Del Cielo y del Infierno Emanuel Swedenborg. Ediciones Siruela

Del Cielo y del Infierno Emanuel Swedenborg E d ic io n e s Siruela « S w e d e n b o r g es u n s e r q u e h a e x p e r i m e n t a d o y a t r a

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Del Cielo y del Infierno Emanuel Swedenborg E d ic io n e s Siruela

« S w e d e n b o r g es u n s e r q u e h a e x p e r i m e n t a d o y a t r a v e s a d o to d o s io s e s ta d o s d e u n a v id a p s íq u ic a d e la s m á s in t e n s a s y c o m p l e t a s ...» P a u l V a lé r y

D e lo s ú l t i m o s tr e s s ig lo s , lo s d o s g r a n d e s r e la to s v i s i o n a r i o s m á s v a lo r a d o s y q u e m a y o r i n f lu e n c ia h a n e je r c id o e n n u e s t r a c u l t u r a s o n , s in d u d a , E l m atrim onio del C ielo y del In fiern o (1 7 9 0 ) d e W il l i a m B la k e y D e l C ielo y del In fiern o (1 7 5 8 ) d e l s u e c o E m a n u e l S w e d e n b o r g (1 6 8 8 1 7 7 2 ). S w e d e n b o r g d e d i c ó la p r i m e r a p a r t e d e su v id a a la i n v e s t ig a c i ó n c i e n tí f i c a , d e s ta c a n d o c o m o in g e n ie r o e i n v e n t o r d e a r t i l u g i o s m e c á n ic o s . A p a r t i r d e 1745 u n a visió n c a m b ia r ía t o t a l m e n t e e l r u m b o d e su v id a y d e su o b r a , o r i e n t á n d o l a h a c ia u n p l a n o p u r a m e n t e m ís tic o . D e s p u é s d e e s te h e c h o , y a lo l a r g o d e c a si 30 a ñ o s , tie n e c o n ti n u a s y c la r a s v is io n e s , r e c o g id a s e n e s te lib r o , q u e le h a c e n r e c o r r e r lo s d i f e r e n t e s c ie lo s e i n f i e r n o s d e l o tr o m u n d o y c o n v e r s a r c o n lo s m u e r t o s , lo s d e m o n io s y lo s á n g e le s , q u e p a r a é l n o r e p r e s e n t a n - c o m o a f ir m a n las o r t o d o x i a s r e l i g i o s a s - u n s is te m a d e p r e m io s y c a s tig o s , s in o u n a v is ió n m e ta f ís ic a d e lo s d i f e r e n te s e s ta d o s e v o lu tiv o s d e c a d a e s p í r i t u e n la c a d e n a d e l S e r. L a i n f l u e n c i a d e S w e d e n b o r g es e n o r m e : B a lz a c , B a u d e l a i r e , N e r v a l , lo s s im b o lis ta s , B o r g e s , V a lé ry o H e n r i C o r b i n f u e r o n a l g u n o s d e su s m á s p r o f u n d o s a d m i r a d o r e s . E s ta p r i m e r a t r a d u c c i ó n a l e s p a ñ o l se h a r e a l i z a d o a p a r t i r d e la e d i c i ó n d e f i n i ti v a d e la F u n d a c ió n S w e d e n b o rg , p u b lic a d a r e c ie n te m e n te .

El Árbol del Paraíso 6

Las g ra n d e s t e n d e n c ia s d e la m ística j u d í a G ersh om S ch olem

;1 lib ro d e los m u e r t o s ti b e t a n o 8 El s ilen cio d el B u d d h a R a itn o n P an ik k ar 9

D io n is o

W a lte r F. O t t o

10

S u fism o y ta o ism o V oi. i: Ibn ‘A rabi T o s h ih ik o Izutsu

11

S u fism o y ta o ism o

V oi. 11: L ao zi y Z h u a n g z i T o s h ih ik o Izutsu

12

El o ri g e n m usical

d e los a n im a le s - s í m b o l o s en la m i to lo ! g ía y la e sc s c u lty l tu ra fa a; n tig u as M ariu s^ S clu ip id er j f f f r u t o de la n a d a ' y O tro s e s c r i t o s

M aestro E c k h a rt

14

L áT rin id a

R a i t n o 11 P a n i k k a r

15

L ib r o d e l r il's o 'X ’ d e la v ir tu d

16

V is ió n e n a z u l

Al oi s M. Haas 17

E ro s y m a g ia e n e l R e n a c i m i e n t o loan P. Culianu 18

La r e li g i ó n y la n a d a K e iji N i s h i t a n i

19

La p l e n i t u d d e l h o m b r e R a im o n P a n ik k a r

20

C o r p u s H e r m e t ic u m y A s c le p io 21

La r e li g i ó n g n ó s tic a H ans Jo ñ as

22

El h o m b r e d e lu z H e n ry C o rb in

23

E l m ito d e l a n d r ó g in o J e a n L ib is 24

T e x t o s e s e n c ia le s B a ra c e ls o

25

El V e d a n t a y la t r a d i c i ó n o c c i d e n t a l ^ n a n d a K. C o o m á ra sw a m y

26

R a m ó n L lu ll y e l s e c r e t o ele la v id a A n ia d o r V ega 27

J

D e l g ie ^ o y d e l I n f i e r n o E m a n u el S w ed e n b o rg

Á r b o l d e l P a r a ís o

Emanuel Swedenborg Del Cielo y del Infierno I n tr o d u c c ió n y a p é n d ic e s de B e rn h a rd L ang

N o ta s de G e o r g e F. D o l e , R o b e r t H . K i r v e n y J o n a t h a n S. R o s e

T ra d u c c ió n de M a ría T a b u y o y A g u s tín L ó p e z

m E d ic io n es Siruela

ín d ic e

N o ta d e lo s t r a d u c t o r e s M a r ía T a b u y o y A g u s tín L ó p e z In tro d u c c ió n B ern h a rd L ang A p é n d i c e I. A lg u n a s id e a s d e l B a r r o c o s o b r e la v id a d e s p u é s d e la m u e r t e y s o b re el c ie lo y el i n f i e r n o A p é n d i c e II. C u a d r o c r o n o l ó g i c o O b r a s c i t a d a s e n la I n t r o d u c c i ó n O b ra s de S w e d e n b o rg

13

15

79 85 87 97

Del C ielo y del I n fie rn o P a r t e I. E l c i e l o y e l i n f i e r n o T o d o s los d e r e c h o s re s e r v a d o s . N in g u n a p a r te de e sta p u b lic a c ió n p u e d e s er re p ro d u c id a , a lm a ce n a d a o tra n s m itid a en m a n era alguna ni p o r n i n g ú n m e d i o , ya s e a e l é c t r i c o , q u í m i c o , m e c á n i c o , ó p t i c o , d e g ra b a c ió n o de fo to c o p ia , sin p e rm is o p re v io d e l e d ito r. E s te l i b r o h a s i d o p u b l i c a d o c o n la a y u d a d e la S w e d e n b o r g S o c i e t y , L o n d o n W C l A 2TH T ítu lo o rig in al: H e a v e n a n d H ell En c u b i e r t a : D e t a l l e d e E l J a r d í n d e l a s D e l i c i a s , d e El B o s c o C o le c c ió n d irig id a p o r J a c o b o Siruela D i s e ñ o g r á f i c o : G. G a u g e r & J. S i r u e l a © T h e S w e d e n b o r g F o u n d a t i o n , I n c . , 2000 © D e la t r a d u c c i ó n , M ar ía T a b u y o y A g u s t í n L ó p e z © E d i c i o n e s S i r u e l a , S. A., 2002 P la z a d e M a n u e l B e c e r r a , 15. «El P a b e l l ó n » 28028 M a d r id . T e l s . : 91 355 57 20 / 91 355 22 02 T e l e f a x : 91 355 22 01 siru e la @ siru e la .c o m

w w w .siru e la .c o m

P r i n t e d a n d m a d e in S p a in

§ 1 [ P r ó lo g o d e l a u to r ] [1] §§ 2 -6 E l S e ñ o r es el D io s d e l c ie lo [2] §§ 7 -1 2 La n a tu r a le z a d iv in a d e l S e ñ o r c o n s titu y e el c ie lo t^ ] §§ 1 3 -1 9 La n a tu r a le z a d iv in a d e l S e ñ o r e n e l c ie lo es el a m o r a él y la c a r id a d p a ra c o n el p r ó j i m o

113

[4] §§ 2 0 -2 8 E l c ie lo e stá d i v id id o e n d o s re in o s

117

[-*] §§ 2 9 -4 0 H a y tre s c ie lo s t 6 l §§ 4 1 -5 0 E l c ie lo e s tá c o m p u e s to d e in c o n ta b le s c o m u n id a d e s t 7 ] §§ 5 1 -5 8 C a d a c o m u n id a d es u n c ie lo a e sc a la r e d u c id a , y c a d a á n g e l, u n c ie lo a e s c a la a ú n m ás r e d u c id a

105 107 110

121

127

131

[ 8 ] §§ 5 9 -6 7 E l c o n j u n t o d e l c ie lo , e n t e n d i d o c o m o u n a s o la e n t i d a d , r e f le ja u n ú n i c o h o m b r e [ 9 ] §§ 6 8 - 7 2 C a d a c o m u n i d a d d e lo s c ie lo s r e f le ja u n ú n i c o h o m b r e [1 0 ] §§ 7 3 - 7 7 P o r t a n t o , c a d a á n g e l es u n a

136 140

fo rm a h u m a n a p e rfe c ta [1 1 ] §§ 7 8 - 8 6 Se d e b e a lo h u m a n o - d i v i n o d e l S e ñ o r q u e el c ie lo , e n su t o t a l i d a d y e n sus

142

p a r t e s , r e f le je u n h o m b r e R e f e r e n c i a s a lo s p a s a je s d e L os arcanos celestiales r e la tiv o s al S e ñ o r y su c o n d i c i ó n h u m a n o - d i v i n a [1 2 ] §§ 8 7 -1 0 2 H a y c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e to d o lo q u e p e r t e n e c e al c i e l o y t o d o lo q u e p e r t e n e c e

146

[3 1 ] §§ 2 7 6 -2 8 3 E l e s ta d o d e i n o c e n c i a d e lo s á n g e le s e n el c ie lo

262

[3 2 ] §§ [33] §§ hum ano

273

2 8 4 -2 9 0 2 9 1 -3 0 2

E l e s ta d o La u n i ó n

d e p a z e n el c ie lo 268 d e l c ie lo c o n el g é n e r o

[3 4 ] §§ 3 0 3 - 3 1 0 La u n i ó n d e l c ie lo c o n n o s o tr o s a tr a v é s d e la P a la b ra

281

[35] §§ 3 1 1 -3 1 7 E l c ie lo y el i n f i e r n o p r o c e d e n del g é n e ro h u m a n o

288

c o n to d a s las c o sa s d e la t i e r r a [1 4 ] §§ 1 1 6 -1 2 5 E l so l d e l c ie lo [1 5 ] §§ 1 2 6 -1 4 0 La lu z y el c a lo r d e l c ie lo [1 6 ] §§ 1 4 1 -1 5 3 Las c u a t r o r e g i o n e s d e l c ie lo [ 1 7 ] §§ 1 5 4 -1 6 1 C ó m o c a m b ia n lo s e s ta d o s d e

162

187

[36] §§ 3 1 8 -3 2 8 L os p a g a n o s, o lo s q u e e s tá n fu e ra d e la Ig le s ia , e n el c ie lo 294 [37] §§ 3 2 9 -3 4 5 L o s n iñ o s e n el c ie lo 302 [38] §§ 3 4 6 - 3 5 6 L o s s a b io s y lo s s im p le s e n el c ie lo 312 R e f e r e n c ia s a lo s p a s a je s d e L os arcanos celestiales re la tiv o s a lo s d if e r e n te s tip o s d e c o n o c i m i e n t o 322 [39] §§ 3 5 7 - 3 6 5 R i c o s y p o b r e s e n el c ie lo 326 [40] §§ 3 6 6 -3 8 6 L os m a t r i m o n i o s e n el c ie lo 335 [4 1 ] §§ 3 8 7 -3 9 4 L o q u e h a c e n lo s á n g e le s en el c ie lo 349

lo s á n g e le s e n el c ie lo [1 8 ] §§ 1 6 2 -1 6 9 E l t i e m p o e n el c ie lo [1 9 ] §§ 1 7 0 -1 7 6 Las r e p r e s e n t a c i o n e s y a p a r ie n c ia s

194

[42] §§ 3 9 5 - 4 1 4 A le g r ía y f e lic id a d c e le s tia l [4 3 ] §§ 4 1 5 - 4 2 0 La i n m e n s id a d d e l c ie lo

al h o m b r e [1 3 ] §§ 1 0 3 -1 1 5 H a y c o r r e s p o n d e n c i a d e l c ie lo

e n e l c ie lo [2 0 ] §§ 1 7 7 -1 8 2 Las v e s tid u r a s c o n q u e a p a r e c e n lo s á n g e le s [2 1 ] §§ 1 8 3 -1 9 0 L o s h o g a r e s y casas d e lo s á n g e le s [ 2 2 ] §§ 1 9 1 -1 9 9 E l e s p a c io e n e l c ie lo [2 3 ] §§ 2 0 0 -2 1 2 C ó m o el c ie lo d e t e r m i n a la f o r m a d e a s o c ia r s e y c o m u n ic a r s e [2 4 ] §§ 2 1 3 - 2 2 0 L as f o r m a s d e g o b i e r n o e n el c ie lo [2 5 ] §§ 2 2 1 - 2 2 7 E l c u l t o d iv i n o e n e l c ie lo [2 6 ] §§ 2 2 8 -2 3 3 E l p o d e r d e lo s á n g e le s d e l c ie lo [2 7 ] §§ 2 3 4 -2 4 5 E l l e n g u a j e d e lo s á n g e le s [2 8 ] §§ 2 4 6 -2 5 7 C ó m o n o s h a b la n lo s á n g e le s [2 9 ] §§ 2 5 8 - 2 6 4 M a t e r i a l e s e s c r i t o s e n e l c ie lo [3 0 ] §§ 2 6 5 -2 7 5 La s a b id u r ía d e lo s á n g e le s d e l c ie lo

8

150

155

170 176

353 366

198 201

204 207 211

215 223 228 231 234 241 248 252

P a r t e II. E l m u n d o d e lo s e s p í r i t u s y e l e s t a d o d e l h o m b r e d e s p u é s d e la m u e r t e [44] §§ 4 2 1 -4 3 1 E l m u n d o d e lo s e s p ír itu s [45] §§ 4 3 2 - 4 4 4 C a d a se r h u m a n o es in te r io r m e n te un e s p íritu [46] §§ 4 4 5 -4 5 2 La r e s u r r e c c i ó n d e la m u e r t e Y la e n tr a d a e n la v id a e t e r n a [47] §§ 4 5 3 - 4 6 0 D e s p u é s d e la m u e r t e , e s ta m o s e n f o r m a h u m a n a c o m p le ta [48] §§ 4 6 1 -4 6 9 D e s p u é s d e la m u e r t e , d is f r u ta m o s d e to d o s lo s s e n tid o s , la m e m o r i a , l° s p e n s a m ie n to s y lo s s e n t i m i e n t o s q u e te n ía m o s en el m u n d o : n o d e ja m o s n a d a a trá s salv o el c u e r p o t e r r e n a l

9

375 380 385 390

397

[4 9 ] §§ 4 7 0 -4 8 4 L o q u e s o m o s d e s p u é s d e la m u e r t e d e p e n d e d e l t i p o d e v id a q u e h a y a m o s lle v a d o e n e l m u n d o [5 0 ] §§ 4 8 5 -4 9 0 D e s p u é s d e la m u e r t e , lo s p la c e r e s d e la v id a se t r a n s f o r m a n e n c o s a s q u e se c o r r e s p o n d e n c o n e llo s [5 1 ] §§ 4 9 1 - 4 9 8 N u e s t r o p r i m e r e s ta d o d e s p u é s d e la m u e r t e [5 2 ] §§ 4 9 9 -5 1 1 N u e s t r o s e g u n d o e s ta d o d e s p u é s d e la m u e r t e [5 3 ] §§ 5 1 2 -5 2 0 N u e s t r o t e r c e r e s ta d o d e s p u é s d e la m u e r t e , q u e es u n e s ta d o d e i n s t r u c c i ó n p a ra lo s q u e e n t r a n e n el c ie lo [5 4 ] §§ 5 2 1 -5 2 7 N a d i e e n t r a e n e l c ie lo s ó lo p o r m is e ric o rd ia [5 5 ] §§ 5 2 8 -5 3 5 N o es ta n d if íc il lle v a r u n a v id a e n c a m i n a d a al c ie lo c o m o se s u e le c r e e r

408

423 430

R e f e r e n c i a s a lo s p a s a je s d e Los arcanos celestiales r e la tiv o s a n u e s tr a l i b e r t a d , el i n f lu jo y lo s e s p ír itu s q u e s o n lo s m e d io s d e c o m u n ic a c ió n N o ta s O b r a s c i t a d a s e n la s n o t a s ín d ic e d e p a s a je s e s c r itu r a r io s

434

444 451 457

P a r t e III. E l i n f i e r n o [5 6 ] §§ 5 3 6 -5 4 4 E l S e ñ o r g o b i e r n a lo s i n f i e r n o s [5 7 ] §§ 5 4 5 -5 5 0 E l S e ñ o r n o e n v ía a n a d ie al i n f i e r n o : lo s e s p í r i t u s v a n p o r sí m is m o s [5 8 ] §§ 5 5 1 -5 6 5 T o d o s lo s q u e e s tá n e n lo s i n f i e r n o s e s tá n a b s o r t o s e n lo s m a le s y las c o n s e c u e n t e s f a ls e d a d e s q u e d e r iv a n d e su a m o r a sí m is m o s y al m u n d o [5 9 ] §§ 5 6 6 -5 7 5 E l f u e g o d e l i n f i e r n o y e l c r u j i r de d ie n te s [6 0 ] §§ 5 7 6 -5 8 1 La m a ld a d y las in d e c i b le s a r tim a ñ a s d e lo s e s p í r i t u s in f e r n a l e s [6 1 ] §§ 5 8 2 -5 8 8 A p a r ie n c i a , s i t u a c i ó n y n ú m e r o d e lo s i n f i e r n o s [6 2 ] §§ 5 8 9 -5 9 6 E l e q u i l i b r i o e n t r e e l c ie lo y el in fie rn o [6 3 ] §§ 5 9 7 -6 0 3 N u e s t r a l i b e r t a d d e p e n d e d e l e q u i l i b r i o e n t r e el c ie lo y el i n f i e r n o

10

469 473

476 487 495 499 505 510

11

514

517 547 551

N o t a d e lo s t r a d u c t o r e s Sw edenborg escribió Del Cielo y del Infierno en latín. La presente tra­ ducción se ha realizado básicam ente a partir de dos ediciones en inglés: la norteam ericana, con traducción del latín de G eorge F. D ole, Heaven and Hell, Sw edenborg F oundation, W est C hester, Pensilvania 2000, y la ingle­ sa, con traducción d e j. C . Ager, revisada p o r D oris H . Harley, Heaven and its Wonders and Hell from Things Heard and Seen, T h e Sw edenborg Society, Londres 1958. A u nque en ciertas cuestiones term inológicas se ha seguido la versión de J. C. Ager, la referencia básica ha sido la traducción de G. F. D ole, recogiéndose asimismo en esta edición española lo fundam ental del aparato crítico co ntenido en la edición am ericana. Las notas a pie de página, introducidas p o r letras, c o n tie n en las refe­ rencias del pro p io S w edenborg a su obra an te rio r Los arcanos celestiales. E n estas notas recogem os entre corchetes y en cursiva las correcciones a cier­ tos errores en cuanto a la nu m eració n de los pasajes, que figuraban en la prim era edición en latín, siguiendo el crite rio de la citada ed ición de G. F. D ole. E n un par de casos, dichas referencias entre corchetes no van en cursiva sino en redonda, lo que indica que no se trata de una co rrecció n sino de una adición. El m ism o criterio se sigue co n las citas bíblicas, que se han tom ado siem pre para la presente edición en español de la traduc­ ción de la Biblia de C asiodoro de R e in a revisada p o r C ip ria n o de Valera. La edición de G. F. D o le co n tien e igualm ente una serie de notas al fi­ nal del texto, introducidas p o r núm eros, b ien del p ropio traductor, bien de otros dos com entadores: R o b e r t H . K irven y Jo n ath a n S. R o se. Se in ­ cluyen en esta edición aquellas que se han considerado más significativas. Las iniciales entre corchetes al final de cada nota ([G FD ], [R H K ), [JSR]) indican el au to r de la misma. S iguiendo el criterio de J. C. A ger se han intercalado eventualm ente en el texto, siem pre entre corchetes, algunos térm in o s latinos utilizados por S w edenborg con relación a ciertos conceptos im portantes que p o drían dar lugar a confusión o am bigüedad.

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S w ed en b o rg n o n u m eró los capítulos de Del Cielo y del Infierno. D e acuerdo co n el criterio de G. F. D o le la n u m eració n se incluye sin e m ­ bargo en el índice. N o obstante, los estudios sw edenborgianos suelen re­ ferirse a las obras de este a u to r indican d o titu lo y n ú m ero de parágrafo, prescindiéndose habitu alm en te tan to de la paginación co m o del n ú m ero de capítulo. Así p o r ejem plo, Los arcanos celestiales 123 debe entenderse com o el parágrafo 123 de la obra citada. Los títulos de las obras de Sw ed en b o rg se dan de form a abreviada. E n las págs. 97 -ss. encontrará el le c to r u n a relación de su correspondencia co n los títulos com pletos y los datos de la p rim era ed ición de las obras respectivas. M aría Tabuyo y A gustín López

In tro d u c c ió n H e rr S w edenborg es probablem ente, entre todos los visionarios, el que ha escrito de m anera más explícita. D iscute, cita fuentes, aduce ar­ gum entos y causas, etc. Todo el edificio tiene coherencia y co n toda su rareza está co n stru id o siguiendo u n estudiado pensam iento. E l libro tie­ ne, además, tantos giros nuevos e inesperados que se p u ed e leer de p rin ­ cipio a fin sin aburrirse. C ari G u sta f Tessin Diario, entrada del 4 de ju lio , 1760 (Sigstedt 1981, 274-275) Pero repito una vez más m i convicción de que el sentido de Sw e­ denborg es la verdad; y el d eb er de sus seguidores, para asegurar este sen­ tido a los lectores de sus obras, es recoger de sus num erosos volúm enes aquellos pasajes en los que dicho sentido se exprese en térm in o s tan cla­ ros que no pueda ser e rró n ea m en te in terpretado; una in tro d u cc ió n de 50 páginas bastaría para este objetivo. Sam uel Taylor C o lerid g e N o ta al m argen en S w edenborg, Heaven and Hell (C oleridge 2000 , 410) E m anuel Sw edenborg (1688-1772) fue un h o m b re que siguió una d o ­ ble trayectoria en su vida: una en ciencias y otra en teología. La prim era finalizó en 1747, cuando abandonó su puesto en el R e a l C o leg io de Minas de su país natal, Suecia. C o n los recursos que había heredado, au­ m entados p o r u n p eq u e ñ o salario, el e ru d ito de cincuenta y nueve años se m archó al extranjero, pasando m u ch o tiem po en Londres y A m sterdam , ciudades que conocía p o r visitas anteriores. Londres era la ciudad en la que en abril de 1745 había ten id o una visión de «Dios, Señor, C read o r y R e d e n to r del m undo» que le p e rm itió ver «el m u n d o de los espíritus, el

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cielo y el infierno» (Tafel 1875, 36)'. D esde entonces, dedicó to d o su tiem p o y su energía a escribir libros de carácter teológico. El principal fruto de sus esfuerzos iniciales llegó a su conclusión en 1756 con la p u ­ blicación del to m o octavo y ú ltim o de Arcana Coelestia, Quae in Scriptura Sacra, seu Verbo Domini Sunt, Detecta: ...U na cum Mirabilibus Quae Visa Sunt in M undo Spirituum, et in Coelo Angelorum (U na revelación de los ar­ canos celestiales co n ten id a en la Sagrada E scritura, o la Palabra del Señor,... Ju n to co n cosas asombrosas vistas en el m u n d o de los espíritus y en el cielo de los ángeles)2. P or expreso deseo del escritor, los volúm enes aparecieron sin ninguna indicación de autoría. C o m pletada a los sesenta y och o años, constituye la obra teológica fundam ental de Sw edenborg. El d o cto au to r podía haberse retirado entonces definitivam ente, pues, en todos los sentidos, era m u ch o lo q u e había conseguido. Adem ás, tras todos esos años de escritura, debía de estar exhausto, o al m enos así ca­ bría im aginarlo. E n realidad, nada de eso sucedía. S w edenborg debió de pensar q u e u n a obra de o ch o grandes to m o s de exégesis bíblica, reflexión teológica e in fo rm ació n sobre las visiones del au to r no encontraría m u ­ chos lectores, al m enos, no inm ediatam ente. Así pues, preparó varios li­ bros más breves y m enos im presionantes, algunos de los cuales estaban basados m u y directam en te en Los arcanos celestiales. C in co de ellos apare­ cieron en 1758, p o co después del septuagésim o cum pleaños del au to r’. Todos esos libros estaban en latín, im presos en Londres p o r Jo h n Lewis, que tenía una librería en Paternóster R o w (A cton 1955, 523). A parecieron de m anera an ó n im a y se inspiraban en gran m edida en Los arcanos celes­ tiales, obra hacia la que parecían q u erer d irig ir la atención. Estos nuevos libros más breves se basaban p rin cip alm en te en ciertos capítulos de Los ar­ canos celestiales d o n d e los tem as teológicos particulares están desarrollados sistem áticam ente, capítulos q u e destacan p o r contraste con el interés 1U n análisis de esta visión y de la autenticidad del inform e pertin en te puede enco n ­

del libro, que es un com entario espiritual sobre Génesis y Éxodo. U n o de estos libros m enores de 1758 se titulaba D e Coelo et Ejus Mirabilibus, et de Inferno, ex Auditis et Visis (El cielo y sus maravillas y el infierno, a p artir de las cosas oídas y vistas)4. Al parecer se im prim iero n un millar de ejem plares (A cton 1955, 524). C o n c eb id o co m o una especie de introducción a algunas ideas de Los arcanos celestiales, era breve, co nci­ so y bien organizado; la pretensión pedagógica es perceptible a lo largo de todo el libro en el sencillo estilo latino, los frecuentes anuncios de lo que se exam inará después y los resúm enes que p u n tú a n el libro. Sw edenborg m ism o anotó el libro con referencias a Los arcanos celestiales y añadió a d eterm inados capítulos unos sum arios de ciertos tem as trata­ dos en esa obra (por ejem plo, después del § 86 ), de m anera que el lector es co n tinuam ente rem itido a la obra mayor. C o m o tex to in tro d u c to rio basado en u n trabajo teológico más am plio, D el Cielo y del Infierno form a parte de to d o u n c u erp o de textos. O casionalm ente, S w edenborg se re­ fiere tam bién a otros escritos co m o De Nova Hierosolyma et Ejus Doctrina Coelesti (La nueva Jemsalén: véase Del cielo y del Infierno § 78) y D e Ultimo Judicio, et de Babylonia Destructa (El Juicio Final, véase Del Cielo y del In­ fierno § 559), am bos p ertenecientes a la m ism a serie de libros im presos en 1758. A unque pensado co m o una in tro d u cció n accesible para «los h o m ­ bres de Iglesia en la actualidad» y específicam ente para «gentes de fe y co ­ razón simple» (§ 1 ), Del Cielo y del Infierno no es una obra com pleta en sí misma, y to d o estudio co ncienzudo debe te n e r en cuenta este hecho. Se podría decir que lo que realm ente quiere expresar S w edenborg solam en­ te se puede en c o n tra r m ediante u n estudio m inucioso de to d o el corpus, no sim plem ente m ed ian te la consideración de una parte aislada de él. El reconocim iento de la im portancia del c o n te x to de Del Cielo y del Infier­ no llevó al au to r ro m ántico inglés Sam uel Taylor C o lerid g e (1772-1834) a garabatear en el m argen de su ejem plar en latín el co m en tario citado an­ teriorm ente. E n lo que sigue, sin em bargo, no se recalca el carácter in p rin c ip a l

trarse en B enz 1949, 278-288. 2A lo largo de esta edición, se utiliza el título abreviado Los arcanos celestiales en lugar del título latino.

En la presente edición, se utiliza el título abreviado Del Cielo y del Infierno en lugar

del título latino. C o m o es habitual en los estudios sw edenborgianos, las citas de textos se

3Sw edenborg n o fue el único autor de u n com pendio de su Los arcanos celestiales en su época. E n el sur de Alemania, Friedrich C hristoph O e tin g e r (1702-1782), m inistro lu­ terano, deploró la inaccesibilidad de los enorm es cuatro tom os en latín y en 1765 publi­ có un resum en de cien páginas (O etinger [1765] 1855, 15-116).

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efieren no a los núm eros de página, sino a los núm eros de los capítulos de Sw edenborg, 9u e son los m ismos en todas las ediciones. E n esta introducción debe entenderse que las rC erencias a núm eros de capítulo en las que no se especifica ninguna obra corresponden f Cielo y del Infierno. Así, «§ 90» significa «Del Cielo y del Infierno, § 90».

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co m p leto y ab ierto de Del Cielo y del Infierno, pues hacerlo presentaría in ­ convenientes, especialm ente para los lectores que n o son conocedores de la obra de S w edenborg. P or el contrario , Del Cielo y del Infierno se estu­ dia c o m o u n fragm ento representativo q u e transm ite y hace resonar el es­ p íritu y el significado de la œuvre teológica de Sw edenborg. A quí se c o n ­ sidera c o m o si fuera una obra com pleta cuyo co n ten id o p u ed e resum irse y en tenderse c o m o u n a presentación c o h eren te de la enseñanza del au­ tor. I. D e l C ie lo y del I n fie r n o , u n m a p a d e l u n i v e r s o La m e jo r form a de resum ir el c o n te n id o de Del Cielo y del Infierno es reco n stru ir su enseñanza a la m anera de u n m apa del universo (véase fig. 1). El m u n d o m aterial (mundus) en el q u e vivim os es solam ente una p e­ queña p arte de la totalidad. R o d e a d o p o r inm ensos m u ndos espirituales, es com parable a u n p eq u e ñ o p rin cip ad o rodeado de vastos im perios. El p rim ero de estos im perios es el mundus spirituum (§ 421), el m u n d o de los espíritus de los m uertos. In m ed iatam en te después de la m u erte, los seres hum an o s se en cu en tran en esa región. D espués de algún tiem po, bajan a las regiones infernales (inferna, los infiernos) o ascienden al cielo. El cielo tien e una estructura com pleja que rep ro d u ce la fo rm a hum ana. E n el nivel principal se diferencia en dos rei­ nos, el celestial y el espiritual. E n u n exam en más detallado, se divide en tres cielos: el cielo p rim ero o cielo m ás exterior, el cielo segundo o m e­ dio y el tercer cielo o cielo más in terio r. C ada cielo consta de in n u m e ­ rables com unidades, y cada co m u n id ad , de num erosos ángeles. La es­ tru ctu ra del in fiern o es sem ejante a la del cielo, au n q u e invertido en relación a él. C ada co m u n id ad del in fie rn o está equilibrada p o r una c o ­ m u n id ad del cielo entregada a u n a fo rm a opuesta de am or. Toda la es­ tru ctu ra está envuelta y anim ada p o r el S eñor (Dominus). E n D el Cielo y del Infierno S w ed en b o rg describe su m apa del universo p artien d o del nivel superior, de m anera que después de hablar de D ios, trata del cielo, después del reino de los espíritus y, finalm ente, del in fier­ no, en u n nivel inferior. N u estro m u n d o , es decir, el área central, n o es tratado en u n capítulo aparte, pero se lo m en cio n a siem pre que resulta necesario. La descripción q u e vien e a co n tin u ació n parte del plantea­ m ien to de S w ed en b o rg em pezando p o r el reino central del m apa —nues­ tro m u n d o —y avanza luego hacia los reinos q ue lo envuelven: el m u n d o

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de los espíritus, el cielo, el in fierno y, p o r últim o, el S eñ o r co m o realidad última. Pero una vez se co m prende el m apa, se p u ede a b rir el libro de S w edenborg p o r cualquier lugar y em pezar a leer p o r d o n d e se quiera.

