PARA LA HISTORIA DE ESTUDIOS DE CULTURA NÁHUATL

P A R A L A H I S T O R I A D E ESTUDIOS DE CULTURA NÁHUATL Miguel L E Ó N - P O R T I L L A Instituto de Investigaciones Históricas, Universidad Nac

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P A R A L A H I S T O R I A D E ESTUDIOS DE CULTURA NÁHUATL

Miguel L E Ó N - P O R T I L L A Instituto de Investigaciones Históricas, Universidad Nacional Autónoma de México

A L G U N O S ANTECEDENTES

q u i e n e n las décadas de 1940-1950 d i o nuevo ímpetu, c o n u n enfoque humanis­ ta, a los estudios referentes a l a l e n g u a y c u l t u r a de los pueblos nahuas. S u vinculación c o n l a U n i v e r s i d a d N a c i o ­ nal A u t ó n o m a de México data de 1940 c u a n d o publicó, c o m o v o l u m e n 11 de la B i b l i o t e c a d e l Estudiante Universi­ tario, u n a antología de composiciones o r i g i n a l m e n t e e n náhuatl y traducidas p o r él bajo el título de Poesía indígena de la altiplanicie A esa contribución siguió otra e n l a m i s m a colección, también c o n textos traducidos p o r él m i s m o , Épica Náhuatl, 1952. Tras r e c i b i r el grado de d o c t o r Honoris Causa, c o n moti­ vo d e l I V C e n t e n a r i o de l a expedición de l a R e a l Cédula que creó l a Real y Pontificia U n i v e r s i d a d , G a r i b a y se vincu­ ló aún más c o n esta casa de estudios c o m o profesor ex­ t r a o r d i n a r i o e n l a Facultad de Filosofía y Letras de la misma. Paralelamente había p u b l i c a d o u n a o b r a funda­ m e n t a l , su Historia de la literatura náhuatl, 2 vols. (Porrúa, 1953-1954.) E n ella h i z o u n m i n u c i o s o r e c o r r i d o p o r el universo de las p r o d u c c i o n e s e n náhuatl, desde aquellas que p u e d e n atribuirse a l a tradición prehispánica, hasta F U E EL DOCTOR Á N G E L M A R Í A GARIBAY K . ,

HMex, L: 4,

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las que se e l a b o r a r o n a l o largo d e l p e r i o d o c o l o n i a l . T a l aportación vino a ser u n a p i e d r a m i l i a r i a e n este c a m p o de investigación. A ella siguieron otras que n o mencionaré aquí puesto que n o es m i intención ofrecer u n a bibliogra­ fía de l a copiosa o b r a de Ángel María Garibay K . E n e l contexto de las publicaciones, conferencias y la­ bor docente de Garibay tuve e l privilegio de c o n o c e r l o . E l l o ocurrió h a c i a p r i n c i p i o s de 1953. Regresaba a Méxi­ co, después de haber o b t e n i d o u n a maestría e n Artes e n l a L o y o l a University de L o s Ángeles California. M i tesis había versado sobre Las dos fuentes de la moral y la religión de H e n ri B e r g s o n . E n esa o b r a él conjugó enfoques que p u e d e n describirse c o m o de historia de las religiones, filosofía y antropología. L e e r las obras de Garibay sobre literatura náhuatl fue p a r a mí u n a revelación. E n ellas se ponían de manifiesto las fuentes de otro pensamiento religioso, mo­ ral y aún filosófico. Atraído p o r las p r o d u c c i o n e s literarias y el pensamiento de los pueblos nahuas, me acerqué a Garibay a solicitar que aceptara ser m i d i r e c t o r de tesis p a r a o b t e n e r u n doc­ torado e n l a F a c u l t a d de Filosofía y Letras de l a Universi­ dad N a c i o n a l A u t ó n o m a de México. Garibay accedió bajo la c o n d i c i ó n de que debía llegar a c o n o c e r suficientemen­ te la l e n g u a náhuatl. Acepté y l o tuve c o m o maestro hasta que concluí m i trabajo que fue La Filosofía Náhuatl estudia­ da en sus Fuentes. A l g u n o s v i e r o n c o n escepticismo y hasta c o n sonrisas b u r l o n a s l a sola i d e a de que h u b i e r a u n p e n s a m i e n t o indí­ gena d i g n o de atención. L o s textos y citas de códices que reuní e n esa tesis, que más tarde se convirtió e n u n l i b r o p u b l i c a d o p o r l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de Mé­ x i c o , hasta l a fecha se aceptan c o m o testimonios fehacien­ tes de l o que antes parecía temeraria pretensión y era e n r e a l i d a d u n acercamiento a u n a visión d e l m u n d o de m u y grande interés. 1

1

Dicha bibliografía ha sido publicada por A . LEÓN-PORTILLA,

vol. 2 , pp.

