Story Transcript
HACIA U N A INTERPRETACIÓN INTEGRADORA DEL C O N C E P T O D E LITERATURA C O M P A R A D A
J O S É C A R L O S R E D O N D O OLMEDILLA
RESUMEN
El autor del presente artículo pretende la actualización del estudio de la Literatura comparada mediante la integración y c o n e x i ó n de esta disciplina c o n otros campos. Se r e m o n t a para ello a otros m o m e n t o s de la Historia de la c u l tura en que las áreas interdisciplinares tenían especial relevancia y , a partir de ahí, reivindica la interdisciplenareidad en las distintas ciencias y saberes h u m a nos. Posteriormente, se pasa a demostrar c o m o la Literatura c o m p a r a d a n o es, e n absoluto, u n saber aislado, esta disciplina está ligada a otros campos de estu d i o y a otras ciencias. Se p o n e n así en contacto c o n ella ciencias tan aparente mente distintas c o m o la A n t r o p o l o g í a , la Etología, la A n t r o p o l o g í a literaria, la Teoría de la literatura, la A n t r o p o l o g í a cultural o la Biología.
PALABRAS
CLAVE
Literatura comparada. A n t r o p o l o g í a . Biología. Etología.
ABSTRACT The w r i t e r o f this article expects to u p d a t e the studies o f Comparative Literature t h r o u g h the integration and l i n k i n g o f this discipline w i t h other s u b jects a n d fields. To d o so he goes back to other times i n the H i s t o r y o f Culture w h e r e interdisciplinary areas w e r e o f special relevance and, f r o m that p o i n t , he claims the interdisciplinary fact i n the different aspects o f h u m a n k n o w l e d g e . Later he demonstrates h o w Comparative Literature isn't an isolated r e a l m at all, this discipline is l i n k e d t o other fields a n d sciences. I n this w a y , sciences appar ently different such as A n t h r o p o l o g y . Ethology, Literary A n t h r o p o l o g y , T h e o r y o f Literature, Cultural A n t h o p o l o g y or B i o l o g y are p u t i n c o n n e c t i o n w i t h it.
951 CAUCE,
Rerista
de
Eilnlogiay
su
Didaclica.
n°
20-21,
1997-9X
/ pdgs.
951-960
CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
JOSÉ CARLOS REDONDO OLMEDILLA
KEY
WORDS
Comparative Literature. A n t h r o p o l o g y . B i o l o g y . Ethology.
RÉSUMÉ L'auteur de cet article cherche à la mise à j o u r de l'étude d e la Littérature C o m p a r é e au m o y e n d e l'intégration et d e la c o n n e x i o n d e cette discipline avec d'autres domaines. Pour cela i l r e m o n t e à d'autres m o m e n t s d e l'Histoire d e la culture o ù les aires interdisciplinaires avaient une i m p o r t a n c e spéciale et, à partir de là, il réclame l'interdisciplinarité dans les différentes sciences et dans les savoirs humains. Puis, il e n vient à m o n t r e r c o m m e n t la Littérature Comparée n'est certainement pas u n savoir isolé; cette discipline est liée à d'autres d o m a i nes d'étude et à d'autres sciences. Des sciences si différentes a p p a r e m m e n t , telles q u e l ' A n t h r o p o l o g i e , l'Etologie, l ' A n t h r o p o l o g i e littéraire, la T h é o r i e d e la littérature, l ' A n t h r o p o l o g i e culturelle o u la B i o l o g i e , se mettent ainsi e n r a p p o r t avec elle.
MOTS-CLÉ
Littérature Comparée. A n t h r o p o l o g i e . B i o l o g i e . Ethologie.