EL SEÑOR

LOS CIELOS

EL MUNDO

EL MUNDO DE LOS ESPÍRITUS

LOS INFIERNOS

^ • g u r a 1. M a p a d e l u n i v e r s o d e S w e d e n b o r g ( p r im e r a v e r s i ó n ) . E n D e l C ielo y

el I„ fierno S w e d e n b o r g d e s c rib e lo s d iv e rs o s r e in o s q u e c o n f ig u r a n el n iv e rs o ; e s ta d e s c r i p c ió n p o d r ía r e s u m ir s e d e v a ria s m a n e r a s . E l e s q u e m a

s u g e r id o c o lo c a a n u e s t r o m u n d o e n el c e n t r o d e lo s r e in o s ; c o m p á r e se c o n la f ig u r a 2 .

a. E l m u n d o «El m undo» (mundus), situado en el cen tro del esquem a, está el m u n ­ do m aterial en q u e vivim os. Este m u n d o se c o m p o n e de num erosas tie­ rras dispersas p o r el universo, de las q u e nuestro planeta es solam ente una entre m uchas (§ 417). Todas las tierras están habitadas p o r seres hum anos. N o obstante, para u n objetivo práctico, basta equiparar el m u n d o con nuestra tierra. E n la tierra en co n tram o s la Iglesia, definida com o «el cie­ lo del S eñor en la tierra» (§ 57). E n el m u n d o , la Iglesia cristiana es res­ ponsable de enseñar a los fieles la cosm ovisión adecuada, esto es, to d o so­ bre los diversos m un d o s espirituales que rodean y envuelven el mundus. Sin em bargo, las iglesias tradicionales generalm ente han fracasado. A u nque Del Cielo y del Infierno n o tenga una p arte in d ep en d ien te que trate de es­ te m u n d o , S w ed en b o rg se refiere n o obstante a él m uy frecuentem ente, pues to d o lo q u e explica es para co n o c im ie n to y beneficio de quienes vi­ ven en este reino. E structuralm ente, la característica más im p o rtan te del m u n d o es su localización entre el cielo y el infierno. Estos dos reinos tra­ tar de influir en el m u n d o y en la vida de los individuos; en co n secuen­ cia, las dos fuerzas se neutralizan recíprocam ente, de m anera que los h u ­ m anos son libres: n o están forzados a som eterse al m al ni tam poco al bien (§§ 597-602). P u e d e n decidir lib rem en te entre el b ie n y el mal. E n el dia­ gram a hay q u e inclu ir una característica subrayada p o r Sw edenborg: la in ­ fluencia del cielo y el in fiern o sobre nuestro m u n d o n o es inm ediata, si­ n o q u e se eierce m ediante espíritus activos en el m u n d o de los espíritus (§ 600). E n u n m u n d o de libre decisión, es im p o rta n te ser guiado m o ralm en ­ te. S w ed en b o rg tiene m u ch o que decir y reco m en d ar sobre la vida co ­ rrecta y la vida equivocada en el m u n d o y ofrece su consejo. Los temas centrales se refieren al trabajo, el m a trim o n io y la práctica eclesial. U n a vida productiva, activa, de servicio a la sociedad es el ideal. Sw edenborg previene sobre la ociosidad y el ascetismo. La ociosidad nunca hace feliz al ser h u m an o (§ 403), y la separación de la vida activa, co m o sucede en las com unidades m onásticas, tien d e a inflar a cada u n o con el sentim ien­ to de su propia valía y le aísla así de las fuerzas divinas co n las que hay que asociarse para ser feliz aquí y en la otra vida (§ 535). E n cuanto al m atri­ m onio, Del Cielo y del Infierno advierte co n tra la actitu d de d o m in io en la relación conyugal, pues «cualquier deseo de con trol de u n o sobre el otro destroza co m p letam en te el am o r conyugal» (§ 380). El libro advierte tam ­

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bién contra el m a trim o n io entre personas de religiones diferentes, pues entre ellos n o se desarrolla u n verdadero am o r conyugal (§ 378). Incluso se ofrece una in terp retació n de la intim id ad m arital: «El placer conyugal, que es el placer del tacto más p u ro y delicado, supera todos los dem ás d e­ bido a su servicio, la procreación del género h u m an o y, de esta m anera, de los ángeles del cielo» (§ 402). E n relación a la religión, S w edenborg pronuncia u n veredicto sobre aquellos que piensan q u e la práctica y el re­ zo constante son el cam ino recto (§ 535). C o n o cía los lím ites y peligros espirituales de lo que ex te rn am en te parece ser una vida santa y devota. En resum en, el m ensaje ético del v idente es de optim ism o: «N o es tan difícil llevar una vida encam inada al cielo co m o se suele creer» (título de §§ 528-535). V iviendo todavía en el m u n d o m aterial, a Sw edenborg se le co n ce­ dieron vislum bres de los inm ensos reinos que transcienden y envuelven el reino terrenal. M ientras que en la E dad M edia D an te podía presentar su visión del m u n d o en la form a de una narración coherente, Sw edenborg prefiere una descripción filosófica, más sistemática. E n m uchos puntos, sin em bargo, su descripción incluye afirm aciones narrativas co n carácter autobiográfico: co m o visionario, S w edenborg conversó con los residen­ tes de otras regiones. N o hay nada extraño en esta co m u n icació n , nos asegura, pues todos los seres que e n cu en tra son personas que vivieron an­ taño una vida h u m an a n o rm al en este m undo. b. E l m u n d o d e lo s e s p ír itu s El m undo de los espíritus (mundus spirituum) es el reino que envuelve inm ediatam ente nuestro m u n d o m aterial. Las observaciones de S w eden­ borg sobre este m u n d o p u e d en encontrarse bajo el encabezam iento «El m undo de los espíritus y el estado del h o m b re después de la m uerte» US 421-535). C o m o indica este encabezam iento, la m u e rte desplaza la conciencia p rim aria desde el m u n d o m aterial al m u n d o de los espíritus. urante su estancia en ese m u n d o in te rm e d io , los seres h u m anos atra­ viesan varias etapas: h La prim era p u ed e describirse com o etapa de intro d u cció n . Al llegar e m undo, las personas parecen seguir siendo las mismas. Se encuentran remo* Cn SU V'^ a terrena' : «"-podem os hablar con cualquiera cuando quee ° S’ con l ° s am igos y conocidos de nuestra vida física, especialm ente ° ° esposa, y tam bién herm anos y herm anas. H e visto cóm o u n pa­

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dre reconocía a sus seis hijos y hablaba co n ellos. H e visto a m uchas otras personas con sus parientes y amigos», relata el visionario (§ 427). 2. La segunda es una etapa de transform ación. Las personas se en ­ cu en tran co n los ángeles, antiguos seres hum anos m ateriales, delegados p o r el cielo para ofrecer in stru cció n sobre el Señor, la existencia celestial y los valores de la b o n d ad y la verdad (§ 548). C o m o recep to r de la ins­ tru cció n angélica, el ser h u m an o se centra cada vez más en su actitud es­ piritual básica, de m o d o que se afirm a su carácter positivo o negativo. M anifiesta sus verdaderos pensam ientos, sentim ientos y actitudes y así re­ vela su verdadera naturaleza. Sucede q u e la personalidad de algunas p er­ sonas honradas incluye ciertos elem entos falsos y n o depurados en cuan­ to a su pen sam ien to y o rien tació n . D espués de u n p erío d o de sufrim iento sem ejante al purg ato rio , p u ed en ser incluidos entre los justos (§ 513). Finalm ente, las personas cam bian. Se despojan de la form a del c u e rp o fí­ sico, que habían recibido de sus padres, para que su propia form a in te rio r individual, a n te rio rm e n te oculta, se haga visible, una form a m odelada p o r su naturaleza, carácter y o rie n ta c ió n verdaderos. Las personas de ca­ rácter b u e n o tien en ahora u n rostro h erm oso, m ientras que quienes si­ gu en u n a m ala o rien tació n lo tien en feo (§ 457). 3. H ab ien d o alcanzado su form a definitiva al final de la segunda eta­ pa, el ju sto y el m alvado se separan para llevar cada cual su propia vida. Los réprobos p u ed en ab andonar el m u n d o de los espíritus inm ediata­ m ente, arrojándose de cabeza al infierno. E n cam bio los justos atraviesan una etapa adicional de in stru cció n angélica que los prepara para la exis­ tencia celestial (§ 512). A u n q u e algunas personas p e rm a n e c en m u ch o tie m p o en el m u n d o de los espíritus -h a sta treinta a ñ o s-, la m ayor parte de los recién llegados e n ­ cuen tran p ro n to su particular cam ino al cielo o al in fiern o (§ 426). El ca­ m in o que cada u n o recorre d ep en d e de la o rie n ta ció n in te rio r que se ha­ ya adoptadq d u ran te la vida en la carne y q ue se ha co nfirm ado en respuesta a la in stru cció n angélica. Los réprobos eligen el infierno; los justos, el cielo. c. E l c ie lo Del Cielo y del Infierno dedica la m ayor p arte de su extensión a descri­ b ir el cielo y la existencia celestial (§§ 20-420). A u n q u e gran parte del tex to se basa en n o ciones psicológicas y filosóficas abstractas y p u e d en pa­

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recen im penetrables a algunos lectores n o iniciados en el pensam iento del autor, m uchos se han sentido atraídos y fascinados p o r las vividas des­ cripciones del v id en te del m u n d o de los ángeles. Los ángeles, según S w e d e n b o r g , no son otra cosa que los bienaventurados: personas que, después de h ab er vivido en el m u n d o (mundus) y después de haber pasa­ do algún tiem po en el m u n d o de los espíritus (mundus spirituum), han e n ­ contrado su m orada p erm an en te en u n o de los reinos celestiales. H ablando de todos los hum anos, dice Sw edenborg: «H em os sido creados para e n t r a r en el cielo y convertirnos en ángeles» (homo creatus est ut in coelum veniat, et fia t Angelus, § 57). A unque m uchos se im aginan a los ángeles co m o «m entes sin forma», com o «algo etéreo con una cierta vitalidad en su interior», Sw edenborg insiste en su form a verdaderam ente h u m ana (§ 74). «T ienen cara, ojos, oídos, pecho, brazos, m anos y pies. Se ven unos a otros, se oyen unos a otros y hablan entre sí. E n suma, n o carecen de nada de lo que es propio de los hum anos, pero n o están revestidos de u n c u e rp o m aterial» (§ 75 ). C om o su padre, el obispo luterano Jesper S w edberg (1653-1735), Sw edenborg insiste en que los habitantes del cielo no están privados del más elem ental m ed io de com unicación, el lenguaje5. «Los ángeles hablan entre sí com o hacem os nosotros en este m u n d o . H ablan de cosas diver­ sas: asuntos dom ésticos, preocupaciones de la com unidad, cuestiones de la vida m oral y de la vida espiritual», explica el v idente (§ 234). A ñade que «el lenguaje angélico, co m o el lenguaje hum ano, se diferencia en pa­ labras. Se pro n u n cia y se oye igualm ente p o r m edio de sonidos» (§ 235). M ientras que su padre había especulado que los suecos hablarían sueco en el cielo pero co m p ren d erían otras lenguas sin dificultad, S w edenborg propone la visión más filosófica de que «todos en el cielo tie n en el m is­ m o lenguaje», in d e p en d ie n tem e n te de su lugar de procedencia (§ 236). E n el cielo, los ángeles de naturaleza y m e n te sem ejantes se rec o n o ­ cen e n tre sí co n facilidad y se reú n en para form ar com unidades (societas). S w ed en b o rg las describe m uy sem ejantes a lo que pu ed an ser las ciuda­ des, p u eb lo s y aldeas de la tierra: las mayores de esas com unidades cons­ tan de decenas de miles de individuos, otras más pequeñas de algunos m iY las más pequeñas de todas de varios centenares. Algunas personas V1Ven s° las (§ 50). El vidente insiste rep etidam ente en el h ech o de que las Sobre el interés de Jesper Sw edberg en el lenguaje de los santos, véase Lam m 1922, 5.

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com unidades n o se fo rm an según una ley im puesta desde el exterio r; más bien, cada co m u n id ad celestial está constituida p o r el ser in te rio r de ca­ da m iem bro. E n palabras de Sw edenborg: «El cielo no está fuera de los ángeles, sino d en tro de ellos» (§ 53). Los m iem bros de la co m u n id ad ce­ lestial viven en casas; éstas son «igual q u e las casas de la tierra, lo que p o ­ dem os llam ar u n hogar, pero más herm osas. T ie n e n habitaciones, salas y d o rm ito rio s en abundancia, y patios con jardines, bancadas de flores y césped a su alrededor» (§ 184). Las casas fo rm an ciudades con calles, ca­ llejones y plazas «com o las q u e vem os en las ciudades de la tierra» (§ 184). C o m o antiguos hom bres y m ujeres, los ángeles son m asculinos y fe­ m eninos (§ 366). E n consecuencia, form an parejas. El com pañero es atraí­ do hacia la co m pañera cuando sus m entes p u e d en unirse en una sola. Se am an u n o a o tro a p rim era vista y co n traen m atrim onio. C o n num erosas personas reunidas a su alrededor, tam b ién celebran una fiesta co n m otivo de su u n ió n (§ 383). El S eñor b en d ice su am or m u tu o y los hace felices. Las parejas celestiales se diferencian de sus hom ologas terrenales sola­ m e n te en q u e n o tien en hijos (§ 382b). ¿Consiste la dicha celestial en una vida de ocio? N o , responde el vi­ dente, pues la ociosidad n o co n d u ce a la felicidad (§ 403). Lejos de ser ociosa, la vida celestial es una vida activa. Los asuntos dom ésticos, cívi­ cos y eclesiásticos m an tien en a los ángeles ocupados no sólo en su propia com u n id ad (§ 388), sino tam b ién fuera. P or regla general, las co m u n id a­ des celestiales tie n e n asignados deberes específicos. Los m iem bros de al­ gunas trabajan co m o ángeles guardianes en el m undo; su tarea es apartar a los seres h u m an o s de sentim ientos y pensam ientos perversos y ayudar­ les a con tro lar sus acciones (§ 391). O tro s trabajan con los que acaban de llegar al m u n d o de los espíritus. O tro s edu can a los niños que han m u er­ to en la infancia. S w edenborg asegura a su padres que «todos los niños, nacidos d en tro o fuera de la Iglesia, son adoptados p o r el S eñ o r y se c o n ­ v ie rte n en ángeles» (§ 416). d. E l in fie rn o Las regiones infernales (inferna), co n su división en u n nivel superior d en o m in ad o reg ió n de los espíritus (regnum spirituum) y o tro in ferio r de­ n o m in ad o reg ió n de los d em onios (regnum geniorum, véase § 596), son tra­ tadas am pliam ente, au n q u e n o tan ex tensam ente com o los reinos celes­ tiales (§§ 536-588). Los espíritus (spiritus) y d em onios (gemí) n o son sino

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antiguos seres hum anos. Según S w edenborg, no hay diablos ni dem onios creados p o r D ios en un acto in d ep en d ien te de creación; esta creencia co ­ m ún, dice S w edenborg, está co m pletam ente injustificada. Los espíritus y los dem onios han vivido en la tierra, han m u e rto y han pasado algún tiem po en el m u n d o de los espíritus. ¿Por qué están en el infierno, un lu ­ gar de «un h e d o r fétido y repugnante» (§ 429)? S w edenborg afirm a que la razón de que los pecadores en tren en el in fiern o n o es que el S eñ o r es­ té enojado con ellos (§ 545). H abitan allí p o rq u e du ran te su existencia te­ rrenal prefirieron el m al al bien y se asociaron cada vez más con los rei­ nos infernales, A resultas de ello, acabaron co m o espíritus en la reg ió n de los espíritus m alignos o, peor, en la reg ió n de los dem onios. ¿Q ué les sucede a los espíritus m alignos y a los dem onios en el infier­ no? N ingún ju ic io basado en el registro de crím enes y ofensas pasadas se celebra ante un tribunal'1, y no existe ninguna prisión propiam ente ha­ blando, ni fuego, ni diablos con tridente. E n cam bio, los réprobos sufren por su propio estado espiritual (§ 547). Sin em bargo, debem os te n e r cui­ dado y no interpretar erró n eam en te a Sw edenborg: él no psicologiza los torm entos del in fiern o hablando de ellos en térm inos de infelicidad in te­ rior7; en lugar de ello, se refiere de m anera consecuente a los to rm en to s del infierno co m o un daño infligido desde el exterior. «La turba infernal no ansia ni quiere nada más que hacer daño, especialm ente m altratar y to r­ turar» (§ 550). Los Evangelios describen el in fierno com o un lugar de to ­ tal oscuridad, de «lloro y crujir de dientes» (M ateo 8 , 12), y el pasaje co n ­ duce fácilmente a una interpretación psicológica. S w edenborg com enta específicamente el texto bíblico, pero lo rem ite a los «conflictos y luchas» entre los m oradores del infierno (§ 575). A diferencia de Sw edenborg, su contem poráneo Jean-Jacques R ousseau (1712-1778) define el in fierno en términos m ucho más psicológicos. Según el libro 4 del Emilio, los corazo­ nes hum anos están «corroídos p o r la envidia, la avaricia y la am bición», por eso infierno está «en el corazón del malvado» (R ousseau [1762] 1991, 284). R ousseau y Sw edenborg consideran los corazones m alvados y los ac0S Perversos com o una unidad, y los dos saben que el m al se origina en Debe observarse que § 462b: 7 term ina de m anera poco habitual c o n la sugerencia de un «proceso judicial».

sufrimiento interior (dolor) según Sw edenborg no es nunca un estado p erm anen•nfelicidad, sino solam ente u n estado o sentim iento tem poral (véase § 400: 3- 4).

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el corazón hum ano. Sin em bargo, a pesar de esta sem ejanza, R ousseau su­ braya el corazón, y S w edenborg acentúa los actos. El in fierno de R ousseau podría describirse co m o u n m anicom io, m ientras que el infier­ n o de Sw edenborg es una sociedad en la que gobierna el m alvado. E n el infierno, liberado de las coacciones sociales, el corazón m alvado se expre­ sa librem ente en actos perversos co n tin u am en te renovados. ¿Y q u é hay del castigo? E n el infierno, el castigo existe, pero no se ba­ sa en el registro de los pecados com etidos d u ran te la vida terrenal. E n lu­ gar de ello, se in c u rre en el castigo exclusivam ente p o r las acciones reali­ zadas en el in fiern o (§ 509). Esta fun ció n es realizada p o r otros dem onios, que nun ca se abstienen de frustrar y a to rm e n ta r a sus sem ejantes en cuan­

el reino terrenal. Los espíritus peores, los dem onios (genii), «se deleitan de manera particular en hacerse im perceptibles y flotar alrededor de los otros c o m o fantasmas, haciendo daño de m anera encubierta, vaporizando el mal a su alrededor co m o el veneno de las serpientes» (§ 578). S w edenborg señala que los espíritus tam bién atacan el cielo (§ 595); pero no sirve de nada, pues cuando los cielos se d efienden del infierno, los ángeles, m e ­ diante un sim ple esfuerzo de voluntad, dispersan a los espíritus m alignos y los arrojan de nuevo al in fierno (§ 229). El resultado de este conflicto y antagonism o constante es u n dram a dinám ico. Supervisada y dirigida por el Señor, que siem pre apoya a las fuerzas celestiales, la acción de los poderes antagónicos tien e co m o resultado u n gran eq u ilib rio cósm ico (§§ 592 - 593 ). Lejos de estar en un estéril estado de hom eostasis, el universo rebosa de vida. El carácter dinám ico del universo de S w edenborg em erge aún más claramente cuando se com para con las nociones escolásticas tradicionales de la vida después de la m uerte. Según gran parte de la tradición cristia­ na, la vida h u m ana se detendrá finalm ente en el cielo y en el infierno. H abiendo alcanzado su m eta, dejará de existir. E n el cielo, los bienaven­ turados serán recom pensados, esencialm ente m ediante la visión beatífica de Dios. E n el infierno, los condenados serán castigados co n u n sufri­ m iento eterno. Del Cielo y del Infierno n o presenta nada sem ejante a esto. El cielo, realidad dinám ica, significa una vida arm ó n ica bajo el influjo di­ vino, m ientras que el in fiern o significa una vida in arm ó n ica separada del Señor. Para el a u to r de Del Cielo y del Infierno la vida h u m ana c o n tin u a­ ra para siem pre, tan to en este m u n d o co m o en los universos espirituales que lo rodean.

to pued en . El estado en q u e se en cu en tran los m alvados depende de sus im pulsos individuales y sus cualidades interiores (§ 508), las cuales reflejan el am or a sí m ism o y el am o r al m u n d o en grados diversos (§ 554). A nte los ju s­ tos, aparecen co m o «m onstruos» (§ 80) de fo rm a «distorsionada, oscura y grotesca» (§ 99 ), vestidos ú n icam en te co n «harapos sucios y asquerosos» (§ 182). «Algunos rostros son negros, otros c o m o pequeñas antorchas, otros c o n granos o co n grandes llagas ulcerosas» (§ 553). Pero, pregunta S w e d e n b o rg , ¿están d e fin itiv a m e n te p e rd id o s para el cielo? ¡Sí! D efinitivam ente; es decir, es en este m u n d o , el m u n d o del tiem p o y el espacio, en el q u e pod em o s y debem os elegir. U n a vez que el carácter m aligno de alguien se ha ratificado, n o habrá ya n in g ú n cam bio, y p o r tanto n o habrá escapatoria del in fiern o en toda la eternidad. «Una abun­ dante exp erien cia m e ha convencido tam b ién de que después de la m u er­ te p erm an ecem o s igual para siempre» (§ 480). P or consiguiente, «los ha­ bitantes de los infiernos n o p u e d e n ser salvados» (§ 595). Sin em bargo, Sw edenborg ofrece a los m oradores del in fiern o una últim a esperanza: a veces el S eñ o r envía ángeles a los q u e allí se e n cu en tran para im p ed ir que se a to rm e n te n excesivam ente entre sí (§ 391). S w ed en b o rg describe b revem ente la co n d ició n m iserable y las activi­ dades de los espíritus infernales. V iv ien d o en toscas chozas, los espíritus infernales se em p eñ an en «disputas, hostilidades, peleas y violencias cons­ tantes. Las calles y callejuelas están llenas de ladrones y atracadores. En al­ gunos infiernos n o hay nada sino burdeles, de aspecto repu g n an te y lle­ nos de to d o tip o de suciedades y excrem entos» (§ 586). E l v id en te insinúa en u n capítulo (§ 600) que tratan de influir en las personas que viven en

e. E l S e ñ o r Toda esta vida procede del S eñor (Dominus), que envuelve y sostiene toda la estructura cósm ica. T odo lo que existe y vive debe su ser al Señor, Y efectivam ente extrae su p o d e r de ser en cada m o m e n to del S eñor (§ 9). A parado de su fuente de ser, to d o se desvanecería in m ed iatam en te en la nada. E n el m u n d o (mundus), n o todas las personas se vuelven hacia el Señor com o fuente de su ser, pero en el m u n d o espiritual todos los án ­ geles lo hacen. Para los ángeles del reino celestial, el S eñor es visible co m ° un S°1 p o r encim a de los cielos (§ 118), «rojizo y resplandeciente, con Un brillo tal que no se pued e describir» (§ 159).

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La m etáfora solar para el S eñor se utiliza de m anera que da al univer­ so te o c é n tric o de S w edenborg una estru ctu ra heliocéntrica: «Puesto que el S eñ o r es el sol del cielo... el S eñ o r es el centro c o m ú n [Dominus en Centrum communej» (§ 124). E n otros lugares S w edenborg utiliza expre­ siones más tradicionales, de verticalidad, según las cuales D ios está por encim a de to d o y los diversos cielos se d en o m in an inferiores y su perio­ res (§ 22). Sin em bargo, una lectura atenta revela que S w edenborg o rie n ­ ta a m e n u d o su lenguaje desde las m etáforas de verticalidad hacia las m e ­ táforas del centro. D e esta m anera, los ángeles y los cielos superiores se den o m in a n tam b ién ángeles y cielos «más interiores», esto es, aquellos que están más cerca del centro divino (§§ 22, 29, 31). «La perfección au­ m en ta cu ando nos dirigim os hacia d en tro y dism inuye cuando vam os ha­ cia fuera, p o rq u e las cosas más in terio res están más cerca del S eñor y son intrín secam en te más puras, m ientras que las cosas más exteriores están más lejos del S eñ o r y son intrín secam en te más bastas» (§ 34). La figura 2 es u n in te n to de m ostrar el discurso de S w ed enborg basado en el centro y ofrece u n a alternativa al a n te rio r m apa del universo (fig. 1). S w edenborg procura corregir los m alentendidos com unes de la idea de Dios. Los teólogos desvirtúan con frecuencia la naturaleza del Señor al cre­ er en tres seres divinos (§ 2) o negando la divinidad del S eñor y reco n o ­ ciendo solam ente al Padre (§ 3). Existe u n solo Dios, u n solo Señor, que se m anifestó en la tierra com o Jesús y que se m anifiesta en el cielo com o el sol o la luna (§§ 117-118). P uede m anifestarse tam bién en form a angé­ lica, esto es, h u m an a (§§ 55, 121). La autom anifestación y la visibilidad del Señor son hechos m u y recalcados p o r Sw edenborg: sólo los filósofos des­ cam inados piensan en D ios com o invisible y p o r consiguiente com o in­ com prensible (§§ 82, 86 ). Q uienes describen a D ios com o el alma invisi­ ble del universo, co m o u n ser más allá de la com prensión de la cognición hum ana (§ 3), están claram ente equivocados. Leído com o una crítica de es­ ta filosofía naturalista, Del Cielo y del Infierno de S w edenborg em erge co ­ m o una celebración del cono cim ien to de las realidades divinas. Al vidente le fue dado ese conocim ien to en dos form as que se apoyan m utuam ente: p o r vía de una com unicación mística co n los ángeles y p o r vía de co m ­ prensión del sentido in te rio r de los escritos bíblicos. «Me ha sido concedi­ do estar co n los ángeles y hablar co n ellos cara a cara», explica. «Se m e ha autorizado igualm ente a describir lo que he visto y oído, con la esperanza de derram ar luz d o n d e hay ignorancia y disipar así el escepticismo» (§ 1).

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F

'g u ra 2 . M a p a d e l u n i v e r s o d e S w e d e n b o r g ( s e g u n d a v e r s i ó n ) . M ie n tr a s

l ú e el e s q u e m a o f r e c i d o e n la f ig u r a 1 s itú a a D io s e n la p e r if e r ia , h a c i e n ­ d e e n v u e lv a e l u n i v e r s o , e n el t e x t o d e S w e d e n b o r g e s tá i m p l í c i t a u n a re P re s e n ta c ió n a lt e r n a t iv a . E l v i d e n t e h a b la t a m b i é n d e lo s d iv e r s o s n i v e les del i ^ c ie lo e n t a n t o q u e m ás c e r c a n o s o m ás a le ja d o s d e l c e n t r o d iv in o . e s q u e m a s itú a al S e ñ o r e n el c e n t r o y r e le g a t o d o lo d e m á s a la p e r i ­ feria.

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II. E l e m e n t o s d e i n t e r p r e t a c i ó n Las palabras q u e acabam os de citar son co m o u n sólido p u n to de par­ tida para u n exam en del c o n tex to de la época de Sw edenborg: «Me ha sido co n ced id o estar co n los ángeles y hablar con ellos cara a cara. T am bién se m e ha p e rm itid o ver, a lo largo de trece años, lo que hay en el cielo y en el infierno» (§ 1). D esde q u e se escribieron estas palabras, han im pactado a m uchos que las han leído o han o íd o hablar de ellas. D u ra n te los últim os años de su vida, E m anuel Sw edenborg se convirtió en una especie de celebridad y la g en te le buscaba en su casa de E stocolm o y de L ondres o en cualquier lugar en que pudiera en co n trar­ se. Y a él n o le im p o rtó que se le acercaran. U n o de estos visitantes, el poeta alem án G ottlieb F ried rich K lopstock (1724-1803), quería que le pusiera en co n tacto co n sus am igos difuntos, a lo que Sw edenborg, sin em bargo, se n egó (Tafel 1890, 697). K lopstock y m uchos otros le consi­ deraban co m o u n vid en te de espíritus, y la gente quería oírle hablar so­ bre los ángeles o sus parientes m u erto s, p o r pura curiosidad. C onfiaban en él p o r lo q u e habían o íd o o quizás a raíz de una lectura m uy superfi­ cial de libros co m o Del Cielo y del Infierno, q u e parecía a algunos u n co n ­ g lo m e ra d o de alu cin acio n es disparatadas. A u n q u e es c ie rto que S w ed en b o rg preten d ía estar en co n tacto co n el otro m undo, m uchos co n tem p o rán eo s in terp retaro n e rró n e a m en te o sim plem ente pasaron por alto el h e ch o de que él quería establecer los cim ientos de u n a nueva teo ­ logía. T am poco co m p ren d ían su lenguaje, sobrio y perfectam ente razo­ nable, ni su tip o de pensam iento. P o r eso, el resum en preced en te ha tra­ tado de insistir en el carácter co h e re n te y sistem ático de la enseñanza de

Del Cielo y del Infierno. E n las páginas q u e siguen la enseñanza de Sw edenborg es exam inada desde u n ángulo diferente, desde u n p u n to de vista histórico. La co m ­ prensión histórica de u n tex to tan alejado de nuestra época y tan co m ­ plejo co m o D el Cielo y del Infierno exige investigar en los diversos niveles de su trasfondo cultural, filosófico y religioso. La m etáfora de los estratos adquiere su sentido cuando el le c to r considera el h ec h o de que la filoso­ fía de Swedenborg pertenece a la tradición ecléctica. A ctualm ente el eclecticis­ m o tiene m ala fam a, pues se da este n o m b re a sistemas de pensam iento que de m anera arbitraria co m b in an elem entos de una diversidad de fuen­ tes sin una estructura adecuada para tal com binación. E n cam bio, en los siglos x v i i y x v i i i m uchos filósofos y científicos celebraban el eclecticis­

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el ú n ico m é to d o adecuado. La verdad, decían, n o pued e al­ confiando inco n d icio n alm en te en una escuela tradicional com o la fundada p o r P latón (427-347 a. C .), A ristóteles (384-322 a. C .), o los e s to ic o s ; solam ente p u ed e encontrarse m ed ian te la experiencia y el exam e n cuidadoso y en profundidad y posiblem ente depurado de las ideas r e c i b id a s y de las nociones que se p u e d en e n co n trar en el e n o rm e reper­ t o r i o del pensam iento acum ulado a lo largo del tiem po. T radición, es d e­ c ir, la s ideas recibidas, e innovación, es decir, las nuevas perspectivas ad­ q u i r i d a s a través de la experiencia y la observación cuidadosa, interactúan e n lo s siglos XVII y XVIII para pro d u cir u n c o n o c im ien to nuevo. Las m e n ­ tes eclécticas estaban abiertas a to d o tipo de ideas, com binándolas en c o n ­ figuraciones siem pre nuevas, desarrollándolas p o r nuevos cam inos, y ra­ ramente trataban de rastrear - o de rev elar- sus fuentes últim as. En la ciencia, la edad de oro del eclecticism o se desarrolla alrededor de 1700, cuando en A lem ania Jo h a n n C h risto p h S tu rm (1635-1704) apa­ recía com o su representante principal (A lbrecht 1994, 307-357). C o m o estudioso de la «filosofía natural» (com o entonces se llamaba), S tu rm es­ cribió sobre m atem áticas y física, in tro d u jo la física ex p erim ental en los cursos que im partía en A ltd o rf (en la universidad de N u rem b erg , Baviera), trabajó ju n to al q u ím ico inglés R o b e r t Boyle (1627-1691), y atrajo la atención del filósofo alem án G o ttfried W ilhelm Leibniz (1646-1716). S turm explicaba su enfoque en u n tratado titulado De Philosophia Sectaria et Electiva (Sobre la filosofía sectaria y ecléctica, 1679), y a su últim a colección de escritos la tituló Philosophia Ecléctica (Filosofía ecléctica; 1686, 1698). Para in teg rar en la m e n te los fenóm enos naturales, insistía S turm , no basta con estudiar los libros antiguos; es preciso inves­ tigar tam bién en «el libro de la naturaleza». S tu rm practicó u n m é to d o de tres pasos: p rim e ro hay que describir los fenóm enos tan fielm ente com o sea posible; luego hay que hacer u n inventario de las teorías explicativas propuestas p o r las autoridades antiguas y m odernas; y, finalm ente, extraer la explicación adecuada de la literatura disponible. E n la ciencia, el eclec­ ticismo era «m oderno» y «elitista» (A lbrecht 1994, 330). C u a n d o Sw eden­ borg estudió m atem áticas y física a principios del siglo XVIII, los p rim e tos científicos co m partían la filosofía básica de S turm , y el sueco lo hizo suyo. El espíritu del eclecticism o se extendía más allá de la filosofía n a tu ^ Y Uegó a incluir toda la filosofía. Toda filosofía verdadera, afirm aba enis D id ero t (1713-1784) en la Enciclopedia, es ecléctica p o r naturaleza. m o com o

c a n z a rs e

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«La p hilosophie eclectique» existía en la antigüedad, pero luego «perm a­ neció olvidada hasta finales del siglo xvi», cuando renació co n G iordano B ru n o (1548-1600), F rancis B aco n (1561-1626), R e n é D escartes (1596-1650), T h o m as H obbes (1588-1679), G o ttfried W ilhelm Leibniz, N icolás de M alebranche (1638-1715) y una larga lista de héroes de D id ero t (D iderot [1755] 1876, 345). E n tre los filósofos eclécticos, algunos no parece que pensaran incluir ideas cristianas en su sistema; otros, sin em bargo, estuvieron abiertos a las afirm aciones cristianas tradicionales, aceptaron la idea de revelación divina y rechazaron la descripción pura­ m en te m ecanicista de la naturaleza (G aier 1984, 90-91; D reitzel 1991, 332-333). C o m o co rresp o n d e a u n h o m b re de esta creencia filosófica, el saber de Sw ed en b o rg era vasto y ecléctico, siendo su pensam iento el resultado de una variedad de fuentes. R etro sp ectiv am en te, R a lp h W aldo E m erson (1803-1882) —h o m b re fam iliarizado co n los logros del eclecticism o - p o ­ día escribir: «Sw edenborg nació en u n a atm ósfera de grandes ideas. Es di­ fícil decir lo q u e era de su propiedad» (E m erson [1849] 1903, 103). Si se com parara el p ensam iento de S w ed en b o rg co n una casa, en ella se co m ­ binarían m ateriales de co n stru cció n de orígenes diversos para fo rm ar una unid ad nueva y sólida. Pero ¿cuáles eran esos m ateriales y de d ó n d e p ro ­ cedían? E n las páginas siguientes se in ten tará precisar cuáles son algunos de los m ateriales intelectuales co n los q u e Sw edenborg co nstruyó su sis­ tem a y rastrear sus orígenes históricos. Se p u e d e n discernir elem entos ar­ caicos, n eoplatónicos, renacentistas, b arrocos y rom ánticos. El p rim e r te­ m a será el carácter arcaico de su visión del m undo. a. U n a c o s m o v is ió n a r c a ic a Los pueblos antiguos se en co n trab an en u n m u n d o m arcado p o r dos experiencias opuestas y contrarias (C o h n 1993, 3-76). H abía estabilidad y orden, que se m anifestaba en el ciclo p eren n e de día y noche, nacim ien ­ to y m u erte. «M ientras la tierra perm an ezca, n o cesarán la sem entera y la siega, el frío y el calor, el verano y el invierno, y el día y la noche» (Génesis 8 , 22 ). Ese o rd en se extendía de la naturaleza a la sociedad y se consideraba válido tam bién para el rein o de los espíritus y las deidades. D iv in am en te fijado e invariable, el o rd e n era esencialm ente eterno. Sin em bargo, n u n ca era plen am en te tran q u ilo y estable, pues existía la se­ gunda experiencia, igualm ente im p o n e n te , de inestabilidad, conflicto y

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La sequía podía trastornar las estaciones, la esterilidad am enazaba la de las generaciones, la enferm ed ad y la guerra daban el p o j er a la m u erte más que a la vida y la prosperidad. Sin em bargo, pese a t o d o su p o d e r destructivo, las fuerzas del caos n o podían triu n far n u nca c o m p l e ta m e n t e sobre el o rden de la creación divinam ente establecido. A u n q u e el m u n d o está siem pre expuesto a la p ertu rb ació n y lleno de c o n f l i c t o s , los dioses, al parecer, m an tie n en el m u n d o en u n equilibrio i n t e m p o r a l entre cosm os y caos, co n la balanza ligeram ente inclinada, p o r lo g e n e r a l , en la dirección del o rd en cósm ico. La visión global del m u n ­ d o d e la hum an id ad arcaica era de una estabilidad visible y en definitiva f i r m e , atem perada p o r u n fuerte sentido de inseguridad. El m u n d o de los pueblos arcaicos n o se detenía en los lím ites de la conciencia cotidiana, sino que se extendía m u c h o más allá de esos confi­ nes. Alguna form a de cielo e in fiern o —residencia de los favorecidos y los menos favorecidos de entre los m uertos—p erten ecía a esa visión del m u n ­ do. Este reino bienaventurado se describe rep etidam ente en el R ig Veda, antiguos him nos sánscritos com puestos alrededor del 1200 a. C . en la India (C ohn 1993, 76). E n esos him nos, el cielo aparece co m o lleno de luz, arm onía y alegría. Sus habitantes se alim entan de leche y m iel. H acen el am or con tanto m ayor deleite cuanto que han sido liberados de todo defecto corporal. El sonido del dulce canto y de la flauta es fácilm ente audible. U n in fiern o típico era el de la antigua M esopotam ia: u n o tro mundo poblado p o r dem onios que a veces se escapan al m u n d o de los vi­ vos e incluso asaltan el m u n d o de los dioses. El m ism o o tro -m u n d o al­ bergaba tam bién los espíritus de los seres h u m anos m uertos, o al m enos de gran parte de ellos. D escrito co m o u n reino de oscuridad y g o b ern a­ do por una diosa p o c o amistosa, el in fiern o era u n lugar tenebroso y de­ sagradable. ca o s.

c o n tin u id a d

En su diálogo Fedón, el filósofo griego P latón discute el destino de las almas después de la m u erte, asignándoles lugares de acuerdo con su vida de santidad o de pecado: Cuando llega al lu g a r e n q u e las o tras alm as e stán re u n id a s, el a lm a q u e v a sin purificar y h a re a liz a d o a c c io n e s im p u ra s, q u e h a e je c u ta d o h o rrib le s asesin ato s u °tro s crímenes sim ilares, q u e re su lta n h e rm a n o s d e ésos, o a cto s p ro p io s d e alm as hermanas en el c rim e n , a ésa to d o el m u n d o la r e h u y e y le v u e lv e la espalda; n a die quiere ser su c o m p a ñ e ro n i su g u ia, y ella v a sola y e rra n te , e n to ta l in d ig e n ­

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cia hasta que se cumple un cierto tiempo, cuando es irresistiblemente arrastrada al lugar que le corresponde... Aquellos que parecen ser incurables por la gran magnitud de sus crímenes, que cometieron numerosos y horribles actos sacrile­ gos, asesinatos injustos y violentos, o cosas semejantes, ésos son arrojados al Tártaro, que es el destino que les conviene, y de donde nunca saldrán... Los que se distinguieron por la santidad de su vida son liberados de su prisión terrenal [es­ to es, el cuerpo], y se dirigen a su hogar puro que está en lo alto, y habitan en la tierra más pura. Y de entre éstos, aquellos que se han purificado debidamente me­ diante el ejercicio de la filosofía viven en lo sucesivo completamente sin cuerpo, en mansiones todavía más hermosas, que no pueden ser descritas, ni tenemos tampoco ahora tiempo suficiente para contarlo (Fedón 108b-c, 113e, 114b-c). P latón parece h ab er añadido algunas ideas propias —llam ar al cu erp o la prisión del alm a y ver la filosofía c o m o el m edio más poderoso de alcan­ zar u n estado post m o rte m elevado— pero, en su designación de u n des­ tin o particular a cada tipo de alma, su visión básica concuerda con n o ­ ciones arcaicas. El profeta iranio Z oroastro, que vivió hacia el año 1200 a. C ., revisó la cosm ovisión arcaica intensificando su dim ensión dram ática8. El co n ­ flicto entre las fuerzas del o rd en y los poderes del caos n o sería sim ple­ m en te etern o ; p o r el contrario, el conflicto debe desem bocar algún día en u n ch o q u e final de arm as y ejércitos. Esta g uerra de dim ensiones apo­ calípticas significaría la victo ria del dios creador y la d erro ta final, si no la aniquilación, de sus adversarios. E n consecuencia, la historia hum ana se deten d ría y se establecería u n m u n d o nuevo sin conflicto. La cosm ovisión de Z oroastro influyó en las creencias ju d ías antiguas y, a través de ellas, en las doctrinas escatológicas cristianas. El tem a de la guerra se com pletó co n el tem a del ju icio , de m anera q u e el dram ático final y la consum a­ ció n de la historia hum an a se consideraron dos actos term inales: la de­ rro ta de Satanás y el Juicio Final. E n Del Cielo y del Infierno, S w edenborg deja de lado intrépidam ente la doctrin a zoroastriano-crisdana para volver a la cosm ovisión arcaica. Para él, la historia continuará p o r siem pre c o m o lugar de conflicto entre el bien y el mal, la verdad y la falsedad, el o rd en y el desorden. O frece una nue­ va in terp retació n radical de las enseñanzas cristianas tradicionales sobre el 8B oyce (1975, 190) sitúa a Z oroastro entre 1400 y 1000 a. C.

