e l de IRENEO, Adversus haereses (PG, t. 7, cois. 694-704). 1
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C r e o que la forma Caiani era la m á s c o m ú n en latín, aunque existían otras 1 4 . Quevedo la traduce cainanos (derivado más n a t u r a l de C a í n ) . L a secta cainana fue, precisamente, la que reverenció a Judas como el instrumento por cuyo medio pudo consumarse el sacrificio expiatorio de Cristo. Esto no lo consigna Filastrio (que, bajo dos títulos distintos, se refiere a los cainanos y a la herejía del traidor Judas). Producción de los cainanos fue el Evangelio apócrifo de Judas, del cual cita Ireneo este interesantísimo pasaje: "Judas, siendo el ú n i c o que conoció la verdad antes que los otros, c o n s u m ó el misterio de la entrega" 1 5 . Quevedo no d e b i ó de tener u n conocimiento directo de estos pasajes patrísticos, pues no sólo no relaciona a los cainanos con los herejes que veneraban a Judas (mencionados repetidamente en los Sueños), sino que incurre en el citado anacronismo. N o podemos seguir con la c o m p a r a c i ó n de textos para cada uno de los peronajes. E n suma, Quevedo toma toda su información del heresiólogo antiguo, sin a ñ a d i r datos nuevos; sólo intercala u n chiste (a propósito de los "musoritas") o u n a digresión m o r a l (después de mencionar a Dositeo), etc. H e a q u í , sin embargo, algunas observaciones sueltas: Número 10 de Filastrio: Quevedo escribe helio-gnósticos en lugar de heliognostos (que se esperaría del latín heliognosti). Sin embargo, heliognostici, que no aparece en Filastrio, era más común, y se halla en Petreius y en otros tratados heresiológicos de tiempos de Quevedo 1 6 . Número 12: los musoritas no fueron una secta herética, n i siquiera una religión antigua. De ellos dice Filastrio: " A d m o n i t i a suis áureos fecerunt mures, atque eos cum arca et sedibus aureis remiserunt" 1 7 . Petreius también los cita, refiriéndose a Filastrio como única fuente. L a f o r m a Caiani se h a l l a t a m b i é n e n PETREIUS, op. ext., p . 39. E s e v i d e n t e q u e c o r r e s p o n d e a l g r i e g o Kaiavoí, q u e h a l l a m o s e n I r e n e o (Adv. haer., I , 35). D e r i v a Ka¿avo¿ d e l n o m i n a t i v o K a í s , e n q u e l a n a s a l d e l t e m a cae ante s i g m a . E n e l p s e u d o - T e r t u l i a n o h a l l a m o s Caiana haeresis (Adv. omnes haereses, 33). E n e l m e n c i o n a d o c a p í t u l o 47 de T e r t u l i a n o , De praescr. haereticorum, hallam o s otras dos f o r m a s m e n o s usadas: Cainai y Cainiani. E l o r i g i n a l g r i e g o de este pasaje d e I r e n e o se p e r d i ó , y sólo se c o n s e r v a e n t r a d u c c i ó n l a t i n a ( i g u a l q u e los l i b r o s I I a V de Adversus haereses y l a p a r t e final d e l p r i m e r l i b r o ) . T e n g o a l a v i s t a l a e x c e l e n t e e d i c i ó n de A . S t i e r e n , L i p s i a e , 1853, P- 7 4 " E t haec I u d a m p r o d i t o r e m d i l i g e n t e r cognovisse d i c u n t [ C a i a n i ] , et s o l u m p r a e ceteris c o g n o s c e n t e m v e r i t a t e m , praefecisse p r o d i t i o n i s m y s t e r i u m ; p e r q u e m et t e r r e n a et caelestia o m n i a d i s s o l u t a d i c u n t . E t c o n f i c t i o n e m afferunt h u i u s m o d i , I u d a e e v a n g e l i u m i l l u d v o c a n t e s " . E n notas a l p i e e l e d i t o r r e p r o d u c e los c o r r e s p o n d i e n t e s textos griegos d e T e o d o r e t o y E p i f a n i o . E n t r e esos pasajes griegos h a y u n o (EPIFANIO, Haer., 38) q u e es, s i n d u d a , l a f u e n t e d i r e c t a de F i l a s t r i o . — C o m o e x p r e s i ó n l i t e r a r i a de este t e m a h e r e s i o l ó g i c o , véase e l c u e n t o d e B o r g e s , " T r e s versiones de J u d a s " . 16 PETREIUS, op, cit.; G. PRATEOLUS ( D u p r é a u ) , De vitis, sectis et dogrnatibus omnium haereticorum ( C o l o n i a , 1581). F i l a s t r i o se basa a q u í e n e l e p i s o d i o de I S a m u e l (I R e y e s e n l a V u l 1 4
1 5
2
1 7
:
NRFH,
XII
ALGUNAS FUENTES DE QUEVEDO
43
Número 20: los puteoritas, igual que los ''trogloditas'' (núm. 14), son herejías imaginarias del obispo de Brescia, como anota Fernández Guerra. Filastrio toma aquí ingenua y literalmente el apostrofe metafórico de Jeremías, 2:13: "Porque dos males hizo m i pueblo: me dejaron a mí, fuente de agua viva, y cavaron para sí cisternas, cisternas rotas que no detienen agua" 1 8 . Número