En n u e s t r o s días d e intensa y positiva e s p e c i a l i z a c i ó n e n l o s c a m p o s m á s d i v e r s o s y variados, u n a d e las p a t o l o g í a s q u e s u e l e a c o m p a ñ a r a la c i e n c i a y al saber d e l h o m b r e o c c i d e n t a l d e n u e s t r o s ú l t i m o s t i e m p o s e s l o q u e p o d í a m o s d e n o m i n a r c o m o " m o n o l i t i s m o d e l o s s a b e r e s aislados". Esta d o l e n c i a o e s t e e x c e s o d e c e l o e n el m o n o g r a f i s m o d e las diversas áreas d e l saber c o n d u c e q u i z á s c o n reiterada frecuencia a i g n o rar el p a p e l f u n d a m e n t a l q u e c o m o catalizador d e l s a b e r c u m p l e n las áreas interdisciplinares. El h o m b r e d e nuestra s o c i e d a d actual q u i z á s o l v i d a q u e u n o d e l o s m o m e n t o s á u r e o s d e l s a b e r y d e la c i e n c i a t u v o lugar e n el R e n a c i m i e n t o , y q u e fue justo e n el R e n a c i m i e n t o c u a n d o t u v o t a m b i é n lugar u n o d e l o s c o n c e p t o s m á s integradores d e l saber d e l ser h u m a n o : el H u m a n i s m o . C o n v e n d r í a p u e s q u e r e c o r d á s e m o s a figuras c o m o B o c c a c i o , M a q u i a v e l o , Erasmo, Salutari o B r u n o entre otros y al m i s m o 1
1. La importancia de las Matemáticas como un principio artístico; la conjunción de la realidad objetiva con la Historia; la formación de los sistemas basados en la Filosofía, dogmas religiosos y pensamiento abstracto; o la integración de la Antigüedad Clásica con
952 CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
HACIA UNA INTERPRETACIÓN INTEGRADORA DEL CONCEPTO DE LITERATURA COMPARADA
tiempo recordar también ese paradigma del saber integrador y crítico que fue el Humanismo a la hora de estudiar y comprender nuestra civilización. Nos gustaría situarnos en esta dirección, al menos mínimamente, para poder estudiar la Literatura comparada como una ciencia que estudia una de las producciones culturales del hombre llamada literatura y vincularla a su sentido biológico. ¿Hasta qué punto es esto posible? Planteémoslo pues. E l termino Literatura comparada a menudo no es bien interpretado y llega incluso a ser fuente de confusión y un buen ejemplo que ilustra los peligros y escollos a los que puede estar sujeta la terminología crítica. Este término ha indicado a muchos estudiosos que la literatura ha sido o puede ser comparada, pero no ha indicado en qué términos se ha de establecer dicha comparación. Usualmente, s i n embargo, se ha comprendido dicho termino en la dirección adecuada y ha sugerido, a la mayoría de los interesados en el tema, una comparación mutua, incluso sistemática, de las literaturas nacionales. La comparación de las literaturas nacionales, o de parte de ellas, ha sido siempre la finalidad de los comparatistas en el sentido técnico de la palabra, tal y como ocurría con los comparatistas de principios de siglo X X , quienes fueron los promotores de esta nueva moda crítica. Entre los principales promotores nos encontramos a los franceses de inicio del X X : Paul Hazard, Fernand Baldensperger, Van Tieghem o Jean Marie Carré. La comparación o confrontación de las literaturas, digamos "individuales" no es un fenómeno reciente. S i analizamos con mayor detenimiento, veremos que a lo largo del tiempo, las diferentes literaturas han sido colocadas lado a lado con el propósito de verlas y entenderlas de una manera simultanea y/o sintética. E n este sentido, la Literatura comparada sería tan vieja con la propia Literatura en sí. Más aún, para algún prestigioso especialista en el tema como el propio Rene Wellek , la Literatura comparada no sería más que simple y llana literatura. Otros como el estudioso soviético Z i r m u n s k i j lo argumentaría de diversa forma; para él la literatura no sería más que Literatura comparada. E n definitiva, argumentos distintos que llegan a una misma conclusión. 2
3
la m á s a b s o l u t a m o d e r n i d a d n o s o n s i n o a l g u n o s d e l o s m ú l t i p l e s e j e m p l o s d e la i d e a d e s a b e r i n t e g r a d o r q u e t u v o l u g a r e n el R e n a c i m i e n t o c o n el H u m a n i s m o . 2. Weller, R e n e & Warren A.: Theorry of Literature. N e w York, H a n c o u r t , B r a c e (Primera e d i c i ó n 1949). 3. Zirmunskij, V.M.: Vergleichende Epenfonchung. Berlin. A c a d e m i e - V e r l a g , 1961.