153-158.

1985,

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C u a n d o era rector e l d o c t o r N a b o r C a r r i l l o y secretario general el d o c t o r Efrén C . d e l Pozo, l a U n i v e r s i d a d reci­ bió al padre Garibay y a q u i e n esto escribe c o m o m i e m ­ bros d e l entonces l l a m a d o Instituto de Historia, p r e s i d i d o a l a sazón p o r e l d o c t o r P a b l o Martínez d e l Río. Esto ocu­ rrió e n 1957.

I_A A P A R I C I Ó N D E L P R I M E R V O L U M E N

D E ESTUDIOS DE CULTURA NÁHUATL

E l padre Garibay y yo d i s c u r r i m o s a m p l i a m e n t e acerca de l a creación de u n S e m i n a r i o de C u l t u r a Náhuatl y d e l i n i ­ cio de varias series de publicaciones. E l seminario se creó y p r o n t o a p a r e c i e r o n los dos p r i m e r o s volúmenes de l a que intitulamos serie de "Fuentes indígenas de l a c u l t u r a Ná­ huatl". M u c h o nos interesó también dar p r i n c i p i o a otra serie que, a m o d o de revista o anuario, diera cabida a apor­ taciones de investigadores mexicanos así c o m o extranjeros sobre c u l t u r a náhuatl. Así fue c o m o nació Estudios de Cul­ tura Náhuatl, que actualmente c o m p r e n d e 31 volúmenes publicados. E n el p r o e m i o al v o l u m e n , G a r i b a y escribió l o siguiente acerca de los propósitos de l a nueva revista: Reunir estudios de muchos especialistas, o de muchos estu­ diantes que se avezan a serlo, y ponerlos a disposición de los estudiosos [que debieran ser todos los mexicanos, que debie­ ran ser todos los hombres en capacidad de ello] para que en ellos encuentren, o base de nueva edificación, o piedra de es­ cándalo para destruir, con razones, lo que se propuso acaso sin ellas. Valor diverso, calidad diversa, perfección diversa: como en todo lo humano, dan la tónica de que es precisamente el hombre el que estudia al Hombre. Habrá estudiosos que den la clave; habrá otros que se pierdan con son de flauta en la noche recóndita en las tinieblas. Todos serán no solamente útiles, sino también gratos. Los amantes de lo antiguo, como los amantes de lo nuestro, tendrán fondo en que apoyar el pie, o nube en que volar al vacío.

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Ésta es la razón de que les demos el modesto nombre de Estudios de Cultura Náhuatl N o fijamos periodo de aparición, aunque tenemos la intención de que sea una publicación en serie. Cada vez que haya número suficiente de trabajos, cada vez que haya posibilidad económica de darlos a la prensa, aparecerá un volumen, más o menos como los dos primeros que ahora se publican, éste y otro que seguirá en breve. Si tal fuera la suerte que no se realizaran las dos condiciones indicadas, quedarían como huérfanos estos dos. N o es probable que suceda así. 2