23, "Haeresis
cum
Thamur
simulachro":
Fernández Guerra,
basándose sólo en el texto de Filastrio, anota (y Cejador copia): " T h a mur es el mismo faraón, rey de Egipto en los tiempos de Moisés". E l Líber de haeresibus dice: " T h a m u r enim Pharao ille dicebatur Rex ^Egyptiorum, qui sub beato Mose ^Egyptis praesidebat illo tempore". L a cita bíblica, que Fernández Guerra no da, es Ezequiel, 8 : 1 3 - 1 4 : " Y me dijo: Vuélvete y.verás mayores abominaciones que hacen. Y me volví a la puerta de la verja de la casa de Dios, y he aquí había mujeres sentadas llorando por Thamuz". L a letra final de esta palabra hebrea es zayin, no resh. L a forma Thamur,
en lugar de Thamuz,
es error de la
edición príncipe de Filastrio ( 1 5 2 8 ) , como también de las tres ediciones siguientes ( 1 5 3 9 , 1611 y 1 6 2 1 ) . Filastrio, como hemos visto, supone que Thamuz fue el faraón de tiempos de Moisés 2 0 . Fabricio, en su edición de Filastrio de 1721 (ad locum), cita un pasaje de Diodoro Sículo en que se identifica a Thamuz con el Adonis egipcio (ó 0ap>ík ó * A S a > n s é(TTt Kara TYJV ' E A A a S a (úvr¡v) lo cu al coincide con la tradición de San Jerónimo 2 1 ; pero los exégetas de Ezequiel, 8 : 1 4 tienen también otras 1 9
g a t a y los Setenta), 6:4-5. L o s filisteos h a b í a n t o m a d o e n b a t a l l a e l a r c a d e l p a c t o de Israel. M a s h a b i é n d o l e s e n v i a d o J e h o v á u n a p l a g a , p o r consejo de sus sacerdotes l a d e v o l v i e r o n c o n presentes: ratones de o r o e i m á g e n e s record a t o r i a s d e l castigo d i v i n o . E l mismo Filastrio cita el texto latino: " M e dereliquerunt, f o n t e m a q u a e v i v a e , et f o d e r u n t s i b i lacus d e t r i t o s , q u i n o n p o s s u n t capere a q u a m " . E s t a exégesis d e los lacus detritos de J e r e m í a s , j u n t o c o n o t r o s detalles y a r e f e r i d o s , nos h a c e n d u d a r de q u e F i l a s t r i o f u e r a " v a r ó n d o c t í s i m o e n las Sagradas E s c r i t u r a s " , c o m o a n o t a F e r n á n d e z G u e r r a , y c o m o c o p i a a l a l e t r a Cejador. 1 8
N i n g u n o de los mss. e s t u d i a d o s e n l a e d i c i ó n de F . M a r x t i e n e l a f o r m a i n c o r r e c t a Thamur p o r Thamuz, o, a l o m e n o s , M a r x n o l o c o n s i g n a (p. 10). P e r o l a e d i c i ó n p r í n c i p e se b a s ó e n u n códice h o y p e r d i d o ( p p . x x v i i x x v i i i ) . Sea q u e Thamur p r o v i n i e r a o n o de a l g u n o d e los m a n u s c r i t o s perd i d o s , n o h a y d u d a de q u e es e r r o r . P e r o n o creo q u e e l t e x t o de Q u e v e d o d e b a e n m e n d a r s e . E l e s c r i t o r e s p a ñ o l l e y ó Thamur en l a edición p r i m i t i v a , y s i n d u d a l o trasladó así a su m a n u s c r i t o . 1 9
P o r cálculos basados e n las c r o n o l o g í a s b í b l i c a y de E g i p t o , se a c e p t a g e n e r a l m e n t e q u e e l f a r a ó n de l a o p r e s i ó n fue R a m s é s I I , y e l d e l é x o d o M e r e m p t a h , a m b o s de l a X I X d i n a s t í a , a u n q u e u n d e s c u b r i m i e n t o a r q u e o l ó g i c o r e c i e n t e parece d e b i l i t a r esa teoría. C f . T . CHEYNE, Encyclopaedia Bíblica, L o n d o n , 1902, s. v. " P h a r a o " . D e todos m o d o s , l a a r q u e o l o g í a b í b l i c a n o c o n o c e n i n g ú n T h a m u z e n t i e m p o s de Moisés. 2 0
E n este l u g a r e x p l i c a S a n J e r ó n i m o : " A d o n i d e m , q u i occisus et r e v i x i s s e n a r r a t u r : J u n i u m m e n s e m e o d e m a p p e l l a n t n o m i n e , et a n n i v e r s a r i a e i celeb r a n t s o l e m n i t a t e m " ( c i t a d o p o r CLARIUS e n Critici sacri, L o n d r e s , 1660, v o l . V , " A n n o t a t a a d E z e c h i e l e m " , p . 39; e n e l m i s m o l u g a r p u e d e verse u n a serie d e c o m e n t a r i o s a n t i g u o s sobre Thamuz). 2 1
RAÚL A. DEL PIERO
44
NRFH,
XII
hipótesis . Platón y Filóstrato parecen identificar a Thamuz con un faraón legendario 2 3 . Por lo menos una cosa es segura: que la forma Thamur por Thamuz en las primeras ediciones de Filastrio es errata de imprenta. 22
Número
26,
"De
Pythonissa
mullere
haeresis
superstitiosa".