953 CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
JOSÉ CARLOS REDONDO OLMEDILLA
P e n s a m o s p u e s , que la Literatura comparada apareció c o m o tal el día e n que u n e s c r i t o r d e s c u b r i ó que él tenía u n colega allende l a s f r o n teras de s u esfera c u l t u r a l y l i n g ü í s t i c a . E n e l m o m e n t o e n que e s t o s e s c r i t o r e s establecieron relaciones a través de s u s o b r a s y s e d i e r o n cuenta de que s u s i n q u i e t u d e s , deseos y preocupaciones eran i d é n t i c o s o d i f e r e n t e s ; en definitiva, comparables, p o d e m o s
i n f e r i r que
surgió
Literatura comparada. S i ésta n o s u r g i ó como u n s i s t e m a crítico, s í al m e n o s como u n p u n t o de partida y referencia que arrojaría f u t u r a s luces s o b r e el tema. La idea comparativa es q u i z á s tan vieja como el m i t o de A d á n y E v a o e l de P r o m e t e o , pero n o o c u r r e así con l o s m é t o d o s c r í t i c o s y específ i c o s con qLie s e ha q u e r i d o aderezar la Literatura comparada e n l o s d i v e r s o s t i e m p o s y a largo de l a s diferentes modas. E n n u e s t r o s días e s d i f í c i l encontrar u n ensayo o l i b r o de Literatura comparada aplicada que a f i r m e que el tema y el método de u n e s t u d i o de cualquier literatura nacional y el de u n e s t u d i o de Literatura comparada tengan que s e r s i g nificativamente diferentes. La a f i r m a c i ó n de F. J o s t e n s u magnífica obra Introduction
to Comparative
Literature
es suficientemente e x p l í c i t a y
esclarecedora en s u referencia a la n o marginalidad que ha caracterizado a l o s e s t u d i o s de Literatura comparada y que debería s e r la amplia plataforma
s o b r e la que empezar a c o n s t r u i r e l e s t u d i o de Literatura
comparada: "One m a y p r o c e e d b y d e d u c t i o n o r i n d u c t i o n , rely o n d o c u m e n t s o r detec analogies. T h e facts a n d factors, the means a n d techniques m a y vary b u t n o specific a n d a u t o n o m o u s comparative m e t h o l o g y exists." 4
N o s i n c l i n a m o s p u e s hacia este t i p o de aplicación biyectiva que s e constituye entre Literatura y Literatura comparada - r e c o r d a r e m o s aquí a Rene W e l l e k y Z i r m u n s k i j - y p o r la n o marginalidad del método en e l e s t u d i o de la literatura comparada, como m e n c i o n a m o s con a n t e r i o r i dad. P e r o , una v e z se ha r e s u m i d o y concluido el área de la Literatura comparada, la s i g u i e n t e pregunta que p o d r í a m o s plantearnos e s ¿qué demuestra la totalidad y el conJLinto del f e n ó m e n o literario? Queda claro que una de las fuentes m á s notables de documentación s o b r e cualquier tipo de vida humana que ha habido y hay es la l i t e r a t u ra; en especial la literatura narrativa. E n la obra literaria como p r o d u c -
4. Jost, F.: Introduction Company, 1974. Pág. 144.
to Comparative
Literature.