E l tonalli o destino de estos estudios hizo verdad l o anticipado p o r Garibay, l a publicación h a c o n t i n u a d o apareciend o y, ya e n f o r m a regular e n c a l i d a d de anuario, a l o largo ya de varios decenios. E n ese p r i m e r n ú m e r o c o l a b o r a r o n investigadores tan distinguidos c o m o A l f o n s o Caso, C h a r les E . D i b b l e , A r t h u r J . O . A n d e r s o n , J u s t i n o Fernández, R u d o l f van Zantwijk y también los dos editores-fundadores, G a r i b a y y yo. Y a desde e l p r i m e r v o l u m e n q u e d a r o n señalados los que serían p r i n c i p a l e s campos de interés e n el estudio acerca de los pueblos nahuas: fuentes d o c u m e n tales —códices y textos e n náhuatl escritos c o n e l alfabeto—, temas referentes a su historia, c u l t u r a y l e n g u a durante los p e r i o d o s prehispánicos, c o l o n i a l y de M é x i c o i n d e p e n d i e n t e . A s i m i s m o , i b a n a tener lugar i m p o r t a n t e las aportaciones monográficas de carácter arqueológico, sociológico, antropológico e histórico e n general, así com o tocantes a sus p r o d u c c i o n e s literarias, justamente c o n bibliografías y reseñas de libros.

L A R E V I S T A , R E F L E J O D E U N C R E C I E N T E INTERÉS

E n los siguientes volúmenes h a h a b i d o aportaciones de más de 200 r e c o n o c i d o s investigadores que h a n h e c h o c a m p o de su interés, diversos aspectos de l a l e n g u a y l a c u l t u r a de los p u e b l o s nahuas, los prehispánicos, los d e l p e r i o d o c o l o n i a l y los de los tiempos m o d e r n o s y c o n t e m 2

GARIBAY K . , 1959, vol. i , pp.

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poráneos. Recordaré e n este contexto que c u a n d o apareció el p r i m e r v o l u m e n éramos m u y pocos los dedicados a este género de investigaciones. H o y , e n c a m b i o , son m u c h o más numerosos y n o sólo e n México, sino también e n Estados U n i d o s , Canadá y varios países de E u r o p a . Pienso que l a razón de esto está e n l a r i q u e z a arqueológica, doc u m e n t a l y lingüística e n relación c o n los nahuas prehispánicos, los d e l p e r i o d o n o v o h i s p a n o y los m o d e r n o s y contemporáneos. T a l r i q u e z a abre las puertas para acercarse a u n a cultura e n v e r d a d e x t r a o r d i n a r i a que floreció p r i m e r o e n aislamiento y más tarde h i z o frente a u n a invasión que se i m p u s o sobre ella, p e r o n o logró aniquilarla. A diferencia de los p r i m e r o s volúmenes de Estudios de Cultura Náhuatl, que t i e n e n a p r o x i m a d a m e n t e a l r e d e d o r de 200 páginas, a partir d e l v o l u m e n 12 éstos sobrepasaron las 360 páginas. D e h e c h o e n los tiempos más recientes cad a v o l u m e n h a tenido más de 400. Es esto, otro testimonio d e l ya referido interés, cada vez más grande, tanto de i n vestigadores c o m o de cuantos buscan estas publicaciones. Recordaré aquí que, e n homenaje a Ángel María G a r i bay e l v o l u m e n cuarto de estos Estudios, editado e n esa ocasión p o r D e m e t r i o S o d i y q u i e n esto escribe, se publicó e n h o n o r d e l referido maestro. Q u i e n era entonces coord i n a d o r de h u m a n i d a d e s , el d o c t o r M a r i o de l a Cueva, escribió allí entre otras cosas l o siguiente: Dentro del gran conjunto de ensayos y libros, los trabajos del doctor Garibay tienen u n encanto especial, pues la poesía y la filosofía forman parte de las más altas manifestaciones de la cultura, son espíritu puro, expresión del alma humana que se eleva sobre las miserias de la vida y las debilidades de la materia, para contemplar lo bello y lo infinito: son la conciencia cristalina del hombre y del pueblo en cada uno de los momentos de su historia. Por eso, desentrañar el sentido que tuvieron en los años en que sus creadores eran dueños del suelo que pisaban, es revivir la vida y la historia real del pueblo y de sus hombres y recoger lo más valioso de sus almas como un presente para las generaciones actuales. Así fue la impresión que recibimos un día del año 1940, cuando tuvimos delante de los ojos ese pequeño extraordinario libro, Poe-

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sía Indígena, que es una joya de la Biblioteca del Estudiante Universitario. L a coordinación de Humanidades y el Instituto de Historia de nuestra Casa de Estudios, a solicitud de un grupo de alumnos y amigos del maestro, acordó dedicarle este número especial, como una manifestación de afecto y gratitud por su noble labor. 3