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|uicio Final, arguyendo que los textos bíblicos correspondientes han sido mal com prendidos (§§ 1 , 307, 312). A firm a S w edenborg que se le ha co n ­ c e d id o el descubrim iento del verdadero significado oculto en la Biblia. A u n q u e no trate de ello, se p u ede inferir de Del Cielo y del Infierno que para Sw edenborg el Juicio Final ya ha ten id o lugar com o acontecim iento no en la tierra, sino en el m u n d o espiritual. E n El Juicio Final § 45 lo des­ c rib e com o un acontecim iento del que él m ism o había sido testigo en 1757. Del Cielo y del Infierno incluye una breve descripción: visto m o n ta ñ a s q u e e ra n m o ra d a d e g e n te m a lv a d a d e m o lid a s y allanadas, a veces sacudidas d e u n a p u n ta a o tr a c o m o s u c e d e e n n u e s tro s te r re m o to s . H e visto acantilados h e n d ié n d o s e h asta el fo n d o y tra g a n d o a lo s m a lv a d o s q u e esta­ ban sobre ellos. H e v isto ta m b ié n c ó m o los á n g e le s d isp e rsa b a n v a rio s c ie n to s d e miles de espíritus p e rv e rs o s y los a rro ja b a n al in f ie rn o (§ 229). He

A unque este relato está acom pañado de una referencia a El Juicio Final, que describe el aco n tecim ien to real detalladam ente, los lectores p o co in ­ formados apenas sospecharán que el au to r habla aquí sobre el Ju icio Final como un aco n tecim ien to pasado, u n episodio co n tem p o rán e o de la his­ toria hum ana más que su culm inación y su final. S w edenborg prefiere dedicar un libro in d ep e n d ien te —E l Juicio Final— a este im p o rtan te tem a. Según el credo cristiano, C risto «volverá en su gloria para ju zg a r a vi­ vos y m uertos y su reino n o tendrá fin»9. Este artículo de fe es c o m p re n ­ dido generalm ente en térm in o s apocalípticos co m o referencia a u n gran drama cósm ico que m arca el final de la historia hum ana. E n la teología m oderna, la creencia en el «fin del m undo» se ha convertido en u n tem a muy discutido y m uchos teólogos buscan un significado más allá de las meras palabras. Para ellos, los elem entos escatológicos descritos en el Nuevo Testam ento y resum idos en el C red o no son ni predicciones ni m form ación sobre acontecim ientos futuros. E n vez de ello, d eben de te­ ner algún significado sim bólico que hay que recuperar m ediante especiaes estrategias de interpretación. Tres de estas estrategias se han vuelto m uy com unes entre los te ó lo ­ gos. U na escuela considera el dram a apocalíptico del N u ev o T estam ento c°m o un nivel secundario, postjesuánico, de la tradición cristiana p rim i,>

Del credo constantinopolitano del año 381 d. C . Véase Leith 1973, 33.

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tiva. Sobre esta prem isa, el m in isterio de Jesús p u ed e com prenderse d e n ­ tro de la cosm ovisión arcaica. V isto desde esta perspectiva, sus curaciones aparecen co m o victorias tem porales en la batalla contra las fuerzas del m al, ap u n tan d o al establecim iento del g o b iern o real de D ios entre los pueblos. A u n q u e Jesús p u d o p re te n d e r la curación de la sociedad ju d ía com o u n todo, nun ca esperó algo más q u e u n triu n fo in m ed iato aunque tem poral sobre las fuerzas del mal. El restablecim iento del g o b iern o divi­ n o de Jesús es realista y a p eq u eñ a escala, y supone u n episodio de la lu ­ cha entre el o rd en y el caos. N o hay necesidad de hacer de ello u n p re­ lu d io m e n o r a u n a c o n te c im ie n to ap o c a líp tico de d im en sio n es universales. El Jesús histórico, co m o algunos historiadores m o d ern o s le ven, n u n ca dio a su m ensaje u n a estru ctu ra utópica y apocalíptica (Lang 1997, 94-96). U n a segunda estrategia de la revisión de las creencias escatológicas cristianas tradicionales p u ed e apreciarse en la obra del teólogo católico del siglo x x G erh ard L ohfm k. Según él, solam ente habrá u n ju ic io indi­ vidual después de la m u e rte de cada persona; co m o dram a cósm ico, el Juicio Final n o tendrá n u n ca lugar y p u e d e co m prenderse co m o la ex­ presión de que, desde la perspectiva ete rn a de D ios, todos los juicio s in­ dividuales suceden al m ism o tiem p o (L ohfm k 1975, 70-81). La tercera estrategia p ertin en te, representada p o r el teólogo luterano del siglo XX R u d o lf B ultm an n , m an tien e que la escatología m itológica debe de te n e r u n m ensaje existencial. M ás q u e ser u n anuncio literal del Juicio Final, sirve co m o llam am iento u rg en te a enfrentarse co n D ios aquí y ahora y d escubrir el au tén tico ser in terio r. C u an d o se descubre a D ios com o la realidad últim a, entonces to d o lo dem ás —el m u n d o m aterial y su historia— desaparece. Así es co m o explica B u ltm an n el significado in ­ terior, real, del m ensaje bíblico del «fin del m undo»: La predicación escatológica considera el tiempo presente a la luz del futuro, y dice que este m undo presente de naturaleza e historia, el mundo en que vivi­ mos nuestra vida y hacemos nuestros planes, no es el único mundo; que este mundo es temporal y transitorio; sí, en el fondo, vacío e irreal frente a la eter­ nidad (Bultmann 1958, 23). C o m o Sw edenborg, gran parte de la teología m o d ern a elim ina los te­ mas apocalípticos. Sin em bargo, el Ju icio Final de Sw edenborg es único

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en la m edida en que lo describe co m o u n ú n ico aco n tecim ien to signifi­ que ya ha tenido lugar.

c a tiv o

b. C a r a c te r ís tic a s n e o p l a t ó n i c a s U na de las prim eras cosas que se nos dicen en Del Cielo y del Infierno es que «lo D ivino es uno» (quod D ivinum unum sit, § 2 ). Este U n o (unum) es el «Principio» (Primum), y to d o lo que existe en este m u n d o y en los otros reinos del universo le debe su existencia. N o debem os pensar que los seres existentes -m a teriales e inm ateriales, anim ados e inanim ados, animales y h u m a n o s - se m a n tien en p o r sí m ism os. M ás bien, d eb en ser continuam ente plenificados desde el P rincipio, fuente de to d o ser. Todo depende del P rin cip io en fuerza y vitalidad. «Si las cosas no se m a n tu ­ vieran en una relación constante co n el P rincipio, a través de elem entos interm edios, instantáneam ente se desintegrarían y desaparecerían» (§ 9 ). Nada perm an ece en sí m ism o co m o una substancia com pleta e in d ep en ­ diente; to d o o b tien e su capacidad de ser de una fu ente transcendente, alejada del m u n d o : del U n o o Principio. Estas afirm aciones constituyen la lección on to lò g ica fundam ental no sólo d e Sw edenborg, sino de una larga y venerable tradición filosófica iniciada e n la G recia antigua p o r P latón en el siglo IV a. C. y renovada y desarrollada p o r P lo tin o (205-270) en el siglo III d. C .10 La filosofía platónica enseña tres doctrinas principales. P rim era, que existen dos m undos: u n m u n d o m aterial y u n m u n d o espiritual, trans­ cendente, siendo el m u n d o espiritual el reino más pu ro y poderoso. Segunda, que am bos m u ndos derivan en definitiva de u n a fu ente c o m ú n de ser y p o d er que transciende to d o lo espiritual y lo m aterial. Se pued e hablar de esta fuente co m o el B ien, el U n o , el P rincipio, o la D eidad. Tercera, el ser h u m an o p erten ece esencialm ente al m u n d o espiritual o di­ vino, y p o r lo tanto transciende la m u erte; la fo rm a habitual de referirse a esta d o ctrina es decir que el alma h u m an a individual es inm ortal. E xpresada en estos térm in o s generales, m u ch o de la teología cristiana, S1 n o to d o , es com parable al pensam iento p latónico o neoplatónico. Sin etnbargo, Sw edenborg utiliza en ocasiones la m ism a term inología em plea­ r á p o r la escuela de P latón, p o r ejem plo, cuando designa a D ios com o Para una síntesis in troductoria de la filosofia de P lo tin o y el im pacto que p rodujo en h vida intelectual occidental, véase H arris 1976.

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«Principio». Según la d o ctrin a más im p o rta n te de P latón, to d o lo que existe o b tien e su ser de una fuente sup rem am ente transcendente y debe perm an ecer en co n tacto co n esa fu en te para n o caer en la nada. D ios, o el B ien, sim bolizado en P latón y en S w ed en b o rg p o r el sol, trae las e n ti­ dades «a la existencia y les da crecim ien to y alim ento»; «derivan del B ien... su ser y realidad» (República 6 , 509b). S w edenborg utiliza tam bién ideas y enseñanzas específicam ente neoplatónicas. La afirm ación citada a n te rio rm e n te es u n ejem plo perfecto: «Si las cosas no se m an tu v ieran en una relación constante co n el P rincipio, a través de elem entos in te rm e ­ dios [in nexu continue teneturper intermedia cum Primo], instantáneam ente se desintegrarían y desaparecerían» (§ 9). E l Principio, en el pensam iento platónico, es transcendente y está m u y lejos de las realidades m ateriales y espirituales, de m anera que debe existir u n intermedium o m ed iad o r que lo con ecte co n su suprem a fuen te de ser. «Todo lo que existe después del P rincip io debe surgir necesariam ente de dicho Principio, sea de form a inm ediata o rem o n tán d o se a él a través de elem entos interm edios», afir­ m a P lo tin o (Enéadas, V, 4, 1). Los platónicos dedicaron m u c h o esfuerzo a tratar de d efinir este intermedium; P lo tin o , p o r ejem plo, desarrolló la teoría de u n alm a cósm ica que vincula todas las cosas, conectándolas con el U n o o P rincipio. E n Sw edenborg, en co n tram os a los ángeles en la fun­ ción de intermedium: «N o pod em o s dar u n paso sin el influjo (infiuxus) del cielo», observa. A ñade que «se p e rm itió a los ángeles activar m i andar, mis acciones, m i lengua y m i conversación co m o desearan, fluyendo en m i v oluntad y en m i pensam iento» (§ 228). T am bién P lo tin o se refiere a la guía divina m ed ian te el influjo: «Una vez el alm a recibe una c o rrien te [em anación] q u e llega a ella de D ios, es excitada y em bargada co n lo c u ­ ra báquica y colm ada de deseos incitantes: de esta m anera nace el am or... Sin em bargo, u n a vez que u n calor p ro c e d e n te del B ien la ha alcanzado, es fortalecida y despertada» (VI, 7, 22). La «corriente» (de lo D ivino) y el «influjo» (en el alma) que en P lo tin o excita al alm a a am ar se generaliza en Sw edenborg a todos los m ovim ientos de la voluntad y el pensam iento h u ­ m anos. Todas las form as de am o r —el am o r conyugal (amor conjugialis) así com o las form as más simples del am o r m u tu o (amor mutuus)— se derivan tam bién del influjo celestial. («El am o r conyugal desciende del S eñor a tra­ vés del cielo»; Am or conjugialis a Domino per Coelum descendat, § 385.) Plotino y Sw edenborg com parten u n a característica notable en su es­ critura y su form a de razonar: la alternancia de la discusión conceptual con

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la d e s c r i p c ió n vivida de experiencias espirituales. C u an d o escriben de for­ sobre el bien y la verdad y su em anación del S eñor y su influ­ jo e n lo s seres hum anos, raram ente dan p o r finalizada la discusión sin ilus­ tra r su argum entación con las «cosas oídas y vistas» en el m u n d o espiritual. Los d o s filósofos concuerdan en su em peño de agotar los recursos del leng u a je y la com unicación para lograr su objetivo. D e aquí la tendencia m a a b s tra c ta

a concluir pasajes de árida discusión dialéctica con alguna de sus vi­ descripciones de contemplación o experiencia mística, y su hincapié en que solamente a la luz de tales experiencias pueden resolverse todas las dificul­ tades. También es significativo en este contexto el empleo de imágenes por par­ te de P lo tin o , especialmente de las llamadas «imágenes dinámicas», en las que se utilizan procesos tomados del mundo material para ilustrar la actividad de orden espiritual (Wallis 1972, 41). [de P lo tin o ]

vidas

Las siguientes parábolas, que ilustran la presencia divina en el m undo, p u ed en dar una idea de la belleza co n que P lo tin o utiliza parábolas e im á­ genes:

Alma [del mundo] observa el universo incesantemente cambiante y sigue de todas sus obras. Esa es su vida, y no conoce ningún respiro en el cu id ad o de su obra, sino que está siempre trabajando en pos de la perfección, p lan e an d o llevarlo todo, incesantemente, a un estado de excelencia; como un ag ricultor, que primero siembra y planta y luego arregla los estragos que hacen las to rm e n ta s , las largas escarchas y los grandes vendavales (Enéadas, II, 3, 16). El

el d e stin o

Imagina que se ha construido una gran casa majestuosa y variada. Nunca ha abandonada por su arquitecto, quien, sin embargo, no está atado a ella. La ha considerado digna en toda su longitud y anchura de todo el cuidado que pue­ da serv ir a su ser —en la medida en que puede participar del ser- o a su belleza, p e ro un cuidado que no es carga para el que la dirige, que nunca desciende, si­ no q u e lo preside todo desde arriba. Tal es el modo en que el cosmos está aniniado, por un alma que no le pertenece, pero que está presente en él; domina­ do, no dominante; no poseedor, sino poseído. El alma lo sostiene, y está dentro de él, sin que haya parte alguna que no participe de ella (Enéadas, IV, 3, 9). sido

E l a lm a

cósm ica, para P lotino, es una em anación del U n o que, a tra­

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vés de su presencia en todo, conecta to d o co n el U n o co m o su fuente su­ prem a y divina de ser. U n ejem plo final, el em pleo sim bólico del cuer­ po hu m an o , p u ed e servir para ilustrar c ó m o el lenguaje p lo tin ian o p u e­ de estar m u y cerca del de S w edenborg. El a u to r de Del Cielo y del Infierno utiliza a m e n u d o en sus argum entos el c u e rp o h u m an o co m o analogía lu­ m inosa. Así, afirm a que el universo en su c o n ju n to tiene form a hum ana, y que el cielo suprem o o tercer cielo se co rresp o n d e co n la cabeza del H o m b re U niversal (§ 65). E n la escuela de P latón en co ntram os ideas si­ milares. C onsidérese el siguiente pasaje de Plotino: En todo ser vivo, las partes superiores —cabeza, rostro— son las más bellas, mientras que las de en medio y las más bajas no lo son tanto. En el universo, los miembros intermedios y los más bajos son los seres humanos; por encima de ellos, los cielos y los dioses que allí habitan. Estos dioses, con toda la extensión que rodea los cielos, constituyen la mayor parte del cosmos (Enéadas, 111, 2 , 8).

alma hum ana. U n o de esos poderes está representado p o r la hueste je los dem onios, los espíritus m alignos cada

moldean nuestras almas con otra forma, y las ponen fuera de sí mismas, asen­ nuestros nervios [o tendones], en nuestra médula, venas y arterias, pe­ n e tra n d o incluso en nuestros órganos más internos... Estos demonios se abren paso a través del cuerpo y entran en las dos partes irracionales del alma; y cada d e m o n io pervierte el alma de una manera diferente, según su modo especial de acción (Scott 1924, 271). que

tadas e n

Sin em bargo, hay u n a tercera parte, racional, del alma, y esta p arte es inasequible a los asaltos dem oníacos: parte racional del alma humana permanece libre del dominio de los y está capacitada para recibir a Dios en sí misma. Si entonces la parte racional del alma humana es iluminada por un rayo de la luz de Dios, la obra de los d e m o n io s se frustra con respecto a ese ser humano, pues ni demonios ni dio­ ses tie n e n poder contra un solo rayo de la luz de Dios. Pero esos humanos son, en v e rd a d , escasos (Scott 1924, 271). P e ro la

d e m o n io s

Si sustituim os los ángeles p o r los dioses de P lotino, ten em o s entonces una afirm ación q u e se acerca a lo q u e S w ed en b org podría hab er escrito. Así, en m uchas de las ideas de S w ed en b o rg resuena el p en sam iento y el lenguaje de la filosofía más antigua y venerable de E uropa. D ic h o esto, debem os señalar una diferencia im p o rta n te en tre D el Cielo y del Infierno y la idea n eo p lató n ica de D ios. E n el n eo p lato n ism o clásico, el P rincipio o U n o p erm an ece alejado de la creación y es difícil de alcanzar incluso m ed ian te la m ed itació n filosófica. E l n eo p lato nism o cristiano de Swe­ d en b o rg insiste en q u e el U n o es el Señor, es decir, Jesucristo, que se m a­ nifestó en el rein o del m u n d o creado y, p o r lo tanto, se p u ed e pensar en él, creer en él y am arle. (Es interesante q u e S w edenborg n o plantee n in ­ guna crítica del neoplatonism o. Su crítica de aquellos que hablan de una deidad más o m en o s idéntica a la naturaleza pero que n o p u ed e ser cap­ tada p o r el p ensam iento ni el am o r h u m an o , que se en c u en tra en § 3, pa­ rece dirigirse d irectam ente con tra la filosofía neoestoica.) N o sólo las Enéadas de Plotino, sino tam b ién otras obras neo p lató n icas p u e d e n ser com paradas de m an era provechosa co n D el Cielo y del In­ fierno. A quí, la fu en te más destacada es el Corpus Hermeticum, una serie de tratados filosóficos y religiosos que datan de los siglos II y III. Según uno de los libros incluidos en ese co rp u s y que recuerda a Sw edenborg (H erm es Trism egisto, libro 16), dos p o deres co m p iten p o r el d o m in io de

La filosofía n eo p latón ica in trig ó e inspiró a los pensadores cristianos de la A ntigüedad, incluido O rígenes (ca. 185-254), A gustín (354-430), y el P seudo-D ionisio (que vivió hacia el 500). E l filósofo italiano M arsilio Ficino (1433-1499), enam orado del pensam iento de P lotino, tradujo las obras del au to r griego al latín, haciéndolas accesibles a los lectores e u ro ­ peos. Ficino realizó tam bién una versión latina del Corpus Hermeticum, al que entonces se consideraba entre los textos más antiguos del m u n d o , an­ teriores incluso a los libros bíblicos escritos p o r M oisés. E n el siglo XVII, los llamados platónicos de C am bridge, escuela representada p o r H e n ry M o re (1614-1687) y R a lp h C u d w o rth (1617-1688), revitalizaron el p e n ­ samiento platónico, defendiéndolo co ntra los científicos que adoptaban una visión m ecanicista del m undo. E n tre los investigadores más tem p rauos, M artin L am m recalcó la cercanía, si no la deuda, de S w edenborg a la filosofía neoplatónica (Lam m 1922). Sólo una vez el au to r de Del Cielo y del Infierno m en c io n a a P lo tin o p o r su n om bre, en u n a cita de A gustín

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Fiel a su elitism o neoplatónico, el Corpus Hermeticum afirm a que sólo unas pocas personas han sido tocadas p o r la luz divina.

(S w edenborg 1931, 138), pero parece h ab er c o n o cid o las obras de P lotino p o r la trad u cció n de Ficino. La B iblioteca diocesana de L inköping, Suecia, posee u n a copia latina de las obras de P lo tin o (publicada en Basilea en 1580) que Sw ed en b o rg había firm ad o con su n o m b re en 1705 (Lam m 1922, 62). Así pues, en algún m o m e n to de su larga carrera in te­ lectual debió de h ab er co n o cid o el pen sam ien to neo p lató n ico y éste p u ­ do haberle inspirado, llevándole a pensar en u n a línea sem ejante. E ntre las autoridades filosóficas conocidas p o r S w edenborg, L eibniz es quizá el más cercano al n eoplatonism o (N em itz 1991 y 1994); véase p o r ejem plo su afirm ación de que «la criatura d ep en d e co n tin u am en te de la operación divina, y d ep en d e de ella n o m enos después de sus com ienzos que cuan­ do aparece p o r vez prim era. Esta dependencia im plica que no seguiría exis­ tiendo si D ios n o siguiera actuando» (Leibniz [1710] 1952, 355 = § 385). En este im portante punto, Plotino, Leibniz y S w edenborg coinciden. D u ran te los siglos xvii y xvill, los intelectuales europeos se esforzaron en desarrollar lo que ahora denom inam os ciencia, pero que entonces se lla­ m aba filosofía natural. Algunos autores barrocos —principalm ente aquellos que ahora consideram os científicos de la Ilustración—rechazaron la noción de una naturaleza anim ada, basaron sus ideas exclusivam ente en la expe­ riencia verificable y adoptaron una visión del m u n d o m ecanicista (Bonk 1999). E n cam bio otros, com o G eorge B erkeley (1685-1753), se m antuvie­ ron próxim os a las tradiciones neoplatónicas, de las que extrajeron y crea­ ron los elem entos clave de su «philosophia ecléctica» (Sladek 1984, 145). A u n q u e siem pre religioso, Sw edenborg había adoptado una visión del m u n d o m ecanicista en sus obras filosóficas tem pranas. Finalm ente, en con­ tró lo que quería y se inclinó p o r u n a perspectiva más neoplatónica. c. Id e a s e id e a le s d e l R e n a c i m i e n t o P lo tin o y Sw ed en b o rg p erm an eciero n solteros, sin prestar demasiada aten ció n a la co m id a11, y dedicaron toda su vida a la búsqueda intelectual. T am bién ellos com p artían ideas filosóficas básicas sobre lo divino. Sin

no todas las enseñanzas de S w edenborg rep ro d u cen ideas n e o E n ciertos aspectos, el au tor de Del Cielo y del Infierno era m uy d ife r e n te de P lotino. Sus actitudes respectivas hacia la riq u eza y las o c u ­ p a c io n e s m undanas diferían considerablem ente. El filósofo antiguo elogiaba a u n o de sus am igos, el senador rom ano ITogatianus, presentándole com o m odelo a aquellos que aspiraban a lle­ var una vida filosófica. R ogatianus, según la Vida de Plotino, de Porfirio, había «llegado a tal desapego de las am biciones políticas que dejó todas sus propiedades, despidió a todos sus esclavos, ren u n ció a to d a dignidad... Incluso abandonó su casa, pasando su tiem p o aquí y allá en casa de sus amigos y conocidos, d u rm ien d o y co m ien d o co n ellos y haciendo una sola com ida cada dos días» (Porfirio [301] 1991, § 7). P lo tin o re co m en d a­ ba una vida de pobreza y renuncia del m undo, prefirien d o la co n tem p la­ ción y la m ed itació n a la vida activa en el m u n d o . E n su fo rm a agustiniana, la filosofía neoplatónica se ajustaba a los ascetas y renunciantes del mundo cristiano y podía ser invocada p o r los m onjes medievales. Swedenborg no quiere saber nada de esto. Sólo la gente ig n o ran te pre­ fiere una existencia caracterizada p o r «despreciar los asuntos m undanos, especialmente los referidos al dinero y el prestigio, vivir en constante m e ­ ditación devota sobre D ios, la salvación y la vida eterna, y dedicar la vi­ da entera a la oración y la lectura de la Palabra [es decir, la Biblia] y la li­ teratura religiosa». N o , dice S w edenborg, «si querem os aceptar la vida del cielo, debem os p o r todos los m edios vivir en el m u n d o y participar en sus deberes y asuntos» (§ 528). Basada en el fondo en el egoísm o y en un alto grado de am or a sí m ism o —co m o opuestos al desinterés y al servicio a la com unidad— la m o rtificación hace la vida lú gubre y triste; nos pre­ para para el in fie rn o más que para la santidad en el cielo (§§ 528, 535). Lo que dice S w edenborg respecto de los deberes m undanos se aplica también a la riqueza, que n o obstaculiza el cam ino de la autenticidad es­ piritual. e m b a rg o ,

p la tó n ic a s .

Es c o m p le ta m e n te c o r re c to a d q u ir ir riq u e z a s

y a c u m u la r b ie n e s m ie n tra s n o

"P o rfirio [301] 1991, Vida de Plotino § 8: «Incluso su sueño se m antenía ilum inado por

se haga m e d ia n te fra u d e o e stra ta g e m a s m alv a d as. E s c o r r e c to c o m e r y b e b e r c o n

la abstinencia que a m en u d o le im pedía tom ar algo más que u n trozo de pan». E n los años

ekgancia, s ie m p re q u e n o p o n g a m o s e n e llo n u e s tra v id a. Es c o r re c to v iv ir e n

posteriores a su visión de Cristo, Sw edenborg n o parecía com er m u ch o (Tafel 1890, 537,

na casa ta n g ra ta c o m o c o rre s p o n d a a la p r o p ia c o n d ic ió n , c h a rla r c o n o tro s,

544; C u n o 1947, II), viviendo con frecuencia con una sencilla dieta de uvas y almendras

frecuentar lu g are s d e d iv e rs ió n o h a b la r s o b re los a su n to s m u n d a n o s ... N o es n e ­

(Tafel 1890, 540).

cesario d a r a los p o b re s e x c e p to c u a n d o el e s p íritu n o s m u e v e a e llo (§ 358).

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E n otras palabras, S w edenborg n o dice a nadie que venda sus pro p ie­ dades y lleve una vida diferente. N o habría aprobado a R ogatianus, el am igo de P lotino. Para él, R ogatianus debía de ser u n h o m b re extraño. Le habría dicho que lo que en el fo n d o cu en ta no es el co m p o rta m ien ­ to externo, sino el estado in terio r, pues «nuestra cualidad es en realidad la de nuestro sentim ien to y nuestro pensam iento, o la de nuestro am or y nuestra fe» (homo enim talis est qualis ejus affectio et cogitatio, § 358). E n su actitud negativa hacia la renuncia del m u n d o y su valoración de la riqueza, el au to r de Del Cielo y del Infierno se separa de la tradición n e o platónica y de la católica m edieval. Sus valores son los del R en acim ien to . A u n q u e la actitu d m edieval seguía siendo visible en el siglo XVIII, el R en acim ien to , co n su nuevo estilo cultural, intelectual, político y reli­ gioso había pen etrad o en toda E uropa, incluidas Suecia e Inglaterra. Estudiosos y com erciantes, poetas y prelados, consideraban que la vida «en el m undo» era al m enos tan pura y valiosa com o la del retiro de los m onjes. M ás que renunciar al m undo, decían, deberíam os darle form a y disfrutarlo. La teología del R e n a c im ie n to insistía en que co m o seres n o ­ bles estam os invitados a disfrutar más q u e a ren u n ciar al m u n d o . El capí­ tulo p rim ero del libro del Génesis sancionaba el ideal de una vida activa, detallando có m o la h u m an id ad creadora refleja la im agen del D ios C reador. A m ando, disfrutando y p articip an d o en el m u n d o de D ios, los cristianos despliegan su am o r a D ios (T rinkaus 1970). A com ienzos del si­ glo XVI, R o d rig o B orgia (1431-1503; c o m o papa, A lejandro V I), Erasm o de R o te rd a m (1466?-1536), M aquiavelo (1469-1527) y M iguel Ángel (1475-1564) representaron el interés del R e n a c im ie n to p o r el arte y la ar­ quitectura, los libros y las construcciones, la riqueza, el sexo opuesto y el p o d e r m undano. E n el siglo XVIII, los m ism os intereses seguían fascinan­ do a la elite cultural e intelectual, y la afirm ación de Sw edenborg «fuera de la vida activa, n o hay felicidad ninguna» (absque vita activa, nulla vitae felicitas, § 403) p u ed e pasar fácilm ente p o r u n a m áxim a del R en acim ien to . N o habría existido ni G o ttfried W ilh e lm L eibniz ni Im m anuel K ant (1724-1804) en A lem ania, ni Voltaire (1694-1778) en Francia, ni Isaac N e w to n (1642-1747) en Inglaterra, ni E m an u el S w edenborg en Suecia, si el R e n a c im ie n to n o les h ubiera preparado el cam ino. L orenzo Valla (1405-1457), u n o de los autores más im portantes del R en acim ien to , rom pió co n m uchas ideas católicas m edievales. E n La pro­ fesión del religioso negaba q u e la v irtu d m onástica institucionalizada tuvie-

La libertad, para los filósofos del R e n a c im ie n to y para Sw edenborg, fiene que ver c o n la facultad h u m ana de la v o luntad o volición. E n este contexto, com o en m uchos otros, el a u to r de Del Cielo y del Infierno se centra en la distinción entre voluntad y e n ten d im ien to co m o nuestras ca­ pacidades m entales básicas (§§ 423-425, 500). El vocabulario que utiliza puede presentarse co m o sigue:

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r3 UIia validez su p erio r y afirm aba que las buenas acciones espontáneas

eran superiores (Trinkaus 1948, 151). La actitu d crítica de Sw edenborg hacia el m onaquism o y su ex h o rtació n a dar a los pobres «cuando el es­ píritu nos mueve» (§ 358) habla el m ism o lenguaje y refleja la m ism a at­ mósfera de pensam iento del R en acim ien to . C om o se ha dem ostrado, la valoración renacentista de la riqueza y la m undanidad reposa en u n a firm e base teológica: la idea de la b o n d ad de la creación. D escansa tam bién en u n fu n d am en to filosófico: la idea de la libertad y la au to d e term in ació n hum anas. A diferencia de los animales, los seres hum anos p u ed en d e term in ar su destino libres de las coacciones de las disposiciones innatas. U nas pocas líneas del fam oso Oratio de Hominis Dignitate [Discurso sobre la dignidad del hombre, 1486] de G iovanni Pico della M irándola p u ed e servir com o in fo rm e condensado de la at­ mósfera en la que S w edenborg desarrolló su pensam iento. Pico p o n e las siguientes palabras en boca de D ios cuando habla a A dán en el Paraíso: A d án ,

no se te ha dado una morada fija ni una única forma que sea la tuya

ni ninguna función peculiar con el fin de que según tu anhelo y según tu juicio puedas tener y poseer toda morada, toda forma y toda función que desees. La naturaleza de todos los demás seres está acotada y coartada por los límites de le­ yes prescritas por nosotros. Tú, sin ninguna coacción a tus límites, de acuerdo

libre albedrío, en cuyas manos te hemos colocado, ordenarás por ti mis­ mo los límites de tu naturaleza. Te hemos puesto en el centro del m undo para que desde ahí puedas observar más fácilmente todo lo que está en el mundo. No te hemos hecho ni del cielo ni de la tierra, ni mortal ni inmortal, para que con libertad de elección y con integridad, como si fueras el creador y formador de ti mismo, puedas darte la forma que prefieras. Tendrás el poder de degenerar en las formas inferiores de la vida, que son bestiales. Tendrás el poder, por el juicio de tu alma, de renacer en las formas superiores, que son divinas (Pico della c o n tu

Mirándola 1948, § 3).

capacidades

v o lu n ta d /v o lic ió n /

in te le c to /e n te n d im ie n to

m entales esenciales:

i n t e n c i ó n (v o lu n ta s)

(in tellectu s, cogitatio)

estados m entales:

a m o r (amor)

s a b id u r ía (sapientia)

realidades

b i e n (bonum )

v e r d a d (verum )

extramentales:

o m a l (m a lu m )

o fa ls e d a d (falsum )

Si el ser h u m a n o debe ser libre, d eb e te n e r una voluntad libre. Antes de Pico, A gustín había afirm ado este h e ch o en De Libero Arbitrio [Sobre el libre albedrío, entre 388 y 395]; después de él, el príncipe de los hum anis­ tas, E rasm o de R o te rd a m , había h e ch o lo m ism o en una obra co n el m is­ m o título, D e Libero Arbitrio (1524). A q u í ten em os que recordar que en el R en a c im ie n to , el debate filosófico sostenía la idea de que la voluntad h u ­ m ana o rien tad a a la acción, más q u e el in telecto o rien ta d o a la c o n tem ­ plación, era la facultad h u m an a más n o b le (Trinkaus 1970, 73). M ientras que los escolásticos medievales invocaban la a u to rid ad de A ristóteles pa­ ra d efender sus ideales contem plativos, los escritores del R e n a cim ien to p refiriero n a C ic e ró n (106-43 a. C .), estadista y orador, el h o m b re de la voluntad. Esta tradición renacentista llegó a S w edenborg a través de au­ tores co m o M aleb ran ch e (m. 1715), L eibniz (m. 1715) y C h ristian WolfF (m. 1754)12. Según S w edenborg, la facultad h u m an a de la v o luntad (vo­ luntas) tam b ién está p o r encim a del in telecto o capacidad cognoscitiva. Se da p rio rid a d a la volu n tad hum an a y, p o r consiguiente, a to d o lo que es­ tá en el centro del diagram a: voluntad, am o r y bien. «N uestra voluntad —afirm a—es la substancia de nuestra vida... m ientras que nuestro en te n d i­ m ie n to es la m anifestación consecuente de la vida» (§ 26, n o ta i). E n el m u n d o espiritual, el reino superio r del cielo —el llam ado reino celestial­ es definido co m o «el lado volitivo del cielo» (§ 95). E xpresado en unos térm in o s más filosóficos, «el pen sam ien to n o es nada sino la form a de nuestra voluntad» (cogitatio non aliud est quam voluntatis forma, § 500). En el o rd en de las facultades de la m e n te h u m ana, pues, la volición tiene el rango superior. Para el au to r de Del Cielo y del Infierno se sigue que «na12Véase S w edenborg 1931, 54-59 para los extractos de Sw edenborg sobre la noción de voluntad. N em itz 1991 y 1994 com enta la influencia de L eibniz y W olfF en Sw edenborg.

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¿a es nunca libre a m enos que proceda de nuestra voluntad» (§ 598, 2). Pero ¿cóm o pued e ser libre la persona hum ana? Según Sw edenborg, en la atm ósfera en que viven los hum anos las influencias buenas y malas se mezclan: «Por m ed io de los espíritus del in fiern o nos encontram os con nuestro m al, y p o r m ed io de los ángeles del cielo encontram os el bien que le debem os al Señor. E n consecuencia, estam os en u n equilibrio es­ piritual, esto es, en libertad» (§ 599). Es en libertad co m o los hum anos pueden decidir si asociarse con el cielo o con el in fiern o y así fijar su des­ tino final. C o m o los únicos seres libres del universo, los hom bres y las mujeres están en el cen tro del cosm os. P u ed en o bien abrirse al influjo del bien y la verdad del Señor, o cerrarse a esa influencia. D e esta m an e­ ra, el cielo y el in fie rn o están habitados p o r seres libres. La idea ren acen ­ tista de la libertad h u m an a n u nca se ha afirm ado de m anera más c o h e ­ rente. Todos los seres h u m anos disfrutan de esta libertad, n o sólo los cristia­ nos. Por consiguiente, todos los seres h u m anos p u e d e n vivir u n a vida moral en la que se un an al b ien y al Señor. Y, p o r consiguiente, todos pueden alcanzar la existencia celestial. M ientras que la teología cristiana tradicional estaba dispuesta a relegar a los paganos al in fiern o (com o h i­ zo D ante en su Inferno), S w edenborg reco n o ce su capacidad para entrar en el cielo (§§ 318-328). Al hacerlo, tien e de su lado a fam osos h u m anis­ tas del R en ac im ien to : Erasm o de R o te rd a m y el refo rm ad o r suizo U lrico Zwinglio (1484-1531). Para Erasm o, no es necesario ser cristiano para convertirse en santo; y los cristianos p u ed e n incluso confiar en la in te r­ cesión pagana en el cielo; p o r eso, ¿por qué n o rezar «Sánete Sócrates, ora pro nobis»?: San Sócrates, ora p o r nosotros (Erasm o [1552] 1997, 194). A diferencia de otros reform adores m enos liberales, Z w in g lio tam bién ad­ mitía a los paganos en el cielo. Esperando atraerse al rey francés Francisc° I (1494-1547) a la causa protestante, Z w in g lio le p ro m etió la felicidad eterna en com pañía de sus piadosos antepasados así co m o de figuras b í ­ blicas. C o n u n espléndido estilo hum anista añadía que personajes com o Hércules, Sócrates, los C atones y los Escipiones tam bién esperarían al rey en el cielo (Z w inglio [1531] 1953, 275-276; véase Stephens 1995). Ju n to COn Jesús, Sócrates constituía el paradigm a m oral del R e n a cim ie n to , y P°r eso n o tenía sentido excluirle del cielo. Si todos som os libres para lie— Var una vida verdaderam ente m oral y espiritual, entonces el cielo está ablerto a todos.