Indianapolis, Bobbs-Merrill
954
CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
HACIA UNA INTERPRETACIÓN INTEGRADORA DEL CONCEPTO DE LITERATURA COMPARADA
ción h u m a n a e n c o n t r a m o s diversos sistemas d e comunicación, bien sean d e índole verbal o n o verbal (espaciales, somáticos, ocupacionales, quin é s i c o s . . . ) . Es c i e r t o q u e t r a d i c i o n a l m e n t e , a la h o r a d e r e a l i z a r u n a n á lisis d e v a l o r a c i ó n d e c u a l q u i e r o b r a literaria, l o s s i s t e m a s v e r b a l e s h a n p r e d o m i n a d o s o b r e los n o v e r b a l e s . Esto h a o c u r r i d o q u i z á s e n p a r t e p o r v a l o r a r el l e n g u a j e v e r b a l c o m o a l g o i d i o s i n c r á s i c o y d i f e r e n c i a d o r d e l h o m b r e r e s p e c t o a los s e r e s d e e s t e m u n d o . P e r o lo c i e r t o e s q u e e n la literatura t a m b i é n a p a r e c e n u n a s e r i e d e r e p e r t o r i o s d e c o m u n i c a c i ó n n o v e r b a l e s , s i s t e m a s n o v e r b a l e s d e c o m u n i c a c i ó n q u e p o d r í a n s e r interp r e t a d o s b i e n c o m o s i s t e m a s c o m p l e m e n t a r i o s d e l l e n g u a j e v e r b a l e n la o b r a literaria o c o m o f o r m a s distintas. Estas q u i z á s s e a n f o r m a s m á s t r o n c a l e s o d e s n u d a s q u e el l e n g u a j e v e r b a l , p e r o e s t á n d i r e c t a m e n t e l i g a d a s a la i d e a d e c o m u n i c a c i ó n . Si r e s u m i m o s , e n c u a l q u i e r o b r a - n a r r a t i v a p r i n c i p a l m e n t e - t e n d r e m o s d o s t i p o s d e l e n g u a j e s : v e r b a l e s y n o verbales. P a r t a m o s a h o r a d e la p r e m i s a d e q u e e n la o b r a literaria s ó l o h a y l e n g u a j e v e r b a l y c o n s i d e r e m o s t a m b i é n q u e la o b r a literaria e s a n a l i z a d a p r i n c i p a l m e n t e d e s d e d o s p u n t o s d e vista b á s i c o s . En p r i m e r lugar, c o m o c o m u n i c a c i ó n y e n s e g u n d o , c o m o p r o d u c c i ó n h u m a n a . Es a q u í , e n e s t e s e g u n d o p u n t o , d ó n d e f u n d a m e n t a l m e n t e c o n e c t a m o s c o n la A n t r o p o l o g í a . V e a m o s p u e s a h o r a , c ó m o e n t r a e n c o n t a c t o la o b r a literaria c o n la A n t r o p o l o g í a . S a b e m o s q u e u n a d e las finalidades d e la A n t r o p o l o g í a e s d e s c r i b i r al h o m b r e y e x p l i c a r l o e n b a s e a s u s características b i o l ó g i c a s y c u l t u r a les. D e j e m o s a u n l a d o las características b i o l ó g i c a s y c o n c e n t r é m o n o s e n las c u l m r a l e s . ¿ R e c o g e la o b r a literaria u n m o m e n t o o u n m o d e l o c u l tural - b i e n c o n t e m p o r á n e o o "in illo t e m p o r e " / b i e n t r a n s l a d o o real y p o r l o t a n t o a c e p t a m o s la o b r a c o m o a n a l d e e n d o c u l t u r a c i ó n ? . Si e s así, la r e l a c i ó n e n t r e A n t r o p o l o g í a cultLiral c o m p a r a d a y Literatura c o m p a r a d a q u e d a clara; p u e s la o b r a , e f e c t i v a m e n t e , refleja e s e m o m e n to. P a s e m o s a h o r a a los l e n g u a j e s n o v e r b a l e s o " p a r a l e n g u a j e " d e la o b r a literaria. Sin d u d a , el " p a r a l e n g u a j e " e s u n e l e m e n t o h u m a n o y t a m s
6
5. Bástenos recordar obras como La hoguera de las vanidades (Bonfire of Vanities) de Tom Wolfe o Memorias de Adriano (Mémoires d'Adrien) de Margarite Yotircenar. 6. Según Marvin Harris, endoculturación es " una experiencia de aprendizaje parcialmente consciente, parcialmente inconsciente a través de la cual la generación de más edad incita, induce y obliga a la generación más joven a adoptar los modos de pensar y comportase tradicionales". Harris, Marvin: Antropología cultural. Alianza Editorial, Madrid 1993, p. 22. Cultural Antropology. Harper & Row Publishers, 1983-
955 CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
JOSÉ CARLOS REDONDO OLMEDILLA
bien Lin elemento de comunicación, pero a l g u n o s de l o s s i s t e m a s que p o d r í a n integrar este "paralenguaje" n o s o n e x c l u s i v o s del h o m b r e . Para F e r n a n d o Poyatos - r e m i t i é n d o s e al h o m b r e - l o s r e p e r t o r i o s n o verbales s o n competencia
de la A n t r o p o l o g í a Literaria.