U N A

T O M A

D E CONCIENCIA E N E L V O L U M E N

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U n a t o m a de c o n c i e n c i a de l o l o g r a d o hasta 1978 e n estos Estadios apareció e n el v o l u m e n 13. Hasta entonces habían p a r t i c i p a d o también c o m o coeditores el d o c t o r A l f r e d o López Austin y el maestro Víctor M . Castillo. D e ahí e n adelante me correspondió c o n t i n u a r c o n l a empresa, auxiliad o eficientemente e n todos los volúmenes p o r G u a d a l u p e B o r g o n i o Gaspar. Entresacaré c o m o de toda c o n c i e n c i a l o que escribí e n el v o l u m e n citado. C u a t r o veces trece, e n las cuentas de años d e l h o m b r e náhuatl, era sumar de t i e m p o , c u a n d o al fin se hacía l a atadura, xiuhmolpía, "se ataban los años". L o s numerales 113 habían e n c a m i n a d o ya a los cuatro distintos signos de los años. Y también, e n términos d e l tonalpohualli, la cuenta de los destinos, e l conjunto de los días, se distribuía e n grupos de trece cada u n o . N u e v a m e n t e , e n f o r m a cuatripartita —cuatro veces c i n c o grupos de 13 días— llevaban a c o m p l e t a r de u n tonalpohualli T r e c e eran además, e n el pensamiento de ciertas escuelas de sabios, los pisos o travesanos celestes [...] A l o largo de cerca de 20 años, e n el curso de Introducción a l a C u l t u r a Náhuatl, varios centenares de estudiantes se h a n acercado al c o n o c i m i e n t o de las instituciones y de la h e r e n c i a de literatura y pensamiento prehispánicos. D e l g r a n conjunto de quienes h a n c o n c u r r i d o a esos cursos, se h a n destacado algunos, que h o y son ya investigadores y maestros. S i tuve l a f o r t u n a de r e c i b i r de Ángel María G a ribay K . , hasta el t i e m p o de su muerte, el 19 de octubre de 3

CUEVA, 1 9 6 3 , pp.

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1967, lecciones de su amplio y hondo saber, me ha correspondido, en paralelo, participar asimismo, en la requerida transmisión de conocimientos. En mis cursos comenzaron a prepararse —y algunos asistieron a ellos por varios años— estudiantes, hoy investigadores, de orígenes distintos. Mencionaré a algunos: Birgitta Leander, Rudolf van Zantwijk, Alfredo López Austin, Telam Sullivan, Roberto Moreno de los Arcos, Jacqueline de Durand Forest, Víctor M . Castillo, Josefina García Quintana, Francisco Javier Noguez, Mercedes de la Garza, Karen Dakin, Ana Luisa Izquierdo, Selma Anderson, José Rubén Romero y Jorge Klor de Alva. Conviene señalar aquí que, a partir de 1965, se modificó la estructura del Seminario de Cultura Náhuad. Sus publicaciones quedaron del todo integradas, en sus correspondientes series, como ediciones del Instituto de Investigaciones Históricas. En cuanto a la docencia, se ampliaron las actividades ya que el seminario, con categoría de posgrado, desarrolló asimismo desde entonces sus tareas, a la par que otros seminarios, en la Facultad de Filosofía y Letras. Las publicaciones quedaron distribuidas en dos series: una, la de monografías y fuentes para el conocimiento de la cultura náhuatl; otra, Estudios de Cultura Náhuatl. En la primera se ha contado con la colaboración de los siguientes investigadores, que han publicado una o más obras: Ángel María Garibay K , Miguel León-Portilla, Alfredo López Austin, Fernando Anaya Monroy y Alfonso Caso. Friedrich Katz, Mauricio Swadesh, Víctor M. Castillo, Claude Nigel Davies, Thelma Sullivan y Fernando Horcasitas. Sus trabajos han versado sobre la visión del mundo, pensamiento religioso, derecho prehispánico, gramática náhuatl, toponimias, calendario indígena, organización social y económica, lingüística nahua, teatro nahua y diversos periodos históricos. Paralelamente han aparecido los volúmenes de fuentes documentales, en ediciones bilingües, náhuatl-castellano. En ellos se ha dado cabida a varias secciones de los Códices Matritenses^ a las recopilaciones de cantares y poemas mexicanos. En conjunto, han visto la luz, en esta primera serie, 25 volúmenes, varios de los cuales han sido objeto de reediciones, y en algunos casos, de traducciones a lenguas extranjeras.

