POLÍTICAS TERRITORIALES Y TENDENCIAS EN LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA

POLÍTICAS TERRITORIALES Y TENDENCIAS EN LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA POLÍTICAS TERRITORIALES Y TENDENCIAS EN LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGU

19 downloads 88 Views 7MB Size

Story Transcript

POLÍTICAS TERRITORIALES Y TENDENCIAS EN LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA

POLÍTICAS TERRITORIALES Y TENDENCIAS EN LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA Coo rd ina dor e s: J ulián Mor a A lised a F ern ando dos Re is Conde s so Be tin a Cavac o d e S ão Pe dro

Po lít ica s t er r ito r ia les y t en de nc ias e n la a dmin ist rac ió n p úb lica d e l ag ua

D es ign G ráfic o

Maqu e tiza çã o : Betin a Cavac o d e S ão Pe dro

I SBN :

Refer e n c ia : CGL2009 -05875- EBTE

D epós ito L eg a l:

I mp r ime :

ÍNDICE P r ó l o g o .................................................................................................................................................................... 9

Los Recursos Hídricos de la RedE Guarani/Serra Geral : La Construcción de un Proyecto para el Desarrollo Estrategico para el Cono Sur

Marcos Wachowicz; Maria de Fátima Schumacher Wolkmer; Luiz Fernando Scheibe & L u c i a n o A u g u s t o H e n n i n g .............................................................................................................................. 12 Funcionalidad de las Cuencas en Escenarios de Cambio Climático: Indicadores de Seguimiento

N o e l i a G u a i t a ; L u c í a L a n d a & J u l i a M a r t í n e z ..................................................................................... 35 La Gestión Territorial y los Recursos Hídricos en España

Santiago Rosado Pacheco .................................................................................... 47 Refundamentação do Direito Ambiental como Caminho para Garantia da Administração da Justiça

H a r r y s s o n L u i z d a S i l v a ; I v a n a L u c i a F r a n c o C e i & L u c i a n a R i b e i r o L e p r i ........................... 90 Environmental Flows as One of the Steps for Attaining a Mora Sustainable Managent for São Francisco River, Brazil

Lafayette Dantas da Luz & Fernando Genz .............................................................102 Inundações em Meio Urbano. As Dificuldades de Implementação da Legislação Vigente

Ventura, José E.; Roxo, Maria José.; Agrela, João. & Esteves, Leonor. ......................125 La Administración Pública del Agua en España en el Régimen Vigente. Referencia: La Cuenca Hidrográfica del Tajo

Mª Fernanda del Hoyo Alves . ...............................................................................145 Evolución y Tendencias en la Sostenibilidad: Su Aplicación al Caso Español

Juan Francisco Ortiz Calderón .............................................................................177 Exploração

de

Petróleo

em

Águas

Internacionais

em

Face

do

Desenvolvimento

Sustentável: A Tutela Constitucional do Meio Ambiente e a Contribuição Brasileira

Pedro Lucas de Moura Soares; Patrícia Borba Villar Guimarães & Yanko Marcius Alencar Xavier ...................................................................................................199 Líneas de Trabajo para la Mejora de la Eficiencia en el Uso del Agua de riego en Andalucía. Programa de Evaluación de Instalaciones de Riego

Rafael Baeza; Benito Salvatierra; José Gabriel López & Pedro Gavilán .....................213

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página vi

Cambios de Ocupación en las Superficies de Agua en la Raya Central Ibérica

Julían Mora Aliseda; Francisco Javier Jaraíz Cabanillas & José Antonio Gutiérrez Gallego ............................................................................................................236 Plan Especial del Alto Guadiana

Enrique-J. Calleja Hurtado..................................................................................277 Evaluación de la Recursos Hídricos: Un Modelo Económico de Evaluación

Mª Teresa Pastor-Gosálbez ..................................................................................286 A Utilização Racional dos Recursos Hídricos e a Indústria Sucroalcooleira: Uma Análise à Luz do Princípio do Desenvolvimento Sustentável

Lílian Gabriele de Freitas Araújo & Patrícia Borba Vilar Guimarães ........................300 Gestão

Integrada

de

Recursos

Hídricos

na

Avaliação

de

Políticas

Públicas

Ambientais: Uma Abordagem de Caso Brasileiro Patrícia Borba Vilar Guimarães & Márcia Maria Rios Ribeir o .................................321 La Metodología

de Geo -Ciudades Aplicada al Manejo y Gestión Integral de Cuenca Bajo

un Enfoque Participativo

Antonio Romero F. & Esmeya Díaz ........................................................................340 Riesgos y Cuantificación de Daños por Inundación

Alex Gracia; Lluís Godé; Eva Crego; Miguel A. Arrabal; Víctor Guirado; Guillermo García; Cristina Lobera; Sonsoles González & Elena Martínez .................................353 Complejidad del Marco Normativo del Recurso Hídrico en un País Federal. Ámbito Internacional e Interjurisdiccional

Adriana N. Martínez; Alicia N. Iglesias & Adriana Rosenfeld ...................................379 Utilización de Factores Asociados a Cuencas Hídricas en la Infraestructura de Datos Espaciales OTALEX José Cabezas Fernández; Luís Fernández Pozo; Mariángeles Rodríguez González; Teresa Batista & Carlos Pinto .........................................................................................411 Claves para la Planificación Hidráulica, en Medios Insulares y Volcánicos

Juan Carlos Santamarta Cerezal & Jesica Rodríguez Martín .....................................434 Obtención de Indicadores de Manejo del Agua de Riego a través de Seminarios Continuos de Asesoramiento al Regante

Salvatierra Bellido, B. & Carrera Martínez, T. .......................................................458

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página vii

Prólogo S i co mo señ a la la Car ta Europ e a d e Torr emo lino s, la Ord ena c ión d el T err ito r io es " la expr esión e sp ac ia l de la po lític a econó mi c a , so cia l, cu ltur a l y eco lóg ica de tod a so c ie dad ", con mu ltitud de f ine s, en tre e llos e l de s arro llo s ocio económic o y equ ilibr ado d e la s r eg ione s, la me jor a de la c a lidad de v ida , la g es tión re spon sab le d e lo s r e curs os na tur a les , la con serv ac ión a mb ie n ta l y e l u so ra c ion al d e l ter ritor io. Por e llo, p ara a borda r todo es te ab an ico de obj etivos se c onv ie r te al mis mo tie mp o en un a d is c ip lin a cie n tíf ic a (Ge ogra f ía , Ing en ie r ía , E cono mía , e tc .), en una té cn ic a ad min is tr ativa ( ma r co jur íd ico) y en una po lític a conc ebid a co mo un enfoque in terd is c ip lin ar io y glob a l, cu yo obj etivo es un de sa rro llo equ ilibr ado de las r eg ion es y la organ iz ac ión f í s ica d el esp ac io s egún un prin c ip io r ec tor. Ahor a b ien, no c abe dud a que a lo la rgo d e la h is tor ia los a sen ta mie n tos hu manos

ha n

e s tado

d e te r minado s

por

las

prox imida de s

a

la s

gr andes

infr aes tru c tur as na tur a le s, o s e a, lo s va lles y la s cu enc as f luv ia les de los r íos más imp o r tan tes. Dond e no h a y pr es en c ia abund an te d e agu a las c iv iliz a c iones no alcan za ron un de sa rro llo s ign if ic a tivo .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 9

En e s tos mo me n tos la ma yo r ía de la s gr ande s c iud ade s s e ub ic an e n el en torno d e los gr ande s r íos o lagos , o cu ando s u cr ec i mi e n to se ha d eb ido a cr iter ios polític os se ha ne c es itado d e gr ande s obr a s de c an a liza c ion es p ar a llevar agu a p ara e l uso urb ano. Po r cons iguie n te , son lo s curso s f luv ia le s y la d ispon ib ilid ad d e r e cur sos h ídr icos qu ie ne s cond icion an e l d es arro llo d e los terr itor io s y lo s d if er en tes u sos con sun tivos ( aque l en e l qu e por cara c ter ís tic as de l pro ces o ex is ten p érd ida s volu mé tr ica s d e agu a) y no con sun tivo s ( es aque l en e l que no ex is te p érd ida d e a gua , ya que la c an tid ad qu e en tr a e s la mis ma o a prox ima d a me n t e la mis ma que ter min a con e l pro c eso) d e l agu a. En

e s te

ev en to

se

a na liza

la

s itua c ión

de

los

d is tin to s

pro ce sos

(p lane a mie nto, ge s tión y no r ma tiva) y e n lo s d if er en te s p a ís e s d e Ib eroa mé r ic a, y d esde mú ltip les p er spe c tiv as ( a mb ien ta l, e c onó mic a, so c ia l, jur íd ica y terr itor ia l), por lo qu e e s ta obr a s erv ir á a los inv es tig ador es y a la s ins titu c ion es c o mo b as e p ar a la r ef le x ión y e l de ba te, co lo ca ndo e l d iagnó stico en el n iv el d e r ef eren c ia má s a c tu aliz ado . P ar a f in a liza r que re mo s mo s tr ar nu es tro s má s s in c eros agr ade c imie ntos a las in s tituc ion es fin an cia dora s y co laborado ras pa ra qu e e s te Congr es o ha ya s ido una r ealid ad : Min is ter io d e Cien c ia e Innov ac ión ( CGL2010 -09281 - E ( subprogr a ma BT E), In s titu to Sup er ior d e Ciênc ia s So c ia is e Po litica s d a Un ive rs id ad e T écn ic a

de

L isboa ,

Fund ico tex

( www. cedite x.org ) ,

P lan es tr a tegia s,

Lig a

Mund ia l d e Abogado s A mb ien talista s (L IMA A), A TINA, Ob serv a tor io par a la So s ten ib ilida d d e E spañ a (OSE ), In stitu to p ara a Cons erv aç ao da Na ture z a e Biod ive rs iad e, Rev is ta d e Indu s tr ia e A mb ien te, y la Rev is ta P lan ea me n to

Lo s Coord ina dore s J ulián Mor a A lised a F ern ando dos Re is Conde s s o Betin a Cavac o d e S ão Pe dro

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 10

LOS R ECURS OS HÍDR ICOS DE LA RED E GU ARANI /S ERRA G ERAL : LA CON S TRU CC IÓN D E UN PROY EC TO PARA EL D ESARRO LLO ES TRA T ÉG ICO PARA EL C ONO SUR

MARCOS WACHOWICZ Asesor jurídico del proyecto Rede Guarani/Serra Geral. Profesor permanente en el Curso de Postgrado Maestrado/Doctorado en Derecho de la Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doctor en Derecho por la Universidade Federal do Paraná (UFPR). Maestro en Derecho por la Universidade Clássica de Lisboa - Portugal. [email protected]

MARIA

DE

FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER

Coordinadora general del Proyecto Rede Guarani/Serra Geral. [email protected]

LUIZ FERNANDO SCHEIBE Coordinador técnico, en Santa Catarina, del Proyecto Rede Guarani/Serra Geral, profesor de la Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). [email protected]

LUCIANO AUGUSTO HENNING Maestrando en Geografía en la UFSC. [email protected]

ÍNDI CE : 1. I NT RODUCCIÓN. 2. UNA E COLOGÍA DE SA BE RES. 3. BRE VE HI STÓ RI CO D EL P ROY EC TO. 3.1 Fo me n to. 3.1.1 ANA y FAPE S C 3.1.2 En mie nd a Pa r la me n tar ia . 3.2 Ap arc er ía s. 3.2 .1 FUN JA B y FA PE SC. 3.2 .2 L as Un iv ers id ade s Invo lu cra da s. 4. LA CO MUNIDAD A CADÉMI CO - CIENT ÍFI CA CO MP RO ME TIDA CON LA BÚ SQU EDA DE SO LU CION ES. 4.1 A sp ec tos J ur íd ico s. 4.2 Educ a c ión A mb ien tal. 5. D ESAF ÍOS PA RA LA CON TINUIDAD DE LA INVE STIG ACIÓN. 6. REFE REN CIAS .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 12

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

R ESUM EN La

no me nc la tur a

inv es tig ador es

de

A cu íf ero

div ers as

Gu ar an í

fu e

univ ers id ad es

c re ad a de

r ecie n te me n te

p a íse s

del

Cono

por Sur

latinoa me r ic ano ( Br as il, Arg en tina y U rugua y) p ara un if ic ar la denomin a c ión d el s is te ma a cu íf ero que p er mea e l s ubsu e lo de s us terr itor io s cons titu yéndose en el ma yor ma n an tia l d e agu a du lc e tr ans fronte r izo d e l mundo. La impor tanc ia g eopo líti c a d e l A cu íf ero Guar an í re pre s en ta un ag en te in te grado r d e lo s p a ís es d el Mer cosur qu e me re ce un tra ta mie n to y cu ida do e spe c íf ic os, qu e sobr epa s an las

cue s tion es

po lític a s,

econó mic a s

y

d ip lo má tic a s

de

lo s

pa íse s

g eográ f ic a me n te invo lu cr ados . E l pre s en te e s tudio r e la ta la c re a c ión de un a red d e un iv ers id ade s tr an sfron ter iza s e n la r eg ión, a s í co mo e l d e sa rro llo d e la s activ id ade s r ea lizad a s pa ra cons tru ir a me d ia no y largo p la zo la s b as es de conoc imie n to té cn ico qu e pued an a po yar po lític a s púb lica s tr ans fro n ter iz as p ara un d esa rro llo sos te n ib le .

PA LA BRAS

C LAV E:

Recur so s

h ídr icos .

A cu ífe ro

Gu ar aní.

D es arro llo

s os ten ib le .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 13

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

1 IN TRODUCC IÓN E l tér mino Acu ífero Gu aran í fue p ropue s to ha c e a lguno s años , en una r eun ión de inve s tig ador es d e varia s un iv ers id ade s de pa ís es d e l Cono Sur ( Br as il, Arg en tina , P ar agua y y Urugu a y), c o mo un a for ma d e un if ica r la no men c la tura de un s is te ma a c u íf ero co mún a todo s e llo s, y e n ho me na je a la n ación d e los ind io s gua ran í qu e h ab itaba n e l áre a de su abr angen c ia. An ter ior me n te, e s te acu íf ero er a cono c ido en Br as il por el no mbr e d e Bo tu c a tu, por el h echo d e que la pr in c ipal c ap a de roc a qu e lo co mpon e e s un a ren ito d e or ig en eó lic o, re cono cido y d es crip to po r prime r a v e z e n e l mu n ic ip io de Bo tuc a tu, Es tado d e São Pau lo . S e con s ider a e l A cu íf ero Guar an í e l ma yor ma nan tia l de agu a du lce s ubterr án ea tr ansf ron teriz o de l mu ndo, loc a liz ado en la r egión cen tro -es te d e la A mér ica de l S ur, en tr e 12º y 35º de la titud sur y 47º y 65º de long itud o es te. O cupa un áre a d e 1,2 millon es d e km² , e x tend ié ndos e por Br as il (840.000 k m² ), P ar agua y (58.500 k m² ), Urugu a y (58.500 k m² ) y A rgen tin a (255 .000 km² ) . Su ma yor oc urr enc ia e s en te rr itor io br as ileño (do s ter c ios de l áre a tota l), in clu yendo los es tado s de Go iás , Ma to Gros so do Su l, Mina s Gera is, São P au lo, P aran á, San ta Ca tar in a y Rio G rand e do Su l. E s e depó s ito d e proporc ione s g ig an tes ca s d e agu a sub terr án ea e s tá forma do por de rra ma mie n tos d e b as a lto o curr ido s en los p er íodos T r iá s ico , Jur ás ico y Cr etác ico Inf er ior (en tr e 200 y 132 millone s d e años ). Es tá con s tituido por los s ed ime n to s a reno sos d e la for ma c ión P ir a mboia en la ba se ( For ma c ión Bu ena V ista en Arg en tina y Urugu a y) y ar en itos Bo tu ca tu en la c u mbr e ( Mis ion e s en P ar agua y, Ta cu ar e mbo e n Urugu a y y en Arg en tin a). L a e spe sur a to ta l de l ac u ífe ro v ar ía d e v a lor es super ior es a 800 me tros h as ta la au sen c ia comp le ta de e sp esur a en ár ea s in te rna s d e la cu en ca . Cons id er ando un a e sp esur a me dia na acu ífer a de 250 me tr os y poro s idad efectiv a de 15 %, se es tima qu e la s r e serv a s p er ma nen te s d e l acu íf ero ( agua acu mu lad a a lo largo de l tie mpo) s ean d e l ord en d e 45.000 km³ . E l Acu íf ero Gu ar an í con stitu ye una imp or tan te r es erv a e str a tég ic a par a e l abas te c imie n to

de

la

pobla c ión,

pa ra

el

de sar ro llo

de

la s

ac tiv idad es

econó mic a s y d e l o c io. Su r e carg a n a tura l a nua l (pr in c ipa lme n te por la s lluv ias) es de 16 0 km³ /a ñ o, s iendo que d e e s ta 40 km³ /a ñ o cons titu ye e l po tenc ia l exp lo tab le sin r iesgo s p ara e l s is te ma a cu íf ero. La s agua s en gen er a l

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 14

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

s on d e bu ena c a lid ad pa ra e l a ba s te c imie n to púb lico y o tro s u sos, s iendo que en su por c ión conf inada , los po zos tien en c e rc a d e 1.500m d e profund id ad y pu eden produ c ir f lujo s sup er ior es a 700 m³ /h . L a impor tan c ia geopo lític a de l Ac u ífe ro Gu ar an í repr es en ta un ve rda dero agen te in tegr ador d e lo s pa ís es de l Me rco sur, pue s, má s a llá d e cu es tion es po lítica s, ec onó mic a s y d iplo má t ic a s, e s te ma n a n tia l un e g eogr áf ica me n te Arg en tina , Br as il, P ar agu a y y Urugu a y. Su es tud io r equ ier e un deb ido le van ta mie n to pa ra qu e su conoc imie n to pu eda con stru ir po lític a s tr ansf ron ter iz a s de me d iano y la rgo pla zo , que po sib iliten la con cep c ión de un de sa rro llo so s te n ib le , lo qu e e s s in dud a un a de las cu e stione s má s impor tan te s d e los p a ís es qu e fo r man pa r te d e la co mun id ad d el A tlántico Sur. 2 UNA ECO LO GÍA DE SABER ES 1 An te la d ime n són d e la cr is is amb ie n tal, se p lan tea ho y co mo cu es tión cen tr a l una r ev is ión profund a de nue s tr a con c ep c ión d e des arro llo soste n ib le . E l av an zo cie n tíf ico , sobord in ado a lo s in ter ese s d e l c ap ita lis mo y pro mov ido por la

id eo log ía d e l progr eso , no s h izo cr ee r qu e lo s r ecu rso s a mb ien ta les

s er ían inf in itos y qu e los b enef ic io s d e e s te mo d e lo podr ían s er g ene raliz ado s a tod a la hu ma n idad . En e s e sen tido , a crise ambiental é a crise de um modelo econômico, de um modelo civilizatório que degrada o meio ambiente, sub -valoriza a diversidade cultural e desconhece o Outro (o indígena , o pobre, a mulher, o negro, o Sul), ao mesmo tempo em que privilegia um modo de produção e um estilo de vida que não pode beneficiar a todos, diante dos limites da natureza e das mudanças climáticas provocadas pela sua matriz energética, ameaçando a continuidade da vida no nosso planeta. (MANIFIESTO POR LA VIDA, 2002:16).

Todo s lo s prob le ma s que a lter an la c a lid ad d e l me d io a mbie n te af ec tan en pr imer lug ar e l agu a. La s r es erv as d e agu a du lc e d e l p lan eta e s tán a me na z adas no só lo por la s mud an zas en e l c lim a g loba l, s ino ta mb ién por e l au me n to d e la d emanda con e l cr ec imie n to econó mic o ( má s qu e e l d e mogr áf ico), por e l

1

Expresión usada por Boaventura de Souza Santos en el artículo “Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes” (SANTOS, 2007).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 15

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

pro ceso d e d egrad a c ión c ua lita tiva ( asor e a mie n to d e los r ío s, con tamin a c ión por alc an tar illado do mé s tico, indus tr ia l, pe s tic ida s, f eno le s, e tc .) , re de s de abas te c imie n to con pé rd id as s ign ific a tiv as y té cn ic as d e irr ig a c ión abu siv as. L a salud hu ma n a s e fr ag iliz a por lo s e fe c tos a cu mu la tivo s de la s c ad en as alimen tar ias y d e la con ta min ac ión d e l agu a, prob le ma qu e se re f leja e n lo s altos índ ic es d e mor ta lid ad inf an til po r d iarre a , p ara c ita r só lo un a d e las cons ecu en c ia s qu e má s no s s en sib iliz an , imponie ndo un a so lid ar ied ad a c tiv a. ¿E s pos ib le pro mov er un a tran s ición d e l mode lo de d es arro llo pr ed ator io qu e adop tamo s a un mo d e lo que re so lv a la con tr ad icc ión en tr e e cono mía y eco log ía? A visão de um mundo justo é tão essencial para a nossa sobrevivência como a de um mundo produtivo e o de um meio ambiente saudável. Discutir qual do três é mais importante é não entender que não se trata de alternat ivas, e sim de objetos articulados, onde conseguir o avanço de um em detrimento dos outros não constitui avanço, e sim recuo para todos (DOWBOR, 1998:16).

E l de s af ío es c re ar cond ic ione s d e mu dan z a, de n tro d e una v is ión cen tr ada en el pr in c ip io de la v id a. As í, la re con s tru cc ión de la e cono mía e mp ie z a a ser tamb ié n un p roc eso de s ign if ic a ción d e la vid a y de la e x is ten c ia hu ma n a ( LEF F, 2006). E s impr es c ind ib le tr an spon er e l c ír cu lo d e las c ien c ias c on ten id as e n e l límite d e la ra c iona lida d mo dern a, abr iéndo se “ a té un ca mp o s is têmic o que in clua

e

fa vore ç a

o

f lor es c ime n to

de

dif er en te s

for ma s

cu ltur a is

de

conhe c ime nto ” ( MANIF IES TO POR L A VI DA, 2002 :20). Aún d en tro de las lín eas d e l mis mo ma n if ie s to, s e ex ig e imp le me n tar un a ecolog ía d e sabe re s qu e s ea el r esu l ta do de un diá logo hor izon ta l in te r e in tr a cu ltura l, y ta mb ién d e una v is ión

ecos is té mic a

e

in terd iscip lin ar ia ,

fund a me n tad a

en

una

nu ev a

cos mov is ión d e la c ienc ia . E labor ar

propu es tas

qu e

a tienda n

a

una

nuev a

é tic a

eco lóg ic a

es

po tenc ia liz ar un aborda je co mp lejo, qu e par ta de l r e cono c imien to d e lo s b enef ic io s de la r a c ionalid ad ins trume n ta l y tamb ié n d e sus límite s , sup erando el cono c imie n to fra c c ion ado en una v is ión eco sis té mic a. “ A edu ca ç ão p ara a s us ten tab ilid ade dev e en tender -s e n es te con tex to co mo um a p e dagogia b as ead a

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 16

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

no d iá logo d e s aber e s, e or ien tad a a té a con struç ão de u ma r a c ion a lidad e amb ien ta l” ( MANI FIE STO PO R LA V IDA, 2002 :21). En e s a p er sp ec tiv a, e l pro yec to R ed e Gua ran i/S er ra G era l ( RGSG) e lig e la g es tión in tegr ada d e las a gu as (supe rf ic ia l y s ub terr áne a) c o mo ej e temá tic o y cataliz ador d e la inv es tig ac ión en re d, in c lu yendo d iv ersos s aber e s c ie n tíf ico s y

pro mov ie ndo

ins titu c ion es

de

a mp lia

ar ticu la ción

inves tig a c ión,

de

inv es tig ador es

fund ac ion e s,

p ar a

de

f avor ec er

un ive rs id ad es, el

f lujo

de

infor ma c ione s y la so c ia liz ac ión de e s e conocimie n to, p ar a un a mp lio d eb a te cen tr ado en lo s

prob le ma s d e g es tión de agu as con la to ma d e d ecis ion e s y

accion es n ec e sa r ia s a l d es arro llo so c ia lme n te s os ten ib le .

3

BR EV E H IS TÓ RICO D EL PR OYEC TO E l h ito d el pro yec to R ed e Guar ani/S e rra G era l 2 fu e la preo cupa c ión

expres a en la Car ta d e Fo z d e l Igua çu 3, e l 15 de oc tub re de 2004, en c uan to a l u so so s ten ible de l agu a s ubterr án ea a lma c e nad a e n e l S is te ma Acu ífero Gu aran í ( SAG), co mprob ada me nte uno de los ma yor es s is te ma s acuíf eros d e l mundo. A p ar tir de la p ar tic ip a c ión en aque l S e min ar io In terna c ion al, e l dipu tado f eder al Ed ison Andr ino, mie mb ro d e la Co mis ión d e Re lac ion es Ex ter ior es de l Congr eso Na c ion a l, se h a conv en c ido d e la n ec e s idad d e l e s tab le c imie n to, en S an ta Ca tar in a, d e inv estig ac ion es qu e con so lida ran líne as d e inve s tigac ión, en el ámb ito aca dé mic o , par a or ien tar d icho uso en e l Es tado. Con e l inc en tivo de l pa r la me n tar io, e l p a so sigu ien te fu e iden tif ic ar en la Un ivers idade F ed era l d e San ta Ca tar ina (UF S C) y en la Un ive rsidad e do P lana lto Catar in en se (UNI PLA C) los pos ib les inv es tig ador es , y r e la c ion ar los actor e s e s ta dua les y n ac ion a le s invo lu crados en la temá tic a . En e l mis mo p er íodo, s e e labor ab a e l h ito lóg ico de l P rograma p ar a e l D es arro llo So s ten i b le d e la Cu enc a H idrog rá f ic a d e l Río Urugu a y (P ro - Río Urugu a y - A cuífero Gu aran í), qu e con tó con la p ar tic ip ac ión d e lo s mis mo s inv es tig adore s, con la in tenc ión d e un a eje cu c ión in tegr ada – tan to es a s í que en e l De cr e to n. º 4.870, d e 17 d e nov ie mbr e d e 2 006, qu e h a r egula me n tado a que l p ro ye c to , la s

2

El Aquífero Serra Geral fue incluido posteriormente.

3

Resultado de las discusiones ocurridas durante el Seminario Internacional “Aquífero Guarani, gestão e controle social”, realizado en Foz do Iguaçu, los días 14 y 15 de octubre.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 17

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

r esp ec tiva s ins titu c ion es fu eron in clu id as en su Con sejo D ir ec to r 4. En

ma r zo

d e 2005, e l pro yec to de la RGSG con tó con la a de s ión d e la Funda ção d e Apo io à

In v es tigaç ão

Cien tífic a

e

T ecno lóg ica

do

Es tado

de

San ta

Ca tar ina

( FAPE S C), lo qu e fu e d ec is ivo a tod a la es tru c tura c ión d e l pro yec to. En un pr imer mo me n to, la in ten c ión e ra envo lv er todo s los es tado s de o curre nc ia d e l SAG (Go iás , Ma to Gro sso, Ma to G ros so do S u l, Min as G era is, Pa ran á, Rio Gr ande do Su l, São P au lo y S an ta Ca tar ina ). S in e mb a rgo, tr as e l “En cu entro d e la Un idad Na c ion a l d e Eje cu c ión de l P ro yec to (U NEP ) de l P ro ye c to par a la P rotecc ión A mb ien tal y De sar ro llo Sos ten ib le d e l S is tema A cu íf ero Guar aní ( PSAG) ”, el 07 d e abril d e 2005 e n la c iud ad de Cu r itib a, s e h a op tado por in clu ir, en el pro ye c to, s ólo e l E s tado d e San ta Ca tar in a. A par tir de en ton ce s, s e h an bu sc ado fuen tes de fome n to y nu eva s apar cer ía s cie n tíf ic as :

3.1 Fo m ento Lo s r ecu rsos c ap tado s a n ive l d e l gob ierno f ed era l p ar a la re a liza c ión d el pro yec to

fu eron

funda me n ta les

a

la

c ons tru cc ión

de

la

R e de

A qu ífe ro

Gua ran i/S e rr a G era l , re su ltado d e do s a cc ion es con co min an te s jun to a lo s órg anos públic os fed er ale s y e s tadua le s.

3.1 .1 Ag ênc ia Nac io na l de Ág uas (ANA) y F un dação d e A po io à P e sq uisa C ient íf ica e Tec no lóg ica do Es tado de San ta Cata r ina (FAP ESC) L a Confer enc ia Reg ion al Sur de Cien c ia , Te cnolog ía e Inova c ión , r e a liz ada en agos to de 2005 , h a in c lu ido por s uger en c ia d e la Pr es ide nc ia d e la FA PE SC en sus d e lib era c ion es la propu es ta de es tud io in tegra do d e C& T sobr e u tiliza c ión s os ten ib le de l Acu íf ero Gu aran í, entr e los tr e s e s tados d e l s ur, con el apo yo de la s re sp ec tiva s funda c ion es d e a po yo a la inv es tig ac ión. Se ha a b ier to a s í un a d e las vía s d e re curs os. P ar a p le ite ar re cur sos jun to a la ANA er a n ece s ar ia la ela bora c ión de u n pr epro yec to. Fue h ech a un a reun ión en Lag e s, con la pr e senc ia d e la FAP ES C y r epr es en tan te s po líticos c a tar in ens es , pa ra la pre s en ta c ión d e una propu es ta de 4

Crea el programa para el Desarrollo Sostenible de la Cuenca Hidrográfica del Río Uruguay – PRORÍO URUGUAY – ACUÍFERO GUARANÍ, define la estructura institucional para su implementación y establece otras providencias.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 18

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

inv es tig ac ión,

e labor ad a

con

la

par tic ipa ción

de

la

coord in a ción

de

inv es tig ac ión d e la UNI PLA C, v isa ndo concurr ir a un ed ita l lanz ado po r el Min is ter io d e l Med io A mb ien te 5. T a mb ién han pa r tic ip ado de es a r eun ión o tros in tegran tes d e l Progr a m a Pro - Río Urugu a y e inv es tig ador es d e la Un ive r s idade do Oe s te de San ta Catar ina (UNOE S C). E l pr epro yec to f ue in titu la do “Una P ropue s ta pa ra San ta Ca tar in a : Agu a y Ca lid ad d e V ida en la Reg ión de Recarg a d e l Acu íf ero Gu aran í”, y con te mp laba pr in c ipa lme n te la cu enca d e l r ío Cano a s, en Urub ic i y en e l s a lto de l r ío Cav eir as , en e l mu n ic ip io de Lag es , ademá s d e la s cu e s tion es r ef er ente s a l de re cho a p lic ab le a l Acu íf ero Gu aran í y a la edu ca c ión a mb ien tal. E l pr eproye c to h a s ido en treg ado a la ANA en agos to d e 2 005 por e l pre s ide n te de la FA PE SC y por e l d iputa do f ede ral E d ison Andr ino. E l in ic io de l a ño 2006 fue ma r ca do por la s a r ticu la c ion es con los do s es tados .

Con

el

apoyo

f in an c ie ro

de

la

F UNJA B,

fu e

po s ib le

traer

inv es tig ador es a F lor ianópo lis : d e la Un ive rs idad e Fed era l do Pa raná (UFP R) y del Cen tro Un iv e rs itá rio do Va le do Tacuar i (U NIVAT ES /RS ). El pro yec to en tonc es e la borado , intitu lado “Zon ea mie n to H idrogeo lóg ico y Propu es ta J ur íd ic a par a e l Uso y Cons erv ac ión d e l Ac u ífe ro Gua ran í, con v is ta s a l D es arro llo So s ten ib le e n los

T re s Es tados d e l Sur de Br as il”, tuvo a mp lia

cober tu ra lo ca l y na c ion a l d e la pr ens a. En e l me s de ma r z o fue ob ten ida la Car ta Co mp ro mis o d e la con trap artid a de c ada E s tado , fir ma d a por lo s tr es gob ernado res . As í, cu ando los té cn ic os d e la ANA sug ir ieron la conf igur ac ión d el pro yec to en red de lo s tr e s es ta dos de l sur, su rg ió la d eno min a c ión RED E GU ARA NI /SE RR A G ERA L ( RG SG). Lo s

me s es

s igu ien te s

fue ron

de

in tens as

reun ion es

d ir ig ida s

a

la

elabor a c ión d e l Tér min o d e Refe ren c ia d en tro d e la s ex ig en c ia s d e la ANA, así 5

El preproyecto intitulado “Una Propuesta para Santa Catarina: Agua y Calidad de Vida en la Región de Recarga del Acuífero Guaraní”, y coordinado por la profesora doctora Maria de Fátima S. Wolkmer, estaba dividido en cuatro subproyectos: - Subproyecto 1: Agua y calidad de vida en el área de recarga/descarga del SAG en la cuenca del río Canoas en Urubici (coord. prof. M. Sc. Luciane Costa de Oliveira); - Subproyecto 2: Agua y Calidad de vida en el área de recarga del SAG en salto del río Caveiras, en el municipio de Lages (coord. prof. M. Sc. Lucia Helena Baggio Martins); - Subproyecto 3: Derecho aplicable al Acuífero Guaraní (coord. prof. M. Sc. Daniela de Abreu Santos); - Subproyecto 4: Portal Acuífero Guaraní – Conocimiento integrado del Acuífero Guaraní (coord. indicada por la FAPESC).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 19

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

co mo con e l CN Pq (qu e ta mb ié n exig ió fo r ma ta c ión e spe cíf ica par a aprob ac ión d el pro ye c to) en todo e l p roc eso . Lo s re cur so s ob ten idos jun to a la ANA, a tr avés d e l CNPq , fu eron r ep ar tido s en tre lo s tr e s e s tados y su liber a c ión só lo o curr ió en lo s ú ltimos d ías d e l año 2007 /in ic io d e 2008. A e s to s se ha s u mado, en San ta Ca tar in a, un a sus tan c ia l con tr apar tid a d e la FAP ES C, tr as la for mata c ión f in a l d e l pro yec to a te nd iendo tamb ié n a las e sp ec if ic ac ione s y or ien ta c ione s d e es ta a gen c ia de fo me n to. Es os r e cursos con s titu ye n, en su pr imer a f a se , e l mo ntante to tal de la su ma pa ra cos te ar e l pro yec to .

3.1 .2 En m ie nda pa r lam en tar ia O tro imp or ta n te par a la ob tenc ión d e lo s r e cur sos fue la s olic itac ión, en 2005, a l Foro Pa r la me n tar io Ca ta r inen s e, de un a en mie nda co lec tiv a, en e l v alor d e R$ 12 .000.000,00 . L a en mie nda fue aprob ada por la un an imidad d e lo s p ar lame n tarios c a tar in en se s y co loc ad a en e l P re supue s to Gen er a l de la Un ión p ara e l año 2006, con e l v a lor d e R$ 8 .000.000,00. Dur an te todo el año d e 2006 h a p ros egu ido e l tr abajo p ar a la lib er a ción d e eso s r e curso s, cu ya pr in c ipa l f ina lidad er a do tar la s un iv er s idad es con labora to r ios,

equ ip a mie n tos,

libro s,

es tru c tur a

p ara

e je cu c ión

de

la

inv es tig ac ión v is ando a s u continu id ad y , p r inc ip a lme n te , fo rma c ió n de co mp e ten c ia s lo ca les vin cu lad as a la s un iv ers id ade s, constitu yendo un a nu ev a g ener a c ión d e inv e s tigador es ac tu ando en r ed, en un a v is ión in te rdis cip lin ar ia e in ter ins titu c iona l sobre los uso s de l agua . En la conc ep c ión gen e ra l de l pro ye c to r ef er ente a la en mie nda co lectiv a, R EDE

GUA RA NI /S ERR A

G ER AL



Santa

Ca tar ina :

Inf ra estru c tur a,

Cap ac ita c ión e In tervenc ión ( RG SG - SC:I CI ), e l va lor f in a l d e R$ 4.250.000 ,00 fu e r ep as ado a la Ca ix a Econô mic a F ede ra l ( CEF) , en e l a ño 2006 p ar a ap licac ión v ía FA PE SC, ex ig iendo la pron ta in ter me d ia ción d e l pr e sid en te de la mis ma j un to a l gob ern ador d e l Es tado. En en ero d e 2007 o curr ió la pr ime ra r eun ión con e l e quipo d e la CEF y la pr es enta c ión d e lo s inve s tiga dore s y propu es ta de tr ab ajo p ar a r e a liza c ión de las lic ita c ione s, un in tr inc ado pro ceso qu e en jun io d e 2010 a ún s e encon tr aba en ma rch a – y nu eva me n te s usp enso d eb ido a r estr icc ion e s en lo s p er íodo s e le c tor ale s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 20

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

3.2 Apa r cer ías E l pro yec to s o la me n te f ue pos ib le c on e l es tab lec imie n to d e un p lan es tr atég ico qu e in c luir ía d esd e su in ic io la c rea c ión de apa rc er ías .

3.2 .1 FUNJA B y FAPESC L a Fundação Jos é A r thu r Bo iteu x (FUN JA B) ha qued ado re spon sab le por la ejecu ción de l pro ye c to, pr es tando a po yo f inanc iero en las e tap as in icia le s, y log ís tico h as ta me d iados d e l año 2009, cuando s e h a de s lig ado de l pro yec to ; o tr a ap ar cer ía funda me n ta l fu e de la FA PES C, qu e tra jo leg itimid ad p ar a ades ión d e la s FAP s de Rio Grand e do Su l y P aran á y re sp ec tivo s gob iernos es tadua le s, a s í co mo en la v iab iliza c ión d e lo s r ecur sos d e lo s ó rganos f edera les invo lu crado s.

3.2 .2 La s un iv e rs ida des invo lu c rada s Fu e es enc ia l ta mb ién la conf ianz a d e los r ec to re s de la Univ ers idad e F ed era l d e San ta

Catar ina

(UFS C)

y de la

Un ive rs idad e do P lana lto

Ca tar in ens e (UNIP LA C), cu yos prof esor e s p ar tic ipa ron d esd e e l inic io d e l pro ceso de in stitu c ión de la Red, y d e lo s d ir ige n te s d e la s de má s in s titu c iones catar in ens es, co mo la Un iv er s idad e do Oes te Ca ta r ine ns e (U NOE S C), e l Cen tro d e Ag r icu ltura e V e ter iná ria da Univ e rs idad e do Es tado d e San ta Ca tar ina ( CAV /UD ES C), la Emp r esa d e Inv es tiga ção e E x te nsão Ag rop ecuá ria d e San ta Catar ina (E PAG RI) y, má s re c ien te me n te , la Funda ção Un ive r sidade R eg iona l

de

B lumenau

(UNO CHAPE CO) .

(FU RB)

y

la

Un iv er s idad e

de

Chap ecó

6

6

Los principales investigadores relacionados al proyecto, en cada una de esas entidades, fueron o son la prof. dra. Maria de Fátima Schumacher Wolkmer (idealizadora y coordinadora general), y los/las prof. Edgar Galilhete, Eloi Ampessan Filho, Lucia Helena Baggio Martins, Luciane Costa de Oliveira, Valdeci Israel y Lucia Ceccatto, de la UNIPLAC; los prof. drs. Luiz Fernando Scheibe (coordinador técnico), Rogério Portanova, Carlos Henrique Lemos Soares, Joel Pellerin, Luiz Carlos Pittol Martini, Orides Mezzaroba y Luiz Antonio Paulino, de la UFSC; los/las profs. Anderson Guzzi, Eduarda M. D. Frinhani, José Carlos Azzolini, Márcia Bundchen, Máira Dallavéquia, Fabiano Alexandre Nienow, dr. Joviles Trevisol, de la UNOESC; los/las prof. dra. Mari Inês C. Boff, dr. Silvio Luis Rafaeli (CAV/UDESC); los inv. dr. Pedro Boff, dr. Tássio D. Rech, Vilmar F. Zardo (EPAGRI/Lages); y, posteriormente, prof. Leonel Piovesan (UNOCHAPECO) y profa. dra. Noemia Bohn (FURB), además de los profs. drs. João Alberto A. Amorim, de São Paulo, y Alvaro Sanchez Bravo, de la Universidad de Sevilla.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 21

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

4 LA C OMUN IDAD ACAD ÉMI CO -C IENTÍ FICA COM PROMETIDA CON LA BÚS QUEDA D E SO LUC IONES E l mo d e lo d e “ge s tión d e r e cursos h ídr icos ” c on b as e en la of er ta es tá en cr is is, aún e n pa íse s c o mo Br as il, donde la d isponib ilid ad d e a gua no cons titu ye, a pr ime r a vis ta, un prob le ma . O curr e qu e la d is tr ibuc ión d e la s aguas en e l ter r ito r io br as ileño no e s un ifo rme , y a lguna s r eg ione s enf ren tan s er io s prob le ma s d e ab as te c imie n to : “ e m a lg u ma s me tr ópo le s, co mo S ão Pau lo, Recif e e o D istr ito F ede ra l, a f a lta d e p lanej ame n to, a liad a à con ta min aç ão dos r ecu rso s h ídr icos , conv er te o ab as te c ime n to e m u ma d e lic ad a qu e stã o soc ia l” (I RIGA RAY, 2003 :49). En 2005, cua ndo h a in ic iado el proye c to RGSG, la r eg ión o es te d e l E stado d e San ta Cata r ina ya era c as tig ada h ab ía cua tro año s por su ce s ivos p er ío do s d e f alta d e lluv ia, a fe c tando no só lo la agr icu ltur a y la ec ono mía , co mo lo s r ecu rso s

amb ie n tale s,

e sp ec ia lme n te

em

c uan to

al

equ ilibr io

de

los

eco s is te ma s a c uá ticos . L a rep e tic ión de e so s “ e s tiaj es ” h a apun tado la n eces id ad no só lo d e bu sc ar re spu es t as a los prob le ma s má s u rgen tes, s ino tamb ié n d e pro mov er un deb a te cen tr ado en las cue s tion es que car a c te r iz an e l u so y la g e stión in tegr ad a d e las agu as. En e s e c on tex to , las a gua s sub te rr áneas s on es tra tég ica s, por s u c alid ad y f ác il a c ce s ib ilid ad, e x ig iendo inv ers iones men or es que e l agua sup erf ic ia l. S in e mb argo, co mo ha s ubra yado la ex - min is tra de l me d io a mbie n te , Mar ina S ilva (2007) , para que possamos atribuir às águas subterrâneas seu devido valor como recurso estratégico e importante fonte de abastecimento, são necessárias ações no sentido de ampliar os conhecimentos técnicos, implantar uma rede efetiva

de

monitoramento,

implementar

a

gestão

integrada

das

águas

subterrâneas e superficiais, bem como a capacitação de técnicos, gestores e da sociedade em geral. (SILVA, M., 2007:05).

D es arro llar un mod e lo d e uso sos ten ib le de la s agua s, p as ando de los enfoque s conv enc ion a le s d e g es tión d e re cu rso s h ídr ic os a un e nfoque eco s is té mic o d e uso in te grado d e l a gua , ex ig e qu e s e e mpie c e a ver la c a lid ad d e l agu a a pa rtir d e la c a lidad d e l me d io a mb ie n te. E so ha h echo que se s u maran

esfu er zos

de

la

co mu nid ad

c ien tíf ica

de

Sa n ta

Ca tar in a,

con

inv es tig ador es d e d ife ren te s á rea s d e un ive rs id ad es y fund a c ione s, par a

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 22

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

d es arro llar d iec is ie te co mpon en tes d e un proye c to obj e tiv ando un mod e lo d e g es tión in terd isc ip lin ar ia , ten iendo e l cono c imie n to c ien tíf ico y la edu ca c ión amb ien ta l co mo fa c tor es fund a me n ta le s a un a mu d an za cultur a l y la ad es ión d e la pob la c ión, s in las c ua les n ingun a po lítica púb lic a ob tiene e l r esu lt ado esp er ado. L a id en tif ica c ión de a lgun as pr ior ida de s h a fund a me n tado la e labor a c ión de las me ta s y e tap a s de l pro ye cto : e n pr ime r lug ar, e l forta le c imie n to d e las un iv ers id ade s y funda cion es p ar a la imp le me n tac ión d e l pro ye c to RGSG , así co mo e l d e sa rro llo d e ca pa c id ad e s r eg iona le s co mo un e leme n to es en cia l e n la d ef in ic ión e imp le me nta c ión d e po lítica s públic a s. P ar a qu e la Red pud ie ra alcan zar

su s

obje tivos

de

uso

in tegr ado

de

las

agu as

supe rf ic ia le s

y

s ubterr án eas , fue id entif icad a la ne c es id ad de equ ip ar la s ins titu c ione s con la infr aes tru c tur a impr es cind ib le a la ej e cuc ión d e la s inv estig ac ion es , lo que se h ace d esd e 2008, a tr avé s d e la a dqu is ic ión d e equ ipa mie n tos y ma te r ia l p er ma nen te p ar a va r io s labor a tor io s, con lo s re cur sos ob ten idos por la aproba c ión y lib er a c ión d e la En mie nda Co le c tiv a d e la Ban cad a Pa rlame n ta r ia Catar in ens e. E s a inf ra es truc tur a, a de má s d e l obj e tivo d e d ar suste n ta c ión a la s inv es tig ac ion es p rev is tas en var ias d e las me ta s d e la Red, vis a ta mb ién da r s opor te a a que llas que s e segu irá n d e sa rro lla ndo tr a s e l tér mino de es te pro yec to , así c o mo la per ma n en te cua lif ic a c ión d e ac tor e s lo ca les a trav és d e la educac ión for ma l e infor ma l s obr e me dio a mb ien te, de s arro llad as en la s un iv ers id ade s y en pro ye c to s d e ex te ns ión. E l agu a está loc a lizad a te rr itor ia lme n te y d eb e de s er ad min is trad a lo calme n te p ar tiendo de l re conoc imie n to de la ex is ten c ia de lo s lími te s f ís ico s mater ia les a l d es arro llo. Tod as la s mu d anz as d eben s er pre c ed idas por un d iagnós tico y p or la e s tru c tur ac ión /d ispon ibiliz a c ión de un a b as e d e da to s cien tíf icos qu e fund a me n ten po lític a s púb lica s in tegr ada s p ara e l uso d e l agua y el u so de la tierr a. O curr e qu e e l Es tado de San ta Ca ta r ina , a l con tr ar io de s us

v e c inos ,

pr á c tic ame n te

no

c on tab a

c on

equipo s

pe r ma ne n te s

de

inv es tig ac ión en e l se c tor d e r ecur so s híd r ico s, c ar e c iendo , por lo tan to, d e una b as e só lid a d e da to s qu e per mitie r an con s truir so luc ion es p ar a la ge s tión y r ecup er a ción d e lo s con tamin a c ión

y

ec os is te ma s a cu á tico s, y a lte rna tiv as a los p rob le ma s de

sobre -exp lo ta c ión

de

ac uíf eros ,

a

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

la

r educ c ión

de

la

Página 23

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

b iod iv ers ida d, en tre o tro s. S e d es tac an a s í e l va lor d el cono c imie nto y a c c ion es lo cales como un f a c tor d e te r mina n te d e polític a s ef ica c es . L as propu es tas n eces itan te ner co mo b a se diagnó stico s inte rd is c ip lina r ios , la innov ac i ón tecno lóg ica y ta mb ién e l re s ca te d e la sab idur ía loc a l qu e en seña ma n er a s, s ed ime n tadas por la pr ác tic a, d e r eprodu c ir la v id a. In tensif ica r e l in te rc a mb io d e exp er ienc ia s ex ito s as y d ivulg ar sus pr á c tic a s for ma n p ar te d e un pro ceso qu e bus ca de s arro lla r un mod e lo de gobern ab ilid ad que prop ic ie e l tra bajo en r ed en tr e los s eg me n tos soc ia les comp ro me tidos con la é tica eco lóg ica . De

es ta

for ma ,

in ter ins titu cion a l,

el

pro yec to

b as ad a

en

fu e la

fo r mu la do

co mo

una

inve s tig ac ión - ac c ión ,

in icia tiva inte rc a mb io

( conoc imie nto co mp ar tido), e mp ode ra mie n to lo ca l a trav és d e la educ a c ión e ins tru me n taliz a c ión de la s un iv ers id ade s co mo induc to ra s d e la mud anz a d e lo s enfoque s tra d ic ion a le s, de g es tión d e agu a como r e curso , pa ra nu evos enfoqu es d e g es tión e co s is té mic a , co mo un h ito r egu la tor io b a sado en e l “bie n v iv ir ” expreso en e l n eocon s titu c iona lis mo. P ar a la forma c ió n d e co mp e tenc ias loc a les, se h a op tado por la cr ea c ión de un nú c leo de e s tud ios av anz ados de g es tión d e a gua s, as egur ando a tr avé s d e un a es tru c tur a cen tra l un a p la tafor ma d e diá logo, fo r ma c ión , cap ac ita c ión e irr ad iac ión d e conoc imie n to. Es ta s ed e s er ía c o mpu es ta por una bib lio tec a, infr aes tru c tur a

par a

el

fun cion amie n to

de

dos

progr a ma s

de

ma e s tr ado

(D er echo y Med io A mbie n te y Sa lud), con aula p ar a e nse ñan z a a d is tan c ia , y au las r ec ep tor as qu e fun c ionar ían d e for ma itin eran te en lo s mun ic ipio s de la r eg ión. En segundo luga r, pa ra e l func iona mie n to en r ed de la RGSG, es fund ame n ta l e l f lujo d e infor ma c ione s, ten iendo en v is ta la c onf igur ac ión de un c onoc imie n to in terd isc ip lin ar io. L a me todo log ía in terd is c ip lin ar ia a pa r tir d e la rac ion a lid ad e cos is té mic a no só lo produ ce un cono cimie n to comp le jo y obj etivo, s ino ta mb ién for ta lec e a tr avé s de la edu c ac ión “ nova s s ignif ica çõ es s ociais , nova s fór mu la s de s ubj e tiv id ade s e po sic ion a me n tos po lítico s d iante do mu ndo” ( LEF F, 2006 :52). En e l aborda je de l agu a no pode mo s o lv ida r que su c ic lo in tera c tú a con el med io a mb ie n te y es in sus titu ib le p ara la ma nu tenc ión de la v id a en nue stro p laneta. Rec urr ir a l agu a no e s un a cu es tión d e e lec c ión, pu es como a pun ta Ricardo P e tr e lla (2002),

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 24

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

a água é sem dúvida o elemento vital essencial e insubstituível para a vida de todas as espécies. Durante milhões de anos, os seres humanos puderam viver sem petróleo, sem carro, sem e letricidade e, inclusive sem o Euro... Porém nenhum ser humano pode viver no passado, nem poderá viver no futuro, sem água. (PETRELLA, 2002)

A s í, por su r e lev an c ia , por se r la ba s e d e la v id a, es imp res c ind ib le abord ar el tema d e f or ma in tegr a l, apor tando cono c imie n tos d e d ifer en tes á r e as : el d iá logo d e s ab er es promo v er á un a v is ión in terd isc ip lin ar ia /s is té mic a d e l áre a s elecc ion ada p ar a inv es ti g a c ión, bu sc ando no só lo la in te gra lid ad de l me d io amb ien te, pe ro ta mb ién la in terd epe nden c ia d e los s abe re s e conó mic o, so c ia l, amb ien ta l y cu ltur a l, en la bú squeda d e la su s te n tab ilid ad. S e tr a ta d e un a nu eva ra c ion a lidad , que integra o pensamento e os valores, a razão e o sentido, está aberta à diferença e à diversidade, busca constituir uma economia global, integrada por economias locais baseadas na especificidade da relação do material e do simbólico, da cultura e da natureza.” ( LEFF, 2009:01)

L a d iv ers ida d e s un e le me n to c en tr a l en e l d is eño d e la inv es tig ac ión, d e ah í el aborda je co mp lejo con d es afíos tan to d el c a mpo con cep tu a l como d e la acción pr á ctic a . L a forma ta c ión en r ed fu e una con ting enc ia (de ter min ada po r las fu en te s d e r e curso s d e l pro ye c to), p ero fue e l f ac tor qu e h a pro mov ido una mu d an za d e fo co, cr eando nu eva s po s ib ilid ade s me todo lóg ica s y expa nd iendo la es ca la d el c a mpo d e a c tu a ción . El

conc ep to

de

r ed

propu es to

es

un

s is te ma

de

infor ma c ión

con

co mp le men ta r ied ad tecno lóg ica , id en tidad soc ia l y cu ltur a l, y ap re nd iz aje co lectivo. L a s prop ieda de s in terna s d e e sa infr a es tru c tur a tien en f le x ib ilidad in terorg aniza c ion a l y la e levad a capa c id ad d e inte gra r co mpe ten c ia s. A c tuar en r ed tr ae innú me r as v en taja s, p ero a l mis mo tie mp o pr ese n ta d es af íos

c o mp lejos

envo lv iendo

en

pro ye c tos

su

g e s tión

té cn ico - ad min is tra tiva ,

interun ive rs itar io s,

lo

qu e

esp ec ia lme n te

de ma nd a

con s tan te

evalu a ción y aju s te s en los pro ced imie n tos op er a tor ios . Esp ec ia lis tas a pun tan co mo va lore s impr es c ind ib les en el func ion a mie n to d e un pro yec to org an iz ado en

red :

la

hor izon ta lid ad,

obje tivo

co mú n,

exp er ime nta c ión ,

conf ianz a,

p ar ticip a c ión y f lujo d e infor ma c ión ( FUNJA B, 2008). Po ten c ia lizar

y

v iab ilizar

un

e nfoqu e

in terd is cip lin ar io

e n tre

inv es tig ador es de d if ere n te s ár ea s e in s titu c ion es con s tituye e l ma yo r d e saf ío

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 25

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

d el p ro ye c to, ex ig iendo una s er ie d e h err a mie n tas qu e favor ez c an e l d iá logo y el camb io de exper ien c ia s /coope ra ción. L a r ed RGSG tien e co mo “nudos” los inv es tig ador es d e las un iv ers id ad es y funda c ion es con área d e a c tua c ión d ire c ta en

las

cue nc as

h idrogr áf ica s

d e limitad a s

par a

e s tud io.

In tegra r

a

los

inv es tig ador es e ins titu c ione s, en d ifer en tes á re a s, de for ma i gu a litar ia alred edor de l obj e tivo c o mún, ex ige un f lujo de in for ma c ión que constitu ye e l mayo r d es afí o d e la red . A s í, la g es tión d e la infor ma c ión e s fund a me n tal e n un pro yec to en r ed. L a s h erra mi e n ta s pr ev ista s en e l pro yec to p ar a d ar sopor te y d in a mic id ad a la cir cula c ión, a la c omu n ic ac ión, f ueron e l a mb ie n te v ir tu a l, o web site ; los s emin ar io s, c ongre sos y o tros ev en to s te má ticos ; e in ter camb io con s tan te en tre los inve s tiga dore s y la s ed e. L a coord in ac ión g ener a l y téc n ic a, a se sor ada por técn icos y b ec ar io s, asu mir ía el pa pe l de me d iac ión , ya qu e son ello s los que d eber án serv ir d e puen te a la co mu n ica c ión en tr e los mie mbro s de la re d, p ara qu e trab ajen de for ma c oop era tiv a y pued an ens eñ ar su tr ab ajo a l ex ter ior d e la r ed. O tro

e le me n to

in tegr ador

s erán

la s

a ula s

de

te leconf er enc ias ,

p ara

r eun ione s temá tic a s con o curr enc ia p er iód ic a en tr e inv es t ig adore s, con ca mb io d e exper ienc ia s, cr eándo se un a n e ce s ar ia cu ltur a d e p ar ticip ac ión , ade má s d e amp lia r las po sib ilid ad es de so lu c ion es innov ador as par a la inv es tig a c ión. L a con so lida c ión d e la p ar tic ip a c ión en r ed for ma pa r te de un pro c eso de mu d an za c ultur a l, qu e envu e lve “ aprov e ita r a he terog en e ida de do s me mb ro s da r ede

e

mu d ar

a

c u ltura

da

co mp e titivid ad e

p ara

a

c ooper a çã o”

(GIANN E CCHINI , 2005 :01). En e s a bú sque da , es tán pr ev is tas ch ar la s d e esp ecia listas en e s tud io s in terd iscip lin ar ios , a prove ch ando la inf rae s tru c tur a ins talada de te leconf er en c ia s. Cr ear la iden tid ad d e la r ed ta mb ién for ta le c e la p ar tic ipa ción, as í co mo un r eg is tro d e la me mo r ia d e la red . “A tr aje tór ia da r ede , a for ma c o mo e la fo i cr iad a, d eve m e s ta r d is ponív e is pa ra qu e c ada u m q ue qu e ira en tr ar na r ed e s aib a co mo e la s e d ese nvo lveu .” ( GIANN E CCHINI , 2005 :01) A s í, la r ed s e pr es en ta como un a so lu c ión p ar a e l enfr en tamie n to de prob le ma s c o mp lejos co mo

lo s

del

agua ,

qu e

ex igen

nu evo s

pa rad ig ma s

qu e

in corpor en

la

tr ansd isc ip lin ar idad y tr ans cu ltur a lid ad, ex ig iendo d ife rente s cono c imie n tos y un tr ab ajo coop era tivo . S in e mb a rgo, la co mun ica c ión y c ir cu lac ión de la

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 26

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

infor ma c ión qu e es fruc to d e la inv es tig ac ión e s imp r es cind ib le tan to in tern a co mo ex tern a me n te . V is ando a la d ifu s ión d e la s infor ma c ione s fue c re ado un w ebs ite (www. rgsg.o rg.br ) y es tá s iendo e la borado un b an co d e d a tos e imág ene s, a de má s de la pro mo ción d e s emin a r io s y r eun ione s te má tic a s, p ar ticip a c ión en ev en tos , cur sos, congr eso s y pub lica c ione s. En e se conte x to, s e de s t ac a e l pro yec to d e e duc a c ión a mb ie n ta l y la p ar ticip a c ión en aud ienc ia s púb lic as p ar a d is cutir la re lev an c ia d e po lític a s que atiend an la pr es erv ac ión, la cons erv ac ión y e l u so in tegr ado y sos ten ible de la s aguas, in c lus o la sub terr áne a.

4.1 A sp ecto s Ju r íd icos P ar a

un a

v is ión

ec os is té mic a

el

a gua

d eb e

de

ser

ap reh end ida

jur íd ica me nte , s iendo a tend id as , e n la for ma liz a c ión de d ere chos , tod as sus fun cione s. En e s te s en tido, co mo bie n s eñ a la Pe dro Arrojo Agudo (2006), mesmo sendo a água, do ponto de vista físico químico, um elemento perfeitamente definido, suas funções são diversas e os valores gerados pelas múltiplas funções são de natureza diversa, exigindo apreciações de valor diferenciadas, ou seja: a.

A água em função da vida, o que a conecta com direitos humanos (vida no sentido amplo: natureza, homem, animais, etc.);

b.

A água em função do serviço público e do interesse geral, o que a conecta com direitos sociais;

c.

A água em função de negócios legítimos, o que a conecta com direitos individuais, melhorando o nível de riqueza e o bem estar;

d.

A água em função de negócios ilegítimos, que devem ser combatidos por lei (exemplo: sobre explotação de aqüíferos) (AGUDO, 2006:143).

En e l pro yec to, e l agua e s a su mid a c o mo d er ec ho hu ma no e xpr eso en la fun ción d e “ agu a-v id a”. Agua -v ida c o mo de rec ho hu ma no d eb e a tende r a las n eces id ad es b ás ic as d e s obrev iv en cia de los s ere s hu ma no s. E l d ere cho hu ma no al agu a o torg a a todos e l a c c eso f ác il a la ca n tidad d e a gua suf ic ie n te , con calid ad ac ep tab le par a u sos p er sona le s y do mé s tico s (GA RCÍA, 2008). P ero e l s entido qu e s e a tr ibu ye al agu a -v id a va má s a lllá d e l d ere cho hu mano a l a gua , extend iéndos e a l d er echo a la d es eden ta c ión de anima le s y a las n e ce s idad es a mb ien ta le s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 27

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

L a p er spe c tiv a adop tada en la inve s tig ac ión jur íd ic a no e s la d e la me r a ins titu c ion aliz a c ión de d ere cho s. En la e co logía d e s ab er es , la cons tru cc ión d e d erecho s es má s pa r tic ipa tiva y s e su ma a l pro ce so d e edu ca c ión a mb ien ta l: Esse ponto de vista obriga a recordar um princípio clássico freqüentemente esquecido, aquele segundo o qual, além das mediações jurídicas, a garantia última dos direitos reside nas ações que, em sua conquista e defesa, sejam capazes de empreender seus próprios destinatários (GARCÍA, 2008:16)

En cuan to a la inve s tiga c ión jur íd ic a , e sp e c íf ic a me n te, dos d ime ns ione s de in ciden c ia de l h ito jur ídic o s e h ic ieron n e ce sa r ia s. E l S is te ma A cu ífe ro Gua ran í o curr e e n lo s cu a tro p a ís es d el Mer co sur y, en Br as il, en oc ho e s tado s d e la F ede ra c ión , ex ig ie ndo a s í con sid er a c ión d esd e la es cala lo ca l h as ta la in te rna c ion a l. L a es c a la loc a l e s la má s imp or tan te , por la in tegra c ión d e la ge s tión d e agua s c on e l p lane a mie n to d el u so d e la tie rr a y, aún, d e l suelo urb ano : a proteção das águas subterrâneas está intensamente ligada com a gestão do uso e ocupação do solo por parte do município. A instalação de atividades inadequadas e a falta de um sistema de saneamento básico podem prejudicar a qualidade das águas e o processo de urbanização, com um alto índice de impermeabilização do solo, prejudica o cicl o hidrológico, impedindo a recarga dos aqüíferos, bem com contribui para ocorrência das enchentes (VILLAR, 2007:573).

En o tra s p a la bra s, en las po lític as urb ana s d e g es tión d e te rr itor io con sus u sos pr efe re nc ia le s s e pued e abr ir un espa c io p ar a pr es en tac ión de un ind ica tivo qu e a tiend a a la s n e ce s id ade s esp ec íf ic as de l agu a sub terr áne a, amp arado en lo s d a tos té cn icos d ispon ib ilizado s en la inv es tig ac ión . L a es c a la inte rna c ion a l ho y no tiene la mis ma r e lev an c ia qu e ten ía cuando h a in ic iado e l Pro ye c to p ar a la Pro tec c ión Amb ie n tal y D es arro llo So s ten ib le d el S is te ma A cu íf ero Gu aran í (PSAG ), d es arro llado en A rgen tin a, Br a s il, P ar agua y y Urugu a y por equ ipo s de c onsu ltore s in tern ac ion a le s, en el p er íodo d e 2003 a 2009. La s inv es tig ac ion es, que con sid er aron e sp ec íf ic a me n te es e acu íf ero , mo straron que la es c a la lo ca l es la má s a de cu ada a la g es tión y pr es erv ac ión. S in e mba rgo, en la pe rsp e c tiva d e l pro ye c to R EDE GUA RA NI /S ERRA GE RA L, la g es tión in tegr ada de las agu a s subte rr áne as y s uperf ic ia les e s má s cons ecu en te c on

la ra c ion a lidad e co lóg ica , ya que po sib ilita e s tab le c er

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 28

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

ins tru me n tos d e con trol en e l de sa rro llo de la cu enc a h idrogr áf ica y aún d el mu n ic ip io (a tr av és d e un P lan D ire c tor Mun icip a l d e Recur sos H ídr ic os) , qu e pu eda ev itar la degr ada c ión d e la c a lid ad de la s agua s y p er mitir s u me jor aprove ch a mie n to. L a s po lítica s púb lica s d eben a tend er, en las ár e as má s s ens ib les a la con tamin a c ión, la s ne ce s id ade s d e ge s tión sos ten ib le d e l agu a sub te rr ánea, d es arro llando la c ap ac idad d e p la ne a mie n to, a ten ta a la s esp e c if icid ade s y car acter ís tica s d e c ada a c uífero . En e l c aso d e l SA G, e sp ec ia lme nte en la s áreas de r e ca rga d ire c ta, la ac c ión d ebe d e s er pr even tiv a, c on la ma nu tenc ión d e la p er me a b ilidad d e l s ue lo, par a p er mitir la inf iltr a ción d e la s agua s d e la lluv ia, p ero con e s tr ic to con tro l de la con ta min ac ión , o se a , d isc ip lin ando e l u so d e la tie rr a d e modo a p roteg er y pre serv ar tan to la c an tid ad c o mo la calid ad d e la s agu as . E s fund a me n ta l que de ter min ad as á r ea s se an pro teg id as , ev itándos e la d efor es tac ión, lo s uso s in ade cu ados d e la tierr a y la in s ta lac ión de ac tiv id ade s po tenc ia lme n te con ta min adora s.

4.2 Ed uca ción Am bienta l F in a lme n te , c ab e con s id era r la educ a c ión co mo es tr a tég ica par a e l éxito de cualqu ier mud anz a que s e pr e tend a, a tr avé s de la s d iv er sas po lítica s púb lica s – la edu c ac ión tr ansv er sa l en la s a cc ione s in te rn as a la r ed y c o mo propu lso ra de

la

me todo log ía

in ter d is c ip lin ar ia

funda me n tad a

en

la

r acion a lidad

amb ien ta l. En tre los obj e tivos anh ela dos s e pu ed e c itar : Educação e capacitação para governabilidade e a gestão integral da água, que leve em conta as dimensões: ambiental, socioeconômica, política e cultural. Revisão de valores, conceitos e enfoques que presidem a educação e os livros de texto em matéria de águas e ecossistemas hídricos. Inovação das práticas de aprendizagem, introduzindo novos enfoques, vivências no meio natural e dinâmicas lúdicas orientadas à promoção de princípios de uma nova cultura de água. (ENCONTRO POR UMA NOVA CULTURA DA ÁGUA NA AMÉRICA LATINA, 2005).

Ex is te un con sen so d e qu e p ar a enfr en tar lo s d es af íos que s e pr e sen ta n a la g es tión d e agu as en lo s d if er en te s niv e le s ( in tern ac ion a l, n ac iona l y loca l) h a y la n ece s idad de un a mu da nz a su s tanc ia l en la for ma co mo lo s se re s huma n os se r elacion an c on el agua . En es te s en tido, un d iá logo hor izon ta l de c ultu ras

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 29

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

pu ede

apun tar

co s mov is ion e s

r espon sab ilid ade s

d if er enc iad as

má s

ho lís tica s

y

c o mp ar tid as

qu e

pos ib iliten

en

la

re cono c er

bú squed a

de

la

s us ten tab ilid ad. La s es tr a teg ia s inclu yen : 

D es cubr ir conjun ta men te qu é e s impor tan te , v erd ade ro y ju sto p ar a un “ b ien v ivir”;



Mejo r ía d e la g e s tión a tr avé s de h itos regu lator io s y c apa c itac ión de a c tor e s

con

la

u tiliz a c ión

de

s abere s

de

cono c imie n tos

lo ca les

y

técn ico -

c ien tíf icos ; 

Un

d iá logo

or ien tado

h ac ia

la

c ons tru cc ión

de

un a

r ac ion a lid ad a mb ien ta l ajus tado con lo s r equ erimie n tos cu ltur a le s. L a r ac ion a lid ad a mb ien ta l c a mb ia la p er cep c ión de l mundo con b as e e n un p ens amie n to ún ico y un id ime ns iona l, qu e s e en cuen tr a en la r a iz d e la c ris is amb ien ta l, p ara un p ens a mie n to d e la c o mp lej id ad. Supe rar la s limita c ion es no s ign if ic a anu lar la s d ife ren c ias , s ino tr as c iend e e l pen s amie n to an a lític o, no co mo un a s ín te s is que r eún a los r esu ltados d e aná lis is, s ino co mo un p ens amie n to ho lís tico. Nuev as for ma s d e p roduc c ión so sten i b le s pueden prop ic ia r la ap lic ac ión de eco te cno log ías má s ap rop iada s a cad a r eg ión y eco s is te ma , ro mp iendo la s ra c ion a lid ade s económic a s ho mo g ene iz ante s. E s ne ce s ar io, pu es, segu ir de s arro llando esfu erzo s de conv ergen c ia en tr e los mov imi e n tos so c ia le s y l a comu n id ad téc n ico - c ien tíf ica , p ar a id en tif ic ar altern a tiv as ef ic ien tes , e qu ita tiv as y sos ten ib les .

5 D ESAF ÍO S PAR A LA C ONTINU IDAD DE LA INV ES TIGAC IÓN L a exper ien c ia adqu irid a en la imp la n tac ión y con so lida c ión d e la r ed RGSG p ermite e l e x a me n de la s p r inc ip ale s d if icu lta de s sub yac en tes a l g eren c ia mie n to

de

un

pro yec to

in te rdis c ip lin ar io,

in ter ins titu c ion a l

e

in tercu ltur al. S in duda e l ma yo r d esa f ío d e la inv es tig ac ión e s ar ticu la r las d if ere n te s áreas en un todo co er en te, en un e sp ac io d e d iá logo qu e u ltr apa se e l me ro r eg is tro , dond e lo s cono c imien tos se an po te nc ia liz ados mu tu a me n te en la bú squed a de so lu c ion es. Por o tro lado, es n e ce sa r io enf ren ta r e l imp a c to d e la s innú me r as e x igen c ia s d e las in s titu c ione s de fo me n to , en e l r itmo d e la inv es tig a c ión : con c iliar e l p lane a mie n to y e l con tro l de la s a c tiv id ade s y me ta s s in qu e e l c on tro l s e c onv ier ta en un f in en s í mis mo ta l ve z s e a e l ma yor

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 30

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

d es af ío a la con so lid ac ión de la r ed. Cu ando se n e ces itan pro c es os p ara g eren c iar pro ce sos , e s d if íc il s ab er dond e e l tr abajo re a l, la inve s tiga c ión , se h ace. Co mo d ice L ad isla u Dowbor “ de ningué n s e ex ige a c lar iv idê nc ia d e tod as

as

re spo s ta s”

(DOW BO R

1998 :10).

P ero

de

todo s

se

ex ig e

el

co mpro me timie n to p er son a l y é tico por la muda nz a. An te

la cr is is a mb ien ta l , e s n e ce sa r io con s truir un e spa c io de encu entro,

en donde el d iá logo in tercu ltu ra l po sib ilite r econo c er lo s va lor es c o mun es, p ara p a sar d e un enfoqu e de g es tión d e agu as c o mo r ecu rso a nuevo s e nfoque s d e g es tión ec os is té mic a , qu e g ar an tic en la equ ida d in tr a e inte rgen er ac ion a l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 31

LOS RECURSOS HÍDRICOS DE LA REDE GUARANI/SERRA GERAL: LA CONSTRUCCIÓN DE UN PROYECTO PARA EL DESARROLLO ESTRATÉGICO PARA EL CONO SUR

6 R EF ER ENC IAS AGUDO, P . A . E l Águ a: f unc ion es , v a lor es y de re cho s en ju ego. Á re a te má tic a : Ad min is tr ación púb lic a y pr ivad a de l agua . In : IV Congr eso Ib ér ic o sobr e G es tión y P lan if ica c ión De l Agua , Clav es pa ra un a Ges tión Sos ten ib le d e l Agu a, Tor to sa, 8 -12 d e d ic ie mbr e d e 2004, Ana le s…, Ed itor ia l Fund a c ión Nu eva Cu ltur a d e l Agua , Za rago za , 2006 : 129 – 144 . DOW BO R,

L.

A

R ep rodu ção

Soc ia l:

P ropos ta

p ar a

uma

G e s tão

D es cen tra liz ad a. P e trópo lis , RJ : Vo z e s, 1998 , 439p. EN CON T RO PO R U MA NOV A CUL TU RA DA ÁGUA NA A MÉ RI CA LATINA, 2005. D ispon ib le en : www.un iz ar. es /fnc a /a me r ic a /ind ex2.php? id io ma =p t&x=03 , acceso en 07 /07 /2010. FUN JA B – Fund a ção Jo sé Ar thur Bo iteux . Proj eto R EDE G UARAN I /S ERRA G ERA L, p re s en tado por la FUN JAB (Fund a ção Jos é Ar thur Bo iteux /UF S C) a la FAPE S C ( Funda ção de Apo io à Pe squ isa Cien tíf ica e Tec no lóg ic a do E s tado d e S an ta Cata r ina ) en dic ie mb re d e 2006, cf . re v is ión en 11 /08 /2008, /in éd ito / 133p. GA RCÍA, A. El d er e cho hu mano al agua. Ed itor ia l Tro tta S.A . 2008, Mad rid, E sp aña . 293 p . GIANN E CCHINI , L. Esp e c ia lista s fa la m sob re va ntage ns e d if ic u ldad e s da s redes soc ia is . (8 /2 /2005) (d ispon ib le e n h ttp://www . zon ad igita l. co m.br /r ede s /n ewsre de s. asp? se le c t=345, acceso en 07 /ju lho /2010) I RIGA RAY, C. T. J. H. . A g estão su ste ntáv e l do s re c ur sos h íd r icos no Bra s il: um d ir e ito h uma no f undam en ta l? Progr a ma d e Po s tgr ado en D er echo . T es is (Do ctor ado) - Un iv ers id ade Fed er a l d e San ta Ca tar in a, Cen tro de Ciên cias Juríd ica s. F lor ia nópo lis, 2003. 281 p. L EF F, E . Av ent ura s de la e p ist emo log ía am b ie nta l: d e la a rt icu la c ión de ciencia s a l d iá logo d e s ab er es . Méx ico : S ig lo XXI , 2006, 140 p .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 32

MARCOS WACHOWIC; MARIA DE FÁTIMA SCHUMACHER WOLKMER; LUIZ FERNANDO SCHEIB & LUCIANO AUGUSTO HENNING

L EF F, Enr iqu e. Ru mo à r ac ion a lida de a mb ien ta l. In :h ttp ://me r cado e tico. te rr a. co m.br /a rqu ivo /ru mo - a-u ma -r a cion a lidad e amb ien ta l/, 2009, a c ce so en 05 /07 /2010. MANIF IESTO PO R LA VIDA . In : Un a é tic a pa ra la sus ten tab ilidad. Man if ie s to por la v ida . RI E CHMANN, Jorg e. É tica e c o lóg ic a : p ropue s ta s p ar a una r eor ien ta c ión. Montev ide o : Ed itor ial Nord an - Comu n id ad, 2002, p. 15 -28. P ET REL LA, Ric c ardo. O Man if es to da Água – Arg um ento pa ra um co ntrato mun d ial . Vo ze s, Pe trópo lis /Rio de J an e iro, 2002, 160 p. SAN TOS , B. S . Par a a lé m d o Pen sa me n to Ab is s a l: d as linh as g loba is a u ma eco log ia d e s ab er es. Rev is ta Cr ít ica de C iên c ia s So c ia is , 78, O c tubr e 2007 : 3 46. S ILVA, M.. P r efa c io. In : BRAS IL, MMA , S e cr e ta r ia dos Re cur sos H ídr icos e A mb ien te Urb ano. - Água s Subt er râ nea s - u m r ec ur so a s e r con he c ido e p rot eg ido. Br as ília : ABAS , 2007, 38p. VI LLA R, P. C. A Urba n iz a ção d as ár e as d e r ec arg a do Aqü íf ero Gu aran i no mu n ic íp io de Rib e ir ão P re to, São P au lo. In: 11 º Cong res so Int er nac iona l d e D ireito A mb ienta l . São P au lo : I mpr ens a Of ic ia l do E s tado de S ão Pau lo, 2007. v. 2. p . 573 -584.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 33

FU NCIONA LIDAD DE LAS CU ENCAS EN ESC ENAR IO S D E CAM BI O C LIMÁ TICO: IND ICADOR ES D E S EGUIM IEN TO

NOELIA GUAITA Observatorio de la Sostenibilidad en España [email protected]

LUCÍA LANDA Observatorio de la Sostenibilidad en España [email protected]

JULIA MARTÍNEZ Universidad de Murcia [email protected]

R es um en En

Esp aña,

y

má s

c oncr e ta me n te

en

la s

cu en ca s

del

Sur

y

la s

med ite rrán ea s, e l agu a d ispon ib le pr es en ta una v ar iab ilida d n a tur a l a cor to y largo p la zo qu e s e tr adu cen en f luc tua c ione s in teranu a les mu y in tens as que se agrav ar án ba jo lo s es c en ar ios de ca mb io c limá tico . Es te tr abajo p lante a , p ar a la p lan if ic ac ión an te es to s e sc en ar io s , e s tab le c er y d es arro llar una s er ie d e ind icador e s c la sif ic ado s en n ivele s F PEI R (F a c tor de ter min an te, P re s ión, E s tado, I mp a c to , Re spue s ta), b a sado en la me todo log ía de la Ag enc ia E urope a d e Med io Amb ie n te, aplic ándo lo s a n iv e l d e cue nc a, con e l obj e tivo d e qu e la infor ma c ión a rrojad a por cad a uno de es to s n iv e le s de ind icador e s pe r mitan activ ar un conjun to de me d id as pr ee s tab le c id as d e c ar ác ter e s tr a tég ico, tá ctico o

de

e me rg enc ia.

Es te

tr abajo

d es arro lla

un

aná lis is

me to do lógic o

de

exp lora c ión e n un c as o p ilo to d e ap lica c ión op era tiva de l conce p to de fun ciona lida d par a una cu en ca: la cu en ca de l r ío S egur a ( con prob le ma s d e s obreexp lo ta c ión) . Los r esu ltados se tr a tan en c lav e d e soste n ib ilid ad.

Pa la bra s

c lave:

c amb io

c limá tico ,

cuen ca s

h idrogr áf ica s,

ind i cador e s,

p lan if ic a c ión, func ion a lid ad.

Desenvolvimento Sustentável e Recursos Hídricos

Página 35

NOELIA GUAITA; LUCÍA LANDA & JULLIA MARTÍNEZ

( i) I ntro duc c ió n En la ú ltima d éc ad a, ha n sido mu c ha s las inv es tig ac ione s sobr e cómo e l camb io

c limá tic o

in f lu ye

en

los

dis tin tos

a sp ec to s

del

c ic lo

del

agu a

(pr ecip ita c ión, evapo tra nsp ir a c ión, e tc …) (Kund zew ick z y S o mlyód y, 1997 ; Kr acau er Ha r tig e t a l. , 1997 ; Arne ll, 1998 y 2004 ; Bou raoui e t a l., 2004 ; en tr e o tro s). E s te trab ajo prete nde pr es en tar un a me todo log ía ba s ada en ind icador e s qu e mu es tr e e l grado d e so s ten ib ilid ad de l u so d e l agu a en la s d is tinta s c uen c as dond e s e apliqu en y s ea n c apa c es d e mos trar los c a mb io s e n la fun c ion a lidad d e las cu enc a s por e l imp a c to d e l c a mb io c limá tic o . Lo s r esu ltados d e e stos ind icador e s s on de e sp ec ia l re lev anc ia en E spañ a dond e s e pr ev é un inc re me n to d e las te mp era tu ra s y una r e ducc ión d e la s pre c ip itac ion es (IP CC, 2008). Ad emá s, e l u so de l agua en la agr ic u ltura e s mu y in tens ivo e n E sp aña (80 % de l consu mo tota l con un VA B d e l 3% ), sobre todo en la s cuen c as d e l sur y med ite rrán ea s donde la d ispon ib ilida d no s e corr espond e con la de ma nda , sobr e todo par a us os ag rar io s. Lo s e cos iste ma s a so cia dos a lo s re cur sos h ídr icos ya es tán en r ies go por la sobr eexp lo tac ión de lo s mis mo s , p ero s i no s e d is pone d e un a b a ter ía de ind icador es qu e mu es tr en có mo y en qu é me d id a e stán s iendo afectados lo s re curso s y los ecos is te ma s aso c iado s, no podr án toma r s e las med id as ade cu ad as. Este p ap er p re s en ta la ap lica c ión de d ichos ind icador e s p ara ma n tene r las mú ltip les func ion a lidad es de l agua , g estion ando los r ecu rso s r esp etando lo s f lujo s natur a le s de l a gua . Los imp a c tos de l c a mb io c limá tic o se agrav ar án de pend iendo d e lo s u sos qu e s e ef ec túe de l r ecur so agua a me d id a qu e lo s apor tes de agua v a yan d ismin u yendo. Se ap lic a los ind icador es a la cuen ca d e l r ío S egura un terr itor io n a tur a lme n te es ca so en re cur sos h ídr icos y con un a fu er te d e ma nda cr ec ien te.

( ii) Méto dos E l e nfoque me todo lógic o u tilizado p ar a ev a lu ar e l u so s os ten ib le d e la g es tión d e l a gua en un ma r c o d e c amb io c limá tic o s e h a r ea liz ado a par tir d e l esqu ema

F PEI R

(Fu er za s

mo tr ic es - Pre s ión - Es tado -I mp a c to -Re spu es ta)

propu es to por la Agen c ia Europe a d e Medio A mb ien te . P ar a una pr ime r a evalu a ción g ener a l de la s itu a c ión y p er spe c tiv as se propon e e l uso de ind icador e s d e agu as sup erf ic ia les y s ub terr án ea s. L a me todo log ía e sp ec íf ic a p ara agrupa r lo s ind ic ador e s sup erf ic ia les s e lec c ion ado s s igue e l e sque ma

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 36

FUNCIONALIDAD DE LAS CIUENCAS EN ESCENARIOS DE CAMBIO CLIMÁTICO: INDICADORES DE SEGUIMIENTO

F PEI R ad apta do por la D ir e cc ión G ener a l d e l Agu a d e l Min is ter io d e Med io A mb ien te y Med io Rura l y Mar ino ( MA RM), d iv id idos en tr e los indic ador e s qu e h ac en r ef eren c ia a f ac to re s n a tura le s y a n tróp icos. Lo s ind ica dore s d e aguas sub terr án ea s h an s ido ex tra ído s d e l a Dir ec tiv a Mar co d e l Agua (D MA). A par tir de e s ta p r imer a v is ión se h a h echo un ej er c icio me todo lóg ico d e ex trac c ión de lo s ind ic ador es ade cua dos to ma ndo co mo r efe ren c ia e l pa rad ig ma d e la so s tenib ilid ad en un es c ena r io d e c a mb io c limá tico . F in a lme n te , e s te an ális is gen er a l se c o mp le ta con lo s pr in cip a le s r esu lta dos d e un e s tudio p ilo to aplic ado a la c uen c a d e l r ío S egura , donde s e ap licó el concep to d e fun c iona lid ad de la s c uen c as como un e leme n to op era tivo para evalu ar la s os ten ib ilid ad. Es to s r e sultado s s on un re su me n d e l e s tudio con ten ido en e l Infor me de l Ob s erv a tor io de la So s ten ib ilid ad en Espa ña (OSE) “Agua y Sos ten ib ilid ad: Func ion a lid ad d e las Cu enc as ”.

( iii) Re su ltado s y d is cu s ión En los ú ltimo s 20 años los r íos y o tr a s fu ente s d e agua s uperf i c ia les han p erd ido e l 5% de su ca uda l re sp ec to a la me d ia r eg is tr ad a en tre 1940 /1942 y 2005 /06 (F igur a 1). P ara e l hor izonte d e 2030, s imu la c ione s con au me n tos de temp era tur a d e 1º C y d is minu c ion es me d ias de pre c ip itac ión d e un 5 % o cas iona r ían redu c c ione s me d ia s de apor tac ion es h ídr ica s en r ég ime n na tur al d e en tre un 5 y un 14% . E n lo s ú ltimo s a ños (1931 -2006) la s p re c ip itac ione s se h an r edu c ido un 8 % en E spaña y la s tend enc ias apun tan a un a me nor pr ecip ita c ión a cu mu lada anua l, con una ma yor r educ c ión de la pr ecip itación ( Figu ra 2).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 37

NOELIA GUAITA; LUCÍA LANDA & JULLIA MARTÍNEZ

Figura 1. Indicador de estado: Recursos hídricos

Figura 2. Indicador de factor determinante natural: Precipitación

Fuente figuras 1 y 2: Centro de Estudios y Experimentación de Obras Públicas (CEDEX), 2009.

H a y un d e sequ ilibr io entr e las apor ta c ion es na tur a le s y la s e x tr ac c ion es d e las cuen ca s, lo que apun ta qu e é s tas tendrá n un a me nor cap ac id ad p ara abas te c er a la pob la c ión y a los eco s is te ma s. Po r sec tore s, e l c onsu mo mayo r itar io de agua se deb e a lo s uso s agr ar io s por su utiliz a c ión en r egad ío (90 % de l agu a to ta l sumin is tr ada) . L a pob la c ión cr ec e y por tan to la d e manda d e agua para a ba s te c imie n to ta mb ié n (F igu ra s 3 y 4). E l vo lu me n to tal d e agu a d is tr ibu ida p ara aba s te cimie n to u rba no to ta l en 2007 a lc anz ó l o s 4 .969 h m 3 . De es ta can tid ad 3 .778 Hm 3 , e s d e cir, un 76 % s e reg is tró y d is tr ibu yó p ar a e l consu mo de lo s hog ar es (2 .544 H m 3 ) . E l re s to se d estino a lo s d iv ersos s ector es e conó mic os (852 H m 3 ), a s í co mo pa ra los c ons u mos mu n ic ipa les y o tro s (382 H m 3 ) ( F igur a 4). La s p érd ida s de a gua en las red es públic a s de abas te c imie n to urb ano por fuga s, ro tur as y av er ías en la r ed a lc an za ron lo s 790 H m 3 , e s d ec ir e l 15,9% de l agu a to ta l su mi n is trad a a d icha s r edes , lo que s upone un a r educ c ión de l 0,7 % r esp ec to a 200 6.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 38

FUNCIONALIDAD DE LAS CIUENCAS EN ESCENARIOS DE CAMBIO CLIMÁTICO: INDICADORES DE SEGUIMIENTO

Figura 3. Indicador factor determinante antrópico: Densidad de población

Figura 4. Indicador de presión: Agua distribuida por usuarios

Fuente figuras 3 y 4: Instituto Nacional de Estadística, 2009.