El
texto
de Filastrio (ed. príncipe) trae en nota la referencia bíblica, que Fernández Guerra omite. Se trata de la pitonisa de Endor, de I Samuel, 2 8 . Dice el heresiólogo: " A l i a est haeresis de Pythonissa, qua cooperientes vestimentis mulierem, ab ea quaedam responsa sperabant posse consequi: unde et aiunt Pythonissam illam beati Samuelis animam ab inferís excitasse..." Es evidente que al decir: "cooperientes vestimentis mulierem" Filastrio recuerda mal el pasaje bíblico, que dice del rey Saúl: "Cooperivit se et, mutatis vestimentis, alium se simulavit". E n cuanto al extraño epíteto que da Quevedo a la pitonisa, "arremangada", se debe probablemente a la interpretación contrario sensu de "cooperientes" (arremangada significaría lo contrario del participio de cooperio). Número 29, Simón el Mago. L a leyenda del vuelo de Simón, que Fernández Guerra ingenuamente da por histórica, proviene del libro apócrifo de los Hechos de Pedro *. Desde los tiempos de Justino Mártir, Simón el Mago fue objeto de abundante literatura patrística, no obstante lo cual es, sin duda, el personaje más complicado de toda la heresiología p r i m i t i v a 2 5 . Quevedo tomó a este personaje del título 2 9 de Filastrio, pero la nota de Fernández Guerra (copiada con puntos y comas por Cejador) proviene de las Officinae de Ravisio Textor 2 6 . L a 2
* 2 CHEYNE, op. ext., t. 4, c o l . 4893, d e r i v a Thamuz del n o m b r e babilónico Dumuzi, y c i t a e n n o t a a l p i e v a r i o s estudios m o d e r n o s q u e , c o n t r a las e x p l i caciones t r a d i c i o n a l e s de E z e q u i e l , 8:14, i d e n t i f i c a n este n o m b r e c o n u n a d e i d a d asirio-babilónica, n o egipcia. 2 3 FILÓSTRATO, Opera quae supersunt omnia, L i p s i a e , a p u d T . F r i t s c h , 1709, p. 234: " T h a m u m e n i m res n o v a s o l i m a p u d M e m p h i t a s m o l i e n t e m , i n c r e p a v e r e G y m n o s o p h i s t a e et coercuere. . ." E l e d i t o r G . O l e a r i u s a n o t a : "Thamoün est ex a n t i q u i s s i m i s y E g y p t i r e g i b u s c u i u s P l a t o m e m i n i t i n Phaedro. E u m ab h i p p o p o t a m o d i s c e r p t u m periisse n a r r a t S y n c e l l u s p . 54. U n d e q u a e de p l a n c t u Thamoús a p u d E z e c h i e l e m p r o p h e t a m sunt, n o n n u l l i e x p l i c a n t , q u e m O s i r i d e m v e l A d o n i d e m p u t a n t " . E n e l r e f e r i d o pasaje d e l Fedro, P l a t ó n p o n e e n b o c a de Sócrates estas p a l a b r a s : / f o c r i A e c o s 8 av TOT O V T O S Ályvirrov 0A77S Qafiov, irepí T7jv fieyáXrjv TTÓXIV rov avo) TOTTOV, r¡v oí " E A A r / v e s Atyv7TTta«? Qr/fias / c a A o w i . . . ( " s i e n d o e n t o n c e s rey d e t o d o E g i p t o T h a m ú s , j u n t o a l a g r a n c i u d a d d e l a r e g i ó n s u p e r i o r q u e los griegos l l a m a n T e b a s e g i p c i a . . ." (Platonis. . . Phaedrus, ed. I. C . V o l l g r a f f , L y o n , 1912, p . 91). A p ó c r i f o q u e p a r e c e d e o r i g e n o r i e n t a l . C f . L . VOUAUX, Les actes de Pierre. Introduction, textes, traduction et comrnentaires, P a r i s , 1922. L a ley e n d a d e l v u e l o de S i m ó n está e n e l cap. 31. A t a l p u n t o , q u e se h a c r e í d o q u e e l S i m ó n d e l N u e v o T e s t a m e n t o y e l de los r e l a t o s patrísticos s o n dos personajes d i s t i n t o s . C f . H e c h o s , 8:9=13, 18-24, f r e n t e a IRENEO, Adversus haereses I, 22, 2; H e g e s i p o , e n EUSEBIO, Historia eeclesiástica, I I I , 4, 13, y TERTULIANO, De anima, 34. H . A . WOLFSON, The philosophy of the Church Fathers, H a r v a r d U n i v e r s i t y Press, 1956, p p . 512 ss., i n c l u y e otras r e f e r e n c i a s patrísticas y u n e s t u d i o d e l s i s t e m a d e S i m ó n . D e estas Officinae he v i s t o u n a e d i c i ó n de L . J u n t a ( V e n e c i a , 1537); o t r a s
2 i
2 5
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XII
ALGUNAS FUENTES DE QUEVEDO
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explicación: " E n Roma, imperando Claudio, logró ser tenido por Dios, y dicen que honrado con aras y sacrificios" (Fernández Guerra) corresponde a Textor: "multos elusit Romae imperante Claudio principe, ita ut numinis loco habitus sit, et honore simulachri decoratus, cum hac inscriptione: Simoni Deo Sancto" . Número 30, Menandro. Aquí también la nota de Fernández Guerra ("Menandro, mago también de Samaria y discípulo de Simón, hizo por que le creyesen el salvador bajado del Olympo para salud de los hombres. . . Enseñaba que no se podía vencer a los ángeles con ningún pacto, sino con los recursos de la magia") se basa en Textor: "Menander magus, genere Samaritanus, servatorem se vocabat ex Olympo ad homin u m salutem demissum. Docebat nullo pacto angelos ab hominibus vinci posse quam magicae artis disciplina". Número 38: Valentino es el último de los herejes que Quevedo toma directamente de Filastrio. " E l que dio por principio de todo el mar y el silencio" corresponde a la explicación del Liber de haeresibus: " . . .Coepit hoc definire: N i h i l erat aliud ante, inquit, i n mundo, nisi profundum maris et silentium". Valentino es el primer personaje mencionado en el importante tratado Adversus haereses de San Ireneo de L y o n (el principal heresiólogo antiguo). Según Ireneo, Valentino dio por principio de todo a Bythos y al silencio 2 8 . 27