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Respecto a Estudios de Cultura Náhuatl, conviene destacar que hasta incluso el tercer v o l u m e n , actuamos c o m o únicos editores el d o c t o r Garibay y yo. Posteriormente, col a b o r a r o n c o n nosotros, e n c a l i d a d de coeditores, D e m e trio S o d i ( v o l u m e n 4), A l f r e d o L ó p e z A u s t i n (volúmenes 5-12) y Víctor M . Castillo (volúmenes 10-12). C o n v i e n e también recordar que, al aparecer el v o l u m e n 11, se ofrec i e r o n , c o m o alcance al m i s m o , los índices y e l elenco de autores de los trabajos p u b l i c a d o s e n los diez p r i m e r o s números. Q u i e n e s se e n c a r g a r o n de esta tarea, Víctor M . Castillo y R o b e r t o M o r e n o , dejaron allí registradas 146 aportaciones, debidas a investigadores, m u c h o s de ellos formados e n e l S e m i n a r i o de C u l t u r a Náhuatl y otros, también de México, y de A l e m a n i a , España, Estados U n i d o s , F r a n c i a , H o l a n d a , Inglaterra y V e n e z u e l a . C o n l o publicad o e n los siguientes volúmenes, i n c l u y e n d o éste, c o n el que se llega a la trecena, el n ú m e r o de c o n t r i b u c i o n e s se eleva a cerca de 200. D e dos países más se h a n r e c i b i d o trabajos estimables: Bélgica y G u a t e m a l a . E l número de colaboraciones siguió e n aumento. Esta revista tenía ya desde varios años antes u n a especie de herm a n a , Estudios de Cultura maya, establecida p o r e l d o c t o r A l b e r t o R u z L h u i l l e r . Este expresó que, n o p o r mimetism o , sino p o r razones académicas, creyó atinado que l a revista referida a l a c u l t u r a maya apareciera y se desarrollara en paralelo c o n ésta. 4

P R E S E N C I A D E E S C R I T O R E S C U Y A L E N G U A M A T E R N A E S E L NÁHUATL

Interesa m u c h o destacar también que Estudios de Cultura Náhuatl c o m e n z ó a dar entrada a aportaciones n o sólo de arqueólogos, lingüistas, etnólogos e historiadores, sino también a creaciones de l a que h e m o s l l a m a d o Yancuic Tlahtolli; l a N u e v a Palabra. Se p u b l i c a r o n y se siguen p u b l i c a n d o aquí creaciones de poesía, narrativa y otras formas litera-

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M . LEÓN-PORTILLA, 1 9 7 8 , pp.