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El disfrute de la riqueza y la capacidad universal de la libre au to d eter­ m in ació n fo rm a p arte de lo que los filósofos del R e n a c im ie n to llam aron la dignidad del ser hu m an o . Pero au n q u e riq u eza y libertad sean aspectos im po rtan tes de esa dignidad, son de alguna m anera secundarios. Sw edenb o rg escarbó más h o n d o , insistiendo en q u e esa dignidad h u m ana debe ten e r m ayor co n ten id o . A firm aba q u e en el ser h u m an o existe u n punto in te rio r de co n tacto co n la D eidad q u e es el fu n d am en to de la propia dig­ nidad. D e las vacilaciones de su lenguaje p o d em os ver que a Sw edenborg le resultó difícil expresarse sobre este tem a; sin em bargo, su sentido es bastante claro. D e n tro de cada ser h u m a n o existe «algo central y superior [intimum et supremum quoddam], d o n d e la vida divina del S eñor fluye de form a ín tim a y em inente». Es este «nivel central o su p erio r lo que nos ha­ ce hum an o s y nos diferencia de los anim ales, puesto que éstos carecen de él. P or eso nosotros, a diferencia de los animales, p o dem os ser elevados p o r el S eñor hacia él... P or eso tam bién vivim os para siempre» (§ 39). La presencia divina en la persona h u m an a está más allá de nuestra percep­ ción, o en otras palabras, p erten ece a la estru ctura ontològica básica. Es ese «algo central y superior» lo que nos conv ierte en algo central y supe­ rio r en el universo. N o s co nvierte en los únicos com pañeros inteligentes y sensibles del Señor. Los com pañeros del Señor, según algunos pensadores renacentistas, no tien en p o r qué ten er su o rig en en el planeta T ierra. E n el siglo XV el car­ denal N icolás de C usa (1401-1464), en La docta ignorancia (1440), sostiene la idea de una pluralidad de m undos y la existencia de vida en la luna y el sol. La afirm ación más interesante del R e n a c im ien to proviene del teólo­ go franciscano G uillaum e de V aurouillon (1392-1463), que enseñaba en París. A u n q u e n o creía en la existencia de m undos diferentes al nuestro, sostenía que n o existía ninguna dificultad para que D ios los creara. «Infinitos m undos, más perfectos q u e éste, están escondidos en la m ente de D ios... Es posible q u e las especies de cada u n o de esos m undos sean dis­ tintas de las del nuestro» (citado p o r O ’M eara 1999, 15). V aurouillon no pensaba que el co n o cim ien to de esos m undos, lejanos y separados, pudie­ ra llegar a la tierra salvo a través de la com u n icación angélica o algún otro m edio divino especial. P ro n to la idea recibió el apoyo tanto de la cosm o­ logía científica co m o de la tradicional. E n 1473, el libro recientem ente descubierto D e Rerum Natura [De la naturaleza de las cosas], escrito en el si­ glo 1 a. C. p o r el filósofo epicúreo L ucrecio (ca. 96-55 a. C .), estaba dis­

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ponible; la enseñanza pluralista de este libro hizo que los intelectuales eu ­ ropeos se fam iliarizaran con la idea. E n el siglo XVI, el apoyo científico lle­ gó de N icolás C o p érn ico (1473-1543), cuya redescripción heliocéntrica j e l universo hizo de la tierra un o más entre otros planetas posiblem ente habitados. P or el siglo x v i i i , la idea de u n universo habitado se había co n ­ v e r ti d o en un lugar c o m ú n y era com partida p o r la m ayor parte de los f i ­ lósofos y científicos (C row e 1997, 152), incluido Sw edenborg (véase Del Cielo y del Infierno § 147, y su obra Las tierras en el universo). C u an d o el pa­ pa B enedicto X IV (1675-1758) levantó el interdicto sobre las obras que ex­ ponían el heliocentrism o, en 1757 (R andles 1999, 217), la historia del cos­ mos m edieval llegó a su fin y una nueva historia p u d o com enzar: la de u n universo infinito co n una pluralidad de m undos. d. L a o tr a v id a e n el p e n s a m i e n t o d e l B a r r o c o Las biografías de E m an u el S w edenborg incluyen reg u larm en te una lá­ mina con u n o de los pocos retratos que existen de él: u n h o m b re de constitución erguida y vigorosa, grandes ojos risueños, con una peluca blanca, rizada y em polvada, un frac de terciopelo negro y camisa blanca de mangas co n chorreras: u n h o m b re al que se p u ed e re co n o c er fácil­ mente com o u n aristócrata m o d estam ente ataviado del p erío d o barroco. El retrato nos recuerda el h ech o de que el au to r de Del Cielo y del Infier­ no, aunque perfectam ente al c o rrie n te de las tradiciones del pasado, era también u n h o m b re de su siglo y de su cultura. C o n o c id o s co m o el p e ­ ríodo barroco, los siglos x v n y x v i i i se jactab an de una rica cultura artís­ tica, literaria, religiosa y política, de la que los térm in o s «Ilustración» (es decir, racionalism o barroco) y «música clásica» sólo recogen unos aspec­ tos parciales. U n a característica particular de la m entalidad barroca es su extremado y casi excesivo interés p o r los detalles, sea en la elaboración de un mapa, en los inform es de viajes, en la p intura, la historiografía, la b io ­ grafía, los diarios, las novelas, la teología o en cualquiera de los asuntos P°r los que se sentía fascinada. Escritores, artistas y científicos se esforza­ ban por satisfacer el ham bre de un co n o cim ie n to preciso, detallado y bien tuformado, tanto del m u n d o visible del presente y de los reinos invisibles pasado, co m o de los lugares rem otos y del m u n d o transcendente. A unque ejem plos pertin en tes de la excesiva aten ció n a la elaboración ^ el detalle en las crónicas de viaje, diarios y novelas p u ed en quedar re­ c a d o s a las notas, este m o d o de presentación en la cartografía, el arte, la

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historiografía y la teología m erece aquí al m en os un breve co m e n tario ". I E n 1492, C ristóbal C o ló n d escubrió el c o n tin en te que llegaría a co- I nocerse co m o A m érica. D u ran te los dos siglos siguientes, los explorado- j res viajaron alrededor del m u n d o , a m e n u d o al servicio de la realeza eu - 1 ropea. Su preten sió n era la de conquistar nuevas islas, nuevas riquezas y nuevos tesoros para sus señores y para sí m ism os. G eneralm ente, los inform es de esas expediciones eran considerados secretos de estado y p o r lo I tan to n o se hacían públicos. Puesto q u e el cam ino a las «islas del tesoro» j debía p erm a n e c er oculto, los cartógrafos recibían poca in fo rm ació n que 1 p u d ieran utilizar en sus m apas (S cheuerbrandt 1993, 38). Esta actitud de j secreto cam bió alrededor de 1700, cu an d o co m enzó una nueva era de ex- I ploración. Los exploradores del siglo x v m co m o el danés V itus B ering (1681-1741), el alem án C arsten N ie b u h r (1733-1815), y el capitán inglés! Jam es C o o k (1728-1779) buscaban co n o cim ien to , no tesoros, y p o r con-1 siguiente cuidaron de registrar sus d escu b rim ientos en form a de inform es j detallados y m apas cada vez más precisos. V inculaban sus mapas con las i coordenadas determ inadas astronóm icam ente que habían sido estableci­ das p o r cartógrafos franceses a finales del siglo XVII (Musall 1993, 66-67). | E n to rn o a 1700, los europeos co n o cían alrededor del 60,6% de la tierra; | hacia 1800, co n o cían el 82,6% (S cheu erb ran d t 1993, 41). H acia finales del siglo XVIII, los cartógrafos pod ían realizar m apas bastante fiables de la ma­ yor parte del m u n d o , y aquellos m apas se parecían m u c h o a los que uti­ lizam os actualm ente. Los artistas barrocos, y en p articular los pintores holandeses, nos de-1 ja ro n una visión plena, realista y casi fotográfica de su m u n d o . Se supo-1 nía que los p intores debían m ostrar escenas del pasado -batallas históri­ cas, personajes, encuentros de grandes hom bres— con el m ism o toque 13P odem os m encionar a G eorg Forster (1754-1794), que realizó la crónica de las ex-1 pediciones m arítim as del capitán C o o k (A Voyage round the World, 1777) y Carsten I N ie b u h r (1733-1815), que exploró y describió Arabia y los países adyacentes (Beschreibung I von Arabien, 1772). Los típicos diarios barrocos incluyen los de los ingleses Sam uel Pepys j (1633-1703) y Jam es Bosw ell (1740-1795). T am b ién entre ellos se encuadra el breve dia-j rio de sueños de Sw edenborg y su gran diario de experiencias espirituales. La novela m-1 glesa es esencialm ente u n producto del siglo xviii; n o superada en cuanto a detalle es I Tristram Shandy (1760-1767), de L aurence S tem e (1713-1768), en el que el a u to r alcanza! el tercer v olum en antes de llegar al nacim iento del protagonista.

realista con la esperanza de despertar sentim ientos patrióticos y religiosos.

En el siglo x v m , la p in tu ra histórica podía considerarse co m o el tipo más n o b le y más elevado de arte. «Q uien pinta bien la historia -escrib ía J o n a th a n R ich ard so n (1665-1745)- debe ser capaz de escribirla; debe es­ tar to ta lm e n te in fo rm ad o de todas las cosas relacionadas co n ella, y c o n ­ cebirla clara y n o b lem en te en su m ente, o nunca podrá expresarla en el lien zo : debe te n e r u n ju ic io sólido, co n una im aginación viva, y saber qué figuras y qué incidentes d eben ser representados y lo que cada u n o debía d e c ir y pensar. Por consiguiente, un p in to r de este tipo debe poseer to ­ das las buenas cualidades que se exigen a un historiador» (R ichardson [1725] 1996, 215). La valoración de la p intura histórica refleja el deseo del p e río d o barroco de visualizar to d o tan concreta y detalladam ente co m o sea posible. El siglo XVIII co n o ció el p rim e r desarrollo de la historiografía m o d e r­ na; Voltaire com puso su Ensayo sobre las costumbres y el espíritu de las nacio­ nes, David H u m e (1711-1776) su Historia de Inglaterra, y E dw ard G ib b o n (1737-1794) la célebre Historia de la decadencia y caída del Imperio Romano, obras que siguen estando entre los clásicos de la narrativa histórica. U na mayor riqueza de detalles insignificantes podía incluirse, p o r supuesto, en las biografías (por no m en cio n ar los diarios privados, entonces no p u bli­ cados), de los que Life o f Samuel Johnson ¡La vida del doctor Samuel Johnson], de James Boswell (1740-1795), sigue siendo el p rim e r ejem plo. La gente leía estas obras con adm iración y m iraba co n te m o r el trabajo de los his­ toriadores. Se esperaba que los historiadores recrearan el pasado con d e­ talles vividos, que hicieran casi presentes los grandes m o m en to s y nos ofrecieran vislum bres de la vida dom éstica y cotidiana. Pero la h isto rio ­ grafía no aspiraba a una m era acum ulación de acontecim ientos, nom bres Y descripciones. Pretendía ofrecer una im agen co h e re n te y explicar el curso de la historia: ¿Por qué decayó el im p e rio ro m an o (G ibbon)? ¿Q ué jtnpulsó a los m onarcas ingleses a actuar com o lo hicieron? ¿Cuáles son límites del p o d er institucional (H um e)? ¿C ó m o es determ in ad a la hisn a por la religión, la econom ía, el com ercio y las distintas costum bres visiones del m u n d o (Voltaire)? Lejos de identificar la historia co n la simple relación de dinastías y crónicas de batallas, los historiadores consira an su tarea c o m o algo e m in e n te m e n te filosófico y m oral. histe enb ° rg no era historiador, pero ¿no tenía u n espíritu afín al de los orladores, co m o dem uestra cuando trata de describir el otro m u n d o

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co n la m ayor viveza posible a la vez que explicaba las disposiciones in te r­ nas de las personas y el trato que D ios tenía con ellos? C u a n d o u n te m ­ prano defensor alem án de S w edenborg trató de caracterizar al vidente, lo com paraba con u n h istoriador: «C uando [Sw edenborg) se refiere a los es­ tados de revelación q u e dice haber tenido, se nos m uestra co m o quien, con el espíritu de u n historiógrafo, observa co n p ercepción clara y narra de m anera veraz y precisa» (Prüfungsversuch 1786, XLiv)14. C o m o parte integral de la cultura de los siglos XVII y XVIII, la religión participa del ansia p o r el detalle, lo específico y la precisión. La casuísti­ ca m oral católica describía y definía los actos pecam inosos y sus circuns­ tancias con detalles sutiles. C o m p itie n d o co n todos los dem ás en elabo­ rar descrip cio n es m orales y «descripciones de co m p o rtam ien to s» , predicadores de todas las iglesias asestaban largos serm ones a sus feligre­ ses, a m e n u d o el d o m in g o m añana y tarde (con el con o cid o disgusto de S w ed en b o rg ). La religiosidad barroca p u ed e m edirse p o r la intensidad de su deseo de im aginar escenas de la Biblia, de la vida de los santos y del m u n d o celestial. Teólogos, visionarios y poetas se esforzaban todos por incluir en sus escritos tantos detalles sobre el o tro m u n d o co m o incluían los pintores de tem as históricos en el lienzo. E n el siglo x v i i , el libro clá­ sico sobre el cielo se debía al teólogo p u ritan o R ich ard B axter (1615-1691). T itu lad o The Saints’ Everlasting Rest [El e te rn o descanso de los santos] (1649), se esforzaba p o r describir co n el m áx im o n ú m ero posible de de­ talles u n cielo centrado en D ios, u n cielo de santos que alaban al Señor etern am en te. A u n q u e esta perspectiva c o n tin u ó a lo largo de to d o el si­ glo x v i i , gradu alm en te fue dejando lugar a u n a visión diferente, más cen­ trada en lo h u m an o (M cD annell y Lang 1988, 177-180, 224-227). U n p ri­ m er paso en esta direcció n fue el presupuesto, tan hábilm ente sostenido p o r el jesuita Athanasius K ircher (1602-1680), de que la m orada eterna de los santos debe ser u n ambiente v erdaderam ente hum ano, en el que los sentidos físicos fu n cio n en , en el que los colores puedan verse, los sonidos 14 El original alem án dice: «W enn e r v o n seinen

(von ih m

b eh au p teten )

O ffenbarungszuständen etwas erzählet, so findet m an an ihm den G eist eines m it gutem Bewusstsein beobach tenden, sehr treu u n d genau erzählenden Geschichtschreibers» (.Prüfungsversuch 1786, x liv ). El anónim o a u to r conocía Del Cielo y del Infierno, de la que cita el § 358 para afirm ar el carácter práctico y sobrio de la ética de S w edenborg y de­ fender al vidente del reproche de entusiasm o sectario (Prüfungsversuch 1786, XL-XLl).

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puedan oírse, etc. (R andles 1999, 165). C ada vez más los autores insistían en el carácter verdaderam ente h u m an o de la otra vida, im aginada y des­ crita con conm ovedoras escenas de reencuentros, y hablaban del cielo co ­ mo un hogar. El co n sentim iento general en la especulación sobre los detalles de la vida etern a p u ede ser ilustrado re cu rrie n d o a una fuente m uy inespera­ da: Life o f Samuel Johnson (1791), de Jam es Boswell. El d o cto r Jo h n so n (1709-1784), el célebre lexicógrafo inglés, fue inm ortalizado en la m agní­ fica biografía de Jam es Boswell, que se sitúa entre las más im portantes obras de la literatura inglesa. Presto a observar to d o lo que Jo h n so n d e­ cía, recoge u n diálogo m an te n id o entre los dos una n o ch e de 1772. Así es cóm o Boswell describía la conversación: Y o [Boswell] volví a visitarle [al Dr. Johnson] por la noche. Al encontrarle de muy buen humor, me aventuré a llevarle al tema de nuestra situación en un estado futuro, pues tenía gran curiosidad por conocer sus ideas sobre este asun­ to. J o h n s o n : «Yo creo, Sir, que la felicidad de un espíritu desencamado consis­ tirá en la conciencia del favor de Dios, en la contemplación de la verdad, y en la posesión de ideas dichosas». Boswell: «¿Hay algo de malo, Sir, en que haga­ mos conjeturas en cuanto a las particularidades de nuestra felicidad, aunque la Escritura no diga sino muy poco al respecto? “N o sabemos lo que seremos”». Johnson: «Nada malo, Sir» (Boswell [1791] 1952, 192).

La conversación entra entonces en esas «particularidades» de la felici­ dad eterna -e n c o n tra rse co n amigos, oír m úsica y te n e r u n cuerpo, pues «hay algunos filósofos y teólogos que han m an ten id o que no serem os es­ piritualizados hasta ese grado, sino que algo de m ateria, m uy refinada, Permanecerá» (Boswell [1791] 1952, 193). Jo h n so n y Boswell eran ingle­ ses norm ales de su época, interesados p o r todo, pero no excesivam ente preocupados p o r la religión. Leyendo sus palabras p o dem os te n e r una li­ gera idea del espíritu barroco: se consideraba n o rm al -« n o hay nada m a­ lo»- plantear especulaciones sobre la vida celestial. El diálogo entre los dos apoya la idea recien tem en te sugerida p o r Philip A lm ond en su estu­ c o Heaven and Hell in Enlightenment England [El cielo y el in fiern o en la hustración en Inglaterra]: en los siglos XVII y XVIII, la influencia de filó­ sofos platónicos co m o H e n ry M o re lo im pregnaba to d o y p ro p o rcio n aa el trasfondo al diálogo de Bosw ell-Johnson. A dem ás, la idea de que en

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la m u e rte el alm a cam bia su vehículo terren al p o r u n o de aire u o tro más refinado de éter era c o m ú n a todos los platónicos de la época, incluidos M o re en Inglaterra (A lm ond 1994, 29-33) y Leibniz en A lem ania (S w edenborg 1931, 281)15. Según la escuela platónica m o d ern a, el o tro m u n d o n o sólo era coextensivo co n el universo físico; situado d e n tro del universo, com partía el m ism o reino espaciotem poral. La teoría del vehículo del alma m antenía a los espíritus, d em o n io s y ángeles d en tro del reino físico y eran así sus­ ceptibles de investigación científica o, al m enos, de una especulación ra­ zonable. Según A lm o n d (1994, 36-37), el m apa de los platónicos consta­ ba de los dos niveles siguientes: 1. El nivel más alto era el reino celestial etéreo, en el que habitaban D ios, los ángeles, los santos y las almas de los bienaventurados. 2 . D ebajo del reino celestial había u n rein o aéreo poblado p o r algunas almas. Incapaces de p en etrar en los niveles superiores del reino aéreo, las almas perversas y los espíritus m alignos ten ían que p e rm a n ec er próxim os a la tierra. A lgunos espíritus m alignos vivían en cavidades en el in terio r de la tierra. Si se com paran las ideas platónicas co n las de los autores enum erados en el apéndice I, se p u ed en hacer las siguientes observaciones. Prim ero, Del Cielo y del Infierno de S w edenborg e n cu en tra su lugar natural, p o r de­ cirlo así, entre los autores barrocos. C o m p a rte su interés p o r la vida des­ pués de la m u e rte y su esfuerzo p o r ofrecer descripciones precisas de la otra vida. D etalles de su descripción tie n e n paralelos: el tem a del reen ­ cu en tro co n am igos y parientes, insinuaciones de placeres sexuales y la colocación de los niños m u erto s en el cielo y n o en el infierno. Segundo, 15Q u e los ángeles, espíritus y almas hum anas tien en todos algún tipo de cuerpo era creído p o r m uchos filósofos y teólogos en el principio de la E dad M oderna. E n su Colloquium Heptaplomeres de Abditis Sublimium Arcanis (1593), el escritor político y jurista

entre las obras consideradas, Del Cielo y del Infierno - y su obra de orig en Los arcanos celestiales- ofrece con m u ch o la descripción más detallada. N inguno prefigura el relato de S w edenborg del reino espiritual co m o u n m undo de aristócratas co n refinados vestidos, castillos y parques. N inguno tiene la idea de que incluso podría existir u n cielo superior, el reino celestial, en el que vivan los ángeles en condiciones prim itivas, n o ­ blem ente salvajes, desnudos y co n sencillas iglesias de m adera (§§ 179 y 223 )16. Tercero, Sw edenborg se separa del paradigm a platónico estableci­ d o p o r H e n ry M o re y otros en el sentido de que m odifica las ideas de tiempo y espacio en el cielo y el in fierno (§§ 162-169, 191-199). A dife­ rencia de los defensores del nuevo paradigm a platónico, Sw edenborg no incluye el cielo y el in fiern o en el universo m aterial tal co m o lo c o n o c e ­ m o s, sino que afirm a la existencia de u n universo espiritual conectado con el físico m ediante correspondencias. C u arto , S w edenborg es el ú n i­ co autor que p reten d ió h ab er estado en co ntacto c o n el otro m undo. Al hacerlo, fue ú n ico en su tiem po. A lgunos le consideraron loco, e Im m anuel K ant, en su Träume eines Geistersehers [Los sueños de un visiona­ rio, (1766) 1987], co n su crítica aparentem ente m ordaz de la obra del vi­ sionario sueco, dem uestra lo extraño que resultaba el m o d o visionario al temple ilustrado. E n la época barroca, la especulación sobre el otro m u n ­ d o era posible, co m o K ant incluso concedía; sin em bargo, debía hacerse dentro de los lím ites de la razón, argüía K ant, pues no p u ede haber n in ­ guna experiencia real del más allá. C o m o visionario, Sw edenborg an u n ­ cia otro m o v im ien to intelectual, el del rom anticism o. e. E l a m a n e c e r d e la E d a d R o m á n t i c a En 1772, u n joven de veintitrés años escribía una reseña de los varios vo­ lúmenes de Aussichten in die Ewigkeit [Perspectivas de eternidad] de Johann Kaspar Lavater (1741-1801) en un diario im preso en Frankfurt, Alemania. Aunque el crítico en contró algunos pasajes interesantes en las cartas que

francés Jean B odin (1530-1596) resum e el razonam iento com o sigue: «Si u n ángel no tu­ viera cuerpo, com o piensan Aristóteles y la m ayor parte de los teólogos, su substancia es­

E n su visión de los ángeles que viven en el reino celestial, S w edenborg repite las

ría que las inteligencias y los espíritus del m al podrían hacer lo m ism o que D ios, y así todo

«noble salvaje» en u n estado de devoción y m orabdad no corrom pido p o r la ci'álización urbana. Q uizás esto subyace a su afirm ación de que «entre los gentiles, los afri-

estaría confundido... T enem os pues una dem ostración clara... de que los ángeles, los es­

Canos son especialm ente valorados» (§ 326). Para la idea de S w edenborg de África, véase

píritus del mal y las almas tienen cuerpos y lím ites, y que sus naturalezas están sujetas al

O dhner 1978. La descripción de Sw edenborg del reino celestial corre pareja con las des-

taría en todas partes y tendría u n ser de una extensión infinita. Además, de ello se segui­

cambio» (M axw ell-Stuart 1999, 177-178).

■deas del

Pciones clásicas de la «Edad de O ro» (§ 115), sobre ello, véase Frazier 1998.

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constituyen ese tratado sobre la otra vida, su reacción de co njunto fue re­ servada: «En la carta 17, la única sobre las alegrías sociales del cielo, hay m u ­ cho calor y b o ndad de corazón, pero n o suficiente para llenar nuestra alma con el cielo»17. Le parecía que el autor suizo había tratado u n tem a intere­ sante de m anera fría, pedante e insensible, lleno de razón pero carente del fuego del sentim iento y el p o d er contagioso del entusiasmo. El crítico ter­ m ina co n una nota lírica. El autor debería buscar la inspiración de ese v id e n te d e n u e s tra é p o c a d iv in a m e n te e le g id o q u e e stab a im p r e g n a d o d e las a legrías d e l c ie lo , a q u ie n los e sp íritu s h a b la b a n a trav é s d e to d o s los s e n tid o s y del c u e r p o e n te r o , e n c u y o p e c h o v iv ía n lo s á n g eles: la g lo ria d e ese h o m b r e d e ­ b e ría irra d ia r s o b re él y , si fu e ra p o sib le , h a c e rle b rilla r, p a ra q u e p u d ie r a se n tir la b e n d ic ió n y a p re c ia r la v o z ta rta m u d e a n te d e lo s p ro fe ta s c u y o e s p íritu se lle ­ n a d e p ala b ras in d e c ib le s 18.

El jo v en crítico era G oethe (1749-1832), y el hom bre que recom endaba, aunque n o lo nom bre, n o era otro que Sw edenborg (Peebles 1933, 148)19. 17G oethe [1772] 1987, 384. 18G oethe [1772] 1987, 385. '“Q u e en los años 1772 y 1773 G oethe estaba m uy dispuesto a reconocer la autoridad de u n genio divinam ente inspirado es evidente n o sólo p o r la reseña de Lavater, sino tam ­ bién p o r su ensayo «Zw o w ichtige, bisher unerorterte bibbsche Fragen» [Dos im portantes problem as bíblicos hasta ahora descuidados] (1773). Este texto finaliza con una exhortación retórica dirigida a aquellos a quienes Dios ha dado experiencia de la realidad divina: «C uando el Espíritu eterno lanza una mirada de su sabiduría, proyecta una chispa de am or sobre su elegido, entonces éste debe darse a c onocer y decir tartam udeando lo que siente. ¡Se dará a conocer! ¡Y nosotros le honrarem os! ¡B endito seas, de dondequiera que vengas! ¡Tú, que ilum inas a los paganos! ¡Tú, que entusiasmas a las naciones!» (G oethe [1773] 1987, 443). El elegido es Sw edenborg, y la referencia a «la sabiduría y el amor» tiene u n fuerte tim bre sw edenborgiano (véase, p o r ejem plo, § 158: el am or y la sabiduría proceden del Señor). Probablem ente, G oethe conocía el libro de O etin g er sobre Sw edenborg. E n los escritos de la amiga de G oethe Katharina von K lettenberg (1723-1774) se encontraron al­ gunas páginas de extractos del libro de O etinger (W eis 1882, Fuchs 1900); estos extractos

En E uropa, desde m ediados del siglo x v m , tres m ovim ientos cultura­ les e intelectuales rivalizaban entre sí: la antigua ten d en cia barroca, re­ presentada p o r el devoto y e ru d ito Lavater; la ilustrada, que, en la p erso­ na de K ant, era crítica co n la religión tradicional, hostil a las pretensiones místicas e insistía en los lím ites de la especulación filosófica y teológica; y el rom anticism o, que, p erm an ecien d o firm em en te dentro de la tradi­ ción cristiana, expresaba su interés en el m isticism o, los sueños y la ex­ periencia visionaria, y que a m e n u d o dio expresión a sus sentim ientos en la poesía y en la novela. El espíritu del jo v en G o eth e estaba teñ id o de sen­ tim iento rom ántico, y S w edenborg unía el tem ple b arroco y rom ántico en una sola alm a20. A diferencia de sus predecesores barrocos, los rom ánticos n o se en co n ­ traban satisfechos con las especulaciones devotas sobre la otra vida. Querían m irar más allá del m u n d o cotidiano en el que la gente vive sus vidas ordinarias y ex p erim en tar realm ente m undos superiores. Según la tradición rom ántica, sólo u n delgado velo divide nuestro m u n d o del m u n ­ do real, y se pensaba que los sueños, las experiencias místicas, las visiones, la clarividencia, incluso la telepatía y el sonam bulism o, daban acceso a él. Tanto las personas educadas com o las carentes de educación creían en la existencia de espíritus, en su actividad e influencia sobre el reino m aterial y en la capacidad de individuos dotados para com u n icar con ellos (Sawicki 1999). Algunos se zam bullían en las artes ocultas y form aban círculos que buscaban ávidam ente in fo rm ació n sobre el estado de las personas difuntas a través de mensajes espiritistas (Sigstedt 1981, 343). E n A lem ania, dos m u ­ jeres visionarias lograron una fam a inesperada debido al interés rom ántico por sus visiones: la m o n ja católica A nna K atharina E m m erich (1774-1824) Y la laica protestante Friedericke Hauffe (1801-1829). M ientras que las vi­ siones de la herm an a A nna fueron transcritas y publicadas p o r el poeta Clemens B rentano (1778-1842) para convertirse en clásicos de la literatu­ ra devocional católica, H auffe fue inm ortalizada co m o «la vidente de Prevorst» p o r su doctor, el escritor suabio Justinus K ern er (1786-1862). U n análisis que incluya a Sw edenborg en el m o v im ien to rom ántico debería subrayar al m ism o tiem p o su in d ep endencia de él. M ás que in te­ grante de ese m ovim iento , debe ser considerado su precu rso r y su fu en -

representan la traducción alem ana de O etinger de Los arcanos celestiales §§ 449-553, texto am pbam ente repetido en Del Cielo y del Infierno §§ 395-414. P o r eso puede argum entarse el conocim iento indirecto de G oethe de al m enos u n capítulo de Del Cielo y del Infierno.

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Véase Lam m 1918, que escribe sobre una corriente rom ántica dentro de la Ilustración el siglo

xvm, m encionando a S w edenborg com o uno de sus principales representantes.

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te de inspiración. Se p u ed e apreciar la influencia de Sw edenborg en todo el m o v im ien to rom ántico, especialm ente en A lem ania21. La naturalidad co n q u e los escritores rom ánticos de Inglaterra, A lem ania y Francia p u ­ dieron apreciar las ideas sw edenborgianas dem uestra el rom anticism o in­ h eren te al au to r de Del Cielo y del Infierno. Del Cielo y del Infierno invoca frecu en tem en te la experiencia visionaria, a m en u d o para ilustrar las nociones abstractas co n las descripciones más vi­ vidas, de m anera q u e el espíritu rom án tico com pleta y en ocasiones pre­ valece sobre la racionalidad barroca. La enseñanza de S w edenborg sobre las «apariencias» celestiales da a su o tro m u n d o una cualidad rom ántica p articularm ente visionaria. La apariencia externa de cada ángel expresa su ser in terio r; de esta m anera, la b o n d ad in te rio r aparece com o belleza res­ plandeciente (§ 459), y u n carácter perverso se m anifiesta co m o fealdad vi­ sible. Q u e el estado in te rio r crea la apariencia externa es tam bién cierto en cuanto a la vestim enta que llevan los ángeles en el reino espiritual: cuanto más elegante, brillante o festivo es el atuendo, m ayor es la inteli­ gencia que está presente en esa persona. «Los más inteligentes llevan ves­ tidos que brillan co m o si estuvieran en llamas, otros irradian co m o si fue­ ran lum inosos. Los que n o son tan inteligentes llevan vestidos de un blanco p uro y suave que n o brilla» (§ 178). La m ism a relación con el in­ te rio r se p ro d u ce en el en to rn o en el q u e viven los ángeles, pues «en los cielos, to d o v iene a la existencia desde el S eñor com o respuesta a la natu­ raleza más profunda de los ángeles» (§ 173). A los ángeles centrados en la inteligencia «se les m uestran jardines y parques llenos de toda clase de ár­ boles y flores»; en estos árboles «hay frutos según la cualidad del am or de la que esos ángeles inteligentes participan» (§ 176). Se puede com parar es­ te m u n d o psicológico co n el proyectado p o r una linterna m ágica: la lin­ tern a y su rep erto rio de im ágenes corresp o n d en al alma angélica y sus es­ tados, la luz q u e se proyecta corresponde al influjo divino, y las imágenes proyectadas al e n to rn o de los ángeles. Todos los estados interiores n o sólo se m anifiestan en el m u n d o exterior, sino que realm ente crean ese m u n ­ do. E n palabras de Sw edenborg: «N unca se p u ede decir que el cielo está fuera de nadie. Está dentro, pues cada ángel recibe el cielo que está fuera de él en concordancia co n el que está dentro» (§ 54). E n parte deb id o al influjo divino, en p arte debido al pro p io h u m o r de 21Véase infra, al final de esta introducción.

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los ángeles, la naturaleza de éstos se encu en tra en cam bio constante, de manera que n u nca son exactam ente el m ism o (§ 155). Y otro tanto suce­ de con su en to rn o . Las casas en que viven los ángeles «cambian ligera­ mente com o respuesta a los cam bios de estado de sus naturalezas más p ro ­ fundas» (§ 190). «Así co m o cam bian los estados interiores de am or y sabiduría de los ángeles, así cam bian tam bién los estados de las diversas cosas que los rodean y son visibles a sus ojos; pues la apariencia de las co ­ sas que rodean a los ángeles está en fu nción de las cosas que están en su interior» (§ 156). E n otras palabras: la realidad celestial, au n q u e obra del Señor, es con stan tem en te m odelada y rem odelada p o r los ángeles. E n consecuencia, los ángeles individuales se en cu e n tra n siem pre en u n e n ­ torno sem ejante a su estado m ental, co m o si el e n to rn o fuera una p ro ­ yección o em anación de su estado. Se podría decir que en el cielo todos tienen el cielo en su interio r, y p o r ello S w edenborg p u ed e decir de ca­ da individuo que es u n cielo com pleto: «El cielo no está fuera de los án­ geles, sino dentro de ellos. Sus niveles más profundos, los niveles de su mente, están ordenados en form a de cielo y p o r tan to dispuestos para aceotar todos los elem entos del cielo que se en c u e n tra n en el exterior... En consecuencia, u n ángel es tam b ién u n cielo» (§ 53). La n o ció n visionaria rom ántica de u n m u n d o ideal en el que todo emerge del ser in te rio r de hom bres y m ujeres e tern a m e n te jó venes y b e ­ llos (§ 414) inspiró a u n o de sus biógrafos más reticentes llevándole a re­ conocer los logros del m aestro. E scribe M artin Lam m : «Gracias a su ca­ pacidad única para dar u n significado sim bólico al m u n d o espiritual forjado a p artir de ideas terrenales, [Sw edenborg] p u d o darle la m ism a cualidad fantástica, sem ejante a los sueños, que debe de h ab er ten id o en sus propias visiones originales» (Lam m 1922, 367). A dem ás del m o d o visionario de experiencia y descripción, una ca­ racterística más prefigura —y en definitiva im pregna pro fu n d am en te— la Edad R o m ántica: el tem a del am o r celestial entre hom bres y m ujeres. El canon clásico del pensam iento cristiano en esta m ateria n o se tien e en cuenta, pues en el cielo, según la do ctrin a cristiana ordinaria, toda dicha deriva del disfrute del alm a co n D ios solo. E n la teología barroca, el je suita francés P ierre N ic o le (1625-1695) resum e esta enseñanza diciendo clUe en el cielo, los bienaventurados no ten d rán n in g ú n deseo fuera de D i° s- La «capacidad de sus almas para amar, desear y disfrutar quedará tan agotada que les será im posible am ar y desear algo aparte de Dios» (N icole

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[1715-1732] 1971, 375). Para N icole, la c o m u n ió n de los bienaventurados entre sí es tan p o c o im p o rta n te que habla de la existencia celestial com o solitude eternelle avec Dieu seul: «El ser h u m a n o ha sido creado para vivir en u n soledad etern a co n D ios solo» (N icole [1715-1732] 1971, 506). D u ra n te la época barroca, co m o se ha visto, la enseñanza clásica tal co ­ m o la expresa N ico le fue m odificada g radualm ente, y se podía im aginar una idea de am or, incluso de am o r erótico, entre los bienaventurados. Pero au n q u e el tem a sale a la superficie en los escritos más tem pranos, n u n ca alcanza tan to desarrollo co m o en la obra de Sw edenborg. A prim era vista, lo que dice Del Cielo y del Infierno sobre los hom bres y las m ujeres suena m uy convencional: «En cuanto a la naturaleza innata, los hom bres actúan sobre la base de la razón [ex rationej, m ientras que las m u­ jeres actúan sobre la base de sus sentim ientos [ex affectione]. E n cuanto a la form a, el hom b re tiene u n rostro más tosco y m enos atractivo, una voz más profunda y u n cuerp o más fuerte, m ientras que la m ujer tiene un rostro más suave y atractivo, una voz más dulce y u n cu erp o más delicado» (§ 368). U n lectura más m inuciosa revela que el pensam iento de Sw edenborg es más m atizado de lo que esta cita parece sugerir. Para él los sentim ientos están relacionados con la voluntad, lo que, co m o se ha m ostrado, se valora más que la facultad de pensar y razonar; así, Del Cielo y del Infierno está cerca de adm itir la superioridad de las mujeres. Pero n o es la celebración de la su­ p erioridad fem em na lo que interesa a Sw edenborg. C elebra la u n ió n m a­ rital celestial com o una fusión de los dos sexos, y la u n ión es tan com pleta que los dos ángeles aparecen más co m o u n o que com o dos seres diferentes (§ 367). C o m p arten plenam ente razonam iento (ratio) y sentim iento (affectio). «Los ángeles m e han dicho -a firm a el v id e n te - que cuanto más com pro­ m etidos están los dos esposos en este tipo de unión, más unidos están en el am o r conyugal y, al m ism o tiem po, en inteligencia, sabiduría y felicidad» (§ 370). Éste es el m aterial del que está hecha la visión rom ántica del amor. Sin Sw edenborg, Novalis (1772-1801) nunca habría descrito la felicidad ce­ lestial en los térm inos de «dulce conversación de deseos susurrados: esto es todo lo que escucham os y m iram os en los ojos benditos para siempre, y no saboreamos nada sino la boca y el beso» (Novalis 1978, 401)22. Sw edenborg dio al rom anticism o una de sus más atrevidas fantasías. 22 Este poem a fue escrito p o r Novalis en 1800, pero sólo se publicó después de su

III.