Quevedo ha ido siguiendo hasta a q u í el Liber de haeresibus, pero n o lo cita. M e n c i o n a r á a su autor, sin embargo, años más tarde, en una de sus obras serias, en que n o l o u t i l i z a como fuente: Las
cuatro
pestes y las cuatro
fantasmas ^. 2
E l lector que compare la parte final del Sueño del infierno con u n a edición moderna de Filastrio (la de F. M a r x , por ejemplo) n o t a r á que Quevedo sigue fielmente a l heresiólogo antiguo hasta V a l e n t i n o , el noveno hereje posterior a la venida de Cristo. Luego, a p a r t i r de M e n a n d r o (a q u i e n menciona ahora por segunda vez), sigue otra fuente. Esta segunda fuente es u n Suplemento de Filastrio, a ñ a d i d o a las primeras ediciones, y del que Quevedo toma nueve nombres: " A p u d M i l o c h u m , V e n e t i i s , 1537", y u n a r e e d i c i ó n p o s t e r i o r t a m b i é n d e V e n e c i a : A n t o n i u s J u l i a n u s , 1617. E l r e l a t o de l a estatua c o n l a i n s c r i p c i ó n Simoni deo sancto se h a l l a p r i m e r o e n JUSTINO MÁRTIR, I Apol., 26, y l o r e p i t e n s u c e s i v a m e n t e IRENEO, Adv. haer., I, 23, 4, TERTULIANO, Apol. 23, y EUSEBIO DE CESÁREA, Hist. eccles., I I , 23. Se l o t u v o p o r h i s t ó r i c o hasta q u e , e n 1574, se e x c a v ó (en l a m i s m a i s l a d e l T í b e r m e n c i o n a d a p o r J u s t i n o ) u n a c o l u m n a v o t i v a c o n l a insc r i p c i ó n Semoni Sanco deo fidio sacrum, esto es, c o n s a g r a d a a l a d e i d a d s a b i n a S e m o Sancus, l o c u a l i n d i c a r í a q u e J u s t i n o l e y ó m a l l a i n s c r i p c i ó n . S i n emb a r g o , F e r n á n d e z G u e r r a r e p i t e esta h i s t o r i a d e s e c h a d a ya p o r h i s t o r i a d o r e s d e l s i g l o x v i (y C e j a d o r l o c o p i a ) . E n a n t i g u o s t e s t i m o n i o s h e r e s i o l ó g i c o s sobre V a l e n t i n o se basa l a m o n o g r a f í a d e G . HEINRICI, Die Valentinianische Gnosis und die heilige Schrift. Eine Studie, B e r l i n , 1871. E d . F e r n á n d e z G u e r r a , BAAEE, t. 48, p . 115. 2 7
y
2 8
2 6
RAÚL A . DEL PIERO
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XII
M en andró, el mozo de S a m a r í a (mencionado p o r segunda vez); M o n t a n o el frigio; P r i s c i l l a y M a x i m i l l a , seguidoras de a q u é l ; N e pos; Sabino, prelado arriano; los templarios; G u i l l e r m o , " e l hipócrita de A n v e r s " ; y B á r b a r a , mujer d e l emperador Segismundo. Aparece este Supplementum incerti scriptoris en l a edición príncipe de Filastrio (Basilea, 1 5 2 8 ) , así como en l a segunda (Basilea, 1 5 3 9 ) , y en l a tercera y cuarta, de Helmstadt, 1 6 1 1 y 1 6 2 1 . A l b e r t u s Fabricius, en su edición de H a m b u r g o , 1 7 2 1 , omite el Supplementum —y a p a r t i r de él l o h a r á n t a m b i é n las ediciones modernas— dando esta razón en el p r ó l o g o Ad lectorem (p. 4 ) : " C a e t e r u m appendicem sive s u p p l e m e n t u m recentis scriptoris, c u m p a r u m accuratum sit, n u l l i u s auctoritatis, praetermissi". R e s o l u c i ó n acertada porque, en efecto, el " a p é n d i c e o suplemento de autor reciente" da l a i m p r e s i ó n de ser poco exacto (como veremos en seguida) y "de n i n g u n a a u t o r i d a d " . Consiste en u n a r á p i d a e n u m e r a c i ó n de 7 3 herejías, algunas de las cuales ya estaban en Filastrio. C u b r e unas quince p á g i n a s . E n muchos casos, este Supplementum no hace sino reproducir fielmente e l c a t á l o g o de herejes que a p a r e c í a ya en las Officinae de R a v i s i o T e x t o r , pero incluye t a m b i é n algunos nombres que faltan en éste. S e g ú n F e r n á n d e z G u e r r a , "para los herejes posteriores a l a venida de Jesucristo se valió Quevedo. . ., a d e m á s del índice de Filastrio, de los católogos de J u a n R a v i s i o T e x t o r : Joannis
Ravisii
Textoris
Officinae^
L u g d u n i , 1 5 8 5 , t. I I " 3 0 . S i n em-
bargo, Quevedo n o necesitó valerse de l a obra de T e x t o r . E n t r e los herejes d e l Sueño del infierno n o hay n i n g u n o que esté en las Officinae y q u e falte en Filastrio o en su Suplemento. P o r e l contrario, hay u n t í t u l o ( G u i l l e r m o " e l h i p ó c r i t a de A n v e r s " ) en que Quevedo coincide c o n e l Supplementum, pero que falta en R a v i s i o Textor 3 ^ 1 . E l p r i m e r personaje que Quevedo toma d e l Suplemento es M e n a n d r o (título 1 9 ) , sin notar que ya l o h a b í a tomado antes del mismo texto de Filastrio (título 3 0 ) : Sueño
del infierno
Menandro, el mozo de Samaría, decía que él era el Salvador y que
había caído del cielo.