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rías de autores contemporáneos de diversas regiones d o n de p e r d u r a el náhuatl e n sus distintas variantes. T a l es e l caso de las Huastecas veracruzana e hidalguense, l a sierra de Puebla, algunos lugares de Tlaxcala, l a República de E l Salvador e incluso d e l Distrito Federal, e n cuya Delegación M i l p a A l t a hay u n r e n a c i m i e n t o de l a c u l t u r a náhuatl. D e este m o d o l a revista abarca ya e n su p l e n i t u d t e m p o r a l l a creatividad de pueblos c o n h o n d a raíz e n Mesoamérica y c o n p e r d u r a b l e presencia e n los tiempos m o d e r n o s . Otros géneros de aportaciones, que p o c o a p o c o h a n c o b r a d o i m p o r t a n c i a e n esta revista, son el de las reseñas bibliográficas y l a n o t i c i a c o m e n t a d a de p u b l i c a c i o n e s recientes sobre l e n g u a y c u l t u r a nahuas. Se h a i n f o r m a d o así acerca de centenares de trabajos aparecidos e n f o r m a de libro, folleto o artículo e n diversos lugares d e l m u n d o sobre estos temas. Esta labor, de gran valor p a r a quienes trabajan e n t o r n o a esta cultura, h a estado a cargo de Ascensión H . de León-Portilla. E n 1974 Víctor M . Castillo y Roberto M o r e n o de los Arcos sacaron a l u z u n a publicación c o n índices de autores, lugares y materias de los diez p r i m e r o s volúmenes de Estudios de Cultura Náhuatl Más tarde, e n 1997, l a ya referida Ascensión H . de León-Portilla, e n colaboración c o n G u a d a lupe B o r g o n i o Gaspar, continuó esta tarea o f r e c i e n d o los índices correspondientes a los volúmenes 11-20. C o n esto se h a vuelto más fácil l a consulta de estos Estudios. N o creo que sea arrogancia notar que la difusión e influencia cultural que h a n alcanzado estos Estudios h a n sido m u y grandes. M e atreveré a decir que e n la gran mayoría de libros y en m u c h o s artículos cuyo tema se relaciona c o n los pueblos indígenas d e l centro de México, es frecuente encontrar citas o artículos publicados e n esta revista. D e h e c h o n o pocos de sus artículos m a n t i e n e n u n interés permanente. A l c o n t e m p l a r l a aparición, e n el año 2000, d e l volum e n 31 de esta revista quienes hemos sido editores de ella pensamos e n e l maestro Ángel María Garibay K . , i n i c i a d o r e n los tiempos m o d e r n o s c o n p r o f u n d o sentido h u m a n i s t a d e este género de pesquisas. R e c o r d a m o s también a otros m u c h o s maestros que nos h a n dejado y cuyas necrologías

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han aparecido también e n esta publicación. Sólo m e n c i o naré aquí los n o m b r e s de A l f o n s o Caso, Ignacio B e r n a l , Justino Fernández, A r t h u r J . O . A n d e r s o n , R o b e r t o M o r e n o de los A r c o s y T h e l m a Sullivan. F u e r o n ellos portadores de antorchas luminosas que, al partir, nos las dejaron para que nosotros volvamos a hacer entrega de ellas a quienes habrán de proseguir i l u m i n a n d o c o n su esfuerzo los sectores —saber y rica g a m a de creaciones— de los pueblos que hablar o n y h a b l a n l a l e n g u a de Nezahualcóyotl y C u a u h t é m o c

ESTUDIOS DE CULTURA

NÁHUATL

E N E L DESTINO DE LOS PUEBLOS NAHUAS

Se r e l a c i o n a n a h o r a estos Estudios c o n e l presente de los pueblos indígenas, q u i e r o hacer breve reflexión acerca d e l destino de sus lenguas y culturas. N o pocos de ellos l u c h a n por alcanzar o r e c u p e r a r su autonomía. Además de esforzarse p o r ser así dueños de su p r o p i o destino, se p r e o c u pan p o r el f o m e n t o de su lengua, usos y costumbres. Es desafortunadamente cierto que hay lenguas indígenas e n grave p e l i g r o de desaparición. Otras, c o m o e l náhuatl, son habladas p o r varios cientos de miles de personas e i n c l u s o en el caso de esta l e n g u a p o r cerca de 3 0 0 0 0 0 0 . S i n embargo, esto n o significa que dejen de estar amenazadas. E l tercer m i l e n i o traerá consigo u n a n u n c a antes vista aceleración e n los procesos de globalización. A l g u n o s de éstos son inevitables y, d e b i d a m e n t e encauzados, p u e d e n tenerse c o m o positivos. T a l es e l caso de los procesos de globalización de l a tecnología electrónica y de los c o n o c i mientos derivados de muchas ramas de las ciencias físicomatemáticas y naturales. Y si b i e n e n esos campos n o deja de haber riesgos, c o m o serían algunas de sus influencias en d e t r i m e n t o de l a naturaleza, hay otros m u c h o s procesos globalizantes que, más allá de c u a l q u i e r d u d a , se presentan c o m o adversos e n e l universo de l a cultura. E n l a a c t u a l i d a d hay unas cuantas lenguas que h a n alcanzado c a d a vez más a m p l i a vigencia e n el m u n d o . U n a de ellas, e l inglés, es ya u n a l e n g u a franca. E l español se