L a c a lidad d e las agu as ha me j ora do, sobr e todo por la d is minu c ión de or ig en org án ico. S in emb a rgo los a van c es s e e s tanc aron a p ar tir d e 2005 y en 2008 s e produjo un lig ero e mp eor a mie n to d e la D BO 5 , r educ iéndo se e l por cen taj e d e lo s punto s d e con tro l con c on ta min a c ión org án ic a má s baj a, alcan zando v a lore s d e l 80% , mie n tra s au me n taron lo s po rc en taje s d e los pun tos d e ma yor es con cen tra cion es de ma ter ia orgán ica . En los próx imo s año s se esp er a qu e la c a lidad de l agu a s iga au me n tando a me d ida qu e s e arr eg lan la s actu ale s car enc ia s en ma te r ia d e s an ea mie n to y d epura c ión y eje cu ta ndo e l nu evo P lan d e Ca lid ad d e las Agu as 2007 -2015. L a conc en tr ac ión d e n itr a tos es uno de lo s pa rá me tro s e s enc ia le s para d eter min ar la c alid ad de las ma s a s de agua sub terr áne as . P ar a e l con tro l de la calid ad d e d ich as agu as, la s d ir ec tiv a s europ ea s es tab lec en un a s e r ie d e ind icador e s e n tre los que se en cu entr an la con ce n tra c ión de n itr a tos expr esada en mg /l. Con las c ifr as d isponib les en 2008, la s cu enc as h idrogr áf icas pr es en tan va lore s mu y v ar iab le s s egún es te ind icador , que va n d e sde e l 26,5% d e es ta c iones qu e supe ra n lo s 50 mg/l (De ma r c ac ión H idrogr áf ica de l Gu ad ian a) h as ta e l 0% de es tac ione s que super a dicho u mbr a l (Cu en ca s in te rna s d e l Pa ís V as co y D ema r c a c ión Miño -L imia ). Co mo ind ica dore s d e re spu es ta s e pu ede d es tac ar e l ind ica dor de vo lu men d e agu a r eutiliz ad a, e l c ua l se h a dup licado en nu eve año s, sup er ando los 1,2 millo n es d e m 3 d ia r ios en e l 2005 , aunqu e e l 80% d e toda el agu a r eu tiliz ad a se

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 39

NOELIA GUAITA; LUCÍA LANDA & JULLIA MARTÍNEZ

d es tin a a l rie go agr ícola . Según e l Min is te r io de Med io A mb ien te y Medio Rur al y Ma rino se aprov ech a en tr e 400 h m 3 y 4 50 h m 3 d e lo s 3.400 h m 3 d e las aguas qu e se d epur an. Lo s re su ltado s mu es tran qu e, p es e a qu e s e h a av anz ado, la r eu tiliz ac ión d e las a gu as re s idu a le s d epur ada s tod avía e s e sc asa . Par a e l año 2015 , fe ch a en la qu e se llega rá a r eu tiliz ar 1.200 hm 3 , s e e sp er a qu e la can tid ad d e a gua reu tiliz ad a se tr ip liqu e. O tro ind ic ador de re spu es ta r e levan te es e l p re c io de l agu a. A pe s ar d el in creme n to d e pr e c ios de los se rv ic io s domé s tic o s e indu s tr ia les de agu a exper ime n tado en Esp añ a, lo s pr e cios a c tu a le s e s tán todav ía mu y a lej ados de los d e lo s pa ís es de l entorno ( la me d ia en Eu rop a p ar a este ind icado r s e s itúa en 3,5 eu ros /m 3 f r en te a l 1 ,29 euro s /m 3 d e E sp aña) y e l g as to en a gu a ha p erd ido p ar tic ipa c ión en lo s g as to s to ta le s por lo s su min is tro s a la v iv iend a. E l h echo d e qu e los co s te s amb ie n tale s no s e h aya n in tern aliz ado s uf icien te me n te ha s ta a hora pu ede se r o tr a d e las r azon es por la s que la u til iza c ión d e l agua s ea u sad a d e for ma me no s s os ten ib le . S i b ien lo s ind icador e s e labor ado s mu e s tran que la u tiliz ación y g es tión de l agua

s igu e

s iendo

un

d es af ío

p ar a

la

s os ten ib ilid ad

en

Es pañ a,

las

in cer tidu mb r es au me n tan an te e l fu turo próx imo d e ter mi n ad o po r e l c a mb io climátic o y s u pos ib le imp a c to nega tivo sobr e los re cur sos h ídr icos ( Cu cu le anu et al., 2004; W ilb y e t al. , 2006 ; Burn s e t a l. , 2007 ; H agg et a l. , 2007 ; Ru th e t al., 2007). E s te h e cho un ido a l aume n to de la pob la c ión y la d isp er sión urban a, as í co mo a la in tens if ica c ión de la c ons tru c c ión en e l litora l y e l a u me n to d el tur is mo

h ac en

que

la

g es tión

s obre

e s te

r e cur so

es tra tég ico

d eba

ser

esp ecia lme nte in telig en te .

Ap lica c ión a la cu en ca d e l r ío Segu ra: En los ú ltimo s 25 año s la apor tac ión med ia según la ser ie co mp le ta d e 66 año s (1940 /41 a 2005 /06) a rroja va lor e s s obrees tima do s en un 24 % con r esp e c to a l v a lor ob te n ido u tiliza ndo los ú ltimo s 25 a ños. La s re duc c ion es e s tima d as se rán ma yore s en e l ter c io sur p en insu lar, dond e s e s itú a la cu en ca d e l S egura , con r educ c ion es supe r ior es al 30% en e l e s cen ar io de e mis ion es a lta s y en torno a l 20% en e l e sce nar io de emis ion e s ba ja s. E l rega d ío consume c e r c a d el 90 % d e l agu a to ta l u tiliz ad a en la cu enc a. L a pob lac ión ha exp er ime n ta do un au me n to no tab le , d es ta c ando e l in creme n to e n má s de 157.000 v ivie nda s se cund ar ia s en la s zon as cos ter as de

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 40

FUNCIONALIDAD DE LAS CIUENCAS EN ESCENARIOS DE CAMBIO CLIMÁTICO: INDICADORES DE SEGUIMIENTO

Mur cia y Alic an te. E l Ind ice d e Con sumo (p ropor c ión d e agu a c ap tad a p ara u sos consuntivos ) s egún lo s d a tos d e l PH CS se e lev a a un 187 %. La Ag en cia Eu rope a d e Me d io A m b ien te con sid era pa ra e l Índ ice de Exp lo ta c ión H íd rica qu e va lor e s s uper ior e s al 20% ind ica n e s tr és y s uper ior e s al 40% e s tré s s ev ero. Un Índ ice de Consu mo d e l 187% con stitu ye un v a lor inso s te n ib le y un a pr es ión d if ícilme n te a su mib le por los s is tema s n a tur a le s. E l 46 % d e las ma s as d e agu a s ubterr án ea pr es en ta un as ex tr ac c ion es qu e sup eran la s surg enc ia s en r ég ime n n atura l, lo qu e imp id e a tende r las fun c ion es a mb ien ta les d e ta les ma s a s . E l 44% d e tod as la s agu as r es idu a les de purad a s de la De ma r c ac ión no vuel v e a lo s cau ces y s e r eu tiliz a de for ma d ir ecta p ar a reg ad ío y a lgún c a mp o d e go lf, una propor c ión qu e pu ed e s egu ir au men tando. L a r eu tiliz a c ión d ire c ta pa ra r iego d el agua d epur ada , s in s er d evu e lta pr ev ia me n te a lo s r ío s, imp os ibilita que es to s vo lú me ne s r e torne n a lo s cau ce s n a tura le s y con tr ibu yan a ma nte ner lo s n iv ele s adec uado s d e c an tid ad y c a lid ad d e s us agu as y por tan to s u bu en es tado eco lóg ico. Los nu evos reg ad íos s e ub ic an en ár e as aj en as a la s v eg as f luv iale s y por tan to c on p eor es cond ic ion es d e d ispon ib ilid ad de re cur sos h ídr icos , sue lo f ér til y c ond ic ion es topogr áf icas ad e cuad as. E l 75 % d el r eg ad ío to tal de la c uen c a s e en cuen tr a fue ra d e ár eas con f luv is ol do minan te. E s ta tr as lac ión ge ográ f ic a de l r eg ad ío c ons titu ye un a d esub ica c ión e co lóg ic a de l mis mo qu e s e tr adu ce en un dob le pro ce so : por un lado, e l in cre me n to d e flujos d e agu a má s du lc e en e co s is te ma s h ip ers a linos de a lto va lor c ien tífic o, qu e con llev a una b ana liza ción d e es tos s ingu lar es s is te ma s , y p or o tro la do, la s alin iza c ión d e las agu as y su e lo s por e l r iego d e de pós ito s ma rgoso s y s alada re s y por e l uso dir ec to de a gu as mu y mi n era liz ada s. E n la s agua s s e ha dup licado el va lor me dio de sa lin id ad y condu c tiv idad en tr e 1982 -83 y 1998, p as ando d e 3 g /l a 6,4 g /l, lo que c ons titu ye un prob le ma pa ra e l r ie go, sobre todo en la Veg a Baj a, dond e lo s a lto s v a lor es d e condu c tiv idad d e l agua cond ic ion an n ega tiv a me n te mu chos cu ltivo s. E l VA B p m por me tro c úb ico d e agua en e l re gad ío e s 0,77 € /m 3 , lo qu e supon e un v a lor un 88 % sup er ior a la med ia e n Es pañ a. No ob stan te, h ay qu e con sid era r qu e la ma yo r ren tab ilidad d el r eg ad ío e n la cu enca d e l Segura no co mp en sa e l he cho de que s e u tilice una propor c ión ma yo r d e agu a qu e en e l r es to de E sp aña par a la a c tiv idad agr ar ia, un sec tor qu e con tr ibuye a l v a lo r a ñad ido bruto d e fo r ma mu y mo d esta . En la Reg ión

de

Mur c ia ,

c on

da to s

de

2001

la

produc tiv idad

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

me d ia

g lob a l

Página 41

NOELIA GUAITA; LUCÍA LANDA & JULLIA MARTÍNEZ

( cons id er ando todos los uso s) d e l agu a se situ ab a en uno s 18,5 € /m 3 de VA B p m , un 33% infe r ior a la me d ia en Es pañ a, d e 27,5 € /m 3 . En la D e ma rc a c ión de l S egur a la re cup er ac ión d e cos tes pa ra los u sos urb ano e indu str ia l en 2002 s e s itu ab a en un 88 % ( ma yor qu e la me d ia en E sp aña) . En e l c a so de lo s u sos agrar ios la re cup er ac ión d e cos te s en 2001 fue e n torno a l 92% , un v a lor me d io r esp ec to

al

c onjunto

de

d e ma rc a c ion es.

En

2005

es te

v a lor

d es cend ió

lig erame n te, h a sta e l 87% , lo que imp lic a un por cen taj e d e subv enc ión púb lica d e un 13% . E s tas c ifr as ind ic an qu e la agr icu ltur a de la c uen c a de l S egur a tiene

un

alto

r elativ a me nte

por cen ta je p equeñ a

de

de

r e cup era c ión

subv en c ión

de

c o s tes

púb lic a ,

d ada

y la

un a

propor c ión

g ene ra l

e levad a

produ c tiv ida d y ef ic ienc ia de l reg ad ío re spe c to a l e x is ten te e n o tra s cue nc as . A es te

pro ces o

de

in so sten ib ilid ad

cre c ien te

en

lo s

ú ltimo s

a ños

es tá

con tr ibu yendo e l incr eme n to d e lo s uso s urb anos y tur ís tico s. La e s ca s a con ten c ión d e la s fu er za s mo tr ic e s ( reg ad ío y u sos urb anos y tur ís ticos ) ju ega un p ap e l fund a me n ta l en e l au me n to d e pr e s ión sobr e los s is te ma s n a tur a le s, lo qu e h a r edund ado en un a r educ c ión d e la f un c iona lid ad a mb ie n ta l d e l agua agrav ad a por la d is minu c ión d e apor tac ion e s me d ia s de l a gua . Es ta re duc c ión cons titu ye un c a mb io d e tend enc ia qu e con tod a prob ab ilid ad se ma n tendrá a cor to y largo p la zo por la redu cc ión d e los co ef ic ien tes d e e s corre n tía e n cab ecer a por e l au me n to de las ma s a s fore s ta le s, la prob ab le redu c ción de las apor ta c ion es sub terr ánea s po r ef e c to d e un a ma yor exp lo tac ión de los a cu íf eros d e cabe ce ra y por e l camb io climá tic o, que ma n tendrá o ac en tu ar á la te nden c ia a la r educ c ión d e l as apor tac ion e s en la mita d sur d e la p enínsu la.

Con clu s ione s L a evo lu c ión d e lo s ind icado res mu e s tr a qu e e l agua ha suf r ido la expan s ión po co ord en ad a d e u sos a gr íco la s y d es arro llo s in tens ivo s d e r iego, in clu yendo la fr e cuen te lo c a liz a c ión d e a c tiv ida de s a lta me n te consu midor as en zonas con es c as a d ispon ib ilid ad. Ello ha condu c ido a un a s itu ac ión con ma yor r iesgo d e in sos ten ib ilid ad qu e, en de ter min ada s c ircun s tan c ia s ex cepc iona les , co mo sequ ía s, pued e provo ca r co lapso s r esp ec to a es te r ecur so re novab le , s obre todo en nu evos e sc en ar io s d e c a mb io climá tico . Pu e sto

qu e

la

g e s tión

y

uso

s os ten ib le

del

agu a

c ad a

ve z

e s tará

pr esu mib leme n te má s re s tr ing ido y cond icion ado por e l c a mb io c limá tic o,

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 42

FUNCIONALIDAD DE LAS CIUENCAS EN ESCENARIOS DE CAMBIO CLIMÁTICO: INDICADORES DE SEGUIMIENTO

r esu lta n e ce s ar io ad apta r la g es tión d e los re cur sos h ídr icos a los i mp a c tos esp er ados en e l fu turo, a lgo en lo que ya s e trab aj a a e s ca la europ ea . Los imp actos de l c a mb io c limá tic o sobr e lo s e co sis te ma s te rr es tr es en E sp añ a dur an te

el

próx imo

s ig lo

provo car án

la

“ me d iter ra n iz a ción ”

del

nor te

p en insu lar y la “ ar id iz a c i ón ” d e l sur , co mo re su lta a l c a len ta mie n to y la r educc ión de lo s r ecu rs os h íd r icos . E l in cr eme n to d e la s te mp er a tur as y la d is min uc ión de las pr ecip itac ion es y de lo s c aud a le s de agu a d e los r ío s, he cho qu e ya v iene n s eña lando lo s ind ica dore s, s erán a lguna s de la s cons ec uen c ias más in me d ia ta s. L a s itua c ión d e inso s ten ib ilid ad d el uso d e l agu a en las cu enc as d e l s ur y med ite rrán ea s en tronc a con un pro ce so h is tór ico d e con sid er ab le iner c ia imp u lsado por e l cr e cimie n to de l r egad ío por las expe c ta tiva s de nue vo s r ecu rso s h ídr icos a tr av és d e d is tin tos p ro ye ctos h id ráu lic os. La s r edu cc iones es tima d as se rán ma yo re s en e l terc io su r p en in sular , dond e se s itú a la c uen ca d el Segu ra , con r edu ccion es sup erior es a l 30% en e l esc en ar io d e e mis ion e s altas y en torno a l 20% en e l e sc en ar io d e e mis ion e s ba ja s. Es to con stitu ye tamb ié n un s igno c laro d e la pau la tin a de s conex ión en tr e la g es tión d el a gua y la g es tión de l r ío S egura y r e s to de c au c es natur a le s d e la c uen c a, lo qu e en ú ltima ins tan c ia se tradu ce en un a p érd ida d e fun c iona lida d a mb ien tal. Todo ello r equ ier e me d id as d e adap tac ión r e la c ion ada s tan to con las d e ma ndas ( con ten c ión de la s fu er za s mo tr ice s de l con su mo de agu a, en par tic u lar el r egad ío y los d es arro llos urb ano - turís tico s) co mo con los r ec urso s (a tra vé s d e l imp u lso d e lo s r ecur so s no conve nc ion a le s c o mo la r eu tiliza c ión d e agu as r es idu a les y la de s a lac ión ma r ina ) y con el e s tab le c imie n to d e p lane s y h err amie ntas e sp ec íf ic as , co mo lo s p lane s fr en te a la s equ ía . Lo s r esu ltado s de lo s ind icador es per mitir án ac tiv ar un conjun to de med id as p ree s tab le c id as d e c ar ác ter e s tra tég ico, tá c tico o d e e me rgenc ia . Por tan to, s e ha de segu ir in sis tiendo en va r ia s con sid er a c ione s conc ep tua le s que f in alme n te p er mita n ap licar s is tema s d e uso y ge s tión má s r a c ion a le s y p erdu r ab le s con cr iterios d e ef icie nc ia y equ id ad an te e l re to d el c a mbio climátic o, p ara a segu ra r la so s ten ib ilid ad e in tegr id ad d e lo s eco sis te mas n atura le s prop io s de c ad a cuen ca h idrogr áfic a . E s e l d es af ío h is tór ico de camb iar no s ólo la s b ase s leg a le s sino e l enfoqu e d e la ge stión tr ad ic ion a l del agua, ap licando ind ic ador es d e s egu imie n to y me d id as -r e spu es ta con cib iendo la

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 43

NOELIA GUAITA; LUCÍA LANDA & JULLIA MARTÍNEZ

cuen ca h idrogr áf ica , co mo una un id ad d e ge s tión e cosis té mic a que r e cla ma tan to un a pe rsp e c tiva p ar tic ip a tiva p ar a r eforz ar la c o mplic ida d de l c onjunto s ocial, co mo una nu eva gob ern anz a d esd e un a nu ev a cu ltur a d e l a gua . La p ar ticip a c ión so c ia l e s un buen instru me n to de plan if ic ac ión hid ro lógic a y d e ord ena c ión te rr itor ia l qu e p er mite r ecup er ar y fo me n tar la o lv id ada con c ien c ia d e p er tenenc i a a l prop io terr ito r io y a la prop ia cuen c a. De ah í la tra sc end en c ia d e re lac iona r, “agu a y so s ten ib ilid ad” , p ero sob e todo abund ando en la “funcion a lid ad

de

las

cu en ca s ”

c o mo

con cep to

indisp en sab le

p ar a

la

s uperv iv en cia , e l b iene sta r y e l d e sarro llo so s te n ib le.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 44

FUNCIONALIDAD DE LAS CIUENCAS EN ESCENARIOS DE CAMBIO CLIMÁTICO: INDICADORES DE SEGUIMIENTO

R efer en c ias  Arn e ll N ig el W . (1999 ). Clima te c h ange and glob a l w a ter r esour c es , G lobal En v ironmenta l Chang e. , 9 (1), S31 -S49 .  Arn e ll N igel W . (2004). Clima te ch ange and g l ob a l w a ter r esour c es : S RE S emis s ions and soc io - e cono mic s c en ar io s . G loba l Env ironm en ta l Chang e, 14, (1) , 31-52.  Bour aou i F., Gr izz e tti B., Gr an lund K., Reko la inen S ., G. Bidog lio (2004). I mp a c t of c lima te c h ange on th e w a te r c yc le and nu tr ien t lo ss e s in a F inn ish catch me n t, Clim. Chang e 66 , 109 –126.  Burn s,

J.

K laus,

McH a le

M. R. ,

(2007).

Re c en t

c lima te

tr ends

and

imp lic a tions for wa ter r esour c es in th e Ca tsk ill Moun ta in r eg ion, N ew York, USA , J. H yd rol. 336, 155 - 170.  Cucu le anu, P . T., Ba lte anu D. (2004). Clima te ch ange imp ac ts in Roma n ia : vu ln erab ility and ad ap ta tion op tions , G eoJou rna l, 57 (3) , 203 –209.  H agg W ., Br aun L.N ., Huhn M., N esg a ard T .I. (2007). Mod e lling of h ydro log ical

r e spons e

to

c lima te

c hang e

in

g la c ier iz ed

Cen tr al

A s ia

catch me n ts , J. Hyd ro l ., 332, 40–53.  Kr ac au er Ha r tig, O. Gro zev and C. Ro sen zwe ig (1997). Clima te c h ange, agr icu ltu re a nd we tland s in E as tern Europ e : vu ln erab ility, ad ap ta tion and po lic y, Clim. Change 36, 107 –121.  Kund zew ick Z.W ., So mlyód y L. , Clima tic c hange imp a c t on wa ter re sour ce s in a s ys te m p ersp e c tive (1997) , Wa te r R esou r. Manag em ent, 11, 407–435.  Ob serv a tor io d e la So s te n ib ilidad en Esp añ a (2008). Agua y Sos ten ib ilidad: fun c iona lidad d e la s cue nca s . Mund ipr e ns a, Ma dr id.  Ru th W ., Be rn ie r C. , Jo llands N., Go lub ie sws ki N . (2007). Ad ap ta tion of urb an

w a te r

supp ly

inf ra s tru ctur e

to

imp a c ts

fro m

c lima t e

and

s oc io economic c h ang es : th e c as e of H a milton, N ew Z ea land, Wa te r Re sour. Manag e. 21, 1013–1045 .  W ilb y, P.G. , W ade A .J ., Bu tterf ie ld D. , Dav is R.J ., W a tts G . (2006). In tegr a ted mo d e lling of c lima te c hang e impa c ts on wate r r esour ce s and qu a lity in a low land catc h me n t: Riv er K enne t, UK , J . H yd rol., 330 , 204– 220.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 45

LA G ESTIÓN TERR ITOR I A L Y LOS R ECURS OS HI DR ÍCOS EN ES PAÑA

PROF. DR. SANTIAGO ROSADO PACHECO Profesor Titular de Derecho Administrativo Universidad Rey Juan Carlos [email protected]

SU MA RIO

I.

In trodu c c ión

II .

Re fer en c ia a l P lan N a cion a l d e Ad ap tac ión a l Ca mb io Climá tico

III .

E l obje tivo d e la E EDS e n ma te r ia d e r ecu rso s h ídr icos

IV .

E l p rogra ma G loba l d e a c tu ac ion es p ar a la g es tión y u tiliz a c ión de l a gua (Progra ma A.G .U.A. )

V.

L a s ac tu ac ion es A) L a refo r ma d e las Confe der a c ione s H idrog ráf ica s B) L a cr e ac ión d e un “ Ban co Púb lico de l Agu a” C) E l e s tab le c imie n to d e ta r if as d e agu a acord e s c on los co s te s D) A c tua c ion es d e la me jor a d e la ge stión y d e l su min is tro de agua d e ca lid ad

VI .

O tro s asp ectos de s tac ado s de la s EEDS A) E l ab a s te c imie n to a la pob lac ión B) E l r eg la me nto d e P lan ific a c ión H idro lóg ica

VII .

Conc lu s ion es

VII I.

Bib liogr af ía

R ESUM EN: E l pr es en te trab ajo abord a e l es tud io d e la Es tr a tegia Esp año la de D es arro llo So s ten ib le (2007) e labor ado po r la au to r ida de s n a c ion a les en r elación con la d ime n sión me d io amb ie n tal y, d en tro de e lla , d e los r e cur sos h ídr icos , e le me n to tr ans ver sa l d e o tro s se c tore s co mo la biod iv er s id ad, los u sos de l suelo y la ocupa c ión d e l terr itor io , tenie ndo en cue n ta las posic ione s y

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 47

SANTIAGO ROSADO PACHECO

pr in cip ios e uropeo s sobr e c a mb io c limá tico y d es arro llo sos ten ible , en e l ámb ito de la D ire c tiva Ma rco Co mun ita r ia sobr e e l agua (D MA 2000 /60 /CE) . E l obje tivo e s enc ia l d e la E EDS es e l aho rro y la e f ic ienc ia en e l uso d e los r ecu rso s, por lo que s e h a ce un b a lanc e de la s me d id as adop tad as en e l P rogra ma A.G .U.A, a s í c o mo un a v a lora c ión d e la s a c tua c ion es qu e s e han llevado a efe c to , con un a r efe ren c ia exp re sa a l prob le ma de l ab a s te c imie n to de agua a pobla c ion es y a l nuevo Reg la me n to de P lan if ic a c ión H idro lóg ica . T amb ién se tr a ta e l te ma de lo s usos y de ma nda s d e l agu a, a s í co mo e l s is te ma d e exp lo tac ión (nor ma s má s infr a es tru c tur as) como c lav e par a en tende r e l p aso d el mod e lo d e of er ta al d e d e ma nda y, por f in, a l d e so s tenib ilid ad.

PA LA BRAS C LAV E : s os ten ib ilida d, agu a, c amb io c limá tic o, con fede ra c iones h idrogr áf icas , b an co d e agu a, ta r ifa s, p lan if ica c ión , r eg ad ío, aba s te cimie n to a pob lac ion es.

A BS TRACT Th is a r tic le con c erns th e s tud y of the “E s tr a te g ia Esp añola d e D es arro llo So s ten ib le (2007) ” car rie d ou t by th e na tion a l au thor itie s r e la ted to th e env iron me nta l d ime n s ion and w ithin the h ydr ic re sour ce s, tr ansv ers a l e le me n t of o the r se ctions such as b iod iv ers ity, terr itor y us es and terr itor ia l oc cup a tion, b ear ing in min d th e Europ ean po sitions and pr in c ip le s on c lima tic cha nge and s us tainab le d eve lop me nt, in th e fr ame w ork of th e D MA 2000 /60 /CE on w a ter . Th e EED S e s se n tia l a im is th e sa ve and the e ff ic ien cy in the us e o f the r esour c es , th is is why a c he ck ing b a lan c e is c arr ied ou t con cern ing th e meas ur es tak en in th e A.G .U.A. Progr a mme , a nd an as se s s me n t on a c tions und er tak en a s w e ll, w ith a r ef eren ce on th e w ate r supp ly prob le m to urb an s ites and the new “ Reg la me n to d e P lanif ica c ión H idro lóg ica ”. W e a lso r efe r to th e w ater

u se s

and

r eque s ts

and

to

the

explo ita tion

sys te m

(ru le s

p lus

infr as truc tur es) as a key to under s ta nd th e chang e fro m a n off er mod el to one of d ema nd and las t to a mo d e l of sus ta in ab ility.

K EY

WORDS :

sus ta inab ility,

wa ter,

c lima tic

ch ange ,

h ydrogr aph ic

as socia tions, bank of wa ter , r a te s, p lann ing, irr ig a tions , supp ly to urba n s ite s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 48

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

I. INTRODUCCIÓN E s suf ic ien te me n te cono c ido que el pr in c ip io d e de s arro llo sos ten ib le 1 d io lug ar a la “E s tr a teg ia de De s arro llo So s ten ib le de la Un ión Europe a” (2001) 2 qu e, en re a lid ad, p re tend ió, co mo in stru me n to op era tivo (¿ ? ), dar r espu es ta a los co mpromis o s adqu ir ido s sobr e c a mb io c limá tic o en la s cu mbr es d e Río de J an eiro y Joh anne sburgo. Un punto c lav e d e la “E s tr a teg ia” cons is tía en que

1

Es bien conocido que el “principio de desarrollo sostenible” tiene su fundamento en el “Informe Brundtland” presentado en las Naciones Unidas en 1987 con el título “Nuestro Futuro Común” en el que se trata de definirlo como “el desarrollo que satisface las necesidades del presente sin poner en peligro la capacidad de las generaciones futuras para satisfacer sus propias necesidades”. Por otro lado, nuestro derecho nacional sitúa este principio en el artículo 45 de la Constitución de 1978 (encuadrado en el Capítulo Tercero del Título I de la CE principios rectores de la política social y económica”) de acuerdo con el FJ Cuarto de la STC 102/1995, de 26 de junio. A partir de aquí la bibliografía es desbordante, pero es de justicia citar a PIÑAR MAÑAS, J.L. (Director):”Desarrollo sostenible y protección del medio ambiente”, Madrid 2002; LOPERENA ROTA, D.: “Desarrollo sostenible y globalización”, Aranzadi 2003; LÓPEZ RAMÓN, F.: “”Derechos Fundamentales, subjetivos y colectivos al medio ambiente”, REDA nº115(1988); JORDANO FRAGA, L.: “La tensión medio ambiente-desarrollo en la jurisprudencia del Tribunal Constitucional”, Revista Andaluza de Administración Pública” nº 17 (1994); EMBID IRUJO, A. (Director): “El derecho a un Medio Ambiente Adecuado” Madrid 2008. 2

Esta estrategia fue adoptada por el Consejo Europeo de Gotemburgo el 15 de mayo de 2001 y ha sido revisada en 2003, 2004,2005 y 2006. la Estrategia de Desarrollo Sostenible de la Unión Europea de Gotemburgo (2001) fija áreas prioritarias con la obligación de obtención de resultados que vinculan las estrategias de cada Estado miembro de la Unión Europea. El instrumento trata tres grandes temas: a) unos criterios de reflexión (severidad, dimensión temporal e irreversibilidad, dimensión europea); b) temas seleccionados (limitar el cambio climático, energía limpia, salud pública, gestión responsable de recursos naturales, mejora de sistemas de transporte y gestión del territorio-usos del suelo); c) una nueva orientación de políticas (disociando crecimiento económico del uso de recursos, precios justos – internalización de costes, consulta de nuevas propuestas con interesados y público en general, evaluación de sostenibilidad). El Consejo Europeo de Bruselas de 23 de marzo de 2005, reactiva “la Agenda Socio-Económica de Lisboa” con fundamento en una serie de ejes, de entre los cuales interesa destacar “la contribución del medio ambiente” considerado como contribuyente neto al propio logro del crecimiento, del empleo y la productividad a través de las nociones de “eco-eficiencia” y la “eco-innovación”. Esta orientación se consolida en el Consejo Europeo de 16 y 17 de junio de 2005, con la “Declaración de principios rectores para el desarrollo sostenible” y dentro de sus cuatro objetivos clave (equidad social, cohesión, prosperidad económica, cumplimiento de las responsabilidades internacionales) destaca la protección ambiental en el sentido de establecer como base la “ruptura del vínculo entre crecimiento económico y degradación ambiental y del uso de recursos”, es decir, se establece la cláusula “HACER MÁS CON MENOS” que incluye los conocidos principios rectores del desarrollo sostenible, de uso del mejor conocimiento disponible, el principio de precaución, quién contamina paga y quién usa los recursos paga;

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 49

SANTIAGO ROSADO PACHECO

los E s tado s N a cion a les d e la Un ión Europe a dispu s ieran de su Ins trume n to d e E s tr ateg ia N ac ion a l an tes d e 2005, def in iendo ár ea s pr ior itar ias c on sus obj etivos amb ien ta l”

y 3

pr in c ip io s

tr an sve r sa les

sobre

a spe c tos

de

“so s te n ib ilidad

( ya qu e lo s e c onó micos y s oc ia les fu eron obj e to d e la Ag enda

s ocio - e conómic a d e L isbo a “Agenda p ara e l c amb io ”). L a E s tr ategia Esp año la d e D es arrollo Sos ten ib le ( EEDS ) 4 s e en ma r ca d en tro de la E s tr a te g i a de D es arro llo So s ten ib le d e la U E (ED S), qu e fu e renov ada en e l Con sejo de Bru selas de 2006 bajo una f ilo sof ía d e pr in c ip ios qu e se con cre ta en “ determ ina r y e labo rar m ed ida s qu e pe rmitan m e jora r con tinuam en te la ca lidad d e v ida pa ra la s a c tua les y fu tu r as g en era c ione s m ed ian te la c r eación d e comun idad es so stenib les capa ce s d e g e s tiona r y u tiliz ar lo s re cu rso s de for ma e fic ien te, pa ra apr ov echa r e l po tenc ia l de inno vac ión e co lóg ica y s o c ia l qu e o fr ec e la e conom ía, garan tizando la pro spe r idad, la pr ote cc ió n de l m ed io amb ien te y la coh es ión s oc ia l ”. E s ta f ilo sofía d e la Un ión Europ ea s e rep ar te en tr e s ie te gra nde s ár ea s : - ca mb io c limá tic o y ene rg ía s limp ia s ; - tr anspo r te s os ten ib le ; -produ c c ión y con su mo s os ten ib le s ; -r e tos de la s a lud púb lica ; -g es tión de los r ecur sos n a tur a le s ; - in c lus ión so c ia l, d e mogr af ía y migr ac ión ; - lu cha con tra la pobr ez a mu nd ia l. L a E s tra teg ia Esp año la ( EEDS ) se c en tr a en la d imen s ión me d io a mb ien ta l, s ocial y g lob a l d e la s os ten ib ilida d. D entro d e l c a mpo d e la sos ten ib ilidad med io a mb ien ta l s e o rgan iza en tre s c a mp os in terr e lac ion ado s: 3

En el documento del Plan Nacional de Adaptación al Cambio Climático, dentro de 2. OBJETIVOS, se manifiesta expresamente que el mismo: “…cumple el objetivo fundamental de dar cumplimiento y desarrollar –a nivel de Estado español- los compromisos que nuestro país ha adquirido en el contexto internacional de la CMNUCC y de la Unión Europea.” 4

Este documento ha sido elaborado por el Grupo interministerial para la Revisión de la Estrategia de Desarrollo Sostenible de la Unión Europea y la preparación de la Estrategia Española de desarrollo Sostenible, bajo la coordinación de la Oficina Económica del Presidente del Gobierno español. El Grupo, que cuenta con representantes de la mayor parte de los Ministerios, está presidido por la Secretaría de Estado de Economía y la Subsecretaría del Ministerio de Medioambiente se constituye como la secretaría del mismo. El documento recibió el visto bueno del Consejo de Ministros de 23 de noviembre de 2007.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 50

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

a ) produ cc ión y con su mo que ana liz a la ef ic ie nc ia en e l uso d e los r ecu rso s, la produ cc ión y e l con sumo r e sponsa b le y la mov ilid ad y e l tur is mo sos te n ib le s ; b) a ná lis is d e la d e las in ic ia tiv as pa ra mitig ar e l c a mb io c limá tic o en ma te r ia d e e nerg ía limp ia, s ec tor es d ifu sos y s u mide ros, a s í co mo los ins tru me n tos de me r cado y la ad ap ta c ión a l c amb io c limá tic o ; c ) a borda los r ecu rso s h ídr icos , la biod iv ers id ad, lo s u sos d e l su e lo y la o cupa c ión de l terr itor io. En d ef in itiv a, la E s trate g ia E spaño la ( EED S) v ien e a p la n te ar de for ma p arale la a l P lan N a c ion a l d e Adap tac ión a l Ca mb io Climá tic o (PNA CC) un a s er ie d e me d id as con un a gr an incid enc ia en la po lítica de g es tión y uso del agua. As í, d en tro d e l ma r c o d e la e f ic ien c ia e n e l u so d e lo s r ecur sos , y s igu iendo e l pr in c ip io europ eo de de s arro llo sos ten ib le “h ac er má s con me n os ”, s u obje tivo pr in c ipa l es “ au men ta r e l ahor ro y la ef ic ienc ia en e l uso d e los r ecu rso s en todos los s ec tore s ”, s in e mb a rgo, d en tro d e e llos , d es ta ca de for ma esp ecíf ic a el c a so d e los r ecur sos hídr icos , de ma n e ra ad emá s , qu e s e c u mp lan los gr ande s obj e tivos me d ioa mb ien ta le s d e la Dir ec tiv a Marc o d e l Agu a. E s ta r ef er en c ia a l P lan Na c ion al de Ad aptac ión a l Camb io Climá tico ( PNACC) ob lig a, aunqu e s e a de sde los p r inc ip ios , a ano ta r a lgunos a sp ec to s d el mis mo .

I.

R EF ER ENC IA A L PLAN NACIONA L D E ADA PTAC IÓN A L CAM BI O

C LIMÁ TICO (PNACC ) Qu izá s la c ar ac ter ís tic a má s d e s ta c ad a de l P lan N ac ion a l con sis te en que se tr ata d e un in s tru me n to técn ico de na tur a leza ab ier ta y d in á mic a . E l propio do cu me n to e n sus Objetivos d ec lara qu e : “ El P lan se conc ibe como un pro ce so con tinuo y a cumu la tiv o d e g ener ac ión d e c onoc im ien to s y de c re ac ión y for ta le c im ien to d e capa c idade s par a ap lica r lo s. En con jun to cons titu ye una h er ram ien ta para los re spon sab le s de toma r d ec is ione s r e la c ionadas con la adap ta c ión a l camb io climá tico” . E s te d e ta lle supon e un c ier to ob s tác u lo p ar a la labor d e l jur is ta , a costu mbr ado a un tr abajo dog má tic o sobr e la no r ma , sobre

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 51

SANTIAGO ROSADO PACHECO

el pr e cep to jur íd ico 5, co mo ins trume n to c erra do sobr e e l qu e s e re su e lven prob le ma s o s e re a liz an propue s tas. S e pu ed e af ir ma r qu e e l P lan N acion a l es un do cu me nto d e g en era lidad es o d e d ir ec tr ice s que deb er á ir s e r e llen ando a tr avés d e los d if eren te s “ Prog ra ma s de Tr ab ajo ” q u e, a su v e z, produ cen o tros ins tru me n tos ( co mo pa ra e l P r ime r Progr ama : G en er ac ión d e Es c enarios Climá tic o s Reg ion a les o Ev a lua c ión de l I mp ac to Climá tic o en los Re cur sos H ídr icos) . E s as D ir ec tr ice s (for mu lada s de for ma g enér ica ) a que nos r ef er imo s cons t itu yen e l ma r co d el P lan N a c ion a l y son la s ac tiv id ade s d e ev a lua c ión de imp actos , vu ln erab ilida d y ad ap ta c ión a l ca mb io c limá tico y, a s u ve z, confor ma n la e s tru ctu ra g loba l p ar a e l an á lis is d e los d if er en te s se c tor es, s is tema s 6 y r eg ione s. Ad e má s, se uti liz a con fr ecu en c ia en e l tex to d e l P lan N acion a l la expr e s ión “ e s tr a teg ia” o “ ma r co e s tr a tég ico ”, prob ab le me n te por efecto d e l f enó me no de no min ado “ g lis se me n t” , e s de c ir, un f enó me no d e d es liza mie nto d e l Der ec ho co mu n ita r io a lo s D er echo s n ac ion a le s qu e e s tá co locando con cep to s, ins titu c ion es y c a tego r ía s ex tr añ as en los ordena mie n tos jur íd icos n ac iona les 7. S in e mb argo , e n mi op in ión, y a p es ar d e la inf lue nc ia de

5

Por establecer un punto de partida convencional, se puede afirmar que es Savigny, con su obra “System des heutigen römischen Rechts” (1840 y 1849), el que plantea en toda su dimensión lo que se conoce como “el método jurídico” entendido como un sistema jurídico dogmático, con las siguientes características: a) desvincula el estudio del Derecho de cualquier tipo de consideración moral, filosófica o ideológica; 2) trata de construir un sistema ideal, totalizador y cerrado, con resonancias del idealismo alemán; 3) considera que “el dogma” en el Derecho viene constituido por la norma, el precepto jurídico (positivismo jurídico), que establece los límites del propio pensar dogmático, estando prohibido salirse de ellos; 4) utiliza la inferencia deductiva, es decir, aplica operaciones lógico-deductivas de la norma a la realidad, para dar respuesta a los problemas. 6

De acuerdo con el propio contexto del documento del Plan Nacional los conceptos de sectores y sistemas se utilizan de forma sinónima y son: Biodiversidad Zonas de montaña Industria y Energía Recursos Hídricos Suelo Turismo Bosques Pesca y ecosistemas marinos Finanzas-Seguros Sector agrícola Transporte Urbanismo Zonas costeras Salud humana Construcción Caza y pesca continental 7

Por ejemplo, para este sector medio ambiental hemos hecho referencia a la “Estrategia de Desarrollo Sostenible de la Unión Europea de Gotemburgo (2001)” que ha dado lugar a la “Estrategia Española de Desarrollo Sostenible” que fue aprobada por el Consejo de Ministros de 23 de noviembre de 2007, aunque el término “estrategia” apareció en el art. 40 del Texto Refundido 1/2001, en la redacción dada

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 52

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

los tex to s jur íd icos , e l té r mino “e s tr a teg ia ” us ado en e l texto d e l P lan N ac ion a l s ign if ic a l o que expr esa e l D icc ion ar io de la Re a l Ac ade mia e n su s egund a acep ción, es d e c ir, “ ar te, tra z a p ara d ir ig ir un asun to ” 8. T a mb ién e l P lan N a c ion a l propon e un mé todo d e aprox ima c ión para aborda r e s te proc e so d in á mic o de ad ap tac ión a l c a mb io c limá tico: a ) l a d eno min ada “ aprox ima c ión d e arrib a -ab ajo ” ( top -do wn app roach ) 9; y b) la d eno min ada

“ aprox ima c ión

de

ab ajo -a rr iba

( bo ttom -up

app roach ) 10,

pero

co mb in ando a mb a s té cnic a s. E l do cu me n to, pr ec is a me n te , u tiliza co mo ej e mplo el

“s ec tor

de

los

re cur sos

h ídr icos ”

en

la

a prox ima c ió n

“bo ttom -up”,

s ubrayando s u impor tanc ia p ar a impu ls ar me d id as d e r eu tiliz a c ión, rec ic lado, pr even c ión

de

la

con ta min ac ión,

ahorro

de

agua ,

g es tión

de

s equ ías,

zon if ic a c ión d e ár ea s inund ab les qu e, en re a lid ad, con stitu yen me d ida s de adap ta ción 11. por la Ley 62/2003, por su art. 129.18. Como es sabido además de los instrumentos jurídicos consolidados por los Tratados de la Comunidad Europea como formas jurídicas (Reglamentos, Directivas, Decisiones, etc. Ex artículo 249 TCE), se dan en la práctica de la Unión Europea numerosas manifestaciones de otras formas jurídica informales para asegurar una flexibilización del propio Derecho comunitario, y para las que el Tribunal Europeo sólo exige la intención de vincular o la intención de producir efectos jurídicos, así existen “orientaciones”, “programas-marco”, “decisiones generales de ejecución” (Durchführungsbeschluss),, “estrategias” entre otras muchas. Véase por todos GUY ISSAC y MARC BLANQUET: “Droit communautaire général”Paris 8ª ed. (2001) pags. 156 yss. 8

Así parece respaldarlo el propio Plan (pág. 11) “…se trata de ir formulando una estrategia de adaptación, en respuesta a los resultados que se deriven de los anteriores componentes. La toma de decisiones normalmente vendrá condicionada –entre otros factores- por la valoración de los costes y beneficios (no solo económicos) que implican las diferentes opciones de adaptación frente al cambio climático…”. 9

Que plantea las dos siguientes cuestiones fundamentales: ¿Cuáles son los impactos clave del cambio climático a largo plazo? Y ¿Hasta qué punto la adaptación puede reducir los efectos negativos del cambio climático? 10

Que plantea las dos siguientes preguntas fundamentales: ¿Qué puede hacer un país o comunidad para adaptarse al cambio climático? Y ¿Cómo pueden desarrollarse y aplicarse mejor las políticas de adaptación? 11

Según el Plan esta metodología permite constatar que: -se parte de un enfoque descentralizado y ascendente, de lo particular a lo general; -está basado en la identificación de la vulnerabilidad; -combina la evaluación de la vulnerabilidad actual y futura a factores climáticos con factores no climáticos, involucrando de forma intensiva a actores clave; -como puntos fuertes se encuentran la mejor representación de las opciones locales, idóneo para horizontes a corto-medio plazo;

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 53

SANTIAGO ROSADO PACHECO

E l P lan ma n tiene qu e e n la cons tru cc ión d e mo d e los con cep tu a le s p ara el anális is d e i mp a c tos y e v a lua c ión d e la vuln erab ilid ad , “ e l se c tor d e los r ecu rso s

hídr icos ”

d is pone

de

mu ltitud

de

h err a mien tas

p ar a

r e a liz ar

evalu a cion es de ta llad as a d is tin to s hor izon te s d e l S iglo XXI , de for ma cuan tita tiva y cu a lita tiva , d e lo que r e su ltan dos co s as : - es un s e c tor d e a lto in te ré s e impor tanc ia e s tra tég ica p ar a la p lan if icac ión h idro lóg ica ; - es un s ec tor de a lto in te ré s por su p ape l d ir ec tor en mu cho s o tro s se ctor es y s is te ma s . D e es ta ma n era , e l s e ctor d e lo s re cur sos h idro lóg icos s e c onv ie r te en un elemen to “ tr ansv er sa l” d e imp a c t o d e l ca mb io c limá tic o pa ra los se c tor es de tur is mo, agr icu ltur a y b iod iv ers ida d ( entre otro s) cu yo d es arro llo y g es tión es tán cond ic ionado s por las op c ione s d e ad ap ta c ión po s ib le en es to s es c ena r ios h idro lóg icos o en lo qu e s e r ef iere a los imp ac to s d e l ca mb io c limá tico en la s alud hu ma n a, e l o c io y e l confor t e n d ifer en te s ár ea s, como z on as urb ana s y rur ales, tur is mo cos tero e in ter ior, e tc . Cuando e l P lan h ab la d e se c tor es y s is te ma s 12 ( a l p ar ec er de ma ne ra s inón ima ) de ja b ien c laro que no son “d epa r ta m e n tos e s tan co s”, d e ma ne ra qu e, por ej e mp lo, la sa lud hu ma n a, la a gr icultur a o e l s e c tor for es ta l son d epend ien tes d e la d ispon ib ilid ad de re curso s hídr icos 13; y, en de fin itiv a, deb en in tegra rs e en los d is tintos á mb ito s geogr áf icos ( reg ion a le s o subr egion a l es) con e l objeto d e propor c iona r una infor ma c ión r e levan te pa ra o r ien tar las es tr ateg ia s d e uso , p lanif ica c ión y g es tión d e l te rr itor io . A l re fer ir s e con cr e ta me n te e l P lan a l “ s ec tor de los r ec urso s h íd ricos” p ar te de dos pr e mis a s qu e s e d an por s egura s :

-como punto débil se constata la carencia de datos. 12

No se debe perder de vista que existe una caracterización normativa de los “sistemas de explotación”, así el art. 19 del Reglamento de Planificación Hidrográfica dispone que: “Cada sistema de explotación de recursos está constituido por masas de agua superficial y subterránea, obras e instalaciones de infraestructura hidráulica, normas de utilización del agua derivadas de las características de las demandas y reglas de explotación que, aprovechando los recursos hídricos naturales, y de acuerdo con su calidad, permiten establecer los suministros de agua que configuran la oferta de recursos sostenibles del sistema de explotación, cumpliendo los objetivos medio ambientales”. 13

Aquí habría que añadir que el horizonte temporal del “sector de recursos hídricos” se estima, referida a la adaptación tanto autónoma como planificada, entre 10-100 años.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 54

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

a)

los r e curso s h ídr ico s sufr ir án en Es pañ a d is minu c ione s impor tan te s co mo

cons ecu en c ia d e l ca mb io c limá tico 14; b)

ta n to e l s is te ma d e re cur sos h ídr icos d ispon ib le, co mo la for ma de

g es tion ar lo, e s un f a c tor de ter min a n te d e la s uf ic ien c ia o e sc a se z d e agua fr en t e a la de ma n da de la so c iedad 15; c)

por ú ltimo, e l P la n se ña la las a c tiv idad es y lín e as de tr ab ajo p ar a la

evalu a ción d e imp ac tos , la vu ln er ab ilidad y a dap ta c ión ( e s tra teg ia) a los r ecu rso s h ídr icos , as í: -D es arro llo

de

mod elos

reg iona le s

a cop la dos,

c lima -h idr o log ía

qu e

p er mita n obte ner e s cena r ios f iab les de todos los té r minos y pro c esos de l cic lo h idro lóg ico, in c luidos ev en tos ex tre mo s ; -D es arro llo d e mod e los de la ca lid ad e co lógic a d e las ma s a s de agu a, co mp a tible c on e l esque ma d e aplic a c ión d e la D ir e c tiva Ma rco de l Agu a ; -Ap lica c ión d e lo s es ce nar io s h idro lóg icos g en erado s p ara e l S ig lo XXI a o tro s se c tore s a lta me n te d epend ien tes de lo s r e cur sos hídr icos (ene rg ía , agr icu ltu ra, bo sque s, turis mo , u rbanis mo , e tc.) ; - Eva lu a ción d e las pos ib ilid ade s d el s is te ma d e g es tión h idro lóg ica bajo lo s es cen ar io s hidro lóg icos g ener ado s pa ra e l S ig lo XXI ; -D es arro llo d e d ir e c tr ic e s p ar a inc orpor ar en lo s pro ce so s de “ ev a lu ación de

imp ac to

a mb ie n ta l”

y

de

“e va lu a ción

a mb ie n ta l

e s tr a tég ica ”

la s

14

También el Informe “El Cambio Climático en España. Estado de Situación”, noviembre de 2007, elaborado para el Presidente del Gobierno, tras la Conferencia de Presidentes autonómicos, celebrada el 11 de enero de 2007, señala que: “…A nivel global, los modelos de clima predicen una disminución drástica de escorrentía en la cuenca Mediterránea…En España se han realizado múltiples simulaciones…para estimar el impacto del cambio climático en los recursos hídricos…todos coinciden cualitativamente en pronosticar una disminución muy significativa de las aportaciones, siendo el efecto especialmente acusado en las cuencas de la mitad sur peninsular”. 15

El mencionado Informe, de noviembre de 2007, para el Presidente de Gobierno, hace especial referencia a que los sistemas de explotación (infraestructura hidráulica y reglas de gestión) son dependientes de los impactos del cambio climático sobre las aportaciones en régimen natural que, a la vez, se trasladan a los usos del agua; asimismo, destacan el papel de los recursos hídricos como factor director que condiciona otros sectores y sistemas en España, recomendando la adopción de políticas específicas en gestión de estos recursos en un marco general de planificación territorial, con concienciación pública de los problemas asociados al cambio climático, y la flexibilización y diversificación del marco legal y normativo de la gestión hidrológica, potenciando las instituciones públicas de gestión y aplicando el principio de precaución.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 55

SANTIAGO ROSADO PACHECO

cons id er ac ion es re la tiv as a lo s imp a c tos d el c a mb io climá tic o par a lo s p lane s y p roye c to s d e l se c tor h idro lóg ico.

I I. EL O BJ ETI VO D E LA EEDS EN MA TERIA D E R ECURS OS HÍDR ICO S E l obje tivo d e la EED S c ons is te en a s egur ar la s os ten ib ilid ad a mb ien ta l y la calid ad de l r e curso hídr ico, ga ran tizando e l a ba s te c imie n to a la pobla c ión y el u so produ c tivo soste n ib le d e l mis mo d en tro d e l ámb ito d e la D ire c tiva Marco de l Agu a (D MA). Ad e má s, la E EDS par te d e la con cep c ión d e que s e tra ta de un “d ere cho a l acceso d e agu a en c an tid ad su f ic ien te y ca lid ad ad ecu ada ”, de a cue rdo con el r econo c imie n to d e la Org an iz a c ión d e N ac ion es Un id as 16 y, por ello, un d erecho qu e las Ad min is tra c ion es púb lica s d ebe n g aran tiz ar. Aunqu e la E EDS no ha c e r ef erenc ia a lgun a a l con tex to e uropeo , conv iene s eñ ala r qu e ex is te una Re co me nd ac ión d e l Comité d e Min is tros a lo s E s tados Miemb ros sobr e la Carta Europe a d e lo s Recur sos H ídr ico s (2001) en la que f igur a e l “De re cho a l Agu a” 17 y u n a Re so lu c ión d e l P ar la me n to Europ eo (2006) en la qu e te x tua lme n te s e a f ir ma qu e “ e l ac c es o a l agua pa ra todo s, s in d is cr im inación, e s un d er e cho ” 18. T a mp oco s e d eb e o lv id ar

qu e la D MA

car acter iz a e l ab as tec imie n to de agu a co mo un s erv ic io de in ter és g en era l, en

16

La Asamblea General de Naciones Unidas de 2000 declaró solemnemente que “El derecho al agua pura es un derecho fundamental del ser humano” A/RES/54/175 (15/2/2000 “The Right to development”: “reafirma que, para la realización plena del derecho al desarrollo entre otros: a) los derechos a la alimentación y al agua limpia son derechos humanos fundamentales y su promoción constituye un imperativo moral tanto para los Gobiernos como para la Comunidad Internacional”. Pero hay que señalar que en 2002, el Comité de derechos económicos, sociales y culturales de las Naciones Unidas, encargado de hacer el seguimiento del cumplimiento del Pacto Internacional de los Derechos Económicos, Sociales y Culturales (PIDESC 1996), adoptó una observación general, la número 15 titulada “el derecho al agua”, que admite este derecho al agua (que afecta a 150 Estados que ratificaron el pacto que incluye a todos los de la OCDE, menos Estados Unidos) de modo implícito en el Pacto, aunque desde un punto estrictamente jurídico la observación general no es vinculante. Sobre este punto puede verse LOPERENA ROTA, D: “El agua como derecho humano”, en “Nuevo Derecho de Aguas” GONZALEZ-VARAS IBAÑEZ (Coord.), Cizur- Mayor (Navarra) 2007, págs. 81 y ss, EMBID IRUJO, A.: “El derecho al agua en el marco de la evolución del derecho de aguas” en “Derecho al Agua” (EMBID Dir.), Cizur Menor (Navarra) 2006, págs. 15-56, y SMETS, H.: “Por un derecho efectivo al agua potable”, Bogotá 2006, in totum. 17

Consejo de Europa Rec (2001) 14, 17 de octubre de 2001.

18

COM (2002)132, 4 de septiembre de 2003.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 56

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

los tér min os de la Co mun ica c ión de la Co mis ión Europe a s obre “ lo s se rv ic io s d e in te ré s ge ner a l en Europ a” 19, a unqu e exc lu ido expr es a me n te po r e l a r tícu lo 17 d e la D ir ec tiv a 2006 /18 CE (D eno min ada D ir ec tiv a Bo lken s te in) d e la ap licac ión de l r ég ime n d e libr e p res ta c ión d e se rv ic io s conte n ido en e l ar tícu lo 16 d e la mis ma D ir e c tiva 20. P ar a cu an tif ica r la con se cuc ión d e l obje tivo d e la Estr a teg ia Esp año la ( EEDS )

se u tiliz ar án c o mo ind ic ador e s e l gr ado de confor mid ad c on la

D ir ectiv a 91 /271 /CE E, e l índ ice d e la ca lid ad g ener a l de la s agu a s y lo s índ ices d e llenado de los a cu íf ero s y d e r ies go d e s equía por cu enca s h id rográ fic a s.

I I I. EL PR OGRAMA G LO BA L D E AC TUACION ES PARA LA G ESTI ÓN Y U TI LI ZACI ÓN D EL AGUA (PR OGRAMA A.G .U.A) Co mo cons ec uen c ia de qu e e l obje tivo d e la EED S d e 2007 cons is te , e n tre o tro s, en “ as egur ar la so sten ib ilid ad a mb ien ta l y la ca lid ad de l r e curso h ídr ico, g aran tiz ando e l aba s te cimie n to a la pob la c ión y e l uso produ c tivo sos ten ib le” d en tro d e l ámb ito d e la D ir ec tiv a Ma rco de l Agu a, aqué lla h ac e un a r ef er enc ia expres a a l P rogra ma A.G .U.A. , doc u me n to adop tado en e l año 2004 por e l en tonc es Min is ter io de Med io A mbie n te , con pro yec c ión al p er íodo 2004 -2008. E s te do cu me n to, co mo ya v a s iendo una c ar acte r ís tica u su a l, e s un do cu me nto d e cará c ter té cn ico o, si s e quier e d e in ten c ione s, s in v a lor jur íd ico v in cu lan te, aunque

pos ter ior me n te

su e le

in corpor ars e

pau la tin ame n te

a

d if er en tes

ins tru me n tos jur íd icos , c o mo ocur re en e l pr ese n te ca so, dond e ex is te un a gran pr imer a no rma qu e re cog e, imp or ta n te s pronun c ia mie n to s sobr e e l con tenido d el Progr a ma , é s ta nor ma es e l Rea l De cr e to - ley 2 /2004, de 18 d e jun io, por e l 19

C1996/281/03, que ha ido evolucionando con la Comunicación 2001/C17/04, el libro verde de 2003 y el libro blanco de 2004. Se trata de servicios mencionados en el artículo 90 del Tratado y designan las actividades de servicio comercial que cumplan misiones de interés general y, por ello, están sometidos , por parte de los Estados miembros, a obligaciones específicas de servicio público (seguridad del abastecimiento, protección del medio ambiente, solidaridad económica y social, ordenación del territorio, fomento de los intereses de los consumidores), en definitiva como expresa el punto I. A. 7 de la Comunicación de la Comisión de 1996 sobre “servicios de interés general”: “Derivan de ahí algunos principios esenciales de funcionamiento: continuidad, igualdad de acceso, universalidad y transparencia”. 20

Art. 17, 1) d): “El artículo 16 no se aplicará: 1) a los servicios de interés económico general que se presten en otro Estado miembro, a saber, entre otros: d) los servicios de distribución y suministro de agua y los servicios de aguas residuales”.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 57

SANTIAGO ROSADO PACHECO

qu e s e mod if ica la L e y 10 /2001, d e 5 de ju lio , d e l P lan h idro lóg ico Nac iona l y la pos ter ior L e y 11 /2005 21. E l Progr a ma A .G.U.A tie ne por obje to cua tro gr ande s te ma s : a ) L a r efor ma de las Conf ede ra c ione s H idrogr áf ica s, in corpor ando a la s Co mun id ades Au tóno ma s a l p roc eso d e to ma d e d ec is ion es y e l c on tro l púb lico d e l u so d e l agua y d e su c alid ad, fo me n tando la par tic ipa c ión de todos los c iud adano s en la g es tión d e l agua ; b) L a cre a c ión d e un “Ban co Púb lic o de l Agu a” p ar a re a s igna r los d ere cho s h is tó r ico s al a gua con c r ite r ios d e equ id ad, e f ic ien c ia y s os ten ib ilida d ; c ) E l es tab lec imie n to de “ta r if as de agu a” acord es con los cos te s re a le s de ob tenc ión y de tr a tamie n to de l agu a, modu lada s en func ión de l b enef ic io ec onó mic o g ener ado por la u tiliz a c ión d e l a gu a, según e x igen c ia de la D MA ; d) S e aco me te n ac tu a c iones d e me jora de la ge stión y d e l s u min is tro de a gua de c a lid ad, en p artic u lar , “ la op timiz a c ión d e la s infr ae s tru c tur as d e a lma c ena mie n to y d is tr ibu c ión (r egad ío y aba s tec imie n to ), “ la d epura c ión y r eu tiliza c ión d e l agu a” , y “ la de sa la c ión” . E s te Prog rama , a unqu e tie n e vo cac ión p ara su imp lan tación en todo e l terr itor io na c ion a l, es d e ap lica c ión in me d ia ta a lo s ter ritor io s a socia dos a l litor al med ite rr áneo ( Cu enc as H idrogr áf ica s d e l Sur, S eg ur a, Jú c ar, Ebro y Cuen c as In te rna s d e Cata luña) y, ad e má s, s e re a liza rá me d ian te “ mó du los ”, es d ecir , d e for ma ind epe nd ien te según las ne ce s id ade s o pr ior id ad es d e cad a cuen ca.

I V. LA S AC TUAC ION ES A) La R efo rma de las Con fe de rac ion e s H id rogr áf ica s E s n ec e sar i o d eja r s en tado que la pr ime r a pr ev isión d e la e s tr ate gia esp año la , e s d ec ir , la refor ma d e las Con fed er ac ione s H idrogr áf ica s, no h a s ido cu mp lid a. No ob s tan te, conv ien e h ac er ref er en c ia a los prob le ma s en qu e s e fund ame n ta e s a pr ev is ión, que s e pue den c a t a log ar en : 21

Véase, con ocasión de la supresión de las transferencias de recursos hídricos, las consideraciones sobre esta norma MENÉNDEZ REXACH: A.: “Transferencias de recursos hídricos” en “Diccionario de Derecho de Aguas”, Madrid 2007, pág. 924.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 58

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

1) L a f a lta d e f lex ib ilidad d e su r ég ime n jur ídic o (e l d e los OOAA d e la LO FAGE ), s obre todo p ara afron tar su s func ion es en constru cc ión d e obr as y exp lo ta c ión de aprov ech a mie n to s, lo qu e exp lic a la pro lif er ac ión de “so c ied ad es es ta ta le s” en las d is tin ta s cu enc a s ; 2) la f a lta d e me d io s ma ter ia les y p er sona le s p ar a abord ar las func iones atr ibu ida s a la s Conf ede ra c ion es Hidrogr áf ica s . No se pu ed e o lvid ar qu e la L e y 29 /1985 d e Agu as in trodujo un c a mb io su s tanc ial en e l r ég ime n conc es ion a l a l in tegr ar la s aguas sub terr áne a s en e l do min io púb lico h idr áu lico .

E s te

d a to

supu so

un

inc reme n to

e spe c ta cular

de

los

pro ced imie ntos ad min istr a tivos y un a c ier ta quie bra d e la in c lus ión de los aprove ch a mie n tos de agu a y su s ca ra c ter ís tic as e n e l Regis tro d e Agu as. T en iendo en cu en ta que co mo af irma e l L ibro Blan co d e l A gua en Es paña (2000) 22 lo s Reg is tro s de Agu as son un a her ra mie n ta e sen c ia l d e pro te cc ión y buen a ges tión d e l do min io públic o h idr áulic o ya que “f avor ec en la s egur id ad jur íd ica , cons titu yen me d io d e p rueb a y d isp ens an pro te c ción a los aprov e ch a mie n tos e n e llo s ins cr ito s” . Asimis mo , e l a r tícu lo 192 d e l Reg la me n to D e l Do min io Púb lico H id ráu lico d e 2003 es tab lec e que “ E l Reg is tro d e Agu as es tará co mp ue s to por un a es tru c tur a infor má tic a d e d a tos y s u tr ans cr ip c ión en p ape l qu e se deno min a L ibro de In scr ip c ion es ”. Al mis mo tie mpo, la D ispo sic ión Tr an sito r ia Sex ta de l T exto Refund ido de Agu as de 2001 o rdenó qu e “… lo s O rgan ismos d e cuen ca r ev isarán la s cara c te r ís tic as

de

lo s

apro ve cham ien tos

actua lm en te

ins c r itos

en

el

R eg is tro d e A pro ve cham ien tos d e Agua s Púb lic as, pr ev iam en te a l tra slado de

su s

a sie n tos

al

r eg is tro

de

Agua s

del

Organ is mo

de

cu enca

cor re spond ie n te ” 23. An te e s tos h echo s e l Min is ter io d e Med io A mb ien te ha de sa rro llado e l progr a ma AL BE RCA cu yo obj e ti vo fund a me nta l e s a c tualiz ar y c o mp le tar la infor ma c ión re la tiv a a los aprove ch a mie n tos de agu a d e lo s d ife ren te s

22

Ministerio de Medio Ambiente (2000).

23

A lo que habría que añadir lo que dispuso el artículo 17. 3, ya derogado por la Ley 11/2005, de 22 de junio, del Plan Hidrológico Nacional “para acceder al uso de las aguas trasvasadas los usuarios deberán disponer de las concesiones o de cualquier otro título suficiente que acredite el derecho a la utilización privativa de las aguas, debidamente inscritos en el Registro de Aguas de la cuenca receptora”.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 59

SANTIAGO ROSADO PACHECO

Org an is mo s d e Cu en ca in terco mu n ita r ios , de for ma c oorde nad a y pa rtie ndo de la info r ma ción con ten id a tan to en e l Reg istro de Agu as co mo e n o tr a s co mp le men ta r ia s

y.

ad e má s,

se

pr e tende

la

ho mo g ene iz ac ión

de

los

pro ced imie ntos a tr av és d e l sopor te infor má tic o (un a h erra mie n ta infor má tic a p ara la ma tric u la c ión, tra mita c ión ca r togr af ía e ins cr ip c ión de lo s expe d ien tes en el Reg is tro de Agu as en for ma to d ig ital). En de f in itiv a,

e l progr a ma

AL BE RCA e s la h err amie n ta p ar a e l cono c imie n to d e los uso s y dere cho s de l agua, a spec to c en tr a l e n la p lan if ica c ión y g es tión, c on e l obj e tivo de s olu cion ar prob le ma s té cn ico - ad min is tra tivo s r e la tivo s a la g es tión d e los r ecu rso s h ídr icos y, as í, r e s tab le cer la ef ic a c ia ad min is tr ativa . 3) L a du a lid ad de órg ano s d e gob ie rno de las conf ede rac ione s , con un “Pr es id en c ia ”

orgán ica me n te

mu y

c o mp leja

( Co mis a r ía

de

Agu as ,

la

D ir ec c ión Té cn ic a, la S e cre tar ía G ener a l, la Of ic in a d e P lan if ica c ión, la In terv enc ión D e leg ad a y la A se soría Jur íd ic a, s erv ic ios que ad e má s da n e l s opor te a l Co mité de Autor id ade s Co mp e ten te s) 24 y a lta me n te bu rocr a tiza da p ara func ion es eje cu tiva s 25 y, por o tro lado, la “ Jun ta de Gob ierno” con un imp or tan te p ane l de fun c ione s ( ar t. 28 d e l tex to Refund ido y a r t. 31 d e l Reg la me n to d e la Ad mi n is tra c ión Púb lica de l Agu a, R.D . 927 /1988) 26 4) L a ins a tisfac tor ia in corpor ac ión d e la s Co mun id ade s Au tóno ma s . No p are ce s uf ic ien te la pr ev is ión d e l a r t. 25. 1 d e l T ex to Re fund ido, e n r e la c ión c on el ar t. 27, d) de l mis mo , d e incorpor a c ión d e las CCAA a la Jun ta d e Gob ierno de la s Confe der a c ione s H idrogr áf ic a s 27. La r efor ma d e la s 24

Real Decreto 984/1989.

25

Estas funciones siguen la estela de lo ordenado por el artículo 24 del Texto Refundido: “en la determinación de la estructura de los Organismos de cuenca se tendrá en cuenta el criterio de separación entre funciones de administración del dominio público hidráulico y las demás”, y art. 33.2 del Reglamento 26

Como ordena el art. 29.2 del Real decreto 927/1988, RAPA, En los Reales Decretos constitutivos de los organismos de cuenca se determinará la composición de sus Juntas de Gobierno. 27

En la del Júcar: CA de Aragón 1 representante; CA Castilla la Mancha 3 representantes; CA Cataluña 1 representante; CA Valencia 5 representantes (RD 924/1989). En la del Segura: CA de Andalucía 1 representante; CA de Castilla-La Mancha 2 representantes; CA de Murcia 6 representantes; CA de Valencia 2 representantes (RD 925/1989). En la del Guadalquivir: CA de Andalucía 5 representantes; CA de Castilla-La Mancha: 1 representante; CA de Extremadura: 1 representante; CA de Murcia 1 representante (RD 926/1989). En la del Tajo: CA de Aragón 1 representante; CA de Castilla-La Mancha 3 representantes; CA de Castilla León 1 representante; CA de Extremadura 3 representantes; CA de

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 60

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

confed er a cion es h idrogr áf ica s tiene co mo obje tivo d ar ma yor par tic ip ac ión a las co mun id ade s au tóno ma s y a la so c iedad, as í co mo incr e me n ta r e l con tro l de l do min io púb lico h id rá u lico . L a for ma e n qu e ej erza n sus co mp e ten c ia s las co mun id ade s autóno ma s tendr á gr an imp or tan c ia e n la g es tión futur a d e l agua y, pu ed e s e r que au me n ten los con f lic to s s ob re co mp e ten c ia s en tre las co mu n idade s au tóno ma s d e la mis ma c u enc a, sob re todo s i, como e s pr ev is ib le, e l per iodo d e sequ ía s e pro long a. De sde o tro pun to d e v ista , la nu ev a s itua c ión es ta tu tar ia e sp año la cu estion a e l p ape l de la c uen c a hidrogr áf ica c o mo un id ad ind iv is ib le d e g es tión (s ingu larme n te los E s ta tu tos de Anda luc ía y Ca s tilla -L eón) 28. 5) Lo s prop ios obje tivo s d e l D er echo Europ eo de Agu as d e me d io a mbie n te , d e p lan if ica c ión , la in corpor ac ión de la de ma r c a c ión h idro lóg ica , la r ecup er a ción d e cos te s e tc . B) La cr ea c ión de un “ Ban co Púb lico de l Agua” S e po ten c ian de c id id a me n te los Cen tro s d e In te rc a mb io d e los D ere cho s del Agu a conocidos , ta mb ié n, co mo lo s fu turo s “ Ban cos Púb licos ” d e a gua (qu e pr ev is ib le me n te s e a mp liarán a lo s in terc a mb ios in tercu enc as ), e s d e c ir, un mer cado d el agu a bajo e l con tro l púb lico . Es ta pr ác tic a s e r egula tr as la mo d if ic ac ión r e a liz ad a por e l Rea l D ecr e to 606 /2003, en e l Reg lame n to d e Do min io Púb lico H idrá u lico a l in trodu c ir un nuevo T ítu lo V I d ed icado a l con tra to d e c es ión de der e chos d e l agua y lo s Cen tro de Inr terca mb io ( en d es arro llo de los ar ts 76 y s s de l T RLA), y con e l Rea l D ecr e to - Ley 15 /2005 , Madrid 3 representantes (RD 927/1989). En la del Guadiana: CA de Andalucía 1 representante; CA de Castilla La Mancha 3 representantes; CA de Extremadura 3 representantes (RD 928/1989). En la del Duero: CA de Cantabria 1 representante; CA de Castilla León 7 representantes; CA de Galicia 1 representante; CA de la Rioja 1 representante (RD 929/1989). En la del Ebro: CA de Aragón 6 representantes; CA de Cantabria 1 representante; CA de Castilla y león 1 representante; CA de Cataluña 3 representantes; CA de la Rioja 2 representantes; C Foral de Navarra 2 representantes; CA del País Vasco 1 representante; CA de Valencia 1 representante (RD 931/1989). En la de Miño-Sil. CA de Galicia 6 representantes; CA de Castilla y León 2 representantes; CA de Asturias 1 representante (RD 266/2008). En la del Cantábrico: CA de Cantabria 3 representantes; CA del País Vasco 2 representantes; CA de Galicia 1 representante; C Foral de Navarra 1 representante; CA de Castilla y león 1 representante (RD 266/2008). 28

También EMBID, A.: “Agua y Territorio. Nuevas Reflexiones Jurídicas”, en XVII Congreso ItaloEspañol de Profesores de Derecho Administrativo “Libro de Ponencias y Comunicaciones”, Zaragoza 2008, pág. 36.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 61

SANTIAGO ROSADO PACHECO

de

16

de

d ic ie mb re,

de

me d id as

urg en te s

p ar a

la

r egu la c ión

de

la s

tr ans a cc ione s d e d er e cho s y aprove ch a mie n tos, con una expr es a au tor iza c ión p ara

el

us o

de

las

infr a es truc tura s

de

c onex ión

in tercu enc a s

(pr ev io

o torg a mie n to de la autor iza c ión por e l Orga n is mo d e c uen c a y otr a de la D ir ecc ión Ge ner a l de l Agu a cuando h a y uso de infr a es truc tura s in terc uen c as). Aunqu e la pr ác tic a se p er mitió has ta nov ie mb r e d e 2006, ha s ido prorrog ad a pr imero , por e l Re a l D e cr e to -Le y 9 /2006, d e 15 d e s e p tie mb re 29, h a s ta nov iembr e d e 2007, y, d espu é s, por e l Rea l D ecr e to - Ley 8 /2008 , d e 24 de nov iembr e 30, h as ta e l 30 d e nov ie mb r e d e 2009, qu e co mo r eite ra su Expo sic ión d e Mo tivos, la s adv ers as cond ic ione s c limá tic as “ … acon sejan la p rór roga d e l R ea l D ec re to - Le y 15 /2005, d e 16 de d ic iembr e…ya qu e se ha r e ve lado c omo un ins trum en to ú til pa ra la r eas ignac ión vo lun ta ria d e de re cho s de l agua ” ; y, ¿có mo no? , e n e l Re al D ecr e to - Ley 14 /2009, d e 4 de dic ie mb r e 31. Es te a sp ec to, co mo se ha d icho ya “ c ab e conj e tura r que no v a a s er una nor ma tiv a co yun tura l, s ino qu e se pu ede ir con solid ando por v ía de prórrog a s su ce s iv as o , fron ta lme n te , me d ian te mo d if ic ac ión d e l T RLA” 32.

29

El Real Decreto-Ley 9/2006, de 15 de septiembre, en su Disposición Final Tercera establece: “Los Centros de intercambio de derechos del uso del agua de las cuencas quedan autorizados para realizar ofertas públicas de adquisición, temporal o definitiva, de derechos de uso del agua con el fin de destinar los recursos adquiridos a: La consecución del buen estado de las masas de agua subterránea o a constituir reservas con finalidad puramente ambiental, tanto de manera temporal como definitiva. La cesión a las Comunidades Autónomas, previo convenio que regule la finalidad de la cesión y posterior utilización de las aguas. La cesión deberá inscribirse en el Registro de Aguas de la cuenca”. 30

Convalidado por Resolución del Congreso de 20 de noviembre de 2008.

31

Su Exposición de Motivos declara que: “En los últimos años se han puesto en marcha experiencias muy positivas para paliar los daños de la sequía mediante la autorización, por una norma con rango legal, del intercambio de derechos de agua entre usuarios de diferentes cuencas, de manera que las cuencas excedentarias pueden aportar recursos adicionales a las zonas deficitarias, con la consiguiente compensación económica a los cedentes. Las experiencias obtenidas en los últimos años acreditan el efecto beneficioso de estos intercambios para las dos partes sin que se hayan manifestado efectos adversos”. 32

En MENÉNDEZ REXACH, A.; “Transferencias de Recursos Hidráulicos”, en Diccionario de derecho de Aguas”, (Embid Director), Madrid 2007, pág. 935, véanse las consideraciones de este autor sobre estas transferencias voluntarias en virtud de contratos de cesión de derechos de uso del agua, enfrentadas a la restricción de las establecidas por el Plan Hidrológico Nacional.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 62

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

C) El e stab lec im ien to de “ta rifas d e agua” a cor d e s co n lo s co ste s r ea le s de ob tenc ión y de tra tam ie nto de l agua co n e l ho r izo nte d e d ic iem br e d e 2010 Ex is te un c ons enso ge ner a l, tanto de sde el pun to d e v is ta d e las ins titu c ion es co mo d e los d is tintos exp er tos , sobr e la imp or tan c ia de la “tar ifa c ión” d e l agua co mo ins trume n to b ás ico p ar a a lc an zar un u so s os ten ib le d e la mis ma . D esd e lu ego la nor ma re c tor a en e s ta ma te ria es la D ire c tiv a Mar co del Agu a (D . 2000 /60 /CE) 33 y s u tr a spos ic ión a l D erec ho esp año l ( ar t. 129. 36 d e la L ey 62 /2003, de 30 d e d ic ie mb r e, y su po ster ior mo d if ic ac ión por la D ispos ic ión F in a l 1ª . 12 y 13 d e la L e y 11 /2005, d e 22 d e jun io) 34. E ste nu evo D erecho europ eo de l a gua in augur a un d e te r min ado mo d e lo e conó mic o f in anc iero de l agua , en mi c r iter io d eudor d e la D ec lar ac ión d e Dub lín (1 992)

33

Su artículo 9 hace referencia al “principio de recuperación de costes de los servicios relacionados con el agua” y a que “Los Estados miembros garantizarán a más tardar en 2010: que la política de precios del agua proporcione incentivos adecuados para que los usuarios utilicen de forma eficiente los recursos los recursos hídricos… y, por tanto, contribuyan a los objetivos medioambientales de la presente Directiva”, y, además, que esa contribución de la recuperación de costes adecuada de los diversos usos del agua, deben desglosarse, al menos, en industria, hogares y agricultura, teniendo en cuenta el principio de que quien contamina paga. También se contempla la posibilidad de que “Los Estados miembros podrán tener en cuenta los efectos sociales, medioambientales y económicos de las recuperación y las condiciones geográficas y climáticas de la región o regiones afectadas”. 34

Desde el punto de vista de los principios, es adecuado tener en cuenta “la caracterización económica del agua” que realiza el Plan Nacional de Adaptación al Cambio Climático (PNACC 2006) de los “recursos hídricos” como elemento transversal en otros sistemas y sectores. También el Informe “El Cambio Climático en España. Estado de Situación”, noviembre de 2007, elaborado para el Presidente del Gobierno, tras la Conferencia de Presidentes autonómicos, celebrada el 11 de enero de 2007, señala que: “…A nivel global, los modelos de clima predicen una disminución drástica de escorrentía en la cuenca Mediterránea…En España se han realizado múltiples simulaciones…para estimar el impacto del cambio climático en los recursos hídricos…todos coinciden cualitativamente en pronosticar una disminución muy significativa de las aportaciones, siendo el efecto especialmente acusado en las cuencas de la mitad sur peninsular”. El mencionado Informe, de noviembre de 2007, para el Presidente de Gobierno, hace especial referencia a que los sistemas de explotación (infraestructura hidráulica y reglas de gestión) son dependientes de los impactos del cambio climático sobre las aportaciones en régimen natural que, a la vez, se trasladan a los usos del agua; asimismo, destacan el papel de los recursos hídricos como factor director que condiciona otros sectores y sistemas en España, recomendando la adopción de políticas específicas en gestión de estos recursos en un marco general de planificación territorial, con concienciación pública de los problemas asociados al cambio climático, y la flexibilización y diversificación del marco legal y normativo de la gestión hidrológica, potenciando las instituciones públicas de gestión y aplicando el principio de precaución.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 63

SANTIAGO ROSADO PACHECO

s obre “e l agu a y e l de s arro llo so sten ib le” , c ons is ten te e n en tende r que el concep to d e sos ten ib ilid ad h ídr ica d ebe inc lu ir: - La d ime ns ión e co lóg ica ( cons id er ac ión d e l agu a co mo un r e cur so f inito y vu ln erab le) ; - la d ime ns ión soc ia l ( la con s id erac ión de la ac c es ib ilid ad a l a gua como un a n eces id ad s oc ia l ind is pen sab le ; in c lu yendo la p ersp ec tiva d e moc rá tic a y p ar ticip a tiva en la po lític a de l agu a) ; - la d ime n s ión e conó mic a ( la con sid er a c ión de l agua co mo un b ien econó mic o qu e d eb e ser a s ign ado d e fo r ma e fic ien te, bajo e l pr in c ipio de qu e “qu ien con ta min a p aga ”). E s tas tr es d ime ns ion e s de l agu a tie nen un a re spu es ta y un tr a ta mie nto d if er enc iado d esd e la ec ono mía , así: a ) En r e la c ión con la d ime ns ión e conó mic a d e l agua la as ign a c ión e f ic ien te de la mis ma s e v ien e r esolv iendo en e l ma r co d e la e cono mía n eoc lás ic a por la “ ta r if ac ión ” a l co ste ma rg ina l ind iv idual qu e, en un me r c ado p erf e c to, pe rmite la a s ign ac ión ef ic ien te de lo s re curso s 35 y, a qu í, la adop c ión de l pr in c ip io “qu ien con tamin a p aga ” r equ ie re qu e c ad a consumid or de rec urso s h ídr ic os ” ( co mo r ecu rso s e conó mic a me n te v a lioso s) co mp ens e a la s oc iedad po r e l h echo d e p r iva r d e d ichos r ecu rso s a otro s u sos y b enef ic io s pr es en tes y fu t uro s 36. b) En r e la c ión c on la d ime n s ión e co lóg ica s e c ons id er a el a gu a co mo “ c ap ita l n atur a l c r ítico ” que h a d e s er con serv ado, p ero el uso s os ten ib le d e l agu a no pu ede s er e va lu ado a un a e s ca la g lob a l, sino lo ca l (d e a cu erdo c ons tru id as ,

con

so me tie ndo

el s is tema d e infr ae s tru c tur as el

cos te

al

r ep ar to

h id ráu licas

equ ita tivo

en tre

g ener a c iones ), dond e las func ion es me d ioa mb ie n ta les r e lev an te s deb en pr es erv ars e y e l uso d e l agu a ma n ten er se por d ebajo d e la r e ca rg a n a tura l de lo s r ecur sos 37. 35

Es decir, garantiza que cada cantidad de agua adicional genera el mismo valor en todos los usos alternativos, y el bienestar común no aumentaría si se sustrajese una cierta cantidad de un uso para asignarlo a otro, véase MASSARUTTO, A.: “El precio del agua: ¿herramienta básica para una política sostenible del agua?”, Revista Ingeniería del Agua vol. 10, nº 3 (septiembre 2003) pág. 294. 36

Ibidem, pág. 294.

37

Ibidem, pág. 303.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 64

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

c ) En r e la c ión con la d i me n s ión soc ia l o, tamb ié n d enomin a d a, “de e qu idad ” se con s id era n ec e sar ia la so c ia liz a c ión d e l c os te d e las gr ande s insta la c ione s p ara p er mitir a c ad a us uar io la s atis fa c c ión de s us ne c es ida de s b á s ic as 38, a l ma rgen de su loc a liza c ión g eográ f ic a. E s tos u sos so c ia lme n te re lev an tes d eb en s er ac c es ib les a todo el mu ndo , s in a tend er a sus n ive le s d e ingr e so o cond ic ión soc ia l. E s te pa re ce s er e l mo de lo e conó mic o -f in anc iero europ eo d e la tar if ac ión, p ero la EEDS h ab la de “ tar ifa s a cord es con los c os tes r e a le s d e ob tenc ión y de tr atamie n to d e l agu a ”, lo qu e imp lic a la n e ce s id ad de p lante ar s e la def in ic ión econó mic a u sua l d e l “c os te” que e s tá b as ada e n e l con cep to d e “ co s te de opor tun id ad” , e s d ec ir , s e con s ide ra e l v a lor ec onó mic o de l s a cr if ic io qu e h ay qu e r ea liz a r p ar a produc ir d icho b ie n. L a pr ime r a d ime ns ión re lev an te d e l “ cos te” e s e l deno min ado “ co ste indus tr ia l” o “ cos te f inan c iero” , e s d e c ir, e l co s te de los se rv ic io s e infr aes tru c tur as qu e son n ec e sar ios par a llevar e l agua a los usu ar ios. Pe ro, en s egu id a, lo s e cono mis ta s me d ioa mb ie n ta les 39 ma n tienen qu e c uando s e tr a ta de cap ita l n a tur a l ( e l agu a e s un r e curso n a tur a l) el “ c os te” v ie ne in tegr ado po r e l cos te industr ia l ( es de c ir , e l cos te d e opor tun id ad del tr abajo y c ap ita l emp leado s p ara h a ce r po sib le l a d ispon ib ilid ad de l agu a) y por e l “ cos te ex terno ” qu e v iene con stitu ido por e l coste d e opo rtun id ad d e l recurso econó mic o c ons id er ado en s í mis mo 40.

38

Esta es la tradición española, desde la Ley General de Obras Públicas de 1877, con influencia del pensamiento regeneracionista, véase GALLEGO ANABITARTE, MENÉNDEZ REXACH, DIÁZ LEMA: “El Derecho de Aguas En España”, MOPU 1986, pags. 488 a 500. Y, por ello, el fundamento de una cierta preservación del modelo de oferta en los recursos hídricos para este dimensión social, véase sobre el modelo de oferta AGUDO GONZÁLEZ; J.: “La Directiva Marco, la nueva cultura del agua y el imperativo de evolución de la política hidráulica española hacia un modelo de gestión sostenible”, en “Nuevo Derecho de Aguas” (González-Varas, Coordinador), Cizur Menor 2007 Pág.133 y ss. 39

Por ejemplo, PEARSE, D. Y TURNER, R.: “Economics of natural resources and the enviroment”, Harvester-Weatsheaf, Londres 1989. 40

En estos “costes externos” se deben incluir: a) el coste asociado a la escasez, esto es, el valor de oportunidad del agua en otros usos económicos, b) las externalidades económicas, es decir, los efectos positivos o negativos para otros actores económicos que no son tenidos en cuenta por los usuarios, c) las externalidades medioambientales, es decir, funciones medioambientales del agua que no pertenecen a la esfera económica. Véase MASSARUTTO, A.: “Ob. Cit.”, pág. 296.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 65

SANTIAGO ROSADO PACHECO

N a tura lme n te e l conc ep to de cos te requ ier e e nfr en tar lo a l con cep to de pr ecio , en tend ido co mo “ la c an tidad d e d ine ro qu e e l u su ar io p aga a camb io d e l s erv ic io d el a gua y/o e l d ere cho d e s u u tiliz ac ión ”, ade má s e l pr e c io r equ ie re un a tr ans acc ión en tre e l su min is tra dor y e l us uar io . E l pr in c ip io europ eo d e “recup er ac ión de cos tes ” s i se in stru me n ta me d ian te e l p re c io podr ía e s tima r se co mp arando cu an to p aga n lo s u suar io s por e l a gua con r es pe c to a l cos te to ta l d e la mis ma ( co s te f in anc iero má s co s te exte rno), pe ro e s to en la prá c tica r esu lta mu y d if íc il y mu y co mp lejo. D esd e lu ego s e pu ed en en sa yar a lguno s de es to s ex tremo s : a) L a pr ime r a d if icu ltad prov ie ne d e la p ar tic ipa ción d e toda s las Ad min is tr acion es Púb lic a s ter r ito r ia le s en e l cic lo in tegr al de l agua ( ar t. 111 b is d e l T RLA : “ Las Adm in is trac ione s públic as compe ten tes tend rán en cuen ta e l pr in c ip io de r ecup e rac ión de lo s co ste s … ”) , lo que impon e la n ec es id ad de ten er en c uen ta la po lítica f isc al de cad a un a d e e llas 41, El ma r c o qu e es tab lec e e l T RLA se fund a me n ta en tr e s f igur as tr ibu tar ia s 42: - e l c anon por la o cupac ión d e l domin io púb lic o h idr áu lic o (qu e no tie ne la cons id er a c ión de r ecu rso h ídr ico) ; - e l canon de v er tido s ; - e l canon d e r egu la c ión y tar if a d e u tilizac ión de l agu a (qu e en r ea lid ad son dos figur as d is tin tas , co mo a cla ra e l Reg la me n to de Do min io Púb lico H idr áu lico). E s tos cánone s es ta ta les r ec aen sobr e dis tr ibu idor es ma yor is ta s d e l agu a o s obre fo cos e mis o re s d e ve rtido y qu e lu ego s erá n rep er cu tido s en e l r ec ibo d el agua a los us uar io s (domé s tic o s e indu str ia les ) a tr av és de l r e c ibo d e l a gua 43. b) Un s egundo prob lema v ie ne con stitu ido por las pe cu lia r idad e s de l uso agr íco la d e l a gu a, en el qu e la e cono mía d e la a c tiv id ad, de na tur a le za au toge s tiona r ia 44, s e a le ja d e l r égime n g enera l, por ejemp lo s e pu ede 41

En el mismo sentido JIMÉNEZ COMPAIRED: “Régimen Económico-Financiero del Agua”, pág. 828, en EMBID (Dir.) “Diccionario de Derecho de Aguas”, Madrid 2007. 42

Hay que tener en cuenta que en el supuesto de cuencas intracomunitarias, las CCAA pueden modificar el esquema económico-financiero del TRLA. 43

De modo parecido se verá el usuario agrícola por el reparto que efectúe la organización de usuarios a la que pertenece. 44

En el mismo sentido JIMÉNEZ COMPAIRED: “Ob. cit.” Pág. 839.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 66

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

co mprob ar c ó mo la proh ib ic ión de e xen c ión d e la ta r ifa de u tiliza c ión d el agua p ar a r iego impue s ta por e l a r t. 114 de l T RLA es lev an tad a, por r azon e s de s equ ía, por e l Re a l De cr e to -L e y 8 /2008, d e 24 d e oc tubr e, p ara el ejer c ic io 2008. c) Un ter ce r prob le ma e s la v arie dad d e reg íme n es sobr e la tar ifa d e aduc c ión y la d e pr es tación de serv ic ios, con un a r ic a jur isprud enc ia de los T r ibuna les Sup er ior es d e jus tic ia 45, la ne c es id ad d e in corpor ar e l vo lume n d e con su mo a l importe de la pr es ta c ión (no sie mp re in corpor ado s) y es tab le c imie n to d e tr amo s , gen er aliz a c ión d e bon if ica c ión po r “aho rro de l consu mo ”, et c . d) Otro prob le ma e s la d iv ers id ad de op c ione s d e in corpora c ión de cr ite r ios s oc ia le s a la cu an tif ic ac ión d e l con su mo y tra ta mie n to de l agu a ( tr amo s , tip if ica c ión d e la v iv ie nda , ga s to s un tuar io , d iv ers if ic ac ión en con su mo do mé s tico e indu s tr ia l, c a tegor ía d e las c a lles, e tc .). Po r ú ltimo , qu izá s ha c ie ndo honor a la pr ima c ía de la d ime ns ión eco lóg ica y so s ten ib le de l cos te d e l agu a que h a de ser ev a lu ada lo ca lme n te, s e pu ede d ecir qu e e l conc ep to de pre c io de l agu a tie ne d if eren tes s ign if ic ado s en d if er en te s lug are s y, como s e h a dic ho ya 46, h as ta c ier to punto r esu lta s imp lis ta aborda r la re cup er ac ión de cos tes co mp ar ando s imp le me n te e l pr ec io f in a l de l agua con e l c os te med io d e lo s s erv ic ios d e l a gua . Pa re ce c laro que lo que d eb ier a evalu ars e e s l a e s truc tu ra gen er a l e conó mic o -f in anc ier a d e l c iclo in tegra l de l a gua .