Para é l esta ciencia
competería: "The interdisciplinary study o f the n o n v e r b a l repertoires o f characters i n narrative literature, a n d t h e transmission process that takes places ( a i d e d b y n o n verbal behaviours) b e t w e e n w r i t e r a n d reader." 7
La A n t r o p o l o g í a Literaria revela s e r de u n v a l o r providencial s i , efectivamente, el investigador realiza u n e s t u d i o de t i p o s e m i ó t i c o - c o m u n i cativo de la obra literaria. Y p o r s u p u e s t o , y al igual que o c u r r e con la Literatura comparada, la A n t r o p o l o g í a literaria puede o r i e n t a r s e s i n c r ó nica o diacrónicamente, y hacia una sola cultura o teniendo en cuenta 8
l o s d i s t i n t o s cruces i n t e r c u l t u r a l e s . ¿Pero qué o c u r r e con el paralenguaje n o e x c l u s i v o y e x c l u s i v o de la especie humana? ¿Están estos lenguajes o s i s t e m a s del "paralenguaje" (espaciales, somáticos, ocupacionales, q u i n é s i c o s . . . ) determinados p o r características ingénitas o, s e g u i m o s con n u e s t r o e t n o c e n t r i s m o c r e y é n d o n o s que d i c h o s s i s t e m a s s o n f o r m a s de lenguaje adquiridas p o r el s e r h u m a n o e n s u p e r í o d o vital? A q u í e s j u s t o donde entraría para n o s o t r o s la E t o l o g í a como e s t u d i o del carácter
y
m o d o s de comportamiento del h o m b r e . Queda claro que e n la obra literaria hay u n tipo de manifestaciones externas, q u i z á s más p r i m a r i a s o p r i m i t i v a s del h o m b r e : s o n i d o s i n d e pendientes, m o v i m i e n t o s , modificaciones de v o z , diferencias de espacio entre l o s personajes... manifestaciones que e m p i e z a n a s e r u n p a t r i m o n i o n o e x c l u s i v o del h o m b r e . A q u í es donde el antropólogo puede recoger f o r m a s culturales en s u s aspectos q u i z á s m e n o s s o b r e s a l i e n t e s , p e r o que e m p i e z a n a h a b l a r n o s de hechos o v a l o r e s s i m b ó l i c o s , de comportamientos a d q u i r i d o s y t r a n s m i t i d o s . L l e g a m o s en este m o m e n t o a esa cinta de t r a n s m i s i ó n entre la A n t r o p o l o g í a y la E t o l o g i a que es el e s t u dio del comportamiento.
Estudio
del comportamiento
h u m a n o en el
7. ( Ed.) Poyatos, Fernando: " Signs, culture, and Literature: Toward a Theory of Literary Antbropology", Literary Anthropology, Amsterdam, Philadelphia, Jolin Benjamins Publishing Company, 1988, p. 4. 8. En el mismo articulo Fernando Poyatos habla de Comparative Literary Antbropology como de una panorámica que contemplase la comparación histórica intercultural. Esta podría estudiar la novela de los años treinta y cuarenta en la India, E.E.U.U., y Europa y los cultúrenlas implicados en el proceso comparativo, p. 17.