Supplementum
Menander
Magus,
ritanus,
servatorem
Olympo
ad hominum
genere
Sarna-
se vocabat
ex
salutem de-
mis sum. Las Officinae y otras obras de Ravisio, hoy olvidadas, alcanzaron gran número de reimpresiones hasta fines del siglo xvu, y sirvieron, directa o indirectamente, como obra de consulta a más de un escritor español de la época. Jean Tixier (Joannes Ravisius Textor), señor de Ravissy, nació en 1480. Fue elegido rector de la Sorbona en 1520, y murió prematuramente en 1524. 81 Amédée Mas, basándose sólo en las dos fuentes indicadas por Fernández Guerra (Filastrio y Textor), llega a la conclusión inexacta de que Quevedo sacó de su propia cosecha los títulos "Nepos", "Guillermo" y "los templarios" 80
NRFH,
XII
ALGUNAS FUENTES DE QUEVEDO
47
Este título d e l Suplemento está copiado d e l catálogo de herejes de las Officinae de T e x t o r . Para los tres personajes q u e siguen, Quevedo se basa en e l título 21, " M o n t a n u s " 3 2 , d e l Supplementum: M e n a n d r o . . . decía que él era el
Montanus
Phryx
natione,
voca-
Salvador..., y por imitarlo decía detrás de él Montano frigio que él
bat se Paracletum. traxit haeresim.
era el Paracleto. Síguenles las desdichadas Priscilla y M a x i m i l l a he-
Maximillam, quae eo redigit insaniae, ut relictis viris eam sequeren-
resiarcas. Llamáronse sus secuaces catafriges, y llegaron a tanta locu-
tur, ejusque Propheticum
ra, que decían que en ellos, y no
Sectatores
en los apóstoles vino el Espíritu
tur. Hi Spiritum
Santo.
Apostolis,
Multos in suam Et Priscam et
inspiratione habere se
Spiritum crederent.
ejus Cataphryges
Sanctum
injusum
dicun-
sibi, non
praedicabant.
T a m b i é n a q u í e l Supplementum coincide a l a letra c o n T e x t o r . Nepos, e l personaje que sigue, está tomado d e l t í t u l o 2 4 d e l Suplemento, aunque después reaparece en e l m i s m o Suplemento bajo e l título 7 2 . E l pasaje de Quevedo: "Estaba Nepos, obispo. . . afirmando que los santos h a b í a n de reinar c o n Cristo en l a tierra m i l años en lascivias y regalos" corresponde m u y de cerca a l l a t í n : " D i c e b a t sanctos i n térra c u m Christo m i l l e annis i n delitiis regnaturos". L a a t r i b u c i ó n a Nepos de u n m i l e n i o carnal y grosero tiene su fuente ú l t i m a en e l testimonio de Cayo, conservado p o r E n s e b i o de Cesárea (Historia
eclesiástica,
I I I , 28). A u n q u e presen-
tado a q u í como hereje, parece haber sido en general ortodoxo (poco acertada es l a c o m p a r a c i ó n c o n C e r i n t o , en l a nota de l a BAAEE). Hasta en el Catálogo de Petreius (por n o citar obras modernas) leemos: " M i l l e n a r i o r u m sententia fuit a magnis viris asserta, et tune n o n d u m satis ab Ecclesia proscripta" (bajo e l título " N e p o s " ) 3 3 . E l personaje q u e sigue es de interés especial: Venía luego Sabino, prelado he-
Sabinus
praesul
reje arriano, el que en el Concilio
fuit Arrianus.
Niceno llamó idiotas a los que no
(qui in Synodo
seguían a A r r i o .
defecerant)
Heracleae,
secta
Is Christianos idiotas
Nicena
ab
vocabat
vos, eosque infirmitate psos dicebat.