A lg u n o s le c to r e s te m p r a n o s d e D e l C ie lo y del In fie r n o En nuestro in ten to de ofrecer elem entos de in terp retació n , Del Cielo y deI Infierno em erge co m o una obra en la que resuena una variedad de corrientes intelectuales y culturales. S w edenborg co n stru y ó su pensa­ miento sobre la visión arcaica del p e rm a n en te conflicto entre el bien y el mal; adoptó las ideas neoplatónicas de la D eidad; re c u rrió a la valoración renacentista de la voluntad hum ana y de una vida en la que la riqueza puede ser legítim am ente disfrutada; describió el cielo y el in fiern o a la manera detallada de los escritores espirituales del barroco, superándolos; y, finalm ente, desarrolló ideas atrevidas sobre el a m o r conyugal en el cie­ lo y trató de ser fiel a las experiencias visionarias de su p ropio espíritu ro­ mántico. D e este m odo, E m anuel S w edenborg creó una obra de una complejidad im presionante. A pesar del objetivo confesado de que sir­ viera com o resum en e in tro d u c ció n a la volum inosa obra Los arcanos ce­ lestiales para las «gentes de fe y corazón simple» (§ 1), D el Cielo y del In­ fierno va dirigido a lectores cultos, inteligentes. Lo que sigue es un resum en de las reacciones de la prim era g eneración de dichos lectores. A fortunadam ente, algunas de estas personas confiaron sus pensam ientos en diarios privados o los expresaron librem ente en reseñas y anécdotas publicadas. A u n q u e las fuentes pertin en tes son escasas, p e rm ite n n o obs­ tante una clasificación en cuatro tipos: el lecto r de la clase educada, el tra­ ductor, el teólogo y el fu n d ad o r de una nueva iglesia. a. L e c to r e s d e la c la se e d u c a d a e n S u e c ia , A m s te r d a m y L o n d r e s D o s suecos y un alem án, q u e c o n o c ie ro n p e rso n a lm e n te a Swedenborg, se pu ed en incluir en la prim era categoría, el lector culto de la clase acom odada. Al escribir sus notas privadas o m em orias entre 1759 Y 1770, el con d e G u staf B onde, C ari G u staf Tessin y Jo h a n n C hristian Cuno nos han dejado las respuestas más tem pranas de los lectores a la ediC10n original latina de D el Cielo y del Infierno. A estos tres educados lectores puede añadirse un cuarto, el recensor an ó n im o del Treatise concerning Heaven and Hell [Del C ielo y del Infierno] en Tlie Gentleman’s Magazine de 1778. Tras haber publicado Del Cielo y del Infierno así co m o otros cuatro li0s en Londres en 1758, Sw edenborg regresó a Suecia, llevando co n él,

m uerte.

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según parece, sólo unos pocos ejem plares de sus nuevas publicaciones (Tafel 1890, 397; A cto n 1955, 529). U n ejem plar llegó a Suecia a través de canales desconocidos y fue v endido al co n d e G ustaf B on d e (1682-1764), ento n ces canciller de la U niversidad de U ppsala y viejo co n o cid o de Sw edenborg. B onde, o su librero, d eb en de h aber sido los prim eros en Suecia en adivinar o descu b rir que Sw ed en b o rg era el au to r de la obra im presa anónim am en te. E n n o ta personal n o publicada y de fecha incierta -1759 o 1760- el co n d e B o n d e en u m era algunas de las objeciones que planteó cuando la leyó23. La enseñanza de S w ed en b o rg de q u e «lo que som os después de la m u e rte d ep en d e del tip o de vida q u e hayam os llevado en el m undo» (tí­ tulo de §§ 470-484) parecía con trad ecir «los principios de nuestra fe y la esperanza de la vida etern a para el p o b re pecador». Los luteranos creen en la co n d ició n p ecadora esencial de to d o ser hum ano, de m anera que, si Sw ed en b o rg tenía razón, todos ellos term in arían en el infierno. Según B onde, S w ed en b o rg n o tom aba en consideración los m éritos de C risto y la m isericordiosa in terv en ció n de D ios en favor del pecador. N o es la vi­ da que llevam os en la tierra, sostiene B o n d e, sino la m isericordia de Dios lo q u e d eterm in a la vida eterna; p o r consiguiente, existe esperanza de vi­ da etern a incluso para el pob re pecador. O tras visiones sw edenborgianas eran igualm ente problem áticas: ¿C ó m o p odría la serpiente haber tentado a A dán y Eva si ángeles y d em onios n o h u b ieran existido antes que los seres h um anos en el paraíso? El co n d e te m e q ue si, en lugar de funda­ m en tar la fe en la p u ra letra de la E scritura, se tien e que buscar u n «sen­ tido interno», ento n ces cualquiera p u ed a inventar una religión especial a su m edida, d escu b rien d o el significado q u e le plazca. Lo que sorprendía al co nde B o n d e era la crítica de S w ed en b o rg a la d o ctrin a luterana de la «salvación p o r la fe p o r m ed io de la m isericordia divina» (véase §§ 521 y 522) y su redefinición de los ángeles, lo q u e equivalía al aban d o n o de la creencia tradicional en los ángeles co m o especies separadas, n o humanas, en la creación de D ios (§311). C u rio sam en te, B o n d e n o parece sorpren­ dido p o r la preten sió n del au to r de estar en co ntacto co n los ángeles. Las

luteranas de B o n d e eran tolerantes co n las revelaciones angéli­ cas, pero intolerantes con to d o lo que contradijera su d o c trin a de la m i­ s e r i c o r d i a divina. O tra anotación de los lectores prim eros es la de Cari G ustaf Tessin (1695-1770), arquitecto y antiguo presidente de la Cám ara de los N obles de Suecia. Lo que sobrevive de su diario incluye varias notas sobre Swe­ d e n b o r g . La prim era recoge la visita de Tessin a Sw edenborg en Estocolm o: c r e e n c ia s

Por pura curiosidad, para conocer a un hombre singular, fui a ver al asesor la tarde del 5 de marzo de 1760. Vive en la parte alta de Hornsgatan en una pequeña y elegante casa de madera en un amplio terreno con ja r d ín que le pertenece. Encontré allí a un anciano de unos setenta y tres años de edad de aspecto muy parecido al del difunto obispo Swedberg, pero no tan a lto . Tenía ojos tenues, boca grande y tez pálida, pero era alegre, amistoso y p a rla n c h ín . Me pareció que yo era bienvenido, y como no tenía interés en hacer m u c h o s prolegómenos, empecé enseguida a hablar de la obra Del Cielo y del Infierno (Tessin, citado en Sigstedt 1981, 273; véase Tafel 1890, 398-399). S w e d e n b o rg

m

El [Swedenborg] dijo que aparte de su propio ejemplar tenía solamente otros dos, que había pensado entregar a dos obispos en el próximo Riksdag [reunión del parlamento]; pero como había oído que había entrado una copia en el país sin su conocimiento, y había sido vendida a Su Excelencia el conde Bonde, había reconsiderado el asunto y había dado una de sus copias al senador conde Hópken y la otra al concejal Oelreich, censor de libros. Esperaba que le llegaran cincuenta ejemplares más de Inglaterra la primavera siguiente y enton­ ces m e enviaría una (Tessin, citado en Sigstedt 1981, 273; véase Tafel 1890, 399).

' 23El breve d o c u m e n to se encuentra en los A rchivos Estatales de E stocolm o; puede

A parentem ente, Tessin había oído hablar de este libro, pero n o había nin g ú n ejem plar. Sw edenborg tuvo que decirle que en aquel m o ­ e n t o no había n in g ú n ejem plar en Suecia:

v is to

Estos cincuenta ejem plares debieron de llegar enseguida, pues en j u Tessin ya tenía su ejem plar de Del Cielo y del Infierno. El día 4 de j u 0 de 1760 co m enta sobre el libro en su diario:

encontrarse una copia en la A cadem y C ollection o f Sw edenborg D ocum ents, vol. 6, 11• 809 (Sw edenborg Library, B ryn A thyn, Pennsylvania). La A cadem y C ollection fecha el d o cu m en to en 1760, m ientras que Sigstedt (1981, 270) pro p o n e el 5 de enero de 1759.

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err Sw edenborg es probablem ente, entre todos los visionarios, el que ha to de manera más explícita. Discute, cita fuentes, aduce argumentos y cau­

sas, etc. Todo el edificio tiene coherencia y con toda su rareza está construido siguiendo un estudiado pensamiento. El libro tiene, además, tantos giros nuevos e inesperados que se puede leer de principio a fin sin aburrirse. Lo que dice en [§] 191... respecto al espacio en el cielo es un sueño bien razonado. A lo largo de todo el libro se reconoce al hijo del obispo Swedberg, que sueña con una profundidad mucho mayor que el padre... Todo esto puede leerse con la misma fe que uno concede al Alkorán de Mahoma (Tessin, citado en Sigstedt 1981,

época S w edenborg vivía en A m sterdam , d o n d e estaba supervi­ s a n d o la im presión de algunos de sus libros, y fue en esta ciudad do n d e C u n o se convirtió en u n o de sus am igos y de sus más ávidos lectores. E n tr e 1768 y 1770, vio a S w edenborg con frecuencia, y a m en u d o tuvo o c a s ió n de preguntarle sobre sus visiones religiosas y sus publicaciones. C u n o poseía algunos libros de Sw edenborg; otros -in c lu id o Del Cielo y del Infierno- los pidió prestados al a u to r (C u n o 1947, 17). Leyó Del Cielo y del Infierno en 1769, «once años» después de su publicación (C u n o 1947, 52), t o m ó m uchas notas, ap u n tó com entarios e incluyó to d o ello en su a u to b i o g r a f í a . H o m b re devoto, practicante regular y au to r de libros reli­ g io so s, C u n o estaba to talm en te fam iliarizado con la teología y se dio c u e n ta in m ediatam ente de que Del Cielo y del Infierno se apartaba de la e n s e ñ a n z a bíblica tal co m o habitualm ente se entendía (C u n o 1947, 43- 68 ). O b serv ó que en la teología de S w edenborg todos los ángeles y es­ p ír itu s del m al han sido prim ero hum anos en la tierra; hay m atrim onios en e l cielo; la resurrección significa en realidad la entrada en el m u n d o de lo s espíritus. Tuvo la sospecha de que el au to r caía en la tram pa del m a n i q u e ís m o , herejía que plantea la coexistencia eterna de dos principios c o n tr a p u e s to s , u n o b u en o y otro malo, u n o realizado en el cielo, el o t r o en e l infierno. Para C u n o las pretensiones visionarias de S w edenborg e ran la característica más irrita n te de la teología de su am igo. ¿Era posi­ ble q u e un caballero del siglo XVIII fuera su p erio r a san Pablo, que había sido i n c a p a z de hablar de sus visiones celestiales? S w edenborg había es­ c rito sobre los entusiastas que, con la m en te centrada exclusivam ente en a s u n to s religiosos, ahondaban en el m u n d o de los espíritus y eran enga­ ñ a d o s p o r espíritus m entirosos (§ 249). ¿Era posible que Sw edenborg, a P esar de sus pretensiones de lo contrario, fuera u n o más de tales e n tu ­ siastas (C u n o 1947, 1 14)? a q u e lla

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274-275)24. Tessin leyó Del Cielo y del Infierno co n m u ch o interés, reco n o ció su coherencia, valoró su novedad e incluso su profundidad, pero finalm en­ te decidió colocarlo con el Q u r an, libro revelado de otro pueblo, libro no aceptado ni aceptable co m o fuente norm ativa de nuestra religión. La referencia al Q u r ’an llegaría a ser algo n o rm al en la polém ica antiswedenborgiana; aparecerá tam bién infira en la discusión de las reacciones de Jo h a n n C hristian C u n o y j o h n Wesley, pero la n o ta de 1760 de Tessin pa­ rece ser el p rim e r testim o n io 25. Jo h a n n C h ristian C u n o (1708-1796) -te r c e r y últim o lector de los que m encio n arem o s en este a p a rta d o - era u n culto com erciante y escritor alem án q u e vivía en A m sterdam . A m ediados del siglo xix, el biblioteca­ rio de la B iblioteca R e a l en Bruselas fue alertado de la existencia de un m anuscrito autógrafo alem án de cuatro m il páginas: la autobiografía de C u n o . A ugust Scheler, el bibliotecario, leyó el m anuscrito y decidió pu­ blicar el capítulo q u e trataba de S w ed en b o rg (C u n o 1947 es una traduc­ ción inglesa). C u n o co n o ció a S w ed en b o rg en u n a librería de A m sterdam el 4 de n oviem bre de 1768, y los dos hom bres sim patizaron m utu am en te. En 24La transcripción de Tessin 1760 indica que los tres pasajes aquí citados fueron escntos el 5 de m arzo de 1760. Sin em bargo, Sigstedt cita la fecha de esta particular entrada del diario com o 4 de ju lio de 1760; y debería señalarse que Sigstedt copió todas esas en­ tradas de los dianos originales de Tessin en la biblioteca de su familia en el castillo de

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C o n todo, C u n o adm ite que encuentra «aquí y allá... un grano de (C u n o 1947, 97), y disfrutó de lo que S w edenborg escribía sobre la admisión de paganos sabios y virtuosos co m o C ice ró n en el cielo (C u n o l 9d7, 52). Sin em bargo, aun así, perm anecían las dudas:

Á kero, en Sóderm anland, en 1915. Véase Sigstedt 1981, notas 443 y 447. 25E n la com paración con el Q u r’an está im plícita la idea co m ú n de u n Paraíso celes­ tial que sería dem asiado sensual. Los escritores del siglo XVIII se refieren con frecuencia al Q u r ’an o a los «mahom etanos» cuando rechazan ideas sensuales sobre el cielo; p o r ejem­ plo, véase The Gentleman’s Magazine 1739, 9: 5b, citado en A péndice I.

o mismo [Cuno] no puedo en absoluto sostener la corrección de los escris de Swedenborg. Pero si, hace once años, cuando esta obra de la que estoy a lando, a saber, Del Cielo y del Infierno, se publicó, un teólogo con fúndament°s firmes hubiera dejado bien sentado lo que es bueno y hubiera refutado

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se n sa ta m e n te lo q u e es e r ró n e o y c o n tr a d ic to r io , e n to n c e s el a u to r, si n o se 10 im p e d ía n sus im a g in a c io n e s , se h a b ría v isto o b lig a d o a se r m ás c u id a d o s o e n el f u tu r o y a n o in u n d a r el m u n d o c o n sus m ú ltip le s e sc rito s ( C u n o 1947, 52).

Si las afirm aciones de B onde, Tessin y C u n o fueran representativas de j los prim eros lectores de Del Cielo y del Infierno, entonces tendríam os que decir que la respuesta fue m u y crítica y sólo m arginalm ente elogiosa. Sin em bargo, h u b o otros lectores, y algunos de ellos respondieron de m odo favorable, si n o c o n entusiasm o. C u an d o , en 1778, la prim era traducción inglesa de Del Cielo y del Infierno estuvo disponible, una publicación m en- I sual entonces de m oda, The Gentleman s Magazine, de Londres, la honró ¡ co n una reseña de algo más de dos colum nas en letra pequeña. El anóni­ m o crítico ofreció am plios extractos del p rólogo del trad u cto r para in- I tra d u c ir a Sw ed en b o rg («Swedenberg» en la reseña), el científico y el v i-i sionario26. U n sed u cto r y breve co m e n ta rio sobre A Treatise concerning Heaven and Hell constituye la conclusión: Ú n ic a m e n te o b s e rv a re m o s , e n g e n e ra l, q u e sea c u al sea el j u ic i o q u e el p ú - i b lic o p u e d a fo rm u la r d e la p a rte v isio n a ria d e la o b ra , la p a rte d o c trin a l es irre- I p ro c h a b le ; y c o m o la p rim e r a e n c u e n tra u n a d e fen sa m u y in te lig e n te p o r parte d e l e s c rito r d e l p r ó lo g o , la ú ltim a n o n e c e sita n in g u n a ju s tific a c ió n {G entlem an's M ag a zin e 1778, 326b).

N in g ú n lector co n tem poráneo habrá dejado de advertir el to n o amable de la crítica, y p o r eso se puede concluir que en 1778, cuando apareció elj prim er com unicado público sobre el libro de Sw edenborg, los lectores ilus- ¡ trados de Inglaterra tom aron la obra con seriedad. Lam entablem ente, no se puede encontrar ninguna inform ación sobre el crítico en los ficheros que quedan del editor (Kuist 1982). E n cam bio, el nom bre del «muy inteligen­ te defensor» que escribió el prólogo de A Treatise concerning Heaven and Hell\ ha sido establecido: T hom as Hartley. P ertenece a aquellos lectores prim e- ¡ ros de Del Cielo y del Infierno cuyo entusiasm o les im pulsó a ofrecer v e rsio - j nes vernáculas del libro latino. “■El n úm ero de abril de 1772 de The Gentleman’s Magazine (42: 198b) incluía la si-j guíente nota necrológica: «Hon. y docto E m anuel Sw edenburgh [sic], célebre por susj obras m atem áticas y visionarias».

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b. P r i m e r o s tr a d u c t o r e s El libro de Sw edenborg tuvo la suerte de captar la atención n o sólo je personas de la clase culta con un interés pasajero en el tem a, sino tam ­ b ié n de personas devotas que trataron de prom overlo en traducciones v e r n á c u la s . P ro n to Del Cielo y del Infierno se convirtió en Vom Himmel und uon den wunderbaren Dingen desselben (1775, alem án), A Treatise concerning Heaven and Hell (1778, inglés) y Les Merveilles du Ciel et de l ’Enfer (1782, francés). El p rim e ro en traducir Del Cielo y del Infierno fue un alem án. A u n q u e Vom Himmel und von den wunderbaren Dingen desselben n o m en c io n e el nombre del traductor, un d iccionario biográfico c o n te m p o rán e o alem án la atribuye a Jo h a n n C h ris to p h L enz (1748-1791), q u e está id en tific a­ do com o secretario y m aestro contable de la U niversidad de Leipzig (Hamberger and M eusel 1797). Lenz debió de te n e r una considerable co­ lección d e lib ro s que clasificaba co m o «obras alquím icas y teosóficas» (Breymeyer 1984, 227). M u y probablem ente, en c o n tró los libros de Swedenborg más interesantes que otros y p o r lo tan to eligió dos de ellos para trad u cir: La comunicación entre el alma y el cuerpo, que apareció co m o Von der Vereinigung der Seele und des Leibes (1772) y Del Cielo y del Infier­ no, aparecido com o Vom H im m el... (1775). H artley y C ookw orthy, los dos traductores ingleses, habían conocido y admirado personalm ente a Sw edenborg, y su obra provocó un im pacto enorme en m uchos lectores. T hom as H artley (1709-1784) era un clérigo anglicano. C o m o párroco ausente de W inw ick, N orth h am p to n sh ire, so­ licitó un coadjutor para que hiciera el trabajo parroquial ordinario. Liberado de ese deber, H artley llevó una vida de intelectual y escritor in ­ teresado en el m isticismo. C on o cía a Selina, condesa de H u n tin g d o n ( 707 - 1791 ), la famosa patrocinadora de la espiritualidad inglesa barroca, como a W illiam Law (1686-1761) y a G eorge W h itefield (1714-1770) H P j * 1931). W illiam C o o k w o rth y (1705-1780), que era p o r lo demás UU actlvo quím ico, fabricante de porcelana y em presario, en co n tró tiem P® para serv ir a la com unidad cuáquera de P ly m o u th co m o presbítero ck 1978). D urante la década de 1760, los dos se interesaron p o r la 2 * de Sw edenborg. Finalm ente se conocieron, se hicieron am igos y vin al m aestro en Londres. Su historia refleja la devoción p o r la obra - d e u b o r g . Tras la m u erte de este últim o, los dos colaboraron en la Ucción de Del Cielo y del Infierno. A unque el reverendo H artley era en ­

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tonces un frágil anciano de más de setenta años, rehizo el proyecto de C ookw orthy. H acia 1778 C o o k w o rth y lo publica a sus expensas, pagando] cien libras esterlinas al im presor (Tafel 1890, 539). H artley escribió una larga in tro d u cció n a A Treatise concerning Heavenl and Hell en la que defendía la pretensión de S w edenborg de te n e r cono-] c im ien to del m u n d o espiritual p o r exp eriencia personal27. Sabía que la época n o era favorable a esas pretensiones, pues «la creencia en todas las dispensaciones extraordinarias o sobrenaturales está entre nosotros en su | p u n to más bajo» (H artley 1778, Vi). Los co n tem poráneos de H artley que-] rían - y en u n caso co n o cid o p o r él, realm ente lo c o n sig u ie ro n - que se I atribuyera a las personas que conversaban co n los ángeles «un estatuto de locura» y q u e se las enviara al m an ico m io (H artley 1778, xvili). Esta ac-1 titu d descansa n o solam ente en «una indebida exaltación de las facultades I y poderes racionales naturales del h o m b re, co m o prueba suficiente de la Verdad revelada», sino tam bién en la creencia de que los m ilagros dejaron I de existir en tiem pos de la iglesia p rim itiva (H artley 1778, V i). Sin em-j bargo, esto n o p u ed e ser cierto, pues n o parece racional despachar los nu-j m erosos inform es de visiones conocidos en todos los períodos de la his-j toria de la Iglesia co m o invenciones y falsificaciones (H artley 1778, xm).| D e esta m anera, H artley pensaba que podía apelar a la creencia popular co m o si la realidad de los contactos ultram u ndanos fuera cosa de domi-l

Bretaña que no estén en posesión de documentos o tradiciones de estos en sus propias familias, aunque el saduceísmo que prevalece en nuestros días pueda haber hundido su crédito, del mismo modo que ha cortado en gran m edida las comunicaciones de este tipo (Hartley 1778, xxii-xxm ). Gran

hechos

Para m uchos contem p o rán eo s de H artley, éste era u n arg u m en to frá­ gil. En G ran Bretaña, el caso «C ock Lañe» de 1762 había dejado su m ar­ ca en la m em o ria de la g ente (U glow 1997, 625-655). E n enero de 1762, Fanny Lynes, que había m u e rto hacía po co de viruela, se apareció su­ puestamente en la casa de R ic h ard Parsons en C o c k Lañe, Londres. A través de unos golpes peculiares en el cu arto de la hija de Parsons, que tenía once años, ésta pensó que se le estaba in dicando que había sido ase­ sinada. Todo L ondres discutió el caso, y el com ité de investigación in clu ­ yó a celebridades co m o el d o c to r Sam uel Jo h n so n . P ro n to el «fantasma de C ook Lañe» se reveló co m o u n a m ixtificación. A u n q u e el fraude to ­ davía se recordaba en 1778, la creencia en los fantasmas estaba dem asiado firmemente establecida en la tradición p o p ular b ritánica co m o para ser erradicada p o r esa denuncia. El crítico an ó n im o de A Treatise concerning Heaven and Hell cita la apelación de H artley a las visiones británicas de fantasmas sin señalar ninguna reserva en contra (Gentleman’s Magazine 1778, 326a).

619b-620a publicó una carta de «Candidus». C andidus recom endaba a un correspons*

Hartley finaliza su largo prefacio con la explicación de dos de las e n ­ señanzas de Sw edenborg: la do ctrin a de las «correspondencias» y la d o c ­ trina del estado in te rm e d io en el que el difunto se en cu en tra entre la muerte y su destino en el cielo o en el infierno. A m o d o de conclusión, aquí están las recom endaciones de H artley sobre la lectura de A Treatise c°ncerning Heaven and Hell. Se p u ede considerar a S w edenborg co m o «el vidente ilum inado y el m ensajero extraordinario de im portantes noticias e °tro m undo»; o, si no, se le podría considerar c o m o un «intérprete cristiano sabio y divino de las Escrituras». Si tam poco esto se aceptase, se ^ podría «leer co m o un sensato m oralista y u n agudo m etafísico; o tam n com o pro fu n d o filósofo; o si no se quieren ad m itir estas caracterísas> se le podría leer al m enos co m o el ingenioso au to r de una novela ^g m fica» (H artley 1778, x x x v in ).

que preguntaba p o r la verdadera personalidad de Sw edenborg que leyera el prefacio

^

n io público: Y quién dirá que el ojo natural del hombre es incapaz... de discernir losj vehículos sutiles de ciertos espíritus, sean éstos de aire o de éter; cierto es que o por condensación o de alguna otra manera pueden hacerse visibles, y conversarl con nosotros, como un hombre con otro, y, en efecto, innumerables son losj ejemplos de ello, como también de sus descubrimientos, advertencias, predio I ciones, etc., de modo que puedo aventurarme a afirmar, apelando a una verda® de todos conocida, que hay pocas familias antiguas en cualquier condado de 11 27La introducción a A Treatise concerning Heaven and Hell es anónim a, pero, en gen*J ral, los investigadores adm iten la autoría de H artley. The Gentleman s Magazine 1791, ■

A Treatise concerning Heaven and Hell, afirm ando que había sido «escrito p o r el Rev. H artley, clérigo respetable y piadoso de la Iglesia de Inglaterra» (620a).

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trad u cción de C o o k w o rth y y H artley de D el Cielo y del Infierno un gran im pacto al m enos en algunos de sus contem p o rán eo s, taniva com o negativam ente. H u b o dos im p o rtan tes lectores de su

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traducción. R o b e r t H in d m arsh y Jo h n W esley leyeron A Treatise coticer-1 ning Heaven and Hell en 1782, y, c o m o verem os, llegaron a conclusiones I m uy diferentes. Pero antes de discutir sus o p iniones debem os m encionar! a o tro trad u cto r tem p ran o : el abad Pernety. La vida de A n to in e Joseph P ernety (1716-1801), traductor al francés de Del Cielo y del Infierno, está m arcada p o r la in q u ietu d de u n h om bre que pasó de u n m onasterio b en ed ictin o a la co rte de u n príncipe; al mismo! tiem po, el católico devoto se convirtió en u n escritor de temas esotéricos (W illiam s-H ogan 1998, 235-239). El m ism o año en que Sw edenborg ha-1 bía editado Del Cielo y del Infierno, P ern ety publicaba sus Fables égyptiennes I et grecques dévoilées et réduites au même principe [Fábulas egipcias y griegas re-1 veladas y reducidas a u n m ism o principio, París 1758], P ernety llegó a Prusia d urante el reinado de Federico el G rande y sirvió en el puesto de I bibliotecario entre 1767 y 1783. Fue co m o bibliotecario co m o conoció la j obra de Sw edenborg; en 1779 leyó A m or conyugal. E n su correspondencia I co n C ari Fredick N ordenskjóld, sueco, refiere có m o llegó a convencerse! del valor y la verdad espiritual de la obra de Sw edenborg. Pernety había I reu n id o a su alrededor a u n g ru p o de personas interesadas en las artes eso-J téricas co n las q u e practicaba una especie de oráculo. Su cosm ovisión neo-i platónica n o le p erm itía com unicar d irectam ente con el U n o , la Deidad! Suprem a; pero se podía contactar con una de las em anaciones del Uno,! llam ada «la Sainte Parole» (la Santa Palabra) p o r m edio de u n procedi-J m ien to oracular. La respuesta que dio la Santa Palabra a su pregunta sobre I S w edenborg era enteram ente favorable: Sw edenborg había hablado con j verdad («il a dit vrai»)28. E n consecuencia, P ernety realizó una versión fran-J cesa bastante libre de Del Cielo y del Infierno, y los dos volúm enes de Les I Merveilles du Ciel et de l’Enfer se im p rim iero n en B erlin en 1782. La trad u cció n de P ern ety incluye u n largo prólogo titulado «Obser-| varions o u notes sur Sw édenborg» [O bservaciones o notas sobre Swe-J denborg] en el q u e P ern ety co m en ta la vida y obra de S w e d e n b o r g - 1 A lgunas de las anécdotas sobre el a u to r de Del Cielo y del Infierno lle g a ro n ! a P ern ety a través de sus corresponsales suecos, los herm an o s Ñor-j denskjóld, C ari F redrick y A ugust. U n a de las anécdotas relata la pre' | “ Pernety aparece citado en W illiam s-H ogan 1998, 236. Para una transcripción d e ® carta original del 20 de octubre de 1781, en la que aparece la cita, véase Pernety 1781. más inform ación sobre Pernety, véase Tafel 1875, 637.

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que se hizo a S w edenborg sobre si sus visiones eran com patibles las del m ístico alem án Jacob B o eh m e (1575-1624). «B oehm e era un h o m b r e b u en o , respondió Sw edenborg; es una pena que en sus escritos se deslizaran algunos errores, especialm ente co n respecto a la Trinidad». I g u a lm e n t e , se le p reg u n tó a S w edenborg si existía alguna verdad en la fi­ lo so fía herm ética: «Sí, contestó, pienso que es verdadera, y una de las m a­ y o re s maravillas de D ios; pero n o aconsejo a nadie que trabaje en ese te ­ m a» (Pernety 1782, 78; Tafel 1875, 62). A u n q u e n o hay form a de a u te n t if i c a r estas anécdotas, reflejan el interés de A ugust N ord en sk jó ld y P e r n e ty p o r las tradiciones esotéricas29. E n obediencia a «la Sainte Parole», P ernety dejó finalm ente B erlín y v ia jó al sur para establecer el reino de la nueva Jerusalén. El núcleo de ese re in o debía ser una sociedad esotérica que fundó en la ciudad de A viñón, e n P r o venza. S e sabe p o c o sobre la acogida que p u d o ten er Les Merveilles du Ciel et de l’Enfer, pero hay una anécdota digna de ser contada. E l escritor fran­ cés H o n o rato de Balzac (1799-1850) conocía el libro, y cuando en 1832 e s c rib ió su novela Louis Lambert —la historia de u n jo v en genio— colocó la traducción de P ernety en las m anos de su protagonista. A los catorce años, Louis, hijo de u n curtidor, fue en co n trad o p o r M adam e D e Staël c u a n d o leía «une trad u ctio n du Ciel et de l’Enfer», una traducción de Del Cielo y del Infierno (Balzac [1832] 1980, 595). Es el año 1811, y Balzac aña­ d e q u e en esa época sólo u n p u ñ ad o de intelectuales franceses había o í­ do hablar de S w edenborg. E n la novela, M adam e de Staël se apiada del c h ic o y co rre co n los gastos de sus estudios en u n convento cercano. Balzac nos ofrece toda la lista de las lecturas de su genio: cuando D e Staël le descubrió, ya había co m p lem en tad o sus estudios bíblicos m ediante la l e c tu r a de los grandes místicos: Santa Teresa de Jesús, M adam e G uyon y Les Merveilles du Ciel et de l ’Enfer (Balzac [1831] 1980, 594). Así es com o p ie n s a Balzac que debería com en zar una vida m ística. Y, en realidad, al­ g u n o s de los pensam ientos filosóficos con los que Balzac term in a su n o ­ vela revelan la influencia de Sw edenborg (W ilkinson 1996, 156-171). g u n ta con

25Tal vez Sw edenborg repita a Agustín, que en la Ciudad de Dios (8, 23) sugiere que Bermes «hace m uchas afirm aciones conform es a la verdad respecto del único D ios ver­ e d e ro , creador del m undo».

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c. U n l e c t o r t e o l ó g i c o : J o h n W e sle y Im presionantes visiones sobrenaturales de D ios y de los ángeles, co ­ m u n ió n c o n los espíritus, percepciones de la presencia y la ayuda angéli­ ca: to d o esto estaba p resente en el e n to rn o de J o h n W esley (Ayling 1979, 300-303). A W esley (1703-1791) le gustaban los ángeles y creía que éstos enviaban m ensajes a nuestra conciencia, a veces m ientras d o rm im o s, p e ­ ro a veces tam b ién cu an d o estam os despiertos (Wesley [1782] 1856, 77). El fu n d ad o r del m o v im ie n to m etodista creía ávidam ente en signos y p ro ­ digios. N o es pues so rp ren d en te q u e Wesley, cuando oyó hablar de Sw edenborg, quedara in trig ad o p o r su exp eriencia del o tro m undo. A u n q u e tanto W esley c o m o Sw ed en b o rg vivían en Inglaterra, habían oí­ do hablar cada u n o del o tro y se interesaban m u tu am en te en sus obras respectivas, nun ca se co n o ciero n . Poco antes de su m u erte, en 1772, S w ed en b o rg le había enviado u n ejem plar de su ú ltim a obra teológica, La verdadera religión cristiana (Wesley [1782] 1856, 403). La ex periencia de la lectura de la obra de S w edenborg p u ed e seguir­ se en su diario privado a p a rtir del 28 de febrero de 1770, d o n d e cuenta que se sentó «a leer y a considerar seriam ente alguno de los escritos del b aró n Sw edenborg» (Wesley s. f., 5: 354). A u n q u e W esley n o consigna de qué obras se trataba, p u d iera ser perfectam en te q ue Del Cielo y del Infier­ no estuviera entre ellas. E n la an o tació n de su d iario del 8 de diciem bre de 1771 vuelve sobre el tem a: «Leí algo más de ese extraño libro, Theologia Coelestis del b aró n Sw edenborg» (Wesley s. f., 5: 440). El título latino que da (que significa La teología del cielo) parece ser u na versión algo inexacta del títu lo latino de Del Cielo y del Infierno, au n q u e tam bién podría refe­ rirse a Los arcanos celestiales. L uego W esley parece haber abandonado la lectura d u ran te m uchos años. La reanudó sólo después de h ab er recibido algunas versiones inglesas de los libros de S w edenborg. Su colección in ­ cluía ahora A Treatise concerning Heaven and Hell, la trad u cció n inglesa de Del Cielo y del Infierno publicada en 1778. La an o tació n del 22 de abril de 1779 de su diario es más larga y detallada que las anteriores, y se refiere a A Treatise concerning Heaven and Hell co m o «Barón S w ed en b o rg ’s Account o f Heaven and Hell» (Wesley s. f., 6 : 230); en su diario, Wesley no se preo-< cupaba en absoluto de an o tar los títulos exactos de los libros que leía. E n tre 1770 y com ienzos de 1779, W esley e n c o n tró siem pre algo posi­ tivo en las obras de S w edenborg, au n q u e tenía sus dudas y le aplicaba lo que M ilto n escribiera de Satanás: «Su m e n te n o ha perdido aún to d o su

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brillo original, sino que aparece majestuosa, au n q u e en ruinas» (Wesley s. ^ 5 - 440)30. A pesar de esta cautela, sus com entarios globales p u d iero n ser muy positivos. E n carta dirigida a su amiga Miss E lizabeth R itc h ie se e n ­ cuentran las siguientes palabras: «Tengo pruebas abundantes de que la fie­ bre que el b arón S w ed en b o rg 31 padeció treinta años antes de m o rir afec­ tó m ucho a su en ten d im ien to . Sin em bargo, su opúsculo es “ m ajestuoso, aunque en ruinas” . T ien e pensam ientos vigorosos y herm osos, y p u ede ser leído con provecho p o r u n lecto r serio y precavido» (Wesley [1782] 1856, 58). Wesley n o especifica a qué «opúsculo» se refiere, pero la refe­ rencia podría ser el re cie n tem en te publicado A Treatise concerning Heaven and Hell. A u nque la carta de W esley fechada el 12 de febrero de 1779 re­ comienda con cautela a S w edenborg, la anotación de su diario del 22 de abril de 1779 está cercana a u n a condena total: «De esta obra en particu ­ lar [A Treatise concerning Heaven and Hell] deb o observar que la d o ctrin a en él contenida no sólo n o está nada probada, resultando m uy precaria de principio a fin, en tanto q u e se basa ín teg ram en te en la afirm ación de u n simple trastornado m ental, sino que, en m uchos casos, es contraria a la Escritura, a la razón y a ella misma» (Wesley s. fi, 6 : 231). N o fue antes de principios de 1782 cuando Jo h n Wesley se to m ó tiempo para pensar en todos los libros de S w edenborg que había acu m u ­ lado en su estudio: vo lu m en I de The True Christian Religión [La verdade­ ra religión cristiana] (cuya p rim era edición fue publicada en Inglaterra en 1781), A Treatise concerning Heaven and Hell (edición inglesa de 1778), y Marriage Love [Amor conyugal] (en la edición latina de 1768). Se refiere al título latino de esta últim a, Delitiae Sapientiae de Amore Conjugiali [Delicia de la sabiduría del am o r conyugal] co m o D e Nuptiis Coelestibus [Sobre los matrim onios del cielo] co n su característico descuido p o r la referencia exacta. Sus « T h o u g h ts o n th e W ritin g s o f B aró n S w edenborg» [Pensamientos sobre los escritos del barón Sw edenborg], term inados el 9 de mayo de 1782 y publicados en 1783 en el Arminian Magazine, repreVéase El paraíso perdido 2, 305. Wesley se refiere en repetidas ocasiones a esta «fiebre» (W esley s. £., 5, 440; W esley *•

6, 230; W esley [1782] 1856, 402). Al parecer en respuesta a W esley, H artley (1778, I) descarta el incidente de la «fiebre» com o si constituyera alguna prueba de la lo cu -

13 ^ Wedenborg. Investigadores recientes consideran la fuente de W esley apócrifa y d u r

1 véase R ogal 1988, 297-298.

sentan su única declaración pública sobre el tem a. A quí W esley exam iif la vida de S w edenborg, ofrece u n a selección de extractos de sus libros te rm in a c o n u n detallado análisis de nueve páginas de A Treatise concerninm Heaven and Hell. C o m p arad o co n las anotaciones de su diario, el to n o no ha cam biado. U n a vez más, S w ed en b o rg es acusado de locura y su te o - ■ : logia considerada inaceptable. A p artir del análisis de W esley se p u ed e ex­ traer la siguiente relación de los errores más im portantes que observa en Sw edenborg:

inpie rn o>> (W e sle y [1782] 1856, 422). «Así, ¡el C o r á n c ris tia n o e x c e d e in c lu so al m a h o m e ta n o ! M a h o m a p e r m itía q u e e s tu v ie ra n e n el p a raíso , p e r o n u n c a p e n ­ só e n c o lo carlas e n el in fie rn o » (W e sle y [1782] 1856, 421). « ¡O h , c u á n to m ás c ó ­ m o d a es la p o s ic ió n d e esto s e sp íritu s e n el in fie r n o q u e la d e los esclav o s d e las galeras e n M a rse lla o la d e los in d io s e n las m in a s d e P o to sí!» (W e sle y [1782] 1856, 420). W e s le y c o n s id e ra la d e s c rip c ió n d e l in fie r n o d e S w e d e n b o r g c o m o «la p a rte m ás p e lig ro sa d e sus escritos», p u e s « tie n d e a fa m ilia riz a r c o n ella a los im píos, a q u ita rle t o d o su te r r o r y h a c e r q u e se lo c o n s id e re n o c o m o u n lu g a r de to rm e n to , sin o c o m o u n a s itu a c ió n m u y to le rab le » (W e sle y [1782] 1856, 417).