45

Ibidem, págs. 842 a 845

46

MASSARUTTO, A.: “Ob. Cit.” pág. 300.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 67

SANTIAGO ROSADO PACHECO

D) a ctua c ion es d e m ejora de la ge st ió n y de l s um inistr o d e agua de ca lidad ,

en

pa rt icu la r,

“ la

op tim izac ió n

de

la s

in fra est ru ctu ra s

de

a lma c ena mie nto y d istr ibu c ión (re gad ío y aba s t ec im ien to), “ la de pu ra c ión y reut ilización d e l agua”, y “ la de sa la c ión” Aqu í de s tac an un grupo de ac tua c ion es que se pu eden orden ar d e la s igu ien te for ma : a ) En e l uso agr íco la A p esar de la e x is tenc ia d e l P lan N ac ion a l d e Re g ad íos 47 c on e l ho r izon te d e 2008 y

como c ons ecue nc ia de la s equ ía qu e a fe c tó a lo s años h idro lóg icos

2004-2005 y 2005 -2006, s e d ic tó e l Rea l D ecr e to 287 /2006, d e 10 de ma r zo, s obre “ob ras urg en te s d e me jor a y c on so lidac ión d e r ega d íos, c on obj e to d e ob tener un a d e cuado a horro de l agu a ” 48, los obje tivo s d e es ta nor ma son amb icioso s ya qu e d e ma ner a u rgente y con un a lto pr esupue s to 49 s e abord an : - la me jo ra , c onso lid ac ión y mo dern iza c ión de los r egad íos , con obje to de cons egu ir un a r educ c ión d e los con su mos un ita r ios o ahorro d e agua d e l s is te ma d e re gad ío , tanto p ar a la r ed en a lta, como la red en b aj a ; - ta mb ién tra ta d e incorpor ar r ecur sos no conv enc ion a les a l s is te ma d e r iego, co mo son las agu as pro ced en tes de d esa la c ión y de d epur ac ión de agua s r es idu a le s de núc leo s urb ano s (e spe c ia lme n te en CCAA de Can ar ias e I s la s Ba lea re s) ; - La incorpor ac ión de los r egan te s a la s o c ied ad d e la informa c ió n, a tra vés d e la imp la n ta c ión de te cno log ías d e co mun ica c ión par a a lcan z ar una ma yo r ef ic ie nc ia d e l s is te ma d e riego. No obs tan te ha s ido n e ce s ar io d ic tar un nuevo Re a l De cr e to, e l 1725 /2007, d e 21 d e d ic ie mb re , p ara f in a liza r las previs ion e s d e l P lan Na c ion a l d e Reg ad ío s hor izon te 2008, aprove ch ando, el F ondo Europ eo Agríc o la d e 47

El Plan nacional de Regadíos Horizonte 2005, fue aprobado por acuerdo del Consejo de Ministros de 9 de febrero de 1996, y publicado por Orden del Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentación de 14 de mayo de 1996. En el año 2002, ante la necesidad de actualizar los contenidos y las inversiones, se aprueba el real decreto 329/2002, de 5 de abril, ampliando la vigencia del plan al año 2008. 48

En realidad este Real Decreto tiene como objetivo no sólo la obtención de un ahorro del agua, sino que también trata de incorporar recursos no convencionales al sistema de riego, como son las aguas procedentes de la desalación y de la depuración de aguas residuales de núcleos urbanos. 49

Con la cobertura de los recursos financieros del Plan Nacional de Regadíos y del Plan Hidrológico Nacional, además de los recursos disponibles de TRGSA

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 68

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

D es arro llo Rur a l ( FEADE R) . Aún a s í, s e ha d i c tado e l Re a l De cre to -L e y 8 /2008, d e 24 de o c tubr e, sob re la s equ ía que vu e lve a redund ar en las pé rd ida s d e agu a en d e ter min ados reg ad íos , r eed itado en e l Re al De cr e to - le y 14 /2009, d e 4 d e d ic ie mb re , qu e re cono ce liter a lme n te que “ e l ma yor po te nc ia l de aho rro d e agua es tá e n cons egu ir d ism inu ir la can tidad n e ce sar ia pa ra el r iego ” p ar a lo qu e p re vé en sus Anexo s II y I II imp or tan te s obr as de mo d ern iza c ión d e lo s r eg ad íos. Aqu í es n ec e sa r io pone r de ma n if ies to un a c ier ta p aradoj a que se ha produ c ido tr as e l imp orta n te e sfu erz o en qu e ha c ons is tido e l P lan na cion a l de Reg ad ío s. Me ref iero a que , tra s la mo de rn iz ac ión, e l agr ic u ltor d ispon e de má s agua en su p arc e la 50 y, de h e cho, s e h a p roduc ido un au me nto de la supe rf ic ie r egad a o un c a mb io d e c u ltivos con ma yo re s dep enden c ias h ídr ica s, por lo que el reg ad ío sigu e con sumie n do can tid ade s s imil a re s d e agua . E l mo tivo es enc ial es qu e, tr a s la mo d ern iz a c ión, e l org an is mo d e cu en ca no lleva a c abo una r ev is ión a la b aja d e las conc es ione s de agu a b enef ic iadas por e l P lan 51 a q ue au tor iz a e l a r tícu lo 65 d e l T RLA. H as ta tal pun to e s to h a s ido a s í qu e la Co mis ión Europ ea s e h a v is to oblig ada a v in cu lar la cof in anc ia c ión d e la med id a d e “mo d ern iza c ión d e lo s r eg ad íos ” de l F EADE R a l e s tab le c imie n to de cond ic ion es y d e i nd ic ador es p ara me d ir e l e fec tivo ahorro g loba l de agu a y la d is min uc ión de la d e ma nda d e agu a en la s exp lo tac ion es b en ef ic iad as por la med id a. b) en

cu an to

a

la

ge stión

ef ica z

de

los

ab as tec imie ntos

urbanos ,

“ la

E s tr a teg ia ” h ac e su yas la s pr ev is ion es conten i d as en e l ar tícu lo 30 d e la L e y 10 /2001, d e 5 d e ju lio, qu e apru eba e l Pla n H idro lóg ico Na c iona l, es d ec ir , me jor ar e l rend imie n to h idrá u lico de lo s s is te ma s, r ea liza r dob les

50

Actualmente la gran mayoría de los regantes paga por el agua en función de la superficie regada y no según el volumen de recurso consumido, lo que va en contra de la DMA (gestión racional y sostenible del agua). 51

En los últimos 10 años no se ha revisado ninguna concesión de agua en las cuencas del Norte, Duero, Tajo, Guadiana, Guadalquivir, Júcar y Segura, y en el resto las revisiones han sido mínimas (Contestación del Gobierno a la pregunta parlamentaria formulada por el Diputado D. Joan Herrera – IU-ICV- de 24 de septiembre de 2007. En este sentido, también, DELGADO PIQUERAS, F.: “La irrupción del cambio climático en el Derecho Europeo de Aguas”, XVII Congreso Italo-Español de Profesores de Derecho Administrativo, cuaderno de ponencias y comunicaciones, Zaragoza 2008, pág. 69.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 69

SANTIAGO ROSADO PACHECO

r ede s d e d istr ibu c ión d e a gu as , limita r la p lan ta c ión de e sp ec ies v egeta le s fu er t e me nte d e ma nd an te s de agu a y f o me ntar e l u so d e agu as re c ic lad as, esp ec ia lme nte p ara uso s d epor tivo s, lúd icos o re cr e a tivos ; Lo c ier to es qu e las me d id as sobr e lo s r end imie n tos hidr áu lico s d e lo s s is tema s se r ea liz an a tra vé s d e “ los P lane s E sp ec ia le s d e S equ ía” , pre v is to s y en marc ado s en la s b a ses r egu lad a s e n e l ar tícu lo 27 (g es tión de la s s equ ías) de la

Ley

10/2001,

de

5

de

ju lio

del

P lan

H idro lógic o

Na c iona l 52,

qu e

fr ecuen te me n te s e c en tr an en la in corpor ac ión d e r e curs os me d iante obras ejecu tad a s b ajo la a me na z a d e la e sc as e z, e n la r educc ión te mpor a l de la d emanda 53, y la in corpor ac ión d e nu evo s r ecu rsos h ídr icos. S in e mb argo, e s ta for ma d e a ctu ar no su e le s erv ir p ara e labor ar un a po lítica e s tr a tég ic a e n e l uso ef icien te de los re curs os h ídr icos a larg o p lazo 54. E s te d a to pu ede s er un fund ame n to, e n tr e o tro s, d e la Co mun ica c ión d e la Co mis ión E urop ea, de 18 d e ju lio d e 2007 titu lada “Afron tar e l d es af ío d e la e s ca se z de a gua y la s equ ía en la Un ión Eu rope a 55, en la que s e propon e e s tab le c er un a d if ere nc ia ción es encia l,

ya

p luv io mé tr ic o

que (por

la

s equ ía

e llo,

prop ia me n te

ins er ta e n

la

d icha

con sis te

ada p ta c ión

en

a l c a mb io

un

d éf ic it

climá tic o)

cons titu yendo un f enóme n o co yuntur a l, mie n tr as que la es c as e z imp lic a que la s n eces id ad es s on superior es a los r e curso s h ídr icos exp lo tab le s y pon e d e man if ies to un prob le ma e s tru c tural, por lo que la s me d ida s ap lic ab les a un a u

52

Orden MAM/698/2007, de 21 de marzo, por la que se aprueban los planes especiales de actuación en situaciones de alerta y eventual sequía en los ámbitos hidrológicos de cuencas intercomunitarias (BOE nº 71 de 23 de marzo. 53

Aquí han de tenerse en cuenta, también, las consideraciones unidas al PNACC sobre los problemas planteados en relación a la gestión de las centrales hidroeléctricas cuando los embalses se sitúan por debajo del 45% de su capacidad. Véase ARIÑO Y ASOCIADOS: “Energía en España y desafío europeo”, Granada 2006, págs. 65 y ss. 54

Aquí ha de tenerse en cuenta la Orden ARM/2444/2008, de 12 de agosto, por la que se aprueba el Programa de Acción Nacional de Lucha contra la Desertificación en cumplimiento de la Convención de Naciones Unidas de lucha contra la Desertificación, que está elaborado teniendo en cuenta la EEDS, al PNACC y la EECUSDB, y utiliza la sequía y la sobreexplotación de acuíferos como indicadores de la desertificación en nuestro territorio 55

COM (2007) 4141 final, no publicada en el DOCE. Dentro del abanico de propuestas que plantea esta Comunicación destaca la referencia a que las nuevas infraestructuras para abastecimiento de agua, por ejemplo las captaciones, los trasvases y la desalación, solo se lleven a efecto tras la aplicación de todas las medidas preventivas, de ahorro y de uso deficiente conocidas, que son ya muchas.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 70

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

o tr a h an de s er ob lig ad ame n te d is tin tas. En e ste pun to ta mb ién de s taca e l Re a l D ecr e to 1620 /2007, d e 7 d e d ic ie mbr e, qu e e s ta b le c e e l r ég im e n jur ídic o de la r eu tiliz a c ión

de

las

a gua s

d epur ada s,

dond e

se

d ef in e

el

conc ep to

de

r eu tiliz a c ión y s e in trodu ce la deno min a c ión d e agua s r eg ener ad as , d erogando expres a me nte los ar tícu los 272 y 273 de l re g la me n to d e Do min io P úb lico H idr áu lico . Ad e má s, e s te Reg la me n to de r eutiliz a c ión tie ne ca rá c ter b ás ico s obre

s an id ad

y

me d io

a mb ie n te

y

sobr e

con tra tos

y

con ce s ione s

ad min is tra tiv as (D ispo sic ión F in a l P rime r a) . c ) tamb ié n, con e l obj e to d e as egur ar lo s ab as te c imie n to s p ara los nuevos d es arro llo s urb an ís ticos, “ la E stra te g ia ” h ac e re fe ren c ia a lo ord en ado por el a r tícu lo 15.3 de la Le y 8 /2007, d e 28 d e ma yo, de Su e lo : “ En la fa se de consu lta s sob re lo s in strum en tos d e ord enac ión deb erán r e cabars e a l m enos los sigu ien te s infor me s, cuando s ean p re c ep tivo s y no hub ie ran s ido ya em itidos e in co rpor ados a l ex ped ien te ni d eban em itir s e en fa se po ste r ior del pro ced im ie n to d e confor midad con su leg is lac ión regu lado ra: a ) E l d e la Adm in is trac ión H id rog ráfica sobr e la e x is ten c ia d e r e cu rso s h ídr ico s nec e sar io s pa ra sa tis fac e r las nue va s d emanda s y sob re la p rote cc ión d e do min io púb lico h id ráulico ” (ho y en e l ar t. 15 . 3 d e Re a l D ecr e to Legis la tivo 2 /2008, d e 20 d e jun io, T ex to Re fund ido d e la Ley d e l Su e lo) ; Qu izá s, un a d e la s cara c ter ís tic as má s in nova dora de esta L e y d e Su e lo cons is ta en for mu lar un mod elo de r ég ime n jur íd ico d e l su e lo b as ado en e l pr in cip io

de

d es arro llo

so s ten ib le 56,

con

r efe ren c ias

expr es as

al

c a mpo

med io a mb ien ta l, lo qu e le pe r mite re mitir s e , de fo r ma gen ér ica a la legis la c ión med io a mb ien ta l

e s ta tal

y

a

las

pos ib ilida de s

de

in terven c ión

de

la

Ad min is tr ación G ene ra l d e l E s tado c on cob er tur a en e l artíc u lo 149. 1, 23ª d e la CE , a l me n os , en ma te r ia de Agu as , C os ta s e Infra e s tru c tura s p ar a las actu acion e s de urb an iza c ión 57. Es pre c isa me n te e l ar tícu lo 15.3 , le tr a a ) e l que

56

Así de manera expresa en la Exposición de Motivos (IV) y el propio artículo 2 de la Ley, titulado “principio de desarrollo territorial y urbano sostenible”. 57

Como advierte DIAZ LEMA, J.M.: “Nuevo Derecho del Suelo”, Madrid 2008, pág. 130, “las normas contenidas en el art. 15…se refieren no al conjunto de las actuaciones de transformación urbanística previstas en el art. 14, sino únicamente a las actuaciones de urbanización, esto es, a la nueva urbanización y a la reforma e innovación integral previstas en el art. 14. 1, a)”. Tampoco se debe

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 71

SANTIAGO ROSADO PACHECO

imp on e e s ta n ec es id ad a trav és d e la té cn ic a d e los informe s e mitid o s po r la Ad min is tr ación h idro lóg ica y que , en un a pr ime r a aprox ima c ió n, de a cu erdo con lo regula do po r e l a r tícu lo 12 d e la L e y 9/2006, sobre ev a lua c ión d e lo s efecto s d e d e ter min ados p lane s y progr a ma s e n e l me d io a mb ien te, par e cen tener un v a lor ju r íd ico “ cua s i v incu lan te ” ( ya qu e los infor me s , qu e de ben s er in corpor ados a la me mo r ia me d io a mb ien ta l, s e rán de te r min an te s p ar a e l con ten ido d e la mis ma , “ qu e s ólo podr á d is en tir

d e e llo s d e for ma

expres a me nte mo tivad a” ). Sin e mba rgo, por obr a de lo d is pue s to en e l ar tícu lo 43. 3, de l TRLA y d e l a r t. 91.3 d el Re g la me n to d e P lanif ic a c ión H idrogr áf ica ( Real

De cre to

907 /2007),

con

e xpre so

r es pa ldo

de

la

J ur isprud enc ia

58

Cons titu c ion a l , e s te infor me de la Ad minis tra c ión hidro lóg ica s obre la ex is tenc ia de r e curso s hídr icos p ara sa tisf ac er la s nu eva s d e ma nda s ha d e se r “resp e tado ” por la p lan if ica c ión te rr itor ia l y urb an ís tica , c la ro qu e r esp e tado no es igua l qu e v in cu lan te 59, d e ma ne ra que lo cie r to es su v a lor pr e cep tivo y, d e mo me n to, con s titu ye un e le me n to d e in tegr ac ión a mb ien ta l en la po lítica urb an ís tica 60.

olvidar que, en virtud de la Disposición Adicional Tercera de la Ley 9/2006, se mantiene la evaluación estratégica de los “proyectos” públicos o privados de realización de obras, instalaciones o cualesquiera otras actividades del Decreto Legislativo 1302/1986. Véase, también, el autor citado pág. 134 y 135. 58

La STC 227/1988 asumió la constitucionalidad del entonces art. 41.3 de la Ley de Aguas (hoy art. 43.3 del TRLA: “Las previsiones de los Planes Hidrológicos a que se refieren los apartados anteriores deberán ser respetadas en los diferentes instrumentos de ordenación urbanística del territorio”) que en su FJ 20 declaró: “…de cuanto antecede se deduce que las prescripciones de los planes hidrológicos que, de acuerdo con su contenido necesario (art. 40) o facultativo (art. 41. 1 y 2), se adopten en los términos referidos, no suponen invasión de las competencias de las Comunidades Autónomas en materia de ordenación del territorio o en otras materias conexas. Por ello, en la medida en que la planificación hidrológica estatal se ajuste a esos estrictos términos, es lícita la opción del legislador que obliga a respetar aquellas prescripciones en los diferentes instrumentos de ordenación del territorio (art. 41. 3 de la Ley”. Véase sobre este extremo muy bien expuesto en DÍAZ LEMA: “Ob.Cit.”, pág. 138 y ss. 59

Ya existen posiciones doctrinales en relación con este extremo, puede verse sobre su valor preceptivo y no vinculante DELAGADO PIQUERAS y CARRILLO MORENTE: “Informe de las Confederaciones Hidrológicas en la tramitación de planes y programas de actuación urbanística”, en Práctica Administrativa nº 55 (diciembre de 2006), pág. 13 y ss. 60

Existen algunas resoluciones judiciales sobre la falta de carácter vinculante del informe que ha de emitir el Organismo de Cuenca sobre la existencia de recursos hídricos para satisfacer las nuevas demandas, Autos, de 15 de enero de 2007 y 1 de marzo de 2007, del Tribunal Superior de la Comunidad de Valencia (tomo este dato de CANTÓ LÓPEZ, Mª. T.: “Claves sobre el alcance de la falta de

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 72

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

d) d esd e la óp tic a d e lo s ve r ti dos , L a E EDS ha ce r ef eren c ia a la n ec es id ad de d ispon er d e la “Au to r iz a c ión A mb ie n ta l In tegr ada ” y la in scr ip c ión e n el corr espond ie n te reg is tro d e las in sta la c ione s qu e e mita n con ta min ac ión a l agua (L e y 16 /2002, d e 18 d e ju lio y Rea l De cr e to 508 /2007, d e 20 d e abr il) ; D e es te punto c abe d es ta c ar que el a r tícu lo 11.1, b) de la L e y 16 /2002, de pr even c ión y con tro l inte grado s de la conta min ac ión , acog e la au tor iz a c ión de v er tidos

en

la

au tor iza c ión

amb ie n tal

in tegrad a

(v er tidos

de

a gua s

con tinen ta les , in c lu i dos los ve r tido s a l s is te ma in te gra l d e san ea mie n to) tr ansfo r ma ndo la mis ma e n e l c orr espond ie n te in forme v in cu lan te de los org an is mo s

de

cu enca

s obre

la

a u tor iz ac ión

a mb ie n ta l

in tegr ada

qu e

61

corr espond e a l órg ano co mp e ten te de la Co mun id ad Au tónoma . Es ta apa ren te amp litud de la in tegr ac ión de la au tor iza c ión de v er tido s qu eda d es me n tid a po r el prop io tenor d e l nu evo ar tícu lo 101. 2 d e l T RLA ( in corpor ado me d ian te e l Real D e creto Le y 4 /2007, de 13 d e abr il 62), e s de c ir, no se in tegr an las au tor iz a c ion es d e v e r tido s que son d e co mp e ten c ia au tonómic a o lo cal 63, co mo s e ha d icho ya , por r azon e s comp e te nc ia les , por lo qu e e l te ma qu ed a d esp laz ado a lo qu e es ta b le z ca la le g is lac ión au tonó mic a 64.

acreditación de disponibilidad de recursos hídricos en los Planes urbanísticos: La interpretación de la Jurisprudencia del Tribunal Superior de Justicia de la Comunidad de Valencia”, XVII Congreso ItaloEspañol de Profesores e Derecho Administrativo, pág. 14. 61

Sobre la naturaleza del informe vinculante como sustituto de la autorización de vertido existe muchas posiciones, pero aquí se sigue a BASSOLS COMA: “Régimen jurídico de la impugnación de los informes vinculantes en el procedimiento de las autorizaciones ambientales integradas”, revista de Derecho Urbanístico y Medio Ambiente, nº 200 (2003), pág. 32 y 33. 62

Este Real Decreto-Ley tiene su fundamento en la Sentencia del Tribunal Supremo de 18 de octubre de 2006, que anuló el inciso del art. 245.2 del Real Decreto 849/1986, de 11 de abril, conteniendo el Reglamento de Dominio Público Hidráulico, por el que se establecía que la autorización de vertidos indirectos correspondía al órgano autonómico o local competente, ya que son los que gestionan tales vertidos desde las redes de aguas residuales, por lo que se viola la LBRL (arts. 2.2 y 25.3), ya que sólo por norma con rango de ley se pueden determinar las competencias locales. Este es el motivo que justifica el mencionado Real Decreto-Ley 4/2007. 63

Este extremo fue puesto correctamente de manifiesto por FANLO LORAS: “Autorización ambiental integrada y autorizaciones de vertido”, en VVAA (Ed. GARCIA URETA): “Régimen de prevención y control integrados de la contaminación” Zaragoza 2004, pág. 246.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 73

SANTIAGO ROSADO PACHECO

Po r o tro lado, s e ins tru me n tó e l P lan d e To le ran c ia c ero d e V er tido s qu e p ers igu ió e l obj e tivo e str a tég ico d e qu e “n ingún ef luen te de mu n ic ip ios d e má s d e 2000 habita n te s llegar a a l cur so d e un r ío o a l prop io ma r s in d epura r” . Par a ello, dur ante los años 2005 y 2006, s e pu sieron a d ispo s ic ión d e las Conf eder a c ion es H idrogr áf ica s los me d io s nec e sa r ios p ar a la r ev is ión d e las au tor iz a c ion es d e vertidos d e ma ner a ord en ada , a s igna ndo pr ior id ade s en fun ción d e la p e ligros ida d d e l v er tido y d e l vo lu me n de l mis mo , lo que tod av ía es tá en ma rc ha .

V. O TRO S A SP EC TO S DES TACADO S D E LA EEDS A) El aba st ec im ien to a la pob la c ión O tro d e los obj e tivo s d if eren c iado por

la E s tr a teg ia e s “a segur ar la

s os ten ib ilida d a mb ien ta l y la c a lid ad de l r ec urso h ídr ic o, g ar an tiz ando el abas te c imie n to a la pobla c ión y e l u so produ c tivo so s ten ible d e l mis mo den tro d el ámb ito de la D ire c tiv a Marc o d e l Agua ” . D en tro de e s te obj e tivo, la E s tr ateg ia se r ef ier e, un a ve z má s , a l Progr a ma Agua qu e, en r e a lidad, e s e l con ten ido d e l Rea l De cr e to - Le y 2 /2004, de 18 d e junio, que su stitu ye el tr asv as e d el E bro, y qu e ha d e s it u ars e e n e l e str ic to á mb ito d e la p lan if ic a c ión, d e s ta c ando las a c tuac ione s d e de pura c ión de agu a s r es idu a le s, de r egen er a ción y r eu tiliz a c ión de la s agu a s, me j or a d e l ab as te c imie n to y de r iego, y la con struc c ión d e p lan ta s de s a lado ra s. S in

e mb argo,

la

p r op ia

Es tr a teg ia

d es ta ca

la

pr eocup ac ión

por

el

in cu mp limie n to d e E spa ña , d e la D ir ec tiv a 91 /272 /CE E, sobr e tr a tamie n to de aguas re s idu a le s u rbana s 65 que d io lug ar a l P la n N a c iona l de S an ea mie n to y 64

Por ejemplo, el art. 44 del Decreto catalán 136/1999, prevé en el procedimiento de otorgamiento de la licencia ambiental un informe autonómico respecto de los vertidos de aguas residuales en las cuencas internas de Cataluña. 65

Cuya transposición al Derecho español se efectuó mediante el Real Decreto Ley 11/1995 y el Real Decreto 509/1996. Realmente el incumplimiento por parte de España se refiere a la fase que finalizó el 31 de diciembre de 2005, para que se dispusiera de sistemas colectores y de un tratamiento secundario o proceso equivalente para las aglomeraciones que alcancen entre 10.000 y 15.000 habitantes, así como las que cuenten con una población entre 2.000 y 10.000 habitantes y viertan en aguas continentales y estuarios. Las que tengan menos de 2000 y viertan en aguas continentales y estuarios, o menos de 10.000 y viertan en aguas marítimas, dispondrán de un tratamiento adecuado para sus aguas residuales. Por lo demás, el propio documento de la EEDS reconoce que “la mejora del estado de calidad de nuestras aguas sigue siendo una asignatura pendiente” Pág. 82, último párrafo.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 74

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

D epura c ión 1995 -2005.

D e en tr e d iv er sa s c aus as , pa re c e qu e h a y qu e

men cionar e l prob le ma a mb ien ta l qu e, de h ec ho, produce e l tra ta mie n to d e aguas r es idu a le s urb ana s, co mo con se cuen c ia d e la gene ra c ión d e lodos de d epurado ra qu e, a su ve z , r equ ier en e l corr espond ien te tr a ta mie n to . T ra s la ap licac ión d e l Plan Na c ion a l d e Lodo s de De purado ra s d e Agu as Re s idu a les 2001-2006, s e pudo co mprob ar la ex is ten c ia de d iv er sa s d if icu ltad es en e l tr atamie n to de es te te ma , fundame n ta lme n te , la gr an he terog ene idad d e actu acion e s e n la s CCAA (una s dispon en de p lane s esp ec íf ico s, o tr a s ap lican nor ma s s obr e g es tión d e r es iduo s o la s inc lu yen en los p lane s d e r e s iduos urb anos , o tra s ap lic an el Re a l D e cre to 1310 / 1990, sobr e u tiliza c ión d e lodos en la agr icu ltur a) 66. Todo e llo, h a d ado e l fund a me n to d e l nuevo II P lan N acion a l de Lodo s d e D epurado ra s d e Aguas Res idu a les 2007 -2015, con el obj eto d e corr eg ir la s d is func ion es d e l pr ime r P lan. Po r o tr a p ar te, e l Min is ter io de Me d io A mb ien te, en co labor ac ión con las Co mun id ades Au tóno ma s , r ed ac tó el “ P lan N a cion a l d e Calid ad d e las Agu a s : S an ea mie n to y d epura c ión 2007 –2015 ”, que in ten ta d ar re spue sta a los in cu mp limie n tos d e l P lan an ter ior, p ar a e l cu mp limie n to de lo s obje tivo s med io a mb ien ta le s de la D ir e c tiva Ma rco d e l Agu a ( con su hor izon te d e 2015 bu en es tado e co lóg ico -) a s í co mo la s prev is ione s de l Progr a ma A .G.U.A . Es te P lan N ac iona l de Ca lidad d e la s Agu as, qu e r e cib ió e l v is to bu eno de l Cons ejo d e Min is tros e l 8 d e jun io de 2007, es d ef in ido en su prop io con ten ido co mo “docu me n to

de

coord in ac ión

y

c o labora c ión

en tre

Ad min istr ac ion es

co mp e ten tes en e l c a mpo d e l san e amie n to y la d epura c ión ”.

66

Se han puesto de manifiesto los siguientes problemas: a) No se dispone de información cuantitativa suficiente sobro los tratamiento de los lodos, sólo hay información cualitativa; b) Todavía hay muchas depuradoras, en su mayoría pequeñas, en las que los lodos se someten a un almacenamiento prolongado como forma de tratamiento, en lugar de enviarlos a plantas más grandes para su tratamiento conjunto con otros lodos; c) Es posible mejorar de manera significativa la eficacia de los tratamientos introduciendo pequeñas modificaciones; d) Es necesario minimizar el consumo de energía procedente de fuentes no renovables y producir energía a partir del metano; e) Falta de capacidad de almacenamiento de las depuradoras; f) Es necesario mejorar el control de las aplicaciones agrícolas de los lodos.

Fuente: Plan Nacional Integral de Residuos (PNIR) 2007-2015, ANEXO 5 (Lodos).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 75

SANTIAGO ROSADO PACHECO

E l do cu me nto e s tá in sp ir ado en lo s pr in c ip ios de coop er ac ión, co labo ra c ión y as is ten c ia y so lid ar id ad te rr itor ia l. El pla n s e en fo ca a tr avé s d e la p ar ticip a c ión a c tiv a d e la s Co mu nid ade s Au tóno ma s y de la s Co rpora c ion es Lo cale s 67,

por

s er

lo s

r e spons able s

del

cump li mie n to

de

la

Dir ec tiv a

91 /272 /CE E. S in e mb argo, s e in clu yen los Org an is mo s d e Cuen c a (por su co mp e ten c ia en e l con tro l de v er tido s d e las E s tac ion es D epurado ras d e Agu as Res idu a le s Urb ana s a lo s cau ce s púb licos de c uen c as in te rco mu n itaria s) y lo s agen tes so cia le s. Ade má s, la e je cuc ión d e l P la n N ac ion a l d e Ca lid ad d e la s Agu as es tá c onc eb ido pa ra llev ars e a c abo a tra vé s d e l Progr a ma d e Med id a s (d e los P lan es H idro lóg icos) en la s d if er en tes De ma r c acion es H idrogr áf ica s. D esd e e l pun to d e vista f inan c iero (f in an c iac ión y ej ecu c ión de tod as las inv ers ion es p end ien te s), la s o luc ión s e r e edita c o mo en e l p lan ante r ior, e s d ecir , a tr av és d e Conv en ios Bilate ra le s en tre la Ad minis tra c ión Ge ner a l d el E s tado y las o tr as Admin is tr ac ion es co mp e te n te s, con e l obj e to de es tab lec er las cond ic ion es par a ma te r ia liz ar las a por ta c ion es y los co mpro mis o s d e c ada p ar te y, sobr e todo, logr ar la r ep ercu s ión de los co s tes de los s erv ic ios de l agua.

B) El R eg lam en to d e P lanif icac ió n H id ro lóg ica Po r ú ltimo , L a E EDS dec lar a que los obj e tivos s obre d ispon ib ilid ad d e los r ecu rso s

hídr icos

ajus tada me nte

“só lo

me d iante

pued en un a

s er

d efin idos

re f lex ion ad a,

y

e nfoc ado s

so lid ar ia

y

n ítid a

y

p ar tic ipa tiva

p lan if ic a c ión a mb ien ta l d e la g es tión d e l agua” , con es to s e d a en tr ada a todo 68

el tema d e la P lan if ica ción h idro lóg ica , sob re la qu e cab e h ac er a con tinu ac ión alguna s impor tan te s puntu a liz ac ion es . E s b ien cono c ido que e l Re a l D ec reto 907 /2007, d e 6 d e ju lio, po r e l qu e s e aprueb a

el

Re g la me nto

de

P lan if ica c ión

H idro lóg ic a

se

d icta

co mo

cons ecu en c ia de las mo d if ica c ion es in trodu c idas en e l T exto Re fund ido d e la L ey d e Agua s y, sobre todo , por aqu e ll os aspe c to s d e la D ir ec tiv a 2000 /60 /CE (D MA) r e lac ionado s con la p lan if ica c ión h idro lóg ica qu e, por su ex c es ivo 67

Ya que como recuerda el propio documento, en relación con el saneamiento de las aguas residuales urbanas y, en concreto, “el alcantarillado”, “los colectores”, “el tratamiento y la depuración” son competencias de las Corporaciones Locales reguladas en la Ley de Bases de Régimen Local. 68

Documento EEDS pag. 17.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 76

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

d etalle, no fu eron incorpor ados en la tr anspo sic ión a que d io luga r e l a r tícu lo 129

de

la

Ley

62 /2003,

de

30

de

d ic ie mb r e,

de

me d id as

f isc a les,

ad min is tra tiv as y de l ord en so c ia l. L a me nc iona da tr aspo sic ión a l D er echo n ac ion a l d e la D MA, supus o e l es tab le c imie n to d e una nu eva d ef in ic ión d e la c u en ca h id rográ f ic a ( ar t. 16 T ex to

Refund ido

1 /2001) 69,

y

la

inco rporac ión

del

nu evo

con cep to

de

70

d emarc a c ión h idrogr áf ic a (ar t. 16 b is de l mis mo T ex to Re fund ido) , qu e co mo d eclar a la Expo sic ión de Mo tivos de l Re a l D ecr e to 125 /2007, d e 2 d e f ebr ero, “ En el ca so d e E spaña, e s e con c epto no pu ede op era r sobr e e l pr esupu es to d e un h ipo té tico va c ío pr ev io, s ino a l con trar io , s obr e una es tru c tura d e cu encas h idrog rá fica s más que c onso lidada y a ju s tada en líne as gen erale s a la es truc tu ra o rganiza tiva y de d ivis ión compe ten c ia l entr e e l E s tado y las comun idades au tónomas ”. P ero lo qu e pa re c e c onc lu yen te y h a y qu e r e te n er , d esd e e l pun to d e v is ta d e la g es tión d e l agu a, s on los s iguie n te s asp ectos : -

la ex is ten c ia d e unos prin c ip ios g ene ra le s d e la g es tión d e la s agua s para e l E s tado y Las CCAA ( art. 14 d e l T ex to Refund ido 1 /2001) , e s d e c ir :

-un id ad d e g es tión, - tr atamien to in tegr a l, - econo mía de l agua ,

-un id ad d e la cuen c a h idrogr áf ica, -un id ad d e sis te ma s h idr áu lico s, -un id ad d e l c ic lo h idro lóg ico ;

- co mp a tib ilid ad d e g es tión - púb lic a d el agu a con: -ord en ac ión d e l terr itorio

-d es con cen tr ac ión ,

- cons erv ac ión

-d es cen tra liz a c ión,

-pro te cc ión d e l m e d ioamb .

- coord in ac ión,

- re s tau ra c ión d e n a tura le z a;

- ef ica c ia ,

-p ar tic ipa c ión d e lo s u su ar ios ;

69

Como consecuencia de la modificación efectuada por el art. 129.6 de la Ley 62/2003:”…se entiende por cuenca hidrográfica la superficie de terreno cuya escorrentía superficial fluye en su totalidad a través de una serie de corrientes, ríos y eventualmente lagos hacia el mar por una única desembocadura, estuario o delta. La cuenca hidrográfica como unidad de gestión del recurso se considera indivisible”. 70

Como consecuencia de la modificación efectuada por el art. 129. 7 de la Ley 62/2003:”…Se entiende por demarcación hidrográfica la zona terrestre y marina compuesta por una o varias cuencas hidrográficas vecinas y las aguas de transición, subterráneas y costeras asociadas a dichas cuencas”.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 77

SANTIAGO ROSADO PACHECO

E s te c atá logo de pr in cip ios sobre “g es tión de agu as ” v er tido a l D er echo po sitivo e spa ño l, es e l fund a me n to qu e nos pe rmite ma n te ne r qu e e l mod e lo de “ges tión

inte gra l

del

agu a” 71 s egu ido

por

nue s tr as

nor ma s

r e spond e

al

d eno min ado c o mo “G estión d e la D e ma nda ”, e n e l s en tido, ya e stab le c ido , de r educir la de ma n da d e a gua ( ahorro, prog ra ma s d e conc ien c ia c ión c iud adan a, mej or a de la s r ed es d e a ba s te c imie n to y d is tr ibu c ión, e tc .), de u tilizar r e curso s altern a tivos (r eu tiliza c ión y d es a lac ión), d e me jora d e los re to rnos d e l agu a (d epur ac ión), a lo qu e h a y que un ir la expre s a r ef er enc ia a la “Ord ena c ión d e l T err ito r io”, a sp ec to e s te o lv id ado por la D ir e ctiv a Mar co d e l Agu a, qu e p ar ec e imp on er e l an á lis is de la re la c ión en tr e la P lan if ic a c ión T err itoria l y los co mpon en tes d e l s is tema h ídr ico : “ Infr ae s truc tura s h idrá u lic as ”, “U sos d el agua” y “ Me d io f ís ico ” 72 a ) la “ cuen c a h idrogr áf ica” e s la un ida d d e ge s tión ind iv is ible d e l agu a ( ar t. 16 T. R 1 /2001) ; b) la “ de ma r c ac ión h idrográ f ica ” es la pr in c ipa l unid ad a efe c to s d e la ge stión d e cuen c as , y c o ns titu ye e l á mb ito e sp ac ia l a l qu e se ap lica n las nor ma s de pro tec c ión d e la s agua s. A la ve z , s e cr ea pa ra e l supu es to d e la s d e ma rc a c ion es h idrográ f ic a s con c uen c as inte rco mu n itaria s, e l “ Comité d e Au tor id ade s Co mp e ten te s ” (Ar t. 36, b is d e l Tex to Refund ido 1 /2001 , y Re a l D ecr e to 126 /2007, d e 2 d e feb rero), co mo ó rg ano de coop era c ión en tr e la Ad min is tr ación d e l Es tado, de la CCAA y de lo s En tes Loc a les 73;

71

Se debe recordar que no existe una definición acuñada, ni en el derecho, ni en la doctrina científica, sobre “la Gestión Integrada del Agua”, ya que depende de una gran cantidad de variables (organización institucional, clases y cantidad de recursos hídricos, usos, cultura del agua, etc. No obstante, como referencia común se suele utilizar la propuesta en 2004 por la organización internacional “Global Water Partnership” (fundada en 1996, por el Banco Mundial, el Programa de Desarrollo de Naciones Unidas y la Agencia de Cooperación Internacional al Desarrollo de Suecia): “La Gestión Integrada de los recursos hídricos es un proceso que favorece el desarrollo de los territorios, maximizando de forma sostenible el bienestar económico y social y respetando el medio ambiente”. 72

Debe verse “in totum” la tesis doctoral de la Ingeniero de Caminos, Canales y Puertos RODRIGUEZ ROJAS, M.I.: “Planificación territorial del Agua en la Región del Guadalfeo”, Universidad de Granada, 2008. 73

Sus funciones son: a) el fomento de la cooperación en el ejercicio de las competencias relacionadas con la protección de las aguas; b) Impulsar la adopción de medidas de protección; c) Proporcionar a la Unión Europea la información relativa a la demarcación hidrográfica.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 78

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

c ) L a p lan if icac ión s e r ea liz ar á me d ian te los p lane s h idro lóg ic os d e cuenc a y el P lan H idro lóg ico Na cion a l. E l á mb ito terr itoria l de cad a p lan h idro lóg ico de

cuen c a

s er á

co in c iden te

con

el

de

la

de ma rc a c ión

h idro lóg ica

74

corr espond ie n te ( ar t. 2 .1 d e l Reg lame n to d e P la n if ic a c ión ), pe r mitiéndo se me d ia n te

es ta

té cn ica

terr ito r ia liz ar

el

De re cho

de

agu as

gen era l,

ade cu ándose a las p ar tic u lar id ad es d e cad a D ema r c a c ión H idrogr áf ica 75. D esd e o tro pun to d e v is ta e l ar tíc u lo 1.1 de l Reg la me n to es tab lec e lo s obj etivos gen e ra le s d e la p lan if ica ción y, aunqu e la red ac ción liter a l de l mis mo es en mi opin ión a lgo re dundan te, s e pu ede ma n ten er que é s tos son, e n p r ime r lug ar, d e cla ra n a tur a le z a me d ioamb ie n tal (con segu ir e l bu en e s tado y la adecu ada pro tec c ión d el do min io púb lico h idrá u lico y la s a gu as) , en s egundo lug ar, “ sa tisf ac er la s d ema n d as d e agu a” (e s to es ge s tión d e lo s u sos del a gua) y, por ú ltimo , s igu iendo e l enfoqu e tr an svers a l en la nu eva cons ide ra c ión de los r ecu rsos h ídr icos , la g es tión p lan if ic adora d e l agua h a de s a tis fa c er e l equ ilibr io y ar mon iz ac ión d e l d es arro llo reg iona l y se c tor ial. P ar a

ob tene r

los

r ese ñado s

obje tivos

g ene ra le s

de

la

plan if ica c ión

h idro lóg ica , e l Reg la me n to en sa ya e n su ar tículo 1.2 un conjun to de c r ite rios, d eudore s del pr inc ip io d e sos te n ib ilid ad en e l u so d e l agua , que se pos itiv an de la man era s igu ien te : a ) g es tión in tegr ada ; b) pro tec c ión d e los r ecurs os a largo p lazo ; c ) pr even c ión d e l d e ter ioro d e l agu a; d) pro tec c ión y me jor a d el me d io a cuá tico ; e ) r educ c ión de la con ta min ac ión ;

74

Esta innovación ya se realizó mediante la modificación del art. 2 del Real Decreto 650/1987, de 8 de mayo, por la Disposición Final Primera del Real decreto 125/2007, de 2 de febrero, por la que se fija el ámbito territorial de las Demarcaciones Hidrográficas al establecer que: “Los ámbitos territoriales de los planes hidrológicos coincidirán con los ámbitos territoriales de las demarcaciones que se fijan en el Real Decreto 125/07, de 2 de febrero…”. 75

En el mismo sentido, FANLO LORAS, A.: “Las Confederaciones Hidrográficas”, en “Diccionario de Derecho de Agua”, (EMBID IRUJO, Director), Madrid 1997, pág. 435.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 79

SANTIAGO ROSADO PACHECO

y, en re a lida d, todos e llos son e l con ten ido d e la d eno mina da ( en e l prop io Reg lame n to) “polític a d e l agu a” qu e es tá a l se rv ic io d e la s ¿ e s tra tegia s? 76 y p lanes s e c tor ia le s sobr e los usos de l agu a qu e es table z c an la s d is tintas Ad min is tr acion es púb lic a s y que cond ic ionar á t oda au tor iz a c ión, conc e s ión o infr aes tru c tur a fu tur a qu e s e so lic ite . Todo e s te ma r c o p lan if icado r, es s in dud a, un a in tegra c ión d e lo s a sp ec tos clás ico s de la p lan if icac ión h idro lóg ica d e l agu a y lo s nu evos p lan te a mie n to s, v in cu lado s a la D ir e c tiv a Marco de l Agu a, de pro te c c ión de la s agua s. P ero, jun to a la s nov ed ade s qu e e s table c e e l Reg la me n to en re la ción c on los pro ced imie ntos

pa ra

la

e labor a c ión

y

aprob ac ión

de

lo s

p lanes

y

los

77

mecan is mo s de p ar tic ipa c ión púb lica , los asp e ctos d ir e c tos que d es ta can en su nu eva r egu la c ión , de sde la óp tica d e los efe c to s d e l ca mb io c limá tic o, pu eden s er con s igna dos d e la sigu ien te man era : a ) L a r egu lac ión con ten id a en su a r tícu lo 11. 4 (Inven ta r io de re cur sos h ídr icos natur a le s) : “ El p lan h idro lóg ico evaluará e l pos ib le e fec to d e l camb io c limá tico sob re los r ecu rso s h íd r ico s natura le s de la d emar ca c ión. Pa ra e llo e s tima rá los r ecu rso s qu e co rr espond er ían a los e sc ena rio s climá tico s p re v is to s po r e l M in is te r io de M ed io Amb iente , qu e s e tend rán en cu en ta e n e l hor izon te temp or al ind icado en e l ar tíc u lo 21 .4 ” ( año 2027). E s de c ir, al ha ce r e l Inven tar io de r ecur so s h ídr icos na tur a les d e la d emarc a c ión hid rográ fic a

es ob lig ado tene r e n cuen ta el ef e c to d e l c a mbio

climátic o qu e, de a cuerdo con la re gu la c ión de la In s trucc ión d e p lan if ica c ión

76

Aquí de nuevo aparecen las dudas sobre el concepto jurídico que se encuentra detrás de la expresión “estrategia” utilizada por el Reglamento. 77

Como consecuencia de los apercibimientos de la Comisión Europea que ha recibido España por la demora en el proceso de planificación, se ha dictado el Real Decreto 1161/2010, de 17 de septiembre, por el que se añade una Disposición Transitoria Única al Reglamento de Planificación de 2007, habilitando, como medida “de carácter totalmente excepcional”, a los Consejos del Agua de cuenca y, en su defecto, a la Junta de Gobierno del organismo de cuenca, con conformidad del Comité de Autoridades Competentes, para emitir el informe competencia del Consejo del Agua de las Demarcaciones (toda vez que, como consecuencia de la complejidad de la articulación competencial en materia de aguas, no se prevé, por el momento, la constitución de éstos Consejos del Agua de la Demarcaciones correspondientes).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 80

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

h idro lóg ica 78, pe r mite la d iv is ión de la de ma r ca c ión h idrogr áf ica en z ona s y s ubzon as

(a tend iendo

a

cr iter io s

hid rográf icos ,

admin is tr a tivos ,

s ocio económic o s , med io a mb ien ta les u o tro s), me d ia n te mod e los d e s imu la c ión h idro lóg ica 79, p ara lo s hor izon te s temp or a les d e 2015 y 2027, y en tan to las evalu a cion es cor re spond ien te s a lo s cor res pondien tes e s c enar io s

no se

encu en tr en d ispon ib le s s e ap lica rán lo s por c en ta je s d e r educ c ión g lobal d e las apor ta c ion es na tu ra les d e r ef eren c ia en la tab la s igu ien te :

D emarc a c ión h idrog ráf ic a

Porc enta je de dis minu c ión

Miño-S il…… ……… …… ……… …… ……… …… …..3 Can tábr ico… ……… …… ……… …… ……… …… ….. .2 Du ero……… ……… …… ……… …… ……… …… ….. .6 T ajo… ……… ……… …… ……… …… ……… …… …..7 Gu ad ian a…… ……… …… ……… …… ……… …… ….11 Gu ada lqu iv i r… ……… …… ……… …… ……… …… …8 S egur a……… ……… …… ……… …… ……… …… …..11 J úc ar… ……… ……… …… ……… …… ……… …… ….9 Eb ro…… …… ……… …… ……… …… ……… …… …..5

78

Recientemente aprobada por Orden del Ministerio de Medio Ambiente, Medio Rural y Marino 2656/2008, de 10 de septiembre (BOE 22 de septiembre 2008). Esta instrucción viene a sustituir la Orden de 24 de septiembre de 1992, del Ministerio de Obras Públicas Y Transportes, aprobatoria de las instrucciones y recomendaciones técnicas para la elaboración de los planes, las cuales, en realidad son adaptadas al nuevo Reglamento de Planificación, por un lado, y el desarrollo de las instrucciones con un mayor detalle, por otro. Por último, va dirigida, aunque con cierto retraso, a la actual elaboración de los nuevos planes hidrológicos. 79

Este régimen de simulación también viene regulado por la Instrucción de Planificación que sintéticamente contiene como elementos: a) sobre los recursos hídricos superficiales, la indicación de los puntos de la red fluvial de incorporación de las aportaciones del inventario. Las aportaciones de otros sistemas y de la desalación. La reutilización; b) sobre recursos subterráneos, la especificación de las masas, las posibilidades de extracción y las relaciones río-acuífero; c) Sobre unidades de demanda, nudo de toma, volumen anual y coeficiente mensual de reparto; d) caudales ecológicos de los ríos y aguas de transición y los requerimientos hídricos de los lagos y zonas húmedas; e) Caudales mínimos en relación con las cuencas hispano-portuguesas; f) embalses de regulación, indicando superficie inundada, volumen almacenado, tasas de evaporación, sedimentos, etc.; g conducciones de transporte principales y volumen máximo mensual de circulación; (epígrafe 3.5.1.2.).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 81

SANTIAGO ROSADO PACHECO

b) L a r egu la c ión con ten id a en su ar tícu lo 21. 4 ( Ba lan ce s, a sign a ción y r es erv a d e r ecu rso s) : “ …Con ob je to d e e va lua r la s tend enc ia s a largo p lazo , para e l ho r izon te tempo ra l d el año 2027 e l p lan h idro lóg ico es tima rá

el

ba lan ce

o

balan ce s

en tre

lo s

r e cur sos

pr e v is ib le men te

d ispon ib le s y la s de manda s pr e v is ib le s co r res pondien tes a lo s d ifere n tes u sos. Para la r ea liza c ión de es te ba lan ce se te ndrá en cu en ta e l pos ib le efe c to d e l c amb io climá tico sob re los r ecu rs os h íd r icos na tura les d e la d emar cac ión d e a cu erdo con lo e s tab lec ido e n e l a r tíc u lo 11. E l c itado ho rizon te s e in cr em en tar á en s e is año s en las su ce s iva s a c tua liza c ion es de los p lane s ”. L a Ins tru cci ón d e P lane a mie n to Hidro lóg ico, ob lig a a la r e a liz a c ión d e es to s ba lanc e s

par a ca da uno d e los s is te ma s d e exp lo ta c ión d ef in ido s en el

p lan h id ro lóg ico (de acu erdo con su car a c ter iza c ión jur íd ic a es tab lec id a por e l ar t. 19 d e l Reg la me n to), con la s s igu ien te s c ar ac ter ís tic a s : a) ten iendo en cuen ta que lo s caud a les e co lóg icos se cons id er ará n co mo una r e s tr ic c ión que se imp on e con c ar á c te r gen era l a lo s s is te ma s, s alvo la supr ema c ía d e l us o para abas te c imie n to d e pobla c ion es ; b) s a tisf ac c ión d e las d e ma nda s s e gún los cr iter ios es ta b le c idos por e l p lan , s egún la per spe c tiv a de s os ten ib ilid ad en e l u so de l agua ; c ) se toma c o mo p un to d e p artid a las “d ema n d as cons olid ad as” ( las es tab lec ida s en cond ic ione s nor ma le s en lo s ú ltimo s año s) ; d) s e re a lizarán con el ho r izon te te mp ora l de l año 2015 (In s tru cc ión, ep ígraf e 3.5 .2) ; y e ) h abrá d e ten ers e e n cu en ta el ef e c to d e l c a mb io c limá tic o (d e a cu erdo con la tabla qu e s e h a inc lu ido má s a rr ib a). S e h a d e a f ir ma r que “ e l b a lan ce ” qu e d ebe in corpor ar cad a P lan H idro lóg ico s e conv ier te en una p ie z a de c is iva a par tir de lo s re su lta dos de l año 2015 , ya qu e e l P la n e stab lece rá la a s igna c ión y re se rva d e lo s r ecur sos d ispon ib le s p ar a las de ma n da s pre v is ib les en d icho ho r iz on te te mp or a l, a los efecto s d e l a r tícu lo 91 d e l Reg la me n to d e Do mi n io Púb lico 80. 80

El Real Decreto 849/1986, de 11 de abril, aprobando el Reglamento de Dominio Público Hidráulico, ordena en si artículo 91: “1. La asignación de recursos establecidos en los planes hidrológicos de cuenca determinará los caudales públicos que se adscriben a los aprovechamientos actuales y futuros. 2. Las concesiones existen deberán ser revisadas cuando lo exija su adecuación a las asignaciones formuladas por los planes hidrológicos de cuenca. La revisión de la concesión dará lugar a indemnización cuando, como consecuencia de la misma, se irrogue un daño efectivo al patrimonio del concesionario, en los términos previstos en el artículo 158”.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 82

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

S e pued e a fir ma r qu e con e s ta pr ev is ión sobre “ Balan ce s” s e consuma e l p aso d e l “mo d e lo d e of er ta” en la ge s tión d e l agu a 81, no ya a l “ mod e lo de g es tión d e la de ma nd a ” 82, s ino a l mod e lo de la so sten ib ilid ad d e la g e s tión del agua, e n tend id a d e sde la s po sic ione s d e la “De c lar ac ión d e Dublín ” s obre “E l Agu a y e l D es arro llo So s ten ib le ” 83. S egún es ta De c lara c ión e l con ce p to de s os ten ib ilida d d eb er ía in c lu ir la d ime n s ión eco lóg ica ( e l a gua co mo un r ecur so f in ito y vuln erab le) , la d ime ns ión so cia l (ac c es ib ilid ad a l a gu a co mo una n eces id ad so c ia l ind ispe ns ab le ; p ers pe c tiva d emo c r á tic a y p ar tic ip a tiv a en las d ecis ione s s obre po lític a d e l agua ) y la e conó mic a ( e l agu a co mo un b ien econó mic o qu e d ebe se r as ign ado de for ma e f ic ien te). D e es ta for ma “ L os Balan ce s ” (a r t. 21. 4 d e l Reg la me n to d e P la n if ic a c ión) son una pie z a de l concep to d e s os ten ib ilid ad p ara dar re spu es ta a uno d e los tr es p ilar es e n qu e s e b asa e l c onc ep to, es de c ir, la c ons id er ac ión d e la con serv a c ión d e l agu a co mo c ap ital na tu ra l cuya s fun c ione s r e lev an tes d eb en s er llev ad as a c abo sin p erju ic io de la in tegr id ad d e l mis mo 84.

81

Este ha sido el modelo español desde la Ley General de Obras Públicas de 1877, influido con claridad por el pensamiento regeneracionista, véase a este respecto GALLEGO ANABITARTE, MENÉNDEZ REXACH, DIAZ LEMA: “El derecho e aguas en España”, MOPU 1986, págs. 488 a 500. 82

En el “modelo de oferta”, el agua no se considera un bien escaso, poniéndose a disposición, por parte del Estado, de quien vaya a generar riqueza, modelo clásico español desde el siglo XIX, mientras el “modelo de demanda” considera el agua como un bien escaso y, por ello, un bien económico. Véase AGUDO GONZÁLEZ, J.: “La Directiva Marco, la nueva cultura del agua y el imperativo de evolución de la política hidráulica española hacia un modelo de gestión sostenible”, en “Nuevo Derecho de Aguas” (Gónzalez-Varas, Coordinador), Cizur Menor 2007, pags. 133 y ss, y bibliografía citada en las notas 23 y 24. Como afirma este autor: “La evolución hacia un modelo sostenible implica una ordenación de fases de transición progresiva en los que el control de demandas ha de ser una cuestión previa determinante…Es más, se ha de afirmar que el modelo sostenible presume la previa implantación efectiva de un modelo de demanda, hasta el punto de que aquél no es alcanzable sin éste” (pág 143). 83

Declaración que se adoptó en la sesión de clausura de la Conferencia Internacional sobre Agua y Medio Ambiente celebrada en Dublín los días 26 al 31 de enero de 1992. 84

Los economistas lo denominan “capital crítico natural”, manifestando que el uso sostenible del agua no puede ser evaluado a una escala global, sino local, donde las funciones medioambientales relevantes deberían preservarse y el uso del agua mantenerse por debajo de la recarga natural de los recursos, véase en EKINS, P.: “Economic growth and environmental sustainability”, Routledge, Londres 2000.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 83

SANTIAGO ROSADO PACHECO

V I. CONC LU SION ES 1) L a EEDS no es técn ic ame n te una nor ma jur ídic a , ya qu e no es tá con te n ida en

n ingun a

for ma

jur íd ica

( Le y

y/o

Reg la me n to),

ni

aprob ado

por

Au tor id ade s c on po testa d nor ma tiv a –só lo e x is te un v is to bueno d e l Cons ejo de Minis tro s d e 23 d e nov ie mbr e de 2007 - , ni pub lic ad a c on e l r ég ime n y so le mn id ades d e las norma s jur íd ica s. E s po r ello, que la E EDS cons is te en un in s tru me n to té cn ico (no jur íd ic o) de in ten c ion es y obj etivos qu e pued e se r o serv ir co mo funda me n to de po s te r ior es norma s o de c ision es jur íd ica s. 2) L a E EDS se en ma r ca d en tro de la má s gen ér ica Es tr a teg ia d e De sa rro llo So s ten ib le d e la Unión Europ e a, re novad a en Bru se las 2006, es tab le ciend o obj e tivos con cre to s en re la c ión con los “ re curs os h ídr ico s” : sos ten ib ilid ad y c a lid ad de los mis mo s, aba s te c imie n to a la pob lac ión y u so produ c tivo s os ten ib le , todo e llo d en tro d e l á mb ito d e la Dir ec tiv a Marc o d e l Agu a. 3) L a EED S to ma c o mo e s tru c tur a o tro do cu me n to d e cará c ter té cn ico (no jur íd ico) que e s e l Progr a ma A.G.U.A (2004 -2008) qu e, s in e mb argo, se vu e lc a en imp or tan tes nor ma s jur íd ica s co mo fu e e l Re a l D ec re to - Le y 2 /2004, d e 18

d e jun io,

mo d if ic ando

e l P lan

H idrológ ico

Na cion a l

(po s ter io r L e y 11 /2 005). Los obje tivos e s enc ia les d e l P rogra ma son : la r efor ma d e la s Con fed er ac ion e s H idrogr áf ica s, la c r e ac ión d e los “b an cos Púb licos d e l Agu a” , e s tab lec imie n to d e tar if a s ac orde s con lo s co s te s rea le s d e ob tenc ión y tra ta mie n to d e l agua. 4) E l obj e tivo de l P rogr ama A .G.U .A. sob re r efor ma de las Conf eder ac iones H idrogr áf ica s es tá aún p end ien te, sob re todo la s a tisf a ctor ia inc lu s ión d e las CCAA en las mis ma s . 5) L a cr e ac ión de los “b an cos púb lico s d e l agu a” (o , má s té cn ic a men te, los Cen tros d e In terc a mb io de lo s De re cho s d e l Agu a) s e e s tá re a lizando a tr avé s d e l ca min o ex cep c iona l que s upone e l r ec urso a los d if er en te s Re a les D ecr e to s - ley sobr e sequ ía. 6) E l e s tab lec imie n to de “ tar ifa s de a gua ” acorde s con los c os tes r e a les d e ob tenc ión y tr a ta mie n to d e l agu a (hor iz on te d e d icie mb r e d e 2010) r espond e, en r e a lidad , a l mo d e lo e x tr a ído de la De c lara c ión d e Dub lín (1992)

sobr e

“e l

agua

y

de s arro llo

sos tenib le” ,

y

re spond e

a

tres

d ime ns ion e s d ef in id as : a ) la ecológ ica (cons id er a c ión d e l agu a co mo

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 84

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

r ecu rso f in ito y vu lne ra b le) ; b) la so c ia l (e l d ere cho a la a cc e s ib ilid ad a l agua) , y c) la econó mic a ( la con s ider ac ión de l agu a co mo b ie n econó mic o). No obs tan te , s e h an pu es to de ma n if ies to a lguna s d ific u ltad es co mo la p ar tic ip a c ión d e tod as la s Ad minis tra c ion es púb lica s terr ito r ia les e n e l cic lo integra l d e l agua ( ar t. 111 b is T RLA) . 7) A pe sa r d e la v ig enc ia d e l P lan N ac iona l de Re gad ío s (hor izon te 2008) y d e l d eno min ado “P lan de Choque” ( RD 287 /2007), no se h a con segu ido r educ ir e l con su mo d e a gua en e s te á mb ito, lo qu e ha prop i c iado un nuevo P lan ( RD 1725 /2007) y me d id as r es tr ic tiva s d e cof in anc ia ción d e la Co mis ión Europ ea . 8) S e h an adop tado un grupo d e me did as ju ríd ica s d e imp or tan te c a lado en r ela c ión con la reu tiliz a c ión d e agu as depur ad as, la n ece s id ad d e adop tar infor me s pre c ep tivos de la Ad min is tra c ión H idro lóg ica sobr e la ex iste nc ia d e re cur sos h ídr icos p ara nuevo s des arro llo s urb an ís ticos (ho y r egu lado en el Rea l D ecr e to -L eg islativo 2 /2008), d e 20 d e jun io, ar t. 15.3) , la ne c esid ad d e la au toriz a c ión a mb ien ta l in tegr ada , a unqu e con a lgun as d if icu lta de s, por ra zon es c o mp e ten c ia le s, en la s a u tor iz a c ion es d e v er tido s. 9) S e h a adop ta do, aunqu e no c o mo in stru me n to jur íd ico v inc u lan te, e l P lan N ac ion a l d e Ca lidad de la s Agua s 2007 -2015, qu e in ten ta d ar r espu e s ta a l in cu mp limie n to d e l ante r ior 2001 -2006. 10) Qu izá s, e l ins tru me n to más s ó lido y, es ta ve z con toda s u v ir tu alidad jur íd ica ,

es

la

en trad a

en

v igor

del

Reg la me n to

de

P lan if ica ción

H idro lóg ica ( RD 907 /2007, de 6 de ju lio, y la In s tru cc ión d e P lan if ica c ión con ten id a en la Ord en d e l MA MRM 2656 /2008, d e 20 de sep tiemb r e) , dond e ya se in corpor an té cn ic as d e v a lora c ión d e lo s ef ec to s d e l ca mb io climá tic o en los ins tru me n tos d e plan if ic ac ión ( los Inv en tar io s de lo s Re cur sos Hídr icos y los Balan ce s), a s í co mo e l p aso en la g es tión de la s agua s d e l “mo d e lo d e la of er ta” a l “ mo d e lo de g es tión d e la d e ma nda ”.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 85

SANTIAGO ROSADO PACHECO

V II I

BI BLI OGRAF ÍA

- AGUDO GON ZÁLE Z, J . : “ La D ir ec tiva Mar co, la nu e va cu ltura d e l agua y e l imp era tivo d e e vo luc ión de la po lítica h id ráu lica e spaño la hac ia un mod e lo d e g es ti ón so s te n ib le ”, en “ Nu e vo D ere cho de Agua s ” (Gon zá le z V ara s, Coo rd in ador), Ciz ur Menor 2007. - A RIÑO Y ASO CIADOS : “ En e rgía en E spaña y de sa fío europ eo ” , Gr anada 2006. - BA SSOLS CO MA : “ R ég imen ju ríd ico d e la impugnac ión de los in fo rme s vincu lan tes

en

el

pr oc ed im ien to

de

la s

au to r iza c ion es

amb ie n ta le s

in tegrada s ”, r ev is ta de De re cho Urb an ís tico y Med io A mb ien te, nº 200 (2003) . - CAN TÓ LÓP EZ , Mª . T . : “ Cla ve s s obr e e l a lcan ce d e la fa lta de a cr ed ita ción d e d ispon ibilidad de re cu rso s h ídr ico s en los P lane s ur b anís ticos: La in terp re ta c ión de la Ju risp rud enc ia de l T r ibuna l Supe r ior d e Jus tic ia d e la Comun idad d e Va len cia ”, XVII Congr eso I ta lo -E spaño l d e Pro fe sor es e D ere cho Admin is tr a tivo. - CASADO CASADO , L : “ Pr in c ipa les rep e rcu sion e s de la D ire c tiva M ar co de Agu a s en e l o rdenamie n to ju ríd ic o españo l ” , en GONZÁ LE Z -VARAS ( Coord in ador) : “ Nu evo D e re cho d e Aguas ”, Ciz ur Ma yor 2007. -D ELGADO PIQU ERAS, F . : “ La tran spos ic ión d e la D ir e c tiv a Mar co de Aguas en España ” RA P nº 165 (2004 ). -

D ELAGADO

P IQUERAS

y

CA RRIL LO

MO RE N TE :

“ In form e

de

las

Con fed e rac ion es H id ro lóg icas en la tram ita c ión d e p lan es y prog rama s de a c tuac ión ur banís tica ” , e n Prá c tica Ad min is tra tiva n º 55 (d ic ie mbr e de 2006). - DEL GADO PIQUE RAS , F . : “ La ir rup c ión de l c amb io c limá tico en el D e recho Eu rop eo de A guas ”, XV II Congr eso I ta lo - Esp año l d e P rofe sor es de D ere cho

Ad min is tr ativo,

cuad erno

de

pone nc ias

y

c o mun ica c ion es,

Z ar ago za 2008. - DIAZ LEMA, J. M. : “ Nue vo D e rec ho d e l Su elo ”, Madr id 2008. - EKINS , P .: “ E conom ic gro wth and en vironme n ta l su s ta inab ility ”, Rou tledge, Lond re s 2000. - E MBID IRUJO , A. (D ir ec to r) : “ E l de re cho a un M ed io A mb ien te Ad e cuado ” Mad r id 2008.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 86

LA GESTIÓN TERRITORIAL Y LOS RECURSOS HÍDRICOS EN ESPAÑA

- E MBID IRUJO : “ E l d er echo d e agua s d e la Un ión Eu ropea conte mp lado d esd e la pe r spe c tiva e spaño la. Cons id era c ión e spe c ia l de la D ire c tiva Ma r co Co mun itar ia 2000 /60 /CE ”, en Jos é Mª . Cu adr at Pr a ts ( ed.) : “ E l agua en e l Sig lo XXI : Ge s tión Y P lan ificac ión ” Z ar ago za 2006. - E MBID IRUJO , A. : “ E l d er echo a l a gua en e l ma r co d e la evo luc ión d e l d ere cho de agu as ” en “D er echo a l Agu a” (E MBID D ir.) , Cizur Meno r (N ava rra ) 2006. - “D er e cho a l Agua ” , en “ D icc ionar io de De r ec ho d e Aguas ”, Madr id 2007. - E MBID, A. : “ Agua y T er r itor io. Nu e vas R e flex ion es J ur íd icas ”, e n XVII Congr eso I ta lo -E spaño l de P rofe sore s d e D er echo Ad min is tr a tivo “ L ibro de Pon en c ia s y Co mun ic ac ion es ”, Z arago za 2008. - FANLO LO RAS : “ La e vo lu c ión d e l d er e cho comun ita r io sob re e l agua” ( en E mb id Irujo D ir.) : “ E l nu evo D er ec ho d e Agua s: la s obras h id ráu licas y su finan c iac ión” , Madr id 1998. - FANLO LO RAS : “ Las Con fede ra c ione s H idr ográ ficas ”, en “ D icc iona rio d e D er echo de Agua ”, (E MBID IRU JO, D ir e c tor), Mad r id 1997. - FANLO LO RA S : “ Au tor iza c ión amb ien ta l in tegrada y au to r izac ione s d e ve r tido ” , en VVAA (Ed . GA RCIA U RE TA) : “ Rég ime n d e pr even c ión y con tro l in tegr ados de la con ta mina ción ” Z ar agoz a 200 4. -

GAL LEGO

AN ABITA RTE ,

MEN ÉNDE Z

RE XA CH,

D IAZ

LEMA :

“ El

d er echo e agua s en E spaña ”, MO PU 1986 . - GUY I SSA C y MARC BLANQUE T : “ Dro it c ommunau ta ir e g éné ral ” P ar is 8ª ed. (2001 ) - JI MÉN EZ CO MPAI RED : “ Rég im en E conóm ico -F inanc ie ro de l Agua ”, en E MBID (D ir.) “D ic c ionar io d e D er ec ho d e Agua s ”, Madr id 2007 . - JO RDANO FRA GA, L . : “ La te ns ión m ed io amb iente - de sar ro llo en la jur isp rudenc ia

del

Tr ibuna l

Con stitu c iona l ”,

Rev ista

And a luz a

de

Ad min is tr ación Púb lic a” nº 17 (1994). - LÓ PE Z RA MÓN, F . : “ ”D ere chos Funda me nta le s, subj etivos y co le c tivo s a l me d io a mb ie n te ”, REDA n º115 (1988). - LO PE RENA RO TA : “ E l d er echo a l de sar ro llo so s ten ib le ” , en E MBID I RUJO (D ir e c tor) : “ E l d e re cho a un m ed io amb ien te ad ecuado ”, Mad r id 2008. - LOP E RENA RO TA, D . : “ Desar ro llo sos ten ib le y g loba l iza c ión ”, A ran zad i 2003.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 87

SANTIAGO ROSADO PACHECO

- LOP E RENA RO TA, D: “ E l agua c omo d er echo humano ”, en “Nu evo D er echo d e Agua s” GON ZALE Z -VA RAS IBAÑ EZ ( Coord. ), Cizu r - Meno r (Nav arr a) 2007. - MAS SA RUT TO, A . : “ E l p re c io d e l agua: ¿h er ram ien ta bá sica pa ra una po lítica so ste n ib le d e l agua? ”, Rev is ta Ingen ie r ía de l Agu a vo l. 10 , nº 3 ( sep tie mbr e 2003) . - MENÉNDE Z REXA CH, A. :” Coord ina c ión d e la ord ena c ión d e l te rr ito rio con po líticas sec tor ia les qu e inc id en s obr e el me d io fís ico ” Do cu me n tac ión Ad min is tr a tiv a nº 230 -231 (1992 ). -

MENÉNDE Z RE XA CH : A. : “ T rans fere nc ia s d e r e cur sos h íd rico s ” en “D ic c ion ar io d e D er echo d e Agu as ”, Madr id 2007.

- P EA RSE , D. Y TURNE R, R. : “ Econom ics o f na tural r esou r ce s and th e env iromen t ”, Harv e s ter -W ea tshe af , Lond re s 1989. - PIÑA R MAÑAS , J :L (D ir ec tor) : “D esa rrollo sos ten ible y pro tecc ión de l m ed io amb ie n te ”, Madrid 2002 . - ROD RIGUE Z RO JAS, M. I. : “P lanif ica c ión terr itor ia l d e l Agu a en la Re g ión d e l Gu ada lfe o” , Un iv ers id ad d e G ra nad a, 2008. - S ETUÁ IN MENDÍA, B. : “ La D ir e c tiva -Ma r co sob re e l agua ”, Jus tic ia Ad min is tr a tiv a nº 11, abr il 2001 . - S ME TS, H. : “ Por un de r echo e fe c tiv o a l agua po tab le ” , Bogo tá 2006.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 88

R EFUNDAM EN TAÇÃO DO D IREI TO AMBI EN TA L COM O CAMI NHO PA RA GARAN TIA DA ADM INIS TRAÇÃO DA JU S TIÇA

HARRYSSON LUIZ

DA

SILVA

Pos-Doutor em Ergonomia Cognitiva, Professor Associado I da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. [email protected]

IVANA LUCIA FRANCO CEI Mestre em Políticas Públicas, Promotora de Justiça no Ministério Público do Estado do Amapá, Brasil, [email protected]

LUCIANA RIBEIRO LEPRI Mestre em Engenharia de Produção, Promotora de Justiça no Ministéri o Público do Estado do Paraná, Brasil, [email protected]

R ESUMO : E s te a rtigo te m p or

obj e tivos lanç ar h ipóte se s p ar a d isc us são , a

p ar tir de p es quis as dos a u tore s de sse ar tigo, d e que a bu s ca p e la re so lu ção dos conf litos amb ie n tais, a par tir do D ir e ito A mb ien ta l se fund a me n ta no me s mo pr in cíp io qu e d eu or ige m a su a es tru tura ç ão, enqu an to pr á tic a jur is dic ion a l, imp ed indo o ef e tivo cump r ime n to d a ad min is tr aç ão d a ju stiç a . A

bus c a

p e la

ef iciên c ia , e f ic á c ia e ef e tiv idad e do D ire ito Amb ie n tal, tem c o loc ado e m r is co a g es tão in te rna c ion a l do s conf litos, torn ando urg en te a bu sc a d e u m mod e lo d e g es tão d e conf lito s a mb ien ta is. Nes s a p er spe ctiv a, a ge s tã o in tern ac ion a l do s conf litos amb ie n tais só se to rnará pos s íve l, a pa r tir de u ma c o mpre en são de qu e a s a ída , não é p e la v ia ad min is tr a tiva , co mo pre con iza o Ban co Mund ia l e m s eu progr ama d e “ Re for ma do Pod er Jud ic iá rio ”. A s a ída apon tada d á -s e pe la p as sag e m da co mp r eens ão do s “obj e t os d e tu te la a mb ien ta l” , pa ra “fe nô me nos legais a mb ie n ta is” , no â mb ito d a ge s tão in terna c ion a l do s c onf litos amb ie n tais, d en tre e les, os re cur sos h íd r ico s, e s eus r es pe c tivos ma r c os norma tiv os e ins titu c ion ais , a pa r tir d e u ma r efund a me n ta ção on to lóg ica d a an tropo log ia qu e fund ame n ta a s re la çõe s : ho me m e me io a mb ien te . Pa lav ra s – Chav e : D ire ito A mb ienta l, Conf lito s A mb ien ta is, Ad min is tra ç ão d a J us tiça

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 90

HARRYSSON LUIZ DA SILVA; IVANA LUCIA FRANCO CEI & LUCIANA RIBEIRO LEPRI

I nt rodu ção A

imp le me n taç ão

do

D ir e ito

A mb ien tal

co mo

g ar an tia

de

D ir e ito

fund ame n ta l à s a d ia qualid ade de v id a no plan e ta , v e m s e ndo obj e to d e d eba tes en tre seu s e s tud io sos, os qu a is bu sc a m, inc e ss an te me n te, u ma sa ída p ara alcan çar a e fe tiv id ad e ( c apa c id ade de produz ir u ma d ife ren ç a pos itiv a nu m d ado con texto d e for ma p er ma nen te ), a ef ic iên c ia ( c apa cid ade d e u tiliz ar os r ecu rso s

ad equad a me nte

de

fo rma

r a c ion al

e

e conômic a ,

e

a

e f ic á c ia

( cap ac idad e d e p roduzir o efe ito d es ejado , o r esu ltado pr ev is to) e m s u a ap licaç ão. “A s d if eren tes for ma s de c o mpr een s ão d as nor ma s e ne c es s ida de s do cu mpr ime n to da leg is laç ão a mb ien ta l en tr e o s d if er en te s pa ís es , co mo ta mb é m, a u tiliza ç ão de fund a me n tos que nã o p er mite m a a d min is tra ç ão d a ju stiç a, a p ar tir do s s eu s mod e lo s ins titu c ion a is e for ma s d e op era ç ão do d ire ito, pro mov e m a ne c es s idade d e u ma rev is ão nos mod e los d e ge s t ão dos conf lito s a p ar tir do D ir e ito A mb ien ta l, tan to n ac ion a is , qu an to in terna c ion a is ” (SI LVA E L EP RI , 2007).

E s te tema s u s c ita gr ande po lêmic a , à me d id a que propõ e a

n eces s id ade d e r ev is ão do s fund a me n tos do D ir e ito, e, e m e sp e c ia l do D ir e ito A mb ien tal, s obre ou tr as b as e s, qu e não jur íd ica s. A d esp e ito d e ou tra s co mpr een sõe s

p as sad as

e

pr es ente s,

ter e m

ten tado

da r

ao

D ire ito

u ma

co mpr een s ão ma is próx ima da r ea lidad e, a in ef ic á c ia d a ad min is tr aç ão da J us tiça A mb ien ta l a inda n ão fo i sup erad a, como por ex emp lo , a ap lic a ç ão do T er mo de Aju sta me n to d e Conduta pe lo Min is tér io Púb lico. A té o pr es en te, mo men to o prob le ma da a d min is tra ç ão d a ju stiç a , a ind a s e co lo ca co mo te ma d e d iscu ss ão, po is a p rodu ção teóric a ex is ten te a cer c a do a s sun to, a ind a n ão foi s uf icien te,

p ara aba rc ar a co mpr ee ns ão do r ef er ido fenôme n o, b e m c o mo, o

efeito pr etend ido. A h ipó tes e qu e c o loc a mo s p a ra d is cuss ão é a s egu in te : A s aída pa ra a a dm in ist ra ção da just iça re lat ivam en te à ge stão int erna c iona l do s conf lito s amb ien ta is p re c isar ia pa rt ir d e u ma onto log ia c ie nt íf ica, qu e to rna ss e pos s ív e l u ma an tro polog ia e u ma ação j ur isd ic iona l con c reta ent r e o hom em e o me io am bie nt e.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 91

REFUNDAMENTAÇÃO DO DIREITO AMBIENTAL COMO CAMINHO PARA A GARANTIA DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

O D ir e ito Am b ie nta l como D ire ito F un dam enta l. D ir e itos fund a me n ta is s ão v in cu laç õe s, ma nda dos, obj e tivo s ref er ente s a asp ir a çõe s, n ec es s i d ade s e in ter ess e s hu ma nos , qu e se in scr ev e m or a co mo n ítidos dispo sitivo s d e d ir e ito s subj e tivos, o ra c o mo enuncia dos d e pr in c íp ios e tarefas es ta ta is (e à s v ez e s ind iv idu a is e so c iais ) d e h ierarqu ia cons titu c iona l, express ado s ou a co mp anh ados de co ma ndos obj e tivos d irec ionado s ao E s tado, co m v is tas a u ma o br ig aç ão d e faz er . O D ir eito a s ad ia qu a lid ade d e v ida, as segur ado p e lo D ire ito A mb ien tal, co m tod as a s su as po ss ív e is d eriv açõ es , encon tr a - se po s itivado, de for ma d ir e ta ou ind ir e ta, e m q u as e tod as a s Cons titu içõe s F ed era is mo d ern as, au to r iz ando o pre s supo sto d e qu e, nu ma d imens ão obj e t iva , s edime n ta a a sp ir aç ão co le tiva cr iando, e m c on tra par tid a, u m d ever c o le tivo de cu id ado e re sp e ito, a lé m d e um ô nus ind iv idu a l ind ispon ív el. Donde s e c onc lu i qu e o a mb ien te é con s titu cion a lme n te pro teg ido co mo e le me n to de termin a n te d a s ad ia qua lid ade d e v id a, n ão pod endo s er d es cone c tado de tod as a s de ma is pr es cr ições con stitu c ion a is, as qu a is n ão pr es cind e m d e in terpr e ta ç ão ba liz ad a con for me o s dir e itos fund a me n ta is as segur ado s. In tere ss a -no s aqu i, tão so me n te e s tabe le cer u ma r e laç ão, me s mo qu e ind ir e t a, en tr e d ire ito funda me n ta l, d ir e ito s ubje tivo e tu te la jur isd ic iona l, a f im d e ev id enc iar a or ig e m d os pr es supostos fund a me n ta is d a tu te la do amb ien te con stitu c ion a l e infr acon stitu c iona lme n te tr a tada. O fund a me n to par a o reconhe c ime n to do d ir e ito a uma s a d ia qu a lidad e d e v id a co mo d ir e ito fund ame n ta l, ve m d o pre s supos to de qu e a d ign id ade hu ma na é o subs tra to de todo o s is tema d e dire itos funda me n ta is o qu e, por v ias ind ir e ta s, as se gura ao D ir eito A mb ien ta l u m s ta tu s de d ir e ito fund ame n ta l.

A d ign id ade se s itu a no

âmb ito da an tropo log ia e d a so c iolog ia qu e sã o con co mita n te me n te d er ivad as d e v ár ias on to log ias, de n tre e la s, a on to log ia c ien tif ica . A fund a menta ç ão da d ign id ade

hu ma n a

se

e s tru tur a

nu m

p erfil

“ an tropoc en tr is ta”

da

nor ma

cons titu c iona l, d a qu a l d er iva m to da s as ou tr as . D es sa con sid er a ção , p ar te a n eces s id ade d e algu ma s d igr es sõ es, e m e s p e c ial, a qu e nos le va a r e lac ionar a f alta d e ef etiv id ade , efic iên c ia e ef icá c ia d a ap lica ção d e nor ma s a mb ien ta is, as qua is re fle te m, d ire ta me n te , n a a d min is t ra çã o d a Ju s tiç a A mb ien ta l. An tes de

con s ider ar

o

perfil

an tropo ce n tr is ta,

co mo

d e ma rc a ç ão

d id átic a

do

conhe c ime nto é n ec e ssá r ia con s ide ra r qu e exis te m d ife re n te s an tropo log ias, qu e por s i s ó, no p la no da ap lic a ç ão prá tic a r edunda r ia m e m d if er en te s

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 92

HARRYSSON LUIZ DA SILVA; IVANA LUCIA FRANCO CEI & LUCIANA RIBEIRO LEPRI

p ersp e c tivas do D ire ito A mb ien tal, r e su ltando n a fa lta d e su s ten ta ç ão d a ad min is tra çã o da jus tiça . En tre tan to, no D ire ito A mb ien ta l, me s mo numa e s c a la in terna c iona l e ss a co mpr een s ão de r eso lu ç ão d a ad min is tr aç ão d a jus tiç a es tá long e d e s er ef e tiv ada, c ons id er and o qu e e m te r mo s d e conf lito s a mb ien ta is in terna c iona is, a ind a te re mo s que no s h aver co m o s prob le ma s d e comp e tê nc ia co mu m

( ad min is tr aç ão

da

ju stiç a) ,

e

de

co mp e tê nc ia

conc orr ente

(fund a me n ta ç ão do D ir e ito a mb ien ta l dos pa ís es po r d if er en te s pr in c íp ios amb i en ta is).

D ireito Amb ienta l: u m D ir e ito H uma no? O a mb ien te e o ho me m s ã o do is obje to s d is tin to s que e s tão e m re la ç ão, dond e surge m o s c onf lito s a mb ie n ta is. O s c onf lito s s ão o r esulta do dos prob le ma s de cor ren tes do conjun to da s o corr ên c ia s obj e tiv as tr ans cend en te s a pr ática jur is dic ion a l do s oper adore s do D ire ito r e la tivo à g es tão do s c onf litos amb ien ta is, ta is c o mo : a s pe c tos amb ie n tais (f a tos ge rador es) , imp ac tos (f ato s r esu ltan tes), pa ss ivo s ( cus to s d as r ep ar açõ es), d anos (nív e is de infr ing ênc ia leg al) ,

e

os

conf litos

a mb ien tais

(pa r te s

e nvo lv idas ).

A

p ers pe c tiva

an tropoc ên tr ica que fund a me n ta o D ir e ito A mb ien ta l par te d e u ma c omp r e ens ão a p r ior i d e ho me m, s e m a v er if ic a ç ão obj e tiv a do s d ife ren te s fund a me ntos on to lóg icos ex is ten te s. De s ta f e ita , o D i re ito A mb ien tal dev er ia tr a ta r do conf lito

que

na v erda de

é o

fe nô me no

em q u e s tão

e

obje to

d a a ç ão

jur isd ic ion al, j á que o me s mo deve r ia se r p a ctu ado no Ter mo d e Ajus ta me n to d e Condu ta , qu e se rá f irma d o en tr e o Min is tér io Púb lico e a s p ar tes envo lv id as no conf lito a mb ie n ta l. U m D ir e ito A mb ien tal obj e tivo não p ar te d e pr in c íp ios mo r ais, e le p ar tir ia d a v er if ica ção d as o corr ênc ia s obje tiva s, d a for ma co mo se apres en ta m.

A Ju s tiça , n es se ca so, surg iria par a g ar an tir as dif er en te s

po ss ib ilid ade s e for ma s d e o r gan iza ç ão do s home n s e m s u a s d iver sa s r e la çõ es co m o a mb ien te n as d if eren te s c u ltu ra s. No en tan to, o qu e ac on te c e é exatame n te o con tr ár io : todo s tê m qu e s e en caix ar d en tro u ma lóg ica a pr ior i, qu e p as sa a s e r leg itima da pe lo D ir e ito, o me s mo a c on tec endo c o m o Dire ito A mb ien tal.

A

pr ev enç ão

v ir ia

da

pos s ib ilid ade

do

le g is lador

to ma r

a

co mpr een s ão d a fund ame n ta ç ão on to lóg ica do a mb ien te c o mo fund a me n to jur isd ic ion al par a pro mo ção do a ces so à Ju s tiça . Vej a mo s, o conc e ito d e “á re a d e pr es ervaç ão p er ma ne n te ” é u m c onc e ito de f in ido a pr ior i, den tro d e u ma

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 93

REFUNDAMENTAÇÃO DO DIREITO AMBIENTAL COMO CAMINHO PARA A GARANTIA DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

lóg ica de con tro le a mbie n ta l, onde n ingu é m p od er ia ocupa r ce r ta s áre a s, po is apres en ta m limite s e r es tr içõ es de u so e o cup aç ão de fin idos te cn ic a me n te. Po rém, qual é a ár e a qu e é d efin id a que d á ma rge m p ar a ocupa ç ão se m prob le ma s e de modo d e moc rá tic o? Não exis te. Te mo s aqu i, entã o, u m v erdad e iro p aradoxo n a bus c a d a co mpr e ens ão de u m D ire ito A mb ien ta l co mo d ir eito funda me n ta l. Como d ir e ito fund a me n ta l, o D ir e ito Amb ie n tal b as e ia -s e, co mo d ito a n ter io r mente , no pr ess upos to de que a d ign id ade hu ma na é o s ubs tr a to

de

todo

o

s is te ma

de

d ir e itos

fund a me n ta is ,

sua

bu sc a

p e la

pr es erv aç ão d e ár ea s into cad as , e mpurr a m o s me n os afo r tun ados, para a lóg ic a do me r c ado n a bu sc a por ár e as d ispon ív e is. No en tan to, con sid er ando qu e as áreas d ispon ív e is es tão d en tro da lóg ica do me rc ado, a s me s ma s poss ue m u m pr eço a s er pago mu ito a lém da s pos s ib ilid ade s d e gr ande p arc e la d a popu laç ão. A ss im, qu em n ão te m a c e sso a e s sa s ár ea s v a i p ar a a s ár ea s ind ispon ív eis , a s qua is o D ir e ito A mb ie n ta l e lege co mo d e pre s erv ação p er ma nen te.

De s ta

for ma ,

qu er

nos

pa rec er

con tr ad itór ia

a

bu sc a

da

imp leme n taç ão d e u m D ir e ito A mb ien ta l co mo d ir eito fund a me n ta l, n a me d id a em q ue d e sc ons id er ando a d ign id ad e hu man a, sub s tr a to do s is te ma de dire itos fund ame n ta is , o D ir e ito A mb ien ta l ja ma is a lc an çar á o s ta tu s de d ir e ito fund ame n ta l, po is a fund a me n ta ção on to lóg ica qu e su s tenta a an tropolog ia que d ef ine o D ir e ito A mb ien ta l, ma is pr ec is a me nte d a r e la ç ão do ho me m c o m o meio a mb ien te, não torn a po ss ív el a e f ic iênc ia , ef icá c ia e ef e tiv id ade do D ir eito A mb ien ta l, como u m d ir eito fund a me n ta l. En tre ta n to, n ão se rá nos so obj eto n es sa c o mun icaç ão d is cu tir a f unda me n taç ão on tológ ica que torn ar ia po ss ív e l a ge s tão in terna c ion a l do s conf lito s amb ie n tais. O D ire ito Amb ie n tal es tar ia ne sse s c aso s, a s erv iço d a dign id ade huma n a ou d a lóg ica do me rc ado? Po is,

par a s e v iab iliza r in te rna c ion a lme n te, a lóg ic a d e me r c ado pr es s iona

p aís es e comu n id ad es a h ar mon iz ar e m su as leg is la çõe s, pa ra qu e n ão ocor ra m imp ed ime n to s

co m

re la ç ão

à

a d min is tra çã o

da

ju stiç a

em

a mb ie n tes

tr ansf ron te ir iços , co mo v e m a con te c endo e m a lguns progr a ma s d e r efor ma do pod er jud iciá r io e m d iv erso s p a ís e s. A fo rma d e prote ç ão do s e sp aços pro teg idos s ó lev a e m c ons id er açã o a lógic a do me r c ado, po is es ses e spa ço s n ão são para s er e m o cup ados e , por n ão s ere m o cupado s pre s s iona m to do s p ara o merc ado. Co mo ne m t odo s te m a ce s so ao s b en s d e me rc ado surg e os c onf litos

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 94

HARRYSSON LUIZ DA SILVA; IVANA LUCIA FRANCO CEI & LUCIANA RIBEIRO LEPRI

d e u so e ocup aç ão do so lo e , por con seqü ênc ia, gr ande s p rob le ma s a mb ien ta is d e o cupa ç ão d e ár ea s d e con s erv a ção e d e pr e serv aç ão p er ma nen te.