956
CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
HACIA U N A I N T E R P R E T A C I Ó N I N T E G R A D O R A DEL C O N C E P T O D E LITERATURA C O M P A R A D A
caso de la A n t r o p o l o g í a y e s t u d i o del comportamiento h u m a n o y animal para la Etología. E s en este m o m e n t o cuando mediante n u m e r o s a s i n v e s tigaciones llegamos a ideas m u c h o más troncales e n E t o l o g í a que n o s llevan a la animalidad del h o m b r e y a la c o m p r e n s i ó n de s u " y o " ingén i t o y biológico. A q u í convendría también que recordásemos una de l a s c o n c l u s i o n e s a la que Charles D a r w i n llegó en s u obra, The Descent Man,
and
Selection
in Relation
of
to Sex ( 1 8 7 1 ) y que p o d e m o s u t i l i z a r para
despejar cualquier vanidad e x c l u s i v i s t a
y antropocentrista que pudiera
bloquear el e s t u d i o del h o m b r e y de s u s p r o d u c c i o n e s relegándolo a una f o r m a inconexa del m u n d o animal: " M a n w i t h all his n o b l e qualities, w i t h s y m p a t h y that feels f o r the most debase, w i t h benevolence w h i c h extends n o t o n l y t o other m e n b u t t o the humblest l i v i n g creature, w i t h his g o d - l i k e intellect w h i c h has penetrated into the m o v e m e n t s a n d c o n s t i t u t i o n o f solar system - w i t h all these exalted p o w e r s - still bears i n his b o d i l y frame the i n d e l i b l e stamp o f his lowly origin". 9
E s m á s , s i adoptamos la n o c i ó n de c u l t t i r e m a
10
- o u n i d a d de cultu-
r a - como válida y la r e d u c i m o s a s u m í n i m a e x p r e s i ó n ; e s decir, reducim o s p o r e j e m p l o conceptos de tipo social, r e l i g i o s o , económico o artistico-literario a s u m í n i m a representación, s u r g e n s i g n o s de t i p o s e n s o r i a l : audibles, o l f a t i v o s , gustativos... V o l v e m o s a l o s aspectos m e n o s racionales y más i n s t i n t i v o s del h o m b r e . S e g ú n el p r e m i o N o b e l austríaco K o n r a d L o r e n z , es poco probable que sea s ó l o la tradición la que haya mantenido de m o d o invariable estas f o r m a s de comportamiento largo del tiempo. E s t o
que m e n c i o n a m o s , constantes a l o
n o s m o v e r í a a pensar qtie l o s d i s t i n t o s
seres
h u m a n o s - a l igual que l o s a n i m a l e s - t i e n e n una programación, y p o r l o tanto Lorenz
una f i l o g é n e s i s . 1 1
Para fundamentar
s u teoría de
la
filogénesis
menciona d o s ramas del saber que comprueban la programa-
Sí. Darwin Charles:
The Descent
of Man, and
Selection
in Relation
to Sex..
Cambridge, U.P., 1958, p. 325 10. Según F. Poyatos es una unidad de cultura que puede ser dividida en unidades más pequeñas o englobada en superiores. Poyatos, Fernando: "Sign, Culture, and Literature: Towards a Theory of Literary Anthropology", Literary Anthropology, Amsterdam, Philadelphia, John Benjamins Publishing Company, 198, p. 14. 11. Lorenz, Konrad: La otra cara del espejo (Ruckseite Spiegels). Barcelona. Plaza y Janes Editores S.A. (publicado por primera vez en Riper & Co. Verlag, München, 1973), 1985. Pág. 268-269.