ESTUDIOS DE CULTURA NÁHUATL

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i m p o n e cada vez más e n e l ámbito l a t i n o a m e r i c a n o y aún e n Estados U n i d o s d o n d e hasta hoy h a n subsistido, casi arrinconadas, las lenguas de los pueblos originarios. ¿Es de prever que e n el tercer m i l e n i o n o sólo el inglés, sino también el español se convertirán e n u n reto para l a supervivencia de los idiomas indígenas? Intentemos u n a respuesta, n o teórica, sino e n c a m i n a d a a p r o m o v e r determinadas formas de acción. Reconozcamos, e n p r i m e r lugar, que toda lengua tiene atributos que hacen valiosa su perduración e n e l universo cultural. C a d a l e n g u a es u n a especie de gran ordenador, c o n características propias, d e l pensamiento h u m a n o . P o r eso c u a n d o m u e r e u n a lengua, la h u m a n i d a d se empobrece. Pero además, para el pueblo que tiene c o m o materna u n a lengua, es ella elemento insustituible e n su discur r i r y desarrollarse e n el m u n d o . Es parte esencial de su prop i o legado. Siendo esto así, l a p l u r a l i d a d de lenguas e n u n determinado país debe reconocerse, al igual que su biodiversidad, c o m o u n o de sus más grandes tesoros. A h o r a b i e n , ¿ c ó m o p u e d e encauzarse l a c o n v i v e n c i a de las lenguas de los pueblos originarios c o n l a lengua, b i e n sea oficial o de uso mayoritario, e n u n país? Recordaré aquí u n a anécdota. Natalio Hernández X o c o y o t z i n , de estirpe náhuatl, fue p r o t a g o n i s t a de l o q u e a h o r a recordaré. E n ocasión del X I Congreso de las Academias de la L e n g u a Española, c e l e b r a d o e n l a c i u d a d d e P u e b l a , e n o c t u b r e d e 1998, fue invitado a hablar e n la sesión de clausura. Natalio Hernández, director de l a Casa de Escritores e n Lenguas Indígenas, fue breve y contundente. " E l español también es nuestro" fue el título de su intervención. Coincidió c o n el poeta mazateco J u a n G r e g o r i o R e g i n o , hizo ver a los académicos que l a preservación y cultivo de las lenguas indígenas e n m o d o alguno se contrapone c o n la aceptación del idiom a español. Este, p o r su m i s m a vigencia, es ya pertenencia de todos y, e n países multilingües c o m o México, viene a ser valioso m e d i o de comunicación entre los habitantes de tantas y tan distintas lenguas. E l destino de las lenguas indígenas e n el tercer m i l e n i o dependerá de quienes las tienen p o r suyas. Requerirán ellos e l r e c o n o c i m i e n t o de su valor p o r parte d e l resto de la so-

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M I G U E L LEÓN-PORTILLA

ciedad, i n c l u y e n d o a los gobiernos. U n a f o r m a de apoyo l a ofrecen Estudios de Cultura Náhuatl M u e s t r a n ellos l o que h a sido l a rica h e r e n c i a de quienes f u e r o n maestros de l a p a l a b r a y creadores de u n a g r a n civilización. Y también se r e c o n o c e e n estos Estudios l a persistencia de esta l e n g u a y c u l t u r a en los tiempos coloniales y e n l a é p o c a c o n t e m p o ­ ránea. T o d o esto debe ser acicate y fuente de confianza. E l reto es hacer v e r d a d de nuevo l o que expresó u n antiguo cuicapicqui, poeta, d e l m u n d o náhuatl: No acabarán mis cantos, no morirán mis flores, yo cantor los elevo, así llegarán a la casa del ave de plumas de oro.

REFERENCIAS

CUEVA, Mario de la 1963 "Para el doctor Ángel María Garibay K " , en Estudios de Cultura Náhuatl, 4, pp. 5-6. GARIBAY KINTANA, Ángel María

1959

"Proemio", en Estudios de Cultura Náhuatl, 1, p. 7.

LEÓN-PORTILLA, Ascensión H . de

1985

Tepuztlahcuilolli. Impresos en Náhuatl Historia y Biblio­ grafía. México: Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Históricas y Filo­ lógicas, vol. 2.

LEÓN-PORTILLA, Miguel

1978

"Volumen 13: una toma de conciencia", en Estudios de Cultura Náhuatl, t. xm, pp. 12-14.

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