A A dm in istr ação da J us t iça e os Con flitos A mb ienta is: int er e ss es e ob jeto s. Mu ito e mbor a o s con stitu c iona lis ta s de f ina m a ad min is tr aç ão da Jus tiç a v is ando,

tão

so men te

s eu

asp ec to

ma ter ia l.

Qu ando

no s

re ferimo s ,

à

a d min is tra çã o d a Jus tiç a , f a la mo s d a s sua s imp lic a çõ es e c ons eqüên c ia s ma is amp las, in clu indo não s ó a p re s ta çã o jur isd ic ion a l co m todo s o s seu s ef e itos, co mo ta mb ém s u a s implic a çõe s no s en tido d e s e f a ze r a verd ad e ira Ju s tiç a. Pod emo s en tender a a d min is tra ç ã o d a Jus tiç a co mo aqu e la a tiv id ade que , r econh e cendo

as

d ive rs as

fo r ma s

de

a sso c ia ç ão

e

org an iz a çã o

hu ma n a,

leg itima ss e jur id ic a me n te in ter es se s, d e ma nda s e n ec e ssid ade s, co m v is tas a imp ed ir d ano s mor a is p a tr imon iais e e xtra p a tr imon ia is , sej a m e le s e m s u a d imens ão ind iv idu a l ou co le tiv a. E s sa to ma d a d e d ec isã o p er mitiria qu e s e v iab iliz as se a d ign id ade hu ma na de c ons tru ção d e u ma s o c ied ad e sob nov as b as es d e con tr a tos e r ela çõ es . Ne ss e sen tido , a ad min is tra ç ão d a Ju stiç a , e do D ir eito A mb ien ta l d eve e s t ar in tima me n te rela c ion ada à g es tão d e c onf litos amb ien ta is. Po is , n e s ta ó tic a, a admin is tr aç ão da Ju s tiça n ada ma is é do que u ma fo r ma d e g er ir o s c onf litos amb ie n tais de cor ren tes da in te rfa c e d a r e la ção Ho mem- a mb ien te , apreciaç ão,

que

in c lu indo

s ão a

apre s en tado s

a pr ec ia ç ão

a os

Poder es

Jur isd ic iona l

do

co n s titu ído s Poder

par a

J udic iár io,

Min is tér io Púb lico, Advog ados e, e ven tu a lme n te, ONG`s , e d e tod a a so c ied ade em g er a l. O mundo em q u e v iv emo s s e trans for ma todo d ia . Mu ita s d es sa s tr ansfo r ma çõ es d in âmic a

da

são

res ultan tes do s proc e sso s que o corr e m p e la própr ia

na tur e za ,

ta is

como :

c huv as ,

nev e,

gr an izo ,

ma re mo tos,

terr emo tos , v endav a is , se c as , ma r és , e tc. Po r outro lado, ex is te m ou tr as tr ans for ma çõ e s qu e s ão promo v id as po r nós s er es hu ma no s (qu e ima da s, u tiliza ç ão de d ef ens ivo s agr íco la s, o cup aç ão de enco s ta s, de s ma ta me n to, r es íduo s só lido s, es goto s, e g as es tóx ico s), que pro mov e m imp a c tos a mb ien ta is. Os im p a c tos a mb ie n ta is pro mov e m a a lter ação d a qu a lid ade d a águ a, da v id a hu ma n a, do so lo, do sub so lo, d a f aun a, da f lor a, do s ma r es , e d as á rea s urb ana s e rur a is ond e nó s ha b ita mo s. Qu ando o s imp actos amb ie n tais de s envo lv idos por a lgu ma s p e sso as , c o me ç a m a in t erf er ir n a v id a d as ou tr as p es so as , e m d if er en te s p ar te s do pla ne ta (co mun id ades,

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 95

REFUNDAMENTAÇÃO DO DIREITO AMBIENTAL COMO CAMINHO PARA A GARANTIA DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

b airros ,

r eg iõ es,

mu nic íp ios,

Esta dos

e

pa ís es) ,

r esu lta m

em

c onf litos

amb ien ta is. P ar a se fa z er ge s tão dos c onf lito s amb ie n tais é pr ec iso cons id er ar : o qu e p rovo cou o imp a c t o a mb ien ta l, qu a l o imp a c to a mb ie n ta l re su ltan te, qu ais p es soa s es tav a m e nvo lv ida s, qu e m fo i ating ido, qu ais re cur sos n a tura is for am d e s tru ídos . P ar a qu e os conf lito s a mb ie n ta is s ej am o bj e to de ge s tão é pr eciso qu e a s pe sso as, os gov erno s e a s e mpr es as s e jun te m p ar a e ncon trar u ma s a ída c o mu m p ara o s imp a c to s a mb ientais . Es se proc e sso é c hama d o d e g es tão de conf lito s a mb ien ta is. P ar a que se po ss a fa z er amb ien ta is

é

pre c iso,

pr ime ira me n te ,

d if er enc iar

g es tão dos c onf litos os

obj e to s

(o

qu e

efetiv a me n te prov o cou o s con f litos) do s in ter es s es e m c onf lito (o que a s p ar tes bu scam no con f lito). O conf lito a mb ie n ta l nã o s e d á so me n te numa ú n ic a p ersp e c tiva, ma is é o re su ltado d e u m c onjun to de v ar iáve is qu e se imp lic a m: qu em imp a c ta , que m s ofreu o imp a c to, o a sp ec to a mb ien ta l promo tor do imp acto, e o imp a c to amb ie n tal, a lé m d o s p as sivos , d anos p a tr imon ia is e ex tra p atr imon ia is . P ara que a ad min is tra ç ão d a jus tiça pro mov a a ge s tão dos conf litos amb ie n tais

é pre c iso qu e qua lqu er propo s ta d e in terv enç ão sej a

r esu ltan te de es tudo s e pe squ is as . Is so imp lic ar á nu m re ap ar e lha me n to dos s etor es lig ado s a ad mi n is tra ç ão da ju s tiç a nã o so me n te no p lano de sua pr es ta ção

jur isd ic ion a l,

qu an to

ta mb é m

p eric ia l,

pr in cip a lme nte

na

ár ea

cr imin a l. Pa ra is so é n ec es s ár io pr ime iro ide n t if ic ar a e s tru tur a do conf lito amb ien ta l e su as r e spec tiva s in terfa c es qu e reme te m a o s d if er en te s ca mp os d e conhe c ime nto d e r e laçã o dos conf lito s ( a mb ie n ta l, e mp re s ar ia l, educ a c ion al, po lítico - ter ritor ia l,

e conô mic o -f ina nc e iro,

ps icop a to lóg ic o,

p roduç ão

de

conhe c ime nto e prop r ied ade in te le ctu a l, e tc.) , p ara po ss ib ilita r a pro mo ção d a jus tiça. Conv é m r e ss a lta r qu e as in terf ac es de ve m s e r id en tif ic ad as a c ada mo men to , e n ão pr ev iame n te c ar acte r iz ad as co mo p adrõ es de o corr ên c ia qu e s erv em p a ra qu a lquer s itu aç ã o.

P ar a a g es tã o do s conf lito s a mb ie n ta is, é

pr eciso cons id er ar qu e o s obj e tos d e conf lito se in tegra m a o c onjun to d a mu ltip lic idad e d e ins titu içõe s e org an iz a ções que e s tar ão envo lv id as n a s d if er en te s es c a la s d e inte rven ç ão de sd e a lo c al a té a in tern ac io n a l, em te r mo s d e co mp e tên c ia s leg a is e ad min is tra tiva s e d e imp lic a çõ es so c ia is. E, qu e par a cad a obj e to d e conf lito h ave rá d esdob ra me n tos p ar a a s ou tra s á r ea s de conhe c ime nto e seu s re sp ec tivo s obj e tivos de conf lito. T an to a r e la ç ão dos camp os de c onhe c i me ntos , quan to s dos obj e tos d e conf lito s pod e m mu d ar e m

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 96

HARRYSSON LUIZ DA SILVA; IVANA LUCIA FRANCO CEI & LUCIANA RIBEIRO LEPRI

cad a s itua çã o, d ep endendo d a s in te rf ac es iden tif icad a s em c a d a ca so, par a o mes mo f enô me no no s d if er en te s lo c ais d e s ua oco rrê nc ia. Não pod e mos esqu ec er qu e o s conflitos a mb ien ta is s e sus ten ta m e m d if er en tes tipo s de conhe c ime ntos

con struídos

h is toric a me n te

pe la s

d ife ren tes

cu ltura s,

que

fund ame n tam a s me s ma s á re as de conh ec ime n to.

A Pro mo ção da Ad m inis tra ção da J ust iça. A ad min is tr aç ão da Ju stiç a n ão con segu e s e re a liza r, po is in ex is te ins titu c ion a liz a ção

da

me s ma

j un to

à

co mun id ad e.

No

e ntan to,

ao

con side ra rmo s qu e o p rob lema de im p le me nta ção da J us t iça é de es tr utura, e do D ireito Am bien tal d e fun dam enta ção, é p r eciso , pr ime ir am ent e rev is ita r a s bas e s da s e st rut ura s do D ir e ito A mb ie nta l , p ara qu e a pro mo ção d a Jus tiça ac on te ç a a pa r tir d e u m p roc es so qu e cha ma mo s d e “a lf ab e tiz aç ão jur íd ica ”, qu e s ign if ic a c r iar u ma c u ltura de mu d an ça de c on ce ito s qu e terão imp lic a çõ es sobr e a es tru tur a da admin is tr aç ão d a ju s tiç a, pro mov endo a g e stão do s con f lito s a mb ien ta is. É p rec iso ter c la ra qua l a v is ib ilidade qu e a s ociedad e te m d a Ju s tiç a , não do Pod er Jud ic iár io ou Min is tér io Púb lico e d emais in s titu içõe s que a ma te r ia liz a m. E, o qu e é “Ju stiç a” e “a c es so a J us tiça ”, uma v e z que o a mb ien te é u ma " me r c ador ia " que pos su i v a lor d e uso (Ár ea de Pre s erv aç ão Pe r ma nen te - A PP) e d e tro c a ( ma té r ia s -pr ima s ). Par a torn ar pos sív e l a g es tã o dos conf lito s a mb ie n ta is da for ma c o mo e le s s e apres en ta m, co m v is ta s à imp le me n taç ão d a Ju stiç a A mb ie n ta l, a sa íd a a ser bu scada é a co mp re ens ão d a r ea lid ade ond e a con tec e m o s conf lito s co mo fund ame n to p ara a e s tru tur aç ão d as po ss ív e is s olu çõ es . Es s e é o ca minho, que po ss ib ilita a pre end er os conf lito s a mb ie n ta is d a for ma c o mo s e conf igur a m esp aço - te mpor a lme n te , d e a cordo c o m a s ma nif e s ta çõe s da cu ltur a do s grupos em co nf lito. E , a ss im, pod e mos c onc lu ir qu e o prob le ma do D ire ito Amb ie n tal ou d a Ad min is tra ç ão d a Ju s tiç a A mb ien tal n ão e s tá no me io a mb ien te . O D ir eito é a for ma e ncon tr ada p ar a le g itima r es s e tipo de c on tro le e, por isso, pod emos con c lu ir que n ão ex is te J us tiça num mu n do em q u e a ex is tên c ia hu man a não é o p r inc íp io nor te ador do D ir eito. O v erdad e iro D ir e ito se r ia aquele qu e s is te ma tiza s se o s proj e tos, d e se jos e forma s d e org an iz a ção hu man a, e m pr in c íp io s qu e s e to rnas s e m po s s íve l u ma nov a mo ra l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 97

REFUNDAMENTAÇÃO DO DIREITO AMBIENTAL COMO CAMINHO PARA A GARANTIA DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

Con s id era çõ es F ina is V ár ios in s tru me n to s (T er mo s d e Aju s ta me nto d e Condu ta, A çõe s Civis Púb lic as,

Inqu ér itos

Ad min is tr a tivos) ,

be m

c o mo

leg is la çõe s

( Cr ime

A mb ien tal, Re so lu çõe s CONA MA, L e i d a Aç ão Civ il Púb lic a) , tê m s ido cr iados p ara torna r po ss ív e is o s conf lito s r e la tivos à ocup a çã o e uso d e á re as cons id er adas

te cn ic ame n te

com

r e s tr içõ es

a mb ien ta is,

como

s endo

ind ispon ív eis . Co mo re s sa ltar que a ind isponib ilid ade não é u ma o corr ên c ia obj etiva dos a mb ie n te s n a tur a is , ma is u ma a tr ibu iç ão d ada ao me s mo p e lo op erado r do D ir e ito, v is ando a s ua pro te ção. Ne ss a pe rsp e c tiva o corr e u m choque en tre os con ce itos de conse rva ç ão, pre s erv aç ão, e ma n ejo de r ecur sos n atura is que pr e c is ar ia ta mb é m s er r ev is to, pa ra torn ar po ss ív e l a ge s tão do s conf litos amb ie n tais.

En tre tan to, tod as a s s a íd as apon tada s s e c ircuns cr ev e m

no p lano a d min is tra tivo, d e p roc ed ime n to s ope ra c iona is, e de c on tro les es tatís ticos da ad min is tra ç ão d a jus tiç a co mo c a minho pa ra a ges tão dos conf litos amb ie n tais, ta n to n a e sfe ra do Min is tér io Púb lic o, quan to do Poder J udiciár io. P re con iz a mo s de ss a ma ne ir a, a pa r tir d as pe squ isa s que v ie mo s r ealizando, qu e n ão ad ia n ta par tir d e u ma d e ter min ad a conc ep ç ão an tropo lóg ica qu e funda me n ta o D ir eito A mb ien ta l s e su a efic á c ia n ão a pre s en ta re su ltados p as s íve is de s er e m me nsur ados . An tes me s mo d a an tropo log ia, e x is te a on to log ia qu e a su s tenta . S er ia a tr avé s de uma o n to logia c ien tif ica qu e s e torn ar ia pos s ív e l a g es tão dos conf lito s a mb ien ta is, a rep ar aç ão do d ano amb ien ta l, b e m co mo , a ma nu ten çã o d a tão prop a lad a d ign id ade huma n a , que d ever ia g ar an tir qu e o Dir e ito A mb ie n ta l s e torn as se u m D ir e ito Fund ame n ta l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 98

HARRYSSON LUIZ DA SILVA; IVANA LUCIA FRANCO CEI & LUCIANA RIBEIRO LEPRI

R efer ên c ias AKOUI , F.R.V . Co mpro mis so d e Ajus ta me nto de Condu ta A mb ie n ta l.São P au lo, Rev is ta do s Tr ibun a is, 2003. BAU, Ja ime . Av a lia ç ão d a Ex equib ilid ade de T er mo s d e Co mpromis s o de Aju sta me n to d e Condu ta : e s tudo de c a so da polu ição a tmos fér ic a na cid ade d e J oinv ille - SC. 2004 . 216p. Me s tra do e m E ng enhar ia d e Produ ç ão, Cn etro T ecno lóg ico ( UFS C) . BRASI L.

Lei

F eder al



9 .605/98.

D ispõe

sobr e

as

san çõ es

pen a is

e

ad min is tra tiv as d er iv ada s d e conduta s e a tiv ida de s les iv as a o me io a mb ien te , e d á ou tr as prov id ênc ias . ______. D ec re to nº 3.179 /99. D is põe sobr e a e sp ec ific a ç ão da s s an çõe s ap licáve is à s condu ta s e a tiv id ade s les iv as a o me io amb ie n te, e d á ou tras prov id ênc ias . ______. L e i n º 6.839 /81. Dispõ e sobr e a Po lític a N a c ional do Me io A mb ien te, s eu s f in s e me c a n is mo s de for mu laç ão e ap licaç ão , e d á outr as prov idên c ia s. _______. Reso lu ção n º 01 /86. CONA MA. In stitu i e regula me n tao – E s tudo d e I mp ac to Amb ie n tal e Re la tór io d e I mp a c to A mb ien ta l (EIA /RI MA) , co mo ins tru me n tos da Po lítica N ac ion a l do Me io Amb ie n te. Esta be lec e, no a r t. 2º, as ativ idad es

qu e

são

obr ig ada s

a

apr e sen tar

per an te

o

órgão

amb ie n tal

co mp e ten t e, o s d ev idos E IA /RIMA . ______. D ec re to Fed era l n º 99.274 /90. Regu la me n ta as L e is Fed era is nos 6.902 /81 e 6 .938 /81, ins titu indo a e s tru tur a do S is te ma N ac ion a l do Me io A mb ien te

( SISNA MA),

cr ia

o

Cons e lho

N ac ion a l

do

Me io

Amb ie n te

( CONA MA) e e s tab e lec e a ob r iga tor ied ad e do lic enc iame n to a mbie n ta l e apres en ta ção d e EIA /RI MA, qu ando n ec es s ár io. E m su a 2ª par te, ins titu i o s pro ced ime n to s par a imp lan ta ção da s Es taçõ e s E co lóg icas e d as Ár ea s d e P roteção Amb ie n tal (APA ES) DE MIO, G. P. ; FE RREI RA FILHO, Edw ard. ; CA MPOS , Jo s é Rob er to. O Min is tér io Púb lico e a s oc iedad e civ il cons truindo cons ens o par a r esolu ção d e conf litos

amb ie n tais.

In :

 mb ito

Jur íd ico,

Rio

Gr and e,

51 ,

31/03 /2008

D isponív e lem:< h ttp ://www. a mb itojur id ico. co m.br /s ite /index.php ? n_link=r evis ta_ ar tig os_ le itura &ar tigo_ id =2487 >. A c es so e m 10 ma i. 2009.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 99

REFUNDAMENTAÇÃO DO DIREITO AMBIENTAL COMO CAMINHO PARA A GARANTIA DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

L EP RI MOREI RA , Lucia na Ribe iro. As P ro moto r ias d e Ju st iça do Es tado do Pa raná n uma Pe rs pe ct iva Am b ien ta l. D iss er taç ão ( Me str ado e m Eng enhar ia d e Produ ç ão), Un iv ers id ade F eder al d e San ta Ca tar in a, 2002, 223 p. S ILVA, Ha rr ysson Lu iz d a. Ré sea u Int e rnat iona l d e G es tion d e Con flit s Env ironn em en taux. Symp o s iu m In terna tion a l

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 100

ENVIR ONM EN TAL FLOW S A S ON E OF TH E S TEPS F OR A TTAI NING A MOR E SUSTAINA BLE MANA GEN T FOR SÃO FRANCI SCO RIV ER, BRA ZI L

LAFAYETTE DANTAS

DA

LUZ

P r o f e s s o r a t F e d e r a l U n i v e r s i t y o f B a h i a ( U F B A ). S a l v a d o r , B R A Z I L . [email protected]

FERNANDO GENZ Post-doctoral researcher at Federal University of Bahia (UFBA). Salvador, BRAZIL. [email protected]

A BS TRACT Th e 631 ,133 k m 2 b a s in of São Fr an c is co River ( SF R) cove rs 7 .4% o f the Br azilian terr itor y, w ith enor mou s d iff er enc e s in its c lima tic and b io -ph ys ic al char ac ter is tic s. Ra inf a ll r ang es f rom 3 50 to 1,900 mm o ver its are a in nor ma l year s, th e me a n annu al “ na tur a l” f low shou ld b e 2,850 m 3 /s , and f low s a t the mo u th of S FR u sed to be gr ea ter tha n or equ a l to 854 m 3 /s in 95 % of the time . S RF h as b ee n fr ag me n te d b y d a ms p lanned to g ener a te e lec tr ic ity, mos tly, and a lso for f lood con tro l, irr ig a tion and wa ter supp ly. A lthough so me und en iab le

b enef its

e x is t,

c on sid er ab le

e nv iron me n ta l

d egra da tion

and

eco log ica l lo ss es h av e r esu lted. The h ydro log ic a l d yn a mic s in its lowe r r each w as ex tre me ly a ltered . Ar tif ic ia l d ik es and riv er e mb ank me n ts pr ev en t r iv er f loodp la in in tera c tions, with sh ar p cons eque nc es on org an ic ma tte r and nu tr ien t f lux es and reprodu c tion of th e aqu a tic faun a a s w e ll. Nav iga tion is now pa r ticula r ly re s tr icte d. For ma tion and immo b iliza tion of s andb ank s h av e b een no tic ed. Th e s ed ime n t budg et a t its mo u th is now to ta lly unb a lanced, tr ansfo r ming r iv er -o ce an r e la tion ship. Trad ition a l f ish er y a c tiv ities ha ve b een limite d b y s to ck s d ep le tion, re su lting in imp ov er ish me n t of lo c a l popu la tions w ith con s equ en t so c ial rup tur es . Ev en a f ter a ll th is, in ter -b as in d iv ers ion work s are und e r w a y in ord er SF R to expor t add ition a l f low s. Th e S F R Ba s in Mana ge me n t P la n re fer s to th e b en ef its of " ar tif ic ia l f lood ing " in its low er re a ch, th is wa y exp ec ting to re cup era te so me e co log ica l

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 102

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

fun ctions and to improv e f ish er y. Th is expo se s the ne ed of imp le me n ting "env iron me n ta l f lows ", wh a t s till s ounds as an "unne c es sa r y luxur y" to so me , s in ce land a nd w a te r u se con flic ts and lack of a c ce ss to wa ter s till re ma in . How ever , it mu s t to be add re ss ed a s a v ita l a pproa ch, giv en the imp era tiv e n eed of pur su ing su sta inab ility in the u se of n a tural r esour c es, ind eed r eso lv ing tho se me n tione d prob le ms . A mu ltid is cip lin ar y re se ar ch te a m h as be en dea ling w ith th e ch a llenge of analyz ing and propo s ing f irs t s teps fo r an eco -h ydro log ical appro ach for SF R. F ir s t ins igh ts abou t th e po ss ib ilitie s of pr e scr ibing env ironme n ta l f lows for th e low er r ea ch of SF R w er e de lin e a ted. How ev er, e nor mou s ob sta c le s s till h ave to b e f ac ed : (a) te chn ic a l is su es re la te d to h ydr au lic s truc tur es of th e da ms ; ( b) th e s trong a nd unb alan ced in f luen ce of th e h ydropow er s ec tor ove r o ther s tak eho lde rs ; (c ) unde rs tand ing of th e prob lem a n d po litic a l issu e s c onc erned to

w a ter

ma n a ger s ;

(d)

d if f icultie s

for

a gre e me n t

on

tr ade -off s

and

co mpro mis e s a mo ng s tak eho lder s ; (e ) un cer ta intie s abou t w a ter av a ila b ility to meet th e r equ ir e me n ts of env ironme n ta l f low s du e to c urr en t and po ten tial w ater us es , b es id es the p ersp e c tives r e la ted to c lima te ch ang e.

K EY

WORDS :

env iron me n ta l

f low s,

mu ltid isc ip lin ar y

appro ach ,

S ão

F ran cis co Riv er

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 103

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

I NTR ODUC TI ON Th is ar tic le pr es en ts asp ec ts r ela ted to the cha lleng e of pur su ing a mo r e s us tainab le w a ter ma n ag e me n t for a larg e and h igh ly imp ac ted Br az ilia n r iver. S ão F ran c isc o River (SF R) wa s one of th e mos t imp or tan t p a ths for Por tugu es e co lon iz er s g e t in to th e A me r ican c on tinen t. Mor e than 500 year s ha ve p as sed s in ce thos e d a ys and tran sfor ma tions in th a t r ive r ba s in ha s be en s ign ific an t in ter ms

of

la nd

u se ,

d efor es ta tion

and,

mo r e

r e cen tly,

in

las t

c en tur y,

cons tru c tion of larg e d a ms . A ll th es e in terv en tions ha ve c aus ed s ev er al n egativ e

env iron me n ta l

and

soc io -e cono mic a l

imp a c ts ,

a lso

r es ulting

in

s ign if ic an t lo ss o f b iod iv ers ity. Th e S F R us ed to b e c a ll ed “ r ive r of na tion a l in tegr a tion ” due to its po ten tia l

for

nav ig a tion

a long

mo r e

than

2,800

k ilo me te rs .

Now ada ys

n av iga tion is limite d to s ma lle r boa ts and a long shor ter r ea ch es due to over exp lo ita tion of wa ter , s ilta tion and d a mmin g . Be s id es , con trov ers ia l proj ec t for w ater d ivers ion to anoth er r iv er ba s in s hav e r a is ed h ea ted d iscu ss ion s. Ev en w ith a ma s siv e oppos ition b y th e soc ie ty to th a t proj ec t, con struc tion work s ar e curr en tly b eing c arr ied ou t. On th e o th er hand , s e c tors h av e c la ime d r ecov er ing th e qu a lity of th e r iver a nd its b asin. So me s pr ead and d is so c ia ted initia tiv e s h ave b e en ta ken b y gov ern me n ta l a nd non -gov ern me n ta l ins titu tion s s e ek ing r ev italiz a tion und ers tand ing

of

th e r iv er,

abou t

th is

r ec la iming

wa y a

expos ing

r ive r

b as in,

th e fu zz y a lthough

and so me

c onfus ed of

tho se

in itiativ e s ar e v a luab le a nd n ec es s ar y. Pr e scr ibing env ironme n ta l f lows shou ld b e p ar t of an y in itia tive to r ecov er and r ev ita liz e th e r iv er. How ev er it ha s not b een a ssu me d b y th e pub lic ad min istr a tion as a pr ior ity is su e . Th e S F R Ba s in Mana ge me n t P la n re fer s to th e b en ef its of " ar tif ic ia l f lood ing " in its low er re a ch, th is wa y exp ec ting to re cup era te so me e co log ica l fun ctions and to imp rov e f isher y. I mp le me nting env iron me n ta l f low s s till s ounds a s an "unne ce ssa r y luxur y" to so me , s inc e land and wa ter u se conf lic ts and la ck of a c ce ss to w a ter s till re ma in . Th is po in t of v ie w ind ic a tes th e la ck of sound und ers tand ing abou t ma n ag ing wa ter in a d iff er en t wa y tha n it has b een done , ind eed con sid er ing env iron me n t and e co logic a l is su es a s imp or tant as supp lying w a ter for e cono mic purpo se s. Our und er s ta nd ing is th a t env ironme n ta l f lows mu s t to be add re ss ed a s a v ital and in te gra tiv e appro ach . I t is imp e r a tive to pursu ing su sta in ab ility in th e

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 104

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

u se of na tur a l re sour ces , wh ich me an s re so lving the prob le ms conce rned to land and w ate r ac c es s and th e ir ra tion a l u se , soc io -e cono mic imp rov e me n t bu t main ta in ing and r e cover ing e co log ic a l proc e ss es a s w e ll. A ccord ing to O 'K eef fe (2006) , an e nv iron me nta l f low s r eg ime c o mprises p attern s o f s tre a mf low s w ith ad equa te qu an tity, qu a lity and timing for the lo ca l eco s ys te m, ye t con s ider ing th e mu ltip le u s es of w a ter . Th is me an s tha t to d ef ine ins tre a m f low s in a r ive r, mu ltid is c ip lina r y s tud ie s h ave to b e condu c ted aimin g th e obj ec tiv e o f me e ting the d iv er se us e s of w a ter in qu a litativ e and qu an tita tiv e te r ms , how ever con sid er ing th e e nv iron me n ta l de ma nd s a s a pr ior ity ne ce s s ity. P la ce me n t of d a ms c ause s long itud in a l d is con tinu ity in r ive rs , for ming an up stre a m le n tic env iron me n t and a mo d if ied lo tic env iron me n t down s tre a m w ith a lter a tion on flows v ar iab ility. Th e a r tific ia l control of th e h ydro log ica l d yn amic s ch ange s th e ma g n itude s a nd fr equ enc ie s of longitud in a l, v er tica l and later al f lows , aff e c ting th e en tir e r iv er s ys tem, b o th in th e r iv erb ed its e lf and in f loodp la in s and oxbow lagoons (H enr y, 1999). Th e fr equenc y and duration of th e pu ls e s of f lood and of r ec e ss ion curv es of low -f lows ar e as soc ia ted w ith a nu mb er of ec o log ic a l fun c tions ( Ric h ter et al 1996, 1997, Th e Natur e Cons erv an c y, 2007) : f requ enc y and ma gn itud e of s oil mo is tur e for p lan ts , a s we ll a s th e s tr ess e s und er an aerob ic cond itions ; availab ility of hab ita ts in f loodpla ins for aqu a tic org an is ms ; e xch ange of nu tr ien ts and organ ic ma tte r b e twe en the r ive r and the f loodp la in s ; min e ra ls availab ility in th e so il; av a ilability of fe ed ing, r es ting and bre ed ing ar e as for b ird s ; inf lue nc e on sedime n t tran spor t, on p ar tic le s s ize in ch ann e l s ubs tr a te and on d es ta b iliz a tion of th e subs tr a te (dur ing f lood pu ls es ). Th e mo s t expr es s ive imp a c ts b y th e d a ms on the h ydro log y of th e low er r each of SF R ar e pres en ted in th is p aper . Ba s ed on th es e e le men ts a nd on add itiona l on es ob serv ed by re se ar ch ers in o the r f ie ld s o f know ledge , a d is cu ss ion is don e abou t the ma in ben ef its, f ea s ib ility and cha lle nge s of adop ting env iron me n ta l f low s for th e low er re a ch of RSF in th e con tex t of b as in rev italiz a tion.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 105

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

CAS E S TUDY Th e 631 ,133 k m 2 b a s in of São Fr an c is co River ( SF R) cove rs 7 .4% o f the Br azilian te rr itor y. The r ange from its h e adw a ter s up to its mou th a t th e A tlan tic O ce an is lo c ate d b e tw een the p ar a llels 21 o e 7 o S , wh a t r es ults in enor mou s diff er enc e s in its c lima tic and bio -ph ys ic a l ch ara c ter is tic s.

Th e

b as in h a s 13 million peop le d is tr ibu ted in 464 mu n ic ip alitie s. (ANA /G EF /PNU MA /O EA, 2004). Ra in fa ll r ang es f ro m 350 to 1,900mm o ver its ar e a in nor ma l ye a rs. Th e long- ter m

me a n

a nnua l

“ na tur a l”

f low,

i.e .

no t

tak ing

in to

a c coun t

3

abs tr a c tions, shou ld be 2 ,850 m /s . T h es e me a n annu a l f low s v ar ied b e tw een 1,461 m 3 /s a nd 4 ,999 m 3 /s , fro m 1931 to 2001. Me an mon th ly f lows c an var y b etween 1,077 m 3 /s and 5,290 m 3 /s th rough th e ye ar. F low s a t th e mo u th of S F R us ed to b e gr ea ter th an or equ a l to 854 m 3 /s in 95% of th e time . Th e f lood p er iod b efore r egu la r iz ation u sed to h app en in Ma rch and th e low -f lows us ed to o ccur in S ep te mb er -O ctob er. Th e SF R h as a r e ma rkab le long p eriod o f s tre amf low s h ydrogr aph re ce s s ion (5 to 6 months ) af ter the f lood ing pe r iod. Th e ma g n itude s of low f lows d epend on th e con tr ibu tion f rom a qu if er s in tr ibu tar y c a tch me n ts of the uppe r ma in cours e and c a tch me n ts of th e lef t ma r g in. Bes id e s, th e low f low s re c es s ion u sually h a s v er y little va r ia tion . S RF h as b ee n fr ag me n te d b y d a ms p lanned to g ener a te e lec tr ic ity, mos tly, and a lso for f lood con tro l, ir r ig a tion and w ater supp ly. Cro ss -s e c tional fr ag me n tation a lso h app ened , mo s tly b y d ik es de s igned to prev en t ar ea s fro m f lood ing and a llow ing th e ir in ten s iv e us e for agr icu ltur e. S ev era l cr itic a l ar eas h ave b een re por ted th a t inad equ a te land u se and the lack of enfor ce me n t h av e conduc ted to po llu tion a nd w a ter qu a lity d egrad a tion ( Ribe iro e t a l, 2009 a). Th e S FR h as imp or tan t h ydropow er p lan ts in tribu tar ie s and a long its ma in cours e. In its low er r ea ch a re ins ta lled th e h yd ropow er p lan ts o f th e H ydro e le c tric Co mp any o f S ão F ran c is co (CHE SF) , wh ich is the la rg es t h ydropow er c o mp lex in Br az il ( to ta l powe r = 10,618 .33 MW ; a ccu mu la tion vo lu me o f 49.82 b illion m³ ). In tota l, f ive dams a nd e igh t pow er p la n ts hav e b een cons tru c ted in th e na me d “ sub - me d iu m” a nd “ low er” re a che s of th e r iv er , s trong ly a ffe c ting th e riv er in th is r eg ion and down s tre a m ( F igure 1). T he r e is ano ther large h ydropowe r p lan t lo ca ted in th e upp er SF R, th e Trê s Mar ias (15

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 106

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

b illion m³ ) op era ted b y th e Co mp anh ia En ergétic a d e Mina s G er a is (CE MIG ), bu t tha t h as no t ver y s trong eff ec ts on the h ydro log y of the c as e s tudy r eg ion ( Figu re 1). Infor ma t ion a bou t th e hydropow er p lan ts o f the CHE SF s ys te m a r e pr es en ted in Tab le 1 . Table 1 – Hydropower plants’ characteristics – “Sub-Medium” and “lower” reaches of SFR.

Ba Pe/Ba Ba/Al

Installed capacity (MW) 1,050 1,500 400

Reservoir volume (106 m3) 34 11 1

Paulo Afonso complex

Ba

3,885

0.1

Xingó

Al/Se

3,000

1

Power plant

Position (state*)

Sobradinho Itaparica Moxotó

Construction beginning

Operation beginning

1973 1979 1971

1979 1988 1975 I- 1955; III- 1948; II-1955; 1961; IIIIII-1967; IV-1972 1971; IV-1979 1987 1994

* Note: Ba = Bahia; Pe = Pernambuco; Al = Alagoas; Se = Sergipe state

S in c e th e riv er b a s in h as a v er y larg e te rr itor y, lo ca l ch ar ac ter istic s, cons erv a tion s tatu s and d egr ada tion cond ition s v ar y in te ns iv e ly. Th ere a re h igh ly imp ac ted are a s, mo s t of th em r e su lting fro m urb aniz a tion and la ck of infr as truc tur e, de fore s ta tion an d poor land use pr a c tic es , and in ten s iv e w a te r u se abov e a ll for irr ig a tion. In c on tra s t, it is s till pos s ib le to f ind so me s o mehow pre s erv ed spots tha t shou ld b e pr io r ity fo r cons erv a tion progra ms .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 107

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

Study area for environmental flows

LABELS Hydropower plant Water divide Streams States limits

Figure 1 –São Francisco River basin and hydropower plants (> 30MW) Fonte: ANA/GEF/PNUMA/OEA (2004)

I t ha s to b e a ddr es sed th e long - term in ten tion of d iver ting w a ter f ro m S FR to ano ther riv er ba s ins , th a t hav e b een expr ess ed in d if fer en t de s ign proj ec ts th at u sua lly hav e b e en c ons id er ed a s unf ea s ib le techn ic a lly and e conomic a lly. Th e ide a w as on ce aga in brough t to the fed er al ad min is tr ation ag enda and it is curr en tly und er con s tru c tion, with a c ap ac ity of d iv er ting up to 127 m 3 /s to w ater sh eds of th e nor th ern r eg ions of th e Bra z ilian nor th ea s t. Mo s t of this w ater w ill b e us ed for irr ig a tion, indus tr ia l and aqu icu ltur e, d esp ite pro mis e s of so lving th e la ck of ac c es s to dr ink ab le w a ter for th e pop u la tion. This is one of th e r e ason s in add ition to th e h igh cos ts of th is proje c t th a t led to g re a t oppo sition b y th e so c ie ty. A s comp e ns a tion to th is proj ec t a r evita liz a tion progr a m of th e r iver b as in w a s cr e ate d. How eve r the ac tion s re su lting fro m th is progr a m hav e b een so fa r spre ad and no t in tegra ted . A w a ter re sour ce s ma na ge me n t f rame w ork h as a lre ad y b ee n de lin ea ted for th is imp or ta n t r iv er ba s in. Th er e is a Riv er Ba s in Committe e in te gra ted b y r epr es en ta tiv es o f the pub lic ad mi n is tra tion , u ser s and co mmu n itie s, w ith the

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 108

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

purpo se o f d ea ling w ith th e prob lems r e la ted to th e w a ter r esour c es o f th e S FR. I t h as be en a n adv an ce in ter ms of pu tting tog eth er conf licting se c tor s of the s ociety and c re a ting a foru m f or d is cu ss ion and agre e me n ts . One o f the du ties of the River Ba s in Co mmitte e is to d is cu ss and a ppr ove th e Riv er Mana ge me n t P lan, a lthough th e Committe e is no t an exe cu tiv e orga n iz a tion . Ex e cu tive action s in th e r iver ha ve to b e c ar r ied ou t b y the N ation a l W a ter Ag enc y (ANA) its e lf o r in ar ticu la tion w ith s ta te s and mu n ic ip al ad min is tr ation s. In th e a bove br iefed con tex t of th e S FR ba sin th a t h as b e en condu c ted in itiativ e s for r ecov er ing the qu a lity of th is imp or tan t str ea m. Th is wa s the mo tiv a tion for fund ing a nd ca rr ying on th e proj ec t con c erne d to env iron me n tal f low s and addr es sed in th is a r tic le

M ETHOD OLOGY I t ha s to be e mph as ize d th a t th er e a f ew and ver y in itia l expe r ien ce s r elated

to

e nv iron me n ta l

f lows

in

Bra zil.

The re

is

no

r ea l

case

of

imp leme n ta tion of su ch proc edur e. Add itiona lly, in te rna tion a l expe r ie nc es on th is the me h ave be en fr equen tl y con cern ed to r iv er s and b as in s mu ch s ma lle r th an th e S FR. Man ag e me nt of w a ter bod ies involv es d ea ling w ith a bro ad s e t of is su es th at requ ir e e xper ts fro m d if fer ent f ie lds of know ledge . A mu ltid isc ip linar y r es earch ne twork w as for me d with th e purpo se o f sta r ting s tud ies for pr es cr ib ing e nv iron me nta l f low s for the lower r ea ch of th e S ão Fr an c is co River ( SF R), fund ed b y the Na tion a l Counc il of S c ien tif ic D eve lop me nt ( CNPQ). Th e re s ear ch n e twork w as co mp r is ed b y n in e p roje c ts in th re e sub -n e tworks: (1) h ydro log ica l asp ects ; (2) limno log ica l and e co log ica l asp e c ts ; and (3) s ocio - e conomic a sp e c ts. H ydro log ical sub -n e twork w as in tegr a ted b y thr ee proj e cts d ea ling w ith : h ydro log y, h ydrod yn a mic s and g eomo rpho log y issu e s. Bio log ic a l/ec o log ic a l sub -n e twork w a s co mpr is ed b y four proj ec ts dea ling w ith :

r iv erin e

ich th yof auna

and

b en thon ic

o rgan is ms,

r ipa r ian

w e tland

b en thon ic org an is ms , r ip ar ian we tla nd ich th yof auna , and limn o log y of r ip ar ian w etland s. So c io - economic s ub -n e twork h ad two proje c ts, on e d e a ling w ith e cono mic produ c tive c ha in s and th e o th er d ealing w ith soc ia l par tic ipa tion.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 109

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

E a ch proj ec t h ad its s pe c if ic obj ec tiv es , how ev er a ll of th em w er e s uppos ed to d ea l w ith s pe c if ic is su es h av ing in m ind the g lob a l obje c tiv e of analyz ing th e w a ys , th e g a in /loss e s and the f e as ib ility of pr e scrib ing an d imp leme n ting env ironme n ta l f lows . Mos t of th e proj ec ts had to gen er a te a ll th eir pr ima r y d a ta s in c e th er e is a gr eat limita tion of av a ila b le informa tio n th a t c ou ld fu lf ill th e requ ir eme n ts for th e

in tende d

gov ern me n ta l

s tud ie s. s ec tor s

Innu me rab le and

non -gov ern me n ta l

co mp an ie s

were

con tac ted

organ iz a tion s for

da ta

and

min ing.

Infor ma tion, wh en eve r it e x is ts, is in gen era l ver y limite d and no t ea s ily avai lab le . S ev era l

jo in t

f ie ld

trips

we re

c ar r ied

on

by

th e

proj ec ts’

te a ms ,

cons titu ting r ich mo me n ts for tr ans -d is c ip linar y exp er ienc e s. Howeve r, e a ch proj ec t had its own sche du le and pa c e. By th e end of th e s tud ie s, in itia l es s en tia ls for a p roper me th o do logy to be app lied to S F R wer e exp ec ted to b e de lin ea te d. As mu ch as th e s tud ies w er e ab le to progr es s, an initia l propo s ition of env iron me n ta l f low s w as exp ec ted to b e ind ica ted as we ll. Th e p roces s c a rr ied ou t b y the re se ar ch te a m e nded up as s imila ting a nd app lying mu ch o f th e fr a me work e s tab lish ed b y th e Bu ilding Block Me thodo log y (Th ar me e King, 1998) , s in c e it is f lex ib le to ma ke adjus tme n ts and to con sid er p ar ticula r itie s of th e ca se s tudy. In th is a r ticle , e mph a s is is g iv en to the r esu lts ob ta ine d b y the h ydro log y proj ec t. Th is proj e c t b as ic a lly d e a lt w ith h ydro log ica l r ecord s of pr e cip ita tion, s treamf low s

and

s tage s,

app lying

s ta tis tic a l

ana lys is

fo r

inve s tig a ting

h ydro log ical a lter a tions and fo r id en tif ying a r efer en ce r eg ime . A r ef eren c e r eg ime is ne c es s ar y to gu ide environ me n ta l flow s ana lyse s and pr esc r ip tion , and it w as und ers tood a s th e h ydro log ica l b eh av ior of the r iv er pr evious ly to d ams ’

cons truc tion

(pr e - imp a ct).

Th e

IHA

(Ind ica tors

of

H ydro log ica l

A ltera tion) s ta tis tica l s ys te m p ropo sed b y Rich ter e t a l. (1996, 1999) wa s u tilized for th e an a lys es of mor e than 30 h ydro log ica l p arame te r s . Addition a lly a pro cedu re f or d iscr imin a ting d ata ( Gen z and Lu z, 2010 ; s ub mitted ) a c cord ing to clima tic c ond itions in th e b as in w as app lied. Su ch proce dur e a ims to avo id confus ion be twe en c au se s of h ydrolog ica l v ar ia b ility, e ithe r due to r egu la tion b y d ams or du e to c lima tic ch ar ac te r is tics of th e year .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 110

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

R ESU LTS Hy dro log ica l a lt e rat ion s So me b r ie f r esu lts of th e h ydro logic a l an a lys es a re pr es en ted in o rde r to p er mit to th e r e ader an ov erv iew a bou t so me a lter a tions of the s tre a mf lows r eg ime in Sã o Fr an c is co Riv er. Th e av er age annu a l inf low s to th e Sobr ad inho re s ervo ir and th e timing of ins talla tion of th e h yd ropow er p lan ts in sub - me d iu m and low er r e ach es of S ão

6000 Sobradinho Três Marias

PA-IV

5000 Moxotó Xingó

Discharge (m³/s)

Itaparica

4000

PA-I

PA-II

PA-III

3000

2000

1000

0 1935

1940

1945

1950

1955

1960

1965

1970

1975

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

SFR

Francisco River (SFR) are shown in Figure 2. F i g u r e 2 - A v e r a g e a n n u a l i n f l o w s t o S o b r a d i n h o r e s e r v o i r a n d t i m i n g o f d e p l oy m e n t o f h y d r o p o w e r p l a n t s ( i n d i c a t e d by a r r o w s )

Th e F igu re 3, b e low, de p ic ts the dis ch arg e time s e r ies o f a ga ug ing sta tion ( Traipu ) p lac ed down s tre a m to th e s ys te m of hydropow er p lan ts. A s it c an b e ob serv ed the re is an evid en t ch ange in the beha v ior of th e s tre a mf lo ws s tar ting b y the end of th e 1970’s . Th is oc c as ion is r e la te d to th e b eg inn ing of op era tion of

Sob rad inho

d a m,

th e

mo st

s ignif ic ant

r es ervo ir

in

ter ms

of

r iv er

r egu la r iz a tion. Af terward s two addition a l d a ms w er e bu ilt: I tap ar ica and X ingó ( Figu re 2) . Co lors in th e g raph show s d if fere n t f low cond itions ( low -f low s, cr itica l low -f low s, s ma ll f lood s, larg e f lood s and p eak f low s) of env iron me n tal and eco log ic a l impor tan ce .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 111

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

Figure 3 – Records of average daily discharges downstream the hydropower plants (Traipu gauging station)

Th e g raph in F igure 3 e xpr es se s no t on ly regu lar iz a tion e ff ec ts b y th e r es ervo ir s bu t c lima tic c ond itions as w e ll. Th is w a y, in o rd er of no t confu s ing r egu la r iz a tion w ith c lima tic e f fe cts , ana lyse s w er e c arr ie d ou t pe rfor ming a s ep ar a tion of th e d is ch arg e r ecord s a c cord ing to h ydro log ic a l cond ition s of the b as in du e to c lima tic c ir cu ms tan c es. Th is cr iterion w as applie d to the an a lys es of s ev era l h ydro log ical par a me te rs . In F igure 4 the gra phs a re se par a ted accord ing to th is cr iter ion, show ing co mp ar is on b e t we en p re and po st - imp ac t for dr y, me d iu m, we t and v er y w et c ond itions of the b a s in. Sobr ad inho d a m d ep lo yme nt (1979) w as a s su me d a s th e s tar ting mo me n t tha t ma j or imp ac t w as inf licted to th e h ydro log ic r eg ime . If a c lo se a tten tion is g iv en to th e gr aphs in F igure 4, s o me how it is po ss ib le to no tice th a t b es id es th e c hang es in ma g n itude of low and h igh f low s, th e timing in wh ich th e mo s t c r itica l ev en ts o c cur a lso ch ang ed. O th er p arame te r s no t p re sen ted in th is pap er a lso conf ir m th e c hang e in th e timin g o f th e ex tr e me ev en ts in add ition to o ther c har a c ter is tic s su ch as : r a te of h ydrogr aphs’ as cen s ion and r e ce ssion, nu mb er of r ever sa ls in h ydrogr aphs , nu mb er and dur a tion of s ma ll f lood s, and dur a tion of th e low f lows . In w e t and v er y we t ye ar s the f luv ia l r eg ime ge ts c lo ser to p re - imp a c t cond ition, s inc e r es ervo ir s ge t fu ll c ap ac ity, w a ter a b s tra c tions a re s ma lle r and ju s t r ou ting mo s tly c aus e s ef fe c ts in s tr e a mflow s. A ll th es e h ydro log ica l asp ec ts h ave

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 112

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

aff ected env iron me n ta l me c h an is ms and proc es s es : eros io n and sed ime n ta tion, f loodp la ins inund a tion, f lux es of org an ic ma tte r and orga n is ms , p rov is ion of nur ser y, shelte r and f eed ing h ab ita ts for f ish, amo ng o ther s.

Env iron men tal im pacts A lthough so me und en ia b le so c ie ta l b ene fits h av e ex is te d, con s ider ab le env iron me nta l deg rad ation and ec o log ic a l lo ss es h av e r esu lted fro m th e s tructur e s bu ilt in the r iv er and th e ir op er a tion.

(a) Dry years

(b) Average years

(c) Wet years

(d) Very wet years

Figure 4 – Monthly averaged discharges – Pre and post-impact for different climatic hydrological condition of the river basin

Add ition a lly to h ydro log ica l cha nge s, p la ce me n t of d ik es a long the mar g in s of th e r ive r has prev en ted r iv er -f loodp la in in ter ac tions, a cc en tu a ting prob le ms rela ted to orga n ic ma tte r a nd nu tr ien t tr anspor t a nd mov eme n ts b y th e aqu a tic faun a. A s a n aggr ava tio n, r ip ar ian veg e ta tion ha s be en re mo ved long ago. Ca llis to e t a l. (2009 ) and Go me s e t a l. (2009) pr es en t r esu lts th a t

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 113

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

conf ir m tha t th e r ipar ian lagoons of S ão F ran c is co Rive r ar e imp or tan t eco log ica l re fuge e for th e aqu a tic b io ta, and emp h as iz e tha t b en tho n ic ma c ro inv er teb ra tes shou ld be p ar t of th e c r iter ia for e nv iron me n ta l f low s de f in ition . Go mes e t a l. (2009) a lso e mph as iz es the e conomic i mp o r tan ce o f thos e la goons cons id er ing f ish produc tion and f is her ies a c tiv ities b y loc a l popu la tion. Peso and Zan a t a (2010) co mmu n ic a ted a s yn th es is of r esu lts for f ish , pr es en ted in T ab le 1. Table 1 – Past and current condition of the ichthyofauna of the lower reach of São Francisco River (Peso and Zanata, 2010) Aspect

Past condition

Current condition

1. Number of species

Presumably, about 90

About 50 (most rarely captured)

2. Trophic structure

3. Reproduction

Diverse: carnivores, herbivores, omnivores, iliophagous, planktophagous, etc Reproductive cycle related to flooding and riparian waterlogging; significant presence of fry and juveniles.

4. Quantity/diversity of habitats

Wide diversity: riparian refuges, holes in the substrate, etc.

5. Salinity

Tidal influence restricted to areas in the estuary and near to mouth; marine species restricted to the very lower reaches.

6. Water color

Variable; muddy at certain times: ideal for reproductive and feeding aspects.

7. Exotic species

Absent.

8. Endemic species

Abundant (Pirá, Dourado, Matrinchã, etc).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Restricted: omnivores, iliophagous Impossible or difficult for most species; absence of fry and juveniles. Low diversity: sedimentation and riparian vegetation removal resulting in no shelters. Tidal influence advancing upstream; marine species reaching upstream areas. Constantly clear, nutrient-poor and detrimental to certain species of siluriforms. About five introduced, i n c l u d i n g p r e d a t o ry (Tucunaré, Apaiari, Tambaqui, etc). Endangered.

Página 114

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

9. Commercial species

Several, with high commercial value (Dourado, Surubim, Mandis, Matrinchã, etc)

Few generalists, with low commercial value. Restrited to Chira and Piaus.

S in c e th e hydro log ic and s ed ime n t d yna mic s in the low er r ea ch of the r iver w as ex tre me ly a ltered . D a ms wo rk a s sed ime n t and nu tr ient tr aps, tr ans for ming th e qu a lity of the wa ter re le as ed to down s tr eam. S o lid d is ch arg e d a ta s how a d ecr eas e o f abou t 90% of i t be twe en the 70’s and la te 90’ s (d a S ilv a e t a l. , 2002). Forma tio n and immo b iliza tion of s andb anks in s tre a mb ed h ave b e en no ticed , r estr ic ting r iv er s tr ea m in to n arrow cha nne ls. Thus , n av iga tion is now p ar ticu lar ly re s tr ic ted to ver y s ma ll boa ts. On th e o th er hand, op era tion s b y the h ydropow er p lan t of X ingó ( th e mo s t down stre a m) h as be en c aus ing high fr equ enc y os c illa tions on w a ter lev e ls th a t hav e be en r epor ted a s th e c au se of in crea sed str ea m b a nk e ros ion and, in con sequ enc e, aug me n ted s ilta tion of s tre amb ed (Fon tes , 2010). Th e sed ime n t budg e t a t the r iv er mou th is now to tally unbala nc ed, trans for ming r iv er -o ce an re la tion sh ip. Be c aus e the f luv ia l eff lu en t b eha ve s e ffe c tiv e ly as a g ro yn e, re ta ining in th e updr if t s id e se d ime nts tr anspor ted shor ew is e b y th e long shore curr en ts (Do mingu e z, 1996), the s ed ime n t d is ch arg e r edu c tion (O liv e ira e t a l, 2003) and flood f low dis ch arges mag n itude a nd du ra tion r edu c tion, le ad to to tally unb a lanc ed s ed ime n t budget at th e r iv er d e lta. A s a r e ma rk ab le illu s tr a tion, the sho r e lin e eros ion a t south por tion of th e r iver de lta co mp lete ly d e s tro ye d th e v illag e o f Cab eç o so me year s ago (S ilv a e t a l 2002, O live ira e t a l, 2003 ). T rad ition a l f ish er y ac tiv itie s h av e b een limite d b y sto cks d ep letion, r esu lting in imp ove r is h men t of lo c a l popu la tions w ith con seque n t soc ial rup tur es . Mo st f ish er me n h ad to ad ap t to anoth er a c tiv itie s wh enev er it wa s po ss ib le. Th e one s tha t d id no t h ave such oppor tun ity or ev en ab ility of as su ming n ew role s h ave in g en era l go t in to a de grad ed w ay of liv ing.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 115

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

Env iron men tal f lo ws In

the

proc e ss

of

inv es tig a tion

a nd

def ining

th e

f ir s t h ydro log ica l

b ench ma rk s a s soc ia ted to b io log ic al and soc ie ta l n e ce ss itie s, it w as re infor ced th at r ive r dyn a mic s p lays a fund a me n ta l ro le for imp rov ing env iron me n ta l and eco log ica l fun c tions. Th is urg es an e du ca tion a l p roc es s a mong te chn icia ns and man ager s s in ce ma n y s till th ink that min imu m, f ix ed -v a lue, a mo un t of in stre a m d is ch arg e is enough for env iron me n ta l purpo se s. Su ch poin t o f v iew is ba sed on limite d und ers tand ing abou t env iron me n ta l pro c es se s. F igur e 5 dep ic ts two v er y in itia l d es ign s of e nv iron me n ta l f lows in ‘ ave rag e’ and ‘dr y’ h ydro climatic cond itions of the r iv er b as in.

Figure 5 – First draft of patterns of environmental flows for the lower reach of São Francisco River – Monthly averages.

Th e e stima te s o f the va lue s of d is ch arg es for p a tterns of env ironme n ta l f low s w er e d ef ined b y a mu ltid is c ip lin ar y g roup of me mb ers of th e r esearch n etwork. Ea ch exp er t u sed th e b es t of h is/h er unde rsta nd ing abou t r iver cond itions (d ep th, s tag e, f lood ing ar ea s, f low v e loc ity or d is ch arg e) to re la te w ith so me s p ec if ic environ me n ta l pro ce ss o r cond ition. I t w as no t an e a s y ta sk to so me p artic ipan ts due to d iff er en t p er cep tion s and ba ses of th e ir fie lds o f know ledge .

How eve r

a

b as ic

a nd

in itia l

c ons ensu s

r esu lted

in

a

f ir st

approx ima tion tha t se ek to guar ante e se ason ality ( low and h igh f low s) and d is ch arg e pe ak s and timin g , wh ich cou ld prov id e p ar tia l r ipar ian f lood ing and w ash of f e ff ec ts. I t was def in ed for d if fer en t h ydr i c- c lima tic cond ition s (we t, aver ag e and dr y) s in c e it wou ld no t ma k e s en se to prov id e env iron me n ta l f lows

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 116

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

too d iff er ent fro m th e flow s tha t na tura l c lima tic and h ydro log ica l v ar iab ility wou ld ma ke a va ilab le . Be s id es, th is tak es in to c ons id er a tion th e n e ed of h av ing f eas ib le s toc ks o f wa ter in re se rvo ir s to me e t go a ls, bo th for hu ma n use s a s for th e “us e b y th e n a ture ”.

D ISCUS SION AND CONC LU SION F ir s t ins igh ts abou t the po ss ib ilitie s of pr es cr ibing env ironme n ta l flo ws for th e lowe r re a ch of the S ão Fr ancis co Riv er ( SF R) w er e id en tif ied b y th e r es earch ne twork . I t w as le arn ed tha t the s ys tems o f d a ms , th e non - susta inab le u se of w ater and land, la ck of s an ita tion inf ras truc tur e in towns , a mong o the r cau ses, have c onduc ted th e r iv er to a h igh ly a lter ed cond iti on w ith profound n egativ e env iron me n ta l a nd e co log ica l cons equ enc es . So me ma j or le s sons taken ou t fro m th is p roc e ss ar e refe rr ed b e low. A s me n tione d b efor e, the SF R Man ag e me nt P lan ha s iden tified and as su me d th e u rgen t ne ce s s ity of “ ar tif ic ia l f lood s” in the low er r e ach o f S FR. Su ch f loods h av e, the n, to be pr es cr ib ed w ith in a mo r e co mpr ehen s iv e gu id eline

d es ign ed

to

prov id e

e nv iron me n ta l

f low s,

i.e .

me eting

o ther

h ydro log ical c h ara c ter is tic s of impor tanc e be s id es f lood ing and prov id ing w ater for huma n u s e s as w e ll. Th e effor ts ma d e b y the re se ar ch te a m c ondu cte d to a v ery in itia l dr af t of env iron me nta l

f lows ,

r ef lec ting

pr ec au tion,

s inc e

s ev er a l

limita tio ns

con tr ibu ted to no t r eac h ing a mor e re liab le le ve l of und ers tand ing of th e env iron me nta l and eco log ica l proc es s es and th e r e la ted h ydro log ica l nee ds. A mong the me n tion ed limita tio ns , th e lack of infor ma tion and d a ta pr ev ious to th e d a mmin g of the rive r is th e mo s t p roble ma tic issu e. Th is ma k es d iff icu lt to e s tab lish a r ef eren c e cond ition of th e r iv er. Th is is esp e cia lly true for the co mpo sition , s tru c ture and fun c tion of th e eco s ys tems . I n te rview s w ith elder f isherme n w er e th e w a y to g e t infor ma tion abou t o ccur ren c e of f ish s pecie s, how ever it h as b een no tice d th a t th ere a r e s ign ific an t unc er ta in t ie s in s uch in for ma tion. H ydro log ica l re cord s r ef er to th e 30’ s of la s t cen tur y, bu t th ey are r estr ic ted to pre c ip ita tion, s tag es , d isch arge s and a f ew cro ss -s e c tions of the s tr eamb e d. No infor ma tion abou t w a ter qu a lity, fo r ins tan ce , is a va ilab le for the pre - imp a c t p er iod.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 117

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

D ea ling w ith a mu ltidisc ip linar y tea m w a s an e xc iting cha lleng e, how ever expos ing the inh eren t d iff icu ltie s for an e ffe ctiv e jo in t re s ea rch proc e ss . The d iff er en t v is ion s in add ition with limite d f amilia r ity with e co -h ydro log ica l is su es c lea rly li mite d th e ou tco me s , a lthough turn ing in to a v a lu ab le le arn ing exper ien ce . Ev en the langu age , v ic iou s of te chn ica l and s cie n tif ic ja rgon s, had to

be

mi n ima lly

e qu a liz ed

in

ord er

to

i mp rove

c o mmu n ica tion

and

und ers tand ing a mong the p ar tic ip ants . Th e se e le me n ts pr es ente d abov e e xpre ss some d iff icu ltie s th a t exis t in ord er to h av e a con s iste n t pr es cr ip tion of env iron me n ta l f low s for th e lower S RF. How ev er ea ch c as e ha s to be d e a lt w ith in th e con s tra in ts imp ose d b y th e r eality. Th is w a y, def in ing an in itia l sch e me of env iron me n ta l f lows is to ta lly v iab le

and

shou ld

be

und er stood

as

some th ing

tha t

r equ ir es

con s tan t

imp rov e me nt in an ad apta tive man ag e me n t pro ce s s. Env iron me nta l f low s h ave ga in ed imp or tanc e in th e a gend a of s o me gov ern me n ta l

and

soc ie ty’ s

in stitu tions ,

thu s

rep re se n ting

a

hop eful

p ersp e c tive s in ce the a c c ep ta tion of th is issu e h as then s tar ted . Obv ious ly, th ere is no c ons ensu s ye t abou t its a c tu a l me a n ing a nd abou t w a ys fo r imp leme n ting it. Po litic a l is su es con c erned to w a ter ma n a ger s ar e a lso a cons tr a in t, s in c e th e y ar e f requ en tly a s s ign ed to th e ir du tie s ba sed on po litic al cr iter ia ins te ad of technic a l sk ills. Add ition a lly, po litic ians g en era lly la ck lon g ter m v is ion, wh a t is fund a me n ta l in r iv er reh abilita tion . In s titu tiona l is sue s a lso hav e to b e con s ider ed in th is conte x t. Th e ma jor conf lic t and d ispu te in th e reg ion, a mo ng o th er s, are a s soc ia ted to th e lo caliza tion o f th e ir riga ted pe rime te rs and the h yd ropower p lan ts. Domin gu es (2006) po ints ou t th a t org an iz a tion s such a s CODEVA SF (Co mp an y for th e D evelop me nt of São F ra nc isco and P arna íb a V a lle ys) and CH ES F th a t h ave coord ina tion and re spon sib ility ove r tho se wate r u se s h ave a c ted in a w a y th a t r eveal a c er ta in in s titu tion a l in er tia as to th e adap ta tion to the r equ ired chang es b y th e pr e sent in s titu tion a l p ictu re . T he au thor a lso aff irms th a t CODEVA SF a nd CH ESF no t a lw ays a c t a round a conv erg enc e th a t mig ht op timiz e the us e of the r esour c es , a lso expre s sing an in s titu tion a l frag ility for th e es tab lish me n t of a hor izon ta l coord in a tion n ec es s ar y to th e r eg ion. S in c e in terve n tions in th e r iv er b asin and in the riv er its e lf r equ ire putting s tak eho lde rs tog e ther , th e s trong and unb a lance d inf lu ence of the h ydropow er

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 118

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

s ector ov er o th er w a te r u ser s g en era te so me d iff ic u ltie s for an e qu itab le pro cess . Suc h unba lanc e is a lso ob serv ed in th e wa ys in wh ich s oc ie ty r epr es en ta tiv es c an expr es s th e ms e lv es, ev en ins id e th e Rive r Bas in Committe e of SF R. Econo mic a lly s tronger s tak eho lder s us ua lly h ave mo r e pow erfu l and ar ticu la te d w a ys to expr es s the ir in tere s ts . Th es e fa c ts , b es id es th e pr iv ate in teres ts , inc re a se th e diff icu ltie s for agre e me nt on trad e -off s and co mpro mis e s amo ng s take ho lder s. For ins tan ce , adop tion of environ me n ta l f low s r equires chang es and ad ap ta tion of cu rren t ope ra tion al ru les of th e re se rvo irs , in p art alter ing th e h ydropow er produ ction . A mor im e t a l. (2009) pr es en ted s imu la tion and ana lyses a bou t co mpro mis e s betw een env iron me n ta l f low s and h ydropow er produ c tion. Th e au thor s e s tima ted th a t lo ss es in power g e n era tion cou ld reach up to abou t 30 % in the S RF h ydropow er s yste m d e pending on th e a dop ted env iron me nta l f lows’ sc he me . Addition a lly, in ord er to prov id e env iron me n tal f low s

s ev er a l

techn ica l

is sue s,

b es id es

op era tion a l

ru les ,

h av e

to

be

cons id er ed. H ydr au lic s tru c tur es of the d ams ma y h av e to b e ad ap ted for con tro lling f low s prop er ly and p ersonn e l mu s t b e tr a in ed for new mu ltipurpo se op eration a l s ch e me . A mong o ther is sue s th at ma y s till c o me in to min d , th ere a r e un ce r tain ties abou t ac tu al w a ter ava ilab il ity to me e t th e r equ ir e me n ts of env iron me n ta l f low s du e to cu rren t and po ten tia l wa ter us e s, in add ition to th e p ersp ec tiv es r elated to clima te c h ang e. Ribe iro (2009b), in tend ing to an a lyze the annu a l w ater s to cks in the s yste m, c a ll a tte n tion over th e f ac t o f th e ir d ep letion ov er th e ye ars , wh a t cou ld con s tr a in produ c tion of h ydrogr aph s of th e pr es cr ib ed env iron me nta l f lows . Add ition a l surv e ys , s tud ie s and more pre c is e da ta abou t curr en t d iver s ions ar e ne ed ed fo r be tter ev a lu ations . F in a lly, dea ling w ith a la rg e a nd h igh ly i mp a c ted r iver ma d e th is exper ien ce d iff er en t fro m s ev er a l o th er c as es found in the liter a ture . A lso the case

r equire s

sp ec if ic

me thodo log y

and

pro cedur e s

for

p re sc r iption

of

env iron me nta l f low s. I.e ., me th ods mu s t be appropr ia te to th e lo c a l cond itions and to re sour ce s av a ilab ility. S ev er a l con s is ten t me thods c urr en tly app lied for d ef in ing env iron me n ta l f lows ar e ba sed on e co log ica l ind ic a tor s o r /and unp er turb ed r iv er conditions . H enc e , ca se s invo lv ing larg e r iv er s lik e S FR s hould h av e a s trong er fo cus on ma c ro -pro ce sse s in s te ad, a lso fo cus ing on the pro cess e s or ch ara c ter is tic s tha t ar e id en tif ied as mo s t re lev an t or of ma jor

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 119

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

in teres t ( e.g. , carbon f low s, nu trie n t c yc ling, b io tic as s e mb lage d iv ers ity, as sur ing r ip ar ian stand ing crop , an d f ish produ c tiv ity). A lso irre ver s ib le imp acts to th e r iv er ha ve to be id en tif ied and tak en into cons id era tion for d ef in ing s tra teg ies for a n ew improv ed and f eas ib le s ta tus.

ACKN OW LEDG EM ENTS Au thor s a cknow ledge th e suppor t b y th e Br az ilian N ation a l Coun c il for S cien tif ic and T e chnolog ica l D eve lop me n t (CNPQ – Con se lho N ac iona l de D es envo lv ime n to Científ ico e T e cno lóg ico) and b y the Fe der a l Un ive rs ity of Bah ia (UF BA – Un iver sid ade F edera l d a Bah ia).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 120

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

R EF ER ENC ES A MO RI M, F . B. ; LUZ , L . D . ; G ENZ , F. 2009. I mp a c to d a ado ção d e v a zões eco lóg ica s no b a ixo cur so do r io S ão F ran c isc o sobr e a g era ç ão h idr e lé tr ic a. In : XVI II SI MPÓ SIO NA CIONA L D E RE CURSO S HÍDRI COS , 2009, Ca mpo Gr ande . Ana is ... Po r to A legr e : A BRH, 2009. ANA /G EF /PNU MA /OEA. 2004. P lano d e cena l d e re cu rsos h ídr icos da ba c ia h idrog rá fica

do

r io

São

F ranc is co



(2004 -2013) .

Módu lo

1.

Re su mo

Ex ecu tivo. P roje to de G eren c ia me n to In tegrado da s A tivid ade s De senvo lv id as em terr a n a b ac ia do S ão Fran c isco - Subproj e t o 4 .5C. S a lv ador. CAL LIS TO,

M. ;

REGINA ,

D;

GO MES ,

V.

2009.

Macro inv er teb rado s

b en tôn ico s b io ind icador es de qualid ade de á gua : sub s íd ios pa ra a v azão eco lóg ica no b a ixo r io S ão Fr anc is co.

In : XVII I SI MPÓS IO NA CIONA L DE

RE CU RSO S HÍD RI COS, 2009, Camp o Gr and e. Ana is. ..

Po rto A legre : A BRH,

2009. d a SILV A, F .R. ; DOMINGU EZ, J . M.L . ; BI TT ENCOURT , A . C.S .P . 2002. Evo lu ç ão da D es e mbo ca dura do Rio São Fr anc is co no s último s 45 ano s. In : Congr es so Br as ile iro de G eo log ia , 41 ; Jo ão Pes so a. Ana is.. . João P e sso a : SBG , 2002.

DO MINGUE S, Rita A . 2006. A spe c to s ins titu c iona is da ge s tão do s r ecur sos h ídr icos : o c a so do Sub mé d io São Fran c isco. 193 f. Te s e (Dou tora do e m G eogra f ia) – Un iv er s ida de F eder a l do Rio de J an e iro, CCMN, Rio de J an e iro, 2006. DO MI NGUE Z, J . M.L . 1996. Th e S ão Fran cis co s tr andp la in : a par ad ig m for w ave-do min a ted d e ltas? Geolog ica l So c ie ty, London , Sp ec ia l Pub lic a tions, 117 : 217 -231. FON TE S, Lu iz C. 2010. Re su ltados do p roje to “ Mod e lage m d o s p roc e sso s e p arâme tr os h idro sed ime n to lóg icos e geo mo rfo lóg icos par a av a lia ção d as va zõe s eco lóg ica s ”, Un iv ers id ad e F eder a l d e S erg ipe , Red e E coV az ão. Comu n ic ação p es soa l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 121

ENVIRONMENTAL FLOWS AS ONE OF THE STEPS FOR ATTAINING A MORE SUSTAINABLE MANAGENT FOR SÃO FRANCISCO RIVER, BRAZIL

GE NZ, F. ; LU Z, L. D. 2010. Cons id er ing c lima ti c v ar iab ility e ffe c ts on the char ac ter iz ation of ref er enc e or natur a l s tr ea mf low r eg ime : me th odo log y and app lic a tion. Pap er sub mitte d. GO ME S, V.Â.A . ; OLIVE IRA , D. R. ; SAN TOS , M. ; PO MPEU, P.dos S. ; ALV ES , C. B. M.; CAL LIS TO, M. 2009. I mpor tânc ia de ma c ro inv er te brado s b en tôn icos co mo ite m a lime n tar da d ie ta de pe ixe s d e lago as ma r g ina is no b a ixo r io São F ran cis co. In : XVIII S IMPÓSIO NA CIONAL D E RE CU RSO S H ÍD RI COS, 2009, Ca mpo G rand e. Ana is ... Po r to A legr e : ABRH. HE NRY , R. ( ed.) . . 1999. E co log ia d e R e se r va tór io s : E s tru tur a, Fun ç ão e A spec tos Soc ia is. Bo tu ca tu : Fund ib io ; Fap esp . O’K EE FFE , J . 2006. Wha t ar e env ir onmen ta l flo ws? ba c kgr ound and ra tiona le . D elf t, Th e N e ther land s. D isponív el e m: < f t p ://f tp. ih e.n l/Ja y/> . A c es s: 17 ma y. 2006. OL IVEI RA,

A.

M. ;

HE RNANDE Z,

A .O. ;

S EGUNDO,

G .H. C. ;

SAN TOS

J ÚNIO R, R.C. 2003. A mo r te do d elta do Rio S ão Fr an c isc o. In : II Congr es so Sob re o P la nej a me n to e G es tão d a Zon a Co ste ir a do s P a íse s d e E xpre ssão Po rtugu e sa . Ana is ... Re c if e, P E, 2003. P ESO ,

Ma r len e ;

ZANA TA,

Âng e la .

2010.

Re sulta dos

“Car ac ter iza ç ão d e ic tiof auna e ma cro inv er tebr ados

do

p roje to

b ioind icador e s da va zão

eco lóg ica pa ra o Ba ixo Cu rso do Rio S ão F ranc is co” , Un iv ers id ad e Fe der a l da Bah ia, Red e EcoV a zão . Co mun ica ç ão p es so a l. RI BEI RO , E . V. ; T RINDAD E, W. M. ; MAGAL HÃES JR., A . P. ; HO RN, A. H . 2009 a. Anális e tê mporo - esp a c ia l do uso do solo e sua influ ênc ia na qu a lidad e d a água no s eg me n to do r io São Fr anc is co en tr e Tr ês Maria s e P ir apor a - MG. In : XVI II SI MPÓ SIO NA CIONA L D E RE CURSO S HÍDRI COS , 2009, Ca mpo Gr ande . Ana is ... Po r to A legr e : A BRH, 2009. RI BEI RO , M. A . C. ; FI LHO, J. D . d e O. ; PEREI RA , R. M. ; MENE ZE S, S. A. V- B. ; SOUZA , C. O. 2009b. Cond ic ionan tes d a va z ão e co lóg ica – An á lis e do r eg ime

de

v az ão

cons id er açõe s

do

r io

p re limin are s

São .

F ran c is co In :

no

XVIII

p er íodo SI MPÓ SIO

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

de

1931

a

2006 :

NACIONA L

DE

Página 122

LAFAYETTE DANTAS DA LUZ & FERNANDO GENZ

RE CU RSO S HÍD RI COS, 2009, Camp o Gr ande. An a is. .. Po rto A legre : A BRH, 2009. RI CHT E R, B.D ., J .V. BAU MGA RTN E R, J . POW ELL , and D. P. BRAUN. 1996. A m ethod for a ss es s ing h yd ro log ic a ltera tion with in e cosy s t ems . Cons erv a tion Bio log y 10 :1163 -1174. RI CHT E R, B.D , J .V. BAUNGA RTN E R, R. W IGINGTON, and D.P. BRAUN . 1997. How mu ch wa te r do es a r iv er n e ed? Fr e shw a ter Bio log y 37 , 231 -249. S ILVA, F. R., D OMINGU EZ, J. M. L., BI TT ENCOURT , A. C.S .P . 2002. Mudan ç as n a De se mb o cadur a do Rio S ão F ran c is co. In : X LI Congr esso Br as ile iro de G eo log ia , J oão Pes soa/P B. 2002. Ana is. .. v .1. p .111. TH ARME, R. E. ; KING J. M. 1998. Dev e lop me n t of th e Bu ilding B lo ck Methodo logy for ins trea m f low a ss e ss me n ts and suppor ting r es ea rch on the eff ects of diff er en t ma gn itud e f low s on r ive rin e eco s ys te ms . W a ter Re se ar ch Co mmis s ion Repor t, Cap e Town , Sou th Af r ic a, n .576, 1998. TH E NATURE CON SERVAN CY. 2007. Ind ica tor s o f H yd rolog ic A lte ra tion . V ers ion 7. U ser 's ma nnu a l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 123

I NUNDAÇÕ ES EM MEI O U R BANO AS DI FICULDAD ES DE I MP LEMEN TAÇÃO DA LEG I SLAÇÃO VIG EN TE

V E N T U R A , J O S É E. Professor Auxiliar com Agregação do Departamento de Geografia e Planeamento Regional (DGPR) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal. [email protected]

ROXO, MARIA JOSÉ. Professora Associada DGPR, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal . [email protected]

AGRELA, JOÃO. Aluno do 2º Ciclo de Gestão do Território, variante Ambiente e Recursos Naturais, DGPR, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal. [email protected]

ESTEVES, LEONOR. Aluna do 2º Ciclo de Gestão do Território, variante Ambiente e Recursos Naturais, DGPR, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portu gal [email protected]

e -Geo – Cen tro d e Es tudo s de Geogr af ia e P lane a me n to Reg ion a l F acu ldad e de Ciên c ias So c ia is e Hu ma n as, F CSH – Un iv er s idad e Nova d e L isbo a 1069 -061 L is boa, Por tug a l

R es umo A s inunda çõ es cons titue m u m d o s ma is r e lev an tes r is cos n a tura is a nív el g lob al, r espon sáv e is por e lev ado s d anos, e m e sp ec ia l qua ndo a ting em á r e a s povo ada s. N as ú ltima s d éc ad as à te ndên c ia de c onc en tr açã o de p es soa s e b ens n as ár ea s urb ana s jun ta -s e o c enár io a c tu a l d e mu d an ça c limá tic a , conc orrendo

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 125

VENTURA, JOSÉ E.; ROXO, MARIA JOSÉ.; AGRELA, JOÃO. & ESTEVES, LEONOR.

amb os par a o in cr e me n to d as áre a s vu ln eráv e is às inund açõ es e p ar a o cres cime nto expon enc ial do s pr eju íz os. O

agrav a me n to

das

c ons equên c ia s

hu ma n as ,

e conó mic a s,

soc ia is

e

amb ien ta is d as inund aç õe s conduz iu a u ma c re sc en te pr eocup a ção co m a pro tec ç ão da so c iedad e e do a mb ie n te e m r e la ç ão aos s eu s ef e ito s ne ga tivos. N es te sen tido tê m - s e mu ltip licado, ao s d iv er sos nív e is ( europ eu, n ac ion a l e r eg iona l), as in ic ia tiv as leg is la tiv as. Ao n ív e l europ eu, co mo r ea c ção às ma is d e 100 c he ias o corr id as en tr e 1998 e 2002 , que or ig in ar a m c en ten as de v ítima s , mil h are s de d esa lojado s e ele vados pr eju ízo s econó mic os , a Co mis s ão d as Co mun id ade s Eu rop e ia s apre se n tou, e m J ulho d e 2004, u ma c omu n ic ação a o Con s e lho, Par la me nto Eu ropeu e Co mité d as Reg iõe s s obre “G estã o dos r isco s de inunda ç ão, pro te cç ão con tr a c he ias e inund açõ es , s ua prev enç ão e mitig a ç ão ” e , e m 2007 , fo i pub licad a a D ir ec tiva r elativ a à av a lia ção e ge s tão do r isc o d e inunda ç ão. A pre s en te co mu nic açã o te m como obje c ti vo u ma aná lis e cr ítica d a leg is laç ão co mun itár ia e n a cion a l em ma té r ia re fe ren te à s inund açõ es e m á r e as urb ana s no s en tido d e av er igua r o gr au d e incorpor a ção da s D ir e c tivas -Quad ro europe ia s e de id en tific ar o s pr in c ipa is prob le ma s n a s ua imp le me n ta ç ão, a pres en tando co mo c aso d e es tudo as inunda çõ es no Funch al, Mad e ir a. A conjuga çã o, n a c ida de do Fun cha l, de c ar a c ter ís tica s b iof ís ica s e hu man as e sp ec íf ic as tornou e s ta ár e a urb an a esp e c ia lme n te vu lne ráv e l à s inund açõ es , c uj a gén e se r esu lta de u ma c onjug aç ão d e fa c tor e s climá tic o s e g eo morfo lóg icos ord ena me n to

do



conh ec ido s

terr itór io

não

p e la te m

co mu n id ade in tegr ado

c ien tíf ica , de

for ma

ma s

qu e

e f icie n te

o por

d esv alor izaç ão de s tes r isco s e, tamb é m, p e lo c ar ác ter rec en te d e a lgu ma da leg is laç ão qu e a ind a não te m e f ic ác ia n es tes te rr itór io s mu itos vu ln erá ve is a es te tipo de f enó me nos , co mo f ic ou d e mons trado no e p isód io d e 20 de F ev ere iro de 2010.

Pa lav ra s -chav e: Inunda çõ es , leg isla ç ão, ár e as urb an as , r is co, ord ename n to

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 126

INUNDAÇÕES EM MEIO URBANO AS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

1- In tro du ção A liter a tura c ien tíf ic a a pon ta a s ch e ia s e inund açõ es como o r is co n a tura l r espon sáv e l p e lo ma ior nú me ro d e v ítima s e os ma is e levado s pr eju ízo s mater ia is, de s tac ando o prog re ss ivo au me n to d es te s n as ú ltima s dé c ada s. Ap es ar de s ta evo lu ção , é opor tuno s a lien tar qu e a s ch e ias s ão fenóme n os qu e f az e m p ar te do r eg ime n a tur al do s cursos de águ a e , co mo ta l, s e mpr e o corr era m. A ss im, é sobr e tudo n a ocup a ção d as á re as inund áve is da s ba c ias h idrogr áf icas p e lo Ho me m e n a s s u as a c tiv ida de s qu e de ve mo s proc ura r as cau sa s do inc re me n to do imp a c te des te s f enó me no s na s co mun id ade s huma n a s. Qu an to à oc upa ç ão da s á r ea s inund áve is, r ef ir a m - se a anc e s tr a l ap e tê nc ia do Ho me m par a s e f ix ar n a s p lan íc ie s a luv ia is 1 e a forte in tens ific a ç ão d a o cupa ç ão urb ana de s te s te rr itór io s dur an te o sé cu lo pa ss ado 2, a co mp anh ando o cres cime nto d a popu la çã o e a sua c onc en tr aç ão n a s c idade s. E s ta evolu ção fo i po tenc iada p e lo d e senvo lv ime n to indu str ia l a lic er ç ado num e le v ado c onsu mo d e ene rg ia, c o m r e pe rc us sõe s n a c o mpos iç ão d a a tmo sf er a e re spons á v e l por alter açõe s no b a lanço en ergé tico d a Te rra e no c ic lo h idro lóg ico. E m tr a ba lho d e 2009, Ba rredo , con c lu i que na Europ a nã o há u ma c lara ev idên c ia po sitiv a do s pr eju ízos nor ma liz ado s re la tivo s ao s ep is ódio s de inund aç ão, ma s s a lien ta qu e num c e n ár io s e m a lte r a ç ão do c lima e s te s pr eju ízo s con tinu ar ia m a au me n ta r e m f un çã o dos f a ctor es e conómic o s e s ociais , e r ef er e qu e as pr ev isõ es c limá tic a s p ara as próx ima s dé c ada s d ever ão tr aduz ir -s e nu m au me n to d as pe rdas . A ss im, pode mo s a f ir ma r qu e h á u ma ind iscu tív e l in te rf er ênc ia huma n a no au men to d a vu lner ab ilid ade dos terr itór io s urb anos a es te tipo de f enó me nos, d ir ecta me n te p e la ocupa ç ão d e ár ea s de r is co e , ind ir e c tame n te , d e ac ordo co m a evo luç ão pr ev is ív e l no s próx imo s d e cén io s, pe lo au men to d a f requ ênc ia ma s , tamb ém, d a ma g n itude do s ep isód ios d e inund a çã o re la c ionado s co m a mu d an ça 1

Desde as primeiras civilizações da antiguidade que o Homem se fixa nas planícies aluviais atraído pelos solos férteis e fáceis de trabalhar, abundância de água que permite uma regularidade nas colheitas e facilidade de circulação, em função da sua platitude e da própria navegabilidade dos cursos de água que as cruzam. 2

A ocupação destes territórios de risco é feita, em geral, por indivíduos vindos de outras regiões, sem conhecimento empírico do funcionamento dos sistemas físicos locais e consequentemente sem noção dos riscos aí existentes, o que permitiu uma ocupação desregrada e, muitas vezes ilegal, de que resultam núcleos urbanos fortemente vulneráveis às inundações.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 127

VENTURA, JOSÉ E.; ROXO, MARIA JOSÉ.; AGRELA, JOÃO. & ESTEVES, LEONOR.

climátic a .

N a Europa , ta l co mo em to do o Mundo, a expo siç ão aos ris co s de

inund aç ão e a vu lne rabilid ade a este f enó me no tê m a u me n tado, e a c tu a lme n te qu as e trê s qu ar tos da s ua popu la çã o v iv e e m á re a s urb ana s e subu rba na s, que r epr es en ta m c e rc a d e 10% da ár e a d a Un ião Europ e ia (E EA, 2005). Ap es ar do s r isco s a s socia dos a e s tas ár e as , motiv açõ es d e ord e m v ár ia c on tinua m a a tr air popu laçõ es . Chap ma n (1994), r ef ere qu e a p erma n ê nc ia da popu la ção r esu lta qu er da s v an tagen s de sta loc a liz a çã o quer d e po lítica s púb lica s que sub sid ia m a

r eab ilitaç ão

d as

propr ied ade s

dan if ic ada s,

r es erv atór io s,

d iqu es

que

encor aj ara m a expos iç ão (vu ln er ab ilid ade) da popu laç ão às inund a çõe s.

2-. Evo lu ção das po lít ic as de ge stão de r e cu rs os h íd r icos e in unda çõ es E m P o r tugal o au me n to do nú me ro d e vítima s e do s pr eju ízos ma te r ia is r esu lta, e m g era l, da ocup aç ão d e ár ea s ma rg ina is co m e lev ado gr au de r is co n atura l a es te tipo de f enó me no s p ar a u so urb ano. Po r s ua ve z, a próp r ia urb an iz a ção con tr ibu i pa ra po tenc iar o r is co pro mov endo a a lter aç ão do uso do s olo e modif icando o fun c iona me n to dos s iste ma s n atu ra is. Es ta evo lu ção é cons equên c ia d e v ár io s f ac to re s, de qu e s e d es ta c a m a mig ra ç ão c a mpo - c idad e, o

des conhec ime n to

dos

cond ic ion a lis mo s

na tura is

pe la s

popu laçõ es

qu e

o cupar a m e s ta s ár ea s e a in c apa c ida de da s au tor id ade s púb lica s p ar a p lane ar e g er ir,

de

mo do

ef ic az ,

a

o cupa ç ão

do

te rr itór io.

A

conjug aç ão

de stas

circun s tânc ia s co m a f a lta de ins tru me n to s efi c a z es d e f is c a liz a ção e g es tão p er mitiu

a

exp an são

pa ra

ár eas

ma rg in a is

co m

e lev ado

r is co,

ma s

de

apropr iaç ão f á c il p e lo se u b a ixo cus to ou me s mo to ta l aba ndono.

Na década d e se te nta D epo is d a le g is laç ão inov adora qu e c ons titu iu o Regu la me n to do s S erv iço s H idr áu lico s d e 1892, a tr aduç ão em te r mo s leg is la tivo s da s pr eo cupaç õe s co m o s ef e itos da s inund açõe s teve u m ma r c o a ss ina láv e l na pub lica ção do D ecr e to L ei nº 468 /71 d e Novemb ro , no res c a ldo do ev en to ca tas tróf ico reg ista do e m Nov embro de 1967 , n a r eg iã o d e Lisbo a. Es te d ip lo ma a c tu a lizou e un if icou o r eg ime jur íd ico dos terr enos do domín io públic o h ídr ico e d ef in iu o s c onc e itos d e leito, ma rge m e zon a adja c en te , e s tipu lando, ta mb é m, a sua la rgur a e r esp ec tiva s titu lar idad es e s erv idõe s ad min is tr a tiva s e r es tr içõ es de u tilid ade púb lica .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 128

INUNDAÇÕES EM MEIO URBANO AS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

A pr inc ip al inova ção deu - s e com a c r ia çã o d as d eno min ad as z onas adjacente s, d ef in ida s co mo “ tod a a á re a con tígu a à ma rge m q u e co mo ta l sej a class if ic ada por de cr e to, por s e encon tr ar a me a ç ad a pe lo ma r ou p e las c he ias ” e q ue s e e s te nde d e ste o limite d a ma r g e m a té u ma linh a conv enc ion a l d ef in ida , p ara c ad a ca so, no d ecr e to d e cla ss if ic a ção , no s te r mos e p ar a os efe itos do pr es en te d ip lo ma ” . Como é re fer ido, o r esp ec tivo reg ime só e ra ap lic áv e l na s zonas c las s if icad a s co mo a me aç ad as p e lo ma r ou pe las che ia s po r d ec re to do Min is tro d as Obr as Públic a s, depo is d e ouv id as , confor me os c aso s, as d e ma is en tidad es in tere ss ad as . A su a cria ç ão tev e c o mo obje c tivo fund a me n tal as segur ar a in terven ç ão dos Serv iço s H id ráu lic os no p lane a me n to urba n ís tico e no lic enc iame n to de edif ica çõ es , de mo do qu e pude ss e m se r to ma do s e m c on ta o s per igos e me r gen te s d a prox imid ade da s águ as e d a prob ab ilidad e d a su a acção d eva sta dora . Pre te nd ia - s e, a ss im, q ue os te rr eno s, s itu ados par a a lé m d a mar g e m, ma s a me a ç ados pe la ac ç ão do ma r ou p e la s che ia s do s r io s, tiv es se m u m r eg ime d e pro tec ç ão qu e ev itav a a su a oc upa ç ão urb ana e o s d anos d a í r esu ltan tes.