957 CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
JOSÉ CARLOS REDONDO OLMEDILLA
c i ó n f i l o g e n é t i c a : d e u n l a d o la q u e e s t u d i a e l c o m p o r t a m i e n t o r e f e r i d o al h o m b r e y d e o t r o la L i n g ü í s t i c a . 1 2
Sobre la r a m a q u e estudia el c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o EiblEibesfeldt estudió de f o r m a comparativa los m o v i m i e n t o s expresivos del ser h u m a n o a b a r c a n d o t o d a s las c i v i l i z a c i o n e s i n v e s t i g a b l e s . E l r e s u l t a d o f u e s o r p r e n d e n t e , tras e s c r u p u l o s o s a n á l i s i s se d e m o s t r ó q u e las f o r mas d e e x p r e s i ó n eran idénticas e n los papúes d e N u e v a G u i n e a , los indios W a i k a del alto O r i n o c o , los b o s q u i m a n o s de Kalahari, los franceses c u l t o s , l o s s u d a m e r i c a n o s y o t r o s r e p r e s e n t a n t e s d e n u e s t r a c i v i l i zación occidental. La s e g u n d a r a m a q u e o b t u v o r e s u l t a d o s s o r p r e n d e n t e s f u e la L i n g ü í s t i c a , es d e c i r , e l e s t u d i o c o m p a r a t i v o d e l o s i d i o m a s y s u l ó g i c a , p u e s h o y se s a b e q u e : "Ciertas estructuras del pensamiento son ingénitas e n todos los seres h u m a n o s de todos los p u e b l o s y civilizaciones y q u e n o sólo representan los cimientos para la c o n s t r u c c i ó n lógica d e l lenguaje, sino q u e t a m b i é n d e t e r m i n a n absolutamente la lógica del p e n s a m i e n t o . " 13
Si a e s t o a ñ a d i m o s q u e e l e s t u d i o c o m p a r a t i v o d e l o s m o v i m i e n t o s e x p r e s i v o s e n t r e s las d i s t i n t a s c u l t u r a s d e m u e s t r a n q u e e s t o s se m a n i fiestan d e l m i s m o m o d o , p o d e m o s desechar, o al m e n o s dejar relegada la t e o r í a d e a l g u n o s a n t r o p ó l o g o s q u e d e f i e n d e n q u e t o d o c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o o b e d e c e s i n e x c e p c i o n e s a la t r a d i c i ó n c u l t u r a l . L l e g a m o s así a v a l o r a r r e a l m e n t e l o s c o m p o r t a m i e n t o s d e í n d o l e f i l o g e n é t i c o e n e l ser h u m a n o . Si s e g u i m o s la c a d e n a l l e g a r e m o s a e n t e n d e r a la L i t e r a t u r a c o m p a r a d a n o c o m o u n a c i e n c i a o u n s a b e r a i s l a d o , s i n o c o m o c i e n c i a o u n s a b e r q u e se e n c a r g a d e a n a l i z a r m a n i f e s t a c i o n e s o p r o d u c c i o n e s d e la f i l o g é n e s i s h u m a n a a t r a v é s d e l m u n d o d e la Literatura. 1 4
12. Ya Darwin afirmaba que la expresión de las emociones contiene muchos movimientos ingénitos, específicos del hombre. 13- Lorenz, Konrad: La otra cara del espejo (Ruckseite Spiegels ).Barcelona. Plaza y Janes Editores S.A. (publicado por primera vez en Riper & Co. Verlag, München, 1973), 1985. Pág. 268-269. 14. A modo de curiosidad podemos extraer una cita del prefacio de la obra Lron John de Robert Bly, uno de los escritores norteamericanos actuales más conocidos. Este situaría a la Literatura y a la tradición literaria de los humanos dentro de la misma Filogénesis y no como una manisfestación de ella. Para él ese acervo que recoge el instinto de los animales lo recogería la Literatura en el caso de los seres humanos. Afirma Robert Bly:
958
CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
HACIA U N A I N T E R P R E T A C I Ó N I N T E G R A D O R A DEL C O N C E P T O D E LITERATURA C O M P A R A D A
Si, finalmente, subordinamos la producción literaria a sus elementos inmediatamente anteriores: paralenguaje, lenguaje, o al pensamiento, n o haremos sino verificar aún más, q u e nos hallamos ante u n producto filogenético y supracultural, demostrando así globalidad del fenómeno literario y la importancia y universalidad del estudio de la Literatura comparada. Este era nuestro objetivo, demostrar a partir de la diversidad cultural que la Literatura comparada n o es en absoluto una ciencia aislada del conjunto del saber. Esta última, está estrechamente ligada a la Etología y a su sentido biológico-genético a través de la Antropología cultural de u n lado y de la Antropología literaria por otro. Mediante su praxis el investigador verifica o refuta ciertas elaboraciones como prodtictos culttirales q u e a su vez recogen el comportamiento h u m a n o presente en formas aparentemente diversas en su primera escrutación, pero idénticas al mismo tiempo en la gran mayoría de las civilizaciones de nuestro planeta.