omnes
Arrio
et igna-
ingenii
la-
(ed. cit., Apéndice VI). Nepos y los templarios debieron de escapársele a Mas por inadvertencia, pues ambos títulos están en las ediciones de Textor que he podido consultar. En cuanto a Guillermo de Amberes, falta en las ediciones de Textor que he visto, pero está en el Supplementum Filastrii. z ¿ ' Las acusaciones tradicionales contra Montano (de que Fernández Guerra se hace eco en su nota) han sido revisadas del todo modernamente por eruditos católicos y protestantes. Ver diccionarios teológicos e historias eclesiásticas. 83 La doctrina de los quiliastas o milenarü (que agitó vivamente la Iglesia de los tres primeros siglos) tiene su base neotestamentaria en el Apocalipsis, 20. Entre los padres apostólicos la mantuvo Papias (conservado por EUSEBTO, op. cit., VII, 14), y, en el período inmediatamente posterior, Ireneo (op. cit.,
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RAÚL A . DEL PIERO
NRFH,
XII
Quevedo toma a este personaje d e l Suplemento (título 3 0 ) , que reproduce a q u í fielmente a R a v i s i o ; y F e r n á n d e z G u e r r a , siguiendo m u y de cerca a ese autor, anota: "Sabino, obispo de Heraclea, l l a m ó a todos los cristianos que en e l C o n c i l i o N i c e n o anatematizaron a A r r i o , idiotas, perezosos y de ingenio enfermizo". P e r o e l dato es falso. E n N i c e a sólo h u b o cinco obispos q u e apoyaron a A r r i o y se negaron a suscribir las actas: Eusebio de N i c o m e d i a , M a r i s de Calcedonia, T e o n á s de M a r m ó r i c a , Segundo de Ptolemaida, y el m i s m o obispo de l a localidad de N i c e a , Teognis. T r e s de ellos se retractaron, y sólo M a r i s y Teognis persistieron, a pesar del anatema. N i n g ú n Sabino, como se ve, figura entre ellos. M á s a ú n : podemos estar seguros de que e l dato d e l Supplementum (copiado de Ravisio) es falso, porque l a n ó m i n a de los obispos d e l C o n c i l i o de N i c e a , escrupulosamente reconstruida ahora en forma casi comp l e t a 3 4 , nos hace saber que e l obispo de H e r a c l e a q u e concurrió a N i c e a n o fue n i n g ú n Sabino, sino cierto Paederos, cuyo nombre aparece e n ocho de las fuentes, y en diferentes lenguas. H u b o , sí, u n Sabino de Ascalón que c o n c u r r i ó a N i c e a , pero e n n i n g ú n m o m e n t o figuró entre los disidentes. D e s p u é s de Sabino cita Quevedo tres nombres m á s que toma t a m b i é n d e l Suplemento: los templarios, G u i l l e r m o de Amberes, y l a emperatriz B á r b a r a , que corresponden respectivamente a los títulos 4 4 , 3 8 y 7 1 . A l parecer, están elegidos a l azar. D i c e Quevedo, Después, en miserable lugar, estaban ardiendo por sentencia de Clemente, pontífice máximo que sucedió a Benedicto, los templarios, primero santos en Jerusalem y luego, de puro ricos, idólatras y deshonestos. ¡Y qué fue ver a Guillermo, el hipócrita de Anvers, hecho padre de putas, prefiriendo las rameras a las honestas y la fornicación a la castidad! A los pies de éste yacía Bárbara, mujer del emperador Segismundo, llamando necias a las vírgenes, habiendo hartas. Ella, bárbara como su nombre^ servía de emperatriz a los diablos, y, no estando harta de delitos, n i aun cansada, decía que moría el alma con el cuerpo, y otras cosas bien dignas de su nombre. L o relativo a los templarios está tomado fielmente d e l texto latino, pero m u y abreviado. D i c e e l Supplementum, entre otras cosas: " T e m p l a r i i haeretici emerserunt anno 1 0 3 0 . . . Hierosolymis i n tantam sanctitatis o p i n i o n e m venerunt, u t b r e v i tempore multas d i v i d a s comparaverint. . . Conflaverunt e n i m s i m u l a c h r u m . . . NeV, 33) y Justino Mártir (Diálogo con Trifón el judío, 80-81). Una expresión literaria moderna de este viejo problema teológico es el cuento de Pío Baroja Los herejes milenaristas. 34 H . GELZER, H . HILGENFELD y O . CUNTZ, Patrum Nicaenorum nomina, latine, graece, coptice, syriace, arabice, armeniace, Lipsiae, in aedibus G . Teubneri, 1898.
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XII
ALGUNAS FUENTES DE QUEVEDO
49
fanda masculorum l i b í d i n e conflagrabant. . . D e v o t i sunt ñ a m m i s sententia Clementis Pontificis M a x i m i q u i Benedicto successit". L o s datos de Quevedo sobre G u i l l e r m o de Amberes n o corresponden exactamente a l Supplementum, de donde los t o m ó . E l texto l a t i n o n o dice que G u i l l e r m o prefiriera 4 'las rameras a las honestas y l a fornicación a l a castidad", sino que, haciendo h i n c a p i é en la pobreza, afirmaba que ésta bastaba para borrar todo pecado, a tal p u n t o que u n a meretriz pobre es mejor (o m á s digna) q u e u n beneficiario casto. A ñ a d e que G u i l l e r m o , simulador e hipócrita, ren u n c i ó a u n a prebenda bajo pretexto de pobreza, aunque estaba del todo r e n d i d o a l a l u j u r i a 3 5 ; n o dice l a fecha en q u e vivió n i aporta m á s datos. Pero alguna i n f o r m a c i ó n sobre este personaje puede recogerse en los catálogos heresiológicos de los siglos x v i y x v u que l o incluyen. Petreius, p o r ejemplo, nos i n f o r m a que vivió a mediados d e l siglo x m . B a j o e l título " G u i l i e l m u s de Sancto a m o r e " dice, entre otras cosas: " F u i t h i c