Na década d e o it en ta Nov a a lte raç ão leg is la tiv a n es ta ma tér ia fo i con cre tiz ada a pós novo ev ento d e ch e ias qu e a fe c ta ram g r av e me nte a reg ião d e L isboa em N ov e mb ro d e 1983. N a su a s equê nc ia fo i cr ia do, pe la Re so lu ção do Cons e lho de Min is tros n. º 2 /84, d e 4 d e J ane iro, u m grupo de tr aba lho co m o obje c tivo d e p roc ede r à aná lise d as cau sa s e ef e itos, be m c o mo d as me d id as a adop tar. E ste grupo pro ced eu ao levan ta me n to

do s

es tudo s

exis te n te s

sobre

as

ba c ias

h idrogr áfic a s

do s

pr in cipa is cur sos d e águ a afe ctados , e conc lu iu qu e as ch e ia s era m d ev ida s, s obretudo , a o au me n to d as ár ea s imp e r me a b iliz ad as e à obs truç ão d as áreas con tígua s ao s curso s de á gua p ela o cup aç ão urb ana s endo n e ce ss ár ia qu er a r ealizaç ão d e obr as de r egu la riza ç ão f luv ial, quer me d id as p ar a e v itar a o cupa ç ão urb ana da s á re a s con tígu as ao s cur sos de águ a a me a çad as p e las cheias . T a mb é m a e s te grupo se d ev e o e s tudo té cn ico exa us tivo d a rib e ira d a L aj e, qu e p er mitiu , pe la pr ime ir a v ez , a pub lic aç ão d e u m d e cr e to r egu la me n tar d e class if ica ç ão d e u ma zon a adja cen te.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 129

VENTURA, JOSÉ E.; ROXO, MARIA JOSÉ.; AGRELA, JOÃO. & ESTEVES, LEONOR.

D es te modo, co m a f ina lidad e de pro tege r ade quad a me n te e s ta s área s e, no mea da me n te, ev ita r o cupa çõ es urb ana s in corr e c ta s, proc ed eu - se à re v is ão do D ecr e to - Le i n .º 468 /71, d e 5 d e Nov e mbro, co m a pub lica ç ão D ec re to - Le i n .º 89 /87, de 26 d e F ev er eiro, que teve c o mo obje c tivo , por u m la do, delimita r , d en tro d as z on as adja c en tes, á re a s d e o cup aç ão ed if ic ad a pro ib id a e d e o cupa ç ão ed if icad a cond ic ionad a e , por ou tro, con s agr ar a ind is pen sáv el in terven ç ão d as câ ma r as mu n ic ip a is e m tod as a s ac çõ es a r ea liz a r na s r ef er idas zonas adj ace n te s. E s te ú ltimo D ecre to -L e i ve io per mitir a c las s if ic aç ão co mo zona adj ac en te (a me a ç ad a pe las che ia s) a ár e a c on tígua à ma r g e m d e u m c urso d e água , qu e se e s tend e a té à linh a a lca nç ad a p e la ma io r ch e ia co m prob ab ilidad e d e oco rrê nc ia no p er íodo d e u m s é cu lo ( che ia do s 100 a nos ). A s ua cla ss if ic a ç ão p as sou a s er f eita por por tar ia do Min is tro do P lano e da Ad min is tr açã o do Te rr itór io.

Na década d e nove nta Ex trav as ando

a

que stã o

e spe c íf ica

das

inund açõ es ,

a

leg is la ção

fund ame n ta l re la tiv a aos r e curso s h ídr icos fo i de ter min ada p e lo D e cre to -L e i 45 /94, de 22 d e Fev ere iro 3, qu e ve io r egu la r o proc e sso d e p lan eame n to d e r ecu rso s h ídr icos e a e labor aç ão e aprov aç ão dos p lano s de r ecu rso s h ídr icos (o P lano N ac ion a l d a Águ a (PN A) e os P lano s d e Ba cia H idrogr áf ica (P BH)), es tabe le cendo as r egra s g er a is do pro c es so d e p lanea me n to dos r e curso s h ídr icos . E m ma té r ia de inund açõ es e ta mbé m a n ív e l n ac ion a l, de s taque -s e n es ta d écad a a pub lica ção e m 1998 , o De cr e to - Le i nº 364 /98, d e 2 1 d e Nov e mbro, qu e ve io es tab e le c er a obr iga torie dad e de e labor a ção d a c ar ta de zon as inund áve is no s mun ic ípios co m a g lo me r ados urb anos a ting ido s po r ch e ia s. Es te d ip lo ma r econh ec e que “os r is cos d e ch e ia pod e m s er a grav ado s em z o na s urb ana s dev ido à s a lte ra çõ es indu z ida s n a s c ond içõ es de dr en age m na tur a l, co mo

s ejam

a

ob s tru ção

da s

á re a s

con tígu as

ao s

c urso s

de

águ a,

a

imp er me a b iliz a ção de ex tens as ár e as e a conduç ão de águ as p luv ia is por red es

3

Na mesma data foram publicados os Decreto-Lei º 46/94 e 47/94, o primeiro sobre o regime de licenciamento de utilização do domínio hídrico sob jurisdição do Instituto da Água e o segundo sobre o regime económico e financeiro da utilização do domínio publico hídrico, sob jurisdição do Instituto da Água.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 130

INUNDAÇÕES EM MEIO URBANO AS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

d e co le c tore s, ne m s e mp r e d ime n sion ad as p ara fa z er f ac e a s itua çõ es d e pr ecip ita ção ano r ma l, s endo ta mb é m ma io r a ex te ns ão dos pr eju ízo s huma n os e mater ia is qu e o corre m n aqu ela s z ona s, mo tiv ados p e la c onc en tra ç ão de r ecu rso s que o seu c ar ác ter urb an o d e ter min a ”. D e re a lçar , n es ta ma té r ia , que a de ma r c açã o da Rese rva Eco lóg ica N acion a l, con sagr ad a no De cr e to -Le i n º 4517 /82, d e 16 d e Nov e mbro, r evogado p elo D ecr e to - Le i n º 196 /89, de 14 J unho ( REN) , de ter min a qu e no âmb ito d a elabor a ção do s p lanos d ir e c to re s mu n ic ip ais, s eja m in c lu íd as na s su as p lan ta s o s s is te ma s «le itos dos c ur sos de á gua e zon as a me a ç ad as p e la s che ia s », qu e atend ia a es te tipo d e pr eocup a çõe s. Contudo, na g en eralid ade do s p lanos as áreas urb ana s for a m exc lu ída s d a de limita ç ã o fin a l d a REN, p e lo qu e nã o h av ia car tog raf ia d as ár e as inund áve is. A ss im, o De cr e to - Le i nº 364 /98 v e io co lma ta r es ta f a lta e fa c ilitar, ao n ív el do p la ne a me n to, a a dopç ão d e me d id as min imiz a dor as dos pr eju ízo s d ecor ren tes da s ch e ias , no me ad ame n te con tr ibu indo pa r a a pr epar aç ão de med id as pr ev en tiva s e de for ma s de a c tu a ção em c a so d e eme r g ênc ia. Con tudo, es ta c ar togra f ia d as á re a s inund áve is den tro d e p er íme tro s urb anos fo i, ta l co mo a c las s if ica ç ão da s ár e as adj ac en te s por de cr e to r egu la me n tar e d epo is por por ta r ia, mu ito e sc as s a, n ão obsta n te o pr a zo d e 18 me s e s a con tar d a da ta d e en tr ada e m v igor do pr es en te d ip lo ma p ar a as c â ma r as mu n ic ip ais pro mov er e m a a lter a ção dos r esp ectivos P lanos d e O rden ame n to do Te rr itór io ( PMO T).

Na prime ira dé cada do sé cu lo X X I E m 2 000, o novo sé cu lo in ic iou -s e c o m a pr esid ênc ia por tugu es a d a Un ião Eu rope ia, qu e s e e mp enhou n a d isc us são e n ego c ia ç ão da D ir ec tiv a -Qu adro da Águ a qu e ser ia aprov ada a inda ne sse a no (D ir ec tiva 2000 /60 /CE do Pa r la me n to Eu ropeu e do Con se lho, de 23 d e Ou tub ro de 2000 qu e v e io e stabe le c er u m qu adro de ac ç ão co mu nitá r ia no domín io d a po lítica d a águ a). E s ta d ir ec tiv a cons id er a a á gua n ão como u m p rodu to co me r c ia l ma s c o mo u m p a tr imón io que d eve se r pro teg ido e te m c o mo obj ec tivo con serv ar e me lh or ar o a mb ie n te aquático n a Co mun id ad e. Par a a lé m d o obj ec tivo da qu a lidad e d as águ as, d eter min a qu e a b a c ia h idrogr áf ica é a un id ade ter r itor ia l d e p lan e ame n to e g es tão e a s me d id as pr econ iz ada s p ara con cre tiz ar o s se us obj ec tivo s, que

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 131

VENTURA, JOSÉ E.; ROXO, MARIA JOSÉ.; AGRELA, JOÃO. & ESTEVES, LEONOR.

s egur a me n te , terão re fle xos po s itivo s no func ion a me n to do s s is te ma s h ídr icos e, co mo ta l, ta mb é m n a a tenu aç ão do s r is cos d e inund a çõe s, e mbor a e s te não s ej a u m dos seu s obj e c tivos pr in c ipa is. E m 2002 for a m ap rovado s o PNA e o s P BH, de cor ren tes da s de ter mina çõ es do De cr e to -L e i 45 /94, d e 22 de F ev ere iro, an te r ior me n te me n c ionado te ndo já em co n ta o s pr in c íp ios c o mun itár ios v igen tes ne s ta ma té ria, co mo a D ir ec tiv a Qu adro d a Águ a. Es te s do cu me n tos “ cons titu e m e le me n tos enqua drado re s, es tr atég ico s e p rogra má tic os do d es envo lv ime n to do pro ce s so d e p lan ea me nto d e recur sos h ídr icos pa ra o in íc io do s é cu lo XXI e tê m c o mo obj ec tivos con tr ibu ir,

c o mo

f ac tor

po tenc iador ,

p ara

a

r e es tru tur aç ão

do

s is te ma

nor ma tivo e in s tituc ion a l d e r e cur sos h ídr ico s e, co mo f a c tor ins tru me n ta l, p ara a conse cu ç ão d e uma p o lític a c oer en te, efic a z e con se quen te de r ecu rso s h ídr icos ” (PNA) . E m ma tér ia d e che ia s /inundaç õe s, es te dip lo ma ap ena s r ef er e qu e o s P BH dev e m con ter “ a ide n tif ic a ção d e zona s e s itu açõ es d e r is co, no mea da me n te che ias , e ros ão e con ta min aç ão” ; “ a av a liaç ão da s s itu açõ es de cheia e d e se c a ”, e “a s a c çõ es d e regu lar iz a ção e con tro lo de che ias ”. O PNA a ssu me - se no s eu ar ticulado co mo um in s tru me n to d e a cç ão, qu e p ers egu e obj ec tivo s qu e, e m ma té r ia de inund açõ es “ p er mita m i d en tif ic ar s itu açõe s po tenc ia i s de r is co” (po lu ição , che ia s, e tc .), “e s tabe le ça m me d id as d e pr even ç ão e d e in terv enç ão e m s itua çõ es d e e me r gênc ia ” e “ con tr ibu a m p ara o ord en a me n to e a f isc a liz a çã o d as o cup açõ es e do s uso s do do mínio h ídr ico” . Con sid er a, ta mb é m, que “ é a tr avé s do p lane a me n to de re cur sos h ídr icos , ins tru me n to fund a me n ta l d a ge s tão da águ a, qu e s e pod e m a r ticu lar, in tegra r e ra c ion a liz ar o s inter es s es dos v ár ios interv en ien tes e de termin a r as acçõ es a d es envo lv er e o s in s tru me n tos a mob iliz ar p ar a a lc an ç ar os obj ec tivo s d emarc ado s,

c ons titu indo

u ma

a c tiv id ade

mu ltid isc ip linar ,

co mp lex a,

tr ansv er sa l, de f e iç ão e s sen c ia lmen te info r mador a e in terlig adora d as gr and es op çõe s econó mic a s e do ord en a me n to do ter r itório ”. A n ív e l europ eu, a s ma is d e 100 ch e ia s r eg is ta da s en tr e 199 8 e 2002, que provo ca ra m 700 v ítima s , c er c a de me io mil h ão d e d esa lojado s e pr eju ízos econó mic o s c ober to s por seguros qu e as cend era m a , p e lo meno s, 25 mil milh õ es d e e uros , levou, e m 2004, à apr e sen ta ção da Co munic a ç ão d a Co mis s ão s obre

“Ge stã o

do s

r is co s

de

inund aç ão.

Pro tec ç ão

con tr a

as

ch e ia s

e

inund açõ es , su a pr ev enç ão e mitiga ç ão ”, ao Con se lho, ao P ar la me n to Eu ropeu ,

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 132

INUNDAÇÕES EM MEIO URBANO AS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

ao Co mité E conó mic o e So c ia l Europ eu e ao Co mité da s Reg iõ e s O te x to da co mun ica ção r ef ere que “o s a c tivo s expo s tos a os r isco s d e inunda ç õe s pod e m s er enor me s ”, an alis ando a s causa s e cons equ ênc ias d as ch e ia s. As s in a la a n eces s id ade d e d iagnós tico d a situ aç ão e ges tão do s r is co s. E m re la ç ão ao d iagnós tico, e sp ec if ic a a ex is tên cia de du as te ndên c ia s qu e apon tam p a r a o au men to do r isco d e ch e ia s n a Europ a : o “au me n to d a a mp litud e e a f re quên cia d as ch e ia s no fu turo em r e su ltado d e a lter açõe s c limá tic as (pr e c ipitaç õe s ma is in tens as e sub id a do n ív e l do ma r ) ” e o in creme n to do nú me ro de pes so as e de b ens e conómic o s s itu ado s e m z onas de r is co de che ias . Conc lu i que “ os r is cos d e inunda ç ão con tinua rã o a e s ta r pr es en tes n a Un ião Eu rope ia e pod erão aume n ta r consid erav e lme nte dur an te as próx ima s d éc ad as ” e, lev an ta o d e saf io da pr ev is ão d es s as a lter açõ es e da pro tec ç ão d a s oc iedade e do a mb iente e m r e la ção ao s ef e itos n ega tivo s d as ch e ias. Qu an to à g es tão dos r isco s, apres en ta co mo obje c tivo re duz ir a prob ab ilidad e e /ou o imp ac to d as inund açõ es , r ef er indo qu e a exp er iê nc ia d e mon strou que o mé todo ma is ef icaz cons is te no e s tab e le c ime n to d e progr a ma s de g es tão dos r is co s d e inund ação qu e in c luam c o mo e leme n tos a pre ven ç ão, pro tec ç ão, pre par a ção , re spo s ta de emer gên c ia e r ecup er açã o e exper iên c ia adqu ir id a. A Co mun ica ç ão d a Co mis s ão apr es en ta a ind a as a cçõe s e m c ur so, a s in iciativ as e a s pe rsp ec tiv as fu tur as ao n ív e l Europ eu e as ac çõ es e mpr ee nd ida s p elos E s tado s - Me mb ros e p ropõe u m p rogr ama d e a c ç ão d a União E urop e ia p ara a pro te c ç ão con tra a s ch eias . A ss in a la a n ec es s id ade de u ma a bord age m g lob al e conc er tad a ao nív e l d a b ac ia h idrogr áf ic a ou d a zon a cos te ir a a fe c tada, e propõ e que o s Es tados - Me mb ros e a Co mis s ão trab a lh e m conjun ta me n te p ara d es envo lve r e ap lica r um p rog ra ma c oorden ado d e pro te c çã o con tr a as ch e ias, s ua pr ev enç ão e mitig aç ão, enume r a a s me d ida s cons id er ad as es s enc ia is, apres en ta propo s ta s p ar a qu e o s E s tado s - Me mb ro s, a Co mis s ão e ou tros in teress ado s, tr ab a lhar em e m c o njun to, e a ssin a la igu a lme n te , os c us to s e b enef íc io s es per ados da a cç ão con ce r tad a d a Un ião Eu ropeia . E m 2 005, co m a pub lic a ç ão da Le i da Água ( Le i nº 58/2005, d e 29 d e D ezembro ) 4, tran spôs - se p ar a a ord e m jur íd ica na c ion a l a D ir ec tiva nº 2000 /60 /CE, do P ar la me n to Eu ropeu e do Con se lho, d e 23 d e Ou tubro, qu e f ix a

4

A Lei da Água revoga os Decretos-Lei nº 45, 46 e 47/94, de 22 de Fevereiro.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 133

VENTURA, JOSÉ E.; ROXO, MARIA JOSÉ.; AGRELA, JOÃO. & ESTEVES, LEONOR.

as “b a se s e o q u adro in stitu c ion a l par a a g estã o sus ten táv e l d as água s ”. Nos s eu s obj ec tivo s a Le i da Águ a es tab e le c e o enqu adra me n to p ar a a g es tão da s v ár ias ma s sa s d e águ a, r efe r indo e sp ec if ic a me n te o objec tivo d e “mitig a r os efeito s da s inund açõ es e da s s ec a s” , e ref e r e a su a ap licaç ão à to ta lid ade do s r ecu rso s h ídr icos ind ep end en te me n te do s eu r egime j ur íd ico, abr ang endo “a lé m d as águ as , os r esp ec tivos le ito s e ma rgen s, be m co mo a s zon as adj ac en te s… ”. No Ar tigo 3º sobre “pr in c íp ios ” re fe re - s e que a lé m do s pr in c íp ios ge ra is cons ign ados n a Le i d e Ba s es do A mb ien te, a g es tão da á gua dev e ob se rvar nor ma s d a g es tão in tegr ada e da pr even ç ão. N a s ec ção IV ( “pro te c ç ão e v alor iz a ção” ) o Ar tigo 32º sobr e “ tipos d e me d ida s” e spe c if ic a que e s tas tê m co mo u m d o s s eu s obje c tivo s “a pr even ç ão e a pro tec çã o con tra ris co s de cheias e inund açõ es , de s ec a s… ”. A ind a ne s ta s ec ç ão, o Ar tigo 33º s obre “ med id as

de

con serv aç ão

e

re ab ilitaç ão

da

red e

h idrogr áf ica

e

zonas

r ib eir inh as ” e nu me r a un a s ér ie d e me d id as co m r e f lexos no prob le ma d a s inund açõ es d e qu e s e de s tac a m a s a c çõ es d e limp e z a e d e sob struç ão da s linh a s d e água , a r eab ilita ção de s ta s, a pr even ç ão e pro te c ção c on tra os ef e itos da eros ão h ídric a , corr ecç ão dos efe itos da ero são, pr ev endo - se a corr e cção torr en c ia l e o a mor te c ime n to e la min age m d e caud a is d e che ia . O A rtigo 40º , d ed ic ado esp e c if ic ame n te à s “me d id as d e pro te cç ão c on tra cheias e inund açõ es ”, d ef ine que a s “ zona s inund áve is ou a me a ç ada s p e las cheias , dev em s e r obje c to d e cla ss if ic a ç ão e spe cíf ica e d e me d ida s esp ec ia is de pr even ç ão e p rote cç ão, d e limitando - se gra f ic ame n te a s áre a s e m qu e é pro ib id a a ed if ica ç ão e aque la s em q u e a ed if ica ç ão é cond ic ionad a, p ar a segu ra nç a de p es soa s e b ens ”. Es tas , qu ando c la ss if ic adas , f ica m s uj e ita s às inte rd içõ e s pr ev is tas n a le i p ar a a s z on as adj ac en tes . A su a d e limita ç ão dev e s er fe ita no âmb ito do s ins tru me n to s d e p lane a me n to de re cur sos hídr icos e de g es tão terr itor ia l. E s te ar tigo ta mb é m p r evê qu e na au sên c ia d e d e limita ç ão e class if ic aç ão c ab e aos in s tru me n tos d e g es tão ter r itor ia l “ es tabe le c er as r es tr içõ es ne c es s ár ia s pa ra redu z ir o r is co e os e fe ito s d as c he ias … ”. A tr ibu i a co mp e tên c ia pa ra a cr ia ç ão d e s is te ma s d e aler ta pa ra s alv aguard a d e p es soa s e b ens à au tor id ade n ac ion a l d a água , e m a r ticula ç ão co m o S erv iço N ac iona l d e Bo mb e iros e Pro tec ç ão Civ il e a Ad min is tr açã o de reg ião h idrogr áf ic a ( ARH ) co mp e ten te.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 134

INUNDAÇÕES EM MEIO URBANO AS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

A L e i d a Águ a con te mp la, a ind a, no s eu ar tigo 43 º “ me d id as de pro te c ção con tra a rup tur a d e infr a - es tru tur as h idr áulic a s” qu e pr evê progr a ma s d e s egur an ça qu e in c lue m c ar t a s d e r is co, e sp ec ific a ç ão dos c ond ic ion ame n tos à s u tiliza çõe s a ju s an te , d e a cordo c o m os r esp ec tivo s c en ár ios d e ris co, e a d elimita ç ão e c las s if ic a ç ão d a s z ona s de ris co e m que s ão in terd itas ou cond ic ion ada s a s ed if ica çõ es . N a s equ ência da C o mu n ica ç ão da Co mis s ão ao Con se lho, a o P ar la me nto Eu ropeu , ao Co mité Ec onó mico e So c ia l Eu rop eu e ao Co mité d a s Reg iões s obre

“Ge stã o

do s

r is co s

de

inund aç ão.

Pro tec ç ão

con tr a

as

ch e ia s

e

inund açõ es , s ua prev enç ão e mitig a ç ão ” e m 2 004, que res ultou da s já r efe r idas o corr ênc ias de inund açõ es ca tas tróf ica s na Europ a, fo i aprov ada a D ir ec tiv a 2007 /60 /CE do P ar la me n to Eu ropeu e do Conse lho de 23 d e Ou tubro d e 2007 r elativ a

à

av a liaç ão

e

g es tão

dos

r isco s

de

inund aç ão.

Entr e

ou tra s

cons id er açõe s, a d ir e c tiv a re fer e que “ é po ss ív el e de s ejáv el r eduz ir o ris co de cons equên c ia s p rejud icia is a sso c iad as à s inund açõ es , esp ec ia lme n te p ar a a s aúd e e a v id a hu ma na s, o a mb ie n te , o p a tr imón io cu ltur a l, a s a ctiv id ade s econó mic a s e a s infra -e s tru tur as” a s su mindo qu e p ar a s e re m e f ic a z es a s med id as d e r eduç ão de s tes r isco s d eve m s e r c oorden ada s à e sc a la d a b a cia h idrogr áf ica c o m r e sp e ito p e lo p rin c íp io d a pa r tilha de da dos e coord ena ç ão d as me d id a s en tr e Es tado s - Me mb ros no c aso da s b a c ia s in tern ac ion a is . Apr es en ta co mo obj ec tivo “ es tab e lec er u m qu adro pa ra a ava lia ção e g es tão do s r is cos d e inunda çõ es, a f im d e redu z ir a s cons equê nc ias a ssoc iad as à s inund açõ es n a Co mun ida de pr ejud ic ia is p ar a a s aúde hu ma na , o a mb ie n te, o p atr imón io

c ultu ra l

e

as

a c tivid ade s

e conó mic a s ”.

A

d ir ec tiva

procur a

concr e tizar e s te obje c tivo a trav é s a ) da “ ava lia ç ão pr e limin a r do s ris co s de inund açõ es ”, concr e tizad a a par tir d a info r ma çã o d ispon íve l co m a f in a lidad e d e forn e cer u ma a v a lia çã o do s r iscos po tenc ia is ( a con c lu ir a té 22 d e De z e mbro d e 2011) ; b) da e labo r aç ão de “ c ar tas da s zon as inund áve is” (na s á re as id en tif ic ad as co mo su sc ep tív e is de s er inunda da s d e a cordo co m c e nár io s e elemen to s es pe c if icados 5) e ” c ar ta s d e r isco s d e inund açõ e s” que dev em ind icar

5

Os cenários considerados são: a) Fraca probabilidade de cheias ou cenários de fenómenos extremos; b) Probabilidade média de cheias (periodicidade provável igual ou superior a 100 anos); c) Probabilidade elevada de cheias, quando aplicável. Os elementos a indicar são: a) Amplitude da inundação; b)

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 135

VENTURA, JOSÉ E.; ROXO, MARIA JOSÉ.; AGRELA, JOÃO. & ESTEVES, LEONOR.

as poten c ia is c ons equênc ia s pr ejud ic ia is as soc ia da s à s inund açõ es 6 ( a c onc lu ir até 22 d e De z e mbro d e 2013) ; c) da e labor a ção d e “p lanos d e ge s tão do s r is cos d e inund a çõe s ” co m b as e n as car tas ref er id as e m b ) e coord enado s a n ív e l d a r eg ião h id rogr áf ica ou d a un idade de g e s tão. N a exe cuç ão d e ste s p lanos o s E s tados- Memb ro s e s tabe le c e m obj ec tivos ad equ ados par a a g es tão dos r isco s d e inunda çã o na s zona s id en tif ica da s con c en tr ando e sfor ços n a r edu ção das po tenc ia is con sequ ênc ias ( a conc lu ir a té 22 d e D ez e mbro de 2015). E m r e la ç ão à prob lemá tic a d as inund açõ es re f ira -s e, por ú ltimo, a Reso lu ção da A s se mb le ia d a Repúb lic a n. º 15 /2008, d e 3 de Ab r il, r e la tiva aos “Ris cos d e inund açõ es ” qu e f a z r e co me nda çõ es de qu e s e d esta c a m: a tr ans cr ição p ar a

a le g is laç ão na c ion a l d a d ir e c tiva n .º 2007 /60 /CE , do

P ar lame n to Eu ropeu e do Cons e lho, d e 23 d e Ou tubro, “ r e la tiva à av a lia ç ão e g es tão dos r isco s d e inund açõ es ", a té 26 de Nov e mbro d e 2009 ; a urg en te avaliaç ão pr e limin ar da s s itu a ções d e r is co d e inund a çõ es nos d istr ito s, e Reg iõ e s Autóno ma s , tendo por ba se a s linh a s d e água com o cor rên c ia s g rav es no s ú ltimo s 30 ano s (co m r e lató r io sobr e as pr in c ipa is situ açõ es d e r is co de inund açõ es e iden tif ic aç ão d as linh as d e água prob le má tic a s) ; a e labor aç ão d e do is e m d o is ano s d e um r e la tór io d e a c tu a liz aç ão d a s s itua çõ es de r isc o e de progr es so da e s tra tég ia de pr ev enç ão e, co m ba s e n e s ta av a liaç ão propõ e a elabor a ção d e u m P lano N ac ion a l d e Redu ção do Ris co de Inunda çõ es e, a inda “a r ea liz aç ão d e c a mp anh as d e s ens ib iliz aç ão do s c id adãos p ar a a impor tânc ia d a adop ção d e co mpor ta me n tos re spon sáv e is n a p rev enç ão do s r is co s de inund açõ es , te ndo pres en te qu e mu ito s do s p rob le ma s d e corr e m ou s ão agrav ado s p e la a cu mula ç ão d e lixo n as ma r g ens e no s le itos dos c ur sos d e água”. Profundidades de água ou nível de água, quando aplicável; c) Quando aplicável, a velocidade da corrente ou o caudal da cheia correspondente. 6

as potenciais consequências prejudiciais associadas às inundações expressos em termos de: a) Número indicativo de habitantes potencialmente afectados; b) Tipo de actividade económica da zona potencialmente afectada; c) Instalações, referidas no anexo I da Directiva 96/61/CE do Conselho, de 24 de Setembro de 1996, relativa à prevenção e controlo integrados da poluição (1), que possam causar poluição acidental em caso de inundações, e zonas protegidas identificadas nos pontos i), iii) e v) da secção 1 do anexo IV da Directiva 2000/60/CE potencialmente afectadas; d) Outras informações que os Estados-Membros considerem úteis, como a indicação das zonas onde podem ocorrer inundações que arrastem um elevado volume de sedimentos e detritos, e informações sobre outras fontes importantes de poluição.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 136

INUNDAÇÕES EM MEIO URBANO AS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

No Qu adro 1 apr es en ta - se , de mo do esqu e má tic o a evo lu çã o ao longo d as ú ltima s dé ca da s do s pr in c ipa is ma rc os leg is la tivo s na evo lu ção da s polític a s d e g es tão d e r ec urso s h ídr ic os e inunda çõ es . Décadas

Legislação Nacional

1970-80 1980-90

1971 Dec. Lei 468/71 1982 - Regulamento dos Serviços Hidráulicos; 1983 Dec. Lei 321/83; 1984 - Res. Do Concelho de Ministros nº 2/84; 1987 - Dec. Lei 81/87;

Legislação Europeia

1990-2000

1994 - Dec. Lei 95/94; 1998 - Dec. Lei 364/98;

2000-2010

2002 - Plano Nacional da Água; Planos de Bacias 2000 - Directiva 2000/60/CE do Parlamento e do Hidrográficas; 2005 - Lei da Água Conselho (28 de Outubro de 2000); 2004 Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento europeu, ao Comité Enonómico e Social Europeu e ao Comité das Regiões (12 de Julho de 2004) sobre Protecção contra cheias e inundações, sua prevenção e mitigação; 2004 -7 - Directiva 2007/60/CE do Parlamento Europeu (23 de Outubro de 2007); 2008 - Directiva 2008/32/Ce do Parlamento e do Conselho de 11 de Março (alterando a Directiva 2000/60/CE.

Quadro 1

3. O caso da Ma de ira O s último s a con te cime n tos c a ta s tróf icos o corridos n a ilh a d a Mad e ira, são bon s exe mp los p ara d e mons trar d e qu e for ma a o cup aç ão e us o d e u m terr itór io, pod e in tens ific ar f enó me no s n a tura is r e la c ion ado s co m a d in â mic a do s ele me n to s f ís icos , s obre tudo , qu ando o pla ne a me n to e o ord ena me n to do terr itór io, nã o s ão equ ac ionado s d e u ma ma n e ira s is té mic a e in tegrad a. O Arqu ip é la go d a Ma de ir a loc aliz a - s e no A tlân tico Nor te e po ssui car acter ís tica s f ís ica s pa r ticu lar es , r esu ltan te do s f ac to re s d e g éne se lig ados a u m vu lcan is mo re c en te e m te r mo s geo lóg icos. A ilha da Mad e ir a po ssu í u m r elevo

a cen tu ado

qu e,

a liado

ao

r eg ime

p luv io mé tr ic o

irregu lar,

co m

o corr ênc ia d e chuv as de for te in ten sid ad e, e m p ar te r e spon sáv e is p e la or ige m d e f enó me no s de s ignado s de a luv iõ es, co m c on sequ ênc ias já conh ecid a s d a popu laç ão. T endo e m c on ta o E lu c idár io Ma de ir en se , h á r eg is to s de ep isód io s de aluv ião de sd e 1601 . (Mouque t, me n c ionado no E luc idá r io). D esde en tão , inú me ro s ev en tos de s ta n a ture z a te m a s s o lado e s ta ilha, p rovoc ando s e mpre elev ados dano s ma te r ia is e , e m mu ito s de le s, v itima s mo r ta is .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 137

VENTURA, JOSÉ E.; ROXO, MARIA JOSÉ.; AGRELA, JOÃO. & ESTEVES, LEONOR.

Nu m con texto de evo luç ão da s forma s d e r e levo e s te s fenó me nos f az e m p ar te de u ma d inâ mic a n a tura l, que te m d e s er e n tend id a co mo ta l, d ev endo a s popu laçõ es r ege r -s e pe lo pr in cíp io d a p re cau ç ão, e o s de c is ore s z e la rem p a ra qu e os ins tru me n to s de plan ea me n to e d e ord ena me n to do te rr itório s ej a m imp leme n tado s de ma n e ira a s a lvagu arda r bens e pe sso a s. N es te sen tido, dev e s e cons id era r a po s iç ão esp ec íf ic a d a c id ade do Fun ch al n a ilh a, junto ao ma r ( co mo se pod e obs erv ar n a F igur a 1) e na conf lu ênc ia do s e c tor te rmin a l de tr ês ba c ias h idrogr áf icas ( Ribe ira s d e S . João, S an ta Lu z ia e João Go me s) .

Figura 2 - Posição do Funchal em relação à Ilha

O f ac to d e n es ta ár e a conf lu ír e m trê s b ac ias h idrogr áf ica s c o m u m de sn ív el d e 1800 me tro s en tre as c ab ec e ir as e a f oz , num p er cur so d e pou co ma is de 10 qu iló me tro s imp lic a , de sd e logo, u m r edu z ido te mpo de con cen traç ão das cheias e a ra p ide z co m qu e as águ as de s tas a ting e m a á re a o cupad a p ela c id ade do Funch a l, s is te ma tic ame n te , d esde o sé cu lo XVII (co mo j á fo i me nc ionado) , Con tudo,

ap es ar

de

todo s

os

ac on te c ime n to s

c a tas tróf icos

o corridos

o

enquadr a me n to lega l n ão te m e m c o n ta a gr and e p ar te do s fa c tor e s q ue e s tão na or ig em d es te s f enó me no s, da i r e sulta ndo s itu aç õe s que , emb or a pr ev is ta s não mer ec e m

a

d ev id a

a te nç ão

em

ma té r ias

de

pr even çã o

e

r espo sta

no s

do cu me n tos d e P lan e a me n to, n es te c a so à es c a la r eg iona l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 138

INUNDAÇÕES EM MEIO URBANO AS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

S endo a ba c ia hid rogr áf ica u ma un idad e te rr itor ia l por ex c e lên cia , e por tan to a b as e pr iv ileg iada par a a e labor a ção d e P lanos , é n ec e ssá r ia u ma v is ão s is témic a d o terr itór io e ter e m c o n ta a s r e laçõ es e n tre a Na ture z a e o cupa ç ão hu ma n a, pode ndo, a ss im, enc on tr ar -s e a s ár e as d e ex cep ção onde as nor ma s lega is tê m f or ços a me n te qu e ser ad ap tad as à s e sp e c if ic id ade s do terr itór io. No ca so da Mad e ir a, u m do cu me n to nor ma tivo in con torn áve l é o P lano Reg ion a l d a Águ a d a Made ira ( P RA M). Es te do cu me n to, da tado d e 2003, tem co mo obj ec tivo s ess en c ia is : 

P re serv a ção e sa lv agu ard a d e v a lores e co lóg icos e a mb ien ta is ;



Re forço da c ap a c idad e d e licen c iame n to, f is caliz a ção e con tro lo ;



Ap lica ç ão do s pr in c ípios de “u tiliz ador - pa gador ” e “ po lu idor – p agador ” ;



Adop ção d e me d ida s co m v is ta à me lh or ia d e ef ic iên c ia g lob a l dos s is te ma s.

E s te P lano a pre s en tou u m or ç ame n to, es ca lonado em tr ê s in te rvalos temp or a is qu e abr ang e o pe r íodo de 2003 a 2020, no v a lor to ta l d e 500 milhõ es d e Euros . Es te en con tr a - se d is tr ibu ído e m P la no s d e Inv e stime n to ( to ta l d e 11 p lanos) d e e n tre o s qua is se d es tac a o P lano d e Inve s time n to 4 , “ Prev enç ão de r isco s na tura is e indu z ido s p e la ac tiv id ade hu ma na ”. A e s te P lano fo i atr ibu ído s o men te um pon to p er ce n tua l de todo o or ç a me n to p ar a os 17 ano s, re su ltando nu m inv es time n to to ta l mé d io de me n os d e 300 mil Eu ro s anu a is (F igur a 2) , mo n tan te ess e de s tinado a supr ir tod as a s n ece s s idad es de pr even ç ão e r edu ção d e r isco s d ec orr en te s d a d in â mic a da r ede h idrogr áf ica da Mad e ir a. E s ta quan tia n ão só n ão é suf ic iente , c o mo e m a p ena s u m e ve n to de a luvião (20 de F ever e iro) houve preju ízos qu e to ta liz ara m o dobro d e todo o orç a me n to p ara 17 anos con te mp lado no (P RAM. Nu m ou tro pon to, e ste p lano as su me do is cen ár io s socio econó mic o s evo lu tivos , d e cr es c ime n to me d ia no e d e cr es c ime n to elev ado, sobr e os quais ba seia a e s tr a tég ia r eg iona l. E mb or a, o s egundo p er íodo cons agr ado no P lano a ind a n ão tenh a ch egado ao f im ( 2003 -2006 ; 2007-2012 ; 2013 -2020) j á s e v erif ica u m c e n ár io so c ioe conó mic o n ega tivo, tendo e m con ta a d ep end ênc ia d a Mad e ir a do me r c ado Tur ís tico e do re cuo g eral de ss e s e c tor no a rqu ipé lago e m f un ç ão d a cr is e ec onó mic a mu nd ia l e agrav ado n a ilh a d a Mad e ira pe lo ev en to d e F ev ere iro d es te ano.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 139

VENTURA, JOSÉ E.; ROXO, MARIA JOSÉ.; AGRELA, JOÃO. & ESTEVES, LEONOR.

O P RA M, re fe re , a inda, que p ara o último p er íodo d e inves time n to (2013 2020) n ão há qua lqu er mo n tan te p re v is to p ara pr even ç ão de r is cos n a tur a is ou d ecor ren tes d a ac tiv ida de hu man a. Todo o mo n tan te af ec to ao Progr a ma 4 ( Prev en ção d e Ris cos Na tura is e indu z idos p e la a c tiv id ade Hu ma n a) se r ia , po is, ap licado nos do is p r imeiro s pe r í odos . D es taque - se , ta mb é m, que d e acordo co m F ran ça e A lme id a (2003) o PRA M fo i e la borado sobr e b as e s d e d ados in co mp leta s.

Figura 3- Distribuição percentual do orçamento do PRAM: P1 – Abastecimento a populações e actividades económicas; P2 – Protecção de águas e controlo de poluição; P3 - Protecção de ecossistemas aquáticos e sistemas naturais relevantes para protecção dos recursos hí dricos., in FRANÇA, ALMEIDA, 6º SISLUBA

A s con sequê nc ias do a luv ião de 20 d e F ev ere iro for a m a gra vad as por ta n to por u m in efic a z d iagnós tico d a d inâ mic a d as ba c ias h id rogr áf ica s que te r min a m n a cidad e do Funch a l. Me s mo no P RA M a s situ açõ es de a luv ião são ap ena s men cionad as , ma s s e m u ma preo cup aç ão co m a s con s equ ênc ias tr adu z ida na es cass a af e cta ç ão d e v erb as p ar a a imp le me n ta çã o d e me d ida s con cr e ta s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 140

INUNDAÇÕES EM MEIO URBANO AS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

4. Con s id era çõe s F ina is O s pr in c ipa is a sp ec to s a d es ta ca r d a an á lis e efec tuad a são : 

O surg ime nto do s in s tru me n tos lega is a n ív e l n ac ion a l e c o mun itár io, c o m v is ta à pr ev enç ão d e r is cos d e inunda çõ es , co mo re a cç ão à o corr ênc ia d e even to s c a tas tróf icos .



O car á c ter r ec en te na s po lític a s sobr e r ecur so s híd r ico s d a abord ag em por me nor iza da e m ma t ér ia de r isco s d e inunda çõ es – só n es te sé cu lo c o m a pub lic a ç ão d a L ei d a Águ a.



O enor me d é f ic e de imp le me n ta ção d a leg is laç ão e sp ec íf ic a e m ma té r ia d e r is co s de inund açõ es ( a n ív e l nac iona l) , que e x is te d esde a d é cad a d e s e ten ta do s é cu lo XX e qu e s e tem r e f lec tido na s con sequ ênc ias d es te tipo ev en tos . A expan sã o d a ár e a urb ana do Fun ch a l é ex e mp lo de s ta s itu a ção em q ue a dimin u ta a ten ção dos de c isor es a e s te tipo de f enó me nos e à ap lic açã o do s ins tru me n tos lega is ex is ten te s no â mb ito do ord en a me n to do territór io tev e co n sequ ênc ias de s as tro sas .

A leg is laç ão e sp ec íf ic a e m ma té r ia de r is cos de inund a ção a n ív e l na cion al, qu e ex is te d esd e a d éc ad a d e se te n ta , p autou - se por um e nor me d éf ic e d e imp leme n taç ão

que

se

te m

r e f le c tido

na s

c on sequ ênc ia s

d es te

tipo

de

f enó me nos n as á re as urb ana s. A exp ans ão d a ár ea urb ana do Fun cha l é ex e mp lo d a d iminu ta a ten ç ão dos de c iso re s a e s te tipo d e f enó meno s e à ap lica ç ão dos ins tru me n tos leg a is ex iste n te s no âmb ito do ord ena me n to do terr itór io.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 141

VENTURA, JOSÉ E.; ROXO, MARIA JOSÉ.; AGRELA, JOÃO. & ESTEVES, LEONOR.

Bib liog raf ia BA RREDO, J . I. (2007), “ Major f lood d isa s ters in Europ e : 1950 –2005 ”, Na tura l Haza rds , nº 42 , p. 125 –148. BA RREDO, J. I. (2009), “ Nor ma lise d f lood loss e s in Europ e : 1970 –2006 ”, Na t. Ha zard s Ear th Sy s t. Sc i . , nº9 , p. 97 –104. EU RO PEAN ENVI RONMEN TAL AGE NCY ( 2005) “ Th e Europ ean env iron me n t – S tate and ou tlook 2005 ”, Europ ean Env iron me n ta l Agen cy, Cop enh ag a. F RAN ÇA, J. ; A L MEIDA, B., P lano Region a l d a Água d a Mad e ir a, S ín tes e do D iagnós tico e do s Obj ec tivos, in acta s d e 6 º S ILU S BA, 2003 GA BE RT, P . ; NI COD, J. (1982), « Inond a tions e t urba n is a tion en millie u méd ite rran ée n : l’ex e mp le d e s cru es r éc en tes d e l’Ar c e t d e l’Huv eaun e », Méd iter ranée , n º 3 e 4 , A ix - Mars e ille , p . 11 -24. CHAP MAN, D av id (1994) Na tu ra l Ha zard s , Oxford Un iver s ity Pr e ss, Oxford . P E REI RA, M. e V ENTU RA , J. E . (2004) “ Cond ic iona n te s a mb ie n ta is ao ord ena me n to do ter r itório ”, G eoI Nov a , n º 9, L isbo a, p . 245 -260. P E REI RA, M. e VEN TU RA, J . E. (2004) “ As á re a s inundá ve is e m me io urb ano – a abordag e m do s in stru me n tos d e p lane ame n to terr itor ia l” , A c ta s do7º Congr e sso da Água , L isbo a ( e m CD). VE NTU RA, J . E . (2003) “A nov a c u ltura da á gua : do a u me n to da of er ta à g es tão d a pro cur a e ao p lan ea me n to do s re curs os híd r ico s” , G eoI No va , nº 7, L isbo a, p .129 -150

W ebg raf ia www. c eha -ma d e ira .ne t/e luc id ar io /e luc id ar io.htm , consu ltado à s 18h de 04 /09 /2010

Leg is la ção Co mun ica ç ão d a Co miss ão ao Cons e lho, ao Pa r la me n to Eu ropeu , ao Co mité E conó mic o e So c ia l Europ eu e ao Co mité d as Reg iõ e s - Ge s tão do s Ris co s d e

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 142

INUNDAÇÕES EM MEIO URBANO AS DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

Inunda ção, P ro te c ção Con tra as Ch e ias e Inunda ções , sua P rev en ção e Mitiga ção

( Co mis s ão

d as

Co munid ad e s Europ e ia s ; Brux e la s, 12.07.2004,

CO M(2004)472 f in a l) , h ttp ://eu ropa . eu D ecr e to - Le i n .º 364 /98 , D R 270 /98 S É RIE I -A d e 1998 -11-21 D ecr e to - Le i n .º 89 /87 , D R 48 /87 SÉ RI E I de 1987 -02-26

DI RE CTIVA 2007 /60 /CE DO PARLA MENTO EU ROP EU E DO CONS ELHO de 23 de Ou tubro de 2007 re la tiv a à av a lia ção e ge s tão do s r is co s d e inund açõ es , h ttp ://eu ropa . eu D irectiva -Quad ro da Água , DI RE CTIVA 2000 /60 /CE DO PA RLA MEN TO EU RO PE U E DO CONS ELHO d e 23 d e Ou tubro d e 2000 qu e e s tabe le c e u m qu adro d e a c ç ão co mun itár ia no do mín io da po lític a d a água UE , 2000, h ttp ://eu ropa . eu L ei da Água , Le i n .o 58/2005 d e 29 d e De ze mb ro, D R 249 S É RIE I -A d e 29 de D ezembro de 2005 L ei n.o 16 /2003 d e 4 d e Junho, D R 129 /2003 S É RIE I -A d e 04 de J unho d e 2003 P lano Nac iona l da Água, MAOT, 2002, www. ina g.p t Reso lu ção da As se mb le ia da Repúb lic a n .º 15 /2008 - Ris cos d e inund aç õe s, DR 78 SÉ RI E I d e 21 d e Abr il d e 2008

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 143

LA ADM INI S TRACI ÓN PÚ BLICA D EL A GUA EN ESPAÑA EN EL R ÉG IMEN V IG EN TE. R EF ER ENC IA: LA CU ENCA HIDRO GRÁFI CA D EL TAJO

Mª FERNANDA

DEL

HOYO ALVES

Licenciada en Geografía e Historia. Master en Derecho Autonómico y Local 2008 de Universidad Rey Juan Carlos de Madrid y Doctorando en Facultad de Ciencias Políticas en la Universidad Rey Juan Carlos. Madrid (España). m a r i a _ h oy o _ a l v e s @ h o t m a i l . c o m

1.- P la nteam ien to G ene ra l: L a Ad min istr ac ión públic a e s uno d e los p ila re s fundame n ta le s de la po lítica d e a gua s de sd e e l ú ltimo ter c io de l S.XIX . E l obj e tivo d e la polític a de aguas no es a s egur ar e l a gua a b ajo c os to pa ra prop ic ia r la ac tiv idad e conó mic a s ino log ar un uso ef ic ien te en tér mino s técn icos y en tér mi no s econó mic os en el s en tido utiliz ado po r la econo mía d e l b ien es ta r. En la a c tua lid ad s e h an r ee s tru c tur ado lo s Min is ter io s y la org an iz a c ión de la Ad min is tr ac ión d e l agu a se encue n tra en e l Min is ter io d e Med io Amb ie n te, Med io Rural y Ma r ino qu e s e d iv id e en 4 S ec re tar ías de E s tado. D e e lla s la S ecretar ía G ener a l d e Me d io Rur a l y Agu a tien e 2 órg anos d ir ec tivo s d epend ien tes : la S ecr e ta r ía Gen er a l d e Med io Rur a l y la D ir ec c ión Ge ner a l d e l Agu a qu e ha r eun if icado las co mp ete nc ias en ma te r ia de Agu a. L as fun c ione s qu e ej er ce la D ir ec c ión G en era l d e l Agu a son las s igu ien tes : a ) elabor a c ión, s egu imie n to y r ev is ión de l P lan H idro lóg ico Na c iona l, a sí co mo e l es ta b le c imie n to de cr ite r io s ho mo géne os y de s iste ma tiz a c ión pa ra la r ev is ión d e los P lanes H idro lóg ic os d e lo s Org an is mo s d e cuen c a, b ajo e l pr in c ip io d e sos ten ib ilid ad. b) la coord in ac ión con lo s plan es s e c tor ia le s o d e á mb ito r eg ion a l qu e afe cten a la p lanif ica c ión h idro lóg ica . c ) la e labora c ión de la in for ma c ión sobr e los da tos h idro lóg ico s y d e c a lidad d e l agua y, e n gen er a l, d e aqu é lla qu e per mit a un me jo r c onoc imie n to d e los re cur sos , d e l e s tado d e la s infr a es tru c tur as y de l do min io púb lico h idr áu lico .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 145

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

d) la coord in ac ión d e los p lan e s d e e me r gen c ia y de las a ctu ac ion es qu e s e lle van a c abo en s itua c ion es d e s equ ía e inundac ión. e ) la p ar tic ip ac ión en la r epr e sen tac ión d e l Min is ter io en lo s org an is mo s in terna c iona le s y e l s egu imie n to de los Conve n ios In terna c i on a le s en las ma te r ia s d e s u co mp e tenc ia . f)

la e labor ac ión d e l pro ye c to d e pr es upue s to de la D ire c c ión G ener a l, a s í co mo su ejec uc ión , contro l y s egu imie n to.

g) la tr a mita c ión y g es tión de los con tr a tos , la rev is ión y con tro l de la s cer tif ic ac ion es d e ob ra y la do cu me n tac ión con ta b le inher ente . h) la prog ra ma c ión de los pro ye c tos f inan c iab le s con fondo s europ eo s, la elabor a c ión d e la do cume n ta c ión ne c es ar ia, y e l s egu imie n to y ev a lua c ión d e d ichos p ro yec to s. i)

la r e a liz ac ión, sup erv is ión y c on tro l de e s tud ios , pro yec tos y obr as d e exp lo ta c ión, con tro l y c ons erv ac ión de l do min io púb lico hid ráu lico y de l p a tr imon io d e las in frae s tru c tur as h idr áu lic as d e su co mp ete nc ia.

j)

la

in spe c c ión

h idr áu lic as ;

el

y

el

con tro l

de

ma n ten imie n to

la

segu r idad

ac tua lizado

de

del

las

infr a es tru c tur as

Inv en ta r io

de

Pr es as

E sp año la s, a s í co mo la pro mo c ión y fo men to d e las re co me nd ac ion e s técn ica s, ma nua les o nor ma s d e bue na prá c tica e n r e lac ión c on la segur id ad d e l pro yec to, con s tru cción, exp lo tac ión y ma n te n imie nto de las p re sa s. k) la for mu la ci ón d e cr iter io s y la rea liz ac ión d e e s tud io s, pro yec to s y obr as d e exp lo ta c ión, con tro l y cons erv a ción d e lo s ac u ífe ros y la v ig ilanc ia. l)

la v ig ilanc ia , e l s egu imie n to y e l c on tro l de los n ive le s d e ca lid ad d e las agua s con tin en ta les y de la s a ctiv id ade s su sc ep tib le s de provoc ar la con ta min a c ión o d egr ada c ión de l do min io púb lic o h idr áu lic o ; e l imp ulso y fo me n to d e la s ac tiv ida de s de d epur ac ión orie n tad as a me j or ar y, e n su ca so, e limi n ar la con ta min a c ión d e las aguas con tinen ta le s ; e l impu lso y fo me n to de la s me d id as que f ac iliten la r eu tiliz a c ión d e la s a guas d epurad a s y, en g ener al, d e tod as la s me d id as de s tinad as a f avor ece r e l ahorro d e agu a, y la e labor ac ión de p lan es y progr a ma s en e s tas ma ter ia s.

m) el s egu imie n to y contro l d e l bu en e s tado d e las agu as su b te rr áne as r enovab le s. n) el o torg a mie n to, rev is ión y c anc ela c ión de la s con c es ion es de agua y au tor iz a c ion es d e v er tido qu e se an co mp e tenc ia d e l Min is te r ios .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 146

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

ñ) la elabora c ión de estud ios y la d e ter min a c ión de los cr iter ios d e l r ég ime n econó mic o -f in anc iero d e la u tiliz a ción d e l do min io púb lico h idr áu lico D ebe mo s h ac er ref er encia en cu anto a la Ad mi n is tra c ión púb lica es ta ta l a las So c iedad es Es ta ta les de Agu as ( SEA) qu e s on un nu evo ins tru me n to d e la po lítica d e obr a h idráu lica con el propó s ito d e fo me n ta r p ar ticip a c ión

de

los

u suar io s

en

el

d es arro llo

y

e ins trume n ta r la

exp lo tac ión

de

es tas

infr aes tru c tur as , f ac ilita r la ob tención d e f in an c ia c ión pr iv ada y la ap lica c ión d e ayuda s co mun itar ias. L a L e y d e A co mp aña mie n to d e lo s Pr esupu es to s G ene ra les d e l E s tado de 1996 in trodujo dos nu ev as f igur a s c on e l f in de a mp liar e l c a mpo re lativo a la ejecu ción d e la s obra s h idr áu lic a s f ac ilitando la inve rs ión d e c ap ita les pr iv ados . La pr ime r a f igur a cons is tía en la regu lac ión d e un nu evo con tr a to d e “con s tru cc ión, c on se rva c ión y explo tac ión d e obr as h idráu lica s” por e l que e l conces ion ario tien e d ere cho a p er cib ir una tarif a co mo con tr apr es tac ión de la apor ta c ión ec onó mic a rea liz ada . L a s egund a f igur a, comp le me n tando la an ter ior, es la qu e p er mite a las Conf eder a c io n es H idrogr áf ica s la c ons titu c ión de Soc ie dad es Es ta ta les d e Agu as con c ap ita l públic o p ero de r ég ime n jur íd ico pr iv ado, p ar a e l me j or cu mp limie nto d e su s f in es r e la tivos a l p ro ye c to, con s truc ción y exp lo ta c ión de obr as . A c tua lme n te s e e ncu en tr an c ons titu i d as las s igu ien te s : -

Agu as de la Cu enc a d e l No rte, S.A .

-

Agu as de l Du ero, S.A.

-

Agu as de la Cu enc a d e l Tajo , S .A.

-

H idrogu ad ian a, S.A.

-

Agu as de la Cu enc a d e l Gu ad a lqu ivir (AQUAVIR)

-

Agu as de la Cu enc a d e l Segur a (ACS EGU RA)

-

Agu as de l Ju car (AJ SA)

-

Agu as de la Cu enc a d e l Ebro, S.A . (A CE SA)

-

Can a l d e N av arr a, S.A. ( CANASA )

-

D epurado ra d e l Ba ix L lobr ega t (DEPU RBAIX)

-

Can a l Seg arr a -G arr igu es , S.A. ( CAS EGA)

-

Agu as de la Cu enc a d e l Med ite rráne o, S.A. (ACUA MED)

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 147

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

En lo que se r ef ier e a la Ad min is tr ac ión au tonó mic a , (Artº . 16 de L ey de Agu as) la s CCAA tien en tr ans fer ida s co mp e ten c ia s en ma te r ia de agua de la s cuen cas in tr aco mu n itaria s de sus r esp ec tivos á mb ito s te rr itor ia le s en las Conf eder a c ion es Hid rogr áf ica s. 2.- La Ad min ist rac ió n “a ct iva” y la A dm inistr ac ió n “pa rt ic ip at iva” . P ar a en tende r con c lar id ad h e mo s d iv id ido la Ad min is tr ación púb lic a d e l Agu a en : la Ad min is tra c ión “a c tiv a” qu e comp r end e a la s Conf eder ac ion e s H idrogr áf ica s, a l Con se jo de Min is tros y la s Co mun id ades de Regante s y la Ad min is tr ación “p ar tic ip a tiva ” qu e c o mpr ende e l Cons ejo N ac ion a l d el Agu a y los Cons ejos de Agua s d e las Cu enc a s. 2.a)

La

Ad m in istrac ión

“a ct iva” :

Las

Conf edera c ion es

H idrogr áf ica s

S ind ic a le s (d eno min ac ión in ic ial) h an fun c ion ando d esd e su na c imie n to en 1926 me d ian te Rea l De cr e to L e y 5 de ma r zo de 1926, fir ma do por e l S .M. A lfon so XIII y e l Min is tro d e Fo me n to D . Ra fa e l Benju me a y Bur ín. E s te mis mo d ía 5 d e ma rz o d e aprue ba o tro Re a l De cr e to L e y for ma ndo la Conf eder a c ión S ind ica l H idrogr áf ic a d e l Ebro. Por lo tanto e s tos dos Rea le s D ecr eto s in stru me n tan la con s titu c ión de la s Conf ed er ac ion e s S ind ica les H idrogr áf ica s, s iendo pub licado s e l 6 de ma r zo en la Ga ce ta d e Madr id, nº 65 , p ag. 1241 . L as r es tan tes Confed er ac ione s S ind ic a les H idrogr áf ica s se c re aron en : -

C.H .S. de l S egur a : 23 d e agos to de 1926

-

C.H .S. de l Du ero : 22 de jun io d e 1927

-

C.H .S. de l Gu ada lqu iv ir : 22 de s eptie mb r e d e 1927

-

C.H .S. de l P ir in eo O r ien ta l: 15 d e ma r z o d e 1929

En e l r e s to d e las cuen ca s la conso lid ac ión s e re a lizó en los años 1930 bien b ajo la fó rmu la d e Conf ede ra c ión c o mo la del J úc ar, Gua d ian a, Sur d e E spañ a o b ien b ajo la fó r mu la de Serv ic io s H id ráu lic os co mo e l de No rte de Esp añ a. Más tard e pe rde rán e l adj e tivo “S ind ica l” en 1933. L a s C.H .S. s e cr e aron c o mo cons ec uen c ia d e la n ec es id ad d e in tegra c ión metó d ica de in ter e se s y a c tiv id ad es p ar a e l me j or aprov ech a mie nto d e los r ecu rso s h idr áu lico s d ispon ib les en la s cu en ca s h idrogr áf icas . En su n a cimie n to la r ea liz ac ión d e obr as s e b as ab a e n in ic ia tiv as p ar ticu la re s, que el E s tado

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 148

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

r ecog ía y aux iliaba , lo qu e dab a lug ar a una s ac tua c ione s no so me tid as a ord en n i p lan y qu e en algunos c aso s er an inc o mp a tible s o con traria s a la conven ien cia gen er a l. Pa ra ev itar lo s e h a c ía imp r e sc ind ible la r ed ac ción d e un p lan d e aprov ech a mie n tos , en cu ya for ma ción deb ían en trar lo s in te re se s lo cales a l lado d e lo s inte re s es g en er a le s. Con e ste obj e tivo y bajo la tu te la y a yud a d e l E s tado la s C.H . fun c ion aron con p ersona lidad jur íd ica prop ia s uf ic ien te p ar a a ctua r co mo mo tor es de energ ía la ten tes, r espond iendo a la r e a lidad g eográ f ic a y a la n ec es id ad de l mej or aprove ch a mie n to d e su s agu as , a l ma yo r r end imie n to d e la s obras , y a la creación d e r iqu ez a cu ya b as e er an los r ecur sos h idrog ráf ico s. Lo s dos p ila re s fund ame n ta le s de la fo r mu la con fed er a tiv a h an s ido : a) cons agr ac ión de la unid ad d e cue nc a y b) la adopc ión, p ara e l de s arro llo h idr áu lico y la g es tión d e l agu a, d e un a estru c tur a admin is tr a tiv a d e b as e d emo crá tic a y d e func ion a mie n to p ar tic ip a tivo, qu e , en s us obj e tivo s f in a les (no

a lcanz ado s

por

r a zone s

po lítica s)

in troduc ía

un a

profund a

d es cen tra liza c ión y un alto gr ado d e au tono mía ( in c luso f ina nc ier a). L as circun s ta nc ias que d ieron lug ar a las C.H. fu eron pr in c ip a lme n te dos : a ) ord ena r la ej ecu c ión d e obr as b) los r iegos. L as cua tro id ea s fund ame n ta le s d el D e cre to fund ac ion a l de las C.H. fu eron : 1. L a id e a d e cuen c a hidrogr áf ica c o mo ma r co geogr áf ico na tur a l, sup erando d iv is ion e s a d min is tra tiv as a r tif ic ia le s e in trodu c iendo la ide a de r eg ión que p er mite econo mía s d e e sc a la, s in pre sc ind ir de l con tac to d ir e c to con los prob le ma s . 2. La id ea d e un id ad de agu a, pr inc ip io c ien tíf ico que er a pr ec iso tras lad ar a l camp o de la “ ge s tión d e l agu a ” pa ra un if ic ar la g es tión d e la con s erv ac ión e in creme n to d e r ecur so s, la c oord inac ión de los u sos d e l agu a en la agric u ltura , indus tr ia , ab as tec imie ntos urb anos, e tc… 3. L a ide a d e au tono mía , en líne a con la id ea a c tua l d e la d es c en tra liz a c ión y r eg iona liz ación d e las es truc tur a s ad min is tr ativa s. 4. L a ide a d e la par tic ipa c ión d e los us uar io s, en e l gob ierno d e la Conf eder a c ión, llev ando a e sto s Org an is mo e l a ire de mo crá tico que s ie mp re h an ten ido e n E spañ a lo s ó rgano s má s a n tiguos d e ad min is tra c ión de la s agua s, las Co mu n id ade s d e Reg an te s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 149

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

E sp aña ha sido p ion er a e n es te tema ta n i mp or tan te pues to que d if er en tes p aís es de nu es tr a ár e a g eográ f ic a h an adop tado so lu c iones s imila re s a las d e nu es tr as Conf ede ra c ion es H id rogr áf ica s como p or eje mp lo : las Ag en cias F in an c ier a s fr anc e sa s c re ad as por la Le y d e Agu as fr an ce sa d e 1964 ; las Au tor id ade s H idrogr áf ic a s ingle sa s, cr ead as por la Le y ing les a d e 1974 y las Org an iz a c ion es Reg ionale s pr ev is tas en le Le y F ed er a l de Agu as me xic an a d e 1974. L a regu la c ión a c tua l y la nor ma tiv a ap lic ab le : La pr in cip a l f igur a d e la Ad min is tr ación

h idr áu lic a

son

los

Org an ismo s

de

Cu enc a

que ,

con

la

d eno min ac ión d e Conf ede ra c iones H idrogr áfic a s d e l r es pe c tivo r ío qu e d a no mbr e a las Conf ed erac ione s, se con stitu yen en aque llas cu enc as qu e e xc eden d el ámb ito te rr itor ia l d e un a CCAA. Son Organ ismo s Au tóno mo s ( según e l Ar tº . 43.1. y 2. de la L e y 6 /1997, de 14 d e ab r il d e Org an iza c ión y Fun c iona mie n to d e la Admin is tr ac ión G ene ra l d el E s tado), a d scr ito s ad min is tr ativa me n te a l Min is ter io d e Medio Amb ie n te, Med io Rur al y Ma r ino, en la D ir ec c ión Gen era l d e l Agu a , dep end iendo d e la S ecretar ía de E s tado d e l Med io Rura l y Agu a (Re a l D ecr e to 438 /2008, d e 14 d e abr il), con p erson a lid ad jur íd ic a prop ia d is tinta d e la d el E s tado. D isponen de a u tono mía p ar a reg ir y a d min is tra r por s í los in tere s es qu e le s ean conf iado s ; p ara a dqu ir ir y e n ajen ar b iene s y de re cho s que puedan cons titu ir su prop io p atr imon io ; pa ra con tr a tar y ob lig ar se y pa ra ej er ce r an te los T r ibuna le s, todo gén ero de ac c ion es , s in má s limita c ion e s que las imp u es ta s por la s leye s. Su s ac tos y r eso lu c ione s

pon en f in a la v ía

ad min is tra tiv a. Lo s Org an is mo s de cue nc a y la s CCAA podrá n es tab le ce r un a mu tu a

co la bora c ión

en

el

ej erc ic io

de

s us

r e spe ctiv as

co mpe ten c ia s,

esp ecia lme nte me d ian te la in corpora c ión d e la s CCAA a la Jun ta d e Gob ierno d e d ichos o rg an is mo s, se gún d e ter min e es te TRLA . E l Org an ismo d e Cuen ca o la C.H . tiene lo s s iguien te s e le me n to s: a ) concep c ión un itar ia de la cuen c a h idrogr áf ica ; b) un idad ad min is tr ativa d e b as e (d emo cr á tica

y

con

func ion amie n to

par tic ipa tivo) ;

b)

un a

profund a

d es cen tra l iza c ión , un a lto g rado de au tono mía a d min is tra tiv a y au tonómic a : c ) un a imp lan ta c ión terr itor ia l supr a au tonó mic a qu e re a liza un p ape l in tegrador s obre e l ter ritor io. S egún e l Re a l De cr e to 125 /2007 , d e 2 de f ebr ero, por e l qu e se f ij a el á mb ito terr itor ia l d e la s de ma r c acion es h idrogr áf ica s : “En e l c a so

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 150

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

esp ecíf ico d e E spañ a, e s e con cep to no pued e oper ar s obre e l pre supu es to h ipo té tico v ac ío p rev io, s ino, a l c on tra r io, sobr e un a es truc tur a d e c uen c as h idrogr áf icas má s qu e con so lidad a y ajus ta da en líne a s g en er ale s a la es tru c tur a org an iz a tiva y d e d ivis ión co mpe ten c ia l entr e e l E s tado y la s Co mun id ades Au tóno ma s . Por eso se h a op tado po r ma n tene r, en la me d id a de lo

pos ib le,

la

a c tu a l

e s tru ctu ra

de

cu en ca s

h idrográ f ic a s

me dia n te

la

corr espond ie n te ad ic ión d e las agu as de tran s ición y las cos ter as s egún r e sulta tamb ié n de l c on ten ido d e l Ar tº. 16 b is de l T ex to Refund ido d e la L e y d e Agu as ”. T ra s la in corpor a c ión d e las d ir ec tr ic e s d e la D ir e c tiva Mar co d e l Agua (D MA) a nu es tro orde na mie n to jur íd ico y e l con cept o d e “d ema r c a c ión h idrogr áf ica” , la s itua c ión a c tua l de la Ad min is tra c ión d e l Agu a en Es pañ a es la s igu ien te: D ema rca c ion e s H id rogr áf ica s Int ra comu n ita rias : 1.- D.H . de G a lic ia - Costa 2.- D.H . de la s Cu en ca s In tern as del Pa ís V as co 3.- D.H . de la s Cu en ca s In tern as de Ca ta luñ a 4.- D.H . de la s Cu en ca s A tlán tica s d e And a luc ía 5.- D.H . de la s Cu en ca s Med ite rráne a s d e And alu c ía 6.- D.H . de la s Is las Ba le ar e s 7.- D.H . de la s Is las Can ar ia s D ema rca c ion e s

H idrog ráf ica s

In te rco mu n ita r ias

s it uada s

en

te r r ito rio

es pañ o l: 1.- D.H . de l Gu ad a lqu ivir 2.- D.H . de l Segur a 3.- D.H . de l Júc ar D ema rca c ion e s H id rogr áf ica s co rr e spo nd ie nt es a la s c ue n cas h id rog ráf icas compa rt idas co n ot ros pa íse s . 1.- P ar te esp año la de las D e ma rc a c ion es Hid rogr áf ica s d e l Miño -L imia 2.- P ar te esp año la de las D e ma rc a c ion es Hid rogr áf ica s d e l Nor te 3.- P ar te esp año la de las D e ma rc a c ion es Hid rogr áf ica s d e l Du ero 4.- P ar te esp año la de las D e ma rc a c ion es Hid rogr áf ica s d e l T ajo 5.- P ar te esp año la de las D e ma rc a c ion es Hid rogr áf ica s d e l Gu ad ian a 6.- P ar t e esp año la de las D e ma rc a c ion es Hid rogr áf ica s d e l Eb ro

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 151

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

7.- P ar te esp año la de las D e ma rc a c ion es Hid rogr áf ica s d e Ce u ta 8.- P ar te esp año la de las D e ma rc a c ion es Hid rogr áf ica s d e Me lilla. L a no r ma tiva ap lic ab le s e en cuen tra en los s igu ien te s Tex to s L eg is la tivo s: -

L e y 20 /1985, de 2 de ago sto , d e Agu as, mo d ific ad a por Le y 46 /1999, d e 13

d e d ic ie mb re . -

Re a l D e cre to 1821 /1985, de 1 de a gos to , por e l q u e s e in tegr an en las

Conf eder a c ion es H id rogr áf ica s las fun c ione s d e la s Co mis ar ías de Agua s y se mo d if ic a su es truc tu r a org án ic a. -

Re a l D e creto 927 /1988, de 29 d e ju lio, por e l qu e s e apru eba e l

Reg lame n to d e la Admin is tr ac ión Púb lica d e l Agu a y d e la P lan if ica c ión H idro lóg ica, en de sa rrollo d e lo s Títu lo I I y I II d e la L e y d e Agu a s. -

Re a l De cr e to 650 /1987, de 8 de ma yo, p or e l qu e se d ef in en lo s á mb itos

terr itor ia le s lo s Org an ismo s d e Cu en ca y d e los P lan es H idro lóg icos . -

Re a les D ec re tos d e l año 1989 por los qu e s e cons titu yen los Org an is mos d e

Cuen c a d e la s Con fed era c ion es H idrogr áf ica s de l J úc ar, S egur a, Guad alqu iv ir, T aj o, Guad ia na , Du ero, Nor te y Ebro. -

T ex to Re fund ido Re a l D ecr e to 1/2001, d e 20 de ju lio, por e l qu e se

aprueb a e l T ex to Refund ido d e la Le y d e Agu as. -

L e y 10 /2001, de 5 d e ju lio d e l P lan H idro lóg ic o N ac ion a l.

-

DI RE CTIVA MA RCO DE L AGUA 2000 /60 /CE .

-

Re a l D ec reto L e y 4 /2007, d e Mod if ica c ione s d e 11 /2005 d e l Te xto

Refund ido de la L e y d e Agu as . -

Re a l De cr eto 907 /2007, de 6 de ju lio aprob ando e l Reg la me nto d e

P lan if ica c ión H idro lóg ic o. -

Re a l De cr eto 125 /2007, d e 2 d e f ebre ro, por e l qu e s e f ij a e l á mb ito

terr itor ia l de las d e ma rc a c ion es h idrogr áf ica s. -

Re a l De cr eto 126 /2007, de 2 de f ebr ero, por e l que s e r egu lan la

co mpos ic ión, func ion amie n to y atr ibu c ione s d e lo s comité s d e au tor id ade s co mp e ten tes d e las de ma rc a c ione s h idrogr áf icas con cu en ca s in ter co mun itar ia s. -

DI RE CTIVA 2007 /60 /CE d e Ev alu ac ión y G es tión d e los Rie sgos de

Inund ac ión . -

Re a l D ecr e to 9 /2008, de 11 de enero por e l que s e mod if ic a e l Reg lame n to

d el Do min io Púb lico Hidr áu lico , aprob ado por e l Rea l D ec re to 849 /1986, d e 11 d e abr il.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 152

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

-

DI RE CTIVA 2008 /32 /CE de l P ar la me n to Eu rop eo y d e l Cons ejo d e 11 d e

mar zo d e 2008 qu e mo d if ic a la DI RE CTIVA 2000 /60 /CE por la qu e s e es tab le c e un ma r co comu n itar io de a c tu a c ión e n e l á mb ito d e la polític a de aguas, por lo qu e s e re f ie re a la s c o mp e tencia s de ej e cu c ión a tr ibu id as a la Co mis ión. L a e s truc tur a org an izativ a d e las Conf edera c ion es H idrogr áf ica s : S e co mpon e d e lo s s igu ien te s ó rgano s :

ÓR GANOS D E G O BI ERNO

P RESID ENCIA J UNTA D E GO BI ERNO

ASA MBLEA D E U SUA RIOS ÓR GANOS D E G ESTIÓN

J UNTAS DE EX PLO TA CIÓN CO MISIÓN DE DE SE MBAL SE J UNTAS DE O BRA S

ÓR GANO D E PLA NIF ICAC IÓN

CONS EJO DE AGUA DE LA CU EN CA

O rgano s d e Gob ier no: - El Pr e s ide nt e : La f igur a d e l Pre s id en te tien e una gran r e levan c ia c o mo órg ano d e gob ierno en e l en trama d o in s titu c iona l d e la s Con fed era c ion es H idrogr áf ica s. Su no mbr a mie n to y c es e co rres ponde a l Con sejo de Min is tro s. No es , por ta n to, un órg ano extr a ído d e lo s órgano s c o leg ia les me d ia n te fór mu la s e le c tiv as , s ino que su leg itimid ad le v ien e de l no mbr a mie nto por e l Gob ierno de la Na c ión a propu es ta de l Minis tro d e Med io A mb ien te. L a ra zón fund ame n ta l por la que no se s igu e e l mode lo e le c tivo no e s o tr a qu e la n atura le za

del

Conf eder a c ion es

orga n is mo

autóno mo

H idrogr áf ica s

y

la

e sta ta l

qu e

na tur a le z a

c orr espond e

admin is tr a tiv a

a

la s

de

la s

imp or tan tes fun c ione s qu e tien e atr ibu id a, fun c ione s toda s e lla s prop ias d e l E s tado y no d e un organ is mo corpor a tivo. L e corr e spond e la s s iguie n te s fun c ion es e spe c ífic a s :

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 153

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

-

L a aprob a ción a l P lan de A c tua c ión d e l Org an ismo

-

Ord ena r la e je cu ción de los a cu erdo s de los órg anos co legia dos

-

Ej er c er las fa cu ltade s d e con tr a ta c ión prop ia s d el Org an is mo

-

L a au tor izac ión d e g as to s y p agos

-

L a j ef a tur a d e p erson a l y se rv ic io s

-

O torg ar conc e s ione s y a u tor iz a c ion es d e aprov ech a mie n to de l do mi nio púb lico h idrá u lico y autor iza c ion es d e po lic ía de cau c es

-

L a po te s tad s an c ionado ra

-

Re so lv er los r e curso s pr es en tados con tr a a c to s d e la Comu n id ad es de Reg an tes y d e l prop io Org an is mo

-

Ap licar e l ré g ime n f isca l en ma te r ia d e agua s

-

Au tor iza r y a prob ar los pro yec to s d e obra s r ea liz ados c on ca rgo a fondo s d e l Org an is mo

-

Ej er c er las fun c ione s exprop ia tor ia s en ma te r ias d e agu as

-

Infor ma r a l Gob ierno d e lo s ef ec to s s oc ia le s d e los pro yec tos de obr a

-

Infor ma r las propu e s tas d e no mbr a mie n to y c es e de l Co mis ar io d e Agu as y de l D ir e c tor Téc n ico de la Conf eder a c ión

Cua tro

son

la s

un ida de s

ad mi n is tra tiv as

ó

S erv icios

T écn ico s

d el

org an is mo , d ir ec ta me n te d epend iente s d e la Pre s id enc ia : 1. L a Co mis aría d e Agua s a qu ien corr espond e de ma n er a ge ner a l la g es tión d e do min io púb lico h idr áu lico (o torg a mie n to d e con c es ion es, Reg is tro de aprove ch a mie n tos, po lic ía de agu as ) as í co mo la s cu e s tion es re la tivas a l r ég ime n d e las agu a s con t in en ta les ( aforo s, h idro log ía y ca lidad) 2. L a D ire c c ión T écn ica cu yo co me tido s e cen tra e n e l proye c to , d ir ecc ión y exp lo ta c ión de la s obr as h idr áu lic as prop ias o e nco me nd ada s, y en gene ra l, las ac tu a c ion es tenden te s a ob ten er un aprovec ha mi e n to má s r a c ional d el agua , in c luye ndo la aplic a c ión d e l ré g ime n f isca l corr espond ien te . 3. L a S ec re taría G en era l qu e s e o cup a d e los as unto s r e la tivos a la ge s tión ad min is tra tiv a y d e rég ime n in ter ior d e l o rga n ismo in c lu yendo lo s asp e ctos jur íd icos y fin anc iero s. 4. L a O f ic in a d e P lan if icac ión H idro lóg ica , apo yo té cn ico par a la for mu la c ión y segu imie nto d e l P lan .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 154

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

- La Jun ta d e Gob ie rno : Es , junto con e l P re s iden te, e l s egundo d e los órg anos d e gob ierno d e la Conf eder ac ión . Su c o mpos ic ión es dis tin ta en c ad a un a

de

ella s,

pu e s

d epend e

del

nú me ro

de

us uar io s

y

tipos

de

aprove ch a mie n tos, de l nú me ro d e CCAA, e tc. Co mpo s ic ión : -

S e is voc a les en r epr ese n ta c ión d el Org an is mo, uno d e ellos e l Pre sid en te qu e lo es , a s u ve z, de la Jun ta d e Gob ierno

-

S e is voc a les r epr es en tante s d e la Admin is tr ac ión G en era l de l E s tado

-

On ce vo c a les rep re sen tan tes d e las CCAA de la c uen c a, s iendo uno d e e llo el V icepr e sid en te pr ime ro d e la Junta .

-

Do ce r epr ese n tan tes d e los d is tin tos u sua r ios de la cu en ca , c las if ic ados en u sos agr ícola s, d e ab as te c imie n to y aprov ech a mie n tos e nerg é ticos (No me n os de l 30% de l to ta l d e lo s vo cale s) .

Fun cion es : -

P roponer e l P lan d e A c tu ac ión de l Org an is mo

-

Fo r mu la r sus pr esupu es to s

-

Conc er tar op era c ion es d e créd ito ne c es ar ias

-

P rep ar ar asun tos que se h an d e some te r a l Con sejo d e l Agu a d e la cue nc a

-

Adop tar lo s a cuerdo s r ela tivos a a c to s de d ispo sic ión d e l Org an is mo

-

D ec lar a

los

a cu íf eros

sobr e explo tados

y

d e te r minar

p er íme tro s

de

pro tec c ión.

Ó rgano s d e Ge st ión: - La Asa mble a d e U sua r ios : La fin a lidad d e la As a mb le a d e Usu ar io s e s la coord ina c ión de la explo tac ión de la s obr a s h idr áu lic as y de los r ec urso s d e agua en toda la cu en ca . Con s titu ye, pu es , el gra n a foro d e d eba te y en cuen tro qu e

con temp la

lo s

in tere s es

ge ner a les

de

la

c uenc a

co mo

un id ad

de

exp lo ta c ión. Co mpos ic ión : E s tá in tegra da por todo s lo s r epre s en tan te s d e lo s u suar io s qu e for ma n p ar te d e las J un tas de Exp lo ta c ión. De e s ta ma ner a, qu eda g ar an tiz ad a en la A samb le a un a repr e sen ta c ión propor c iona l d e ca da un a de la s zona s de c uen c a, es to e s, qued a te rr itor ia liz ada la re pre s en ta c ión de los us uar io s en un órgano in tegrado ex c lus iv a me n te por ellos . Pu ede inc orpor ars e c on vo z pe ro s in voto:

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 155

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

1 Repr es enta n te de l Min is ter io d e Agr icu ltur a y o tro de l Min iste r io de Indu s tr ia ; Rep re sen ta ción d e la s Co mun id ad es Au tónoma s d e la Cuen c a; Rep resen ta ción d e l Orga n is mo . Fun cion es : -

Coord in ar la exp lo tac ión d e ob ra s y r ecur sos s in me no sc abo d e l rég ime n conc es ion a l y der e chos d e usu ar io s

-

P ropue s ta de r eso lu c ione s a cu es tion es en tr e Jun tas d e Explo tac ión

-

D eba tir la Me mo r ia anu a l d e ac tivid ade s d e l Org an is mo

-

Infor ma r pre supu es to s a nua les de Jun tas d e exp lo tac ión

-

P roponer repr es en tan tes de usu ar ios en Co mis ión d e D es emb a ls e

-

No mbr a mie n to d e r epr es en tan te s d e u sua r ios en Con sejo del Agu a

-

No mbr a mie n to d e r epr es en tan te s d e u sua r ios en la Jun ta de Gob ierno

- Jun tas d e Ex p lotac ión : T ien en co mo f in a lida d coord in ar la explo tac ión de las ob ra s h idr áu lic a s y d e los r ecurs os d e agu a d e aqu e l conjun to d e r ío s, río , tr amo

de

r ío

o

un id ad

h idrog eo lóg ic a

c u yo s

aprov ech a mie n tos

e s tén

esp ecia lme nte in ter re la cion ados. A d if er enc ia de la As a mb le a , (foro d e d eba te y en cu en tro de tod a la c uen c a), la s Jun tas d e Exp lo ta c ión lo son d e s is te ma s h idr áu lico s limita d os , es to qu ier e d ec ir qu e se ar ticu lan a p ar tir d e a que llas un id ade s d e exp lo tac ión d ife ren c iad a qu e for ma n la cu enca . De e s ta ma n e ra , la exp lo ta c ión d e los re curs os h idro lógic os se ha c e má s p róx ima a lo s usu ar ios d e los

r e spe c tivos

s is tema s ,

pue s to

que

en

a lgun as

o ca s ione s,

la

cu enca

h idrogr áf ica e s ex t r aordin ar ia me n te a mp lia y div ers a, d if icilme n te susc ep tib le d e un a exp lo tac ión glob a liz ada . Co mpo s ic ión : For ma p ar te d e las Jun tas d e Explo tac ión : Lo s S erv ic io s T écn icos d e l Org an is mo d e Cu en ca y lo s re pre s en tan te s d e los usu ar io s af ec tado s, titu lare s d e d ere cho s ins cr ito s en e l Reg is tro de Agu a s. Pu ed en in corpor ar se con voz pe ro s in vo to : 1 Rep re sen tante d e l Min is ter io de Agr icu ltur a y o tro Repre s en tan te d el Min is ter io d e Indu s tr ia . Fun cion es : Coord in ar

la

exp lo tación

de

obr as

y

r e cur sos

en

c ad a

s iste ma

de

exp lo ta c ión, s in me no sca bo d e l r ég ime n con ce s ion a l y d er echo s de usu ar io s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 156

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

Co mis ión de D es em ba ls e : E s la enc arg ad a d e d e liber ar y for mu lar propu es tas al Pr es id en te de la Conf ede ra c ión H idrogr áf ica sobr e e l ré g ime n ad ec uado d e llenado y va c iado d e lo s e mb a lses y a cu íf ero s de la cue nc a. En e l s is te ma h idro lóg ico e spaño l car ac ter izado por s er un s is te ma d e a gua s regu la da s, que s e h a cons egu ido a tr avé s d e la cons truc c ión d e un a cos to sa y c o mp le ta r ed de infr aes tru c tur as h idr áulic a s, abso lu ta me n te ne c es ar ia e imp r e sc ind ib le par a d ispon er d el r e curso , la s fun c ion es de llen ado y v a c iado d e los emb a ls e s y acu íf ero s con stitu yen un a de licada op era c ión de la que d ep ende la g ar an tía de la of er ta en c an tid ad y ca lidad de los r ecur sos hídr icos . Po r o tr a p arte los e mb a ls e s tienen un c ará c ter pr even tivo y c orr ec tor de lo s f enó me nos c a tas tróf icos o r ig inado s por las aven id as, po r lo qu e la s de c is ione s s obre de semb a ls e s ex tr aord in ar ios d eb en ser to ma d as en tie mp o re al po r un Co mité p erma n e n te de la Co mis ión d e D es e mba ls e. Co mpo s ic ión : En la Co mis ión e s tá n repr e senta do d e forma ma yo r ita r ia lo s u suar io s d e la c uen c a, a unque forma n p ar te co mo vo c a les a lgun as pe rson as de la Ad min is tr ac ión Cen tr a l -

Mie mb ros d e l Organ is mo de cue nc a y usua r ios af ec ta dos ( Pre s id e e l P re s iden te de l Org an is mo)

-

Rep re sen tante s d e l Minis ter io d e Agr icu ltur a, d e In dus tria y d e la “ Red E lé c tr ic a Esp año la , S .A. ”

- Junta d e O bra s : Son e l c a uce d e p ar tic ipa c ión d e lo s futuro s u suar io s en e l pro yec to

y

c ons truc c ión

de

las

obr a s

h idr áu lic a s

de

la s

qu e

h an

de

b enef ic iars e. Cu mp len la f in a lid ad de que es té n info r mado s d e l d esa rro llo e in ciden c ia s d e la obr a h idr áu lic a a r e a liz ar, s ie ndo a l mis mo tie mp o e l foro dond e pu ede n exponer s us sug erenc ia s.

2. b) El Con s ejo d e M in ist ros :

Lo s an tec e d en tes son : e l Ar tº . 27 de la L e y de

Agu as de 1985 no s d ice qu e un a imp or tan te ac tiv idad de l Con sejo de Min is tros es “no mbr ar y c es ar a lo s Pr es id en te s d e los Org an ismo s de cue nc a, a propu es ta de l Min is tro d e Med io Amb ie n te. Los no mb ra mi e n tos s e ajus tar án a lo es tab le c ido en e l ar tícu lo 18.2 d e la L ey 6 /1997, d e 14 d e a br il, de Org an iz a c ión y Fun c iona mie n to de la Ad min is tr ac ión Gen er a l d e l Es tado . Fun cion es :

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 157

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

-

Aprob ar los P lan es Hidro lóg icos de la s Dema r c a c ion es y r e mitir a las Cor tes

G en era le s e l Pro yec to de L e y d e l P lan H idro lóg ic o N ac ion a l

-

E s tab le ce r limita c ion e s a l uso de las zon a s inund ab le s

-

Adop tar las me d id as n e ce s ar ias en s itu ac ion es ex cep c ion ales *

-

A corda r l a c ons titu c ión d e b an cos púb licos d e a gua

-

D ec lar ar e l in teré s g ener a l d e las obr as h idráu lic a s

-

Au tor iza r tra nsf er enc ias de pequ eña cuan tí a en límite s es tab lec ido s en e l

-

P lan H idro lóg ico N ac ion a l

-

I mpon er s anc ione s por infr a cc ion es mu y grav e s

-

L a s qu e s e le a tr ibu yan En r e lac ión con la fun c ión d e :* “Adop tar la s me d idas n e ce sa rias en

s itu acione s e xc ep c iona le s”

e s lo qu e su s titu ye a la c ar en c ia d e un a Ley

N acion a l de Tr a sva ses que d ebe rá de sa rrolla rs e br eve me n te p ara ev itar s itu acione s c onf lic tiv as e n tr e la s d if er en te s CCAA co mo la s itu a c ión cr ead a por la sequ ía e n e l ár e a d e Barc e lon a. Se so lu cionó me d iante Re a l D ecr e to -L e y 3 /2008, d e 21 d e ab r il d e me d idas ex c epc iona le s y urg en tes qu e r egu la la conduc c ión urg en te d e a gua d e Tarr agona a Abr er a, par a a ba s te c er de agu a a Barcelon a, p ero h a cr ea do un a tens ión en tre la s CCAA por la s qu e dis curr e el r ío Ebro y otr as CCAA qu e s e s ien te n d is cr imin ada s an te es ta so lu c ión.