1. Swedenborg no creen en la divina Trinidad, sino sólo en un Dios. 2 . R e c h a z a la c re e n c ia c o m ú n d e q u e D io s c re ó a los á n g e le s c o m o tales. «Esta p o s tu ra , q u e r e c o r r e to d a s sus o b ra s, d e q u e to d o s los á n g e le s y d ia b lo s fu e ­ r o n a n ta ñ o h o m b r e s , sin la q u e to d a su h ip ó te sis se d e rru m b a , es p a lp a b le m e n te

Aparte de lo que ve co m o errores flagrantes, a Wesley le desagrada el estilo de A Treatise concerning Heaven and Hell, pues carece de dignidad. D e la descripción del cielo de S w edenborg, W esley escribe:

o p u e s ta a la E sc ritu ra » (W e sle y [1782] 1856, 416). 3. C r e e e n u n a e sp e c ie d e p u r g a c ió n d e a lg u n a s alm as d e sp u é s d e la m u e rte ,:

S ería te d io s o in d ic a r las p a rtic u la re s rarezas y a b su rd o s... P u e d e b a sta r c o n se­

p o r e so llega a a firm a r las c re e n c ia s cató licas: « ¡Q u é p e q u e ñ a es la d ife re n c ia e n ­

ñalar e n g e n e ra l q u e n o c o n tie n e n a d a su b lim e , n a d a a c o rd e c o n la d ig n id a d d e l

tre el p u r g a to r io m ís tic o y e l papista!» (W e sle y [1782] 1856, 415).

tem a. La m a y o ría d e las im á g e n e s so n bajas, m e d io c re s y te rre n a le s, n o e le v a n ,

4. C r e e e n los m a tr im o n io s e n el c ie lo . W e s le y p re g u n ta : « ¿ C ó m o c o n c u e r ­

sino q u e h u n d e n la m e n te d e l le c to r; r e p re s e n ta r a los á n g eles d e D io s d e esa m a ­

se

nera, p o d ría m o v e m o s n o a a d o ra rlo s sin o a d e sp re c ia rlo s. Y h a y u n a g ro se ría y

d a rá n e n c a s a m ie n to , sin o se rá n c o m o los á n g eles d e D io s e n el c ie lo ” ?» (W esley

u n a o rd in a rie z e n to d a la d e s c rip c ió n d e l m u n d o in v isib le , q u e te m o q u e te n d e ­

[1782] 1856, 416, c ita n d o M a te o 22, 30).

rá c la ra m e n te a c o n firm a r a los in fie les ra c io n a le s e n u n a to ta l in c r e e n c ia (W e sle y

d a e sto c o n las p a la b ras d e n u e s tro S e ñ o r, “ E n la r e s u rre c c ió n n i se c asarán n i

5. D e s c rib e c a v e rn a s e n las ro c as, m in a s su b te rrá n e a s , casas e n ru in a s y

tosd

[1782] 1856, 417).

c h o z a s e n el in fie rn o . « ¿P ero c ó m o c o n c u e r d a e sto c o n lo q u e le e m o s e n la E s c ritu ra r e fe r e n te al fu e g o d e l in fie rn o ? » (W e sle y [1782] 1856, 418). S eg áL A p o c alip sis 2 0 , 15, «Y el q u e n o se h a lló in s c rito e n el lib ro d e la v id a fu e lanza­ d o al lag o d e fu eg o » (W e sle y [1782] 1856, 422).

6 . Describe, especialmente en L a verdadera religión cristiana, una vida relativa­ mente decente en el infierno: una vida en la que la gente trabaja, descansa e in ­ cluso se mantienen relaciones con el sexo opuesto32. Aquí se refiere a Swedenborg como «un soñador obsceno..., que se cuida de proporcionar p ro s­ titutas, en vez de fuego y azufre, a los diablos y los espíritus condenados en el; 32E n el infierno, cada h o m b re «es inform ado tam bién de que cada u n o está en liber­ tad de cam inar, conversar y después dorm ir, cuando ha hecho su trabajo; es entonces lle­ vado a una parte interior de la caverna, donde hay prostitutas, y se le perm ite tom ar una y llamarla su esposa, pero está p rohibido so pena de castigo relacionarse con más de una» (La verdadera religión cristiana, § 281).

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En otro lugar, exclam a: «¡Q ué insignificante es este texto! Tan pueril, tan por debajo del tem a, que alguien que no conociera el carácter del es­ critor [esto es, de Sw edenborg] podría im aginar de form a natural que pretendía ser una parodia» (Wesley [1782] 1856, 419). Jo h n Wesley, a una edad en la que tendía a m irar hacia atrás, a sus p ro ­ pias realizaciones, se sentía incapaz de aceptar nin g u n a de las visiones de Sw edenborg. La propia teología de W esley del cielo y el in fiern o era m uy convencional. H acía tiem po, había incluido u n resum en de Saints’ Everlasting Rest, de R ic h a rd Baxter, en el c o n ju n to de cincuenta v o lú m e­ nes titulado Biblioteca Cristiana (1749-1755). En el cielo de Baxter, los san­ tos descansaban y alababan a D ios más que em peñarse en ocupaciones mas terrenales co m o las descritas p o r S w edenborg. A parentem ente, el único resultado de la renovada consideración de W esley de la obra de Sw edenborg fue que re to m ó el tem a de los ángeles y el in fiern o en va­

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rios serm ones, en los que repetía visiones com pletam ente convencionales33. E n los círculos m etodistas, Sw ed en b o rg sería considerado persona non gra­ ta. «O h, h erm a n o —decía W esley d irigiéndose a los lectores m etodistas del Arminian Magazine— ¡que n in g u n o de vosotros reco m ien d e a ese escritor nunca más!» (Wesley [1782] 1856, 422). d . E l f u n d a d o r d e u n a n u e v a ig le s ia : R o b e r t H in d m a rs h A Wesley, ya anciano, n o se le podía co n vencer fácilm ente ni se le p o ­ dían a rran car sus viejas y tradicionales ideas teológicas. R o b e r t H in d m arsh ofrece una historia co m p letam en te diferente, incluso, en m u ­ chos aspectos, opuesta. A la im presionable edad de veintidós años, R o b e r t H in d m arsh (1759-1835), im presor, trab ó relación con G eorge K een, cuáquero interesado p o r Sw edenborg. K een prestó dos libros de S w eden b o rg a H in d m arsh el 2 de enero de 1782, día que éste recordaba bien: fue el m ism o en q u e co n o ció a su futura esposa, Sarah P aram or (1761 ?-l 833). Las dos obras eran A Treatise concerning Heaven and Hell y On thè Commerce between thè Soni and thè Body [La comunicación entre el alma y el cuerpo] (am bos traducidos p o r H artley). H in d m arsh leyó inm ediata­ m e n te los dos volúm enes y al p u n to se convenció de su «origen celestial» (H in d m a rsh 1861, 11 ); p ro n to fue u n se g u id o r co n v e n c id o de Sw edenborg. E n 1784 había fundado una asociación «con el propósito de pro m o v er las doctrinas celestiales de la nueva Jerusalén m ed ian te la tra­ d ucció n , edició n y divulgación de los escritos teológicos del honorable E m anuel Sw edenborg» (H indm arsh 1861, 23). C o n sede en L ondres, es­ ta «Sociedad Teosòfica» p ro n to se vanaglorió de te n e r cerca de u n cen te­ nar de m iem bros (todos varones), de los cuales u no, Jo h n Flaxm an (1755-1826), habría de convertirse en u n fam oso escultor (H indm arsh 1861, 23). E n 1784, H in d m arsh había publicado tam b ién la segunda edi­ ció n de A Treatise concerning Heaven and Hell. A u n q u e la Sociedad Teosòfica se disolvería en m en o s de una década, H indm arsh n o ab an d o n ó la idea de organizar u n g ru p o de personas in­ teresadas en la obra de Sw edenborg. C o n R o b e r t H in d m a rsh a la cabe­ za, una facción escindida de la Sociedad Teosòfica se estableció com o

y pidió al padre de R o b e rt H indm arsh, el m inistro m etodista H indm arsh (1731?-1812), que oficiara su p rim e r servicio de culto e l 27 de enero de 1788. La sw edenborgiana «Iglesia de la nueva Jerusalén» se rem onta a este acontecim iento. Sin el entusiasm o de R o b e rt H indm arsh por A Treatise concerning Heaven and Hell, esto nunca habría ten id o lugar. Los prim eros lectores de A Treatise concerning Heaven and Hell prefigu­ raron e incluso dieron fo rm a al cam ino para que generaciones p o sterio ­ res respondieran al libro. H o y es evidente que en 1782 los prim eros lec­ tores habían form ulado ya las tres principales respuestas de los siglos XIX y x x . M u ch o s seguirían las fuertes críticas de J o h n W esley y despacharían A Treatise concerning Heaven and H ell co m o p u ra fantasía, engaño, herejía o, peor, co m o inspirado p o r «los espíritus de la oscuridad» (Wesley [1782] 1856, 422). E n ocasiones, W esley llegó casi a ridiculizar las visiones de Sw edenborg, pero para él y su audiencia el tem a era dem asiado serio co ­ mo para som eterlo a un co m e n tario satírico. Esto cam bió en el siglo XX, cuando M ark Tw ain (1835-1910) publicó «C aptain S to rm field ’s Visit to Heaven» ([1907] 1995). U n segundo g ru p o consideraría A Treatise concer­ ning Heaven and Hell com o lo hiciera su trad u c to r francés, A n to in e Joseph Pernety: co m o una in tro d u c ció n a una visión del m u n d o nueva y esoté­ rica que p erm itía la recepción de la inspiración de los espíritus o ángeles. U n im presionante n ú m ero de poetas y artistas rom ánticos apreciaron el libro de S w edenborg o estuvieron de una form a u otra influidos p o r él; entre éstos, W illiam Blake (1757-1827) y Sam uel Taylor C o lerid g e en Inglaterra, F ried rich W ilh elm Schelling (1775-1854) en A lem ania, y H onorato de Balzac en Francia34. U n tercer grupo, representado p o r ig le sia

J a n te s

34Las fuentes secundarias sobre la influencia de Sw edenborg sobre el rom anticism o in ­ cluyen: Peebles 1933 (G oethe), Benz 1941 (Schelling), Schuchard 1949 (G oethe), R oos 1952 (Novalis y otros), H einrichs 1979 (Schelling, G oethe), G aier 1984 y 1988 (Goethe), Paley 1985 (Blake), Bellin y R u h l 1985 (Blake), Sjodén 1985 (Balzac y otros), Bellin 1988 (Blake), W ilkinson 1996 (Balzac y otros), H o m 1997 (Schelling), Ford 1998, 95-96, 147-151 (Coleridge). C oleridge anotó un ejem plar de Del Cielo y del Infierno de Sw edenborg; las n o ­ tas, conservadas en la Biblioteca Británica, están editadas en C oleridge 2000, 403-425; parecen datar de 1819-1820. Dos expresiones del tem peram ento rom ántico francés, las utopías ultramundanas y el esplritualismo, parecen incluir tam bién un elem ento sw edenborgiano

’ Tres serm ones fechados entre 1782-1783 se titulan «De los ángeles buenos», «De los ángeles malos» y «Del infierno» (W esley 1986, 3- 44).

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(Kselman 1993, 143-162). El m ovim iento rom ántico más im portante de Am érica, el transcendentalismo, tam bién estuvo profundam ente influido p o r Sw edenborg (Taylor 1988).

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R o b e r t H in d m arsh , haría de A Treatise concerning Heaven and Hell parte de los escritos sagrados reco n o cid o s p o r u n a nueva iglesia cristiana y lo acep­ taría co m o una gran afirm ación teológica de la vida después de la m u e r­ te, o b ien lo consideraría el co m ien zo de u n a nueva filosofía religiosa. En el hab er de este gru p o , a cuyos m iem bros g eneralm ente se denom ina ahora «swedenborgianos», está la trad u cció n de Del Cielo y del Infierno a m uchas lenguas m o d ern as. U n sw edenborgiano, Jo h a n n F ried rich Im m an u el Tafel (1796-1863), bibliotecario jefe de la U niversidad de Tubinga, en A lem ania, publicó tam bién u n a nueva edición del tex to la ­ tin o original (1862). D e b id o al esfuerzo de sus traductores, Del Cielo y del Infierno de E m anuel S w ed en b o rg figura c o m o u n o de los pocos libros re­ ligiosos del siglo xvili que se sigue editando y co n tin ú a ejerciendo una considerable atracción en com paración co n m u chos otros escritos de la m ism a época. Gracias a ellos, Del Cielo y del Infierno se puede descubrir todavía co m o u n a obra que, co m o dijo Tessin, tien e «tantos giros nuevos e inesperados que se p u ed e leer de p rin cip io a fin sin aburrirse». B ern h ard Lang

El au to r agradece la amable ayuda recibida d e ja rte W illiam s-H ogan, que ha sido ase sora sobre S w edenborg durante m uchos años. R e cib í tam bién ayuda valiosa de R einhard Breym ayer, N ancy D aw son, H eath er Jackson, C arroll O d h n e r, Jonathan S. R o se, Stuart Shotw ell y E berhard Z w ink.

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A p é n d ic e I A lg u n a s id e a s d e l B a r r o c o s o b r e la v id a d e s p u é s d e la m u e r t e y s o b r e e l c i e l o y e l in f ie r n o En nuestros tiem pos, la vida después de la m u e rte y la naturaleza del cielo y el in fie rn o han dejado de ser tem as que suijan fácilm ente en la conversación. E n los siglos XVII y XVIII se tenía una actitud diferente. Casi todo el m u n d o se interesaba en el asunto, y n o fueron pocos los filósofos y teólogos que publicaron sus pensam ientos sobre el cielo y el infierno. Se discutía sobre to d o «el problem a de la inm ortalidad», pero de vez en cuando el cielo y el in fiern o figuraban en el debate. E n G ran Bretaña, más o m enos desde 1650 en adelante y al m enos du ran te u n siglo, «casi cada aspecto de la vida después de la m u e rte dio pie a la especulación o el debate entre los estudiosos» (H o u lbrooke 1998, 50). Pero n o sólo en Gran Bretaña. U n a u to r e n u m eró los libros sobre la inm o rtalid ad p u b li­ cados en A lem ania entre 1751 y 1758 —en los años inm ed iatam en te an te­ riores a Del Cielo y del Infierno— y señaló cincuenta y cuatro obras (U nger 1944, 11). E n otros países europeos encontraríam os sin duda cifras sem e­ jantes: los filósofos y teólogos del B arroco y la Ilustración tien en en su haber la p rim era explotación real del tem a. La breve lista de autores y vi­ siones del m u n d o relacionados co n el asunto que se facilita a c o n tin u a­ ción, p roporciona el c o n te x to en el que Sw edenborg desarrolló su p e n ­ samiento y publicó Del Cielo y del Infierno, y p ro p o n e las obras co n las que algunos de los lectores prim eros de Sw edenborg p u d ie ro n haber co m p atado Del Cielo y del Infierno y sus traducciones vernáculas. L The lmmortality of the Soul (1659) [La inmortalidad del alma]. El filósofo de Cambridge Henry More, conocido como seguidor de Platón, ofrecía mucho naas de lo que el título de su obra parece indicar. Com o otros platónicos de su P°ca, trató de evitar la separación estricta entre el mundo material y el espirihaciendo del mundo espiritual una parte del universo tal como lo conocetIl0s- Para los platónicos del siglo xvn, explica el historiador Philip Almond, «no

79

j u e g a n y b a ila n ju n ta s , d is fru ta n d o los p la c e re s líc ito s d e la p ro p ia v id a a n im a l,!

humanas «continúan obviamente el camino que llevaban y per­ el estado espiritual en que murieron» (Leibniz 1966, 9). Aunque es­ te d o c u m e n to no se publicó hasta el siglo xix, demuestra sin embargo que una de las e n se ñ an z as de Swedenborg (D e l Cielo y del Infierno 363, 477) estaba dentro de las p e rsp e c tiv a s de los pensadores del Barroco. 6 . A Vindication of the Im m ortality of the S oul and a Future State (1703)

e n u n g ra d o m u y s u p e r io r a a q u e l d e l q u e e r a n c ap a c e s e n el m u n d o » (M ore :

[Justificación d e la in m o rta lid a d d e l a lm a y u n e sta d o f u tu ro ], W illia m A s sh e to n ,

se e sta b le c ía u n a b is m o d e s e p a ra c ió n e n tr e lo s v iv o s y los m u e rto s» (A lm ond

j

1994, 36). V iv o s y m u e r to s p e r te n e c ía n al m is m o r e in o e s p a c io te m p o ra l, c o n los 1 á n g eles, los sa n to s y D io s situ a d o s e n las re g io n e s s u p e rio re s , y las alm as m a l v a J das y S atanás e n el a ire , a lre d e d o r d e la tie rra y e n sus c av id ad e s in terio res I ( A lm o n d 1994, 3 6 -37). E n o c a sio n e s, las alm as d e los b ie n a v e n tu ra d o s « c an tan ,!

! 93). Las alm as

m anecen en

1659, 420). S e g ú n M o re , las alm as c o n s e rv a n a lg u n a s c ara cte rística s m ascu lin as y i

párroco d e B e c k e n h a m , e n K e n t, tr a tó d e re fu ta r la id e a d e q u e los q u e m o ría n

fe m e n in a s ( M c D a n n e ll y L a n g 1988, 212; A lm o n d 1994, 31). La o b ra d e M o re se

descubrían q u e la v id a c elestia l c o n siste e n « e sp e cu lac ió n p u ra , e n m ira rse u n o s

r e c o r d ó d u ra n te a lg ú n tie m p o ; el d o c to r J o h n s o n la m e n c io n a b a e n u n a c on- :

a otros y a d m ira r m u tu a m e n te las re sp e c tiv a s p e rfe c c io n e s» . E n el c ie lo se lle v a ­

v e rs a c ió n q u e h a b ía m a n te n id o c o n Ja m e s B o s w e ll e n 1772 (B o sw ell [1791] 1952,1

rá u n a v id a a ctiv a. E l R e i n o d e D io s te n d rá «leyes, e sta tu to s, g o b e rn a d o re s y súbditos, y d ife re n te s ra n g o s, ó rd e n e s y grados» (A s sh e to n 1703, 57-60).

192-193). 2. T w o Treatises... o f the Im m ortality o f Reasonable Soules (1644) [D o s tratad o s... !

7.

The Spectator, n ° III, 7 d e j u l i o d e 1711. E ste n ú m e r o d e l fa m o s o Spectator,

d e la in m o rta lid a d d e las alm as ra cio n ale s]. S ir K e n e lm D ig b y , filó so fo y c ie n tí­

uno de los «diarios m o rales» e n los q u e los a u to re s d e la Ilu s tra c ió n tra ta b a n d e

fic o c a tó lic o (A lm o n d 1994, 7 0 -71), n e g a b a la e x is te n c ia d e l j u ic i o d iv in o !

d ifu n d ir sus id ea s e n tr e las p e rso n a s e d u c a d a s , está d e d ic a d o a «la in m o rta lid a d

A firm a b a q u e «si u n h o m b r e m u e r e c o n u n s e n tim ie n to d e s o r d e n a d o p o r algo

del alma». E l en say ista J o s e p h A d d is o n re c h a z ó el c a rá c te r in m u ta b le d e la sa n ti­

e n c u a n to a su b ie n p rin c ip a l, p e rm a n e c e e te r n a m e n te , p o r n e c e s id a d d e su p ro ­

dad, a firm a n d o q u e d e b e e x is tir m o v im ie n to y p ro g re s o e n el m ás allá. D io s n o s

p ia n a tu ra le z a , e n el m is m o s e n tim ie n to ; y n o e x is te n in g u n a d isp a rid a d e n que,

ofrece a q u í s o la m e n te los « ru d im e n to s d e la e x is te n c ia , y d e sp u é s se re m o s tra n s­

al p e c a d o e te r n o , se le im p o n g a u n c astig o e te rn o » (D ig b y 1644, 445). M ás tar­

plantados a u n c lim a m ás fa v o ra b le , d o n d e p o d a m o s d e sp le g a rn o s y flo re c e r p o r

d e , S w e d e n b o r g d e sc rib iría la e x is te n c ia e te rn a e n el in f ie r n o d e l m is m o m o d o .

toda la e te rn id a d » (A d d iso n [1711] 1965, 458). A d d is o n n o d e s c rib e el c ie lo . E n

3 . V on den vier letzten D ingen: nämlich von dem Tod, Gericht, H ölle und

un n ú m e ro p o s te r io r d el Spectator J o h n H u g h e s se re fie re al d iá lo g o d e C ic e r ó n

ancianidad e n el q u e C a tó n e sp e ra e n c o n tr a r a sus a m ig o s y a n te p a s a d o s

Himm elreich (1680) [S o b re las p o strim e ría s d e l h o m b r e : M u e r te , J u ic io , In fiern o

Sobre la

y G lo ria ], E sc rita p o r el fraile c a p u c h in o M a rtin d e C o c h e m , esta o b ra in tro d u ­

en el o tro m u n d o (H u g h e s [1712] 1965, 418-420). S w e d e n b o r g p u d o h a b e r le í­

Spectator d u r a n te u n a d e sus p rim e ra s e stan cias e n G r a n B r e ta ñ a (véase la

cía a los c a tó lic o s d e l B a rr o c o e n u n m u n d o p o s t m o r te m m u y sen su al. Se re­

do el

fie re a «un río real, á rb o le s reales, fru to s reales y flo res reales q u e a g rad a n a nues­

nota del e d ito r so b re Diario espiritual § 5565 e n S w e d e n b o r g 1889).

tra v ista, g u sto , o lfa to y ta c to d e m a n e ra in su p e ra b le » (M a rtin 1753, 170).

Death and H eaven; or the L ast E n e m y Conquered, and Sepárate Spirits M ade [La muerte y el cielo; o el último enemigo conquistado y los espí­ ritus sep arad o s perfeccionados]. Isaac Watts, autor de himnos («O God, O ur H elp in Ages Past») y ministro de una iglesia independiente en Londres, descriun cielo lleno de movimiento y vida. Los bienaventurados servirán a Dios «quizas como sacerdotes en su templo, y como reyes, o virreyes, en sus extensos dom inios» (Watts [1722] 1812, 398-399). Sus ejemplos de los empleos celestiales 'n clu y en la «ejecución fiel de alguna comisión divina» y el gobierno «sobre los grados inferiores de los espíritus felices» o sobre «todas las provincias de los seres ■nteligentes en las regiones inferiores» (Watts [1722] 1812, 402-403). Aunque es«o se mencione en D eath and H eaven , Watts también cuestionaba las ideas traronales de la Trinidad. D eath and H eaven había alcanzado cuatro ediciones en

4 . T h e P ilgrim ’s Progress (1678-1684) / £ / peregrino!. E n la s e g u n d a p a rte de su c o n o c id a o b r a p u rita n a , J o h n B u n y a n in c lu ía u n análisis so b re la a le g ría q u e de­ b e s e n tir el c ris tia n o c u a n d o está u n id o a su e sp o sa c ristia n a y sus h ijo s e n la ciu­ d a d c elestia l (B u n y a n [1678-1684] 1965, 351). 5. System a theologicum, 1686 [S istem a te o ló g ic o ]. E n este m a n u s c rito , el fa­ m o s o filó so fo y m a te m á tic o G o ttfr ie d W ilh e lm L e ib n iz so ste n ía q u e el e stad o es­ p iritu a l e n el q u e u n o m u e r e d e te r m in a r e a lm e n te su d e s tin o e n el m u n d o espi­ ritu a l. « C u a n d o u n a lm a d e ja el c u e rp o e n e sta d o d e p e c a d o m o rta l, esto es, e s ta n d o a m a l c o n D io s, cae p o r d e c irlo así a u to m á tic a m e n te e n los ab ism o s del in fie rn o , c o m o a lg o p e sa d o q u e está r o t o y n o está s o s te n id o p o r n i n g ú n agen­ te e x te rn o . A le ja d o d e D io s , se im p o n e la c o n d e n a a sí m ism o » (L e ib n iz 1966.

80

8.

Perfect (1722)

u n a u to r p ro lífic o . A lg u n o s d e sus lib ro s d e v o c io n a le s , e sc rito s to d o s e n sueco, 1

no bautizados que morían en la primera infancia pasarían la vida en el infierno. En el E m ilio, libro 4, Rousseau discute y rechaza esa o p in ió n : «Mantenemos que ningún niño que muera antes de la edad de la ra­ zón será privado de la felicidad eterna» (Rousseau [1762] 1991, 258). Swedenborg dice lo m is m o (§ 410). Véase también el debate en G en tlem a n ’s M agazine 1739-

in c lu y e n re fe re n c ia s al c ie lo y la v id a celestial. E n Festum M agnum e sc rib e sobre I

1740, m e n c io n a d o supra.

el in te ré s d e los sa n to s p o r la v id a d e sus p a rie n te s e n la tie rra . E n o tr o libro, I

Aussichten in die E w igkeit (1768-1778) [Perspectivas de eternidad]. El autor obra, Johann Caspar Lavater, fue ministro reformado en Zurich, Suiza, y figuraba como conocida celebridad junto a Moses Mendelssohn y Goethe. En la vida e te rn a , decía, «tendremos cuerpo, viviremos en mundos corpóreos, ten­ drem os r e la c ió n con objetos materiales, sensuales, y formaremos una o más co­ m unidades» (Lavater 1773, 93)35. Por la fecha de ese escrito, es posible que Lavater conociese la obra de Swedenborg. En 1772, Goethe reseña el Aussichten en Frankfurter Gelehrte A n ze ig e n (Goethe [1772] 1987).

jas, los n iñ o s

1737, y dieciséis e n 1818: e sto lo c o n v ie rte e n el lib ro q u e , so b re e ste te m a , m e- I

e te rn a su frie n d o

j o r p o d ía n c o n o c e r los le c to re s in g leses d e S w e d e n b o rg . 9.

F estum M a gnum (1724, su e c o ) [La g ra n fe stiv id a d ]. J e s p e r S w e d b e rg , obis- 1

p o lu te r a n o d e S k a ra e n la S u e c ia c e n tra l y p a d re d e E m a n u e l S w e d e n b o rg , f i J I

12.

de esta

Sanctificatio Sabbati (1734, su e c o ) [S a n tific a c ió n d e l S a b b a th ], e x p o n e sus ideas de 1 c ó m o los sa n to s h a b la n e n tr e sí e n el c ie lo : a u n q u e to d o el m u n d o u tiliz a su len- 1 g u a n a ta l, to d o s se c o m p r e n d e n . A u n q u e el o b is p o n o p a re c e h a b e r o frecido i n in g u n a d e s c rip c ió n fu n d a m e n ta d a d e la o tr a v id a , sus e sc rito s re v e la n interés I p o r el te m a y s o n u n e je m p lo d e la n a tu ra lid a d c o n la q u e éste p o d ía aparecer I e n la p re d ic a c ió n d e l B a rro c o (L a m m 1922, 5-6). 10. T h e G e n tle m a n ’s M agazine, 1739. E sta c o n o c id a p u b lic a c ió n m e n s u a l no 1

Hj^3. Ufe o f Sam uel Johnson (1791) [La vida del doctor Sam uel Johnson], Com o ya Boswell recogió una conversación que había mantenido con Samuel Johnson sobre la vida eterna. Después de la muerte, dice Johnson, nu­ merosas amistades dejarán de existir, pues «hacemos muchas amistades por equi­ vocación, imaginando que la gente es diferente a como realmente es. Después de la m u e rte , veremos a cada uno a la luz de la verdad» (Boswell [1791] 1952, 193). E sto es algo que también Swedenborg podía haber dicho: la idea no era extraña e n aquella época. Juan dice del Señor: «Le veremos tal como él es» (1 Juan 3, 2), y la idea se puede aplicar también a los demás.

só lo re c o g ía y c o m e n ta b a su ceso s c o tid ia n o s , sin o q u e in c lu ía ta m b ié n u n a sec-B

se m e n c io n ó , James

c ió n d e c o r re s p o n d e n c ia e n la q u e los le c to re s, a m e n u d o c o n p s e u d ó n im o , se 1 e x p re s a b a n lib r e m e n te s o b re el te m a e le g id o . E n el n ú m e r o d e e n e ro u n tal

j

« T h e o p h ilu s» se q u e ja d e los a u to re s q u e , s ig u ie n d o E l paraíso perdido d e John I M ilto n , e stán « c o rro m p ie n d o n u e stra s id eas d e las cosas e sp iritu a le s y sensualiz a n d o n u e stra s id ea s d e l c ie lo e n u n g ra d o q u e p u e d e t e n e r e fec to s n o c iv o s so- 1 b r e la r e lig ió n e n g e n e ra l: se p e rm ite q u e la fan tasía e n tr o m e ta su exuberancia I salvaje e n el lu g a r d e la v e rd a d y la ra z ó n , y se a b re c a m in o al tip o m ás absurdo 1 y g ro s e ro d e e n tu s ia s m o , y si d e b e m o s in te r p r e ta r sus o tra s d e sc rip c io n e s [es de- | c ir, d e M ilto n ] se g ú n los m is m o s c rite rio s, su c ie lo es ta n se n su al c o m o el de los I m a h o m e ta n o s » ( G en tlem a n ’s M agazine, 1739, 5b). E n el n ú m e r o d e a b ril d el m is-1 m o a ñ o , « C leo m e n es» p r o p o n e a lo s le c to re s d is c u tir la o tra v id a d e los n iñ o s qu e l m u e r e n a e d a d te m p ra n a , s u g irie n d o q u e sus alm as o s o n a n iq u ila d a s después d e j la m u e r te o tra n s m ig ra n d e n u e v o a o tro s c u e rp o s ( G e n tle m a n ’s M agazine, 1739, 1 177-179). A p a rtir d e l n ú m e r o d e e n e r o d e l G e n tle m a n ’s M agazine, 1740, el t o r in c lu y ó m u c h a s re sp u estas a « C le o m e n e s» ( G e n tle m a n ’s M agazine, 1740, 52-54, 167-168, 2 4 5-246, 341-342, 441-443; v é ase H o u l b r o o k e 1998, 52-53). 4

1955 ^ d COn° ClmÍento p o r parte de Lavater de la obra de Sw edenborg, véase A cton >v°l. 2, 641-643, y Benz 1938. B enz especula sobre que Lavater estuvo inspirado en

F.», el p r im e r p a rtic ip a n te e n el d e b a te , in sistía e n q u e c u a lq u ie r resp u esta a » c u e s tió n d e b e ría e sta r b asa d a e n «la ra z ó n g u ia d a p o r la re v e la c ió n » ( Gentletn ti j M agazine, 1740, 4b). 11. É m ile ou de l ’Education (1762) [Em ilio o la educación]. E l c é le b re

^ tr a ta d o

J e a n -J a c q u e s R o u s s e a u so b re la e d u c a c ió n n o c o m e n ta d e m a n e ra especifica m as e sc ato ló g ic o s, p e r o re c h a z a las ideas tra d ic io n a le s so b re el in fie rn o . Segu

1

m

medida p o r Sw edenborg, con el que trató en vano de contactar para conocer su opi-

■ s°bre sus libros. Q u ería tam bién inform ación sobre u n am igo m u erto (Benz 1938 155-15(>\ t ’ debid 3ter Parece haber evitado el reconocim iento de su deuda con S w edenborg ^

0 a la crítica de Im m anuel K ant en Los sueños de un visionario (Kant [1766] 1969).

83

A p é n d i c e II C u ad ro c r o n o ló g ic o 1688 2 9 de enero N ace E m anuel Sw edberg en E stocolm o, Suecia. 1719 26 de mayo El hijo del obispo Jesper S w edberg se ennoblece y c am b ia su n o m b re p o r Sw edenborg. 1745 Abril S w edenborg recibe una llamada divina en Londres. 1747 17 de julio S w edenborg abandona el C o le g io R e a l de M inas de S uecia.

1749 Verano Se publica en Londres, de m anera anónim a, el p rim e r vo­ de Los arcanos celestiales (principal obra teológica de Sw edenborg). 1756 Junio Se publica el últim o v o lum en de Los arcanos celestiales. 1758 P ublicación anónim a de Del Cielo y del Infierno en Londres. 1759 5 de enero P rim era reacción a Del Cielo y del Infierno en unas n o ­ tas breves, no publicadas, del con d e G u stafB o n d e , sueco. 1760 5 de marzo C ari G ustafTessin visita a S w edenborg en E stocolm o y habla co n él sobre Del Cielo y del Infierno. 1769 A notaciones de Jo h a n n C hristian C u n o sobre Del Cielo y del In­ fierno. lu m e n

1770 28 de febrero P rim era anotación del diario de Jo h n W esley so­ bre Sw edenborg, con posible referencia a Del Cielo y del Infierno. 1772 29 de marzo S w edenborg m uere en Londres. Goethe, en una reseña del Aussichten in die Ewigkeit, de Lavater, reco ­ m ie n d a la obra de Sw edenborg. 1775 Vom Himmel und von den wunderbaren Dingen desselben (traducC10n a le m a n a de Del Cielo y del Infierno), publicada en Leipzig, Alem ania. 1778 Se publica en Londres A Treatise concerning Heaven and Hell (tra­ ducción inglesa de Del Cielo y del Infierno). julio A Treatise concerning Heaven and H ell recibe una crítica favorable C!1 Gentleman’s Magazine, Londres. 1779 12 de febrero John W esley recom ienda la obra de Sw edenborg a El« b e , h R itc h ie.

1782 Se publica en B erlín, A lem ania, Les Merveilles du Ciel et de (traducción francesa de Del Cielo y del infierno).

l ’E n fe r

2 de enero R o b e r t H in d m arsh to m a prestado de u n am igo A Treatise concerning Heaven and Hell. 1783 Se publica el artículo de J o h n W esley «T houghts o n the W ritin g s o f B aron Sw edenborg» [Pensam ientos sobre los escritos del ba­ ró n Sw edenborg] (escrito el 9 de m ayo de 1782) en el Arminian Magazine. 1784 R o b e r t H in d m arsh funda en Londres la Sociedad Teosòfica. R o b e r t H in d m arsh publica la segunda ed ició n de A Treatise concerning Heaven and Hell.

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Tas tierras en el universo T ítu lo original: De Telluribus in Mundo Nostro Solari, Quae Vocantur anetae, et de Telluribus in Coelo Astrífero, deque Illarum Incolis, Turn de Spiritibus et Angelí Ibi: E x Auditis et Visis, L ondres, 1758.

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La comunicación entre el alma y el cuerpo T ítulo original: D e Commercia Anim ae et Corporis, quod Creditur Fieri vel Per difluxum Physicum, vel per Influxum Spiritualem, vel per Harmoniam praestabilitam, Londres, 1769. La verdadera religión cristiana T ítulo original: Vera Christiana Religio, Continens Universam Theologiam Novae Ecclesiae a Domino A pud Danielem Cap. VII: 13-14, et in Apocalypsi Cap. X X I: 1, 2 Praedictae, A m sterdam , 1771. O b r a s n o t e o l ó g i c a s y p u b lic a d a s p o s t u m a m e n t e Elogio gozoso T ítulo original: Fesdvus Applausus in Caroli X I I ... in Pomeraniam Suam Adventum, Greifswald [1714-1715],

Suplementos T ítu lo original: Continuado de Ultimo Judicio: E t de Mundo Spirituali, A m sterdam , 1763.

La musa del norte T ítulo original: Camena Borea cum Heroum et Heroidum Factis Ludens, Greifswald, 1715.

A m or divino y sabiduría divina T ítu lo original: Sapientia Angelica de Divino Amore et de Divina Sapientia, A m sterdam , 1763.

Dinámica del dominio del alma T ítulo original: Oeconomia Regni Animalis in Transactiones Divisa, Amsterdam, 1740-1748.

Divina providencia T ítu lo original: Sapientia Angelica de Divina Providentia, Amsterdam, 1764. i

Psicología racional T ítulo original: [Psychologia Rationalis], 1742.

E l Apocalipsis revelado T ítu lo original: Apocalypsis Revelata, in Qua Deteguntur Arcana Quae Ibi Praedicta Sunt, et Hactenus Recondita Latuerunt, A m sterdam , 1766.

I El reino animal T ítulo original: Regnum Animale, Anatomice, Physke, et Philosophice Perlustratimi, La Haya, 1744-1745.

A m or conyugal T ítu lo original: Delidae Sapientiae de Amore Conjugiali: Post Q p t 1 Sequuntur Voluptates Insaniae de Amore Scortatorio, A m sterdam , 1768.

i El Antiguo Testamento explicado T ítulo original: Explicado in Verbum Historicum Veteris Testamenti, 17451747.

Breve exposición T ítu lo original: Summaría Expositio Doctrinae Novae Ecclesiae, Quae p^m Novam Hierosolyman in Apocalypsi Intelligitur, A m sterdam , 1769.

: Diario espiritual

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T ítu lo o rig in a l: Experientiae Spirituales, 1745-1765.

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E l Apocalipsis explicado T ítu lo original: Apocalypsis Explicata secundum Sensum Spiritualem, Ubi Revelan tur Arcana, Quae Ibi Praedicta, et Hactenus Recóndita Fuerunt, 1757. 1759.