BIBLIOGRAFÍA
BLY, Robert: Iron John.
Barcelona, Plaza y Janes Ed. S.A., 1992 ( I r o n J o h n . N e w
Y o r k , Addison-Wesley C o m p a n y , 1990). B O H A N N A N , Paul & Glazer Mark: Antropología
: lecturas.
Interamericana de España, S.A.,1993 (High Points
Madrid, McGraw-Hill/
in Anthropology;
McGaw-
Hill,1987). GUILLEN, Claudio: Entre lo uno y lo diverso: rada. HARRIS,
Introducción
a la literatura
compa-
Barcelona, Ed. Critica,1985. Marvin:
Antropologia
cultural.
Madrid,
Alianza
Editorial,
(Cultural
A n t h o p o l o g y , ) . Harper & R o w Publishers, 1983.
"El saber necesario para construir un nido en un árbol desnudo, migrar cuando llega el invierno, o realizar la danza del apareamiento; toda esta información está almacenada en los depósitos del cerebro instintivo del pájaro. Pero los seres humanos, conscientes de cuánta flexibilidad podían necesitar para afrontar situaciones nuevas, decidiendo almacenar este tipo de conocimientos fuera del sistema instintivo; lo almacenaron en los cuentos... " Bly, Robert: ¡ron John. New York, Addison-Wesley Publishing Company, 1990 (Edición en español: Barcelona, Plaza y Janes Editores S.A.,1992
959 CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
JOSÉ CARLOS R E D O N D O OLMEDILLA
—: Introducción a la antropología general. M a d r i d , Alianza U n i v e r s i d a d Textos, 1993 (Culture, People, Nature. An Introduction to General Anthopology. Harper & R o w Publishers, Inc. N e w Y o r k ) . JOST,
F.: Introduction C o m p a n y , 1974.
to comparative
Literature.
Indianapolis, B o o b b s - M e r r i l l
Claude: Anthropologie Struturale. Paris, Libraire P l ö n , 1974 ( p r i mera ed. 1958 ) L O R E N Z , K o n r a d : La otra cara del espejo. Barcelona, Plaza y Janes Ed.,1985 (Ruckseite Spiegels, M ü n c h e n , Riper & Co. Verlag, 1973). PICHOLS, Claude y Rosseau, A n d r é - M . : La Literatura comparada. M a d r i d , Ed. Gredos, 1969. (La Littérature Comparée). Paris, Libraire A r m a n d Colin, 1967. POYATOS, Fernando: "Sign, Culture, a n d Literature: Towards a n d T h e o r y o f Literary A n t h r o p o l o g y " , Literary A n t h r o p o l o g y , A m s t e r d a m , Philadelfia, LEVI-STRAUSS,
J o h n Benjamins P u b l i s h i n g C o m p a n y , 1988. REMAK, H . H . H . : " C o m p a r a t i v e Literature: Its D e f i n i t i o n Comparative Literature: Method Press, 1971. STRICH, Fritz: "Literatura Universal Filosofía de la ciencia literaria, ra económica, 1984 (Philosophie u n d D ü n n H a u p t Verlag, 1930). WELLEK, Rene & Warren, A.: Theory (primera e d i c i ó n 1949 ) ZIRMUNSKIJ, V. M.: Vergleinchende 1961.
and Perspective,
and Function,"
Southern Illinois Univesity
e Historia Comparada d e la Literatura", ( varios autores ) M é x i c o , F o n d o d e c u l t u der Literaturwissenschaft, Berlin, Junker of Literature. Epenforschung.
N e w Y o r k , H a n c o u r t , Brace Berlin,
960 CAUCE. Núm. 20-21. REDONDO OLMEDILLA, José Carlos. Hacia una interpretación ...
Akademie-Verlag,