2. c) Las Co mun idade s d e Regan te s : La s Co mu n idad es de Reg an te s (en adelan te CCRR) tiene un in ca lc u lable va lor h istór ico y pr ác tico en Esp aña . Su f in alidad , ba s es leg a les y mo do d e g es tion ars e a s í co mo su e nor me i mpor tanc ia co mo corpor ac ion e s mile nar ia s, ho y d e Der ec ho púb lico, no s ind ic an que es tamo s an te una agrupa c ión d e agr icu ltor es cu ya f in ú ltimo e s au toge s tion ars e p ara d is tr ibu ir e l agua d e r iego de un modo ef ic a z, o rden ado y equ ita tivo. Por s u car ác ter mile n a r io, su ef ic a cia de mo s trad a, por se r genu in a me n te es paño la y ún ica en e l mu ndo , r esulta imp or tante su cono c imie n to p ar a pod er expor tar es te tipo d e a socia c ión d e r eg an te s a o tro s pa íse s en d es arro llo, c on e l obj etivo d e qu e el es c as o r ecu rso d e l agua pue da s er dis tr ibu ido con e l má x imo r igor y equ idad . L a s p r ime ra s CCRR qu e s e in s crib ieron en la Fed er a ción Na c ion al de Co mun id ades d e Reg an te s fu eron las qu e co mpon en e l Tr ibun a l d e la s Agu as de la V ega de V a lenc ia, qu e cuen ta c on má s d e mil a ñ os d e edad que in c luso

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 158

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

s irv ió d e ins pira c ión par a que los le g is l ador es d e la s Le yes d e Agua s d e 1866 y 1879 pud ie se n con inneg ab le ac ier to p la s ma r el rég ime n qu e se conoce d e la s Co mun id ades d e Reg an te s d e Esp aña , y por su inf lu enc ia de d iv erso s pa ís es de A mér ica . As í pu es, las CC. RR. ( Co mun id ad es d e Reg an te s) son ins t itu c ione s d e larg a tra d ic ión h is tór ica en la buen a d is tr ibu c ión d e la s agu as y en la org an iz a c ión p rop ia de l r eg ad ío, y s e en cuen tra n profund ame n te e nra iz ad as en la conc ienc ia popu lar. Ba s e L ega l d e la s CCRR: L a f igura de las CC.RR. se encue n tra refo rza da y pro mov id a por la mis ma Ad min is tra c ión , ya qu e no só lo r econo c e a tod as las CC. RR. ya e x is ten te s, s ino qu e oblig a a todo s los fu turos usu ar io s que u tilicen el agua en c o mún a con stitu irs e en co mun id ad d e r eg an te s. E l ma r co jur íd ico en el que se b as an las c o mun id ade s d e reg ante s e s la L ey d e Agu as v ig en te , dond e s e e s tab le c en los funda me n tos d e su es tru c tura , co mp e ten c ia s y po tes tade s. L a p r ime ra L e y d e Agua s fue la de 3 de ago s to d e 1866 , qu e fue s us titu id a por la mu y c o mp le ta y ef ica z L e y de Agu as e l 13 d e Jun io d e 1879 ; qu e in corpor a la f igu ra d e la s CC. RR. a l orde na mie n to jur íd ico espa ño l. Es ta L ey con s taba d e 258 artíc u los de lo s qu e 25 tr a tab an de la s Co mun id ade s d e Reg an tes . A los 106 año s d e con tinu ar en v igor es ta L e y, e l 2 d e Ago sto d e 1985 s e pro mu lg a la nuev a y a ctu a l Le y d e Agua s, qu e con s ta d e 113 a r tícu los d e los qu e 11 tra tan d e Co mu nid ade s d e Us uar io s. Pr ec is a me n te se a dop ta e l mo d e lo d e las CC. RR. p ara todo tipo d e Co mun id ad es de U suar ios . Re c ien teme n te , e l 13 d e d ic iemb r e d e 1999, h a s id o r efor ma d a e s ta L e y, po tenc iándose , ade má s d e los a sp ec tos me d io amb ie n tale s d e l uso de l a gua , e l fome n to d e este tipo de aso cia c ion es , tan to p ara los usu ar io s de agu a s d e pro c eden c ia sup erf ic ia l co mo de

pro c eden c ia

sub terr án ea .

Se

tr a ta

tamb ié n

de

h a ce r

p ar tíc ipe s

y

corr espon sab les a lo s u suar io s d el agu a con la Ad min is tr ac ión H idrá u lic a, a efecto s d e ge s tión, f in an c ia c ión e in c luso, p lanif ica c ión. L a s nor ma s b as ad as en lo s uso s y c os tu mb re s qu e d ie ron lug ar al Dere cho Consu e tud in ar io,

con stitu yeron

un a

ex ig encia

cu yo

cu mp limie n to,

co mo

cualqu ier nor ma e s cr ita que e s tuvie ra con ten id a en la s Ord enan z as , s e pu ede invo car an te la Ad min is tra c ión y ex ig ir an te lo s Tr ibun a le s, qu ien es , un a ve z jus tif ic ada la co s tu mbre , podr án imp on er su c u mp limie nto. L a L e y d e Aguas an ter io r, que r ecog ía e l d er echo h is tó r ico , llega ba a impon er a los S ind ica to s

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 159

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

d e Riego ( ac tua les Jun ta s de Gob ierno) , la ob lig ac ión de re sp e ta r lo s d ere cho s adqu ir idos y las co s tumb r e s lo ca le s. Ca ra c ter ís tic a s de las CCRR:

En 1996 , lo s Le trado s de l Cons ejo de

E s tado, G arc ía - Tr ev ijano y A lon so h an s eña lado qu e : “ La s Co mun ida de s de Reg an tes son suje to s d e de re cho c on pe rson a lidad jur íd ica p ropia, d e b as e aso cia tiv a y no funda c ion a l, d e cará c ter no terr itor ia l y d e n a tur a le z a jur íd ico púb lica , pud ie ndo ca lific ar s e co mo v erd ade ra s Ad min is tr ac ione s Púb lic a s con el alcan c e expu es to, toma n do en con sid er a c ión pa ra e llo e l in ter és púb lico qu e pr etend e a lc an z ars e a tr avé s d e su c r ea c ión” , y s e añ ade qu e “no con stitu yen Ad min is tr acion es Púb lic a s d e c ar ác ter terr itoria l, n i pu ede n c a lif ic ars e co mo Org an is mo s au tóno mo s” . A modo d e s ín te s is, s e c ar a c ter iz an por ten er : a ) P er sona lid ad jur íd ic a, c o mp le men ta da con e l c ar á c ter púb lico d e l eje rc ic io d e su s func ion es. b) Son Corpora c ion es de D ere cho púb lico. c ) T ien en ca lif ic a c ión d e Ad min is tr ación púb lica . d) No tien en con sid er a c ión d e Org an is mo s Au tóno mo s d e l Esta do. L as tre s actu ac ion es ad min is tr ativa s má s r elev an te s de la s Co mun ida de s de Reg an tes , son : -

Po lic ía .

-

Fom en to.

-

S er v ic io púb lico .

L a s a c ta s y r eso lu c ion es d e la s Com u n id ad es, e mitid a s por sus órg anos de g es tión tiene n c ará c ter a d min is tra tivo, so me tida s a la jur isd icc ión con te nc io so ad min is tra tiv a. L a G e s tión d e la Co mun id ad d e Reg an te s se d iv id e en : a ) G es tión d ire c ta que e s la ges tión qu e s e re a liza en e l rég ime n in te r ior d e la prop ia Co mun id ad y sus r e la c ion es c on ter c ero s y llev an e n su ge s tión 3 fun c ione s ; la leg is la tiva , la ej e cutiv a y la jud ic ia l y p ar a e llo d ispon e d e 3 órg anos que son : la Jun ta G en era l, la Junta d e Gob ierno y e l Jura do de Riego s. b) G es tión indir ec ta qu e es la g e s tión qu e s e lleva a c abo en c o labor a c ión con los órg anos d e l Organ is mo d e Cue nc a o Conf ede ra c ión H idrogr áf ica qu e corr espond a

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 160

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

3) La “Adm in ist ra c ión par t icipat iva” : La ad min is tr ac ión h idr áu lic a es mu y co mp leja porqu e deb e aun ar en la g e stión d e la s agua s, las comp e te nc ias púb lica s y e l c orpor ativ is mo tr ad ic iona l (cu ando se a tr ibu ye un impor tan te p apel a los usu ar ios ). E s ta co mp le j idad s e h a v is to inc re me n tad a con la s tens ion e s co mp e tenc ia le s en tr e e l E s tado y la s CCAA. Todo e llo ha da do lugar a organ is mos d e g es tión con e s truc tura s de pod er d iv id id as en tre las d iv er sa s Ad min is tr acion es y s e ctor es in ter es ado s ; por lo tan to a un a d ifu s ión d e la r espon sab ilid ad y a inef ica c ia en la g es tión púb lica de l agu a. Den tro de e s te apar tado ten e mos e l Con sejo N ac ion a l d e l Agu a y lo s Con sejo s d e Agu as d e la Cuen c as .

3.a) El Con s ejo Nac iona l de l Ag ua d es equ ilibr io

de

infor ma c ión

e n tre

se h a cr eado p ar a comp e ns ar e l las

d ife ren tes

Ad min istr ac ion e s

p ar ticip a tiva s. Es e l órg ano de coord in ac ión d e na tur a le z a consu ltiv a cu ya co mp e ten c ia pr in c ipa l c ons is te en in for ma r pr ec ep tiv a me n te lo s proye c to s d e P .H., las d is pos ic ione s d e c ará c ter g ener a l y la s cue s tione s co mun es a do s o más O rgan is mo s d e Cue n c a. Se cre a co mo órg ano con su ltivo sup er ior en la mater ia ,

en

el

que

(jun to

con

la

Admin is tr ac ión

de l

E s ta do

y

la

Ad min is tr acion es d e la s CCAA) e s tá n repr e sen ta dos los Ente s lo ca les a trav és d e la a so c iac ión d e á mb ito e s ta ta l con ma yor imp la n tac ión, lo s O r gan is mo s d e Cuen c a,

así

c o mo

las

org an iz ac ione s

prof es ion a les

y

e c onó mic a s

má s

r epr es en ta tiv as de á mb ito n a c iona l r e lac iona da s con lo s d is tin to s uso s d e l agua. Es tá ad scr ito a efe c to s ad minis tra tivo s a l Min is ter io d e Med io Amb ie n te y func ion a e n Pleno o en Co mis ión Pe r ma nen te. E l P leno podrá ac orda r la cons titu c ión d e Co mis ion es Esp ec iale s p ar a e l es tud io e infor me d e los a sun tos qu e d ec id a e nco me nd arle . Co mpo s ic ión : S e d e ter minó en e l Real De cr e to 927 /1988, d e 29 d e ju lio, por e l qu e se aprueb a e l Reg la me n to d e la Admin is tr ac ión Púb lic a d e l Agua y d e la P lan if ica c ión H idro lóg ic a , en de s arro llo d e lo s T ítu lo s I y III d e la Le y d e Agu as , modif icado por e l Re al D ecr e to 117 /1992, d e 14 de f ebr ero. D es arro llado por los Rea le s D ec re to s 439 /1994 y 2068 /1996. E s tru c tur a: -

E l Pr es id en te ( ser á e l Min is tro d e Me d io A mb ien te).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 161

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

-

T re s V ic epre s id en te s (Se rá V ic epr es id en te pr i me r o e l S ecr e ta r io de Es tado d e Agu as y Cos tas , V ice pre s id en te s egundo e l S e cre tar io G ener a l de Med io A mb ien te y V icepr e s iden te ter c ero e l S ec re tar io G ene ra l de Agr icu ltur a y A lime n tac ión).

-

Lo s Vo ca les na to s (Se rán vo c a les na to s e l D ir ec to r G ener a l d e Obr as H idr áu lic a s, e l D ir ec tor G en era l de Ca lid ad y E va lu ac ión A mb ien tal, e l D ir ec to r G en era l de

P lan if ica c ión

y

D es arro llo

Ru ral,

el

D ir ec to r

G ener a l d e la E n erg ía , e l D irec tor G ene ra l d e Cons erv a c ión d e la N a tura le za , e l

D ir e ctor Gen er a l d e l In s titu to T ecno lóg ic o G eo min ero de

E sp aña , e l D ir ec to r G en era l d e Pro tec c ión Civ il y los Pre s id en te s de la s Conf eder a c ion es Hid rogr áf ica s. -

Lo s Vo ca les d es ign ados s on : a) un r epr es en tan te de c ada un a de las CCAA ; b) do s

r epr es en tan te s de l Min is ter io

Fo me n to y o tro s tan tos d e l

Min iste r io

de Ob ra s Púb lica s, a c tu a lme n te de

Agr icu ltur a,

P e sca

y

A lime n tac ión, no mb rado s po r los re sp ec tivo s Min is tro s ; c) un r ep r es en tan te d e c ad a uno d e los Min is ter io s de De fen s a, E cono mía , H a cie nda , Edu cac ión y Cu ltura , Indu str ia y En erg ía , no mbr ados por lo s re spe c tivo s Min is tros ; d) un r epre s enta n te d e c ad a una s de la s sigu ien te s Org an iz ac ione s de s ignado por su s corr espond iente s órgano s co leg iado s: F eder a c ión Na c iona l de Mun ic ip io s

y

Prov inc ia s ;

F eder ac ión

N a cion a l

de

Co mu n id ades

de

Reg an tes ; “ Un idad E lé c tr ic a, S.A. (UN ESA) ; Aso c iac ión Esp año la d e Ab as tec imie n to d e Agu a y S ane a mie n to ; Con sejo Super io r d e Cá ma r a s. Fun cion es : Infor ma r pre c ep tiva me n te sob re : E l pro ye c to d e P lan H idro lóg ico Na c ion a l ( an te s d e su aprob ac ión por el Gob ierno p ar a su r e mis ión a las Corte s G en er a le s) Lo s P lane s H idro lóg ico s d e Cuen ca

( an tes d e su aprob ac ión por el

Gob ierno). Lo s pro yec to s de d isposic ione s de ca rá c ter g ener a l de ap lica c ión en todo e l te rr itor io n ac iona l re la tiv as a l D PH. Lo s p lan es y pro ye c tos d e in ter és g ener a l d e ord ena c ión a gra r ia , urba na , indus tr ia l y d e aprov echa mie n tos ene rgé tico s o d e ord en ac ión de l terr itor io en tan to a fec ten sus tancia lme n te a la plan if ica ción h idro lóg ica o a lo s uso s d e l agua .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 162

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

L a s cu e stion es co mun es a do s o

má s O rgan is mo s d e cue nc a en r ela c ión

con e l ap rov ech a mie n to de r e curso s h ídr ico s y de má s bie ne s re la tiv as al DPH . L a s cu es tion es r e la tiv as a l DPH que le con su lte n e l Gob ierno o los órg anos eje cu tivos sup er ior es d e las Co mun id ade s Au tóno ma s . P roponer a la Ad min is tra c ión y orga n is mo s púb licos la s lín ea s d e e stud io e inv es tig ac ión en ma te r ia d e DPH .

La A dm in ist rac ió n d e la C ue nca Hid rog ráf ica de l Ta j o: E l r ío T ajo d is curr e de sd e la S ier ra de A lba rrac ín ( Te rue l), donde tiene su n acimie n to, e n tr e las p rov incias e s paño las d e Cu en ca y T e rue l, ha s ta e l es tu ar io de l Ma r d e la P aj a junto a L isboa , en Po rtug a l. T ie ne un a long itud de 910 k iló me tro s. Su cu en c a e s tá enc aj ad a en tre la Co rd iller a Cen tr al, a l nor te ; los Mon te s d e To ledo y la S ier ra d e Mon tas án che z a l s ur y las Mon tañ as Ib ér ica s ( Serr an ía d e Cu enc a), a l e s te. En r e lac ión con o tra s cu en ca s fluv ia le s, limita a l nor te con las d e l Ebro y Du ero ; a l sur con la de l Gu ad iana y a l es te con la s d e l Ebro y el J úc ar. Los r ío s Erj as y S eve r f ij an en e l T ajo nue s tra fron ter a con Por tuga l. Ca s i tr e s cua r ta s p ar te d e l r eco rr ido d e l T ajo tr ans curr en por E spañ a, y e l r es to , el tra mo má s c a uda lo so, lo lleva a ca bo p or Por tug a l. E l itin era rio f luv ial d e l T a jo es el má s la rgo d e todo s lo s tr a zado s d e lo s r ío s d e la P en ínsu la Ib ér ic a. Dentro d e l á mbito terr itor ia l, e l T ajo s e ex tiend e por c in co co mun id ades au tóno ma s , e inf lu ye e n un to ta l d e 11 provin c ia s. Es el r ío má s caud aloso de la sub me se ta Sur. E l T ajo es e l río má s largo d e la p en ín sula y e l tercero tan to en sup erf ic ie to ta l como e n apor ta c ion es , de spu és d e l Ebro y d e l Du ero. E s ta mb ié n la qu e tiene ma yo r p e so pob la c ional d e Esp aña y d e la p en ínsu la y la má s s o lid ar ia de a c uerdo c on e l vo lu me n d e agu a qu e ced e a o tr as cu en ca s. E s la Cue nc a má s r egu lada . L a sup erf ic ie d e r eg ad ío ac tu a l en la cuen ca de l T ajo as c iend e a 230.720 h as , qu e s uponen e l 7 ,1 % de l r eg adío n acion a l. Su cu en ca r ec oge agua s de las comu n id ad es a u tóno ma s d e Aragón (n acimie n to), Ca s tilla y L e ón, Cas tilla - La Ma nch a y Ma dr id ( cur so me d io), Ex trema dura ( curso me d io -b ajo) y Po rtug a l (cur so b ajo).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 163

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

- La Conf ed e rac ió n H id rog ráf ica d e l Tajo (C. H. T.) L a C.H .T. co mpr end e la de ma r c ac ión d e la p ar te e sp año la de l r io Ta jo y sus af luen te s. In c lu ye en e lla la to talid ad d e la e x ten s ión d e la prov in c ia de Mad r id ; toda la ex tens ión d e las prov in c ia s de Gu ada laj ara, Cá cer e s y To ledo ; en me nor cua n tía la s prov in c ia s d e Áv ila y S a la ma n c a y, por ú ltimo , zon as m u y r educid a s de la s prov in c ia s de Te rue l, Bad ajo z, So r ia y Ciud ad Re a l. La cab ecer a d el r ío T ajo es mu y mo nta ños a ; corr es ponde a los mo n tes d el S is te ma Ib ér ico y a los Mon te s Un iv ers a les; o tr a zon a d e gr an apor tac ión de agu a es la corr espond ie n te a la S ie r r a de G redo s. L a gr an abundan c ia de la cabe c er a s e acu sa

en

Bo la rque ,

dond e

se

a for a

un

c aud a l

módu lo

de

45

m3 /sg.

Po s ter ior me n te lo s r íos J ar a ma , A lb erch e y T ié tar apor tan 49,28 y 64 m3 /s eg. En A lc án tara la r eun ión d e l r ío A lagón, qu e condu ce 64 m3 /s eg. Y e l r io Tajo qu e lleva 223, for ma un caud a l, qu e h as ta la fron ter a con Portug a l se in creme n ta h as ta 323 m3 /s eg . con las apor ta c ion es d e l r ío S a lor , E rja s y S erv er. L a s zona s d e r egad ío e n exp lo ta ción má s no ta b le s son la s de E streme r a , H enar e s, Jar a ma , A ra nju ez , Ca s tr ejón, A lber che , T ié tar, Va lde c aña s, A lagón y Arr ago, bas ad as tod a s e n la r egu lac ión con segu id a con lo s e mb a ls es de En trep eñ as -Buend ía,

Pá lma c e s ,

Burgu illo,

Sa n

Ju an,

P ic ada s,

Ca s tr ejón,

Ros ar ito, Va lde c aña s, G abr ie l y Ga lán y Borbo llón. En tr e l o s ab as tecimie n tos d es tac a no ta b le me n te e l d e Madrid, con e l c o mp lejo s is te ma s de l Can a l d e I sab el II , e l ab a s te c imie n to d e To ledo con lo s e mba ls e s d e E l To rcón y Gu ajar a z y e l aba s te c imie n to d e Gu ada laja ra con e l e mb a ls e d e Gu ad ilob a. La co mp os ic ión d e l a Jun ta d e Gobie rno en la Conf eder a c ión d e l Tajo e s : -

S e is voc a les en r epr ese n ta c ión d el Org an is mo, uno d e ellos e l Pre sid en te qu e lo es , a s u ve z, de la Jun ta d e Gob ierno

-

S e is voc a les r epr es en tante s d e la Admin is tr ac ión G en era l de l E s tado

-

On ce vo c a les rep r e sen tan tes d e las CCAA de la c uen c a, s iendo uno d e e llo el V icepr e sid en te pr ime ro d e la Junta .

-

Do ce r epr ese n tan tes d e los d is tin tos u sua r ios de la cu en ca , c las if ic ados en u sos agr íco la s, de ab a s te c imie n to y aprov ech amie n tos en erg é tico s.

L a co mpo s ic ión d e l Con sejo d e l Agu a d e Cuenc a de la C:H. T. e s la s igu ien te : -

Cinco r epres en tan te s d e la prop ia Conf ede ra c ión

-

Ca to rc e r epr es en tan te s d e la Ad minis tra c ión G en era l de l E sta do

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 164

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

-

V e in tidós repr es en tan tes de la s CCAA

-

V e in ticu a tro r epr es en ta n te s d e lo s usu ar ios, o rgan i za cion es agr aria s y grupo s eco log is ta s. L a Confed er ac ión H idrogr áf ica d el T ajo exp lo ta en la ac tua lid ad c inco

gr ande s Zon as Reg ab le s en Cá c er es , tod as e lla s r e a liza da s me d ian te P lan es Coord in ados e n tre los a n tiguos Min is ter io s d e Ob ra s Púb lic a s y de Agr icu ltura ( actu a lme n te en e l Min is ter io de Me d io A mb ien te, Med io Rur a l y Marino. Zon a Regable de l A mb ro z : la infra e s tru c tura c orr espond ie n te a la C.H . T ajo es tá f in a liza da , y e s tán r egando d e for ma pa rc ia l, p endie n te d e f in a liz ar la concen tr ac ión p ar ce lar ia . S e tr a ta de un r iego en pr es ión s in n ec e sid ad d e ga s to d e energ ía elé c tr ic a. Zon a Regable de Borbollón : con 9.000 h e ctár ea s d e supe rfic ie reg ab le, 126 k m de can a le s, 200 k m d e ca min os y c arr e te ra s, 32 k m d e a c equ ias y 50 k m d e d es agüe s, es un s is tema d e r iego por gr ave dad c lá s ico qu e e s r egu lado med ian te las pr es as de Borbo llón y R iv er a d e G a ta . Ex is ten 1 .304 usua r ios . Zon a Reg ab le d e G abr ie l y G a lán : con 34.000 he c tá rea s de superf ic ie r egad a, 433 k m d e ca na les , 225 k m d e a ce qu ia s, 629 k m d e c amin o s y car reter as , 4 elev ac ione s y 93 k m d e d e sagüe s, e s un sis te ma d e rie go po r gr aved a d c lá s ico, regu la do me d ian te e l s is te ma d e pr es a s de G abr ie l y G a lán , y V aldeob ispo, s i b ien cu en ta con 4 s e c tor es por e leva c ión ( s. XVI , XVII , XIX y x. XXI). Exis ten 4 .718 u suar io s con 8 .416 f in ca s. Zon a Regable de Ro s ar ito : con 15.000 h ec tár eas de sup er f ic ie reg ada s, 193 k m d e c anale s, 99 k m de ac equ ias , 301 k m d e c a minos y c arr e te ra s, es un s is tema de r iego por gr aved ad c lás ico, regu lado por la pr es a d e Rosa r ito, s i b ien en e sta zon a es fr ecu en te la imp lanta c ión d e b a ls as d e r egu la c ión p ar ticu lar es. Ex i s ten 1.542 usu ar io s con 1.930 f in c as . Zon a Reg able d e V a ldec añ as : con 6.700 he c tár ea s d e superf ic ie r egable , 24 k m de can a l, 72 k m d e c a min os y ca rr e ter a s, 29 k m d e condu cc ión en tub er ía, 51 k m d e de s agüe s y 6 e le va c ion es a d epós ito s en torr e s qu e propor c ionan la carg a pre c isa p ar a e l r ie go a p re s ión y a la de ma n da en tod a la zon a. Ex is ten 535 u sua r ios con 801 f in ca s. Co mo puede ob serv ars e, la supe rf ic ie rega b le de e sta s c in co z ona s r epr es en ta e l 60% de l to ta l d e la s upe rf ic ie r egab le en z ona s d e titu lar idad

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 165

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

es tatal en el á mb ito d e la cuen c a d e l Tajo , re s a ltando la imp or tanc ia d e los r egad ío s ex tr e me ños en e l uso de l r ie go en la C.H. T ajo. L as Co mun id ade s d e Reg an te s d e la Conf ed era ción H idrog rá f ic a d e l Tajo. Son la s s iguie n te s : Co mun id ad d e Reg an tes d e l Cana l de l H enar e s Co mun id ad d e Reg an tes d e l P lan de Riegos de V a lde c aña s Co mun id ad d e Reg an tes d e l Cana l de Ca s tr ejón - Marg en I zqd a. Co mun id ad d e Reg an tes d e la Marge n I zqu ie rda d e l P an tano d e Ro sar ito Co mun id ad d e Reg an tes d e la Marge n D ere ch a d e l Rio A lagón Co mun id ad d e Reg an tes d e l Cana l de Ros ar ito - Marg en D er ech a Co mun id ad d e Reg an tes d e l Borbo llón Co mun id ad d e Reg an tes “J ar a d e l Ro me r a l” Co mun id ad d e Reg an tes d e la Marge n I zqu ie rda d e l Rio A la gón Co mun id ad G ener a l d e Reg an tes del Cana l Bajo d e l A lb erc he

- El P lan Hid ro lóg ico d e la Cu en ca de l Ta jo. Fu e ap robado e s te P lan me d ian te Re a l De cr e to 1664 /1988 de 24 d e ju lio, h ab iéndo se pub licado su s de ter mina c ion es d e c on ten ido nor ma tivo me d ian te Ord en d el Min is ter io d e Med io A mb ien te de 13 de ago sto de 1999. La propu es ta de l P lan fu e in ic ia lmen te e labor ad a y a p robad a po r el Cons ejo d e l Agu a de la Cuen c a d el T ajo y tra s s er in for ma d a por e l Con sejo N a c ion a l del Agu a, fu e aprob ada de fin itiv a men te por e l Cons ejo d e Minis tros. E s un pro c es o qu e bu s ca pro teg er y me j orar el e s tado d e tod as la s agu as, p ara ev itar s u d e te r ioro y pro mov er su u so s os ten ib le . A s imis mo , p er mitir á s atisfa c er la d e ma nda d e agua d e ma n e ra so s te n ib le y con tr ibu ir á a p a liar los efecto s de la s inund a c ion es y la s se qu ía s. Par a e llo s e prop on e la e labor ac ión d e un pro c es o de P lan ific a c ión H idro lóg ica , que d eber á expon er có mo c u mp lir es te obj e tivo de ve lar por la pro tec c ión de tod as la s agua s pa ra e l año 2015 (obj etivo f in a l de la D MA 2000 /60 /CE) . L a Conf ede rac ión H idrogr áf ica d e l T ajo ( C.H .T .), d epend ien te d e l Min is ter io de Med io A mb ien te , s er á la encarg ada de lid era r los tr ab ajos en nu es tra Dema r c a c ión. La

con ta min ac ión

y

c re c ien te

c onsu mo

h an

pu e sto

en

p e ligro

la

d ispon ib ilida d d e agu a a largo p la zo. E s te r ecur so es p ar te funda me n tal de lo s eco s is te ma s, fu en te de v id a, de ah í la imp or tanc ia d e su pro tec c ión. E l a gua es

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 166

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

un a r espon sa b ilidad de todo s, que no s ob lig a a p ar tic ipar en e l Proc e so d e P lan if ica c ión H id rológ ic a . P ar a ta l f in , cr ear emo s un s iste ma d e p ar tic ipa c ión púb lica qu e g aran tiz ará la tran spa re nc ia de la infor ma c ión y pe r mitir á c re ar un P lan H idrológ ico r ef le jo d e la s d ife ren tes r ea lid ade s y n e ce s ida de s que r eco rren e l r ío T ajo. Todo e llo pa ra ha ce r po sib le su con serv a c ión y e l uso so ste n ib le d e l a gua. E s ta nu eva e ta pa de pla n i f ic a c ión h idro lóg ica v a a cons tar de cu atro lín eas es tr atég ic as: a ) p lan h idro lóg ico b) progr a ma d e me d id as c ) e va lu a ción a mb ie n ta l es tra tég ica d) p ar tic ip a c ión púb lica , qu e deb er án a lc an zar d is tin to s obj e tivos en las d if er en te s eta pa s. S e fo me n tar á de sd e la C.H. T. la par tic ip ac ión a c tiva d e la s pa r tes in teres ada s

en

la

e la bora c ión,

rev is ión

y

a c tua liz ac ión

de

lo s

p lane s

h idro lóg icos de cu en ca, ta l y c o mo r e coge la D ir e c tiva Ma rco de l Agu a. El T ex to Refund ido d e La L e y d e Agu as y e l Re g la me n to d e la P lan if ica c ión H idro lóg ica ( RD 907 /2007) r ecog en la s ex ig enc ia s de la DMA y e s tab le c en los ins tru me n tos que a r ticula rán la par tic ipa c ión púb lica de la s d e ma rc a c ion es. E l s is te ma d e par tic ip ac ión públic a pu es to e n ma rcha por la C.H .T. p er mitir á r ea liz ar un P la n H idro lógic o me jor, re f lejo de las d is tin tas re a lid ades y n ece s idade s. Ex is ten tr es n ive les d e p ar tic ipa c ión e s tab le c ido s por la D MA : el

su min is tro

de

infor ma c ión

o

infor ma c ión

púb lica ,

la

con su lta

y

la

p ar ticip a c ión a c tiva . D ebe mo s ha c er me n c ión d e l Acue duc to Tajo - Segur a ( en ade lan te AT S) porqu e es la pr ime r a obr a d e infra e s tru c tura h idr áu lic a en nu es tro pa ís que r espond ió a la id ea de s uper ar e l de s equ ilibr io h ídr ico en tr e la s d enomin a das E sp aña s s eca y Hú me das . Tuvo su or ig en en e l año 1932 a ra íz de los trab ajos d el Ing en ie ro D . Manuel L or enzo Pa rdo, inc lu yé ndos e en el P lan N ac ion a l d e Obr as H idrá u lic as d e l a ño 1933 . D espu és d e sup er ar 3 r eg íme ne s d e Es tado ( Repúb lic a, r ég ime n de Fr anco y E s tado d e D e moc ra c ia a c tua l) s e con c lu yó es ta gr an obr a d e Es tado, ef e c tuad a gr ac ia s a l e sfu er zo c o lec tivo d e mu chos ho mbr e s. E l a ño 1968 se so me tió el a n tep ro yec to de l a cuedu c to a infor ma c ión púb lica y el d ía 2 de a gos to d e 1969 fu e aprob ado por el Min is tro d e Obras

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 167

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

Púb lic as y a u tor izado por Acu erdo d e l Con sejo d e Min is tro de 13

de

s ep tiembr e d e es te año. L as obra s f ina liz aron en 1979 cu ando lleg aron a l emb als e d e l T a lav e en la c uen c a d el S egu ra la s p r ime ra s agu as proc ede n te s d el r ío T ajo. E l A TS e s la pr ime ra p ie za d e l P lan Hid ro lóg ico N ac iona l qu e debe r eso lv er

los

d éf ic it

de

r e cur sos

h ídr ico s

ex is ten te s

en

nu es tro

p aís,

esp ecia lme nte en la cu en ca d e l S egur a que es la ún ic a que pr es en ta un dé f ic it es tru c tur a l d e re cur sos. Es ta obra gen er a conf lic tiv idad a la hora de la ap licac ión d e la s no rma s jur íd ica s r egu lador as d e la ma ter ia porqu e mu ch a s v eces han pr ima do lo s c r ite r ios d e opo r tun idad po lític a. P ero e s ta obr a s irv e p ara e l u so d e l agu a pa ra r egad íos y e l a b aste c imie n to d e pob lac ion es (110 H m3 /año) de ta l ma n era qu e una s 2 /3 p ar tes d e lo s r ecur sos qu e s irve l a Man co mun id ad d e lo s Can a le s de l Ta ib illla par a e l ab as tec imie nto de la to talidad d e los mun ic ip ios d e Mu rc ia , má s de 30 mun ic ip io s d e la prov in c ia de A lican te, E lc he , Or ihu ela y do s d e A lb ac e te, tie nen e sa pro ced en c ia. D e lo cu al s e d esprende qu e el AT S r esu lta ind isp en sa ble p ara e l a ba s te c imie n to en e l s ures te de Es pañ a. L a L e y 10 /2001, de 5 d e ju lio, del P lan H idro lóg ico N acion a l, con tie ne 3 pr ecep to s qu e af ec tan d ire c ta me n te a l tr as va se T ajo - Segur a : La D. A. 1ª d ispon e que los tr asv ase s de agua e n tre d is tinta s cu en ca s, aprob ado s a n te s d e la en tr ad a en v igor d e la L e y de Agu as (1 en ero 1986) se se gu irán r igie ndo por s u títu lo le ga l v ig en te . L a D.A . 3ª def in e los re cur so s ex ced enta r ios d el tr asv as e d e la cab e cer a de l T ajo, y en la De roga tor ia s e con temp la la po sib ilid ad d e regu lar r ecu rso s d el tr a sva s e en e l E mb a lse d e Alarcón (d erog ando e l Ar tº . 2 de la L e y 21/1971 donde s e pr eve ía s o lo un r ég ime n de en trad a po r s a lid a p ar a d icho e mba ls e) . Po r lo tan to e l A TS es la ma yo r obr a de ing en ier ía h idr áu lica d e nue s tro p aís y su exp lo tac ión p er mite que, s in c au sar e l me n or pe rju ic io a la cu en ca ced en te, se u tilicen re cur sos ex c ede n tar io s en un a d e las z ona s agr íco las má s po ten te s d e E spañ a y a la ve z e l ab as tec imie nto d e pob lac ione s en el sur es te esp año l. - Ente s y So c ie dad es Pú b lica s en ma te r ia de agua d e la c u en ca d e l r ío Tajo. L a So c iedad E s ta ta l que per ten ec e a l o rgan ismo d e cu enc a d e l r ío Ta jo es Agu as d e la Cuen c a de l T ajo, S.A . , ( en ad e lante ACUA TAJ O) e s una s oc iedad

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 168

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

es tatal constitu id a e l 31 d e ju lio de 2001 po r a cu erd o d e Cons ejo de Min is tro s d e 4 de ma yo de 2001. E l Ar tº . 132 de l T RLA (ap robado por Rea l D ecr e to L eg is la tivo 1 /2001 , de 20 d e ju lio), au to riz a a l Cons ejo de Min is tros a cons titu ir un a o v ar ias s oc iedad e s e s ta ta le s d e la s pr ev is ta s en e l Ar tº . 6.1. a) d el T ex to Re fund ido d e la L e y G ener a l Pre supu es tar ia a probado po r Re a l D ecr e to L egis la tivo 1091 /1988, de 23 de s ep tiemb r e, cu yo obj e to soc ial s ea la cons tru c c ión, exp lo ta c ión o ej ecu ción de las obr as h idr áu lica s que a l ef ec to d eter min e el prop io Con sejo d e Min is tros. E l obje to soc ia l de ACUAT AJO e s : a ) la c on tra ta ción, con s truc c ión y e xplo tac ión , en s u c aso , de tod a c la se de obr as h id ráu lica s y e l ej erc ic io comp le me n ta rio d e cu a lesqu iera a c tivid ades qu e deb an c ons id er ars e p ar tes o e le me n tos d e l c ic lo h ídr ico y e s tén r ela c ion ada c on aque llas . b) la

g es tión

de

con tra tos

de

con struc c ión

y/o

exp lo tac ión

de

obras

h idr áu lic as , a s í c o mo e l e jer c ic io d e aqu e llas a c tiv id ade s prep ar a tor ias, co mp le men ta r ia s o der iv ada s d e las an ter ior es c ) la

pro mo c ión

de

la s

me n c ionad as

obr as

h idr áu lica s

me d ian te

la

p ar tic ip a c ión en e l c ap ita l d e soc ied ad es o la fin an c ia ción me d ian te e l o torg a mie n to de pr és tamo s a la s mis ma s , cu ando s e cons titu yan con alguno d e los f in es s eñ a lado s en lo s apa r tado s an ter iore s. Po r su p ar te , e l Conv en io d e Ge s tión D ir e c ta , mo d if ic ado e n oc tubr e de 2006, r ecog e las ac tu ac ion es en co me ndad as por e l Min is ter io d e Medio A mb ien te a la So c iedad E s ta ta l, a s í co mo la s fu en te s d e fin an c iac ión y e l r ég ime n d e e xp lo ta c ión d e cad a obra . E l pr in c ip al pro yec to de es ta So c ied ad E sta t a l es “Pr ime r a F ase d e l S egundo anillo d e dis tr ibu c ión de a gua po table de la Comu n id ad d e Mad rid” qu e tiene co mo obje tivo me jo rar el s u min is tro d e agu a a los mu n ic ipios d e la corona o es te -sur -e s te y a tod as las zon a s p er ifé r ic a s d e des arro llo urba no co n ma yo r c re c imie n to previs to en los próx imo s año s. O tra ac tu ac ión es la “A r ter ia Adu ctora de l Ca mp o de Po zo s d e Gu adar ra ma y e l E . T .A. P. d e Gr iñón ” y la “A mp liac ión y Mejo ra d e l Ab as tecimie n to d e Agu a a To ledo ”.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 169

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

Con clu s ione s: E s ta mos an te una gr an e ncru c ij ada dond e no s jug a mos un b ien p re cia do, es caso y conf lic tivo. El E s tado d eb e p rocur ar to ma r de c is ion e s cu yo obje tivo s ea el b ien gen er a l porqu e e s ta s de c is ione s son la bas e d e l d e sarro llo de g ener a c iones fu tur as y e s nu e stro d ebe r hac er un buen tr abajo d ond e s e cimien te un d es arro llo s os ten ib le de nu es tro p aís . Un g ran e le me n to unif icado r d e tod as la s po lític a s que d es c an san en la so c ied ad d e b ien es tar es la coord ina c ión en tr e la s Ad min is tr ac ione s qu e d eben s erv ir a l c iudada no para mej or ar su c a lid ad d e vid a. L a un id ad d e g e s tión e s es tr ic ta me n te n ece s ar ia p ar a una ord ena c ión r acion a l d el a gua p ero h a y que re sp e ta r la s c o mp e ten cia s d e las d if er en tes Co mun id ades Au tóno ma s en ma te r ia d e r e cur sos h ídr ico s. E l te ma d e la d is tr ibuc ión d e co mp e ten c ia s en tr e e l E s tado y la s CCAA en mu ch a s ma ter ia s, y, en tr e e llas en la d e agu as, no s e pu ede p lan te ar co mo una con fron tac ión s ino co mo un a c o labor a c ión o concu rr enc ia d e po tes tade s, ta l co mo s eñ a la el P reámbu lo d e la Le y d e Agua s de 1985. La f id e lidad a los pr in cip io s d e l E s tado Au tonó mic o s e pu ede conc re tar en el logro d e la s tr es a sp ir ac ion es r ecog id a s en e l Ar tº. 2 d e la CE: ind iso lub le un id ad de la n a ción e sp año la , g aran tía d e d er echo a la au tono mí a d e la s n ac iona lid ades y r eg iones que la in tegran y la s o lidar id ad en tr e toda s e llas . Rec orda mo s aqu í e s tos p rin c ip ios porqu e la c ue s tión comp e te ncia l e n ma te r ia d e agu as s ólo pod ía y p ued e r eso lv er se me d ia n te e l p erf ec c iona mie n to de un a org an iza c ión in s titu c iona l d e l agua, ba sada en e l ma r co terr itor ia l d e la cu enca h id rogr áf ic a , en la que E spañ a fu e p ion er a. Cuando s e profund iz a e n lo qu e de be s er la ge s tión in tegr a l d e un b ie n tan n eces ar io co mo e s ca so e n mu ch as zon as de nues tro p a ís , co mo e l agu a, s e tien e la conv icc ión de qu e no ex is te a ltern a tiva v iab le a l Org an is m o de Cu en ca , que cons erv ando e l no mb re d e Conf eder ac ión H idrogr áf ica , s e r egu la en el títu lo 2 º d e la L e y d e Agu as, jun to con e l Con sejo Na c ion a l d e l Agu a, cr e ado co mo órg ano consu ltivo sup erior en la ma te r ia pa ra qu e, e s tando r epr es en tada s en é l la Ad min i s tr ac ión de l Es tado y d e la s CCAA y la s organ iz ac ione s prof es ion a les y econó mica s re la cion ad as con lo s u sos de l agu a, info r me a l Gob ie rno y a lo s órg anos ejec u tivos supe r ior es d e la s CCAA la s cue s tion es má s impor tan te s s obre

el

do min io

púb lico

h idrá u lico ,

fund a me n ta lme n te

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

en

los

p lan es

Página 170

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

h idro lóg icos na c ion a l y d e cuen ca , en lo s pro ye c tos d e d ispo sic ione s de car ácter gene ra l y en las cu es tion es qu e afe c ten a dos o má s cu enc as . L a p lan if ic ac ión e s e l in stru me n to c lav e de la g es tión de l a gua y los Pla ne s H idr o lóg icos

son

in s tru me n to s

nor ma tivo s

qu e,

a

p artir

del

aná lis is

y

d iagnós tico d e la s cara c ter ís tic as d e la s cue nc as , ord en an la g e s tión y la pro tec c ión d e l agu a co mo r e curso na tu ra l y e s tab le cen e l prog ra ma d e actu acion e s n ec es ar ias pa ra a lc anz ar es e obj e t ivo. Pu e sto que la c o mun id ad in tern ac ion a l es tá d e a cu erdo en la imp or tan cia de es te p rob lema , d esd e ha c e tie mpo s e h a c o me nz ado a conc lu ir tr a tados in terna c iona le s b ila tera le s, r eg ion a le s y mu ltilater a les p ara pro te ger

lo s

r ecu rso s h ídr icos de l p lane ta L a n ec es id ad de c ooper a c ión in tern acion a l en mater ia h ídr ica se h a pu es to de r e lie ve con la D ir ec tiv a 2000 /60 /CE d e Agu as cu yo obj e tivo pr inc ip a l e s e labora r una po lítica in tegr ada e n es te c a mpo, ef ic az y coh eren te, que teng a e n cu en ta la p ro te cción, la ge s tión e co lógic a me n te v iab le d e la s agu a s y la n e ce s idad de aprov is ion a mie n to de la pob la c ión d e agua du lc e. E s ta D ir e c tiv a supone una innova c ión de la po lítica d e agua s por su in tenc ión de g lob a lid ad y ex ig e introdu c ir en la leg is la c ión e sp año la un nuevo concep to cono c ido como “ de ma rc a c ión h idrogr áf ica ” qu e en tiende co mo pr in cipa l unid ad a ef ec to s d e g es tión de cu en cas y co mo ámb ito e sp acia l a l qu e s e h an d e a p lic ar las nor ma s d e pro tec c ión d e las d is tin tas agu as ya s e an s uperf ic ia les , cos ter as , s ubterr án e as o d e tr ans ic ión. L a D MA es un in s trume n to jur ídic o e ma n ado d e la UE qu e tiene por f in alidad ar mon iz ar e l d ere cho europ eo y con segu ir un ma r co co mún d e pro tec c ión p ara la s agu as qu e pe rte ne c en a l Con tinen te e uropeo . L a D ir ec tiv a d eja en lib er tad a los Es tado s mie mb ro s par a qu e adop ten la s me d id as pr e c is as d en tro d e su tr ad ic ión y e s que ma jur íd ico prop io qu e pe r mita n a lca nz ar lo s obj etivos fij ados. E s te h echo e s tr an sc end en ta l en nue s tro ordena mie nto jur íd ico deb ido a l co mp lejo s is tema d e d is tribu c ión d e c o mp e ten c ia s qu e h an es tab le c ido la Con s titu ción esp año la de 1978 y lo s E sta tu to s de Au tono mía . La D ir ectiv a no pr e tende y no pued e a lter ar e l rég ime n co mpe ten c ia l e s ta b le c ido. En con se cue nc ia, p ar tie ndo de l pre supu es to bá s ico de que e l eje rc icio d e las co mp e ten c ia s qu e se d er iv e d e la a p lic a ción d e la s norma s d e la DMA d eb e s egu ir re a liz ándo se por la s au tor ida de s qu e tien en con fer id as d ich as po tes tade s

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 171

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

s egún la norma tiv a ac tua lme n te v ige n te , la tra spo sic ión a l D ere cho E sp año l d e l Ar tº 3.2 ha op tado por l a c re a c ión d e un ó rgano ad min is tra tivo d e coop era ción en el ej erc ic io d e la s co mp e tenc ias ad min is tr a tiv as r ela tiva s a la ap lic a c ión d e la D M. D e ta l ma n er a qu e los org an is mo s de cu en ca d eb erán s egu ir ej erc iendo s us co mp e ten c ia s en ma te ria d e ge s tión de do minio púb lico h idr áu lico , ta l co mo v ienen r e a liz ando en e s to s mo me n tos , s in ningún ca mb io esp ec íf ico. Es te órg ano s e lla ma “ Comité d e Autor id ade s Co mp e ten te s” cu yo conte n ido se encu en tr a en e l Ar tº . 36 b is d el TRLA . L a con c lus ión es qu e e s un órg ano de coo rd ina c ión

en tr e

tod as

la s

Ad min is tr ac ion es

Púb lic a s

co mp e te n te s

en

mater ia s rela c ion ada s c on la pro te c c ión de la s agua s en e l seno d e c ada d emarc a c ión h idrogr áf ic a , tan to a n iv e l in terno co mo a efe c to s de tran s mitir a la Un ión Europ ea , a tr av és d e l Minis te r io d e Med io A mbie n te , la infor ma c ión qu e la D MA requ ier e, o de da r c uen ta a las ins titu c ion es co mun ita r ia s d e l cu mp limie nto d e las ob lig ac ion es qu e la ap lic a c ión d e la nuev a nor ma tiv a ex ige. E l a gua e s un re cur so esc a so p ar a millon es de ciud adano s europ e os por e llo la D MA pr ete nder obj e tiv ar y un if ic ar lo s cr ite r ios “reg ion a lis tas y ego ís ta s” d e cad a Es ta do mie mb ro en ar a s de l “ b ien comú n ” y e s te obj e tivo e s lo má s imp or tan te porque esta mo s jun to s en es ta labor y e l d es arro llo de la s g ener a c iones fu tur as e s tá imp líc ito e n nu es tr as a c tu a cion e s pr es en tes. E l agua d ebe d ej ar de se r conf lic tiv a po rque la s d ec is ione s qu e s e to men es tán en fun c ión d e l “in teré s gene ra l” y de l “b ien es tar c o mún ” d e todos lo s ciudad anos , c o mo d e cla ra e l A r tº . 45 d e la Cons titu ción Esp añola . Las au tor idad e s

d eben

as egur ar

la

un id ad

de

c r iter ios

en tre

tod as

la s

Ad min is tr acion es púb lica s en r e la c ión con e l agu a porqu e é s tas ta mb ié n deb en as egur ar e l e qu ilibr io e conó mic o y r eg ion a l y la s o lidarid ad en tre todo s los ciudad anos t a n to n a c i on a le s co mo europ eos a tr av és d e las ins titu c ione s co mun itar ias .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 172

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

R efer en c ias b ib liog ráf ic as: AGUDO GON ZALE Z, J orge . “Urb an is mo y G es tión de l Agua ”. Ed ito r ia l IU STE L. Ma dr id, 2006 . A REN ILLAS SA EZ , Ma nue l. “E l P a c to Loc a l en la Co mun id ad d e Mad r id” . AL VAREZ CONDE , Enr iqu e (D ire ctor) . “E l Der echo Púb lic o d e la Comu n id ad d e Madr id ” E d itor ia l Cen tro de E s tud ios Ra mó n Ar e ce s, U. R. J. C. , Mad rid, 2003. pag . 1129 a 1151. AL VAREZ CONDE , Enr iqu e (D ire ctor) . “E l Der echo Púb lic o d e la Comu n id ad d e Madr id ” . Edito r ia l Cen tro d e E s tud ios Ra mó n Are c es , U. R. J. C., Madr id, 2003 AL VAREZ CONDE , Enr iqu e. “ La Re for ma Cons titu c ion a l y la s Re for mas E s tatu tar ias. Ed itor ia l Iu ste l. Madr id, 2007. 1ª e d ic ión . A RIÑO O RT IZ, G a spar y SAST RE BE CEI RO, Món ica . “ L e ye s d e Agu a s y Po lític a H idr áu lic a en E spañ a ” (Lo s me rc ado s r egu lados d e l agu a). Ed ito ria l Co mar es, S.L . Gr an ada 1999. BLANQU ER, Dav id . “ L a in icia tiv a pr iv ad a y e l c ic lo in tegr a l de l agua ”. Ed ito r ia l T ir an t. Monogr af ías 397 . V a len c ia 2005. CONSO RCIO E MP RESA RIA L D E L Á REA MED IT ERRÁNE A D EST INA TARIA DE L T RASVAS E D ESDE E L RIO E BRO . P lan H idro lóg ic o N ac ion a l O c tubr e 2002. Nº 1 . Mur c ia CRIADO, R. (D ire c tor) . “E l agua e n tus ma n os : Usos , G es tión y nu evas fu en te s ”. Co labo ra c ión Un iv ers ida d Re y Juan Ca r los y Aqu a lia . Ed icio n es Clás ica s, S.A Mad r id, 2006. E MBID IRU JO, An tonio. (Dire c tor) . “G e stión d e l Agua y Me dio Amb ie n te”. S emin ar io de D ere cho de l Agu a d e la Un iv ers id ad d e Z ar ago za . Conf ed era c ión H idrogr áf ica de l Ebro. Monogr afía s.

Ed itor ia l Civ ita s, S.A . Monogr af ías.

Mad r id, 1997.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 173

M.ª FERNANDA DEL HOYO ALVES

E MBID I RU JO, An tonio (D ir ec to r). “ El Nu evo D ere cho d e Agua s : L a s Obras H idr áu lic a s y su F ina nc ia ción ”. S e min ar io de D er echo de l Agu a d e la Un iv ers id ad de Z ar ago za . Conf ed era c ión Hidrogr áf ica de l Ebro . Ed itor ial Civ ita s, S.A. Monograf ía s. Madr id , 1998. E MBID I RU JO, An ton io (D ir ec tor) . “ P lan ific a c ión H idro lóg ica y Po lítica H idr áu lic a (E l L ibro Bla nco d e l Agu a)” . S e mina r io de Dere cho d e l Agu a de la Un iv ers id ad de Z ar ago za . Conf ed era c ión Hidrogr áf ica de l Ebro . Ed itor ial Civ ita s Ed icion es, S. L . Monogr af ías . Madr id, 1999. E MBID IRU JO, An tonio (D ir e c tor). “ La Refor ma d e la L e y d e Agu as ( L e y 46 /1999, de 13 de dic ie mb re) ”. S e min ar io d e De re cho d e l Agu a de la Un iv ers id ad de Z ar ago za . Conf ed era c ión Hidrogr áf ica de l Ebro . Ed itor ial Civ ita s, S.A. Mono graf ía s. Madr id , 2000. E MBID I RU JO, An tonio (D ire c tor). “ E l D erec ho de Agua s en Ib eroa mé r ic a y E sp aña : Camb io y Mod ern iz a c ión e n e l In ic io d el Te rc er Milen io . To mo I y To mo I I” .

S e mina r io d e D er echo de l Agua d e la Un iv er s idad de Za rago z a.

Conf eder a c ión H idrográ f ic a d el Ebro. Ed itoria l Civ itas , S .A. Monogr af ías. Mad r id, 2001. E MBID I RU JO, An tonio. “Urb an is mo y G e s tión d e l Agu a” . Ed ito ria l Iu s te l. Mad r id, 2007. FUNDA CIÓN INS TIT UTO MEDITE RRÁN EO DE L AGUA. FUNDACION DE L CONS EJO DE EU ROPA. “DE RE CHO DE AGU AS ”. 1 º Ed ic ión. Jun io 2006. Mur cia 2006. FAN LO LORAS , An ton io (D ir ec tor) . “ La s Conf eder a c ion es H idrogr áf ica s y o tr as Ad min is tra c ione s H id ráu licas ”. S e min ario d e D er ec ho d e l Agu a d e la Un iv ers id ad d e Z ar ago za . Conf ede ra c ión H id rogr áf ica d e l Eb ro. Monogr af ías. Mad r id, 1996. GON ZALE Z

ANTÓN -LO PE Z,

Ca r los.

“E l

u so

del

agu a

por

las

Ad min is tr acion es Lo ca le s ”. Ced ec s E d itor ia l, S . L. ( Centro de E s tud ios de D erecho, E cono mía y Cie nc ias So c ia le s). Bar c elon a 2000.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 174

LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA DEL AGUA EN ESPAÑA EN EL RÉGIMEN VIGENTE. REFERENCIA: LA CUENCA HIDROGRÁFICA DEL TAJO

GON ZALE Z -VA RAS IBAÑE Z, San tiago ( Coord in ador). “ Nuevo De re cho d e Agu as . En c o labor a c ión con E PA (En te Públic o d e l Agu a d e la Re g ión de Mur cia . Ed itor ia l Thonso m Civ ita s. N avar ra 2007. MA RTIN -RE TO RTI LLO, Seb as tián. “De re cho de Agu as ”. Ed itor ial Civ ita s, S .A. Madr id, 1997.1ª Edic ión. ME LGA RE JO

MO RENO,

Jo aqu ín

y

MOL INA

GI MENEZ ,

Andrés

( Coord in ador es) . “Lo s Me r cado s d e l Agua . (An á lis is Ju ríd icos y E conó micos de

lo s

Con tr a tos

de

Ce s ión

y

Ban cos

de

Agu a) ”.

Fund ac ión

Ins titu to

Med iterr án eo de H idro te cn ia. Conse jo d e Europ a. E s tudios y Monogra f ía s de E cono mía . Ed ito r ia l A ra nz ad i, S.A . ( Thonso m Civ ita s). Nav arr a 2005 MUÑOZ AMO R, Mª de l Ma r. “L a Ca lidad de la s Agua s ( Rég ime n vig en te y gr ado de cump li me in to d e la Nor ma tiv a Co mun ita r ia )” . Ed itor ia l CISS PRAXIS, S .A. E d ic ión Ma yo 2005. O RTI Z DE T ENA, Mª de l Car me n. “P lan ific a c ión H idro lóg ica ”. Ed ito r ia l Marcia l Pons . Ed ic ion es Jur íd ic as, S .A. Madr id, 1994. P IE RQ, E mi li y MI LIAN, Á lez . E l a gua d e todo s. Ed itor ial A lgar . A lzir a 2005. 1ª ed ic ión . T IRA DO RO BL ES, Car me n. “L a po lítica de l Agu a en e l Ma rco Co mun itar io y s u in tegra ción en E spa ña ” (pró logo de Maximilia n o Bern ard y Á lv are z de Eu late). Ed itor ia l Tho ms on -Ar anz ad i. Co lec c ión D ivu lg ac ión Ju r íd ic a. Mad r id, 2004.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 175

EVO LUC ION Y TEND ENCIA S EN LA SOSTENI BILIDAD: SU AP LICAC IÓN A L CAS O ES PAÑO L

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN Doctorando en Desarrollo Sostenible y Ordenación del Territorio [email protected]

En

la

soc ied ad

ex is te

un a

a lta

pr eo cup ac ión

por

lo s

te ma s

med io a mb ien ta le s. S in e mb a rgo, y c on tr ad ictor ia me n te , e x is te un n iv e l de concien cia ción con un e f ec to p erv erso : qu e la ma yo r ía de los ciud adano s p ercib en e s to s prob le ma s c o mo ir res olub le s y, p eor aún, qu e in terpr e ta n qu e no es tán a su alc an c e la bús qued a d e so lu c ione s ; es to es , tien en una ac titud pa s iva fr en te a l me d io a mb ien te . N ada má s le jos d e la re a lid ad. Só lo la t o ma de con c ien c ia de l d año d e la s actu acion e s

y a c tiv id ade s hu ma n as sobre e l me d io amb ie n te podr á ha c er

co mp a tible una v ida d ign a p ar a todos los hab itan te s de e s te pla ne ta y la cons erv ac ión d e l en torno n a tur a l. E l conjun to d e

tod a la v ida en nu es tro p la n e ta es la b iod iv ers ida d : la

r iqu ez a de la s esp e c ie s, d e lo s e cos is te ma s y de su s co mp lejo s proc e sos eco lóg icos . L a biod iv ers id ad e s muc ho má s que la s u ma de tod as su s p ar te s, e s un co mp lejo y d e lic ado e n tra ma do de re la c ione s qu e aún d es cono ce mo s e n gran med id a. L a pérd id a d e b iod iv ers id ad s e h a a c en tu ado e n lo s ú ltimo s a ños de b ido a nu mero sa s a me n a za s co mo la d es tru cc ión y de grad a c ión d e l háb ita t, e l c a mb io climátic o, la con ta min ac ión y la sobr eexp lo ta ción d e lo s re cur sos n a tur a le s. La qu ema d e co mbu s tib le s fós iles , la defo re s ta c ión, las dema n d as c rec ien tes d e agua, la u tiliz a c ión ma s iv a d e f er tilizan tes y pe s tic id as en e l sue lo es tán alter ando los c ic lo s n a tur a le s de produ c tos e sen c ia les p ara la v ida en la tierr a, co mo e l ca rbono, e l n itróg eno y e l a gua . E l cr ec imie n to de la huma n id ad no pu ede b as ars e en un a luc ha con tinua con s u prop io en torno, e n la qu e s ie mp r e g an a e l ho mbr e y p ierd e la n a tura le z a, n i tamp o co en un a luch a in terna , en la que las h er id as d e l homb r e s iguen a b ier ta s porqu e la br ech a en tr e p a ís es d e sarro llados y pa ís es no des arro llado s no ac ab a d e cer rar s e.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 177

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

E l ho mbr e tie ne qu e apr ende r a cr ec er con s igo mis mo y c on su en torno, jun tos y a la ve z. Su cr ec imie n to tie ne qu e bus c ar la igu ald ad inter pa re s y e l r esp eto por s u en torno , e n e l qu e tie ne qu e segu ir cr ec iendo. Un equ ilibr io en tr e s u crec imie n to, su s igua le s y su entorno, y, ade má s , que se a durad ero, porque e l ho mbr e tiene qu e s egu ir d e sar rollándo se en e l tie mp o. Por e so, es e equ ilibr io tiene qu e se r un p roc es o a cordado en tre las pa r te s, sos ten ib le en tr e e lla s. Un d es arro llo s os ten ib le d e l cre cimie n to b as a do en e l progr eso e conó mic o, la jus ticia soc ia l y la pr e serv ac ión de l me d io a mb ie n te .

I .- La Sos ten ib ilidad como pro ce so: a ná lis is d e do cu me n tos Ese

equ ilibr io

es

e l qu e bu sc aba ,

en

los a lbor es

de

lo s

años 70 ,

pr ecis a me nte e l Club d e Ro ma , p ero “ Lo s lím ites de l cr e c imie n to” fu e el pr ime r infor me qu e puso d e ma n if ie s to, a tr avé s de un a s imu la c ión infor má tic a cr ead a por los propios au tor es, e l d es equ ilibr io en tre e l cr ec imie n to de la huma n id ad y los r e cursos n a tur a le s de la T ierr a, pr es ag iando que , de no m o d ific ar s e las tenden c ia s e x is ten te s de c re c imie nto d e la pob lac ión , la indus tr ia liza c ión , la con tamin a c ión, la produ cc ión d e a lime n to s y la u tiliz a ción d e los r e curso s n atura le s, el p lane ta no a gu an tar ía má s d e c ien a ños . Es te e s e l tie mpo límite qu e impo n e e l p lane ta a l cr ec imie n to d e la hu ma n idad . Toda v ía e s ta mo s en é l. P ero, s in dud a a lgun a, la pr ime r a ve z que s e to ma conc ie nc ia co lec tiv a a n iv el mund ia l d e l d año d e las a c tivid ade s hu ma na s sobre e l me d io a mb ien te fue en la Confer enc ia sobr e e l Me d io Hu ma no d e las Na c ion es Un id as, c e le brad a en E s to co lmo e n jun io d e 1972. Su infor me , cono c ido co mo la D e c lara c ión d e E s to co lmo, c ons titu yó ta l ba lu ar te e n la pro te cc ión de l me d io a mb ien te que con ella

arr ancó

el

Der ec ho

A mb ien ta l

In terna c ion a l,

y

de

una

de

su s

r eco me nd a cion es s e cre ó, ap ena s s e is me s es d espu és , e l Progr ama d e la s N acion es Un id as sobre e l Med io A mb ien te, PNU MA , la pr ime r a ins titu c ión amb ien ta l y d e fondo s p ara f inan c ia r los progra ma s a mb ie n ta le s. Es la to ma de concien cia po lítica d e in ic iar un ca min o de no r eto rno ha c ia e l equ ilibr io en tre el Ho mbr e y la N a tur a lez a . L a Confe ren c ia d e N a irob i, ce lebra da en 1982, conf ir mó la g ran inf lue nc ia d e la Con fer enc ia d e Esto co lmo en la op in ión púb lica d e la f rag ilid ad d e l me d io amb ien te. D e h echo , e so s d i ez año s tr ans curr ido s ev iden c iaron un imp or tan te avan ce en todo lo qu e s e r ef ier e a la edu ca ción y la d ifu s ión a mb ie n ta l, la

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 178

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

pro mu lg a c ión en la ma yor ía de lo s p aís es de le g is lac ión a mb ien tal, a s í co mo d ispo s ic ione s p ara pro te ger e l medio a mb ien te a n iv e l m u nd ia l: la Conv enc ión d e la UN ESCO p ar a la pro tec ción d e l P a tr imon io Mund ial Cu ltur a l y N a tur a l, 1972 ; la Conv enc ión sobr e e l Co me rc io In terna c ion a l de E sp ec ies Ame n a z ada s d e F auna y F lor a S ilv estr es , 1973; o la Car ta Mund ia l d e la N a tur a lez a , 1982, en tre o tros , c o mo do cume n tos má s r e lev an tes . P ero e l av an ce má s i mpor tan te , por cu an to dotó d e un ma rco co mú n e n e l qu e todos e s to s e sfu er zos ind iv idu a le s y ais lado s en con tr aron un s en tido co lectivo, fu e la ap ar ic ión d e l con cep to de de s arro llo sos ten ib le en “ Nu es tro Fu tu ro Común” , infor me pub lic ado en 1987 por la Co mis ión Mund ia l sob re e l Med io A mbie n te y e l D es arro llo ( CNU MAD), y cono c ido co mo e l “ Infor me Brund tland”. Un nu evo mo d e lo d e cr ec imie n to e conó mic o qu e pr es erve e l me d io amb ien te y busqu e e l b ien e s tar d e la s g ene ra c ion es ac tua les y fu tur as . Un d es arro llo

s os ten ib le

o

dur adero,

en tend ido

co mo

un

pro ce so

a r món ico,

s olid ar io y e qu ita tivo de c a mb io y tr ans ic ión ha c ia un mod e lo de so cie dad qu e h aga co mpatib le sus d ime n s ion e s ec onó mic a s, s oc ia le s y me d io a mb ie n ta le s. E l d es arro llo so sten ib le s er á e l pr in c ip io y e l f in d e lo s objetivos , e l fund a me n to s obre el que se b as ar á todo docu me n to, e s tra te g ia o confe ren c ia qu e s e lleve a cabo a par tir d e e s te mome n to. S in

dud a a lguna

el h ito

que ma r c ó un

a n te s y un

de sp ué s en

la

concien cia ción co le c tiva e ind iv idua l, a n iv e l mu nd ia l fu e la Conf eren c ia d e las N acion es Un id as sob re e l Med io Amb ie n te y D es arro llo (CNU MAD), c e lebrad a en Río d e Ja ne iro en jun io d e 1992, cono c ida co mo la “ I Cu mbr e d e la T ierr a ”, la mayo r imp li c a c ión po lítica y s oc ia l d e todo e l p lane ta po r e l d es arro llo s os ten ib le . Su “D e cla ra c ión de R ío ”

d ef in e en 27 pr in c ip ios lo s d ere cho s y

r espon sab ilid ade s d e las n a c ione s en la bú squ ed a d e l progre so y b ienes tar de la hu man id ad, y s u “ Prog rama G loba l pa ra e l D esa rro llo So sten ib le d e l SX XI” , “ Prog rama 21” o “ Agenda 21 ” e s e l pr ime r p la n de a c c ión, e l pr ime r o a es ca la mu nd ia l, un p lan in tegra do d e de s arro llo so c ial, e conó mic o y me d io amb ie n tal p ara logr ar e l d es arro llo sos ten ib le d e l p lan eta. P ero la Age nda 21 es a lgo má s, tie ne e l pod er d e conv er tir lo g lob a l en lo cal, d e pon er en pr áctic a los pr inc ip ios, la me jor h err a mie n ta ha s ta ahor a qu e d ispon en los pod er es púb licos p ara imp lic ar a su s c iud ad anos en e l de s arro llo

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 179

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

s os ten ib le , d ia logando c on e llos , con la s org an iza c ione s c iv ile s y las e mpr es a s d e sus c iuda de s p ar a cr ea r jun to s s u prop ia Ag enda 21Loc a l, la d e su mis mo en torno en e l qu e conviv en. L a Age nda 21 Loc a l s igu e s ie ndo e l me jor ej e mp lo d e con c iencia c ión co lec tiva e ind iv idu a l pue sto qu e supon e la imp lic a c ión d e todos los age n te s propon iendo un fu turo co mún. L ejo s d e hab ers e so lu cion ado lo s gr ave s proble ma s d el de s arro llo qu e s e d enunc iab an en los año s 70, d e ha ber in ten tado poner le s límite s y

me te r lo s

b ajo un conc ep to de equ id ad in terg ener a c ional , de h aber logr ado un a to ma d e concien cia po lítica d e los mis mo s a niv e l mund ia l y la d ifu s ión de un p lan d e acción dur an te un a d éca da p ar a llev ar los a buen pue r to, e so s mis mo s prob le ma s , algo má s de tr e in ta año s de spués , no se ha n so lu c iona do, s ino qu e s e h an s u mado a e llos la agud iza c ión d e lo s prob le ma s so cia le s y e l exp lo s ivo crecimie n to de la pobre z a. En es te con tex to , s e r eúne de nuevo la co mun id ad in terna c iona l, por pr ime r a v ez ba jo e l ma r co co mún de D e sarro llo S os ten ib le , en la Cu mbr e Mund ia l d e Joh ann esburgo, Sud áfr ic a s ep tiemb r e d e 2002, par a r ealizar una rev is ión d e la Cumb r e d e la T ierr a de 1992 y re lan z ar e l co mpro mis o c on e l de sa rro llo sos te n ib le a l má x imo n iv e l po lítico y má x ima d ifu s ión y con c ien c ia c ión soc ia l. Po r su p ar te, Europ a,

aunque

lo

h ic ier a c on

af án d e pro tagon is mo

in terna c iona l, n ad ie pue de neg ar le su co mp romis o con e l de sar ro llo s os ten ib le . Ap ena s a c abó la Cu mb r e de Río, c uando la Un ión Eu rop ea h ac e efe c tivo ese co mpro mis o su s cr ito an te toda la c o mun id ad in terna c ion a l con la pu es t a en mar cha , en e l año 1993, de l V Progr a ma , en ma te r ia de Med io A mb iente , con e l lema “ Ha c ia e l D e sarro llo Sos ten ib le” . A pe sa r d e no cump lir s e la to ta lidad de los obj e tivos ma r c ados , la Un ión Europ ea co mprobó qu e el d es arro llo s os ten ib le era el ca mi no, e l ún ico p ara lleg ar a e s e mod elo d e c re c imie n to so s te n ib le . Por es te mo tivo, “ Med io Amb ie n te 2010 : e l fu tu ro e s tá en nu es tr as ma no s”, fue e l lema e le g ido p ar a llev ar a cabo , en e l año 2001, e l VI Progr a ma de a cc ión que es te año f in a liz a. En me d io de es te Prog ra ma , en 2006, Europ a r enu eva sus vo tos con la s os ten ib ilid ad y r ev isa s u Es tr a tegia d e D es arro llo Sos ten ib le, a la v is ta d e lo s len to s r esu ltados ob ten idos p ara imp u ls ar y fo rta le c er los co mpro mis os de Aa lbo rg. P re c is a me n te , la “ Car ta d e Ciud ad es Eur op ea s ha c ia la so s ten ib ilid ad” o “Car ta d e Aa lborg” sign if icó ta mb ié n qu e lo s gob iernos lo ca les se conv ir tier an

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 180

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

en cata liz ador es d e l de s arro llo sos ten ib le y a su mie r an lle var a su s c iudades h acia la soste n ib ilid ad porqu e “ E l gob ierno loc a l es tá c erc a d e l lu ga r dond e s e p er ciben los p rob lema s amb ien ta le s y mu y c er ca d e lo s c iudadano s”. E s te

co mpro mis o

lo ca l

por

la

c on c ien c ia c ión

so c ia l

del

d esa rro llo

s os ten ib le , s e h a ven ido ma te r ia liza ndo y re ivind icando con la c e lebr ac ión d e cinco Conf er enc ia s d e Ciudad e s Europ ea s So ste n ib le s, des de la d e Aa lborg en 1984 h as ta e s te mis mo año 2010, en e l ma r co de la Ca mp añ a de Ciud ad es Eu rope as Sos ten ib les , au spic iada por la Un ión Eu rope a. A tr avé s d e A a lborg, Lisbo a, Turku, Sof ía , La Ha ya, H annov er, S evilla y Dunk erque , la s

a u tor id ade s lo ca le s h an lid erado todo e l pro c es o d e la

Ag enda21 y lle vado los Co mpro mis os de A a lborg a la pr ác tic a con lo s ciudad anos , d e ma n er a p ar tic ip a tiva e in tegrador a. E l De sa rro llo So s ten ib le e s tá adqu ir iendo, pu es , un a impor tanc ia cap ita l en las po líticas europ e as , a n iv el comu n itar io y, po r e fe c to d e tr anspo sic ión, a n iv el n ac iona l, r eg ion a l y lo c a l d e ca da E s tado mie mb ro de la Un ión Europ ea .

I I. - La apue s ta e spañola po r la sos ten ib ilidad 1.- L a Es tr ate g ia E spaño la d e D es arro llo Sos ten ib le D e es te modo, la E s trate g ia E spaño la d e D es arro llo Sos ten ib le ( EEDS ) e s la asun ción de los co mpro mis os con e l d es arro llo so s ten ib le qu e, co mo E s tado mie mb ro de la U n ión Eu rope a, Es pañ a asu me y p la s ma e n e s te do cu me n to, aprobado en nov ie mbre d e 2007, y q u e s e e n ma rc a, por tan to, de n tro d e la E s tr ateg ia de D e sar rollo So s ten ib le -UE . Es ta e s su ca r ta d e p re sen tac ión por la s os ten ib ilida d en Esp añ a, en e l ma rco d e lo s c o mpro mis o s adqu ir ido s por la lu cha con tr a e l c a mb io climá tic o . L a E EDS as pira a propor c iona r un a soc iedad má s c oh ere n te en e l u so r acion a l d e s us r e curso s, a s er so c ia lme n te má s e qu ita tiv a y ter r itor ia lme n te más e qu ilibr ada . A l igu a l qu e su ma r c o e s tr até g ico d e re fe ren c ia europ eo, la es tr ateg ia es paño la s e ar ticu la en torno a s ie te gr ande s ejes o ár e as prior itar ia s : camb io

c limá tic o

y

e nerg ía s

limp ia s ;

tran spor te

sos ten ib le ;

con su mo

y

produ cc ión s os ten ib le s ; con s erva c ión y g e s tión de lo s r e cur sos n a tura le s ; re tos d e la s a lud púb lica ; in tegra c ión s oc ia l, d e mogr áf ica e in migr a c ión; y, por ú ltimo , la lu cha con tr a la pobr e za en e l mundo. Par a sup era r e s tos r e tos qu e pon en en p eligro la sos te n ib ilidad de l mo d e lo de c re c imie nto esp año l, la E EDS

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 181

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

es tab le c e pa ra c ad a uno d e e llos un a s er ie de obje tivo s qu e or ien ta n en c ada s ección e l tipo d e me d id as qu e d eb en llev ar a c abo, y c o mp le me n tado s en algunos c aso s por un conjun to d e a c tu a cion e s má s e spe c íf ica s qu e inc iden en el cor to y me dio p la zo. En e l á mbito so c ia l, E sp aña de be r e a liz ar un es fuer zo ad ic iona l par a g aran tiz ar un progr es ivo in cre me n to d el e mp leo d e ca lid ad, un n iv e l de v id a d igno d e la pob lac ión por d eb ajo de l u mbr a l de la pob re z a, la in tegr ación d e los in migr an tes y la a ten ción a las pe rson as en s itu a c ión de d ep endenc ia . En la d imens ión amb ie n tal, aún e s n ec esa r io ha c er un uso r a c ion a l y ef ic ien te d e los r ecu rso s na tur a le s ; mie n tr as qu e en e l á mb ito g lob a l, Espa ña , co mo la ma yo r ía d e lo s pa íse s europeo s, d ebe d es tin ar má s r ec urso s a los p a ís e s en v ía s de d es arro llo, y, a la ve z, me j or ar la ef ica c ia, cohe ren c ia y c alid ad de es as a yud as . En cuan to a la s os ten ib ilid ad econó mic a , con tr ar ia men te a la s d ir ec tr ic e s d e l Cons ejo Europ eo en e l te x to d e la EDS -UE qu e p lan te a las s in erg ias entr e és ta y la Ag enda d e L isbo a, la E s tr a teg ia esp año la no h a inc lu ido la dime n s ión econó mic a in tegrad a en la prop ia e s tr a teg ia y la abord a en e l P rogra ma N acion a l d e Refor ma s (PN R) . Par a a lc an zar los obje tivo s ec onó mic os, s e deb en tener e n cue n ta e l an á lis is conjun to d e la s d ime n s ion e s d e la sos ten ib ilid ad y es te

PNR

r ecog e

indic ador e s

so c ioe conó mic os

c lás ico s

sob re

e mp le o

y

crecimie n to, p ero no rec oge o tro tipo de ind ica dore s e conó mic os qu e a mp líe n y d ef inan de ma n e ra co mp le ta la d ime ns ión e conó mic a d e la s os tenb ilidad. En cua lqu ier ca so, e s ta Es tra teg ia Esp año la de D es arro llo So s tenib le h a s en tado las b as e s de l d iagnós tico , por e l qu e s e h an d ef in ido obj e tivos y p lan te ado me d id as y a c c ion es a llev ar a ca bo en nu es tro pa ís, p ero debe po tenc iar se e s ta e s tra teg ia p ar a promo v er una nu eva v is ión de nu es tro e s tilo d e d es arro llo a la rgo p lazo y r e sponder in te lig en te me n te a los r e t os d e un c a mb io d e ciclo e conó mic o. L a E s tr a tegia Esp año la de D es arro llo Sos tenib le es , pue s, e l ma r co de r ef eren c ia de la so s ten ib ilid ad en E sp aña ya qu e con s idera , en tre su s obje tivo s , alcan zar una ma yo r soste n ib ilid ad a mb ie n ta l a tr avé s de l d es arro llo te rr itor ia l y urb ano má s so s ten ib le y equ ilibra do, inc en tiv ando as imis mo e l d es arro llo s os ten ib le e n e l me d io ru ra l, ten iendo en c uen ta lo s u sos d e l su e lo y la o cupa c ión de l terr itor io.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 182

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

2.- L a Es tr ate g ia E spaño la d e So s ten ib ilid ad Urb ana y Lo c al A s í pue s , ad ap tad a a l c on tex to e sp año l d e la E s tr a teg ia T e má tic a Europ ea d e Med io A mb ien te Urb ano ( ET E MAU), d e 2006, y e n coh er en c ia , co mo acab amos de v er, con la E s tr a teg ia E sp añola d e D es arro llo Sos te n ib le , la E s tr ateg ia E sp año la de Sos ten ib ilid ad Urb ana y Lo c a l (E ESU L), aprob ada en d iciemb re de 2009, e s un do cu mento qu e p re tend e s er un ma r c o e s tr até g ico qu e r ecoj a p r inc ip ios, obje tivos, d ir ec tr ic e s y me d id as cuya a p lic ac ión p er mita avan zar en la d ir ec c ión d e un a ma yor so s ten ib ilid ad urb ana y lo c a l. Cons e cuen te m e n te , e s ta E s tra teg ia g ira en torno a los cu a tro te ma s tr ansv er sa les d e la ET E MAU : urb an is mo so sten ib le (c iudad es co mp a c ta s, p atr imon io

y

acces ib ilid ad

te j ido s y

urb ano s) ;

tr ans por te) ;

tr an spor te ge s tión

urb ano

urba na

so sten ib le

sos ten ib le

(mo v ilid ad,

(gob e rnan z a) ;

cons tru c c ión sos ten ib le ( ed if ica c ión y r ehab ilita c ión) ; y s e a ñad e e n e l ca so esp año l, por la n ec e s id ad imp er ios a d e r edu cc ión de e mis ion e s de g as es , un qu in to te ma : e l c a mb io c limá tico (se c tor e s d ifus os y p lan de adap tac ión). L a EE SUL qu iere s er un in s tru me nto ú til tan to p ar a mun icip ios de ma r cado car ácter u rba no co mo pa ra e l r es to de en tid ade s lo ca les , a van z ando a de má s en la propu e sta de un nu evo enfoqu e in tegrado , da ndo cu mp limie n to a l prin c ip io d e d es arro llo te rr itor ia l y ur b ano sos ten ib le con te mp lado e n la s nuev as le ye s aprobad a s por lo s RD L 2 /2008, de l T ex to Refund ido d e la Le y d e l Su e lo.

3.- Prog ra ma d e D es arro llo Rur a l So sten ib le Con la pu esta en ma r cha de l P rogra ma d e D esa rro llo Rura l Sos ten ib le , qu e es el con ten ido y obje to de la L e y 45 /2007, d e 13 de D ic ie mb re , p ar a e l d es arro llo so sten ib le d el me d io ru ral, y, a tr avés de l cu a l, se ej e cu ta y s e ap lica es ta L e y, la E s tr a tegia E sp año la d e D es arro llo So s ten ib le cie rr a todo e l e sp e c tro terr itor ia l: so sten ib ilid ad urb an a y so sten ib ilid ad ru ra l, busc ando co mo obj e tivo ú ltimo la inte gra c ión entr e a mb as . E l Progr a ma d e De s arro llo Rura l So s ten ib le e s la ma te ria liz ac ión de un a po lítica ru ra l prop ia qu e, s i b ien con tien e imp líc itos c o mo r ef er enc ia s la r enovad a Es tra teg ia de L is bo a por e l e mp leo y la co mp e titiv id ad, as í c o mo la D eclar ac ión d e Go teborg p ar a un de s arro llo sos ten ib le, e sta po lítica tie ne que adap tar se

a

la s

cond ic ione s

ec onó mic a s,

s oc ia le s

y

me d ioa mb ie n ta les

p ar ticu lar es d e l me d io rur a l esp año l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 183

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

En e s te sen tido, la L e y 45 /2007, d e 13 d e d ic iemb r e, p re tend e e l d es arro llo y la in tegr ac ión en e l te rr itor io d e e s ta s zonas rur a le s, es pe c ia lme n te la s má s atras ada s, y vue lca en e l P rogra ma de De sa rrollo Rur a l So sten ib le todo tipo d e accion es y me d id as mu ltis e c tor ia le s y me dio a mb ienta le s, con e l obj e to d e mej or ar la situ ac ión so cio econó mic a d e la pob la c ión rur a l y e l ac ce so d e és ta a uno s serv ic io s púb licos s uf ic ien te s y d e c a lid ad, apo yando, d if eren c iad a me n te, al co le c tivo d e pob la ción d e mu jer es y jóv ene s. Y e s ta pr efe ren c ia por e s tos dos e le me n to s d e l co le c tivo so c ia l rur a l e s lóg ica , n e ce s ar ia y oblig ada a l se r con s ide ra da s la s muj ere s y los jóv en es v alore s e s tr a tég ico s por

e l Progr a ma d e D es arro llo

Rur a l Sos te n ib le , y

es tab le c ers e, en e l ca so de las mu je re s, e l pr in c ip i o d e la igu a ld ad d e tra to y opor tun id ade s muj er es -ho mbr e s por la fue r te ma s c u lin izac ión de l me d io rur a l, y, en e l c as o de los jóv ene s, po r s e r és to s e l r e levo ge ner a c iona l d eb ido al agudo pro ces o de env eje c imie n to qu e v iene pad ec iendo la pob lac ión rur a l. S in la me n or duda , las me d id as qu e la Le y 45 /2007 , con temp la p ara

e l d es arro llo

sos ten ib le del

me d io

13 de d ic ie mb r e,

rur a l

cons titu yen

un

v erdad ero pla n d e a cc ión que e l Progr a ma d e D es arro llo Rur a l Sos ten ib le tiene qu e llev ar a ef ec to ef ic a z me n te . Son tr e ce la s me d ida s e conó mic a s , so c ia l y med io a mb ien ta lme nte so sten ib les , c on uno s obj e tivos conv in cen tes y f ir me s d e in cen tiv ar, imp u lsa r, or ien ta r, po te nc iar, fo me n tar , in creme n ta r, in te ns if ic ar, man tener , prop ic ia r y me j or ar tod a una s er ie de a c tua c ion es que , por su v ar ied ad, abr en un ab an ico enor me de po s ib ilid ade s a l mundo rur a l pa ra qu e s e encamin e ha c ia e l d esa rro llo sos te n ib le . E l P rogra ma d e D es arro llo Rur a l So s ten ib le es la hoja de ru ta d e l me d io ru ra l par a cons egu irlo. En tod as es ta s me d id as pr ev a le c en los pr in cip ios d e sos ten ib ilid ad y la in tegra c ión d e toda s sus d ime ns ione s en la toma d e d ec is ion e s ; pr inc ip ios d e aten ción soc ia l pr ior itar ia a lo s cole c tivo s má s de spro teg ido s y d e igu a ldad de tr ato

y

opor tun id ade s

mu j er es -ho mbr e s,

inc orpor ando

do s

pr incip ios

que

ev iden c ian , a ún má s , e l ma r c ado c ará c ter so c ia l d e es ta Le y: igu a ld ad d e tr a to y opor tun id ade s me d io rur a l - me d io urb ano, y e l pr in c ip io de a c ce s ib ilid ad. Un a acces ib ilid ad de la pob lac ión rura l a un as infr a es tru c tur as , equ ipamie n tos y s erv ic ios púb licos b ásic os, suf icie n te s, p ero de ca lid ad, in c lu yéndo se co mo b ás ica ta mb ié n la a c ce sib ilid ad a las nuev a s te cno log ías d e la infor ma c ión y d e la co mun ic ac ión. Y en igu a ldad de c ond ic ion es qu e e l me d io urb ano.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 184

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

4.- D ir ec tr ic e s Es tr a tégic a s Ter r it or ia le s d e Ord ena c ión Rur a l Son e s ta s D ir ec tr ic es la s qu e e s ta b le c e la Le y 45 /2007, a tr av és de su ar tícu lo 12, co mo in stru me n to p ar a la ord ena c ión de toda s e s ta s a c tuac ione s en el me d io rur a l, or ien tando o condic ionando la lo c a liz ac ión ter r itor ia l d e los d is tin to s

tipo s

de

acc ione s

y

c o mp a tibiliz ando

la s

d ifer en tes

a c c ion es

mu ltis e c tor ia le s. E s tas D ir e ctr ice s s e d es arro llan a lo largo de un do cu men to qu e s irv e de r ef eren c ia pa ra la e labor ac ión de las mis ma s , lla ma d o “Do cu me n to d e re fe ren c ia p ara la e labor ac ión d e D ir ec tr ic es Es tra tég ic a s T err itor ia le s d e Ord ena c ión Rur al” , y obj e to d e aná lis is. E s te Do cu me n to es un borr ador de tr ab ajo, de f e ch a 22 de a br il d e 2010, elabor ado en la D ire c c ión Gen er a l d e D es arro llo Sos ten ib le d e l Med io Ru ra l y qu e in co rpor a las sug ere nc ias re a liz ad as por las Co mun id ad es Au tónoma s e n la Reun ión d e l G rupo d e T rab ajo d e D ir ec to re s G ener a les de D es arro llo Rur a l de l 28 d e oc tubr e d e 2009 , en e l ma rco de la s a tribu c ione s de co mp e tenc ia que en mater ia

me d ioa mb ien ta l

la

Con stit u c ión

E spaño la

conf ier e

a

la s

Ad min is tr acion es Púb lica s. E s tas D ir ec tr ic e s confor ma n , pue s, po r ley, un e leme n to má s de la cooper a c ión e n tr e Ad min is tra c ione s P úb lic as , pu es to qu e son las Co mun id ades Au tóno ma s la s qu e tien en qu e aprob ar las y a dop tar la s. Co ns e cuen te me n te , e l obj eto de es te Do cu me n to es e l de f ac ilitar a é s tas un mo d e lo cohe ren te d e d ir ectr ic es op era tiv a s g ener a les pa ra su ap lica c ión d ir e c ta en la e labor ac ión d e los P lan es d e Zona Rur a l. E s tos Pla ne s son e l ú ltimo e s labón de la ca den a de coop er a c ión en tr e Ad min is tra c iones Púb lic as , los qu e r e cog en las actu ac ion es qu e la s Admin is tr ac ion es co mp e te n te s en c ad a c a so va ya n a llev ar a c abo en d icha zon a. Co mo es to s P lane s son e s tr a teg ia s d e d e sarro llo rur a l por zon a s que conf igur an e l Prog ra ma de De s arro llo Rur a l S os ten ib le, la imp or ta nc ia d e cons ensu ar un as D ire c tr ice s co mune s d e a c tuac ión p ara su e labora c ión en tr e e l E s tado y las Co mun idad es Au tónoma s s e c onv ier te en obj e tivo pr ior itar io d e es te Do cu me n to, sobr e todo s i s e qu iere pon er e n ma r ch a pa ra e l p er íodo 2010 2014 e l “I Progr a ma d e D es arro llo So s ten ib le ”. Aunqu e la atr ibu c ión d e co mp e tenc ia s que la Con stitu c ión E sp año la o torg a a las En tida de s Loc a les s e s itú a c o mo un der echo a orde nar y g es tion ar lo s

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 185

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

asun to s

a mb ien ta les

cu yo

ejer c ic io

co mi e nz a

dond e

te r min a

el

e sp ac io

co mp e ten c ia l r es erv ado a l leg is la dor se c toria l, es ta ta l o au tonómic o , la s op in ion es y la s sug er encia s de la s En tid ade s Loc a les r esu lta n, en cu a lqu ier c aso y

s ie mpr e,

funda me n ta le s

p ar a

la

ap lic a c ión

ef e c tiva

de l

Progr a ma

de

D es arro llo Rur a l Sos ten ib le porque son la s En tid ade s Loc a les las que es tán en con tac to per ma n en te con e l me d io rur a l y pued en re f lej ar me j or qu e c ua lqu ier o tr a Ad min is tra c ión supe r ior sus p ec u liar id ad es e n la e labor ac ión de los P lane s d e Zon a Rura l. En e l p re ámb u lo d e la Car ta Europ ea , Es tra sburgo 1985, se de f in e la au tono mía lo ca l co mo “ e l de re cho

y la c apac idad e fe c tiv a d e las En tidad es

Lo ca les d e o rdena r y ge s tiona r una pa r te impo rtan te d e lo s asun to s en e l ma rco d e la Le y, ba jo su re spon sabilidad y e n b en e fic io d e sus hab itan tes” , y c on sagr a el pr inc ip io d e sub s id ia r ied ad o prox imid ad al c ons id er ar qu e “ e l e jer c ic io de las comp e ten c ias púb lic as d eb e, de modo gene ra l, incumb ir pr e fe rente men te a las au tor idad es más c erc anas a los c iudadanos” . E s tas D ir e ctr ice s E s tr até g ic as d e Ord ena c ión de l Te rr itor io Rur a l re cogen las

me d id as

co mp le men ta n,

de

la la s

Le y

45 /2007

imp le me n tan

y en

la s

c onv ier ten ,

un a

ba ter ía

la s de

d e sar ro lla n, c aso s,

las

ej e mp lo s,

po sib ilid ad es , ex c lus ion es, cond icion es, p ar tic u lar id ad es que conf igur an un v erdad ero ma n u a l pr á ctic o, má s qu e d e o r ien ta c ión , d e ap lica c ión d ir ec ta en la elabor a c ión d e los P lane s d e Zon a Rur a l y la pu es ta en ma r cha d e l P rogr a ma de D es arro llo Rur a l So s ten ib le. S in e mb argo, co mo e l mis mo no mbr e ind ic a, no d ejan d e s er d ire c tric e s, or ien ta c ione s

qu e,

lu ego,

c ada

Co mun id ad

Au tónoma

a d a ptar á

a

las

p ar ticu lar ida de s d e sus te rr itor io s e, irr e me diable me n te, a la s p r ior idade s d e sus pr esupu es tos . P ero e l me d io rura l nec e s ita de la c oop er ac ión d e su s Ad min is tr ac ion es y d el bu en en te nd imie nto e n tre e lla s a todos los niv e le s, hor iz on ta les y ve r tic a les, y de coordin ac ión d e la s d is tin ta s po lítica s s e c tor ia le s pa ra llegar a un a ap licac ión e x itos a d e l Progr a ma d e D es arro llo Ru ra l Sos ten ib le en e l me d io rur al. D e l gr ado de pa r tic ip a c ión qu e la s admin is tr ac ion es, e spe c ia lme n te las Co mun id ades

Au tónoma s

p or

su

p ape l

pr epond eran te

en

ma te r ia

med io a mb ien ta l, o torgue a los org an is mo s, as oc iac ion e s, c o le c tivo s y a la s En tid ad es

Lo c a le s

d ep ender á

la

a p lica c ión

ef e c tiv a

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

del

Progr a ma .