Del Cielo y del Infierno

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P arte I

El Cielo y el Infierno

[P r ó lo g o d e l a u to r ] E n el capítulo 2 4 de M ateo, el S eñ o r 1 habla a sus discípulos sobre el final de los tiem pos y lo que será el ú ltim o p erío d o de la vida de la Iglesia“'2. Al term in ar sus profecías sobre los estados que se habrán de su­ c e d e r con respecto al am o r y la feb'3, Jesús dice: 1.

E in m e d ia ta m e n te d e sp u é s d e la trib u la c ió n d e a q u e llo s días, e l so l se o s c u ­ recerá y la lu n a n o d a rá su re s p la n d o r, y las estrellas c a e rá n d e l c ie lo , y las p o ­ tencias d e los c ie lo s se rá n c o n m o v id a s . E n to n c e s a p a re c e rá la se ñ a l d e l H ijo d e l H o m b re e n el c ie lo ; y e n to n c e s la m e n ta rá n to d a s las trib u s d e la tie rra , y v e rá n al H ijo d e l H o m b r e v in ie n d o s o b re las n u b e s d e l c ie lo , c o n p o d e r y g ra n g lo ria . Y enviará a sus á n g e le s c o n g ra n v o z d e tr o m p e ta , y j u n ta r á n a los e sc o g id o s d e los c u atro v ie n to s , d e sd e u n e x tr e m o d e l c ie lo h a sta el o t r o (M a te o 24, 2 9 -3 1 )4.

Q uienes en tien d e n estas palabras en sentido literal, d eben pensar que tales cosas sucederán exactam ente co m o allí se describe, al final de los tiempos, en el llam ado Juicio Final5. P o r consiguiente, n o sólo creen que el sol y la lu n a se oscurecerán y las estrellas caerán del firm am ento, que el signo del S eñor aparecerá en el cielo y se le verá sobre las nubes, ro ­ deado de ángeles haciendo sonar sus trom petas, sino tam bién, según se profetiza en otras partes, que to d o el m u n d o visible será destruido y que aparecerá p o ste rio rm e n te u n cielo nuevo y una tierra nueva. En la actualidad, son m uchos en la Iglesia 6 los que c o m p a rten esta Opi­ nión. Sin em bargo, quienes creen estas cosas n o son conscientes de los 1Sobre el final de nuestra era com o tiem po postrero de la Iglesia: 4535, 10672 [10622], b Para una explicación de lo que dice el Señor en M ateo 24 y 25 sobre el final de los tlempos, su venida, y la consecuente destrucción gradual de la Iglesia y el Ju icio Final, Vease el material que precede a los capítulos 5-24 [26-40] de Génesis. Véase, e n particular>3353-3356, 3486-3489, 3650-3655, 3751-3759 [3751-3757], 3897-3901, 4056-4060, 412923h [4229-4231], 4332-4335, 4422-4424, [4335], 4635-4638, 4661-4664, 4807-4810, 49544959, 5063-5071.

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abismos ocultos que se esconden en los detalles de la Palabra7. E n efecto hay en esos detalles u n sentido espiritual, pues n o sólo se refieren a los acontecim ien to s terrenales y exteriores que en co ntram os en el nivel lite­ ral, sino tam b ién a acontecim ientos de o rd en espiritual y celestial; y esto se aplica n o sólo al sentido global de las frases, sino incluso a cada pala­ bra en particular". E n realidad, la Palabra ha sido escrita basándose en correspondencias puras48, de tal m anera que en sus detalles se esconden sentidos profundos. Las posibles preguntas sobre la naturaleza de estos sentidos ocultos podrán en co n tra r respuesta en lo que a n te rio rm e n te expuse en Los arcanos celes­ tiales9. E l lecto r en contrará tam b ién una selección de to d o ello en m i ex­ plicación sobre el caballo blanco m en cio n ad o en el libro del Apocalipsis10. Es en este sentido más p ro fu n d o en el que se debe e n ten d er lo que dice el S eñor en el pasaje que acabam os de citar acerca de su venida entre las nubes del cielo. El sol que se oscurecerá significa el S eñor desde el pun­ to de vista del am o r', la luna significa el S eñor desde el p u n to de vista de la fef. Las estrellas significan las cogniciones del bien y la verdad, o del am or y la fe8. La señal del H ijo del H o m b re en el cielo significa la mani­ festación de la verdad divina. Los lam entos de las tribus de la tierra signi­ fican to d o lo relativo a la verdad y el bien, o a la fe y el am or1'. La veni­ da del S eñ o r sobre las nubes del cielo en p o d e r y gloria significan su e H ay u n sentido más profundo en cada detalle de la Palabra: 1143, 1984, 2135, 2333, 2395, 2495, 4442, 9049, 9086.

en la Palabra' y su revelación; las nubes se refieren al sentido l i Palabra1, y la gloria a su sentido in te rio r1". Los ángeles co n tro m ­ peta y gran voz significan el cielo, de d o n d e procede la verdad divina1. Esto nos p e rm ite co m p ren d er que las palabras del S eñ o r quieren d e­ cir que al final de la Iglesia, cuando ya n o haya am or, y p o r tanto tam ­ poco fe, el S eñ o r abrirá la Palabra sacando a la luz su sentido in te rio r y r e v e la r á los arcanos del cielo11. Los arcanos que serán desvelados en las pá­ ginas que siguen tie n e n que ver co n el cielo y el in fiern o y co n nuestra vida después de la m uerte. En la actualidad los hom bres de Iglesia 12 no saben p rácticam ente nada sobre el cielo y el in fiern o o la vida después de la m u erte, au n q u e exis­ tan descripciones com prensibles de to d o ello en la Palabra. Incluso m u ­ chos que han nacido en la Iglesia niegan esas realidades, preguntándose en lo más p ro fu n d o de sí m ism os q u ién ha vu elto de allí para hablarnos de ello. Para evitar que esta actitud negativa -p a rticu la rm en te extendida entre aquellos que han adquirido una gran sabiduría m undana— infecte y co­ rrom pa a las gentes de fe y corazón simple, m e ha sido concedido estar con los ángeles y hablar con ellos cara a cara. Tam bién se m e ha perm itid o ver, a lo largo de trece años, lo que hay en el cielo y en el infierno. Se m e ha autorizado igualm ente a describir lo que he visto y oído, co n la esperanza de derram ar luz donde hay ignorancia y disipar así el escepticismo. Tal revelación directa se hace ahora p o rq u e eso es lo que significa la venida del S e ñ o r13. p re s e n c ia

[e ra l d e l a

d La Palabra se com pone de correspondencias puras, de m anera que cada uno de sus detalles sugiere u n significado espiritual: 1404, 1408, 1409, 1540, 1619, 1659, 1709, 1783, 2900, 9086. ' E n la Palabra el sol designa al Señor desde el p u n to de vista del am or, y p o r tanto el am or al Señor: 1529, 1837, 2441, 2495, 4060, 4696, 4996 [4966], 7083, 10809.

E l S e ñ o r es e l D i o s d e l c i e l o 2. Antes de nada, tenem os que saber quién es el D ios del cielo, pues todo lo dem ás está en fu n ció n de eso. E n to d o el cielo, nadie es rec o n o ­ cido com o D ios salvo el S eñ o r14. Los ángeles dicen lo que él m ism o en -

f E n la Palabra la luna designa al Señor desde el p u n to de vista de la fe, y p o r tanto la fe en el Señor: 1529, 1530, 2495, 4060, 4996 [4669], 7083. g E n la Palabra las estrellas significan cogniciones de lo que es b u en o y verdadero: 2495, 2849, 4697. [A diferencia de G. F. D ole y de acuerdo con D . H . H arley, utilizamos el térm ino «cogniciones» para el latín cognitiones. Designa una form a de conocim iento es­ piritual, superior al co nocim iento sensorial. Véase infra nota 24. N . de los T.] h Las tribus representan una síntesis de todos los elem entos de bien y de verdad, o de todos los elem entos de fe y de am or: 3858, 3926, 4060, 6335.

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1 ' La venida del Señor es su presencia en la Palabra y su revelación: 3900, 4060. 1 En la Palabra las nubes significan la Palabra en la letra, es decir, su significado lite— Cl*: 4°60, 4391, 5922, 6343, 6752, 8106, 8781, 9430, 10551, 10574. E n la Palabra la gloria significa la verdad divina com o es en el cielo y en el sentido mten o r de la Palabra: 4809, 5292 [?], 5922, 8267, 8427, 9429, 10574. La trom peta o cuerno significa la verdad divina en el cielo y revelada desde el cie• 8815, 8823, 8915. La voz tiene el m ism o sentido: 6971, 9926.

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señó, a saber, que es u n o co n el Padre, q u e el Padre está en él y él en el Padre, q u e q u ien le ve a él ve al Padre, y que toda santidad procede de él 0u a n 10, 30. 38; 14, 9 -1 1l5; 16, 13-15). C o n frecuencia he hablado de es­ te asunto co n los ángeles, y su firm e testim onio ha sido que en el cielo no p u e d e n dividir a lo D iv in o 16 en tres, p o rq u e co n o cen y perciben que lo D iv in o es u n o y que esta «unidad» está en el Señor. M e dijeron tam­ bién q u e cu ando desde la tierra llegan personas con la idea de tres seres divinos n o p u e d e n ser adm itidos en el cielo, pues su pensam iento vacila entre u n a o p in ió n y la otra, y en el cielo n o se les p e rm ite 17 pensar «tres» y decir «uno»“18. Los q u e están en el cielo hablan directam en te desde su pensamiento, de m anera q u e encon tram o s allí u n a especie de discurso cogitativo o pen­ sam iento audible. Esto quiere decir q u e quienes en el m u n d o han dividi­ do lo D iv in o en tres y m a n tien en u n a im agen separada de los tres sin reu­ n id o s ni concentrarlos en uno, n o p u e d e n ser aceptados. E n el cielo hay una co m u n icació n de todos los pensam ientos, de m o d o que quienes lle­ gan p en sando «tres» y dicen «uno», son reconocidos de inm ediato y ex­ pulsados de allí. Sin em bargo, hay que c o m p ren d er que quienes n o han puesto el bien en u n lado y la verdad en otro, quienes n o h an separado la fe del amor, aceptan en la o tra vida la idea celestial del S eñ o r co m o D ios del univer­ so una vez que se les ha enseñado. Es diferente, n o obstante, con las per­ sonas q u e h an separado la fe de la vida, es decir, que n o han vivido se­ gú n los principios rectores de la fe verdadera. 3. A quellos que en la Iglesia h an ignorado al S eñor y han reconocido sólo al Padre, cerran d o sus m entes a otros pensam ientos, son excluidos del cielo. P uesto que n o reciben n in g ú n in flu jo 19 del cielo, d o n d e sólo se adora al Señor, p ierd en g radualm ente su capacidad para pensar con ver­ dad acerca de todas las cosas y finalm ente te rm in a n p o r enm u d ecer o son incapaces de expresarse. Vagan sin o b jeto de u n lado para otro con los brazos colgando flácidam ente co m o si toda fuerza hu b iera escapado de sus articulaciones. P o r o tra parte, las personas que n egaron la naturaleza divina del Señor

solamente reco n o ciero n su naturaleza h u m ana (com o los socinianos20) también son excluidos del cielo. S on em pujados u n p o c o hacia delante, 3 la derecha21, y se les deja caer en el abism o, totalm en te separados del rei­ no cristiano. Están tam b ién los que profesan la creencia en u n D iv in o in ­ v is ib le llam ado el Ser [Ens] del U niverso y rechazan to d a fe en el Señor. C u a n d o se exam ina su pensam iento, se co m p ru eb a que n o creen real­ m e n te en n in g ú n D ios, puesto q u e su D ivinidad invisible es co m o la na­ tu ra le z a en sus prim eros principios, lo que resulta incom patible con la fe y el amor, p o rq u e elude to d o pensam iento real6. Estas personas son des­ te rra d a s ju n to co n los llam ados «materialistas»22. Las cosas suceden de m anera diferente con los que han nacido fuera de la Iglesia, los llamados «gentiles». N os ocuparem os de ellos más adelante23. 4 . Todos los niños pequeños (que constituyen la tercera parte del cie­ lo) son llevados p rim ero al re co n o c im ie n to y la creencia de que el Señor es su padre, y, después, al reco n o cim ien to y la creencia de que él es el Señor de todo, y p o r consiguiente D ios del cielo y de la tierra. M ás ade­ lante se verá q u e los niños peq u eñ o s m aduran en el cielo y p o r m edio de cogniciones 24 llegan a la plena inteligencia y sabiduría angélicas25. 5. N o p u ed e h ab er du d a alguna en tre los ho m b res de Iglesia de que el Señor es D ios del cielo, p o rq u e él m ism o enseña que to d o lo del Padre le pertenece (M ateo 11, 27; Ju a n 16, 15 y 17, 2 ) y que tie n e to d o p o d er en el cielo y en la tierra (M ateo 28, 18). Se dice «en el cielo y en la tie ­ rra» porque el que g o b iern a el cielo go b iern a tam b ién la tierra, ya que lo uno dep en d e realm ente de lo o tro c. Su «gobierno del cielo y de la tie­ rra» significa que recibim os de él to d o el bien que es in h e re n te al am o r y toda la verdad que es in h e ren te a la fe, y p o r consiguiente, to d a in te ­ ligencia y toda sabiduría, así c o m o toda felicidad; en resum en, la vida eterna. Esto es tam bién lo que el S eñor nos enseña cuando dice: «El que cree k U n Ser D ivino que no puede ser aprehendido en u n concepto n o puede ser acep­ t o por la fe: 5110, 5633 [5663], 6982, 6996, 7004, 7211, 9359 [quizá 9356], 9972, 10067. ' La totalidad del cielo pertenece al Señor: 2751, 7086. Suyo es el p o d e r en los cielos y en la tierra: 1607, 10089, 10827. C o m o el Señor gobierna el cielo, gobierna tam bién to -

’ E n la otra vida, se ha exam inado a los cristianos para ver cuál era su idea de Dios, y ha resultado que pensaban en tres dioses: 2329, 5256, 10736, 10738, 10821. Sobre el reco­ no cim iento en el cielo de una trinidad en el Señor: 14, 15, 1729, 2005, 5256, 9303.

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0 cuanto depende del cielo, lo que significa todas las cosas de este m undo: 2026, 2027, *23, 4524. Sólo el Señor tiene el p o d e r de desterrar a los infiernos, separar a los hom bres 'k l nial y unirlos al bien; es decir, el po d er de salvar: 10019.

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en el H ijo tiene vida eterna; pero el q u e rehúsa creer en el H ijo no verá la vida» (Juan 3, 36). Y añade: «Yo soy la resurrección y la vida. El qu J cree en m í, au n q u e esté m u e rto vivirá. Y to d o aquel que vive y cree ei] m í n o m o rirá eternam ente» (Juan 11 , 25-26)26. Y tam bién: «Yo soy el cid m ino, la verdad y la vida» (Juan 14, 6).

ésta la flue constituye el cielo. Los ángeles no hacen nada co n sentido de propiedad1. Por eso en la Palabra se llama al cielo «la m orada» y «el trono» del S e ñ o r y se dice de los que allí viven que están «en el Señor»b. Sobre la f o r m a en que la divinidad procede del S eñor y llena el cielo nos explica­

6 . H u b o algunos espíritus que reco n o ciero n al Padre pero creyeron

rem o s

que el S eñ o r era ú n icam en te u n h o m b re co m o cualquier otro, y, p0r consiguiente, n o creían que fuera el D ios del cielo. A éstos se les p erm i­ tió m archar de aquí para q u e preguntaran a todos si existía algún cielo que n o fuera el del Señor. P reg u n taro n d u ran te varios días pero no en­ con traro n respuesta.

9.

H u b o quienes pusieron su felicidad en la gloria y en el ejercicio del p oder, mas c o m o n o p u d iero n lograr lo que tan to anhelaban, y com o se les dijo q u e tales sentim ientos n o form ab an parte del cielo, se sintieron insultados. Q u e ría n u n cielo en el q u e pudiesen d o m in a r a los otros y so­ bresalir en el tipo de gloria q u e habían ten id o en este m undo.

La n a t u r a l e z a d i v i n a d e l S e ñ o r c o n s t i t u y e el c i e l o 7. A u n q u e llam am os cielo a la re u n ió n de todos los ángeles porque, en efecto, lo fo rm an , lo q u e realm en te constituye el cielo de manera global y en cada p arte específica es la naturaleza divina que procede del Señor, fluye hacia los ángeles y es recibida p o r ellos. La naturaleza divi­ na que p ro ced e del S eñ o r es el bien in trín seco del am o r y la verdad in­ trínseca de la fe. E n la m edida en q u e los ángeles recib en del Señor el b ien y la verdad, en esa m ed id a los ángeles son ángeles y el cielo es cie­ lo. 8 . Todos en el cielo saben, creen e incluso p ercib en q u e el yo no pre­ tende ni realiza nada b u e n o y q u e n o piensa ni cree nada verdadero, pues to d o el b ien y la verdad p ro ced en de lo D ivino, es decir, del Señor. Nada que sea b u e n o o verdadero para el yo es realm ente b u e n o o verdadero, p o rq u e n o hay vida de lo D iv in o en él. Los ángeles del cielo central 27 percib en y sien ten el influjo de m anera distinta. C u a n to más r e c i b e n , más les parece estar en el cielo, pues más p len am en te absortos están en el a m o r y la fe, en la luz de la in teligencia y la sabiduría y en la alegría : celestial q u e de ello deriva. U n a vez c o m p ren d em o s que todas estas cua­ lidades p ro c e d e n de la naturaleza divina del Señor, queda claro que es

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más adelante28. En su sabiduría, los ángeles van aún más lejos. D icen que n o sólo t o d o bien y toda verdad procede del Señor, sino tam bién cualquier par­ tícula de vida. C o n firm a n de este m o d o que nada p u ed e nacer de sí m is­ m o , pues la existencia de cualquier cosa presupone algo anterior. Esto s i g n i f i c a que to d o ha nacido de un Principio, al que consideran el Ser e s e n c i a l [Esse] de la vida de todo. T odo perdura de la m ism a m anera, pues p e r d u r a r es u n constante venir a la existencia29. Si las cosas no se m an tu ­ v i e r a n en una relación constante co n el P rin cip io 30, a través de elem en ­ t o s interm edios, instantáneam ente se desintegrarían y desaparecerían. Añaden, adem ás, que ú n icam ente existe una fuente de vida, y que la vi­ da h u m a n a es una c o rrien te que fluye desde ella. Si la vida n o estuviera constantem ente alim entada p o r su fuente, se agotaría de inm ediato. [2] Es más: dicen que nada fluye de esa fuente única de vida que es el Señor que no sea divinam ente bueno y divinam ente verdadero, lo que afec­ ta a cada individuo según la form a en que lo reciba. Q uienes lo aceptan en su fe y en su vida encuentran el cielo en ello, pero quienes lo rechazan o sofocan lo transform an en infierno. E n verdad, estos últim os transform an el bien en mal y la verdad en falsedad, en suma, la vida en m uerte. Los ángeles confirm an tam bién su creencia de que el S eñor es la fuen­ te de toda vida al observar que to d o lo que existe en el universo rem ite al bien y la verdad. N uestra vida volitiva, la vida de nuestro am or, rem ite al ‘ Los ángeles reco n o cen que todo bien procede del Señor y no de ellos m ismos, y que ú Señor m ora en ellos en lo que es de él y n o en nada que ellos puedan reclam ar com o suyo: 9338, 10125, 10151, 10157. E n consecuencia, los «ángeles» significan en la Palabra al­ go que pertenece al Señor: 1925, 2821, 3093, 4085, 8192, 10528. D ebido a su aceptación de la divinidad del Señor, los ángeles son llamados dioses: 4295, 4402, 7268, 7873, 8192, 830L En verdad, el Señor es la fuente de todo lo que es realm ente b u e n o y de todo lo lú e es realm ente verdadero, de toda paz, am or, caridad y fe: 1614, 2016, 2751, 2882, 2883, 2891, 2892, 2904. Es tam bién la fuente de toda sabiduría e inteligencia: 109, 112, 121, 124. b D e quienes están en el cielo se dice que están en el Señor: 3637, 3638.

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bien, m ientras que nuestra vida cognitiva, la vida de nuestra fe, rem ite a la verdad. H abida cuenta que to d o b ien y toda verdad v ien e n a nosotros de lo alto, se deduce de ello que ésa es la fuente de toda nuestra vida. [3] C o m o ésta es la creencia de los ángeles, rechazan c u a lq u ie r agra- i decim ien to q u e se les p u eda ofrecer p o r el b ie n q ue llevan a cabo. E n rea­ lidad, se sienten heridos y protestan si alguien les atribuye a ellos algún bien. Se so rp ren d en de que alguien p u ed a creer q ue son sabios o q u e ha­ cen el b ien p o r sí m ism os. H acer el b ie n p o r u n o m ism o, en su lengua­ je , n o p u ed e calificarse de «bueno», p o rq u e es u na a c titu d q u e procede del yo. H acer el b ien p o r el b ien es lo q u e ellos llam an «el b ie n de lo D ivino», y dicen que éste es el tip o de b ie n q u e constituye el cielo, por­ q ue ese tip o de b ien es el Señor'. 10 . Los espíritus que d u ran te su vida te rre n a q u ed aro n persuadidos de ser ellos m ism os la fuen te del b ien que hacían y de la verdad q u e creían, o que reclam aron esas virtudes co m o propias, n o son aceptados e n el cie­ lo. Esa es la creencia de todos aquellos q u e a trib u y en m é rito a sus buenas acciones y p reten d en ser justos. Los ángeles los evitan, considerándolos estúpidos y ladrones: estúpidos p o rq u e están c o n tin u a m e n te p e n san d o en sí m ism os y n o en lo D ivino, y ladrones p o rq u e se ap ro p ian d e lo que realm ente p e rte n e c e al Señor. C o n tra d ic e n la creencia del cielo d e que la naturaleza divina del S eñ o r en los ángeles es lo q ue co n stitu y e el cielo. 11. Q u ie n e s están en el cielo o en la Iglesia están en el S e ñ o r y el S eñor está en ellos. Esto es lo que el S eñ o r nos en señ ó c u a n d o dijo: «Perm aneced en m í, y yo en vosotros. C o m o el p á m p an o n o p u e d e lle­ var fru to en sí m ism o si n o p erm an ece en la vid, así ta m p o c o vosotros, si n o perm anecéis en m í. Yo soy la vid, vosotros los pám panos; el q u e per- j m anece en m í, y yo en él, éste lleva m u c h o fruto, p o rq u e separados de m í nada podéis hacer» (fuan 15, 4-7 [4-5]). 12 . P or últim o, esto nos p erm ite concluir q u e el S eñ o r hab ita e n los angeles en lo que le pertenece, y p o r consiguiente q ue el S eñ o r es la esencia y la totalidad del cielo. La razón de que así sea es que el bien q u e procede! del Señor es el Señor en ellos y entre ellos, puesto que lo q u e procede de I él es él m ism o. E n consecuencia, el b ien del Señor, y n o algo q u e perte' l nezca a ellos m ism os, es el cielo para los ángeles.

L a n a t u r a l e z a d i v i n a d e l S e ñ o r e n el c i e l o es el a m o r a él y la c a r i d a d 31 p a r a c o n el p r ó j i m o 13 . E n el cielo, la naturaleza divina que em ana del S eñ o r se llam a ver­ dad divina, p o r la razón que se ex pondrá más adelante. La verdad divina se derrama en el cielo desde el Señor, desde su am o r divino. E l am or di­ vino y la verdad divina que deriva de él son sem ejantes al fuego y la luz que desde el sol llegan hasta nuestro m undo. El am o r es co m o el fuego del sol, y la verdad q u e de él p rocede es co m o la luz del sol. A dem ás, p o r razones de correspondencia, el fuego significa el am o r y la luz significa la verdad que fluye desde é l\ Esto nos p e rm ite d e term in ar el carácter de la verdad divina que p ro ­ cede del a m o r divino: en su esencia, es el b ien divino u n id o a la verdad divina, los cuales, al estar unidos, dan vida a to d o en el cielo, co m o el ca­ lor del sol u n id o a su luz hacen que to d o fructifique en la tierra en p ri­ mavera y verano. Es diferente cu an d o el calor n o está u n id o a la luz, cuando la luz es, p o r tanto, fría. E nto n ces todas las cosas van más despa­ cio y están co m o apagadas. El bien divino, que hem os com parado al calor, es el b ien del am or en ­ tre los ángeles y dentro de ellos, y la verdad divina, que hem os com para­ do a la luz, es el m ed io y el orig en de ese bien de am or. 14. La razón de que lo D ivino en el cielo (que, en realidad, co n stitu ­ ye el cielo) sea am o r es que el am o r es u n ió n espiritual. U n e a los ánge­ les con el S eñor y a éstos entre sí, y lo hace tan p erfectam ente que a ojos del Señor son c o m o u n solo ser32. A dem ás, el am o r es el verdadero ser [ess?] de toda vida individual, y, p o r tanto, la fuente de la vida de los ánge­ les y de la vida de los seres hum anos en este m undo. Q u ie n reflexione acerca de ello se dará cuenta de que el am o r es nuestro nú cleo vital. N os calentamos gracias a su presencia y nos enfriam os p o r su ausencia, hasta privados p o r co m pleto de él, m o rim o sb. D eb em o s co m p re n d er que En la Palabra, «fuego» significa am or en am bos sentidos [esto es, am or p o r el bien y r el mal]: 934, 4906, 5215; el fuego sagrado y celestial significa el a m o r divino y todo ^ntim iento que le corresponda: 934, 6314, 6832; la «luz» que procede del fuego significa verdad que fluye del bien del am or, y la luz en el cielo es la verdad divina: 3395 [3195], 5>4636, 3643, 3993, 4302, 4413, 9548, 9684.

c El bien que procede del Señor tiene al S eñ o r e n su interio r, p e ro el b ie n atribuí“®

b El

am or es el fuego de la vida, y la vida procede realm ente del am or: 4906, 5071, 42, 6314.

a u n o m ism o, no: 1802, 3951, 8478.

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la co n d ició n de nuestro am o r d e te rm in a la co n d ició n de nuestra vida33. 15. H ay dos form as de am o r perfectam en te diferenciables en el cielo: el am o r al S eñ o r y el am o r al prójim o. El am o r al S eñor es característico del tercer cielo o cielo central, m ientras que el am or al pró jim o es carac­ terístico del segundo cielo o cielo in te rm e d io 34. A m bos pro ced en del Señor y cada u n o crea u n cielo. A la luz del cielo, es fácil ver en q u é difieren estas dos form as de amor y có m o están unidas, pero en nuestro m u n d o eso sólo se puede ver de for­ m a vaga. E n el cielo «amar al Señor» n o quiere decir am arle p o r la ima­ gen q u e proyecta35, sino am ar el b ien que procede de él. Adem ás, «amar al prójim o» n o significa am ar a los sem ejantes p o r la im agen que proyectan, sino am ar la verdad que procede de la Palabra. A m ar la verdad es querer­ la y llevarla a la práctica. P odem os com probar, p o r tanto, que esas dos for­ mas de a m o r difieren del m ism o m o d o que difieren el b ien y la verdad, y se u n e n , tam bién, de la m ism a fo rm a que el b ien se u n e con la verdad'. P ero to d o esto difícilm ente p o d rá ser co m p ren d id o p o r quien no se­ pa qu é es el am or, qué es el b ie n y q u é es el p ró jim o 3. 16. E n num erosas ocasiones h e hablado de to d o esto c o n los ánge­ les, q u e h a n expresado su asom bro p o rq u e los m iem b ro s de la Iglesia no sepan q u e am ar al S e ñ o r y am ar al p ró jim o es am ar lo q u e es bueno y v erd ad ero y hacerlo in te n c io n a d a m e n te. Los h o m b res deb erían com­ p re n d e r q u e dem o stram o s n u estro a m o r q u e rie n d o y h acien d o lo que o tro q u ie re . Y así es ta m b ié n co m o llegam os a ser am ados, n o «aman­ do» al o tro p ero n eg án d o n o s a h acer lo q u e el o tro desea, pues, en esen­ cia, eso n o es am ar en absoluto. D e b e ría n c o m p re n d e r igu alm en te que el b ie n q u e p ro c e d e del S e ñ o r es u n a im ag en del Señor, pues él está ahí. N o s c o n v e rtim o s en im ag en de él y estam os u n id o s a él cu an d o hace­ m os d e l b ie n y la verdad los p rin c ip io s de n u estra vida, e n inten ció n y c A m a r al Señor y a nuestro prójim o significa vivir según las leyes del Señor: 10143, 10153, 10310, 10578, 10648.

a c c ió n ,

pues te n d e r in te n c io n a d a m e n te hacia algo es q u e re r hacerlo. El

5eñor nos enseña q u e esto es c ierto cu an d o dice: «El q u e tie n e mis

m andam ientos y los guarda, ése es el que m e am a, y m i Padre le am a­ rán y vendrem os a él y harem os m o rad a c o n él» (Juan 14, 21. 23)36, y ta m b ié n , «Si guardareis mis m an d am ien to s, p erm an e ceréis en m i am or» 0 uan 15, 10. 12)37. 17. Toda m i experiencia en el cielo atestigua el h ec h o de que la na­ turaleza divina que procede del Señor, que afecta a los ángeles y consti­ tuye el cielo, es am or. D e hecho, todos los que allí están son form as de amor y caridad y parecen ten er una belleza inefable. Sus rostros, sus pa­ labras y todos los detalles de su co n d u cta irradian am or1. Además, en to rn o a cada ángel y cada espíritu hay u n aura 38 de vida espiritual que em ana de ellos y los envuelve. P o r m ed io de esta aura se puede reco n o cer incluso a distancia la cualidad de sus sentim ientos y de su amor, pues fluye desde la vida de los sentim ientos y los pensam ientos consecuentes de cada uno, es decir, de la vida de su am o r y de su consi­ guiente fe. E l aura que em ana de los ángeles está tan llena de am o r que puede llegar hasta los rin cones más recónditos de la vida de aquel en que se manifiesta. Yo la he percibido en ciertas ocasiones y m e ha co n m o v i­ do profundam ente'. H e podido constatar que el am o r es la fuente de la vida de los ánge­ les, pues todos en la otra vida se vuelven en la dirección d eterm in ad a p o r su amor. Q u ienes p e rm a n ec en en el am o r al S eñor y en el am o r al p ró ­ jimo están con stan tem en te vueltos hacia el Señor, m ientras que aquellos que están em peñados en el egoísm o están volviendo de c o n tin u o la es­ palda al Señor. Esto sigue siendo cierto in d ep e n d ien te m en te de la direc­ ción que to m en , pues en la otra vida las relaciones espaciales están d eter­ minadas p o r la naturaleza in te rn a de las personas, que d eterm in a tam bién las regiones geográficas, cuyas fronteras no están trazadas a la m anera en que lo están en el m u n d o físico, sino que d ep en d en del lugar hacia el que se mira. R ealm en te, no son los ángeles quienes se vuelven hacia el Señor,

i A m a r al prójim o no es am ar la im agen que proyecta, sino am ar lo que está dentro^ de él y q u e es, p o r tanto, su verdadero origen, a saber, el bien y la verdad: 5025 [S02Sm 10336; si se ama al individuo pero n o lo que está d entro de él, y que constituye por taBJ to su o rig en , se am a el m al tanto com o el bien: 3820; «caridad» significa buscar lo que

:

verdadero y ser influido p o r cosas intrínsecam ente verdaderas: 3876, 3877; caridad para c°nl el p ró jim o es hacer lo que es bueno, ju sto y honrado en toda tarea y oficio: 8120- 81^

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' Sobre los ángeles com o formas de caridad: 3804, 4735, 4797, 4985, 5199, 5530, 9879, 10177. f El

aura espiritual, que es u n aura de vida, se derram a en oleadas desde cada persona,

esPÚitu y cada ángel y se adhiere a ellos: 4464, 5179, 7454, 8630. El aura fluye desde vid^ H i

Qe los sentim ientos y sus pensam ientos consiguientes: 2489, 4464, 6206.

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sino el S eñ o r el que vuelve hacia sí a todos aquellos a quienes complace hacer to d o lo q u e tiene su o rig en en él6,39. Pero tratarem os más amplia­ m ente este asunto más adelante, cu an d o exam inem os las regiones geo­ gráficas en la otra vida40. 18. La razón de que la naturaleza divina del S eñor en el cielo sea amor es que el am o r es receptáculo de toda cualidad celestial, es decir, de la paz, la inteligencia, la sabiduría y la felicidad. El am o r es receptivo de todo cuanto está en arm onía co n él. Lo anhela, lo busca, lo absorbe espontá­ neam ente p o rq u e tiene el constante propósito de unirse co n todo ello y salir de este m o d o enriquecido11. Los seres hum anos reco n o cen realmente este hecho, puesto que el am o r que está en su in te rio r inspecciona la me­ m oria, p o r decirlo así, y saca de ella todas las cosas que concuerdan con él, reuniéndolas y disponiéndolas d en tro y debajo de sí; dentro de sí, de m anera q u e pueda poseerlas, y debajo para que puedan servirle. Por el contrario, desecha y erradica las cosas q u e n o arm onizan co n él41. H e p o d id o ver m uy claram ente q u e el am o r tien e una plena capaci­ dad intrínseca para aceptar los elem entos de verdad que se adaptan a él y tam bién u n deseo de unirlos a sí m ism o. P u d e com p ren d erlo con clari­ dad observando a quienes han sido llevados al cielo. Incluso aquellos que en este m u n d o form aban p arte de la g ente sencilla llegaron a la sabiduría angélica y la felicidad celestial en com pañía de los ángeles, pues amaban lo qu e es b u e n o y verdadero p o r ser b u e n o y verdadero. H abían implan­ tado esas cualidades en su vida y de este m o d o se habían h ech o capaces de aceptar el cielo y todas sus inefables riquezas. Sin em bargo, quienes están en cerrados en el am o r a sí m ism os y al m u n d o n o tie n e n esa capacidad receptiva. Se apartan de esas cualidades, las rechazan, y a su p rim e r to q u e o influjo tratan de escapar de ellas. Se alian entonces c o n quienes están en el infiern o , atrapados en u n am or co­ m o el suyo.

Había espíritus que dudaban de que ese am o r fuera tan pleno y qui­ sieron saber si era realm ente verdadero. Para que pudiesen averiguarlo, se les llevó a u n estado de am o r celestial, se quitaron de en m ed io todos los o b stácu lo s y fu eron conducidos a considerable distancia hasta u n cielo an­ gélico. H ablaron co nm igo desde allí y m e dijeron que exp erim en tab an una felicidad más intensa de lo que se p u ed e expresar co n palabras, la­ m e n ta n d o el ten er que regresar a su an te rio r estado. T am bién otros han sido elevados al cielo, y cuanto más pro fu n d o o más alto se les ha lleva­ do, más pro fu n d am en te y más in tensam ente han p en etrad o en la inteli­ gencia y la sabiduría, llegando a co m p ren d er cosas que antes les habían resu ltad o incom prensibles. Vemos así que el am o r que em ana del S eñor está abierto al cielo y a todas sus riquezas. 19. Podem os co n clu ir que el am o r a D ios y el am or al p ró jim o abar­ can en sí m ism os toda la verdad de lo D ivino, pues así se d educe de lo que el Señor dijo sobre estas dos form as de am or; «Amarás al S eñor tu Dios con to d o tu corazón, y con toda tu alma, y co n toda tu m en te. És­ te es el prim ero y grande m andam iento. Y el segundo es sem ejante: Amarás a tu pró jim o com o a ti m ism o. D e estos dos m an dam ientos de­ pende toda la ley y los profetas» (M ateo 22, 37-40). La Ley y los profetas son la totalidad de la Palabra, lo que significa toda la verdad divina.

El c i e l o está d i v i d i d o en d os r e in o s 20. C o m o en el cielo hay una variedad infinita —ya que, de h echo, no hay com unidad ni ser individual que sea id én tico a o tro 3—se encuentran, en consecuencia, unas divisiones generales, otras más específicas y otras particulares. E n su co n ju n to , el cielo está divido en dos reinos, más espe­ cíficamente en tres cielos, y, más en particular, en innum erables c o m u n i­ dades42. A co n tin u ació n exam inarem os los detalles. La d en o m in ació n de «remos» se debe a que el cielo es «el reino de Dios». 21. H ay ángeles que aceptan la naturaleza divina que em ana del S eñor

8 Los espíritus y los ángeles se vuelven continuam ente en dirección a lo que aman, lo que significa que en los cielos todos están constantem ente vueltos hacia el Señor: 10130,

Hay una variedad infinita, y nada puede ser idéntico a otra cosa: 7236, 9002. H ay

10189, 10420, 10702. E n la otra vida, las regiones geográficas dependen, para los indivi­

^ b i é n una variedad infinita en el cielo: 684, 690, 3744, 5598, 7236. La variedad en el cie-

duos particulares, de la dirección en la que m iren; esto es lo que establece sus

f r o n te r a s ,

a diferencia de lo que ocurre en el m u n d o físico: 10130, 10189, 10420, 10702. h El am or incluye incontables elem entos y recibe en si to d o lo que está en armoni con él: 2500, 2572, 3078, 3189, 6323, 7490, 7750.