infensus M e n d i c a n t i u m religiosorum hostis, promulgans haereses suas sub A l e x a n d r o I V , a q u o damnatus est per b u l l a m , quae i n c i p i t Romanus Pontifex. .. Docebat e n i m n o n licere monachis ex mendicitate vivere, sed ad laborem m a n u u m adstringi, alias n e q u á q u a m salvari eos posse. C o m o se ve, esta p r o p o s i c i ó n (la necesidad de que los monjes ganaran e l sustento c o n las manos, en lugar de r e c i b i r limosnas o prebendas) no difiere esencialmente de u n a de las m á s debatidas ideas de Erasmo, tres siglos d e s p u é s . Y volviendo atrás cuatro hojas d e l Suplemento nos encontramos con B á r b a r a (título 38), ú l t i m o de los personajes que Quevedo toma del l i b r o . D e a q u í p r o v i e n e n los datos concretos: "esposa de Segism u n d o " , " l l a m a n d o necias a las v í r g e n e s " , " d e c í a que e l a l m a m o r í a con e l c u e r p o " 3 6 . B á r b a r a t a m b i é n aparece citada como hereje en el Catálogo de Petreius. A l llegar a este p u n t o , en q u e Quevedo deja de usar las fuentes referidas, se advierte u n cambio de estilo. L o s personajes q u e siguen son, p o r orden: M a h o m a , M a n i q u e o y "los herejes de a h o r a " : C a l v i n o , Josefo S c a l í g e r o 3 7 , L u t e r o , M e l a n c h t h o n , T e o d o r o de Beza, 85 T í t u l o 7 1 : "Gvilhermus in vrbe Antwerpiae in hypocrisi et simulatione diutius conversatus. Praebendae beneficium sub praetextu paupertatis dimisit, et tamen luxuriae totus erat deditus. Dicebat autem, sicut rubigem igne, sic omne peccatum paupertate consumí, et ante Dei occulos annullari, meliorem esse publicara meretricem pauperem, quam sit aliquis castus perfectissime continens, dum tamen aliquid in sui retineat subsidium". 3« " B a r D a r a j Sigismundi Imperatoris conjunx, stuitas dicebat virgines pro Christo passas, quod voluptatis gaudia non gustassent. Dicebat animas cum corporibus interire, nec futuram aliam vitam post hanc, quam vivimus". 37 Censura Quevedo duramente a "los Scalígeros, hijo y padre" en su Job (BAAEE, t. 4 8 , p. 218). Mucho antes había escrito a Justo Lipsio (carta latina de 1604) que tenía la intención, por consejo de don Bernardino Mendoza, de
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E n r i c o Stéfano y H e l i o E ó b a n o Hesso. T o d o s están suficientemente anotados en l a edición de F e r n á n d e z G u e r r a . Es casi seguro que estos personajes (presentados s i n orden, algunos en tono de b u r l a , y, en general, bastante conocidos en e l siglo x v n ) n o están tomados de n i n g u n a fuente d i r e c t a 3 8 .
I I . E L JOB D E Q U E V E D O Y L A B I B L I A A l p r i n c i p i o de La constancia
vedo leemos (BAAEE,
y paciencia
del santo
REGIA Job de Que-
t. 4 8 , p. 2 1 4 ) :
L a opinión más recibida se contenta con decir que Job antes de la persecución se llamaba Jobab, sin dar alguna causa desta diferencia del n o m b r e . . . L a diferencia es que, llamándose Jobab, se quitaron al nombre las dos letras finales, que son ab; y quedó Job™,
que significa el afligido,
el que llora >. é0
AB* ab, que es 3a
partícula que se le quitó, en la lengua siro-caldea 4 1 significaba un género de adorno que consta de muchas especies; significa principal, primero en cualquier obra y arte. . . Y a se declaran los nombres: en la prosperidad se llamaba Jobab, el doliente, el que lloraba con ornamento, en todo género el primero, el principal, el padre, el maestro. E n la persecución... le quitaron el AB*, que es el ornamento, principal, primero, padre y maestro, que son las cosas que p e r d i ó . . . C o m o e l m i s m o Ouevedo da a entender, l a identificación de J o b c o n Jobab (biznieto de E s a ú , cf. Génesis, 3 6 : 3 3 ) era c o m ú n 4 2 . escribir un tratado en defensa de Homero, contra las "injurias" de Scalígero (ASTRANA, Epistolario, Madrid, 1945, p. 7). Si esa obra llegó a escribirse, es, probablemente, el Homeri
Achules aduersus
imposturas
Maronianas,
que men-
ciona Montalbán entre las obras "para sacar a luz" (Para todos, loe. cit.). 88 Deseo expresar mi reconocimiento al doctor Raimundo Lida, que aportó valiosas sugestiones durante la preparación de las páginas que preceden. 3Í * Explicación poco acertada. El simple apócope de Jobab no daría Job, pues en hebreo este último nombre empieza con áleph, aquél con yod. *° Para este significado de Job, Quevedo pudo haberse valido del Index Biblicum
Joannis
Harlemis
(incluido en el tomo VI de la Biblia
Regia),
que
da: "Iob: dolens vel gemens, aut ululans". 41 En el siglo xvu era común denominar "caldeo" al arameo. El término inexacto Parafrastes caldeo (usado repetidamente por Quevedo) se refiere siempre a las antiguas versiones rabínicas del hebreo al arameo, tenidas como texto de gran autoridad para la exégesis bíblica. Sobre la confusión caldeo por arameo,
cf. F . VIGOUROUX, Dictionnaire
de la Bible,
Paris, 1907, s. v.
"Targwns".
[Las letras AB* que aparecen en este texto son transliteración de las letras hebreas respectivas]. * 2 Quevedo la toma de dos autoridades que ha tenido a mano: la Biblia Regia, "Argumentum in librum Iob secundum L X X Interpretes", y J. SALÍAN, Annales
ecelesiastici
Veteris
Testamenti
(París, 1619), t. 1, pp. 699 ss.