La

Página 186

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

Gob ernan z a, pue s, s e conv ier te en un a ma n era d e h ac er po lítica indisp en sab le p ara e l de s arro llo so s ten ib le d e l me d io rur a l.

A s í, e l obje tivo d e de s arro llo

s os ten ib le ma r c ado por e l Progr ama d e D es arro llo Rur a l s e e s tab lec e d esd e e l prop io me dio rura l. De un a p ar te , la d e limita c ión de l me d io rur a l y su clas if ica c ión en zona s rur a les p er mite lle ga r a l n iv el má s p eg ado a l propio terr itor io. A su ve z, y por o tr a pa r te , lo s P la ne s d e Zon a Rur a l r ec ogen e s as p ecu liar id ad es d e c ad a zon a y la s tr as lad an a l P rog r a ma de D es arro llo So s ten ib le Rur a l par a qu e a co me ta la s ac tu acion es d e ma n era ef ic az y e f ic ien te. Y ad e má s , la p ar tic ip ac ión d e orga n iz a cion e s, a s oc ia cione s y c o le c tivo s d e la zona rura l, org an is mo s qu e se d e sa rro llan y ac túan sobr e e l mis mo te rr itor io rur al, y con la pa r tic ip ac ión y p re s enc ia, ob lig ada y n e ce s ar ia, en todo s los ámb itos de a c tu a ción de las En tidad es Lo ca les. D ado que la ma yo r pa r te d e las me d ida s qu e han d e lle var se a c abo con temp lan a c tu a cion e s s e c tor ia le s, e l P rogr a ma a n tepon e la v is i ón terr itor ia l a la sec tor ia l, y pr io r iz a e l se rv ic io d e la zon a e n su conjun to a l p ar tic u lar . Es ta v is ión d e conjun to s e tr as lad a ta mb ién a l á mbito de la s En tid ade s Loc a les , ya s ea a tr avé s de sus ac tua c ion es en la s qu e e l Progr a ma da pr ior id ad a l en foque d e la zon a o d e á mb itos supra mun ic ipa les s obre e l enfoqu e ex c lus iv a me n te mu n ic ip al, ya s ea en la pr es tac ión d e s erv ic io s púb lico s en los qu e tamb ié n s e pr ior iz a la pr es ta c ión ma n c o munad a d e los mis mo s o cu a lqu ier coop era c ión en tre d is tin to s mun ic ip io s. Pu e sto qu e e ma n a d e la L e y 45/2007, el Progr a ma d e De sa rro llo Ru ra l So s ten ib le tie ne que ten er fo rzo sa y c on s ecu en te me n te un ma r c ado d es arro llo s ocial, c en tr ando en fa vore c er a los má s d e s pro teg ido s d e l me d io r ura l, en cualqu ier a de su s á mb ito s y p ecu liar id ade s. A s í s e pr ioriz an la s ac tu ac ion es en la s zon as rur a le s a r evita liz ar y de n tro d e és tas, e sp ec ia lme n te, la s áre as má s d e spro te g ida s ; la pr es ta c ión de s e rvic io s púb licos b ás ico s de ca lidad , e spe c ia lme n te p ara las p er sona s ma yor es , las p erson as c on d is cap ac idad y los n iño s; e l e mp le o pa ra los jóve ne s y las mu j er es , e sp ec ia lme n te p ar a las muj ere s por la fu er te ma s cu lin iza c ión labor a l; los pr inc ip io s so c ia les , por su cond ic ión y s itu ac ión en el me d io rura l, a la s mu j er es , como e s la igu a ldad d e tr a to y op or tun id ade s mu j er es -homb r e s, la p ersp e c tiva d e g énero p ara ev itar d is cr imin a ción por mo tivos de s exo, o b ien temas c o mo la lu cha con tr a la v io le nc ia d e g én ero ; y se in c ide , ad e má s, en la

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 187

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

in tegra c ión d e los in migr an te s en el me d io rural. P ero por e nc ima d e tod as e s ta s pr ior id ad es, e l P rogr ama d e D e sa rro llo Rura l So s ten ible e s tab le ce , co mo pr in cip io únic o par a e l me d io rur a l, e l pr inc ip io d e tra to e igu a ldad me d io rur a l - med io urba no, ap lic ab le a todos lo s á mb itos pos ib les y e n su expre s ión má s ex ten sa pos ib le. E l fu turo d el me d io rural n e ce s ita un mo de lo de d es arro llo s os ten ib le .

5.- L e y d e E cono mía So sten ib le E s te pro yecto d e L e y for ma p ar te d e un “ amp lio y amb ic ioso p rograma mod ern izado r” : la Es tra teg ia d e Econo mía Sos te n ib le . E s ta Es tr a teg ia fu e pres en tada por e l Gob ie rno de la n ación a f in a les d e l año 2009 co mo un conjun to d e re for ma s p ara cr e ar e mp leo y de sarro llar un nu evo mode lo de cr e cimie n to econó mic o p ara E spañ a, e conó mic a , s oc ia l y med io a mb ien ta lme nte so sten ib le, qu e impu lse la r e cup era c ió n e conó mic a d e nu es tro pa ís. J unto c on e l P ro yec to de L e y de E cono mía S os te n ib le , qu e fu e aprob ado por el Gob ierno de l d ía 19 d e ma rz o d e 2010 y e n la a c tua lid ad e n trá mite p ar lame n tario,

e s ta E str a teg ia d e E cono mía S o sten ib le pre tend e llevar a c abo

un conjun to d e r efor ma s , a tr avé s d e un p aquete mu y i mp or tan te de me d id as y p lanes qu e e l Gob ierno irá aprob ando a lo largo de 2010 y 2011, como son : la mo d ern iza c ión de la jus tic ia, la r efor ma de la Ad min is trac ión, la r evis ión d el s is tema f ina nc iero, la lu ch a contr a e l fr aud e y la econo mí a s ume r g id a, e l imp u lso a la innov ac ión y produ c tiv id ad,

mo d ern iz a c ión s e c tor ia l, e mp le o y

es tado d e b ie ne s ta r. E l mod e lo e nerg é tico s os ten ib le y e l tr anspor te for ma n par te ta mb ié n de es te paqu e te de me d ida s y p lane s d e l conjun to d e refor ma s , p ero ya e s tán tr atado s en e l T ítu lo III , Cap ítu lo s I y III , r e spe c tiv ame n te , d e la L e y de E cono mía S o sten ib le. Co mo s e tr a ta d e me d idas y p lane s qu e s e irán aprob ando a lo largo de lo qu e que da d e leg isla tura , he mo s d e en tend er que es tas me d id as confor ma r án un d es ar ro llo má s por me nor iz ado d e a lguno d e los apar tados qu e ya s e en cuen tr an en es ta le y. L a Es tr a teg ia pa ra la E cono mía So s ten ib le e s, pue s, un conjun to d e r efor ma s a lle var a c abo a tr avés d e e s te p aqu e te de me d ida s y p lane s, y a tr av és d e la L e y de E cono mí a So s ten ib le, cu yo pr ime r ar tícu lo d e l T ítu lo P re limin ar

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 188

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

adv ier te d e l c a lado de es ta Le y: r egu lar “ la s r e fo rmas es truc tura les n ece sa r ias” p ara a lc anza r un d e sar ro llo e conó mic o so s ten ible . Un d e sar rollo e conó mic o sos ten ib le b as ado, co mo e s tab lec e e l Ar tíc u lo 2 d el T ítu lo P re limin ar, e n la economía s o s ten ib le, en tend ié ndos e por ta l co mo p atrón, mode lo de cr ec imie n to, en e l que se inte gran , co mo no pod ía s er d e o tr a man era , las tr es d ime ns ion es d e la so sten ib ilid ad. A s í, la d ime ns ión e conó mic a p la sma lo s o bjetivos ma r c ado s en la renov ada Ag enda de L isbo a, po r una e conomía p roduc tiv a y co mp e titiva e spaño la. ; e l emp leo de c a lid ad, la igu a ldad d e opor tun id ad es y la coh es ión soc ia l, co mo d imens ión so c ia l; y en c uan to a la d ime ns ión a mb ie n ta l,

p a trón o mod e lo d e

crecimie n to qu e g ar an tic e e l re spe to a mb ien ta l y e l u so rac iona l de los r ecur sos n atura le s. Y las tr es d ime n s ione s arrop ad as por la pr ime r a d ef in ic ión d e d es arro llo so sten ib le de l Infor me Brund tland in tergen er acion a l, d e l re sp e to d e las g en er ac ion es p re s ente s po r las fu tur as . D e la mis ma ma n e ra , es ta s tr es d ime n s ion e s in tegrado ra s e s tán pr ese n te s tamb ié n en los pr in c ip io s por los qu e se gu iar án las ac c ion es de los poder es púb licos p ara impu lsa r la so s ten ib ilid ad d e la econo mía esp año la. Co mo he mo s d icho , e s ta L e y de Ec ono mía Sos ten ib le fo rma p a r te de un conjun to de r efor ma s qu e e s la Es tr a teg ia p ara la Econo mía Sos ten ib le y, co mo p ar te d e e s te “ amp lio y amb ic io so p rograma mod ern izador” , es ta L e y ta mb ién pu ede s er obj e to d e r efor ma d e cua lqu ier a

de s us ar tículos qu e s e c ons id er e

n eces ar io mod ern iz ar . A s í, tod as la s d ime ns ion es de la so sten ib ilid ad s e h an v is to a fe c tadas por las r efor ma s , s iendo la s os ten ib ilida d e conó mic a , con d ie z r efor ma s , la qu e má s g ener a ; la so s ten ib ilid ad a mb ienta l, con s eis ; y cu a tro re for ma s par a la s os ten ib ilida d so c ia l. Nu es tro s esfu er zos se c en tr an en e l an á lis is e xhau s tivo d e la d ime n sión amb ien ta l d e es ta L ey, qu e

des arro lla

su T ítu lo III a tr avé s d e cua tro

cap ítu lo s : Mode lo en erg é tico so s te n ib le , Redu cc ión de emis io n e s, Tr ansp or te y mo v ilid ad so sten ib le, y Rehab ilita ción y V iv iend a S in dud a a lgun a, e s tos r e tos obj eto de d es arro llo d e e ste T ítu lo III son es tr atég ico s p ar a la so sten ib ilid ad a mb ien tal porqu e se r ef ie ren a s e c tore s clav es , como la e n erg ía, e l tr an spor te y la v iv ienda , qu e tien en, por las emis ion e s qu e g en er an, un a rep er cus ión e in c iden c ia mu y imp o r ta n te en e l

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 189

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

cu idado o de ter io ro de l me d io a mb ie n te , s egún s e h ag a un u so y e mp leo d e e llos aprop iado s o in aprop iado s. L a energ ía, s egún r econo ce la es tra teg ia

Es paño la sobr e e l Camb io

Climá tic o y E n erg ía L imp ia ( EE CCyE L), e s un e le me n to c lav e en e l d es arro llo econó mic o y s oc ia l, su tr ansfo r ma c ión y con su mo d an lug ar a un a imp or tan te afección a l me d io a mb ie n te y con stitu yen la pr in c ipa l inje ren c ia hu ma na en e l s is tema climá tic o , ademá s de un con su mo d e re cur sos limita dos. En e s te s en tido, e l Cap ítu lo I propon e un nu evo mo de lo ene rgé tico que s e a econó mic a , s oc ia l y me d io a mb ien ta lme nte so sten ib le. E l ahor ro y e f ic ien c ia energ é tica y la s energ ías renov ab les , por un a pa r te , y la p la n if ic a c ión, por o tr a, cons titu yen la b as e sobre la qu e e s ta b le c er es e mo d e lo en erg é tico so s te n ib le y, por tan to , la ma yor ía de lo s ar tículos d e es te pr ime r c ap ítu lo g iran en to rno a es to s do s obj e tivos. Ahorro y ef ic ien c ia en erg é tic a y en e rg ía s r enov ab le s en I +D, en las e mp r es as y e n la s Ad min is tra c ion es Púb lica s ; p lan if ica c ión energ é tica en la g en era ción y red e s d e tr anspor te e infr a es tru c tura s. A la v ez , es te mod e lo en erg é tico tien e que s er sos ten ible ta mb ién e n e l mar co d e lo s co mp romis o s in tern ac ion a le s d e E spañ a e n la r edu cc ión d e emis ion e s de lo s g as es d e ef ec to inv ernad ero de nu es tro pa ís, y, de for ma má s g lob al, en la lu cha con tr a e l ca mb io c limá tico . A s í, todo e l Cap ítu lo II g ira en torno a l obje tivo de r educc ión d e e mis ion e s d e ga se s de ef e c to inv ernad ero c on e l qu e E sp aña se h a co mp ro me tido a con tr ibu ir en la lu ch a por e l c a mb io c limá tic o : no sup er ar e n un 15% lo s n iv e le s 1990, co mo a ño b as e, e n e l pe ríodo co mpr end ido en tr e 1990 y 2012. S in emb argo, la s e mis ione s to ta le s d e CO2 equ iv a len te en 2007 a lca nz aron e l 51,6 %, s egún e l Inv en tar io N ac ion a l d e Emis io ne s, por lo que s e n e ce s ita r educir un 37% . Par a logr ar e sa r edu cc ión de l 37 %, e l Gob ierno p iens a ob tener un 2% a tra vé s de lo s su mid ero s, y e l 35 % r es tan te a tr avé s de uno de l o s Mecan is mo s de

F lex ib ilid ad qu e le p er mite e l Pro to colo de K yo to par a la

r educc ión de e mis ion e s, co mo es la co mpr a d e c réd ito s d e c arbono . E l s ec tor de l tr anspor te , por su pa r te , tien e un p ape l p ro tagon is ta e n e l consu mo de en erg ía y en la emis ió n d e g as es d e ef ec to inv ern adero y con tamin an te s, y e s c la ve , a la v ez , p ara ate nder la s n ec es id ad es s o cia les crecien te s

y

f ac ilita r

mod e los

de

mov ilid ad

sos ten ib le

me d ian te

su

r ees tru c tur ac ión es tr a tég ica . L a E str a teg ia d e D es arro llo So s ten ib le d e la UE

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 190

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

es tab le c e

co mo

obj etivo

gen er a l,

en

ma te ria

de

trans por te s

soste n ib le s,

g aran tiz ar qu e nu e s tros s is te ma s d e tran sporte re spondan a las n ec e s idad e s econó mic a s , so c ia le s y me d io a mb ien ta le s d e la so c ied ad

y, a l mis mo tie mp o,

r educir a l mín i mo las r epe rcu s ione s neg a tiv as sobr e la e cono mía , la s oc iedad y el med io a mb ien te . Por s u p ar te , la E s tr a teg ia Es paño la d e D es arro llo So s ten ib le es tab le c e

co mo

obj e tivo

pr in c ipa l,

en

mate r ia

de

mo v ilid ad

s os ten ib le ,

op timiz a r en ergé tic a y a mb ien ta lme n te las n ec es id ad es de mov ilid ad d e la s p erson as y lo s f lujos de me r c anc ías. Todo s los a r tícu lo s de e s te Capítu lo III es tán co mpro me tidos con la s os ten ib ilida d d e l tran spor te, e conó mic a , so c ia l y me d io amb ie n talme n te, porque el tr anspor te r epr es en ta a lgo má s de un a cuar ta p ar te de la s e m is ion es d e ga s es d e ef e c to inv ernad ero y su redu cc ión es c lav e p ara lo s obje tivos n ac ion a le s. El tr anspor te por c arr e tera e s e l re spon sab le d e l 85% de e sa s e mis ion es , con lo cual d ebe de or ien tar se h ac ia o tro tipo de tr ans por te , tan to d e me r c anc ía s co mo d e p er sona s, má s ef ica z co mo e l tran spor te por f erro ca rr il. L a inco rpora c ión de las nu eva s te cno log ías de ahorro y ef ic ien c ia en ergé tic a y de e nerg ía s r enovab le s a l s e c tor d el tr an spor te s e rá fundame n ta l p ara qu e s ea efic ien te y energ é tica me n te so s ten ib le. F in a lme n te , e l Cap ítulo IV, Reh ab ilita c ión y v iv ienda , e s mo tivo de r egu la c ión nor ma tiv a por for ma r pa r te de l s e ctor re s iden cia l y p er tene c er, a l igu al qu e e l s e c tor trans por te , a los s e c tor es d ifu sos en los qu e e l con tro l d e su s emis ion e s se h a ce má s d if í c il, a l no e s ta r las mis ma s suj eta s a la L e y 1 /2005, qu e regu la e l Rég ime n de Co me r c io de D er echo s de E mis ion es d e Ef ec to Inv ern adero. P ero ta mb ién es mo tivo d e e s ta regu lac ión , porqu e la polític a urb anís tica d ebe d es arro llar me dida s p ara r edu c ir la s ne c e s id ad es d e d e sp la zamie n tos , abogando por la c iudad co mp ac ta f ren te a lo s a c tu a le s d iseño s urb an ís ticos d isp er sos . S e d ebe vo lv er ha c ia un a c iud ad co mpa c ta y con me z c la de activ id ade s, que pos ib ilite la mo v ilid ad a lte rnativ a, e l de spla z a mie n to a p ié y e l tr anspor te púb lico. A mo do de con c lus ión, ten iendo c o mo ma rc os d e r ef er enc ia ob lig ada la r enovad a Ag enda d e Lisbo a, la s E s tr a teg ias d e De sa rro llo So s tenib le de la Un ión Eu rop ea y d e E sp aña , e s ta Le y de Econo mía So s tenib le, má s qu e una le y qu e apor te nov ed ad es o v a lor añ ad ido en su d ime ns ión me d io a mb ien ta l d e la

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 191

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

s os ten ib ilida d,

podr ía

c ons id er ars e

co mo

un

impu lso

nor ma tivo

a

e s tas

es tr ateg ia s a l d ar les r ango de le y, c o mo prueba in equ ívoca d e nue s tro pa ís po r s egu ir en la send a d e l de s arro llo sos ten ib le

I I I. - D e sar ro llo sos ten ib le: u top ía o rea lidad E l mo de lo d e cr e c imie n to ac tu a l, b as ado en la u tiliz ac ión d e lo s r ec urso s n atura le s de ma n er a d espropor c ion ada a su prop ia ca pa c id ad na tura l d e r enova c ión, qu e no e s c ap a z de logr ar un a igu a ldad soc ia l y d añ a terr ib le me n te a su prop io e n torno a mbie n ta l, no pu ede s er dura dero y o tro mo de lo e s po sib le. So la me n te , s i cons iguié ra mo s d ismin u ir la d epend en c ia tan ex trema d e E sp aña con r e spe c to a lo s co mbu stib le s fó sile s, p e tró leo, g as y c a rbón, tendr ía mo s un mo d e lo má s s os ten ib le. E conómic a me n te, porqu e reba jar ía mo s nu es tr a f ac tur a en erg é tic a ; soc ia lme n te , porqu e habr ía mo s d e sar ro lla do o tra s altern a tiv as r enov ab le s; y me d io amb ie n talme n te, porqu e r edu c ir ía mo s nue s tr as emis ion e s de g as es . Lu ego un a “ e cono mía s os t en ib le ” qu e cr ee “ e mp leo v erd e” y r espe te e l med io a mb ien te p ar a cr ec er es pos ible porqu e es un a r e a lida d, so s ten ible en sus tr es d ime ns ion es.

1.- So s ten ibilid ad económic a : Co mpe titivid ad E s ta mos comp rob ando p erson a lme n te, mu y a p es ar nue s tro, lo s ef ec to s d e la g lob aliz ac ión y su pod er d e de s trucc ión d e e mple o en es to s dos ú ltimos año s d e cr is is económic a mu nd ia l, sobre todo en lo s pa ís es de sar ro llados. S in e mb a rgo, los efe c tos d e la g loba liz a c ión ta mb ién son pos itivo s, y en es te c aso a l tr a tar s e d e E s tado s Un ido s el e f ec to me d iátic o los mu ltip lica, porqu e la Ad min is tra c ión Ob ama s ituó e l e mp leo ve rde como mo tor d e cr ec imie n to de lo s p lane s d e r ecup er a ción econó mic a ., d ando el e sp a ldar az o a es ta nu eva economía v e rde , esp ecia lme nte lide rad a por la ef ic ie nc ia d e la e n erg ía pro ced en te de fu en tes r enovab le s, la inv es tig ac ión y d es arro llo d e nu ev as en erg ías r enov ab le s. Un año de spu és d e es e e sp a lda ra zo, la r ea lida d de la s en erg ía s r enov ab le s conf ir ma que e s po s ib le c re ce r en

é poc a de cris is, y má s qu e e l año a n ter io r.

Bloo mb erg En erg y F in anc e, un a d e la s f irma s a n a lis ta e spe c ia lis ta en e l mer cado de las r enov ab le s, pub l icab a su in for me sobr e la inv ers ión en r enovab le s, e n e l qu e e n b a se a la e vo lu c ión d e l pr ime r tr ime s tr e d e 2010,

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 192

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

man tie ne que 2010 se rá un año r écord p ara las nuev a s inve rs ion es en en erg ías limp ia s , que s e s itu ará n en tr e 175.000 y 200.000 M$, c ifr a sup er i or a los 162.000 M$ d e l año 2009.

En

E sp aña,

la

con tr ibu c ión

de

la s

en erg ías

r enovab le s a la s os ten ib ilid ad y a la a c tiv id ad e conó mic a d e nu es tro pa ís e s mu y s ign if ic a tiva , “ in cr es ce ndo” y d e mu y largo re cor r ido en e l fu turo . Nu es tr as emp r e sa s e sp año la s han s ido c apa c es de obte ner un a v en taj a co mp e titiv a de la en ergía , a p es ar d e la a lta de pend en c ia e nerg é tica d e Esp aña d e lo s co mbu stib le s fó sile s, y e s ta c o mp e titiv id ad h a he cho que E sp aña se a una r ef eren c ia a n iv e l mundia l en en ergía s r enov ab le s y nu e s tras e mp re s as e s tén en todo e l mu ndo. P ero e s qu e nu e s tra s en erg ía s renov ab le s no s ólo e xpor ta n su tecno log ía al re s to de l mu ndo , s ino que ta mb ién, a tra en inv ers ion es en e l s e c tor. A s í, s egún e l infor me d e Ern s t & Young, En er gy Coun try A ttra tiven es s Ind ic es, E sp aña o cup a la s ex ta po sic ión mund ia l en tr e los me jor es p a ís e s p ara inv er tir en en erg ía s r enovab les, s iendo la en erg ía ter mo so lar una ref er enc ia pa ra lo s inv ersor e s, s ólo por d e tr ás de E s tado s Un idos . E n cu an to a c ifr as d e inve rsión, la

polític a d e coh es ión d e la Un ión

Eu rope a pa ra e l p er íodo 2007 -2013 d es tin a 9.000 M€ a l d esa rro llo de la en erg ía r enovab le y me jo ra de la e f icien c ia e ne rgé tica; e l P la n d e E f ic ien c ia y a horro p ara los 333 ed if ic io s d e la Ad mi n is tra c ión G ener a l d e l E s tado supondr á un a inv ers ión de 2.350 M€; e l P rogr ama d e Inv er s ione s en Infr a es tru c tur a p ar a el T ran spor te So s ten ib le mo v iliza rá 17.000 millon es d e euro s en inv ers ion e s en los próx imos dos año s ; y e l P lan Inte gra l de l Ve h ícu lo E léc tr ico tendrá un cos te d e 590 M€ p ara a lc anza r la c ifr a de 250.000 ve h ícu lo s e léc tr ico s en 2014.

So s ten ib ilida d so c ia l : Emp le o L a incorpo ra c ión de la E s tr a teg ia de L isbo a, la r enov ad a en e l 2006, por e l emp leo y la co mp e titiv id ad, en la E s tr a teg ia Europ ea d e De s arro llo Sos t en ib le h a f avore c ido , s in dud a, la cr ea c ión d e e mp leo e n toda Europ a ap rove ch ando la co mp le men ta r ied ad y la s s inerg ia s qu e pued an d es enc ade nar la s polític a s de med io a mb ie n te y d e e mp le o. A la ve z, e l e mp le o d igno y v erd e v in cu la ef icaz me n te lo s obj e tivo s de des arro llo d e l Mi le n io 1, reduc c ión de la pobr ez a, y 7 , pro tec ción d e l me dio a mb ien tal . S egún e l Infor me “ Cle an Econom y, L iv ing P lane t -bu ild ing s trong c lean energy techno log y indus tr ies ”, la indu str ia de la s en erg ías renov ab les, en e l año

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 193

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

2020, fa c tur ar á 1,6 b illon es a l año y s e conve r tir á en e l terc er s ec tor indu str ia l, tr as au to móv iles y e lectrón ica . En e l año 2007, la s tecno log ías re lac ion as con las energ ías limp ia s tuv ieron un vo lu me n de v en ta s de 630.000 M€,

má s que

tod a la indus tr ia fa r ma cé u tic a mundia l En E sp aña, po r eje mp lo, la cog ener a c ión e mp le a ba e n 2009 a 4.500 tr abaj ador es, ten ía un a f a c tur ac ión d e 3.800M€ y, con la a c tiv id ad a s oc iad a, más d e 20.000 M€. Lo s e mp le os en e l s e c tor eólic o, p ar a el a ño 2012 , s e rán d e 32.000 pue stos d ir ec to s y 2 5.00 indir ec to s. Por o tra par te, e l P lan d e Ef ic ien c ia y ahorro en los ed if ic io s d e la Admin is tr ac ión G ener a l de l E stado supondr á la creación d ire c ta e ind ire c ta d e 50 .000 e mp leos . L a cr ea c ión y de sa rro llo d e las e mp r es as d e se rvicios de ef ic ien c ia energ é tica s e v an a mu lti p lic ar , al a mp a ro de los obj e tivo s de redu cc ión d e emis ion e s en lo s qu e la e f ic ien c ia jug aba un pa pe l pr ior ita r io. N a c ida s b ajo la d ir ectiv a europ ea 2006 /32 /E C, es ta s e mpr esa s s e en c arg ar án de la ge s tión energ é tica , d e l ma n ten imie n to d e la s in s ta la cion es, re a liz a c ión d e obr as de mej or a y re nova c ión d e las ins ta la c ione s, y de so lu c ion es v incu la da s a la s energ ía s r enov ab le s. Y a e x is ten v aria s aso c iac ion es en nu es tro pa ís que ag rupan a mu ch as d e es ta s e mpre s as e me rg en tes. L a s en erg ías r enov ab les son cr e ador as d e e mp le o v erd e en todo e l mundo, y tienen ade má s un v a lor a ñad ido en la gen er ac ión d e e mp le o loc a l porqu e toda s es tas inve rsion es lo h ac en en c ap ita l hu ma no, y, por na tur a le z a, son ad e má s inv ers ion es mu y lo c aliz ad as e n un a zona que f avor ec en la e c ono mía d e lo s pu eb los y de las reg ione s, f ij ando la cohe s ión d e l terr itor io. Lo s argu me n tos a f avor de la nu ev a econo mí a v erde s igu en s iendo, pu es , ev iden tes tamb ié n p ar a la so s ten ib ilid ad so c ia l pu es to qu e la s ren tas s irv en pa ra r educir la pobr ez a, por cons igu ien te, la ca lid ad d e v ida y b iene s ta r de los ciudad anos a u me n ta .

2.- So s ten ibilid ad me d io a mb ien ta l : Reduc c ión e mis ion e s GE I L a ef ic ien c ia y la s e nerg ías renov ab les son lo s p ilar es y la s pr ior idade s de la so s ten ibilid ad porqu e son la s do s for ma s d e lu cha r con tra e l c a mb io climátic o, en el cu a l e l mu ndo es tá in me r so, imp lic ado y c o mpro me tido, un a p ar te de l mundo má s qu e o tr a.

E l ca mb io de ac titud de E stado s Unidos an te e l

camb io c limá tic o pu ede con s ider ar se qu e tuv ie ra , s i no má s , igua l re per cu s ión

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 194

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

med iátic a qu e los p lane s d e r e cupe ra c ión e conó mic a

de Ob a ma ,

por cu an to

s ign if icó un e sp a ld ara zo a los co mpro mis os mund ia le s asumid o s en la r educ c ión d e las e mision es d e ga s es , y abría la pu er ta a una pos ib le r a tif ica c ión d e l P roto co lo de K yo to. L a po lítica de E s tados Un ido s sobr e e l c a mb io c limá tic o da un nu evo rumb o a l Medio A mb ien te d e l p lan e ta po rque ad mite , por pr ime r a v ez , los ef ec to s d e l CO2 , y e l in for me d e la Agen cia d e Pro te cc ión Med ioa mb ie n ta l conclu ye que los g as e s d e e fe c to inv ernad ero son un p e ligr o p ar a la sa lud y e l b ienes ta r púb licos, que provo ca rá gr av es de sa s tr es na tu ra le s y qu e e l a u men to d e la te mper a tur a supon e un a s er ia a me n az a con tr a la segur id ad n ac ion a l. Y

es te

esp a ldar a zo

lo

r a tif ica

ta mb ié n

el

Infor me

de

la

Ag enc ia

In tern ac iona l d e l a Ene rg ía , Wo r ld En erg y Ou tloo k 2009 , y su conve rs ión a l credo ve rde, par a sorpre s a d e tod a la c o mun ida d in te rna c ion a l por su a po yo a las energ ía s r enovab les . As í, en un hor izon te d e l 2030 y c on un obj etivo c laro d e qu e la te mp e ra tu ra me d ia d e l pla ne ta no se in cr e me n te en má s de 2 gr ados cen tígr ado s por enc ima d e los n iv e le s pre indu str ia les , la inv er s ión dur an te e l p er íodo 2010 -2030 s e e le var á a 7 ,12 Billon es de euro s. En E sp aña, e l d e sar rollo d e la e le c tr ic idad p roven ien te d e fu en te s de energ ía r enov ab le h a te n ido r esu lta dos esp e c ta cu lar es en c uan to a l au me n to d e po tenc ia in sta lad a y de p ene tr a c ión e n e l mix e ne rgé tico, a lc an z ando un má x imo h is tó r ico d el 40 % en ma yo de e s te a ño. Es to s ign if ic a que s e h a r edu c ido e l cos te d e la f a c tur a, pe ro, sobr e todo y e s to e s lo má s i mp or tan te, s e h an r educido las e mis ion e s de ga se s d e ef ec to s inv ernad ero a l s er menor es la s imp or ta c ione s d e co mbus tib le s fó s ile s.

3.- E l Fu turo : un mundo sos ten ib le Co mo ac ab amo s d e co mprob ar, e l Pla ne ta ha eleg ido e l ca min o d e la s os ten ib ilid ad pa ra cre c er. S in dud a, en cu ar en ta año s h abrán s ido mu c ha s la s fru s tra c ione s, s in ir má s lejos la última d e Cop enhagu e, mu ch as las d es aven en c ia s, lo s ap laz a mie n to s, mu c h a, de ma s iada a lgun as v ec es, len titud en la a p lic ac ión d e lo a cord ado en las c o nfer en cia s, pe ro ya no h a y vu elta a tr ás . Son muc ha s las me d ida s cons en suad as d espu és de ho ra s d e d ebates , son mu cha s las e s tra teg ias pu e sta s en ma r c ha , son mu chos lo s fondos, pr iv ados y púb licos , inv er tidos , s on mu cha s la ilu s ione s de ba s tan tes p ar a s egu ir av anz ando h a c ia la so s ten ibilid ad. Por e so no h a y vu e lta a tr ás.

Ahora

mis mo e s tamo s en p leno pro ce so de tran s ic ión: d e un modo h ac ia un mo d e lo d e

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 195

JUAN FRANCISCO ORTIZ CALDERÓN

produ cc ión y con su mo , d e lo s co mb u stib le s fós ile s a la s ene rg ía s r enova b le s, d e las tecno log ías d e baja e mis ión o limp ias a la s te cnolog ías pur as ; d e un d es arro llo in sos ten ib le a un d es arro llo sos tenib le. Cu an to an te s h aga mo s e sa tr ans ic ión, me j or s erá p ara e l p lane ta . Y cuan to ante s me jor , porqu e con es ta s fuen te s limp ia s d e “ baj a e mis ión o d e carbón limp io ”

e s ta mo s asu mi e ndo e l pape l mu y predo min an te a ún en la

T ierr a d e los co mbu s tible s fó s ile s, d ando por h echo qu e e l con su mo fó s il aún p er ma ne c erá por mu c ho tie mpo en nu e s tros háb itos d e con su mo. No v a le , co mo s e h ac e en la a c tua lid ad, argu me n tar qu e mien tr as las tecno log ías pura s, fren te a las limp ias , se abr en c a min o, avan zan y s e de s arro llan en un hor izon te de l año 2020-2030, s e h an d e emp le a r las te cno log ías fó sile s, d e ba ja e mis ión o limp ia s. Ahor a má s qu e nun ca , la Inv es tig ación, e l D e sarro llo y la innov a c ión tie nen que cen tr ar se tota lme n te en e l d e sar rollo de las te cno log ías pur as , par a qu e la s energ ía s r enov ab le s aju sten cu an to an tes su s c os tes de produ cc ión y s us titu yan lo an tes po sib le los co mbu stib le s fós ile s. Mu y p ron to, en es te mis mo año 2010, Eur op a pondr á en ma rch a su “E s tra teg ia Eu rope a 2020 ” y la aplic ar á a todo s los E s tado s mie mb ro s, con nu eva s d ir ec tiva s y r eg la me n tos qu e c ad a uno d e nosotro s tend remo s qu e d es arro llar e n nue s tro s te rr itor io s. E s ta nuev a e s tr a teg ia c onduc ir á a E uropa dur an te l o s próx imo s d ie z años h a cia un “ cr ec im ien to inte lig en te , so s te n ib le e in cluy en te ” , qu e ser á má s ef ic ien te e n la u tiliza c ión d e lo s r e curso s n atur a le s, más v erd e, qu e f avor ec er á la crea c ión d e emp le o y p er mitir á un a c ohe s ión econó mic a , s oc ia l y territor ia l má s ju sta d e Europ a. E l lid er azgo de Esp añ a, en e l s e c tor d e la s En erg ías Renova b le s, la s itúan en una ex ce len te pos ic ión a n iv el mu nd ia l, ta n to par a pro mov er es ta v ía d e r eactiv ac ión e c onó mic a e n un plano lo c a l y reg ion a l, co mo p ara la c onse cu c ión d e v en taja s c o mp e titiv as en e l con te x to europ eo y mund ial. Ap ar ec er án nuev as opor tun id ade s qu e po te nc ien los r ecu rso s endóg enos y p er mita n d es arro llar nu eva s fu ente s d e en ergía so s ten ib le , qu e cr eará n yac imie ntos de e mp le o v erde y fo me n tar án la “ economía d e la b iod iv ers id ad” . A n ad ie le e s ajeno ya e l me d io amb ie n te po rqu e e s tá r e la c ion ado con los con ten edor es d e d is tintos co lor es que nos e ncon tr a mos en la s pu er ta s de nu es tr as c asa s, con la s bo mb illas qu e u tiliz a mo s, con lo s mo lino s de v ien to qu e s e alzan en me d io d e l c a mp o, con las p la cas so lar es de los tej ado s de la s

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 196

EVOLUCIÓN Y TENDENCIAS EN LA SOSTENIBILIDAD. SU APLICACIÓN AL CASO ESPAÑOL

v iv ienda s o d e l su e lo, c on los co che s qu e s e lla ma n a hora h íbr ido s o lo s au tobus es bio co mbus tible s ; e s de c ir, obj e tos que e s tán con no sotros, que for ma n p ar te ya d e nu es tro p a isa je , que u tiliz a mo s co tid iana me n te, p ero d e los que no s o mos con sc ien tes de su sos ten ib ilid ad a mb ienta l, e conó mic a o so c ia l. E s te e s e l p ape l que s e le s exig e a los gob iernos : la infor ma c ión y for mac ión a mb ie n ta l co mo ins trume n tos pa ra c onver tir a l c iud adano en un aliado a mb ie n ta lme n te a c tivo , y la p ar tic ipa c ión d e los ciud adano s en la to ma d e de c is ione s qu e af ec ten a sus e n torno s; d esd e es to s n ive les , c r ear la concien cia c o le c tiva sos ten ib le será má s f ác il. E l d es arro llo sos ten ible tie ne , d ef in itiva me n te , qu e de s arro llars e de sde mu cho s d es arro llos sos ten ible s, tan tos co mo la Age nda21 Lo ca l pu eda r ecog er, tan tas co mo p erson as ha ya porqu e s erá la imp lic a c ión ind iv idua l e n un comp ro mis o co lec tivo ha cia la s os ten ib ilid ad d e un p lan e ta , e l d es arro llo so s ten ib le d e nue s tro prop i o me d io, e conó mic o, so c ia l y med io a mbie n ta lme n te má s jus to . “ E l de sar rollo so s tenible no e s sólo una opc ión s ino un imp era tivo […] to ta lm en te fa c tib le. Re qu ie re un g ran camb io en las p r ior idad es de lo s gob ierno s y de la s p ers onas, d eb ido a qu e imp lica la in tegra c ión p lena d e la d im ens ión amb ien ta l d en tro d e la s po líticas e conóm icas y la toma d e d ec is iones en todo s los campo s de la ac tiv idad, y un g ran d esp liegue d e r ecu rso s humanos y finan c ieros a es ca la na c iona l e inte rna c iona l. E s ta a lianza g loba l e s e s enc ia l pa ra que la comun id ad mund ia l e mpr enda un nu e vo cam ino ha c ia un fu turo s os ten ib le , s egu ro e igua litar io a m ed ida qu e avan zamos hac ia e l s ig lo X XI” Mau r ide F. S trong , Se cr e tar io Ge ner a l d e la Con fer en c ia (Ab r il, 1992) .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 197

EX PLORAÇÃO D E PETRÓ LEO EM ÁGUAS IN TERNAC IONAI S EM FAC E DO D ES ENVO LV IMEN TO SUS TEN TÁV EL: A TUTELA CON S TI TUC IONA L DO MEIO AM BI EN TE E A CON TR IBU IÇÃO BRAS I LEIRA

PEDRO LUCAS

DE

MOURA SOARES

Bacharel em Direito – UFRN. Mestrando em Direito Constitucional – UFRN. Natal, RN, Brasil. [email protected]

PATRÍCIA BORBA VILLAR GUIMARÃES Doutora em Recursos Naturais - UFCG. Professora do curso de Direito – UFRN/PRHANP/MCT nº. 36. Natal, RN, Brasil. [email protected]

YANKO MARCIUS ALENCAR XAVIER Doutor em Direito – Universitat Osnabrück. Professor do curso de Direito – UFRN/PRH-ANP/MCT nº. 36. Natal, RN, Brasil. [email protected]; [email protected]

O D ire ito A mb ien tal te m, ma is d o qu e qu a lqu er ou tro r amo d o D ir eito, o condão de de f in ir d ire ito s e obr ig aç õe s n ão ape na s p ar a as g era çõ es pr es en tes, mas ta mb é m s e pre s ta a tu te lar s itu açõ es v indour as , d as qua is p ar tic ipar ão a s fu tur as ge raç õe s. N e ss e c on t ex to se ins er e m os pr in c íp ios do de senvolv ime n to s us ten táv e l

e

da

equ id ade

in te rge ra c iona l,

p re sc r itos

no

a r t.

225

da

Cons titu ição d a Repúblic a Fed er a tiv a do Bra sil (1988) . En tre tan to, a lé m d a pro teç ão con stitu c ion al do me io -a mb ie n te, a dou tr ina a pon ta a n a ture za tr ansn a c iona l da tu te la a mb ie n ta l e s eu car á te r un iv ers a l. A ne c es s id ade de pro teç ão in te rna c ion a l amb ie n tal, inc lus iv e co mo me io efe tiv ador do d ir e ito ao meio a mb ien te e co log ic a me n te equ ilibr ado, se ref le te no s d iv er sos a cordo s b ilater a is e mu ltil a te ra is c e lebr ados p e lo Br as il. T a l qu adro s e a mp lia qu ando tr azemo s à b a ila a que stã o d a exp lor aç ão d e pe tró leo e m á gua s in terna c ion a is , u ma v ez qu e ta l a tivid ade econô mic a é po tenc ia lme nte dano sa a o me io amb ien te, sobr e tudo aos re cur sos h ídr icos . A e xp lo r aç ão d e r ecur sos na tur a is

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 199

PEDRO LUCAS DE MOURA SOARES; PATRÍCIA BORBA VILLAR GUIMARÃES & YANKO MARCIUS ALENCAR XAVIER

em águ a s inte rna c ion a is te m tu te la pr ev is ta na Conven ç ão d as N açõ e s Un id as s obre o D ire ito do Mar, con c lu ída e m Mo n tego Ba y (1984). As propo siçõ es da r ef er ida Conv enç ão soma d a s ao o rd ena me n to in terno d e ca da E s tado d ever ia m s er co mp leme n ta re s, re for çando a pro teç ão amb ie n tal. Te ndo e m v is ta qu e a T err a é um s is te ma f ech ado ond e não h á a ind a mé todo s suf ic ie n te me n te ef icaze s capa z es de dar f im a o s d eje tos p rovenie n te s d e a tiv id ade s indu str ia is, co mo a exp lor aç ão de r ec urso s na tura is e m á gu as in tern ac ion a is, no tadame n te o p etró leo ,

a

po lu iç ão

é

pr a tica me n te

ine v itáv e l.

À

me d ida

que

no s

f amilia r iz amo s co m os in s tru me n tos in terna c ion a is amb ie n tais d e ma n eira s is temá tic a, ob s erva mo s qu e n ão h á r ef erên cia s for ma is à po lu iç ão e s e us mecan i s mo s de pr even çã o e con tro le . S endo ass im, o p re se n te es tudo pr e tend e analisa r d e qu e ma n e ir a pode u m E s tado pro teg er con s tituc iona lme n te o d ireito ao me io a mb ien te e co log ica me n te e qu ilibrado c a so o d ano a mb ien ta l o corr ido em ág ua s inte rna c ion a is ou d e p er sp ec tiv as tran sna c iona is v enha a inf lu enc iar s eu terr itór io. Par a tan to, u tiliza mo -no s da exp er iên c ia bra s ile ir a no qu e d iz r esp eito à pro teç ão amb ie n tal, da an á lis e de ins tru me ntos intern ac iona is e n acion a is corr e la tos ao te ma , a lé m de exp loraç ão b ib liogr áf ica e doc u me n ta l d iv ers a. Con c lu ímos qu e é po ss íve l in s tituc ion a lme n te a o Es tado pro tege r o d ir eito ao me io a mb ien te a pa rtir d e su a c ar ta con s tituc ion a l u tilizando - se do s acordo s in tern ac ion a is de for ma s uple me n tar à s s ua s d ispos iç õe s in tern as , d ad a a i mp os s ib ilid ade d e fron te ir iz a ção a mb ien ta l. E m a d endo, d eve m o s E s tados N acion a is alé m d e con cla ma r e m a co mun id ad e in terna c ion al a pro teger ao me io amb ien te com tr a tados ma is s ó lidos e ins titu içõ es ma is e f ic ien tes que a tend a m às n ece ss id ad es do mundo con te mpor âneo .

Pa lav ra s -chav e:

água s

in tern ac iona is,

pro teç ão

amb ie n tal,

p e tró leo,

d es envo lv ime n to sus ten táve l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 200

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM ÁGUAS INTERNACIONAIS EM FACE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: A TUTELA CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE E A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA

I NTR ODUÇÃO O D ir e ito A mb ien tal po ssu i, indub itave lme nte , a ca ra c te r ís tic a de d ef inir d ir eitos e obr ig açõ e s nã o apen a s pa ra as ger a çõ es con te mpor âne a s, ma s ta mb é m s e pr es ta a tu te lar s itu açõ es v indour as , da s qu ais p ar tic ipar ão as fu tur as g eraçõ es .

É

en tão

qu e

f az e mo s

a lu são

ao

p rinc íp io

da

e qu idade

in terg era c iona l 1. O

pr inc íp io

ins er ido

na

Constitu ição

Bra s ile ir a,

qu e

surg e

c o mo

2

d esdobr a me n to do p r incíp io do d e senvo lv ime n to sus ten táve l , in s ta -nos a ver o meio a mb ie n te co mo um le g ado, de ixado p e las ge ra çõe s p as sad as à s g er açõ es pr es en tes. Es s as tê m, por sua ve z, a f acu ld ade d e usu fru ir d es te legado, ma s a r espon sab ilid ade de p ass á - lo adian te à s g era çõe s fu tur as de ma n e ir a a per mitir a igu a ldad e d e a ce sso a o s r ecurs os n a tur a is e a qua lid ade de s te e s ua s b eness es , em c ond içõe s n ão aqu é m d as re c eb ida s. Mu ito e mbor a as b as es de ss e pr in c íp io en con tr e m a z o e m in s tru me n tos in terna c iona is 3, es tá pre v is to nor ma tiva me n te e m no s sa Ca r ta Magn a, no ar t. 225, capu t, c onfor me segu e : Ar t.

225.

Todo s

tê m

d ir e ito

ao

me io

amb ie n te

e co log ica me n te

e qu ilibrado , be m d e u so co mu m do povo e e s sen c ia l à sad ia qu a lidad e d e v id a, impondo - se ao Pod er Púb lico e à co le tiv i dad e o d ev e r de d e fend ê - lo

e

p r ese r vá - lo

pa ra

as

p r es en tes

e

fu tu ras

g era çõe s .[gr if a mo s ]

1

WEISS, Edith Brown. Intergenerational equity: a legal framework for global environmental change. In: WEISS, Edith Brown. Environmental change and international law: new challenges and dimensions. Estados Unidos: United Nations University Press, 1992. Disponível em: < http://www.unu.edu/unupress/unupbooks/uu25ee/uu25ee0y.htm#12. intergenerational equity: a legal framework for global environmental change > Acesso em: 3 de maio de 2010. 2

O Relatório Brundtland, publicado em 1987, foi elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, que o definiu como “o desenvolvimento que responde às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades.” FERREIRA, Gustavo Assed. Desenvolvimento sustentável. In: Análise da ordem jurídica brasileira sob a ótica do desenvolvimento. São Paulo: Singular, 2005. p.83. 3

Preâmbulo da Carta das Nações Unidas; Preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos; Preâmbulo da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, de 1971; Conferência de Estocolmo, de 1972 (Princípio 6º); Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992 (princípio 3º); Preâmbulo da Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 201

PEDRO LUCAS DE MOURA SOARES; PATRÍCIA BORBA VILLAR GUIMARÃES & YANKO MARCIUS ALENCAR XAVIER

D a a ten ta le itura do art. 225 d a Con stitu iç ão F ed era l, é po ss ív e l ob se rva r qu e o d ir e ito ao me io amb ie n te é de s tin ado a todo s, s e m dis tin ç ão 4. Cla ro que o ar tigo e m q u es tão v isa à pro teç ão c ons titu c iona l do me io a mb ie n te den tro das fron te ir as br as ile ir as , de n tro do e sp aço d es tina do à sua jur isd iç ão e à que les qu e s ão sub me tidos ao ord en a me n to jur íd ico p á tr io. En tr e tan to , a dou tr ina apon ta d e for ma a c er tad a “ a na ture z a t r ansn ac iona l d a tu te la a mb ien ta l e do car áter un iv ers a l d as n ec es s id ad es d e tu te la a mb ienta l” 5. De s ta ma n e ira, ev iden c ia -se ,

po is,

a

ne c es s ida de

de

conv ergên c ia

c o mp le me n tar

das

d ispo s içõe s d e d ire ito in terno, d e ord e m c ons titu c ion a l ou n ão, e de d ire ito in terna c iona l p ara a pro teç ão co mp le ta e ef ic az do me io amb ie n te.

2 PRO TEÇÃO AMBI EN TA L NA CON S TI TUI ÇÃO BRAS I LEIRA DE 1988 Mu ito e mbor a no sso s iste ma c ons titu c iona l e , jun ta me nte c o m e le, todo o ord ena me n to jur íd ico in terno tenha p a ss ado, c o m o c a minh ar do s ano s, por s ev er as mu d anç as e a lgun s grande s av anço s, o D ir e ito A mb ien tal te ve u m d es envo lv ime n to à p arte d isso tudo. Ap ena s em 1 981, apó s d é cad as d e la cuna no que d iz r esp e ito à pro te ç ão a mb ie n ta l, c o m ap en as a lgu ma s le is que d ispunh a m s obre a ma té r ia , c o mo o Cód igo F lor es ta l (1965) e a L e i de P roteção à F aun a (1967) e d ian te do su rg ime n to da s prime ir a s d isc us sõe s no cen ár io in tern ac ion a l, é qu e fo i lan çad a a L e i d e Po lítica N ac ion a l do Me io A mb ien te – L e i 6.938 /81. E , f in a lme n te , co m a Con s tituiç ão de 19 88, e ssa pr eocup a ção co m pro te ç ão a mb ien ta l fo i r eaf ir ma d a, mo strando que a o rde m jur íd ica se vo ltava p ara u ma nova fa s e, e m que a v a lor iza çã o do me io a mb ie n te g anha novo e nfoque . O s mod e lo s con s tituc ion a is a mb ienta is pos suem n u anc es e ca ra c ter ístic a s s emelh an te s e qu e, to ma ndo - as por ba s e, ir ão in for ma r todo o s is te ma nor ma tivo infr a cons titu c iona l. O pr ime iro d e le s s er ia a ado ção d e u ma co mpr een s ão s is tê mic a do me io a mb ie n te, o qu e def in ir ia u m t r a ta me n to jur íd ico das p ar tes a p ar tir do todo. Ou tro pon to a se r lev an tado é que o s is tema cons titu c ion a l a s su me u m c o mpro mis so é tico d e ma n u tenç ão d a ter ra e 4

CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato (orgs.). Direito Constitucional Ambiental Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2007, pp. 105-107. 5

DIMOULIS, Dimitri. MARTINS, Leonardo. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 96.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 202

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM ÁGUAS INTERNACIONAIS EM FACE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: A TUTELA CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE E A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA

s ua b iod iver s idad e – ou s ej a, a pr es erv aç ão de r e curso s p ar a a s ge ra çõe s fu tur as p au ta do no pr inc íp io d a equ id ade in terg era c ion a l – co mo d esc r ito no ar t. 22 5 d a CF . V ê - se, a inda , a repa g ina ç ão do d ire ito à propr iedad e, ma s d es sa v ez pau tado s ob a sus ten tab ilidad e, torn ando -o ma is a dequa ndo aos p rin c íp ios d a pro teç ão a mb ie n ta l. H á a inda qu e s e f a lar no ‘ due p roc es s a mb ien ta l’ , conceito lev an tado por An ton io H e r ma n V. Benj a mi m 6, c uja d ef in ição é d eline ada a par tir d a n ec es s id ade de pro ce ss os de c isó rios tr ansp ar en te s e idôn eos, e qu e p ar a iss o n e cess ita d e to ta l a ber tu ra p ar a a p ar tic ip aç ão da s ociedad e, c o mo n as aud iênc ias púb lica s, e tro ca d e infor ma ç õe s de qua lqu er s or te. Por fim, r ev e stem - s e a s nova s cons titu iç õe s de u ma preo cup açã o co m a imp leme n taç ão e ef ic ác ia d as d ispo siçõ es corr e la ta s ao me io a mb ie n te e su a pro teç ão, ind icando no corpo do tex to j á a lguns d ir eitos e d ev er es 7. Ta l pr eocup a ção co m a p ro teç ão a mbie n ta l, hoj e e mp e nh ada po r bo a pa r te dos tex tos con s titu c iona is, in stitu i -s e co mo r ef lexo de u ma c amp a nh a in tern ac ion al p ela pr es erva ç ão do me io a mb ien te qu e surge ce rc a de c in co dé cad a s atr ás . As prob le má tica s d e corr ente s do aqu ec ime n to g lob a l e da s m u d an ça s climá tic a s p as sam p a ula tina me n te a f a z er p ar te d a agend a in terna cion a l e p ass ar a m a fund ame n tar a cr ia ç ão de org an iz a çõ es in tern ac ion a is p ara tr a ta r de su as matér ia s. A O rgan iza ç ão d a s N açõe s Un ida s pa ra Edu c aç ão, Ciên c ia e Cu ltur a (UN ES CO 8), c r iad a e m 1946, a té a d éc ada d e 1970 fo i o pr in c ipa l órg ão d a Org an iz a ção d a s N açõ es Un id as (ONU) a deb a te r as sun tos d ir e ta me n te lig ados às caus as amb ie n tais, e me s mo d ia n te da au sê nc ia d e r ela ç ão d ir e ta c o m a temátic a , deu or ige m a do cu me n tos de gr ande re lev ân cia e imp or tan tes, co mo a Con fe r ênc ia

das

Naçõe s

Un idas

para

a

Cons e rva ção

e

U tiliza ção

do s

R ecur sos , em 1 949 ; a Con fer ênc ia In tergo ve rnam en ta l pa ra Uso e Conse r vação Ra ciona is do s R ecu rso s da B iosfe ra , e m 1968 ; a Conv en ção sobr e Zona s Úm ida s de Impo r tânc i a In terna c iona l , e m 1971. A

preo cupa ç ão

co m

as

c aus as

a mb ien tais

cr es ceu

em

progr es são

g eo mé tr ic a. E m 1 968, u ma propo sta do Con se lho Econô mic o e So c ia l d a s 6

BENJAMIM, Antonio Herman V. Os princípios do estudo de impacto ambiental como limites da discricionariedade administrativa. Revista Forense, v. 13, p. 34, 1992. 7 Características apontadas em CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato (orgs.). Direito Constitucional Ambiental Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2007, pp. 66-67 8

Em inglês, United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 203

PEDRO LUCAS DE MOURA SOARES; PATRÍCIA BORBA VILLAR GUIMARÃES & YANKO MARCIUS ALENCAR XAVIER

N açõ es Un id as (E COSO C) convo cou u ma r eun ião a f im d e d ef in ir d ir e tr ize s p ara

so lv er

os

pr inc ipa is

prob le ma s

que

pr eocup av a m

a

c omu n id ad e

in terna c iona l à époc a, no tada me n te a po lu ição do ar e a c huva ác id a. D ec id iu s e, en tão, c onvoc ar a Con fe rên cia de Es toc o lmo sob re o Me io Amb ien te Humano 9, prime ir a gr and e confe rênc ia organ iza da pe la ONU p ar a tra tar de mo do esp ec íf ico sobre qu es tõ e s a mb ien ta is, e qu e o corr eu e m 1972. Na D eclar aç ão f in a l d a Conf er ênc ia, for a m e lenca dos os pr in c íp ios que d ev e m gu iar a pr ese rva ç ão do me io a mb ien te e cons erv á - lo par a us ufru to da s g era çõ es fu tur as . F irma v a -s e a í n a ord e m in te rna c ion a l o p r in c íp io do d e sen vo lv imen to s us ten táv e l , pr in c íp io

qu e s er ia po s itiv ado

e

en c ar tado

n a Cons titu iç ão

br as ile ir a, em 1 988. En tre tan to, u ma preo cup aç ão surg e d ian te da nov a conjun tur a intern a cion al e o su rg ime n to de novo s f a tos soc ia is e nov as tec no log ia s. D ian te da exp lora ç ão d e re cur sos n a tura is e m á gua s in tern ac ion a is , no tada me n te p e tróleo ( ativ idad e po tenc ia lme n te po luidor a), h á a po ss ib ilid ade de ap lica ç ão d e d ispo s içõe s c ons titu c iona is a lé m d as f ronte ir as do Es tado a f im d e pro mov er a pro teç ão a mb ien ta l den tro (e , even tu a lme n te, for a) d e sua s f ron te ir a s?

3

A

EX P LORAÇÃO

DE

R ECURS OS

NA TURA IS

EM

ÁGUAS

I NTERNACI ONAI S E A TU TELA AM BIENTA L A Conv ençã o da s N açõ es Un id as s obre o Dir e ito do Ma r, conc lu íd a e m Mon tego Bay, J a ma ic a, e m 1 0 d e d ez e mb ro d e 1982, pro mu lg ada e in corpor ada ao D ir e ito br as ile iro pe lo De cr e to n º. 1.530 , d e 22 d e junho d e 1995, tra ç a as pr in cipa is dispo s içõe s e con ce ito s ac er c a do D ir e ito Mar ítimo in tern a ci on a l. É a Convenç ão d e Mon tego Ba y qu e d iv id e e d e limita a s ex ten sões d a s áreas ma r ítima s , e p ar a o p leno en tend ime n to do p res en te en sa io, f a z -s e n eces s ár ia a expo s ição do s s eguin te s conc e itos : ma r te rr itor ia l , que é a f a ixa mar ítima a dj ac en te ao te rr itó r io do E s tado me d indo 12 milh as náu tica s ; zona con tígua , qu e co mpr e end e a f a ix a de ma r em q ue o Es tado poderá exe rc er med id as d e f isc a liza ç ão n ec e ss ár ia s a ev itar e r epr imir à s inf ra çõe s à s le is e r egu la me n tos no s eu terr itór io e ma r te rr itoria l, n ão pod en do ex c ed er às 24

9

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano, de 1972.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 204

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM ÁGUAS INTERNACIONAIS EM FACE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: A TUTELA CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE E A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA

milh as n áu tic a s 10; zona ec onôm ica ex c lu s iva , que é u ma z on a s itu ada a lé m do mar ter r itoria l e a e s te a dja c ente, suj e ita ao r eg ime ju r íd ico e spe c íf ico, onde o E s tado

coste iro

te m

d ir e itos

de

sob er an ia

pa ra

f in s

de

exp lor aç ão

e

aprove ita me n to , con serv aç ão e ge stã o dos re cur sos n a tur ais , a lé m d e e s tar sob s ua jur isd içã o no s ter mo s d a Conve nç ão, tendo co mo limi te e x terno o v a lor de 200 milh as náu tic as 11; p la ta forma c on tinen ta l , que co mpre end e o le ito e o s ubso lo da s ár e as sub ma r ina s qu e se es tend e m a lé m do s eu ma r terr itor ia l, e m tod a a ex ten são do pro long a me nto n a tur a l do s eu terr itór io terr e s tr e, a té ao bordo ex terior d a ma rg e m con tine n ta l, cujo limite ta mb é m é d e 200 milh as s ub ma r ina s 12; a lto mar ou água s in terna c ionais , se ria m a s águ as a lé m d a s águas terr itor ia is , cuj a c ir cu laç ão é livr e por qu a isqu er Es tado s, co s te iros ou n ão, nos termo s do ar t. 87 da Conve nç ão, que a inda e s tabe le c e, no art. 89, que n enhu m Es ta do pod e leg itima me n te pre tend er sub me te r qua lquer p ar te do a lto mar à su a sob eran ia. É ta mb é m n a Conv enç ão de Mon tego Bay qu e e s tá r egu la me n tad a a exp lora ç ão d e re cur sos n a turais em á g u as inte rna c ion a is, cuj as d ispo siçõ es cons ta m n a P a r te XI, S e ção 3 – Do Ap rove ita me n to dos Re c urso s da Ár e a 13. N es sa me s ma P a r te da Conv en ção d e 1982, o ar t. 136 c o loc a a Ár ea co mo p atr imôn io c o mu m d a hu ma n id ade e , po s te r ior me n te, o ar t. 140 d ispõ e que a s ativ idad es

d es envo lv ida s

na

Ár ea

d ev e m

s er

f e ita s

em

b enef íc io

da

hu man id ade. Mu ito e mbor a h aja a pre v is ão lega l p ar a o ap rov e ita me n to e exp lo ra ção d e r ecu rso s em á gu a s inte rna c ion a is, ta l exp lo ra ç ão a ind a n ão s e con cre tizou, es tando e m f a se de pe squ isa s. En tr e tan to , em a no s r e ce n te s, o Bra s il te m lid erado a s p e squ is as e in ic ia tiv as reg ion ais p ara o e s tudo do A tlân tico Sudo e ste co mo co mp on en te reg ion a l do Prog ramme on O c ean Sc ie nc e in 10

Esse número já deverá compreender as 12 milhas náuticas contadas do mar territorial a partir da linha de base, conforme art. 33 da Convenção. 11

Esse número já deverá compreender as 12 milhas náuticas contadas do mar territorial a partir da linha de base, bem como das 12 milhas da zona contígua, conforme art. 57 da Convenção. 12

Aos Estados cujos limites da plataforma continental excedam essas 200 milhas submarinas, a Convenção estabeleceu a Comissão de Limites da Plataforma Continental, que irá regulamentar as questões acerca dos limites exteriores das plataformas continentais dos países requerentes deste direito. 13

Segundo o art. 1º da Convenção, ‘Área’ significa o leito do mar, os fundos marinhos, e o seu subsolo além dos limites da jurisdição nacional.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 205

PEDRO LUCAS DE MOURA SOARES; PATRÍCIA BORBA VILLAR GUIMARÃES & YANKO MARCIUS ALENCAR XAVIER

R ela tion to Non L iv ing R esou r ce s (O SNL R), um e s tudo g lob a l co mp ar tilh ado co m

a

In te rgo ve rnm en ta l O c eanog raphic

UN ES CO)

e

com

a

D iv is ion

of

Comm iss ion ,

O c ean

A ffa irs

and

da

UN ES CO

La w

of

(IOC

th e

Sea

14

(UNDOA LOS ) . E s sa s pe squis a s s e jus tif ica m e s e torn a m ma is p a lpáv e is qu ando, a liado a es se f a to, to ma mo s e m con ta o in cre me n to do s mé todos d e exp lora ç ão de p etró leo e d e ou tros re cur sos n a mo d a lid ade o ff-sho r e 15 p e lo Br a s il co m o adven to d a c a ma d a pr é - sa l 16, podendo es t a ch eg ar a c erc a d e 7 mil me tr o s de profund id ade , co mo é o c a so da Ba cia d e S an tos, no c a mpo Tup i, qu e se e stima s er u ma das ma ior es re s erv as do mu ndo 17. A po ss ib ilid ade de exp loraç ão e m gr ande s profund id ade s por e mp re sas br as ile iras co mo a Pe trobr as 18 c o lo ca-no s em n ova p er spe c tiv a, uma v e z que torn a ma is próx ima , e c ad a ve z ma is r ea l, a po ss ib ilid ade

de

exp lor aç ão

e m á gua s

in te rna c ion a is, ond e há a

ma ior

19

concen tr aç ão d e águas u ltr aprofund as , a pa r tir do de s envo lv ime n to de tecno log ias d es ta ma gn itud e. Po ré m,

a

e xp lora ç ão

de

re curso s

n atu ra is

em

á gu as

in tern ac ion a is,

s obretudo a exp lor a ção de h idro carbon e tos ( co mo o p e tró leo), poder á g er ar efeito s dano sos à b io ta ma r inh a. A s a tiv idade s de exp lor aç ão e produ ção d e p etró leo são s ab id a men te po ten c ia lme n te d ano s a s, e co mo já supra me n c ionado , n ão há a pos s ib ilid ade d e au s ênc ia d e po lu iç ão, p r inc ip a lme n te quando se tr a ta 14

ISA. International Seabed Authority. Disponível em: < http://www.isa.org.jm/es/node/479> Acesso em: 05 de maio de 2010. 15

Operado ou que se localiza no mar. FERNÁNDEZ, Eloi Fernández y, PEDROSA JUNIOR, Oswaldo A., PINHO, António Correia de. Dicionário do Petróleo em Língua Portuguesa: exploração e produção de petróleo e gás. Lexikon: PUC-Rio, 2009, p. 328. 16

Reservas petrolíferas, que caracterizam novas fronteiras exploratórias e que se encontram em camada de sal abaixo do leito marinho (abaixo das camadas pós-sal e sal), em lâmina d’água de grande profundidade (por exemplo, entre 1,5 mil e 3 mil metros e soterramento entre 3 mil e 4 mil metros). FERNÁNDEZ, Eloi Fernández y, PEDROSA JUNIOR, Oswaldo A., PINHO, António Correia de. Op. Cit., p. 382,383. 17

PETROBRÁS. Os desafios de Tupi. Disponível em: < http://www2.petrobras.com.br/ri/port/ DestaquesOperacionais/ExploracaoProducao/CampoTupi.html > Acesso em: 11 de Maio de 2010. 18

PETROBRÁS. Cada vez mais fundo. Disponível em: < http://www2.petrobras.com.br/presal/cadavez-mais-fundo/> Acesso em: 11 de Maio de 2010. 19

Águas oceânicas situadas em áreas com lâmina d’água, em geral, acima de 1.500m. FERNÁNDEZ, Eloi Fernández y, PEDROSA JUNIOR, Oswaldo A., PINHO, António Correia de. Op. Cit., p. 13.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 206

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM ÁGUAS INTERNACIONAIS EM FACE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: A TUTELA CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE E A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA

d es se tipo d e a tiv id ade . Logo , h av endo a c erte z a do d ano a mb ien ta l, se não r esp eitados o s limite s do mín imo tole ráv e l, cons ta tar - se- á a o corr ênc i a do dano amb ien ta l co le tivo , do d ano ao própr io me io amb ie n te 20 como a tiv idade le s iva p as s íve l d e r epa ra ç ão, as s im c o mo do dano amb ien ta l r e fle xo , c aso os ef e itos no civos do d ano a mb ien ta l o corr ido ch egue m à s ár e as de jur isd iç ão na c ion a l e s eu litor a l e a t inj a m à s e sf er as ind iv idu a is, d e pe s soa s f ís ic as ou jur íd ica s ( co mo ef e ito s adve rso s à a tiv id ad e e conô mic a ). E s e tra tando de á re a onde não h á jur isd iç ão d e qu a isqu er Es tados, co mo d eve rá a co mu n id ade in tern ac ion a l pro ced er p ar a pe rquir ir a rep ar aç ão do da no? Co mo o s E s tado s pod er ão, en tão, r esgu ard ar -s e con s titucion a lme nte d e qu e s eu s te rr itór io s se ja m a ting ido s? O ar t. 139, qu e adu z a re spon sab ilid ade do s Esta dos por dano s oco rr ido s na Ár ea, e o ar t. 151, qu e d e line ia as po lítica s de produ ção c a so a lgu m E s tado P ar te de sej e e xp lora r n a Ár ea , quer por in ter mé d io d e e mp re s as es ta ta is ou por p es soa s f ís ic a s ou jur ídic a s qu e poss ua m a n a c ion a lidad e do s E s tado s P ar tes ou s e en con trem s o b o con tro le e fe tivo d es se s Es tado s ou do s s eus n a c ion a is, são r ef lexos cla r os d e artigos d a Ca r ta Con s titu c iona l bra s ile ir a 21 n a ord e m in terna c iona l e que só c o m a junç ão de a mbo s os ins tru me n tos leg is la tivo s pod e-s e h ave r a ef e tiv a pro teç ão a mb ien ta l.

4

PR OTEÇÃO

CON S TI TUCI ONA L

AM BI EN TA L

NO

ÂM BI TO

I NTERNACI ONA L (?) E O TRANSC ONS T I TUC IONA LISM O Mu ito e mbor a a Constitu ição b ras ile ir a tr aga e xpre sso e m s e u tex to o d ir eito

ao

me io

a mb ien te

eco log ica me n te

e qu ilib rado

p ara

as

g era çõ es

pr es en tes e fu tur a s e g aran ta a pro teç ão amb ie n tal (ar t. 225 da CF) , ta is d ispo s içõe s to rna m - s e inó cu as e s e m v a lor, pe rdid a s no e spa ço jur íd ico, qu ando o d ano a mb ien ta l o corr e f ora de se u terr itór io e jur isd iç ão , não pod endo a for ça nor ma tiv a d a Constitu ição se s obrepor às a tiv id ad es no c iva s ao amb ien te . D es sa ma ne ir a, co mo fo r ma de g ar an tir a pro te ção amb ie n tal propo s ta no te x to constitu c iona l, a Cons titu iç ão dev e se v a ler dos a c ordos in terna c iona is f ir ma dos p e lo Es tado (bra s ileiro, no c aso e m e s tu do) b e m c o mo d as ins tânc ia s in tern a c ion a is a que s e sub me te a f im de fa z er v igora r a s sua s

20

Conforme dicção do art. 145 da Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar.

21

São exemplos o art. 4º, IX; o art. 170, VI; e o art. 225, caput.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 207

PEDRO LUCAS DE MOURA SOARES; PATRÍCIA BORBA VILLAR GUIMARÃES & YANKO MARCIUS ALENCAR XAVIER

d ispo s içõe s, c o mo f or ma de ex ten sã o do tex to Cons titu c ion a l. T a l f a to es tá e m p erf eita cons onân c ia com o a r t. 4ª , IX b e m c omo c o m o ar t. 5 º, §§ 2 e 3 da Cons titu ição Fed er a l, ond e a s in stâ nc ias na c ion a is e in tern ac ion a is co labora m en tre s i, com o obje tivo de pro tege r e torn a r e f ic a z o s d ir e itos pr es en tes no T ex to Con s titu c iona l. E m c o n tr ap ar tida , com o f enôme n o d a d esfron te ir iz a ç ão do d ir e ito, s obretudo no que d iz r e spe ito ao d ir e ito a mb ien tal, qu es tõ es co mo as levan tada s a c ima torna m - s e cad a v ez ma is d if íce is de s er e m r es ol v id as. P roble ma s

jur íd icos

es pe c íf icos

s ão

enfr enta dos

con co mita n te me n te

por

d iv ers as ins tân c ia s dec isór ias , pod endo s er u ma ún ic a v io laç ão de d ir e itos ju lg ada

por

cor te s

c ons titu cion a is,

inte rna c ion a is,

es trang eir as

ou

s upran a c iona is e n ão ra ro pod er á h av er choqu es en tr e a s d e cis õe s qu e r esu ltar e m d es se s d if ere n te s ju lgame n tos . Pod e mos id en tif ica r hoje qu e for a m cr iado s vá r io s c en tros de poder , que não po ssue m q ua lqu er gr au de h ier arqu ia, e jun ta me n te co m e s s e d esn ív e l todo e e s sa f a lta de co munic a ç ão ve m ta mb é m a ins egur anç a jur íd ic a. É

n e ss e

pon to

qu e

a duz imo s

à

teor ia

do

T ran scons titu c ion a lismo ,

d es envo lv ida pe lo con s titu c iona lis ta br as ile iro Ma rc e lo Ne ve s, qu e em r e s u mo cons is te no e n tre la ça me n to de orde ns jur íd icas d is tin tas, ta n to e s ta tais co mo tr ans n a c iona is, in ternac iona is e supr ana c ion a is – de todos os n íve is – e m torno d e prob le ma s co in c id en tes, ma s d e n a tur ez a con s tituc ion a l (p roble ma s de d ir eitos fund a me n ta is e limita ç ã o d e poder ) qu e s ão dis cu tido s ao me s mo temp o por tr ibun a is de ord ens d iv ers a s 22. Ond e qu ere mo s c heg ar? Ma rc elo N eves a f irma q u e o me lh or mode lo a se r ado tado a f im d e qu e prob le ma s jur íd ico - cons titu c ion a is d e d ir e ito s fund a me n ta is – co mo a pro teç ão a o me io amb ien te – po ss a m s er s olu c ion ados d e ma n eira s a tisf a tór ia s er ia o mod e lo de en trela ça me n to tr an svers a l en tr e ord ens jur íd ica s, u m “ mo d e lo d e ar tic u la ç ão”, d e man e ir a qu e tod a s as o rden s ju ríd ica s envo lv id as no pro ce sso sej am c a p a zes d e s e renova re m p e r ma n en te me n te me d ia n te o a prend iz ado c o m a s e xpe r iên c ias d e orden s jur íd ica s in t e re ss ad as na so lu ção do s me s mo s prob le ma s jur íd ico cons titu c iona is 23. 22

Para maiores informações, Cf. NEVES, Marcelo. Transconstitucionalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009, pp. 115-234.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 208

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM ÁGUAS INTERNACIONAIS EM FACE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: A TUTELA CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE E A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA

CON SID ERAÇÕ ES F INA IS Conc lu ímo s, por tan to, qu e é po ss ív e l ins titu c ion a lme n te ao E s tado pro teger o d ir e ito ao me io a mb ie n te a p ar tir d e sua c ar ta cons tituc iona l u tiliz ando - s e do s aco rdos intern a c iona is de for ma sup le me n ta r à s sua s dispo s içõe s in terna s, d ada a imp o ss ib ilid ade d e fron te iriz a ç ão a mb ie n ta l. De ssa for ma , os tr a tados in terna c iona is corr e la to s à te má tic a a mb ien tal s er ia m f or ma s de ex te ns ão do tex to con s titu c iona l, sobr e tudo por s e tr atar o d ir e ito ao me io a mb ie n te d e u m d ir eito funda me n ta l ao s ho me n s. A ind a,

v a le ndo -s e

do

p arad ig ma

do

Tr ans con s tituc ion a lis mo ,

te oria

d es envo lv ida p e lo Prof. Mar c e lo Ne ve s, r e ma ta mo s e r e ite ra mo s a n ec e ss id ad e d e ar ticu la çã o en tr e a s d ive rs as ins tân c ia s in te rna c ion a is e cen tros d e pod er. T al f a to f ará qu e s eja m redu z id as e pos tas a ter mo tod as as in congru ên c ias do s is tema , com o obj e tivo d e n ão ha ver c hoques e n tre a s d ec isõe s d ad as pe las ins tân c ia s envo lv id as e un ifor miz a ndo a pro te ção a mb ien ta l. Po r f im, válido le mb rar qu e a Conv enç ão de Mon tego Ba y, por ex emp lo , tr aça

pa râme tr o s

g era is

a c er ca

da

exp lor aç ão

de

r ecu rso s

em

á g ua s

in terna c iona is, ma s a ind a as s im b as tan te g enera liz ados , a lé m d e qu e o s órg ãos d e so lu ção d e con trov ér s ia s c r iados – Câ ma r a d e Con trov érs ias do s Fundo s Mar inhos do Tr ibuna l In tern ac ion a l do D ire ito do Mar – pos suem c a r á ter emin en te me n te e conô mic o, n ão s e d es tin ando a so lu c iona r esp ec if ica me n te casos

de

re spon sab ilid ade

por

d ano

a mb ie n ta l.

D e s ta r te ,

em

c on c lus ão

ad icion a l, en ten de mo s s er ne c es sár io tra tado s in tern a cion a is ma is só lidos e ins titu içõ es ma is mo d ern as a fim d e qu e s ejam a te nd id as a s ne ce ss id ade s do mu ndo con te mp or âneo .

23

NEVES, Marcelo. Transconstitucionalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 264.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 209

PEDRO LUCAS DE MOURA SOARES; PATRÍCIA BORBA VILLAR GUIMARÃES & YANKO MARCIUS ALENCAR XAVIER

R EF ER ÊNC IAS BRASI L. Con stitu ição da Repúb lica Fed e ra tiva do B ras il , 1988 BEN JA MI M, An ton io He r ma n V. Os pr in c íp io s do e s tudo de imp a c to amb ie n tal co mo limite s d a d is cr icion ar ied ad e ad min is tr a tiv a. R ev is ta Fo ren s e, v. 13, p. 34, 1992. CANOT ILHO, Jos é Joa qu im Go me s ; LEI TE, J os é Rube ns Mor a to (org s.) . D ireito Cons titu c iona l Amb ie n ta l Br as ile iro. Sã o P au lo : Sa ra iv a, 2007. DI MOU LIS,

D imitr i.

MA RTIN S,

L eonardo .

T eor ia

G era l

dos

D ir e itos

Fundam en tais . São Pau lo : Ed itora Re v is ta do s Tr ibun a is , 2007. F E RNÁNDEZ , E lo i F ern ánde z y, P ED ROSA J UNIO R, Os wa ldo A ., P INHO, An tón io Corr e ia d e. D ic ionár io do P e tró leo em L íngua Po rtugu e sa : e xp lora ção e produ ção d e p e tró leo e g ás . L ex ikon : PUC -Rio, 2009. F E RREI RA, Gus tavo A ss ed. De se nvo lv imen to su s ten táve l. In : Aná lis e da o rdem ju r ídic a bra s ile ir a sob a ó tic a do d e senv o lv im en to . S ão P au lo : S ingu la r, 2005. O RGANI ZAÇÃO DAS NA ÇÕE S UNIDA S. Con fer ênc ia de E s toco lmo sobr e o Meio Amb ien te Humano , de 1972. _________. Con fe r ênc ia da s Na çõe s Un ida s sobr e Dir e ito do Mar , d e 1982. I SA. In terna tiona l S eab ed Au tho r ity . D ispon íve l e m: < h ttp ://www. isa .org.jm /e s /nod e /479 > A ce sso e m: 05 de ma io d e 2010. NE VES , Mar ce lo . T ransc ons titu c iona lismo . S ão P au lo : Mar tins Fon tes , 2009. P ET RO BRÁS .

Os

d e safios

de

Tup i.

D is ponív e l

e m:

<

h ttp ://www2.p e trobr as .c o m.br /r i/por t/ D es taque sOp era c ion a is /Exp lo rac aoP roduc ao /Ca mp oTup i.html > A c e sso e m: 11 d e Ma io de 2010. P ET RO BRÁS .

Cada

vez

ma is

fundo .

D ispon ív e l

em:

<

h ttp ://www2.p e trobr as .c o m.br /p re sa l/c ada -ve z-ma is - fundo /> Ac e sso em: 1 1 de Maio de 2010.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 210

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM ÁGUAS INTERNACIONAIS EM FACE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: A TUTELA CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE E A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA

W EISS , Ed ith Brown. In tergen er a tion a l equ ity: a leg a l frame w ork for g loba l env iron me nta l ch ange . In : W EISS, Ed ith Brown. Env ironm en ta l chang e and in terna tiona l la w: n ew cha llenge s and d ime ns ion s. Esta dos Un ido s: Un ited N ations Un iv ers ity Pr ess , 1992 . D ispo n ív e l e m: A cesso e m: 3 d e ma io de 2010.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 211

LÍN EA S DE TRA BAJO PA RA LA M EJORA D E LA E FI CI ENCIA EN EL US O D EL AGUA D E R IEG O EN ANDA LUCÍ A. PR OGRAMA D E EVALUACI ÓN D E INS TALACI ON ES D E RI EGO

RAFAEL BAEZA Técnico Especialista Titular, Sistema de Asistencia al Regante, Instituto de Investigación y Formación Agraria y Pesquera (IFAPA), Centro La Mojonera, Almería (España). rafaelj.baeza@juntadeandalucia .es

BENITO SALVATIERRA Técnico Especialista Titular, Sistema de Asistencia al Regante, Instituto de Investigación y Formación Agraria y Pesquera (IFAPA), Centro Chipiona, Cádiz ( E s p a ñ a ). b e n i t o . s a l v a t i e r r a @ j u n t a d e a n d a l u c i a . e s

JOSÉ GABRIEL LÓPEZ Director Centro la Mojonera, Instituto de Investigación y Formación Agraria y Pesquera (IFAPA), Almería (España). [email protected]

PEDRO GAVILÁN Investigador Titular, Instituto de Investigación y Formación Agraria y Pesquera ( I F A P A ) , C e n t r o A l a m e d a d e l O b i s p o , C ó r d o b a ( E s p a ñ a ). [email protected]

R ESUM EN E l S erv ic io d e As is tencia a l Reg ante de Anda lu c ía (SA R) s e con s titu ye , a in iciativ a de l In s titu to d e Inve s tig ac ión y F or ma c ión Agr ar ia y P e squera (I FAPA) , co mo un

grupo d e tr abajo r e spon sab le de la tr an sfer enc ia d e

tecno log ía e n la ge s tión d e l agua d e r ie go en And a luc ía. S u obje tivo g en ér ico es la mejo ra de l ma n ejo de l r iego en la ag ric u ltura and a luz a con e l f in de min i miz a r el i mp a c to amb ie n tal y a u me n tar la e f ic ien c ia e n e l uso de l a gua. P ar a e l cump li mie n to de es te obj e tivo r e aliz a las s igu ien te s a ctiv i d ade s: r eco me nd a cion es d e r iego, ev a lua ción d e ins tala c ion es y sis te ma s de r iego de

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 213

RAFAEL BAEZA; BENITO SALVATIERRA; JOSÉ GABRIEL LÓPEZ & PEDRO GALVILÁN

r iego, ac tiv id ade s de exp er ime n ta c ión y d ivu lga c ión , cur sos d e for ma c ión p ara técn icos y usu ar io s d e los r ega d íos y a yud a a la g es tión h idr áu lic a y ad min is tra tiv a d e las co mu n id ad es d e r egan te s. L a ef ic ienc ia e n e l u so d e l agua e s un p ar á me tro qu e dep end e d e mú ltip les v ar iab le s y c u yo c á lcu lo no e s sen cillo. Nor ma lme n te lo s da tos de ef icie nc ia de los qu e se d ispon e son e s tima c ione s má s o me nos aprox ima d a s a la r ea lid ad. No ob s tante, a n ive l loca l e x is ten ind icador e s qu e ev iden cia n b aja s efic ien c ia s co mo, po r e je mp lo, la e x is ten c ia d e gr andes d ife ren c ias de con sumo e n tre zonas

r ega b le s

agroclimá tic a s

con o

el

id én tico s c re c imie n to

c u ltivos de

y

s imila r e s

d e te rmin a dos

acu íf eros

c ar ac ter ís ticas supe rf ic ia les

dur an te la s c a mp añ as de r iegos . Un a d e la s v ar iab le s que má s in c ide nc ia tiene e n la e f ic ien c ia en e l us o de l agua e s la un ifor mid ad d e los r iegos . A c tuando s obr e la unifor mid ad de l r iego s e actu ará s obre la efic ien c ia , co n la v entaja d e que ho y en d ía e x is ten h err amie ntas qu e pe r mite n un a r áp id a y sen c illa e s tima c ión de la un ifor mid ad. Po r ello , e l SA R re a liz a c a mp añ a s de ev a lu ac ión d e in sta lac ione s d e r ie go a lo largo de l terr itor io anda luz con e l obj e to de ca ra c ter iz ar l o s reg ad ío s, e va lu ar la un ifor mid ad de d istr ibu c ión de la s ins tala c ion es y d ete c ta r po sib les d ef icien c ia s, as í co mo a por ta r a ltern a tiva s de me j or a y cuyo f in ú ltimo no e s o tro qu e me jor ar la ef icie nc ia en e l u so de l agua . E l trab ajo se ha d iv id ido en dos f ase s : un a pr ime r a en la qu e s e han pu es to a pun to las h err a mie n ta s ne ce s ar ia s par a re aliz ar la s eva lua c ione s y qu e h a cons is tido b ás ica me n te e n la e labor ac ión de los pro toco lo s y for mu la r ios d e actu ación , as í co mo la for ma c ión de lo s té cnico s r espon s ab les y un a s egund a f as e d e traba jo en la qu e se han lle vado a c abo la s ca mp aña s d e eva lua c ión. H as ta la f ec ha se h an de s arro llado s e is camp a ñ as de e va lu a cion es y se h a actu ado en tr es ár ea s : c u ltivos hor tíco la s inte ns ivo s del su re s te y c u ltivos ex ten s ivos d e l b ajo y me d io Guada lqu iv ir. En to ta l lo s téc n ico s de l SA R h an evalu ado má s de 300 ins ta lacion es d e r iego, lo que ha p er mitido d e te c tar nu mero sa s de f ic ien c ia s y d ar re co me nda c ion es a los r egan te s p ar a su me j or a.

Pa la bra s c lav e: Ef ic ienc ia , un ifor mid ad, r ie go lo ca lizado , r iego por asp ers ión, evalu a ción .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 214

LÍNEAS DE TRABAJO PARA LA MEJORA DE LA EFICIENCIA EN EL USO DEL AGUA DE RIEGO EN ANDALUCÍA. PROGRAMA DE EVALUACIÓN DE INSTALACIONES DE RIEGO

I NTR ODUCC IÓN En agr icu ltur a s e d ef in e co mo efic ien c ia g lob a l d e r iego (E g ) de una d eter min ad a z ona r eg ab le, a

la r e la c ión entr e vo lu me n d e agu a pu es to a

d ispo s ic ión d e lo s cu ltivos p ara su zona r ad icu lar y

e l vo lu me n to ta l

s u min is tr ado a la c itada zon a d e r ie go. P ar a su ob ten c ión he mo s d e ca lcu lar y mu ltip lica r toda s la s co mp onente s d e e s ta E g . D icha s co mpone n te s son: E f icienc ia de c onduc c ión (E c ), Ef icie nc ia d e d is tr ibuc ión (E d ) y E f ic ien c ia de ap licac ión (E a ) . L a s Ef ic ienc ia s d e condu cción y dis tr ibuc ión s e c a lcu lan c o mo e l cocie n te en tre lo s v alor es d e c aud a l d e l pun to f ina l y e l pun to in ic ia l d el tr amo objeto d e cálcu lo. L os v a lor es de ef ic ien c ia d e condu cc ión y d is tr ibuc ión s on muy v ar iab le s y d epend en fund a me n ta lme n te d el e s tado de la s condu cc ion es, llegando en a lgunos c as os a v a lor es mu y b ajo s d eb ido a l es c aso ma n ten imie nto d e los s is tema s de d is tribu c ión d el a gua . D e la s tre s e f ic ien c ia s c itad as an ter ior me n te la má s d if íc il d e c a lcu lar e s la E f icien c ia d e ap lica c ión (E a ) . P ar a su es tima c ión se u tiliz an me todo log ías d if er en te s de pend iendo d e l mé todo d e r iego. L a e f ic ienc ia d e ap lica ción e s la r e la c ión en tre e l vo lu me n d e agu a d e riego r eten ido en la zon a ra d icu lar d el c u ltivo, y qu e por lo tan to pod r á ser aprove ch ada por e l mis mo , y e l vo lu me n to tal s u min is trado d esd e la to ma d e l s is tema d e rie go en p arce la (F igur a 1).