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0 es variedad de lo que es bueno: 3744, 4005, 7236, 7833, 7836, 9002. D e este m o d o se diferencian todas las com unidades del cielo entre sí y cada ángel de los otros d entro de Una misma com unidad: 690, 3241, 3519, 3804, 3986, 4067, 4149, 4263, 7236, 7833, 7836. Sin ar8°, todos form an una sola entidad p o r el am or del Señor: 457, 3986.

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en u n nivel más p ro fu n d o y otros q u e la aceptan m enos profundam ente j A los q u e la aceptan más p ro fu n d am en te se les llama ángeles celestiales, y I a los q u e la aceptan m enos profu n d am en te, ángeles espirituales. El cielo está p o r tan to dividido en dos reinos, u n o llam ado reino celestial, y e¡ otro, reino espirituaP. 2 2 . Los ángeles q u e constituyen el reino celestial aceptan la naturale- i za divina del S eñ o r en u n nivel m ás profundo, y p o r tal razón se les lia- ] m a ángeles superiores o interiores. C o n secu en tem en te, los cielos que constituyen son denom in ad o s cielos superiores o interiores". Empleamos las palabras «superior» e «inferior» para referirnos, respectivam ente, a las i cosas más internas y a las más externas443. 23. E l am o r q u e envuelve a quienes están en el re in o celestial se lla­ m a a m o r celestial, y el que envuelve a quienes están en el reino espiri- ] tual, am o r espiritual. E l a m o r celestial es a m o r al Señor, y el am or espi­ ritu al es carid ad hacia el p ró jim o . A dem ás, co m o to d o bien está 1 relacionado c o n el am o r (pues to d o lo que am am os es b u e n o en nuestra consideración), el b ie n de u n rein o se llam a celestial y el bien del otro, j espiritual. D e este m o d o p o d em o s observar c ó m o se distinguen estos dos j reinos en tre sí: a saber, de la m ism a fo rm a q u e se distingue el bien del am o r al S eñ o r del b ie n de la caridad hacia el p ró jim o '. P uesto que el pri­ m e r b ie n es u n b ien más p ro fu n d o y el p rim e r am o r es u n am or más j pro fu n d o , los ángeles celestiales son ángeles más in terio res y se denom i- i nan «superiores». 24. E l rein o celestial recibe tam b ién el n o m b re de reino sacerdotal del \ S eñ o r y, en la Palabra, se le llam a «su m orada»; y al reino espiritual se le llama su rein o regio; en la Palabra, «su trono». E n el m undo, el Señor se b E n su conjunto, el cielo está dividido en dos reinos, u n reino celestial y un reino 1 espiritual: 3887, 4138. Los ángeles del reino celestial aceptan la naturaleza divina del Señor 1

llamó «Jesús» p o r su naturaleza divina celestial, y «Cristo» p o r su natu ra­ leza divina espiritual. 25. Los ángeles del reino celestial del S eñor superan a los ángeles del reino espiritual en sabiduría y esplendor po rq u e aceptan la naturaleza di­ vina d e l S eñor en u n nivel más profundo. V iven en c o n tin u o am o r a él y por consiguiente, más íntim am en te unidos a élf. La razón de su exce­ lencia es que han aceptado y c o n tin ú an aceptando las verdades divinas di­ r e c t a m e n t e en su vida, sin colocarlas p rim ero en la m e m o ria y el pensa­ m ie n to , co m o hacen los ángeles espirituales. Esto significa que las han g rab ad o en sus corazones y las perciben -las ven, podríam os d e c ir-, d e n ­ tro d e sí m ism os. N u n c a calculan si son o no son ciertas®. Son com o aquellos que describe Jeremías: Pondré mi ley en su mente y la grabaré en su corazón: y no enseñará ya nin­ guno a su prójimo diciendo, «conoce a Jehová»44; desde el más pequeño de ellos al más grande, me conocerán (Jeremías 31, 33-34). En Isaías, se les llama «los hijos que han sido enseñados p o r Jehová» (Isaías 54, 13). E n Ju an 6 , 45-46, el S eñor m ism o enseña que los que son enseñados p o r Jehová son los m ism os que son enseñados p o r el Señor. 26. H em o s afirm ado que tien e n más sabiduría y esplendor que los otros porque han aceptado y siguen aceptando las verdades divinas di­ rectamente en su vida. D esde el m o m e n to en que las escuchan, se sien­ ten atraídos p o r ellas y quieren vivirlas, sin necesidad de referirlas a la memoria y sin dedicarse a pensar si son verdaderas. Esos ángeles c o n o ­ cen instantáneam ente, p o r influjo directo del Señor, si las verdades que están oyendo son realm ente verdaderas o no. El S eñor p en etra directa­ mente en nuestras intenciones, e in d irectam ente, a través de ellas, en nuestro pensam iento. E n otras palabras, el S eñ o r fluye directam en te en

en su aspecto volitivo, y p o r tanto más profundam ente que los ángeles espirituales, que i la aceptan en su aspecto cognitivo: 5113, 6367, 8521, 9935 [9915], 9995, 10124. c A los cielos que constituyen los reinos celestiales se les llama «superiores», m ientra* que a los que constituyen el reino espiritual se les llama «inferiores»: 10068. d T o d o lo que es más profundo se designa com o superior, y lo que es superior cofflO I más profundo: 2148, 3084, 4599, 5146, 8325. ' El bien del reino celestial es el bien del am or al Señor, y el bien del reino espíritu3* es el bien de la caridad hacia el prójim o: 3691, 6435, 9468, 9680, 9683, 9780.

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f Los ángeles celestiales son m u ch o más sabios que los ángeles espirituales: 2718, 9995. Sobre la naturaleza de la diferencia entre los ángeles celestiales y los ángeles espirituales: 2°88, 2669, 2708, 2715, 3235, 3240, 4788, 7068, 8121 [8521], 9277, 10295. 8 Los ángeles celestiales n o argum entan sobre las verdades de la fe po rq u e las c o m P*6nden desde d entro de sí m ismos, m ientras que los ángeles espirituales argum entan sobre si son ciertas o no: 202, 337, 597, 607, 784, 1121, 1387 [1384], 1398 [1385, 1394], 1919, 3246, 4448j 7680i 7877; 8780> 9277j ]0786

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lo que es b u e n o en nosotros, e in d irectam en te, a través de eso que es bu en o , en lo q u e es verdadero11. Llam am os «bueno» a to d o lo que in­ cu m b e a la v o lu n tad y, p o r tanto, a la acción, y «verdadero» a to d o lo que in cu m b e a la m e m o ria y, p o r tanto, al p ensam iento. Sin em bargo, mien­ tras un a verdad cualquiera está en la m em o ria , y p o r tan to en el pensa­ m ien to , n i es b u e n a ni está viva. N o ha sido asimilada p o r la persona, pues u n a p erso n a es tal en v irtu d de su v oluntad, en p rim e r lugar, y de su e n te n d im ie n to , en segundo lugar, n o en v irtu d del e n te n d im ie n to se­ parado de la v o lu n tad 145. 27. Al existir u n a diferencia entre los ángeles del rein o celestial y los ángeles del rein o espiritual, n o viven ju n to s n i asociados unos co n otros. P u e d e n com unicarse sólo a través de com unidades angélicas mediadoras llamadas «espirituales-celestiales»: p o r su m ed iació n el reino celestial flu­ ye en el rein o espiritu al. E l resultado de ello es q ue au n q u e el cielo esté dividido en dos reinos, am bos sin em bargo fo rm an u n o solo. El Señor provee siem pre de ángeles m ediadores co m o éstos a través de los cuales p u ed e h ab er co m u n icació n y u n ió n . 28. P uesto q u e se tratará am pliam ente de los ángeles de cada reino en las páginas siguientes, ren u n cio a dar más detalles aquí. 11El influjo del S eñor es en el bien y a través del bien en la verdad, y n o al revés. Así tam bién en nuestra voluntad y a través de ella en el en tendim iento, y n o al revés: 5482, 5649, 6027, 8685, 8701, 10153. ' N uestra voluntad es la substancia de nuestra vida y es lo que recibe el bien del amor, m ientras que nuestro entendim iento es la m anifestación consecuente de la vida y es lo que

H a y tres c i e l o s 29. H ay tres cielos, que se distinguen m u y claram ente entre sí. H ay un cielo central o tercero, u n cielo in te rm e d io o segundo y u n cielo ex te­ rior o p rim ero 46. Se suceden en este o rd en y hay en tre ellos una m u tu a r e l a c i ó n , sem ejante a la que existe entre la cabeza o parte su p erio r del cuerpo h u m an o con el torso o parte m edia y co n los pies o parte infe­ rior; o tam bién co m o las partes alta, m edia y baja de una casa. La vida di­ vina que em ana y desciende del S eñor sigue igualm ente ese m ism o m o ­ d e lo . Y es la necesidad del o rden divino lo que d e term in a la disposición tripartita del cielo. 30. Los niveles más profundos de la m e n te y la disposición 47 hum anas siguen tam bién u n m o d elo sem ejante. T enem os una naturaleza central, otra in term edia y otra exterior, pues cuan d o fue creada la hum anidad, to ­ do el orden divino se c o n c en tró en el ser h u m ano, hasta el p u n to de que, en cuanto a su estructura, el h o m b re es el o rd en divino y es, p o r consi­ guiente, u n cielo en m iniatura“. P o r la m ism a razón, estam os en relación con el cielo en cu an to a nuestra naturaleza in te rio r y estarem os en c o m ­ pañía de los ángeles después de la m u erte, ya sea de los ángeles del cielo central, del in term ed io , o del exterior, según haya sido nuestra aceptación del bien y la verdad divina del S eñ o r en el transcurso de nuestra vida te­ rrena. 31. La naturaleza divina que fluye del S eñ o r y es aceptada en el te r­ cer cielo o cielo central se llam a celestial, y, p o r consiguiente, los ánge­ les que le co rre sp o n d e n son los ángeles celestiales. La naturaleza divina que fluye del S eñ o r y es aceptada en el segundo cielo o cielo in te rm e ­

recibe los elem entos buenos y verdaderos de la fe: 3619, 5002, 9282. P o r consiguiente, nuestra vida volitiva es nuestra vida fundam ental, y nuestra vida cognitiva deriva de ella:

cas denom inadas «espirituales-celestiales»: 4047, 6435, 8787 [8796], 8881 [8802], Sobre el

585, 590, 3619, 7342, 8885, 9285 [9282], 10076, 10109, 10110. Son las cosas aceptadas en

influjo del S eñor a través de! reino celestial e n el espiritual: 3969, 6366.

nuestra voluntad las que se convierten en m ateria de vida y son asimiladas p o r nosotros:

■T odos los elem entos del orden divino están reunidos en el ser hum an o , y, p o r la

3161, 9386, 9393. Se es persona en virtud de la voluntad, y secundariam ente en virtud de

creación, el ser h u m an o es, estructuralm ente, el orden divino: 4219, 4220 [4222], 4223,

la capacidad cognitiva: 8911, 9069, 9071, 10076, 10106, 10110. Q uienes tienden al bien y

4523, 4524, 5114, 5368 [3628, 5168], 6013, 6057, 6605, 6626, 9706, 10156, 10472. E n el h o m ­

piensan bien son amados y valorados p o r los otros, m ientras que aquellos que piensan bien

bre, la persona in te rio r está estructurada a sem ejanza del cielo, y la e xterior a sem ejanza

pero no quieren el bien son rechazados y despreciados: 8911, 10076. D espués de la m uer­

de la tierra, y p o r eso los antiguos consideraban al ser hu m an o com o u n m icrocosm o:

te, lo que corresponde a la voluntad y el entendim iento que de ella deriva perm anece en

4523, 5368 [3628, 5115], 6013, 6057, 9279, 9706, 10156, 10472. Así, p o r la creación, el h o m ­

nosotros, pero todo lo que es solam ente m ateria de cognición, y n o de volición, desapa­

bre es un cielo en m iniatura en cuanto a las cosas interiores, u n espejo del m acrocosm o,

rece, porque no está realm ente dentro de nosotros: 9069, 9071, 9282, 9386, 10153.

Y tam bién la persona que fue creada de n uevo o regenerada p o r el Señor: 911, 1900, 1982

J Existe com unicación y u nión de los dos reinos p o r m edio de com unidades angéli-

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[1928], 3624-3631, 3634, 3884, 4041, 4279, 4523, 4524, 4625, 6013, 6057, 9279, 9632.

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dio se llam a espiritual, y a sus ángeles se les llam a, p o r consiguiente, án­ geles espirituales. La naturaleza divina q u e fluye del S eñ o r y es aceptada realm en te en el tercer cielo o cielo e x te rio r se llam a natural. N o obs­ tante, p uesto q u e lo «natural» de ese cielo n o es c o m o lo «natural» de nuestro m u n d o , sino q u e tien e algo de espiritual y celestial, ese cielo es llam ado «espiritual-natural» o «celestial-natural», y los ángeles que en él están son llam ados ángeles «espirituales-naturales» o «celestiales-naturales»b. Los ángeles llam ados espirituales-naturales son los que aceptan el influjo del cielo in te rm e d io o segundo, q u e es el cielo espiritual, mien­ tras q u e los ángeles llam ados celestiales-naturales son los que aceptan el influjo del cielo central o tercero, q u e es el cielo celestial. Los ángeles espirituales-naturales y los ángeles celestiales-naturales son diferentes en­ tre sí, p ero co n stitu y en u n solo cielo p o rq u e están to dos en el m ism o ni­ vel. 32. C ada cielo tiene una parte e x te rio r y otra interio r. A los ángeles q ue están en la regió n in te rio r se les llam a «ángeles interiores», mientras q ue a los de la reg ió n e x te rio r se les llam a «ángeles exteriores». La parte e x te rio r e in te rio r de los cielos (o de cada cielo particular) son como nuestro lado volitivo y su aspecto cognitivo. Todo lo volitivo tiene su la­ do cognitivo, pues n o se da lo u n o sin lo otro. Lo volitivo es com o una llama, y lo cognitivo co m o la luz q u e la llam a em ite48. 33. D e b e q u ed ar m u y claro que es la naturaleza in te rio r de los ánge­ les lo q u e d eterm in a el cielo en que se en cu en tran. C u a n to más se han abierto los niveles profundos, más in te rio r es el cielo en el que están. Hay tres niveles in tern o s en cada ángel o espíritu, y tam b ién en cada ser hu­ m ano. A quéllos cuyo tercer nivel ha sido ab ierto están en el cielo central, m ientras q u e quienes sólo tien en abierto el segundo o el prim ero están en el cielo in te rm e d io o en el más ex terio r, respectivam ente. Los niveles más profundos se abren p o r nuestra aceptación de los do­ nes del b ien divino y la verdad divina. Q u ien es son realm ente afectados

or los dones de la verdad divina y los adm iten directam ente en su vida _en sus in tenciones y, p o r tanto, en sus acciones— están en el cielo cen ­ dal o tercero, y su situación en él dep en d e de su aceptación del b ie n en respuesta a la verdad. Q u ienes no p e rm ite n que esos dones de la verdad entren d irectam ente en sus intenciones, sino sólo en su m e m o ria y, des­ de allí, en su en ten d im ien to , querién d o lo s y realizándolos co m o resulta­ do de ese proceso, están en el cielo in te rm e d io o segundo. A quellos que llevan una vida m oral recta y creen en lo divino sin n in g ú n interés espe­ cial en aprender, están en el cielo e x te rio r o p rim ero '. P o r consiguiente, podemos co n cluir que el estado de nuestra naturaleza in te rio r es lo que constituye el cielo y que el cielo está den tro de cada u n o de nosotros, y no fuera. E sto es lo que el S eñor nos enseña cuando dice: E l reino de Dios no vendrá con advertencia, ni dirán: helo aquí, o helo allí; porque he aquí que el reino de Dios está dentro de vosotros (Lucas 17, 20-21).

34. La p erfección aum enta cuando nos dirigim os hacia den tro y dis­ minuye cuando vam os hacia fuera, p o rq u e las cosas más interiores están más cerca del S eñor y son intrínsecam ente más puras, m ientras que las cosas más exteriores están más lejos del S eñor y son in trínsecam ente más bastas8. La perfección angélica consiste en inteligencia, sabiduría, am o r y toda clase de bien, y en la felicidad que de to d o ello se deriva, pero no en alguna felicidad desprovista de esas cualidades, pues, sin ellas, la felici­ dad es m eram en te superficial y carece de toda profundidad. Puesto que las facultades interiores de los ángeles del cielo central es­ tán abiertas en el tercer nivel, su perfección sobrepasa co n m u c h o la de los ángeles del cielo in term ed io , cuyas facultades interiores están abiertas P? ‘ H ay e n el ser h um ano tantos niveles de vida com o en los cielos, y éstos se abren después de la m u erte según la form a en que el individuo haya vivido: 3747, 9594. El cie­ lo está d entro de nosotros: 3884. P o r eso las personas que han aceptado el cielo d entro de

b H ay tres cielos, u n o central, o tro interm edio y otro exterior, o bien, cielos tercero, segundo y prim ero: 684, 8594 [9594], 10270. Las diferentes clases de bien siguen

S1 en este m u n d o entran en el cielo después de la m uerte: 10717.

ta m b ié n

4 Las cosas más interiores son más perfectas porque están más cerca del Señor: 3405,

esta triple secuencia: 4938, 4939, 9992, 10005, 10017. El bien del cielo central o tercero se

^146, 5147. H ay m iles y m iles de cosas en el in terio r que aparecen e xteriorm ente com o

denom ina celestial, el bien del cielo interm edio o segundo se d enom ina espiritual y e*

SI fueran una sola cosa general: 5707. E n la m edida en que se nos lleva desde las preo cu ­

bien del cielo exterior o prim ero se denom ina espiritual-natural: 4279, 4286, 4938, 4639,

paciones exteriores hacia las interiores, entram os en la luz y p o r tanto en la inteligencia,

9992, 10005, 10017, 10068.

y este ascenso es co m o salir de la brum a al aire lim pio: 4598, 6183, 6333 [63Í3],

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en el segundo nivel. Por la m ism a razón, la p erfección de los ángeles del cielo in te rm e d io sobrepasa la de los ángeles del cielo exterior. 35. D eb id o a esta diferencia, los ángeles de u n cielo n o p u ed e n reu­ nirse co n los ángeles de o tro cielo: los ángeles de u n cielo inferior no p u ed e n subir a u n o superior, y los de u n cielo su p erio r n o puede bajar a u n o inferior. Q u ie n sube de u n cielo a o tro es presa de una in q u ietu d qUe llega incluso al d o lo r y n o p u ed e ver a quienes están allí, y m ucho me­ nos hablar co n ellos. Q u ie n desciende de u n cielo su p erio r a otro infe­ rio r pierd e su sabiduría, su habla se vuelve balbuceante y pierde toda con­ fianza en sí m ism o. H u b o quienes, procedentes del cielo e x te rio r y no instruidos acerca de que el cielo d ep en d e de las cualidades más profundas de los ángeles, creyeron q u e enco n trarían m ayor felicidad angélica con tan sólo ser ad­ m itidos en el cielo en q u e aquellos ángeles vivían. Se les p erm itió visi­ tarlos, pero cu an d o llegaron, au n q u e había allí num erosos ángeles, no veían a n in g u n o p o r m u ch o q u e m iraban, pues los niveles más profundos de los recién llegados n o habían sido abiertos en el nivel en que vivían los ángeles interiores, de m anera que carecían de visión. M u y pronto se apoderó de ellos tal angustia que, al final, apenas podían decir si estaban vivos o no, así que rápidam ente decid iero n volver al cielo del que proce­ dían, co n ten to s de encontrarse de nuevo en tre sus iguales. Prom etieron entonces q u e n u nca p reten d erían condiciones superiores a las que con­ venían a su propia fo rm a de vida. Es diferente cuando el S eñor sube a alguien desde un cielo inferior a otro superio r para que vea su esplendor, lo que sucede con gran frecuen­ cia. Los que así son ascendidos son preparados p o r adelantado y se les asig­ nan ángeles m ediadores que sirven co m o agentes de com unicación. Vemos, pues, q u e los tres cielos son m u y distintos entre sí. 36. Sin em bargo, los que viven en el m ism o cielo p u ed e n asociarse allí con q u ien quieran, y el deleite de tales reu n io n es está en p roporción a la afinidad de sus valores. H ablarem os más sobre ello en otros capítulos41'. 37. A u n q u e los cielos sean tan distintos que los ángeles de u n o no puedan te n e r trato regular co n los de otro, sin em bargo el S eñor une to­ dos los cielos p o r m edio de influjos directos e indirectos. El influjo di­ recto va de él a todos los cielos, y el indirecto, de u n cielo a o tro'. D e es-

¡¿• manera, el S eñor efectúa la u n idad de los tres cielos. Están to dos enlaados, desde el P rin c ip io 3" al ú ltim o cielo, de m o d o que no hay nada que n o esté conectado. N ada que no esté vinculado con el P rin cip io p o r al­ gún elem ento m ed iad o r puede perm anecer, sino que se desintegra y se en nadaf. 38. Q u ie n n o sepa de qué m o d o el o rd en divino está dispuesto en n i­ veles no pued e co m p re n d er c ó m o se distinguen los cielos entre sí, o qué s ig n if ic a la diferencia entre la persona in te rio r y la persona ex te rio r (en un individuo). La única idea que la m ayor parte de la gente de este m u n ­ do tiene de las cosas interiores y exteriores es u n a idea de continuidad, de coherencia a lo largo de una estructura c o n tin u a desde lo más sutil a lo más basto. Sin em bargo, las cosas interiores y las cosas exteriores no es­ tán dispuestas en u n a estructura co n tinua, sino que tie n e n lím ites defini­ c o n v ie rte

dos. H a y dos tipos de niveles, continuos y discontinuos. Los niveles c o n ti­ nuos son co m o los niveles decrecientes de luz p ro ced en te de una llama, hasta llegar a la oscuridad, o co m o la d ism inución en la visión de los o b ­ jetos, desde los que están ilum inados hasta los que están en la som bra, o como los niveles de densidad de la atm ósfera, del in ferio r al superior.

Estos niveles se m id en p o r la distancia. [2] Sin em bargo, los niveles discontinuos están separados co m o lo an­ terior y lo posterior, la causa y el efecto, el p ro d u c to r y el producto. Cualquiera que lo exam ine aten tam en te advertirá que este tipo de fases, de p ro ducción y com posición, se en c u e n tran en todas las cosas del m u n ­ do, cualesquiera que sean: una cosa surge de otra, y de ahí una tercera, y así sucesivamente. [3] Las personas que no ad q u ieren una co m p ren sió n de estos niveles no tien en form a de saber có m o están ordenados los cielos o cuál es la va de u n cielo a otro, y lo m ism o sigue siendo cierto en cuanto a nosotros respecto de nuestros procesos más internos: 6063, 6307, 6472, 9682, 9683. Sobre el influjo directo de h divinidad del Señor: 6058, 6474-6478, 8717, 8728. Sobre el influjo indirecto a través del mundo espiritual en el m u n d o natural: 4067, 6982, 6985, 6996. f Todas las cosas v ienen a la existencia a partir de otras anteriores a ellas y, p o r consi­ guiente, de u n Principio. Se m antienen e n el ser de la misma m anera, puesto que la con­ tinuidad en el ser es u n nacim iento constante. P o r consiguiente, n o existe nada que no

E1 influjo del S eñor procede directam ente de él y tam bién indirectam ente cuando

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e«é relacionado: 3626-3628, 3648, 4523, 4524, 6040, 6056.

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disposición de nuestras capacidades, desde las más profundas hasta las más exteriores, así c o m o ta m p o c o p u e d e n saber cuál es la diferencia entre el m u n d o espiritual y el m u n d o natural, o en tre nuestro espíritu y nuestro cuerp o . Esto im plica ta m b ié n que n o p u ed an c o m p re n d e r qué son las corresp o n d en cias 51 y las im á g e n e s52, n i q u é es el influjo. A quellos que só­ lo están atentos a sus se n tid o s físicos n o co m p re n d e n estas diferencias, si­ no qu e las consideran c o m o ejem plos de crecim ien to y decrecim iento según u n m o d elo de niveles e n c o n tin u id a d 53. E n consecuencia, no pue­ den hacerse u n a idea de lo e sp iritu a l si n o es co m o lo natural en un gra­ do más puro; p o r eso están e n el ex terio r, m u y distantes de la inteligen­ cia8. 39. P or últim o, desvelaré u n secreto p articular sobre los ángeles de los tres cielos del q u e nadie h a sta ahora era co n o cedor, pues n o se había com p ren d id o la realidad d e los niveles. E l secreto es éste: que en el inte­ rio r de cada ángel —y d e n tro de cada u n o de nosotros—hay u n nivel cen­ tral o superior, o algo c e n tra l y superior, d o n d e la vida divina del Señor fluye de fo rm a ín tim a y e m in e n te . D esd e ese centro el S eñor dispone d entro de nosotros tod o s lo s dem ás aspectos, relativam ente internos, que se suceden en c o n c o rd a n c ia co n los niveles del o rden global. Ese nivel central o su p erio r p u ed e lla m a rse la p u e rta de entrada del S eñor hacia los ángeles o hacia nosotros, su m o rad a esencial d en tro de nosotros. Es ese nivel central o s u p e r io r lo q u e nos hace hum anos y nos dife­ rencia de los anim ales, p u e s to que éstos carecen de él. P o r eso nosotros, a diferencia de los anim ales, p o d em o s ser elevados p o r el S eñor hacia él hasta en los niveles más p ro fu n d o s de nuestra m e n te y de nuestro carác­ ter. P o r eso p o d em o s c re e r e n él, am arle, y p o r consiguiente verle. Por eso pod em o s recibir la in te lig e n c ia y la sabiduría y hablar racionalmente. P or eso tam b ién vivim os p a r a siempre. Sin em bargo, lo que está previsto y dispuesto p o r el S eñor en ese cen-

a0 no fluye ab iertam ente para la percepción de cualquier ángel, ya que stipera Pensam ien to angélico y transciende su sabiduría. 40 . H em os expuesto, pues, algunos datos generales sobre los tres cie­ los En las páginas siguientes tendrem os ocasión de hablar co n más d ete­ nimiento sobre cada u n o de ellos54.

El c i e l o está c o m p u e s t o de incontables co m u n id a d es 41. Los ángeles de u n d eterm in ad o cielo n o están todos reunidos en un lugar, sino que se encu en tran separados en com unidades más amplias o más pequeñas en fu n ció n de las diferencias que entre ellos existen en c u a n t o a los buenos efectos del am or y la fe. Los ángeles que ejercen ac­ tividades similares fo rm a n una m ism a com unidad. H ay u n a variedad in ­ finita de buenas actividades en el cielo, y cada ángel individual es, p o r de­ cirlo así, su propia actividad“. 42. La distancia entre las com unidades angélicas del cielo varía en la medida en que difieren sus actividades, en general y en particular. Pues la única causa de distancia en el m u n d o espiritual es la diferencia en cuanto al estado de la naturaleza in te rio r de unos y otros, y en los cielos, p o r tan­ to, la diferencia en cuanto a los estados de am or. C u an d o las com unidades son m uy diferentes, la distancia entre ellas es grande; cuando la diferencia es pequeña, la distancia tam bién lo es. La sem ejanza es causa de unidadb. 43. Los individuos de una m ism a co m u n id ad están distanciados entre sí por el m ism o principio. Los m ejores, esto es, aquellos que son más p er­ fectos en b o n d a d y p o r consiguiente en am or, sabiduría e inteligencia, se encuentran en el centro. A quellos que destacan m enos se sitúan a su al1 Hay una variedad infinita, y nunca nada se repite: 7236, 9002. H ay una variedad in ­ finita en los cielos: 684, 690, 3744, 5598, 7236. Las variedades infinitas que existen en los c>elos son variedades del bien: 3744, 4005, 7236, 7833, 7836, 9002. Estas variedades vienen

g Las realidades interiores y e x te rio re s n o son una estructura continua, sino que están

a h existencia p o r m edio de verdades, que son m últiples y de ellas procede el bien de ca­

dispuestas en niveles distintos y separados, c o n una frontera en cada nivel: 3691, 4145

da individuo: 3470, 3804, 4149, 6917, 7236. E n consecuencia, todas las com unidades de los

[5Í45], 5114, 8603, 10099. C ada n iv e l se form a a partir de otro, y las cosas formadas de es­

cielos, y todos los ángeles de cada com unidad, se diferencian unos de otros: 690, 3241,

ta m anera n o son una estructura c o n tin u a de lo más fino a lo más basto: 6326, 6465. Quien

3519, 3804, 3986, 4067, 4149, 4263, 7236, 7833, 7836. Sin em bargo, actúan de form a c on-

no com prenda la diferencia e n tre la s realidades internas y las externas según niveles de es­

c°rdante por el am or del Señor: 457, 3986.

te tipo n o puede com p ren d er la p e rs o n a in te rio r y la exterior o el cielo interior y el e*

Todas las com unidades del cielo tienen localizaciones perm anentes que dependen las diferencias en su estado de vida, p o r tanto, de sus diferencias en cuanto al am or y

terior: 5146, 6465, 10099, 10181.

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red ed o r a u n a distancia que está en p ro p o rció n a su dism inuida perfec­ ción, del m ism o m o d o que la luz va dism inuyendo desde el centro hacia : la circunferencia. Los que se e n cu en tran en el centro están envueltos por la luz más intensa; los de la periferia del círculo, p o r una luz progresiva­ m e n te más tenue. 44. Las almas tien d en esp ontáneam ente, p o r decirlo así, hacia las que se les asem ejan, pues se sienten co n ellas co m o si estuvieran con su pro­ pia familia, en su casa, m ientras que c o n las otras se sienten extrañas, co­ m o fuera de su hogar. E n com pañía de sus iguales, las almas disfrutan de libertad y ex p e rim e n ta n los deleites de la vida. 45. Vem os así que es el b ien lo q u e reú n e a todos en los cielos, y que los ángeles se diferencian p o r el grado de su bien. C o n todo, no son los ángeles los que realizan esa u n ió n , sino el Señor, que es el o rig e n de to­ do bien. Él los guía, los reúne, los diferencia y los m an tien e en libertad en la m edida en q u e están em peñados en el bien. D e esta m anera, man­ tiene a cada u n o en la vida de su am o r y de su fe, de su inteligencia y sa­ biduría, y, p o r tanto, en la felicidad0. 46. P or otra parte, las personas de cualidades sem ejantes se reconocen entre sí, au n q u e p u ed an n o haberse visto nun ca a n te rio rm e n te, igual que las personas de este m u n d o co n o cen a sus vecinos, parientes y amigos. Así sucede p o rq u e la única form a de relación, parentesco y am istad en la otra vida es la fo rm a espiritual, y p o r co nsiguiente está en fu n ció n del amor y la fed. A m e n u d o se m e ha p e rm itid o v er to d o esto cu an d o estaba en el es­ píritu y p o r tan to fuera de m i c u erp o y en co m pañía de los ángeles. Me daba la im presión de que a algunos los conocía desde la infancia, mien­ tras que otros m e resultaban en teram en te desconocidos. Aquellos que la fe: 1274, 3638, 3639. Inform ación im portante sobre distancia, localización, lugar, espa­ cio y tiem po en la otra vida o en el m u n d o espiritual: 1273-1277. c T o d a libertad es una cuestión de am or y atracción, pues to d o lo que amam os lo ha-j cem os librem ente: 2870, 3158, 8907 [8987], 8990, 9585, 9591. Puesto que la libertad es una cuestión de am or, es fuente de vida y alegría para cada ser individual: 2873. N ada pareC* ser nuestro a m enos que proceda de la libertad: 2880. La verdadera esencia de la liberta«

creía haber con o cid o desde la infancia eran los que se en co n trab an en un estado espiritual sem ejante al m ío, m ientras que los otros m e parecían d e s c o n o c i d o s p o r encontrarse en u n estado distinto55. 47 . Todos los ángeles que form an una com u n id ad particular tie n en en g e n e r a l una cierta sem ejanza facial, pero difieren en los detalles. Yo p o ­ día captar en alguna m edida esa sem ejanza general y las diferencias p arti­ culares basándom e en las situaciones similares de este m u ndo. Sabem os que cada raza presenta rasgos generales de sem ejanza en la cara y en los ojos que nos hace posible reconocerla y distinguirla de las otras razas, y que eso m ism o o cu rre tam bién, incluso de form a más acentuada, entre las familias. Pues esto es aún más perfectam ente verdadero en los cielos, porque allí los sentim ientos más profundos son visibles y brillan en el ros­ tro, ya que en el cielo el rostro es la form a ex te rio r que los expresa. E n el cielo nadie p u ed e ten e r un rostro que no sea el de sus sentim ientos56. También se m e m ostró có m o esta sem ejanza general variaba en los de­ talles entre los m iem bros de una m ism a com unidad. H abía una especie de rostro angélico que se m e m ostraba, y que variaba según las peculia­ res cualidades del sentim iento de bien y verdad de los m iem bros de una comunidad particular. Estas variaciones se prolongaban du ran te un rato, y a lo largo de todas ellas observé que el m ism o rostro general p erm an e­ cía constante co m o base, y to d o lo dem ás eran sim plem ente derivaciones y variaciones a p artir del m ism o rostro. T am bién de esta m anera se m e mostraron los sentim ientos de toda la co m u n id ad que daban lugar a las diferencias en los rostros de sus m iem bros, pues co m o ya he señalado, el rostro de los ángeles es la form a que tom an sus cualidades más profundas, lo que significa que es la form a de los sentim ientos de am o r y de fe. 48. Por eso tam bién un ángel de particular sabiduría ve la cualidad de los otros instantáneam ente p o r su rostro. En el cielo, nadie p u ed e ocultar 5,1 carácter íntim o p o r la expresión facial, no pued e fingir, y m u c h o m eos mer>tir y engañar a los otros m ediante em buste o hipocresía, j Sucede en ocasiones que elem entos hipócritas entren furtivam ente en com unidades celestiales; estos hipócritas, expertos en esconder su naraleza profunda y en disponer su apariencia ex terna con el aspecto beeV°lente que presentan en público, engañan de este m o d o a los ángeles

consiste en ser guiado p o r el Señor, porque de esa m anera som os conducidos p o r el amo al bien y la verdad: 892, 905, 2872, 2886, 2890, 2891, 2892, 9096, 9586-9591. dE n el cielo, todas las cuestiones de proxim idad, familia, parentesco y

re la c ió n

c0» |

guinea surgen del bien y dependen de afinidades y diferencias: 695 [6851, 917 1394 2?39’ 3612, 3815, 4121.

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de luz. Sin em bargo, n o p u ed en p e rm a n e c er m u ch o tiem p o en su en­ to rn o , pues p ro n to em piezan a sentir m alestar y to rm e n to interiores, sus rostros se p o n e n lívidos, y llegan casi a desmayarse: son cam bios provo­ cados p o r la contrad icció n que sup o n e la vida que allí fluye y que les afecta. P or eso, en seguida son rechazados de nuevo a los infiernos y ya no se atreven a subir de nuevo. Es precisam ente a éstos a los que se re­ fieren las palabras evangélicas sobre el h o m b re que fue descubierto entre los invitados a la cena sin el traje de b oda y fue arrojado a las tinieblas ex­

de miles de individuos, las pequeñas, de algunos m iles, y las más de unos centenares. Incluso hay quienes viven solos, cada u n o en su casa, p o r decirlo así, y tam bién reunidos p o r familias. Incluso los que viven separados responden sin em bargo a u n o rd en sem ejante al de los que viven en com unidades, con los más sabios en el centro y los más simples en la periferia. Están m uy directam ente bajo la guía del S eñor y son los m ejores entre los ángeles.

teriores (M ateo 22, 11 [-14]). 49. Todas las com unidades se co m u n ican entre sí, pero n o p o r una in­ teracción abierta. R ealm en te, n o son m uchos los que dejan su propia com u n id ad para ir a otra, p o rq u e dejar la co m u n id ad propia es com o de­ jarse a sí m ism o, o dejar la propia vida, y pasar a otra que no es la que a un o le corresponde. M ás b ien, se co m u n ican p o r m edio de las auras que em anan de la vida de cada u n o 57. U n aura de vida es un aura de los sen­ tim ientos q u e derivan del am o r y la fe. Ésta se extiende hacia fuera y lle­ ga a las com unidades circundantes, más lejos y más am pliam ente en la m edida en q u e los sentim ientos sean más profundos y perfectos'. Los án­ geles p oseen inteligencia y sabiduría en p ro p o rció n al alcance de su aura. Los que están en el cielo in te rio r y p o r tan to en el centro tienen un al­ cance o capacidad de difusión q u e llega a to d o el cielo, de manera que existe una co m u n icació n en el cielo de cada u n o con todos y de todos con cada uno'. N o s referirem os más d eten id am en te a este alcance en pa­ ginas venideras, cu ando hablem os de la form a celestial en que están dis­ puestas las com unidades angélicas (y tam bién cuando hablem os de la sa­ biduría e inteligencia de los ángeles), pues la difusión o alcance de o i sentim ientos y pensam ientos está en co ncordancia co n esa form a . 50. H em o s observado a n te rio rm e n te q u e existen en el cielo unas c d | m unidades m ayores y otras más pequeñas. Las más grandes constan de dei

C a d a c o m u n i d a d es u n c i e l o a e s c a l a r e d u c i d a , y cada á n g e l , un c i e l o a e sc a la aú n m á s r e d u c i d a

■ El aura espiritual, u n aura de vida que fluye de cada persona, cada espíritu y

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