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ALGUNAS FUENTES DE QUEVEDO
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Pero la explicación que sigue (Jobab pierde su " o r n a m e n t o " en tiempos de persecución y, a l mismo tiempo, pierde la terminación ab de su nombre) parece o r i g i n a l de Quevedo. Este significado ('género de adorno que consta de muchas especies') dado por Quevedo al arameo ab es, sin duda, bastante raro. Supongo que ha de ser más p r o p i o d e l siríaco que del arameo, p o i q u e no se h a l l a n i en el antiguo léxico de Schaaf, n i en Buxtorfius, n i en el m o d e r n o diccionario t a l m ú d i c o de D a l m a n 4 3 . L a fuente directa, que Chaldaicum
a
creo haber hallado,
Guidone
Fabricio
es el Dictionarium
Boderiano
Syro(Amberes,
collecto
1 5 7 2 ) . Comparemos los textos: 44
AB* ab.. . en la lengua sirocaldea significaba un género de adorno que consta de muchas especies; significa principal, primero en cual-
AB*.. , habitus vel ornamenti genus ex pluribus constans speciebus. Primum et principóle in unoquoque opere et arte. 45
quier obra y arte.
Es i n d u d a b l e que Quevedo tuvo a mano este Dictionarium
Syro-
puesto que la obra de G u i d o F a b r i c i o a p a r e c i ó en
Chaldaicum,
el v o l u m e n V I de la m o n u m e n t a l Biblia
Regia
o Poliglota
de
Am-
beres (sacada a luz por A r i a s M o n t a n o entre 1569 y 1572, y mencionada expresamente por Quevedo, p. 217). Y no me cabe duda que Quevedo tuvo a la vista l a obra de A r i a s M o n t a n o . Los pasajes latinos que comparamos a c o n t i n u a c i ó n son d e l Argumentum in librum
Iob
s e g ú n los Setenta, y el Prologus
J e r ó n i m o , ambos incluidos en la Biblia Empero
la
común
opinión
es
que fue idumeo, con los Setenta, que llamando Ausítide la tierra de Hus, que está en los confines de Idumea y A r a b i a , en el 36 del Génesis dicen: Primero se llamaba Jobab; luego que se casó con mujer arabisa, engendró un hijo, que se llamó Emmón [sic por Ennón] (p. 213).
In
primus
in Job
de
San
Regia. térra
quidem
habitasse
Iob
Usitide, in finibus Idurnaeae et Arabiae, fertur, et erat ante nomen Jobab. Et accepit uxorem Arabissam, et genuit filium, quem vocavit Ennon.
43 CAROLUS SCHA(F, Opus Aramaeum, Lugduni Batavorum, 1686; JO(NNES BUXTORFIUS, Lexicum Chaldaicum, Talmudicum et Rabbinicum, Lipsiae, 1885; GUSTAF H . D A L M A N , Aramäisch-neuhebräisches Wörterbuch zu Targum, Talmud und Midrasch, Frankfurt, 1901. 44 Guido Fabricius Boderianus fue un erudito orientalista francés nacido en 1541. Se especializó en la lengua siríaca, y publicó, entre otras cosas, una versión latina del Peshito. Cf. el Larousse, s. v. "Le Févre de la Boderie, Guy". 45 T a m b i é n aquí, las letras AB* son transliteración del hebreo; en el texto de Fabricius, hay un kdmets debajo de la áleph, y a continuación van los caracteres siríacos.
RAÚL A. DEL PIERO
5*
Desde el principio del volumen hasta las palabras de Job, en el texto hebreo, está escrito en prosa. Empero desde las palabras de J O D , en
que
dice: Pereat
dies en
qua
natus sum, et nox, etc., hasta el lugar donde dice: Idcirco ipse me reprehendo
favilla
et ago poenitentiam
in
et ciñere, son versos hexáme-
tros, dáctilos y spondeos corrientes; y que reciben del idioma de la lengua otros pies, no de las mismas sílabas, sino de los mismos tiempos (p. 217).
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A principio i ta que voluminis usque ad verba lob, apud Hebraeos prosa oratio est. Porro a verbis lob,
in quibus
ait: Pereat dies i n qua
natus sum, et nox i n qua dictum
est: Conceptus est homo: usque ad
eum locum, ubi ante finem voluminis scrip turn est: Idcirco ipse me
reprehendo et ago poenitentiam in favilla et i n ciñere: hexametri
ver-
sus sunt, dactylo spondaeoque currentes: et propter linguae idioma, crebro recipientes alios pedes, non earundem syllabarum, sed eorundem temporum.
Por sí sola, esta confrontación de textos no sería conclusiva. Pod r í a objetarse que el p r i m e r pasaje de Quevedo es, simplemente, u n a referencia a u n texto antiguo r e p r o d u c i d o por A r i a s M o n t a n o . E n el segundo pasaje, ambos citan a San J e r ó n i m o 4 6 . Cierto, pero hay otras partes del Job de Quevedo que n o dejan lugar a dudas. Hemos notado que sus repetidas citas del llamado Parafrastes caldeo c o i n c i d e n siempre, letra por letra, con la versión l a t i n a del T a r g u m i n c l u i d a en la Biblia Regia. R A Ú L A . D E L PIERO University of California, Berkeley.
46 Por otra parte, se trataba de un verdadero lugar común. Véase M A R Í A ROSA LIDA DE M A L K I E L , "La métrica de la Biblia: un motivo de Josefo y San J e r ó n i m o en la literatura española", Estudios hispánicos, Homenaje a A . M. Huntington, Wellesley, Mass., 1952, pp. 335-359 (sobre Quevedo, pp. 351-352).