Percolación profunda

Figura 1. Esquema de variables incluidas en el cálculo de la Eficiencia de Aplicación (Ea)

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 215

RAFAEL BAEZA; BENITO SALVATIERRA; JOSÉ GABRIEL LÓPEZ & PEDRO GALVILÁN

L a fór mu la d e E f ic ienc ia d e ap lic ación es :

Ea 

Agua almacenada * 100 Agua aplicada

P ar a ma x imiz ar la ef ic ie nc ia d e ap lic a c ión d e un s is te ma d e r iego hay qu e tener en cu en ta las s igu ie n te s cons ide ra c ion es : 1. L a lá min a de agu a aporta da en c ada r iego debe se r me nor o igu a l a la r eque r ida por lo s cu ltivo s. P ar a elle s e d eb er á u tilizar a lgún mé todo té cn ica me n te ac ep tado d e progr a ma c ión d e r iego. 2. L a in tens ida d de aporte de agua d e l r iego d ebe ser me n or qu e la c ap a c idad de inf iltr ac ión d e l sue lo e v itando e sc orr en tía . 3. L a gr anu lome tr ía d e l s ue lo h a d e p er mitir qu e e l agu a s e a lma c en e e l tie mp o suf ic ien te y ev ite p érd ida s por p er co lac ión profund a. E s tas cons id era c ion es d epend en de l ma n ejo d e lo s r iego s qu e h aga el r egan te y de la s c ar a cte r ís tica s d e s u exp lo tac ión. S in emb a rgo, ex is ten otras v ar iab le s que af e c tan a la ef ic ienc ia de l r iego qu e dep ende n d ire c ta me n te d e la ins talac ión d e r iego como e s e l ca so d e la un ifor mid ad d e d is tr ibu ción. E l coef ic ien te d e un ifor mid ad indic a e l grado d e un ifor mid ad d e d is tr ibu c ión de l agua ap licad a. S i la un ifor mid ad e s b aj a ex is tirá ma yo r r ie sgo d e d éf ic it de agua en a lgun as zona s y d e f iltr ac ión profund a e n o tra s. Es imp or tan te s eña lar qu e, ta l y co mo se h a c o me n tado a n ter io r mente , mie n tra s que e l c á lcu lo de la ef icien c ia e s co mp lejo pu e s to qu e ex is ten v ar iab le s c o mo la pe rco la c ión profund a

de

r elativ a me n te

d if íc il

cu an tif ica c ión,

s enc illa

gr ac ia s

a

la

e s tima c ió n

pro toco lo s

de

de

la

un ifo rmid a d

actu ac ión

es

ace p tado s

in terna c iona lme n te. E l In s titu to de Inv es tiga c ión y Forma c ió n Agra r ia y P esqu era ( IFAPA) h a cons titu ido e n And a lu cía e l S erv icio de A s is te nc ia a l Reg an te d e And a luc ía ( SAR) con la func ión de r ea liz a r tra nsf er enc ia d e te cno logía en todo s a que llos asp ecto s r e la c ion ados con la ge s tión d e l agu a d e r iego que a yud en a a u me n tar la ef ic ien c ia e n e l u so d e la mis ma , a s í co mo a min imiz a r lo s pos ib le s imp a c tos amb ien ta les n eg ativo s. E l SA R d esd e su in ic io h a e labo rado un a me todo log ía qu e p er mite ev a lua r la un ifor mid ad de r iego d e las p arce la s p ar a cu a lqu ier s is tema de r iego y la s h a ap lic ado en d is tinta s ca mp aña s d e ev a lua c ión d e

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 216

LÍNEAS DE TRABAJO PARA LA MEJORA DE LA EFICIENCIA EN EL USO DEL AGUA DE RIEGO EN ANDALUCÍA. PROGRAMA DE EVALUACIÓN DE INSTALACIONES DE RIEGO

d is tin ta s áre a s reg ab les . En e s te trab ajo s e expon en lo s r esu ltado s d e la ap licac i ón d e la me todo log ía de e v a lua c ión en tr es á re a s d e And a luc ía r ealizada s por r equ er imie n tos té cn icos : r eg ad íos de l Med io Guad a lqu iv ir, r egad ío s d e l Bajo Gu adalqu iv ir y cultivos hor tíco las p ro teg ido s de l Sur -E s te

MA TERIAL Y MÉTODO S E l tr abajo d es arro llado por e l SA R s e h a div id ido en v ar ia s e tapa s : En pr imer lug ar s e han e labor ado los pro to co los y de má s herr a mie n ta s ne c es ar ias p ara la ev alu ac ión en c a mp o d e lo s s is te ma s de riego. Po r o tro lado, se h a d es arro llado un a b as e d e da to s que an a lizar á e n su conju n to lo s r esulta dos d e las ev a lu acion es que s e r ea licen . En s egundo lugar se h an s e lec c ion ado aquellas zon as d e r egad ío qu e, por sus ca ra cte r ís tica s, pu edan se rv ir co mo r ef eren c ia pa ra e l conjun to d e la r eg ión. En e s ta s zona s d e a c tu a ción (d es cr itas po ster ior me n te) se han e va lu ado un e le vado núme r o d e in sta la c ione s con e l f in d e que lo s d a tos ex tra ídos pu eda n s er r epre s en ta tivo s. F in a lme n te s e han analizado ind iv idu a lmen te c ad a un a de las e va lu a cion es , a s í co mo en su conjun to ha c iendo uso de la b as e d e d a tos . Lo s r e sulta dos ob ten idos d e l anális is pe rmite n d is eñ ar un a e str a teg ia de a se sor a mie n to adap tad a a los prob le ma s de es a zona re gab le.

H erra m ie nta s d e t rabajo L a s h err a mie n ta s d e tr ab ajo d es arrolla da s son : A.

P roto co lo s d e eva lu ac ión, uno p ara cad a s is tema d e r iego

B.

Fo r mu la r ios d e c a mpo

C.

P rogra ma de tr a ta mie n to d e lo s d a to s

E s tas he rramie n ta s de tr abajo se en cuen tr an en la p ág ina web d e l S is te ma d e A sis tenc ia a l Reg an te (www .juntad ean d a lu cia. es /agr icu ltur a ype s ca /ifa pa /sa r )

en

la

s ecc ión

de

Infor ma c ión T é cn ic a y D ivu lg ac ión ( Bib lio tec a v ir tu a l). Lo s pro toc o los d e actu ación y d e to ma de da to s r e co me nd ados por e l SAR s e han ad ap tado de l méto do c lá sic o p lan te ado por Mer r ia m y K é ller (1978 ) , añ ad iéndo le s e l e s tudio d e algunos a sp ec to s p ar ticu la re s pr es en tes en la s ins ta la c ion es de r iego d e las áreas de ac tua c ión. El mé to do ca lif ic a las ins ta lac ion es en fun c ión d e su Coef ic ien te d e Un ifor mi d ad d e D is tribu c ión ( Tab la 1).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 217

RAFAEL BAEZA; BENITO SALVATIERRA; JOSÉ GABRIEL LÓPEZ & PEDRO GALVILÁN

Tabla 1. Calificación de las instalaciones en función de su Coeficiente de Uniformidad de Distribución (Merriam y Keller, 1978) Coeficiente de Uniformidad

Calificación

> 95 %

Excelente

85-95 %

Buena

80-85 %

Aceptable

70-80 %

Pobre

< 70 %

inaceptable

M etodo log ía E l proc ed imie n to de trab ajo s egu ido p ar a la e stima c ión de la Un ifor mid ad d e D is tr ibución (U D) es e l s igu ien te: 1. S e se le cc ion a den tro de la in s ta lac ión la un id ad o s e c tor d e r iego má s r epr es en ta tivo cons id era ndo su tama ñ o, d is tan c ia r e spe cto a l c abe za l, p érd ida s d e c arg a, e tc. 2. S e s e lec c ion a d en tro de e se s e c tor la subun ida d má s rep re s en ta tiv a (en mu c h as in s ta la c ione s las subun id ade s son igua le s, por lo qu e pued e ser c ua lqu ier a de e lla s). 3. S e re a liz an la s me d ic ion es de ca uda les y pr es ion es de n tro d e la s ubunid ad y la un id ad. 4. S e an a liz an los da to s y s e c a lcu la la UD

E l itiner ar io d e c á lcu lo s egu ido e s el s igu ien te : Un a v e z cono c ido e l ca uda l en c ad a uno d e lo s e mis ore s s e le c c ionado s en la subun id ad má s r epr es en ta tiva se c a lcu la la un ifor mid ad d e d is tr ibuc ión de caud ales en la subun id ad ( UD q ), u tiliz ando la s igu ien te expr es ión :.

UDq 

q25%  100 qm

- q 2 5 % = Med ia d e lo s ca uda les d e l 25% d e lo s e mis o re s que pr e sen tan má s b ajo caud al (Por e je mp lo, en c aso d e s e le c c ion ar 16 e mis o re s s e c a lcu la la me d ia de los 4 d e me nor c auda l). - q m = Med ia d e los c aud a le s me d ido s en todos los e mis or es .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 218

LÍNEAS DE TRABAJO PARA LA MEJORA DE LA EFICIENCIA EN EL USO DEL AGUA DE RIEGO EN ANDALUCÍA. PROGRAMA DE EVALUACIÓN DE INSTALACIONES DE RIEGO

Un a v ez cono c ida la UD d e la subun id ad de r iego lo ca liz ado se podrá calcu la r la UD d e la unid ad d e r iego sab iendo qu e :

UD u n i d a d = f c · UD q Dond e f c es un fa c tor de corr e cc ión que d epend e d e la d ife ren c ia en tre las pr es ion es de la s subun id ade s que for ma n pa r te d e la un id ad qu e s e e s tá evalu ando. P ar a e llo es n ec e sar io me d ir las pre s ion es e n lo s puntos má s d esf avor ab le s d e las tub er ía s ter c ia r ia s. Un a ve z ob ten idos es to s da tos e l fa c tor corr ec tor de c a lcu la d e la s igu ien te for ma :

x

P  f c   25%   100  Pm  - P 2 5 % = Med ia d e las pr es ion es me d id as d e l 25% d e la s tub er ía s te rc ia r ia s que tienen má s b aja pre s ión. - P m = Med ia d e las p res ion e s me d id as en tod a s las tube r ía s ter c ia ria s. - x = Coef ic ien te de d es c arg a de l emis o r, c ara cte r ís tica que deb e s er fa c ilitada por el fabr ic an te o ev a lu ada exp er ime n ta lme n te . F in a lme n te , la UD d e la ins ta la c ión ser á igu a l a la un ifor mid a d ca lculada p ara la un id ad e leg id a c o mo r epre s en ta tiv a d e la in stala c ión . E s pr ec iso r eco rdar que p ar a e s to s e pued a con sid er ar vá lido, las subun id ade s y un id ade s d e r iego deb en s er r e lativ a me nte ho mog én ea s e n cu an to a s uper f ic ie y for ma . No deb e c ae rs e por tan to, en la ru tin a d e hac er la ev a lua c ión en una un id ad cualqu ier a y d ar po r bu en a o ma la la un ifo r mid ad d e tod a la in s ta la c ión.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 219

RAFAEL BAEZA; BENITO SALVATIERRA; JOSÉ GABRIEL LÓPEZ & PEDRO GALVILÁN

P ar a f in a liza r e l es tud io d e la un ifor mid ad de la s ubun id ad d e r iego, se calcu la la un ifor mid ad d e d is tr ibuci ón de pre s ion es (UD p ), que de ter min a co mo d e ho mogéne a es un a subun id ad d e r iego lo c a liz ado en cua n to a las pr es ion es med ias d e lo s e mis or es. Pa ra ca lcula r lo s e n ece s itan los da tos d e pr esión en los emis o re s obte n idos en ca mp o. S e calc u la con la expr es ión :

x

p  UDp   25%   100  pm  - p 2 5 % = Me d ia d e las pre s ion es d e l 25 % d e los e misore s que pr e se n tan má s b aja pr es ión (Po r ej emp lo , en cas o d e se lecc ionar 16 emis o r es se c a lcu la la med ia d e los 4 d e me nor p re s ión) - p m = Med ia d e las p res ion e s me d id as en todos los e mis ore s. - x = Coef icie n te de de sc arg a d e l emis o r.

E l v a lor de UD p no e s ne c es ar io p ara e l c á lcu lo de la un ifor mid ad d e la ins talac ión . S in e mb argo, es conv en ien te cono cer lo p ara d e tec tar po sib les d ef icien c ia s d e pre s iones qu e se pue dan producir a lo largo d e la red de r iego. E s un d a to qu e v ien e a co mple me n tar la infor ma c ión apor tada por el coef ic ien te de un ifo rmid a d de la in s ta la c ión (UD) . S irv e par a d is c ern ir s i n iv ele s b ajo s de un ifor mid ad e s tán c aus ados por prob lema s e n los e mis o r es (ob tur a c ione s por ej emp lo) u o tro tipo d e ca us as ( longitud exc e siv a de los r amale s, redu c ido d iáme tr o de la s condu c cion es, f a lta d e po ten cia e n la imp u ls ión, e tc .).

Á rea s de a ct uac ión -

Cu ltivos hor tíco la s in ten sivo s d e l Sur - Es te d e And a luc ía E l progra ma de ev a luac ión de r iego en los cu ltivos ho r tíc o la s in tens ivo s

d el sure s te s e h a r e a liz ado a lo la rgo d e dos c a mp añ as du ran te e l p er iodo es tiv al, p er iodo en e l qu e lo s inv ern adero s e stá n libr es de c u ltivo. L a p r ime ra s e d es arro lló en el vera no de 2008, ev a luándo se in s ta la cion es d e la Co ma r ca d el Ca mpo d e Da lías e n A lme r ía ( Zona 1, F igur a 2), qu e u tiliza n agua s s ubterr án eas y en la se gunda , dura n te e l v era no d e 2009, se h an ev a luado

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 220

LÍNEAS DE TRABAJO PARA LA MEJORA DE LA EFICIENCIA EN EL USO DEL AGUA DE RIEGO EN ANDALUCÍA. PROGRAMA DE EVALUACIÓN DE INSTALACIONES DE RIEGO

ins tala c ion es d e la Coma r c a d e l Bajo And ara x (Zon a 2) que r ieg an con aguas r es idu a les urb ana s r egen erad a s o con un a me zc la d e és tas y a gua s subte rr áne as . En to ta l se h an ev a lu ado 130 in s ta la c ion es , 80 e n e l Ca mpo d e Da lías y 50 en el Bajo Anda rax . S e d a la c ircun s tan c ia d e qu e e n la s co ma r ca s en las qu e e s ta mo d alid ad d e cu ltivo e s ma yo ritar ia, la agr ic u ltura e s e l pr in c ipa l s e c tor econó mic o y, s in e mba rgo e l agu a, fund a me n ta l en la s os ten ib ilid ad d e l s is tema , es un r e curso es c aso y d ef ic itar io .

Figura 2. Localización de las zonas de actuación en los cultivos hortícolas intensivos del Sur-Este.

S e han s elec c ion ado las in s ta la c ion es a ev a lua r a l az ar , con e l obj e tivo de cons egu ir

un a

propor c ion al

a

d is tr ibu c ión la

ho mog éne a

sup erf ic ie

inv ernad a

por en

el

terr itor io,

c a da

uno

de

en

un lo s

nú me ro té r mino s

mu n ic ip ale s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 221

RAFAEL BAEZA; BENITO SALVATIERRA; JOSÉ GABRIEL LÓPEZ & PEDRO GALVILÁN

Figura 3. Distribución de las evaluaciones realizadas en la Zona 1.

-

Cu ltivos ex te ns ivo s d e l Bajo y Med io Gu ad a lqu iv ir P ar a tener infor ma c ión d e la un ifor mid ad d e r iego d e lo s s is te ma s que

r iegan los c u ltivos ex te ns ivo s se n ec es itar ía un a ing en te labor , d ebido a la ex ten s ión de la zon a de es tud io y a l nú me ro d e in s ta la c ion es ex is ten tes. Por ello, se ha simp lif ic ado la infor ma c ión r e cog ida con lo s s igu ien te s cr ite r ios : -

Lo s mé todos d e r iego e va lu ados en su ma yoría h an s ido por a sp ersión y lo ca lizado . De l s is tema d e r iego por sup erf ic ie só lo s e h ic ieron dos eva lu a cion es ún ica me n te p ar a pon er a pun to e l mé to do d e e va lu a ción . Lo s d a tos

ob ten idos

d esp laz a mie n to

de

má q u ina s

f ron tal)

fueron

de

riego

e s c aso s

(p ivo tes (10

y

la ter ale s

ev a luac ione s)

con

de la

cons ecu en te imp o s ib ilid ad de un a ná lis is g en ér ico , por la e spe c if ic idad ex is ten te de c ada má quin a p ara c ada f in ca . -

L a s e le c c ión d e la s in sta lac ion es h a e s tado a s oc iada a a lgún tipo d e ac tu a ción de l SA R en la zon a reg ab le en cu es tión. Los mo tivos d e la s eva lu a cion es r ea liz ada s por e l SA R h an s ido fund a me n ta lme n te de : 1. An á lis is de un ifor mid ad d e zon as re gab les conc re ta s. E s el c a so de la s zon as de l G en il - Cabr a en Córdob a y Co sta Noro es te e n Cád iz. E s ta a c tu ación h ac e r ef er enc ia a la ma yo r ía d e la s eva lua c ione s r ea liz ada s en Ch ip ion a ( Cád iz) y Sa n ta e lla ( Córdob a).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 222

LÍNEAS DE TRABAJO PARA LA MEJORA DE LA EFICIENCIA EN EL USO DEL AGUA DE RIEGO EN ANDALUCÍA. PROGRAMA DE EVALUACIÓN DE INSTALACIONES DE RIEGO

2. Cubr ir un a d e ma nda d e d e ter min ado s ma te r ia les nu evo s p ar a adop tar d ec is ione s d e dis eño an tes d e mon tar una nue va in s ta la ción. Es el c a so d e la s ev a lua c ione s de asp ers ión r e a liz ad as en P a lma d e l Río ( Córdob a) 3. A tender a prob le ma s d e b aja unifor mid ad ma n if es tados en los prop io s cu ltivos L a s ev a lua cion es se h an eje cu tado e n e l p er iodo qu e v a de sd e e l año 1999 h as ta 2006 , c on un to ta l d e 95 eva lu ac i on es de s is te ma s d e r iego por as per s ión y 70 ev a lu ac ione s d e r ie go lo ca lizado.

ZONA DE ACTUACIÓN MEDIO GUADALQUIVIR

ZONA DE ACTUACIÓN BAJO GUADALQUIVIR

Figura 4. Zonas de actuación en el Valle del Guadalquivir.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 223

RAFAEL BAEZA; BENITO SALVATIERRA; JOSÉ GABRIEL LÓPEZ & PEDRO GALVILÁN

Tabla 2 y 3. Municipios dónde se han realizado las evaluaciones de aspersión y de riego localizado en el Valle del Guadalquivir. Número de evaluaciónes de Aspersión Provincia Municipio Número

Número de evaluaciónes de Localizado Provincia Municipio Número

Cádiz

Cádiz

Chipiona

16

Cádiz

Jerez Puerto de Santa María

1

Rota Sanlúcar de Barrameda

3

Cádiz Cádiz Cádiz

Chipiona Puerto de Santa María Rota Sanlúcar de Barrameda

4 12

Cádiz

6

Cádiz

6

Córdoba Palma del Río

2

22

Cádiz

9

Córdoba Puente Genil

5

Córdoba Baena

Córdoba Santaella

27

Córdoba Puente Genil

5

Sevilla

Aznalcázar

8

Córdoba Santaella

29

Sevilla

Las Cabezas

2

Lebrija

3

Granada Pinos Puente Puebla de Huelva Guzmán

2

Sevilla

Málaga

1

1

Vélez-Málaga

1

R ESU LTADO S Y D ISCUS IÓN L a info r mac ión c la sif ic ad a en la b as e d e da tos no s p er mite id en tif icar prob le ma s a n iv e l gene ra l. Un aná lis is ind ividu a liz ado d e c ada p ar ce la nos ofr ece

infor ma c ión

p ar a

propon er

so lu c iones

qu e

p ermita n

corre g ir

las

r esu ltados

de

d ef icien c ia s d e las ins tala c ion es . E s ta

me todo log ía

de

tr abajo

ha

per miti do

ob tener

evalu a cion es en tr es áre a s d is tin tas d e And a luc ía y con do s s is te ma s d e riego ( lo caliz ado y a sp ers ión ) y h a s en tado las b as es p ara me jo ra r la ef ica c ia en las nu eva s c a mp aña s d e eva lua c ione s qu e se e s tán r e a liz ando a c tu a lme n te d e sde e l SA R.

R iego po r as p er s ión de cu lt ivo s ext en s ivos de l Bajo y M ed io Gua da lq u iv ir En to ta l s e re a liza ron 95 ev a luac ione s con lo s sigu ien te s r es ultado s : 

E l 28 % d e la s in s ta la c ion es tuv ieron una un ifor mid ad ad ec uad a (UD>75% ). Só lo 4 in s ta la c ione s tuv ieron una unifor mid ad mu y bu ena o exce len te (UD >85% ).



Un 71% d e la s ins ta lac ione s tuv ie ron una un ifor mid ad b aja (UD 85% ). Só lo 5 in s tala c ion es tuvie ron una un ifor mid ad mu y bu en a o e xc e lente (UD >95%) 

Un 45 % d e la s in s ta la c ion es ten ía un a un ifor mi d ad b aj a (UD 85 %). En

g en era l,

en

la s

ins ta lac ion es

ev a luad as

en

r iego

lo ca lizado

se

ob tuv ieron bu enos r esulta dos. En ca so con trar io, un inad e cu ado d iseño provocó f alta de un ifor mid ad en e l s is te ma de r iego.

R iego

lo caliza do

en

c u lt ivos

ho rt ícolas

inte ns ivo s

de l

S ur - Est e

de

An da lu c ía -

Ca ra c ter iz ac ión d e las e xp lo ta c ione s. L a c ara c teriz a c ión d e la s exp lo tac ione s se re a lizó p ar ale la me n te a las

evalu a cion es y per mitió obs erv ar un a se rie de a sp ec to s comu n es en la ma yo r ía d e e lla s. D e e llos c abr ía d es ta ca r : 

E lev ado n iv e l te cno lóg ico, con un 68 % d e f in ca s c on e l r iego a u to ma tiz ado por me d io d e un progra ma d or modu lar.



Equ ipo s d e f iltr ado comp u es to s por b a te r ía s d e f iltros de an illas con un a po ros ida d en e l c artu cho f iltran te d e 120 a 130 mic r as en má s d el 85 % d e la s in s ta la c ione s.



P equ eña supe rf ic ie med ia d e los s e ctor es de r iego (5111 m 2 ).



Sup erf ic ie me d ia d e las subun id ade s d e r iego d e 1034 m 2 .



P redo min io d e lo s ra ma le s d e r iego de 12 mm d e d iá me tro con go teros in ter líne a, turbu len tos d e 3 l/h de c aud a l no min a l (F igu ra 8).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 228

LÍNEAS DE TRABAJO PARA LA MEJORA DE LA EFICIENCIA EN EL USO DEL AGUA DE RIEGO EN ANDALUCÍA. PROGRAMA DE EVALUACIÓN DE INSTALACIONES DE RIEGO

B a jo Anda ra x

Campo de Dalías

3% 27%

12 mm 70%

16 mm

46%

54%

12 mm 16 mm Mixto

Mixto

Figura 8. Diámetro de los ramales de riego instalados.

L a ex is ten cia d e un e le vado n ive l te c no lóg ico d e

la s exp lo tac ion es o e l

r educido tama ñ o de los se c tor es y subun id ad es d e r iego, un ido s al e levado cos te de l agu a y a l a lto gr ado de ase sor a mie n to té cn ico con e l qu e cu enta n e s te tipo de exp lo tac ion es ha c ían pr esupon er una ele vad a un ifor mid ad d el r iego en la mayo ría d e e llas . S in e mb a rgo lo s r e su ltados qu e s e mue s tr an a continu ac ión h an mo s tr ado un a ma yoría d e f in ca s c on b aja unifor mid ad .

-

Ev a lu ac ión d e la un iformid a d d e d is tr ibuc ión y pr e s ione s E l c auda l me d io de lo s e mis o re s es d e 3.26 l h - 1 y, s i b ien e n la mita d d e

las in s ta la c ion es dif ier e e n me no s de 0.25 l h - 1 r esp e c to a l no min a l, e s un da to fund ame n ta l pa ra la progr a ma c ión de lo s r iego s pue s to que en a mb as co ma r ca s el con tro l de l r iego se r ea liz a por tie mp o (97 % d e las ins ta lac ion es ) y no por vo lu me n. Lo s r e su ltado s de l Coe f ic ien te d e Un ifo r mida d d e D is tribu c ión son mu y d es igu a le s. S egún la c la s if ic ac ión d e l mé todo propu es to por Merr ian y K e ller , un 38 % d e la s f inca s h an ob te n ido un va lor c a lif ica do co mo bu eno o excelente. E l 16 % pre s en tan un Coe f ic ien te d e Un ifo rmid a d c alif ic ado co mo acep table y e l 46 % como pob re o in ac ep ta b le. E n la s in s ta la c ione s qu e r iegan con agu a s re gen er ada s s e h an encon tr ado v a lore s inf er ior es de l Co ef icie n te d e Un ifor mid ad. S in e mb argo, la s difer enc ia s no son s ign if ic ativ as ( F igura 9). Lo s agen tes c aus a les de la b aja uniformid a d son v ar ios . No ob stan te, d es ta can la s f in cas en las qu e se obtie nen alto s v a lor es d e un ifor mid ad en la subun id ad d e

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 229

RAFAEL BAEZA; BENITO SALVATIERRA; JOSÉ GABRIEL LÓPEZ & PEDRO GALVILÁN

r iego eva lua da pe ro qu e, s in emb a rgo, a l c a lcu lar se b ajo s f actor es de corr ec c ión, d is min u yen a l tr a s lad ar lo s a l conjun to de la ins ta lac ión . El mo tivo es un a ma la r egu lac ión d e la pr es ión a la en tr ad a d e las subun id ade s.

C a mpo de Da lía s

> 95

6%

27%

35%

85-95

70-80

> 95

6%

28%

28%

80-85

16%

16%

B a jo Anda ra x

85-95 80-85

16% 22%

70-80

< 70

< 70

Figura 9. Distribución del Coeficiente de Uniformidad de Distribución en los cultivos hortícolas intensivos del Sureste de Andalucía.

Po r lo qu e r esp ec ta a l Co ef ic ien te d e Un ifor mid ad de Pr es i on es, se ob tienen re su ltados b a s ta n te e levado s, lo cu a l e s lóg ico s i s e tien e en c uen ta e l p equeño tama ñ o d e la s s ubun idad es y e l cor to r eco rr ido de lo s r a ma le s d e r iego ( Figu ra 10).

C a m po de Da lía s

19% 12%

> 98 44%

25%

B a jo Anda ra x

16%

96-98 94-96

> 98

12%

96-98

52%

94-96

20%

< 94

< 94

Figura 10. Distribución del Coeficiente de Uniformidad de Presiones

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 230

LÍNEAS DE TRABAJO PARA LA MEJORA DE LA EFICIENCIA EN EL USO DEL AGUA DE RIEGO EN ANDALUCÍA. PROGRAMA DE EVALUACIÓN DE INSTALACIONES DE RIEGO

-

D ef ic ien c ias de te c tad as Las

d ef ic ie nc ias

d e te c tad as

con

ma yor

fr e cuen c ia

y

que

a fe c tan

d ir ecta me n te a la un ifor mid ad d el r iego son, ade má s de la ya me n c ionada d ef icien te re gu la c ión de pr es ion es e n las subun id ade s, la s s igu ien te s : 

E mis or e s in ter líne a pa rc i a lme n te f uer a de la tub er ía por tago te ros c o mo cons ecu en c ia de ex ce sos de p re s ión e n la red y/o r a ma le s d e r iego que han s uper ado su v id a ú til.



E mis or e s en los f in a le s d e lo s r a ma le s obtur ados con s ed ime n to s en ins ta lac ion es en las qu e no s e re a lizan lo s r eco me nd ab les lavados d e r ama le s.



E mis or e s

p arc ia lme n te

obs tru ido s

por

pr ec ip itados

qu ímic os

en

ins ta lac ion es con un in ad ecu ado ma n ejo d e l pH d e l agua de r iego. 

Sub s tituc ión de e mis ore s ro tos por o tros de mod e los d is tin tos a l or igin a l y con d if er ente curva de ga s to Ad e má s, en un por cen ta je a mp lio d e la s f inc as ev a luad as s e h a obs erv ado

un ma n ejo y ma n te n imie n to in ad ecu ados , d e te c tándo se def e c tos fr e cuen tes co mo la p res en c ia d e ma nó me tros es trope ados , fug as d e agu a en la r ed, llave s ro tas , u tiliza c ión de ll av es d e e sfe ra p ara la regu lac ión en la s subun ida de s, e tc. L a ma yo r pa r te de e s tas d ef ic ien c ia s ap ena s re qu ier en inv ers ion es pa ra su s ubs ana c ión. No obs tante , en mu cho s de los ca so s en los qu e se han me d ido b ajas un iformid a d es, e l a gr icu lto r d es conoc ía e l e s tado de s u ins ta lación y las pr áctic as ade cu ad as p ara su co rre c ción.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 231

RAFAEL BAEZA; BENITO SALVATIERRA; JOSÉ GABRIEL LÓPEZ & PEDRO GALVILÁN

CONC LU SION ES L a ev a lua c ión d e r iego s e mu e s tr a co mo una po ten te he rr a mie nta para d etecta r d efic ien c ia s en la s in s ta lac ione s qu e a fe c tan a la un ifor mid ad y por tan to a la e fic ien c ia en e l uso de l agu a. P ar a pod er a c tu ar con ef ica c ia en gr ande s zonas r egab les es ne c es ar io te ner p erf ec ta me nte de f in idos y a jus tado s los pro to co los d e a c tu a ción y d e más h err amie ntas n e ce sa r ia s pa ra la re a liz a c ión de la ev a lua c ión de in s ta lac ione s de r iego. E l SA R de And a lu c ía h a e leg ido co mo mé todo d e ref er enc ia p ar a la r ealizac ión d e ev a lua c ion es d e r iego

e l propu es to por Me rr ian y K e ller en

1978 por tr ata rs e d e un mé to do sen cillo, ráp ido y ef ica z. La

infor ma c ión

a cu mu lada

en

la

ba se

de

d a tos

p ermite

id en tif ica r

prob le ma s co mun es . A n iv e l p ar ticu lar, c ad a un a d e la s e va lu a cion es d e te c ta las d ef ic ien c ia s d e la ins ta lac ión y p er mite de ter min ar cua les s e rán las actu acion e s má s ad e cuad as en c ada c a so p ar a sub san ar las. Má s d e l 70 % d e las ins ta lac ion es de r iego po r aspe rs ión ev a lu ada s pr es en tan un a un ifo r mid ad d e d is tr ibu c ión in fe r ior a l 75 %, s iendo la c ausa pr in cipa l d e e s tos b ajos va lo re s de un ifor mid ad un ma l d iseño h idr áu lico de las tub er ía s. L a s in s ta lac ione s d e r iego lo c aliz ado ev a lua da s en e l Med io y Bajo Gu ada lqu iv ir h an mo s tra do en gen er a l un bu en co mp or ta mie n to, ob tenié ndos e un ifor mid ade s

de

d is tr ibu c ión

sup er ior es

al

85 %

en

un

55%

de

las

ins talac ion es . S i b ien , la u tilizac ión de emis o r es auto co mp ens an tes e s tá b as tan te ex te nd ida en e l ár ea de e s tud io, no s e a pre c ian me jor ías en la UD. L a s ins ta lac ione s de rie go loc a liza do de cu ltivos hor tíco las b ajo abr igo pr es en tan un a ser ie d e a sp ec to s comu n es qu e la s a se me j a e n tr e e llas ( tipo de emis o re s, ma r c os d e r iego, tipo s d e f iltrado, e tc.). Só l o en un 38 % d e las ins talac ion es s e han me d ido un ifor mid ad es d e d is tr ibuc ión super ior a l 85 %. L as c au sa s má s fr e cue n te s d e la b aja un ifor mid ad son d ef ic ien c ia s en la r egu la c ión d e las pre s ion es en la s s ubunid ad es, e mis or es pa rc ia lme n te f uer a d e la tub er í a por tago te ros y ob s tru cc ion es en lo s emis o r es.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 232

LÍNEAS DE TRABAJO PARA LA MEJORA DE LA EFICIENCIA EN EL USO DEL AGUA DE RIEGO EN ANDALUCÍA. PROGRAMA DE EVALUACIÓN DE INSTALACIONES DE RIEGO

BI BLIOGRAF ÍA Merr ian , J. L . y K e ller , J. (1978) . F ar m irr ig a tion s ys te m e va lu a tion : a gu id e for ma nag eme n t, UTAH S ta te Un iv ers ity, Loga n, U tah, USA . S erv ic io de As is ten c ia a l Regan te. 2010. Eva lua c ione s d e r iego . Bib lio teca v ir tu al. Infor ma c ión técn ica y d ivu lg ac ión . www.jun tade and a lu cia.e s /agr icu ltur a ype s ca /if ap a /s ar.

I NFORMAC IÓN AD IC IONA L CAP , 2001 . Mejor a del Uso y Ge s tión de l Agu a d e Rie go. Con s e jer ía de Agr icu ltur a y Pe sc a, Junta d e And a lu c ía . CD- Ro m. K eller , J. y Blie sne r, R. D. (1990) : Spr ink le & Tr ick le Irr ig a tion, AVI Book, V an No strand Re inho ld. New York (U SA). Luj án Gar cía , J. 1992. E f ic ien c ia d e Riego. CE DEX (Cen tro d e E s tud ios y Exp er ime n ta c ión de Obr as Púb lica s.) Pp : 108 . S alv atier ra, B. 2010. Unifor mid ad De Riego D e L a s In s ta la cion es De Rie go Por A sper s ión Bo le tín Tr ime s tr a l d e Infor ma c ión a l Re gan te. IFA PA (In stitu to de Inv es tig a ción y For ma c ión Ag rar ia y Pe sque ra d e And a luc ía ). N º 14, Pp : 7 -8 S alv atier ra, B. Ef ic ienc ia D e Ap lic a c ión De l Riego En Anda lu c ía. Bo le tín T r imes tr a l d e In for ma c ión a l Reg an te . I FAPA (In s tituto de Inv estig ac ión y Fo r ma c ión Agr ar ia y Pe squ er a d e And a luc ía). N º 10, Pp : 5 -6 SA R. 2001. Me todo logía s d e ev a lu ac i ón de sis te ma s d e r iego. Con se jer ía de Agr icu ltur a y Pe sc a. Junta d e And a lu c ía . W alker , W . R. 1989 . Guid e line s for d es ign ing and eva lu a ting surf ac e irr ig a tion s ys tems . Ir rig a tion and Dr a inag e. Pa per 45, Food and Agr ic u lture Orga n iz a tion of th e Un ited N a ti ons , Ro me I ta lia. Pp : 158 . W alker , W . R. Gu id elin es for d es ign ing and ev a lu a ting su rfa c e irr ig a tion s ys tems . Irrig a tion and Dr a inag e P ap er 45, Food and Agr icu ltur e Organ iza tion of th e Un ited N a tions , Ro me I ta lia.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 233

RAFAEL BAEZA; BENITO SALVATIERRA; JOSÉ GABRIEL LÓPEZ & PEDRO GALVILÁN

ASA E EP458 Eva lu a c ion es d e c a mpo en s is te ma s d e r iego lo ca lizado UN E 68072:1986 A sper sore s ro ta tivos . Requ is ito s g ene ra le s y mé todo s de ens ayo UN E 68 -072-86 (1986): Asp er sor es ro ta tivo s. Requ is itos g ener a les y mé to dos d e ens a yo. AE NOR, Spa in

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 234

CAM BI OS D E O CUPAC IÓN EN LAS SU PERF IC IES D E A GUA EN LA RAYA C ENTRA L IBÉR ICA

DR. D. JULÍAN MORA ALISEDA Universidad de Extremadura. Profesor Titular de Universidad. Cáceres, España. [email protected]

D. F R A N C I S C O J A V I E R J A R A Í Z C A B A N I L L A S Universidad de Extremadura. Becario de Investigación (FPU), Minister io de Educación. Cáceres, España. [email protected]

DR. D. JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO Universidad de Extremadura. Profesor Titular de Universidad. Mérida, España. [email protected]

R es um en En la co mun ica c ión se pr e tende a na liza r y c o mpr ende r c a mb io s en las s uperf ic ie d e agu a d e la Ra ya Cen tra l Ib ér ica , mo tiva dos por lo s r áp idos camb ios

qu e

v ien e

e xper ime n tando

la

e s tru c tur a

so ciod e mogr áf ic a

y

la

activ id ad e conó mi c a d e lo s e spa c ios tr ansf ron te r izo s, que s on impu lsado s por las nu ev as n ec es id ad es s oc io e conómic a s y po r la s c ar enc ía s d e l se c tor agr ar ío. E s te an á lis is s e lleva a c abo utiliza ndo d if eren tes técn ic as e s tad ís tica s b ás ic as ( med ias , corr e lac ion es , e tc.) y com p le j as ( téc n ic as d e c lu ster iz ac ión de da to s, r egr es ion es log ístic as , e tc .). An te e s to, dond e má s se v a a in c id ir en la inv es tig ac ión e s en la rep er cus ión de es tos c a mb ios que af ec ta n a la s s uperf ic ies d e agua , sobr e o tr as cob er tur as y o tro s u sos d e l sue lo , y e n la s mu d an za s qu e cons igu ien te , activ id ade s

todo e llo de

con llev a sobr e

tip if ica r,

d e limita r

s o c ioe conó mic a s

y

y

a gra r ía s,

lo s e cos is tema s . ca ra c ter iz ar y

de

la s

lo s

Se

tra ta , por

ef e c to s

d if er en te s

de

las

v ar iab les

g eof ís ic as, s obre la red h idrog ráf i ca y la s sup erf ic ies d e agu a d el te rritor io de Ex trema dura , A len tejo y Reg ión Cen tro. Pa la bra s c lav e: Ra ya Cen tra l Ibér ica , u sos d e l sue lo, s uperf ic ies d e agua, camb ios, mod e los e s tadís tico s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 236

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

I . Int rod ucc ión L a f in a lidad ú ltima de la co munic a c ión, como ya s e h a co me n tado, es co mpr ende r e l i mp a c to d e las a c tivid ade s econó mic a s y del me d io f ís ic o sobre el terr itor io, má s concre ta me n te sobr e lo s e spa c io s o cup ado s por la s nuev as s uperf ic ie de agu a, y lo s ef ec to s d e l c a mb io so c io -d e mogr áf ico y te rr itor ia l mo tiv ado por e s to, pres tando una e sp ec ia l a ten c ión a las nu ev as e s tru c tur as esp acia les , la evo luc ión de los uso s d e l sue lo y a las r epe rcu s ion es imp líc ita s en las tran sfor ma c ione s s e h a yan produ c ido. P ar a e llo, e l e s tud io s e c en tr ar á fund a me n ta lme n te en tr a ta r d e c ar ac teriz ar los ca mb ios d e cober tur as y u sos d e l su e lo e n g en era l, y en explic ar las mo d if ic ac ion es en e l te rr itor io d eb ido a l d esa rro llo de nu eva s sup erf ic ies d e agua, y d efin ir lo s pos ib le s efe c to s de l c a mb io sobr e lo s s is te ma s u rbano, agr íco la, for es ta l y sobr e lo s eco s is te ma s y su d iv ers id ad bio lóg ica . Se

utiliz ará n

p ar a

ello

té cn ic as

de

aná lis is

mu ltiva r ian te,

nue vas

meto do log ías de an á lis is d e d a to s co mo e l a ná lis is c lus ter, regr es ion es log ís tic as (mo d e los line a les g enera liz ados ) y c ar togr af ía d e uso s de l sue lo elabor ad a a p ar tir d e imá g e ne s de s a té lite . La s fu en tes d e infor ma c ión ser án : las es tad ís tic a s of ic ia les produ c idas por e l Ins titu to N a c ion a l d e E s tad ís tic a de E sp aña y/o In s titu to Nac iona l de Es ta tís tica de Po r tuga l , qu e s e en cue n tran en los d ife ren te s c enso s su sc ep tib le s d e inco rpora c ión a l mod e lo y d es agr egad a a es cala munic ipa l;

y la in terp re tac ión de lo s d a tos d e l P rogra ma CO RIN E

( Coord in a ted Infor ma tion on the Europ ean Env iron me n t Progr a m) que o fre c e e l Cen tro N ac ion a l d e Infor ma c ión G eogr áf ica ( Min is ter io de Fo me n to de E sp aña) y el Ins titu to G eográ fico Po r tugu ês ( M in is tér io do Amb ien te , do O rdenam en to do Terr itó r io e do De sen vo lv im en to R eg iona l ) . E s imp or tante d es tac ar qu e los anális is que s e pr e tend en llev ar a ca bo tendrán c o mo un id a d ad min is tr a tiva de anális is e l mu n ic ip io, por lo que el vo lu me n de infor ma c ión se rá cons id er ab le. No e s n ingun a nov ed ad e l in ten tar cre ar un a c ar togr af ía que r ef leje los u sos d e l suelo. Por todos e s conoc ido e l Mapa de Cu ltivos y Aprov e chamie n tos d e Esp añ a qu e surg ió c o mo r esu lta do d e l r esp ec tivo proye c to aborda do en su mo men to por e l Min is ter io d e Agr icu ltur a. P es e a esto, lo que r ea lme n te in teres a y e s la apor ta c ión novedo sa, no es e x c lus iv a me n te la cobe r tur a d e l s uelo o e l u so d e l mis mo c o mo tal, s ino e l se gu imie nto , la exp lic a ción y las r epercu s ione s d e lo s c amb io s qu e en e l mis mo s e e s tán produ c iendo .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 237

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

En e s ta lín ea e s pr ec is a me n te e n la que s urge la ide a de h a cer un s egu imie n to de la evo lu c ión d e u so s d e l su elo me d ian te la obs erv ac ión por s atélite . Idea qu e s e p las ma e n e l progr a ma europ eo CO RINE , de s tinado a cr ear un a h err a mie n ta par a la to ma d e d ec is ione s e n ma te r ia d e g es tión d e l me d io amb ien te y los r ecur sos n a tur a le s en Europ a. Co mo obj e tivos con cr etos de l aná lis is d e los c a mb ios d e c ober tu ra y uso d el sue lo y los f ac to re s cond ic ionan tes de e s tos ca mb ios en e l ár e a d e e s tud io s e d eb en subr a ya r : 1. Ob tener

infor ma c ión

d e ta llada

y

a c tu a liz ada

de

lo s

c a mb ios

de

c ober tu ra y uso d e l su e lo en e l á re a el e stud io, concr e ta me n te la s s uperf ic ies d e agu a, s u d is tr ibuc ión, su evo lu c ión y s us d ifer ente s d e tonan tes . 2. Cr ear , g e s tion ar, an a liz ar e in terpr e tar un a a mp lia bas e de d a tos te rr itor ia le s, so c ioe conó mic os y amb ie n tale s. 3. Op timiz a r el an á lis is e in terpr e ta c ión d e lo s r eg is tros h is tór icos . 4. G ener ar c artogr af í a te má tic a d e r esu ltados. Son mu y impor tan te s tamb ié n lo s obj e tivos me todo lóg icos d e la inv es tig ac ión : 1. U tilizar e imp le me n ta r nu ev as te cno log ías como s on e l an á lis is c lus te r, los mod e los lin ea les g ener a lizado s y lo s S is te ma s de Info r ma ción G eográ f ic a ( SIG) para la g enera c ión de un a car togr af ía te má tic a f ác ilme n te in terpr e tab le. 2. G es tion ar de ma n er a ef ica z los imp a c tos g en erado s por la d in á mic a te rr itor ia l tra nsfron ter iza d e la Ra ya Cen tra l Ibé r ic a : la econo mía y las a c tiv id ade s produ c tiva s; la soc ied ad ; e l m e d io a mb ie n te y e l p a tr imonio c u ltura l; la e s tru c tur a te rr itor ia l, e tc . 3. Ob serv ar lo s re su ltado s der iv ado s de lo s c a mb ios e n e l mo de lo s oc io económic o y d emo gr áf ico d e las tr es reg ion e s tr ansf ron ter iz a s imp lic ad a s e n e l es tud io : Ex tr e ma dur a, A len tejo y Reg ió n Cen tro en la s s uperf ic ies d e agua .

I I. Ár ea de e st ud io A pe sa r d e la ind ef in ición de l conc ep to de fron tera y su a lc an ce e spa c ia l, s obre los qu e no ha y un an imid ad n i un ic id ad e n e l uso qu e d e lo s mis mo s se h ace, s e ha op tado por e s tud iar lo s c a mb ios d e c obe r tura de la s super fic ie s de

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 238

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

agua en e l te rr itor io qu e co mp r end e a la s do s prov incia s d e Ex tre ma d ura ( Cácer es y Ba dajo z) y a los c inc o d is tr ito s por tugu es es fron ter izos con la r eg ión esp año la (Gu arda , Cas te lo Br anco , Po r tale gre , Évora y Bej a). S i b ien en e l c a so esp año l, la s do s prov in cia s pe r ten ec en a la mis ma r eg ión, no su ced e lo mi s mo en e l ca so luso . Mie n tra s que do s d e lo s d is tr itos p er ten e cen a la Reg ión Cen tro (Gu arda y Ca s te lo Bra nco) , los tr es má s mer id ion a les for ma n par te d e la reg ión d e A len tejo ( Por tale gre , Évor a y Beja) . L a lo c a liz a ción d e las prov in c ia s y d is tr itos pue de apr e c iars e en la F igur a 1. E s te esp ac io tr an sfron te r izo s e h a d eno min ado po r d ive rso s auto re s c o mo Raya Cen tr al Ib ér ica ( Ca mp e s ino Fe rnánd e z, Lóp ez Tr ig a l, Mor a A lised a, e tc.), y por lo tanto, es ta es la def in ic ión qu e s e e mp le a en e l artíc u lo. No ob stan te h ay qu e subr a ya qu e lo s límite s de e s te e spa c io os c ila d e uno s au tor es a o tro s, aunque la es en c ia te rr itor ia l p erdura en todo e llos .

Figura 1. Provincias y/o distritos del área de estudio.

Fuente: Elaboración propia.

En cuando al me d io fís ic o o n a tur al, conc re ta me n te la orogr af ía, e l espa c io tr ansf ron teriz o d e la Raya Cen tra l Ib ér ic a puede d ec irs e que v iene d ef in ido po r tr es asp e c to s funda me n ta le s : e l e sp ac io mo n tañoso que supon e el S is te ma

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 239

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

Cen tra l en Ex tre ma dura y su pro long ac ión en Po rtug a l a tr avé s d e la S er ra da Ma lca ta y la Se rra da E s tr e la ; las gr and es p en illanura s ta n to en Ex tr e ma dura ( Pen illanura Cá c er ena o La Ser ena ) con en e l ter r itor io lu so ( P en illanura A len te jana ); y las dos gr ande s cu en ca h idrográ f ic a de lo s r íos T ajo o T e jo y Gu ad ian a. En la F igur a 2 , se mu e s tr a un ma p a con lo s e spa c io s má s r epr es en ta tivo s de l me dio f ís ico r a ya no. Po r ú ltimo, ta n só lo co me n tar d e la Ra ya Ce n tra l Ibé r ic a , co mo es pa cio p er ten e c ien te a tr es r eg ion es Obj e tivo 1 de la UE , que l o s fondo s e stru c tura les y de cohe s ión que se ap lican p ara c orr eg ir lo s de s equ ilib rios terr itor ia le s han alter ado con sid er ab le me n te es te e sp ac io . Es ta z ona qu e se an a liza e s obj e to de un a po lítica c o mun itar ia qu e la v ien e ca si c onf igur ando d e sde la óp tica s ocio económic a a tr avé s d e in ic iativ as co mo IN TE RREG , y e s tá pos ib ilitando la cre a c ión d e infr ae s tru c tura s y equ ip a mien tos de todo tipo, que in f lu yen en s u fun c iona lidad y pe r me ab ilid ad, y e n la a lter a c ión d e las d if er entes cober tu ra s de l su e lo.

Figura 2. Medio físico de la Raya Central Ibérica.

Fuente: Consortium for Spatial Information (CGIAR -CSI), NASA Shuttle Radar Topographic Mission (SRTM). Elaboración propia.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 240

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

I I I. Estado d e l a rt e D if er en te s es tud io s h an tr a tado e l tema d e la s din á mic a s terr itor ia le s y s us r epercu s ione s sob re lo s c a mb io s de uso d e l su elo en esp a c io s f ron ter izo s d esde v ar ias per spe c tiv as : d esd e aqu e llos qu e h an e s tud iado e l c amb io d e mogr áf ico y la d iná mic a te rr itor ia l d e for ma ge nér ic a, h asta los qu e h an inve s tig ado con ma yo r p rofund id ad los ca mb ios de us os d e l sue lo y los imp ac tos a mb ienta le s. En e l ar tícu lo, co mo s e a c aba d e co me nta r, s e an aliz an la s nu eva s d in ámic a s te rr itor ia le s y s us r epe rcu s ion es s obre lo s us os d e l su elo. Más concr e ta me n te, e s te e stud io abo rda los ca mb io s d e las sup erf ic ie s de agua en los mun ic ipios y con c elhos d e la Ra ya Cen tra l Ib ér ica , tr a tando d e d ilu c idar , en ú ltima in stan c ia que v ar iab le s indep end ien tes (so c ioe cono mic a s , agr ar ías, d e ac ce s ib ilid ad o f ísic a s) inf luye n en la s mu d an za s qu e afe c ta n

a la

men cionad a cob er tur a. E l ár e a d e e s tud io d e e s te ar tícu lo, e s un espa c io tran sfron ter izo ma rg in a l d el suroe s te e urop eo con un a p e cu lia r idad e s soc ia les , econó mic a s, a mb ien ta les y cu ltur a le s co mun es , qu e h an s ido a bordad a s por d ifer en tes inve s tig ador e s . En la a c tualid ad, por pr ime r a ve z en mu cho tie mp o, E spa ña y Por tug a l h an emp r end ido un a aven tur a conjun ta que ha favor ec ido e l a bandono d e v iejos r ecelo s y do ta a la s re la c ione s po lítica s, soc ia les y e conó mic a s de un a lto gr ado d e coop era c ión. A mb os pa í s e s tr a tan d e d e mos tra r su cap a cid ad p ara enfr en tar s e s olid ar ia me n te a lo s prob le ma s s imila r e s , e in c luso co mun es, que les af e c tan (Cab ero D iégu ez , 1997). Re sp ec to a la s itua c ión de tod a la Ra ya Centr a l Ibé r ic a, en e l in te rior p en insu lar, a l f ac tor de le j an ía y de va c ío d e mogr áf ico s e s u ma la d ebilid ad de nú cleo s urba nos y se miurb anos , qu e ap en as s i mu e s tr an un co mporta mie n to v erdad er a me n te u rbano ( Ca mp es ino F ern ánd ez , 1997) . El for ta lec imie n to de algunos

eje s

co merc ia les,

de

comu n ic ac ión

supondría

un a

jun to

con

lo s

nu evo s

d e se s truc tura c ión

de

co mp or ta m ie n tos la s

r e lac ione s

s ocio económic a s e n el in te r ior tr ansf ron ter iz o. E l es ce nar io as í a na lizado top ar ía

con

gr ave s

d if icu ltad es

pa ra

lleva r

a

cabo

una

ord en ac ión

y

p lan if ic a c ión terr itor ia l c apa z d e sup era r las c ar enc ia s ex iste n te s. S egún e l prof esor Ro cha Med e iro s (2008) , cad a ve z me no s s en tido h ac er lectur a s e s tr ic ta me n te n ac ion a le s d e los s is tema s u rbanos y tr a ta de c onoc er s i el d es af ío exp re sado en e l p r ime r INT ERREG -A , con su s obje tivos de

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 241

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

con tr ibu ir pa ra la f ij ac ión d e la pob lac ión y el c re c imie n to ord enado s d e los cen tro s urba nos de dime ns ión me d ia c on importa nc ia tr an sfron ter iza , h an sido alcan zado s. A s í, pr e tende ver ific ar si e l p roc eso d e tran s ic ión d e un mod e lo de cen tro s urba nos do mina n te s h a c ia una r ed má s equilib rad a y po licén tr ica se es tá produ cie ndo o no. L a Ra ya Ce n tr a l Ib ér ic a (Ro ch a Med e iros , 2008) pr es en ta pue s a lgun as po tenc ia lidad es mo rfo lóg ica s. Es ta pr e c is ar ía r efor za r las r e la c ione s (f lujo s, r ede s, coope ra c ión) entr e la s c iuda de s, p a r a qu e s ea po sib le tran sfor ma r un s is te ma urb ano exce s iv a me n te mo no c én tr ico en o tro más equ ilibr ado y po licé n tr ico . E l es tud io d e las cau sa s, lo s pro ce so s y las con se cuen c ias d e l c a mb io de l u so y la cob er tur a d e l s ue lo es uno de lo s p r in c ipa les tópic os d e inv es tig a ción cuando s e abord an proble ma s r e la cion ados con e l c a mb io amb ie n tal g lob a l. La mo d if ic ac ión de l uso de l sue lo d ebido a las a ctiv id ade s huma n a s ha provo cado un a p érd ida g ener a liza da de la b iod iv ers ida d mund ia l, ha de senc ad enado pro cesos gr ave s

d e d egrad a c ión a mb ie n ta l y h a con tr ibu ido de ma n e ra

s ign if ic a tiva a l ca mb io c limá tico a sí co mo a l c ale n ta mie n to g lob a l d e l p lane ta. D icen Irw in y G e oghega n en 2001 qu e las cu estion es de c amb io de uso d e l s uelo y camb io en la c ober tu ra de l su e lo han a tra íd o e l in teré s d e un a gran v ar ied ad d e inv es tig ador es pr eo cup ados por la mo de liz ación d e la conv ersión esp acia l y te mp or a l de los p atrone s d e l su e lo y por la c o mpr ens ión d e la s cau sas y con se cuen c ias de es to s c amb io s. En tre es to s, g eógr afos y c ien tíf icos exp er to s en c ie nc ias na tura le s, h an to ma do la d e lan ter a e n e l de sarro llo de mo d elos e spa c ia lme n te e xp líc ito s de c a mb io d e u so d e l suelo a una es ca la mu y d es agr egad a (por ej e mplo, p arce las ind iv idua les d e tierr a o c e ld as de p a is aje ). Un s ign if ica tivo p rogre so se h a h echo en la adqu is ic ión de se r ie s de d a tos esp acia les d e s ensor e s r e mo to s (por eje mp lo, imá g enes d e sa té lite de la cober tu ra

del

su e lo) ,

en

la

con cep tu a liz ac ión

de

lo s

pro ce sos

b ás icos

g eográ f ico s y a mb ie n tale s qu e es tán aso c iado s c on e l c a mb io d e us o d e l su e lo, y en e l d es arro llo d e mod e los esp ac ia les qu e en caj en con e l p roc eso es pa c ia l d e camb io d e su e lo r azon ab le me n te b ie n. V erburg et a l. (2006) cr ean es c enar io s de ca mb ios d e uso d el su elo p ara co mpr ende r la d iná mic a d e los pa is aj es en todo e l te r r itorio europ eo. Jun to a los mo d e los y e s c en ar ios , es e l h echo d e cubr ir todo e l terr itor io europ eo p ar a d ar un a v is ión g lob a l, lo má s imp or tan te que apor ta es te tr abajo . Lo s a u tor es

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 242

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

s eñ alan que la d if er en c ia ob serva da en tr e la exp lo tación d e lo s n iv e le s e uropeo s de los fu turo s c a mb io s e n e l área a gr íco la y la e va lua c ión d e imp actos en e l pa isaj e de c aso s lo cale s, p id e p la n te a mie n tos de r edu cc ión d e la es cala qu e un a lo s n ive le s d e d esa rro llo europ eos con los n iv e le s d e i mp a c to d el pa is aje . P or lo tan to, pa r a V erburg e t a l. (2006), la redu cc ión d e la e s ca la es esen c ial p ara c ap tur ar ad ecu ad ame n te la enor me v ar iabilid ad de pais aj es que ex is ten a lo la rgo d e Europ a. E l ab andono d e l su e lo a gr íco la e s uno de lo s pr in c ipa les c a mb io s de uso d el sue lo en e l Med ite rrá neo . Par a mitig a r la ero s ión d e l su e lo abandon ado, e s n eces ar io ide n tif ic ar lug are s qu e son vu ln er able s a la e ros ión c o mo re su ltado d el ab andono. Pue s b ien L e ss chen e t a l. (2007), id en tif ican áre a vu lne rab le s a la ero s ión b ajo d if er en tes e s cen ar io s d e a b andono de l su e lo en e l s ure s te de E sp aña . E s to s au tore s ind ican que un a d e la s c on se cuenc ia s a mb ienta le s d e l abandono de l su e lo e s la degr ad ac ión d e l su e lo y e sp ec íf ica me n te la ero s ión de r egueros. Se ña lan qu e r ec ien tes e stud ios ind ica n qu e la e ro sión de r egu eros es uno d e los pr in c ipa les pro ce sos ero sivo s en té r mino s de p érd id a de s ue lo y produ cc ión d e sed ime n to s. Por cons igu ien te, se cons id er a que la eros ión en r eguero e s un impor tante p roc eso d e d egr ada ción de l sue lo, y es to s re guero s for man e fe ctiv as c on exion es par a tr ansf er ir lo s sed ime n to s d esd e las tie rras altas a lo s fondo s de l va lle y can a le s p er ma n ente s. D e Ar an zába l e t a l. (2008) llev arón a c abo un e s tud io d e mo d e liza c ión d e los ca mb ios en los p a is aje s, de r ivado d e la d in á mic a d e los s is te ma s s ocio económic o s . Más con cr e ta me n te s e c en tr an en e l an á lis is de p a is aj es s emiár ido s me d ite rrán eo s. S egún lo s au tor es , e l pa isaj e cu ltur a l c a mb ia porque la pob la c ión qu e lo cr eó y lo ha ma n ten ido h is tór ic ame n te e s tá ta mb ié n mo d if ic ando

su

s is tema

s o c io econó mi c o.

Las

e s tru c tur as

terr itor ia le s

y

s ocio económic a s ma n tie nen una in tera c c ión c ons tan te y r e c iproc a. A s í, lo s pro cesos soc ioe conó mic os son la pr in c ipa l c aus a d e los c amb io s en los uso s del s uelo que , b ás ica me n te, d e ter min an la es tru c tur a, la fun ción y la d iná mic a de es to s p a is aje s, por lo ta n to lo s c amb io s en la e s tru c tura y proc e sos s oc ia les llevan a una a lter ac ión d e l a mb iente . D e Aranz áb a l et a l. (2008) , e s tud ian la r elación en tr e la es tru ctur a de l p a is aj e y la so c ioe cono mía sub yac ente . P ar a es to se e mp l ean mod elos nu mé r ic os qu e rela c ion an a sp ec to s e co lóg icos y

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 243

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

s ocio - cu ltura le s qu e pe r mite n pre de c ir nuevo s tipo s d e p a is aj e par a un es cen ar io da do es tab le cie ndo ca mb io s so c io econó mic os . S err a e t a l. ( 2008) d esa rro llan un a ná lis is e spe c ia l ap lic ado a d e ter m in ar las pr inc ip ale s fue rz as c au san te s de lo s ca mb io s d e cobe rtur a y uso d e l suelo en una reg ión me d iterrá ne a. Par a e llo u tiliz aron tr es h erra mie n ta s d if er en te s con el objeto de d if ere nc iar los c a mb ios de cob er tur a y uso d e l su e lo, los f acto re s cond ic ionan tes y la s d in ámic a s de l pa is aje . Los c a mb ios de c ober tura y u so d e l su e lo fu eron c u an tif ic ado s con té cnic a s d e sens ore s r e mo to s; los f acto re s cond ic ionan tes se ana liza ron con re gre s ion es log ís tic as mú ltip les co mb in ando v ar iab le s biof ís ic as y hu ma n as ; mie n t ra s qu e la s d in á mic a s d e los p ais aje s fu eron cu an tif ic ad as us ando d if er en tes me tr ic as . E s mu y in te re s an te d es ta ca r ta mbié n e l tr aba jo d e Dendon cker e t a l. (2007) , en e l c ua l lo s a u tore s pr e se n tan un aná lis is esp acia lme n te exp líc ito de cor te

tran sv ers a l

de

los

f ac tor es

que

cond ic ionan

lo s

uso s

de l

su e lo,

concr e ta me n te en Bé lg ica . Mu estr an ad e má s qu e los mo d e los log ís ticos r egr es ivo s id en tif ic an te nd enc ias o r e la c ion es glob a les e n tre los f a c tor es s ocio económic o s o f ís ic o -c limá tic o s y la prec is a lo ca liza c ión de c ad a tipo de u so de l su e lo.

I V. Mat e r ia l y m étodos T ra s la le c tur a de un a ex tens a b ib liogr af ia a l re sp ec to , y tr as la e le cc ión de un a s er ie d e var iab les indep end ie n te s ya prob ada s en o tro s e s tud ios muy s imila r e s (co mo se h a expu es to) , s e r ea lizan d ete r min ados a ná lis is es ta d ís ticos en bu sc a de corr e lac ion es o redund anc ias . Un a v e z d epur ada s la s v ar iab le s, v is to lo s r es ultado s d e un pr ime r an á lis is mu nic ipa l, p ar a ver la idone idad de las mis ma s , s e pro ced e a l es tud io d e la s cob er tur as y u so s d e l su e l o, con su o cupa c ión ac tua l y su evo lu c ión en e l tie mpo. E s tas v ar iab les so c ioec onó mic a s, a gr íco la s, d e a cc es ib ilid ad y fís ic as (u tilizad as p ara e l anális is de c ara c ter iza c ión de l á re a de es tud io , y que por f alta d e espa c io no s e pu ede expon er en e s ta c o m un ica c ión) son las qu e en e l mo d elo lin ea l g ener a liza do, se e mp le an co mo va r iab le s inde pend ien te s p ar a dar r espu es ta a los c a mb io s d e las sup erf ic ies d e agu a. E l es tud io d e la cober tur a de las sup erf ic ie s de agu a, s e lle va a c abo con un a s er ie de d if er en tes an á lis is ind epend ien tes : en pr ime r luga r un a ná lis is

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 244

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

g lob al de la Ra ya Cen tra l Ib ér ic a ; a c ontinu a ción, s e expon en los prin c ipa les in terca mb ios de cob er tur as d e sde 1990 a 2000 ; se f ina liz a con e l tra ta mie n to d el ca mb io n e to de la s s uperf ic ie de agu a en e l mis mo p er iodo d e tie mpo. Todo es to mu es tra la re a lidad de la Ra ya Cen tra l Ibé r ic a en cu an to a la s sup erf ic ie s d e agu a y la o cup ac ión y los camb io s que a fe c ta a esta cob er tura en e l in terva lo temp or a l co me n tado . Co mo lo que se pr e tende , en ú ltima ins tanc ia, e s ve r qu é h a mo tivado e sos camb ios de c ober tu ra y uso de l sue lo ( c ir cunsta nc ias so c ia le s o e conó mc a s, o asp ecto s me d io a mb ientale s o geo f ísic os) , s e aplic a a la v ar iab le d epend ien te qu e es los c a mb ios de c ob er t ur a d e las sup erf ic ies de agu a, un a regr es ión log ís tic a.

Po r

con s igu ien te ,

pa ra

c onoc er

qu e

v ar ia b le s

ind ep end ien tes

( socio e conómic a s y f ís ic a s) mo tiva n qu e la s uperf ic ie d e agua aume n te o d is min u ya su sup erf ic ie de 1990 a 2000, deb e re a lizar s e un a op er ac i ón o un mo d elo lin ea l g ener a liza do ( G LM, d e su no mbre en ing lés).

V I.1. Aná lis is so cio e conó m ico y t er r ito r ia l L a me todo log ía s eguid a p ar a e ste p rime r a ná lis is soc ioe conó mic o y terr itor ia l, qu e pued e e n tend er se c o mo e s tud io pr e limin ar d e l ár e a de e s tudio p ara su co mpr ens ión y la corr e c ta se le c ción d e la s va r iab les ind epend ie n te s fue s en cilla . P ar a la s ele cción d e la s va r iab le s inde pend ien te s d e en tr ad a, s e tuvo en cu en ta la b ib liogr afía con su ltad a, y los po sib le s c aso s d e co rrela c ion es y r edundan c ias qu e p u edie ran d ars e. T a mb ién se d ec id ió qu e se r ea liz ar ía un mer o an á lisis de s cr ip tivo d e l ár ea d e es tud io, par a qu e e s to s conocimie n tos s ocio económic o s

y f ís ic as , a yuda r

a

la

co mpr en s ión

de

lo s fe nó me nos

acaecido s en e l tie mpo a es tud iar. En es te e s tud io, tr as la e limin a c ión de un a ser ie d e var iab le s que ofr ec ían d iv erson

prob le ma s

de

co lin ealid ad,

cor re la c ión

o

inc lu so

f a lta

de

ho mog en e ida d, se e mp learon 30 v ar iab le s d e en trad a, la s cu a le s pu eden apreciars e en la Tab la 1.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 245

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

L a infor ma c ión a lfanu mé r ic a u sa d a e n e s te pr ime r a ná lis is s e h a ob ten ido d e d iv ers a s fuen tes , en func ión de grupo d e va r iab le s a la qu e s e p er tene z ca . A cto s egu ido se expon en las fu en tes de infor ma c ión s egún e l tipo s e va r iab le s : 

V ar iab le s so c ioe conó mic a s : 



In s titu to N ac iona l de Esta d ís t ica de E sp aña : o

Cen so d e Pob lac ión y Viv ienda (1991 y 2001).

o

P adrón Munic ipa l de H ab itan te s (v ar io s años) .

In s titu to Nac iona l d e Es ta tís tica de Por tuga l : o

R e cen s eamen to da Popu la ção e da Hab ita ção (1991 y 2001).

o 

V ar iab le s agr íco la s : 

In s titu to N ac iona l de Esta d ís tica de E sp aña : o



Cen so Agr ar io (1989 y 1999).

In s titu to Nac iona l d e Es ta tís tica de Por tuga l : o



Anuá r io Es ta tís tico d e Po r tuga l (va r ios año s).

R e cen s eamen to G era l da Agr icu ltura (1989 -1999).

V ar iab le s de ac c es ib ilid ad : 

Min is ter io de Fo me n to de E sp aña : o



Map a d e Trá f ico 2006.

Gab in e te de E s tudo s e P laneam en to,

M in is té r io da s Obras

Púb lica s, Tr anspo r te s e Hab ita ção : o 

Da to s de T rá fego .

V ar iab le s f ís ic as y d e l me d io n a tura l: 

Conso r tium for Spa tial In forma tion (CGIA R - CSI ), NAS A Shu ttle Rada r Topog r aphic M iss ion (SR TM) .



S erv ic io Mete oro lóg ico d e l Min is terio d e D ef ens a d e Esp aña .

L a infor ma c ión de cad a uno de los Censo s y d el re s to d e fuen te s, s e conso lid aba e n una hoj a d e Exc e l qu e pos terior me n te p as ab a a un a b a se de d atos d e A cc e ss .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 246

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

Tabla 1. Variables empleadas en el análisis de caracterización del área de estudio. Variables empleadas en el análisis de caracterización del área de estudio Número 1

Grupo Socio-economía

Variables Población total

2

Crecimiento poblacional medio anual de 1991-2001

3

Tasa de natalidad

4

Tasa de mortalidad

5

Edad media

6

Tasa de juventud

7

Tasa de envejecimiento

8

Indice de dependencia

9

Población con estudios superiores

10

Tasa de actividad

11

Población empleada en el sector primario

12

Población empleada en el sector secundario

13

Población empleada en el sector servicios

14

Agricultura

Densidad de ganado bovino

15

Densidad de ganado ovino

16

Densidad de ganado caprino

17

Densidad de ganado porcino

18

Densidad de maquinaría agrícola

19

Titulares de las explotaciones agrarias con menos de 34 años

20

Titulares de las explotaciones agrarias con entre 35 y 54 años

21

Titulares de las explotaciones agrarias con más de 65 años

22

Accesibilidad

Población potencial a 30 minutos

23

Tiempo mínimo de acceso a los centro de actividad de la Península

24

Tiempo mínimo de acceso a los centro de actividad de la Raya Central Ibérica

25

Distancia a las vías de comunicación de gran calidad y capacidad

26

Medio físico

Superficie del municipio bajo alguna figura de protección

27

Altitud media

28

Pendiente media

29

Precipitación media anual

30

Temperatura media anual

Fuente: Elaboración propia.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 247

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

O cupa c ión y camb ios de cobe r tu ra y uso de l su e lo: la s sup erf ic ies d e ag ua P ar a e l e s tud io de la o cup ac ión y lo s ca mb ios d e cobe r tura y uso d el s uelo s e h an e mp le ado lo s da to s apor tados po r e l P rogr a ma CORIN E. E s te progr a ma s e in ic ia en vir tud d e una de c is ión de l Cons ejo de Min is tros de la Un ión Eu rope a (CE /338 /85 ), p as ando en 1995 a s er r espon sabilid ad d e la Agen c ia Eu rope a

de

Med ioamb ie n te

(AE MA ).

Su

f ina lid ad

es

la

c re a c ión

y

actu aliz a c ión p er ma n ente d e un a ba s e d e d a tos sob re los u sos d e l su e lo d el terr itor io europ eo. E s ta ba s e de d ato s h a sido r e co nocid a co mo un a r efe ren c ia p ara e l aná lis is esp acia l

y

te rr itor ial,

med io a mb ien ta le s

c a si

una

fu en te

de

imp r e sc ind ib le

info r ma c ión

par a

la

en

adopc ión

aplic a c ione s de

po lítica s

equ ilibrad as y a c orde s c on la coh es ión ter r itoria l y la so s te n ib ilidad de n tro d e la UE. Es la ún ica b as e d e da to s of ic ia l qu e ex is te h as ta ahor a en tod a la Unión Eu rope a a un n iv e l tan ho mog én eo. E l Ins titu to G eográ f ico N ac ion a l (IGN ), Ce n tro Na c ion a l de Infor ma c ión G eográ f ic a ( CNIG) - Min is ter io d e Fo me n to d e Esp añ a Amb ien te

(IA)

e

In stitu to

Geog ráfico

Por tugu ê s

y e l Institu to do

(IGP )

-M in isté r io

do

Amb ien te, do O rd enam en to do T e rr itór io e do De sen vo lv im en to R e g ional Po r tugu ês - fu eron los en carg ado s, e n tre 1987 y 1991, de coord in ar la e je cu ción d el CO RINE L and Cove r 1990 ( CL C 90), bajo la sup ervis ión d e la Co mis ión Eu rope a. L a Ag en c ia Europ ea de Med io A mbie n te inic ió a f in a les de los años nov en ta una a c tua liza c ión con e l obj e to de prov eer la infor ma c ión n ece s ar ia y opor tun a par a la ob tención de lo s ind icador e s d e c a mb ios e n la s tend en c ia s de o cupa c ión de l su e lo. E l nuevo pro yec to tenía dos co mpon en te s prin c ipa les inte rcon e c tada s, la pr imer a de e lla s, I ma ge 2000, que a bar c a la s a c tiv id ade s r e la c ion adas con la adqu is ic ión de imá gene s de s a té lite d e tod a Eu ropa , la or torr e c tif ica c ión y la produ cc ión d e un mo sa ico n ac ion a l y europ eo de imá g e ne s ; la s egund a, CO RINE

L and

Cover

2000

(CL C

2000),

co mpr end ía

la s

ac tiv idad es

r elacion adas con la e labor a c ión de un ma pa CO RINE y la d ete c c ión e in terpr e ta c ión d e los ca mb ios en la cob er tur a d e l su e l o e n e l p er iodo 1990 2000. Co mo ya se ha co men tado, en es te e s tud io de la s sup erf ic ie s de agua , s e ha llevado a ca bo tr e s aná lis is ind epe nd ien tes : el pr ime ro, un an á lis is ge ner a l de

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 248

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

la o cupa c ión d e l su e lo e n la Ra ya Cen tra l Ibé ric a ; en e l s egundo s e expon en los pr in cipa les in terc a mb ios d e cob er tur a d e l su e lo de N iv e l 1 de l pro yec to CLC, en lo s que in terv ien e la cob er tur a de la s sup erfic ie d e agu a; y e l terc ero e s un anális is d e l c a mb io neto d e la sup erf ic ie d e a gua a con te c ido en e l á r ea de es tud io en e l p e r iodo d e tie mpo e s tud iado. En la T ab la 2 , pu eden v ers e las d if er en te s c ober tu ra s d e l sue lo qu e of re c e e l pro ye c to CL C par a los tr es pr in cipa les n iv e les, es de c ir , pa ra los tres tipos de d es agr eg ac ión má s imp or tan tes.

Tabla 2. Variables empleadas en el análisis de caracterización del área de estudio. NIVEL 1 1. Superficies artificiales

NIVEL 2 1.1. Zonas Urbanas

NIVEL 3 1.1.1. Tejido urbano continuo 1.1.2. Tejido urbano discontinuo

1.2. Zonas industriales, comercial y de construcción

1.2.1. Zonas industriales o comerciales 1.2.2. Redes viarias, ferroviarias y terrenos asociados ferroviarios 1.2.3. Zonas portuarias 1.2.4. Aeropuertos

1.3. Zonas de extracción minera, vertederos y en contrucción

1.3.1. Zonas de extracción minera 1.3.2. Escombreras y vertederos 1.3.3. Zonas en construcción

2. Zonas agrícolas

1.4. Zonas verdes artificiales, no agrícolas

1.4.1. Zonas verdes urbanas

2.1. Tierras de labor

2.1.1. Tierras de labor en secano

1.4.2. Instalaciones deportivas y recreativas

2.1.2. Terrenos regados permanentemente 2.1.3. Arrozales 2.2. Cultivos permanentes

2.2.1. Viñedos 2.2.2. Frutales 2.2.3. Olivares

2.3. Praderas

2.3.1. Praderas

2.4. Zonas agrícolas heterogéneas

2.4.1. Cultivos anuales asociados con cultivos permanentes 2.4.2. Mosaicos de cultivos 2.4.3. Terrenos principalmente agrícolas, pero con importantes espacios de vegetación natural 2.4.4. Sistemas agroforestales

3. Zonas forestales, vegetación natural y espacios abiertos

3.1. Bosques

3.1.1. Bosques de frondosas 3.1.2. Bosques de coníferas 3.1.3. Bosque mixto

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 249

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

3.2.1. Pastizales naturales

3.2. Espacios de vegetación arbustiva y/o herbácea

3.2.2. Landas y matorrales 3.2.3. Vegetación esclerófila 3.2.4. Matorral boscoso de transición 3.3. Espacios abiertos con poca o sin vegetación

3.3.1. Playas, dunas y arenales 3.3.2. Roquedo 3.3.3. Espacios con vegeración escasa 3.3.4. Zonas quemadas 3.3.5. Glaciares y nieves permanentes

4. Zonas húmedas

4.1. Zonas húmedas continentales

4.1.1. Humedales y zonas pantanosas 4.1.2. Turberas

4.2. Zonas húmedas litorales

4.2.1. Marismas 4.2.2. Salinas 4.2.3. Zonas llanas intermareales

5. Superficies de agua

5.1. Aguas continentales

5.1.1. Cursos de agua 5.1.2. Laminas de agua

5.2. Aguas marinas

5.2.1. Lagunas costeras 5.2.2. Estuarios 5.2.3. Mares y océanos

Fuente: Elaboración propia.

T ra s e l aná lis is g lob al de la o cup ac ión d el su e lo en la Ra ya Cen tr a l Ib ér ica , y qu e no s e expon e por falta d e esp ac io, e l s iguie n te , es ya a n iv e l mu n ic ip al. P ar a e l tr a ta mie n to d e los in te rc amb io s d e cob er tur a d e l s ue lo en tr e el año 1990 y 2000 , s e de ben s egu ir d if er en te s pa so s. E l pr ime r pa so e s c a lcu lar a n ive l

mu n ic ip a l la s uper ficie ocup ad a por

cad a uno de lo s uso s d e l sue lo pa ra e l N iv el 1 e mp le ado. A c to s egu ido, se tr atar d e v er, d en tro d e c a da mu n icip io / conc e lho , los in terc a mb ios d e c ober tura y uso d e l sue lo que se ha n produc ido entre un tipo de u so y o tro. Para e llo se r ealizaron un gr an núme r o d e op era c ion es c on e l S is te ma d e Infor ma c ión G eográ f ic a ( SIG) e mp le ado (A rcGI S) co mo de con su lta s e n Ac ce s s, la s cua les d aban co mo r esu ltado un v alo r par a c ad a uno de lo s mun icip ios (id en tif icados s iemp re por su Cód i go INE ). An tes d e las con su lta s opor tun as e n Ac c es s, s e r e a liz aron un a s er ie de op erac ion es c on d if er en tes fun c ion es qu e ofer ta e l S IG. En pr ime r lug ar hubo qu e emp le ar la fun c ión In ter se c t d e ArGI S. E s te an á lis is es pa c ia l cons is te en

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 250

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

la co mp u tac ión geo mé tr ica d e inte rs e cc ión e n tre do s ca pa s, en este c aso : camb ios d e u so d e l su e lo y mu n ic ipios . So lo aqu e llos ra sgos e n e l áre a c o mún d e amb as ca pa s se cons erv ar án en un a c apa de s a lid a. L a c a pa de entr ada en es te ca so es de pó lígono s ( ca mb ios de usos ), mie n tr a s u qu e la c a pa de in ters e cc ión deb e s er de po lígono s ( mun ic ip ios ). Lo s ra sgo s re su ltan te s en la cap a d e s a lid a s er án de la mis ma c la s e que lo s d e c ap a de e n trad a. Es d ec ir , la in ters e cc ión se ha c e po lígono - en-polígono. T ra s ob ten er es ta tab la, e l s i gu ien te p a so fue g ener ar un a nuev a co lumn a , en la qu e s e c a lcu la la sup erf ic ie d e c ad a un a de la s f ila s (r eg is tro s). E s d ec ir , s e tr a ta de cono c er la sup erf icie de c ada uno d e lo s reg is tros , o las in ters e cc ione s en tr e lo s d if er en tes c a mb ios d e u so d el su e l o en c ada mun ic ip io o con ce lho . A c to s egu ido es ta tab la s e imp or ta a A c ce ss , y con e lla , se re a lizan tod as las c onsu ltas ne c es ar ias pa ra la ob te nc ión d e los in ter c amb io s de cober tu ra de l su e lo a n iv e l mu n ic ipa l tan to e n v a lor es a bso lu to s c o mo en por cen taj e . L a s consu lta s re a lizad as fu eron las s igu ien te s : 

Consu lta 1 : P ar a r e a liz ar e s ta con sulta se ne c es itan la ta b la que s e ha imp or tado de l SI G y o tra ta b la en la qu e apar ez c a tan só lo la s upe rf ic ie d e cad a uno de lo s mu n ic ip ios o con ce lhos de la Ra ya Cen tra l. A tr avé s d e l g ener ador d e expr e sion es d e Acc e ss se e sta b le c e un a op era c ión c u yo obj e to e s mo strar lo s dif er en te s tipo s d e in ter ca mb io que s e d an en c ada mu n ic ip io y la supe rf ic ie d e los mis mo s .



Consu lta 2: En es ta cons ulta, qu e ya es d e r ef er enc ia s cru za d a s, tan sólo s e n ec es ita la ta b la qu e re su lta d e la pr ime r a con sulta y que a cab a mo s de exp lic ar. Con la consulta de re fere nc ias cru za da s se p re te nde ob ten er un a ta b la en la qu e s e mu es tre e l prome d io de sup erf ic ie mun ic ipa l afec tad a por c ad a uno d e los in t erc a mb ios d e cobe rtur as por lo s qu e se v ea afe c tado. L a tab la r e su ltan te de es ta s egunda c on su lta ya pu ed e expor tars e a ArcGI S

y r ealiz ar la d ife ren te c ar tog raf ía e n la qu e se mu e s tr an los in ter c amb io s de cober tu ra de l su e lo a n iv e l mun ip a l en la Ra ya Ce n tra l Ibéric a . P ar a la re a liz a c ión d el te rc er an ális is, a sab er, e l es tud io d e los ca mb ios n etos d e sup erf ic ie ( en e s te c aso c ober tu ra de agu a) a n iv e l mu n icip a l, s e n eces ita la ta b la f ina l ob ten ida tras la s d if er en tes op er ac ion es y con su ltas d e l anális is an te r ior. E s ta ta b la deb e e xpor ta rs e a E xc e l y, a llí, s e ejec u tan la s

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 251

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

d ir en te s op er ac ion e s e s ta d ís tica s r equ er ida s p ar a ob tener lo s c a mb io s n e tos de s uperf ic ie. Un a ve z en Ex c e l, la op era c ión a r ea liz ar con los v a lore s d e la tab la e s senc illa . T en iendo en cu en ta qu e son v ar io s lo s in terc a mb ios e n los qu e la supe rf ic ie d e agua s e ve af e cta da , ya se a c o mo cobertur a que s e p ierde o s e gan a a p ar tir d e o tr as cob er tur as (sup erf ic ie ar tif ic ial, zon a s agr íco la s o zonas fo re s ta le s), la func ión qu e d eb e g ene rar se e s la s igu ie n te : s e es tab lec e un s u mato r io en e l qu e, a la su ma d e todos los inte rc a mb io s d e cober tura e n los qu e s e g an a s upe rf ic ie d e agua , s e r es te la su ma d e todos aqu e llos f lujo s en los qu e la sup erf ic ie de agua s e p ierd e e n d e tr ime nto d e o tro s u sos. T ra s la ob te nc ión d e l c a mb io ne to d e la supe rf ic ie d e agu a entre el a ño 1990 y 2000, la tab la re su ltan te se imp or ta a Ar cGIS conv er tida a for ma to d Bas eIV p ar a su corr ec ta ma n ipu lac ión.

I V.3. Modelo linea l gen e ra liza do E l obj e tivo ú ltimo d e l tr abajo que s e pre s enta no e s tan só lo an a liz ar la o cupa c ión de la s sup erfic ie s de agua , los in ter ca mb ios d e cob er tur a en los qu e s e ven af ecta dos, o los ca mb ios n e tos de este u so en el per iodo de tie mpo tr atado . L a f in a lidad es ta mb ién , lle gar a conoc er cu á le s son los fa c tor es ( en for ma d e va r iab le s socio econó mic a s, agr ar ia s, d e a cc es ib ilid ad o ge of ís ic as) qu e cond ic ion an la s mod if ica c ione s qu e han p ade c ido las sup erf ic ies d e agua d esd e 1990 a 2000. T ra s e l uso d e d if er en tes técn ic a s y mo d e los e sta d ís ticos (SO MF, Mars ,…) s e d ec id ió e mp le ar la regr e s ión log ís tic a c o mo té cn ic a p ar a exp licar lo s camb ios de cob er tur a d e l su elo . Má s con cr eta me n te, lo que se u só fu e la fun ción G ene ra lized L ine ar Mod e ls (G LM) de l progr a ma e sta d ís tico R. R e s un s is tema pa ra la imp le me n ta c ión d e fun c iones e s tad ís tica s y la cr ea c ión de gr áf icos. En un s en tido má s a mp lio, R s e con s id era en s í mis mo un lengu aje d e progr a ma c ión con un conjun to d e pro ced imie ntos imp le me n tados qu e p er miten r ealizar tare a s esp e c ífic a s mu y div ers as , que v an d esde la a p lic ac ión de fun cione s es tad ís tic as a la gen er ación y re so luc ión de mú ltip les prob le má tic a s ( Cayue la, 2009). E l h echo d e cono c er qué es un a regr es ión , o qué es un ANOVA, en tre o tro s asp ecto s, son pr egun tas c lave s en la a p lica c ión d e mo delos lin e a le s p ara la r eso lu c ión de prob le ma s es tad is ticos ( Ca yu e la, 2009).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 252

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

E l an á lis is d e r egr es ión s e us a p ar a exp lic ar o mo de lar la r e la c ión e n tre un a v ar iab le con tinua Y , lla ma da v ar iab le re spu es ta o v ar iab le d epend ien te , y un a o má s v ar iab les c on tinuas X 1 , …. .X p , llama d a s va r ia b le s exp lic a tiv as o ind epend iente s. Cuando ha y má s de una var iab le r espu es ta Y, enton ce s e l anális is se deno min a r egre s ión mú ltip le mu ltiv ar iada . Cuando la s Y son to talmen te ind epend iente s en tre sí, en tonc es ha c er un a reg re s ión mú ltip le mu ltiv ar iada s er ía e l e quiv a len te a r ea liza r tan tas re gre s ion es mu ltip les un iv ar iad a s c o mo Y h a ya ( Ca yue la, 2009). . Lo s mod elos lin ea les se b as an en un a se r ie de supue s tos, a lgunos de los cuales pu ede n y deb en co mp robars e una ve z aju s tado el mo de lo . E s tos son: ind epend enc ia , line a lida d, nor ma lid ad y ho mo c ed as tic id ad. Pu e s b ien, en mu chas o ca s ion es, s in e mb argo, uno o var io s de e s tos s upues tos no s e cu mp le n. Por ejemp lo , en a lgún ca so con cre to pu es su ced er qu e a me did a qu e aume n ta la me d ia d e la mu e s tr a, au me n te ta mb ié n su v ar ian z a.

E s tos

proble ma s

se

pu eden

lleg ar

a

so lu c ionar

me d ian te

la

tr ansfo r ma ción d e la v ar iab le r espue s ta (por eje mp lo to ma ndo log ar itmo s ). S in emb argo esta s tran sforma c io ne s no s ie mp re c ons igu en c orr eg ir la f a lta de nor ma lid ad, la h e teroc ed as tic idad (v ar ian z a no c ons tan te s) o la no line a lid ad d e nu es tros da to s. Ad e má s re sulta mu c ha s v e ce s d ifíc il in te rpre tar los r esu ltados ob ten idos. Un a a lterna tiva a la tr an sfor ma c ión de la v ar iab le r espu es ta y a la f a lta d e n o r ma lid ad e s e l uso d e los mo de lo s lin ea les g ener a lizado s. Lo s mod e los lin ea le s g en era liza dos ( co mo ya s e h a me n c ionado GL M de las s ig las en ing lés Gen e ra liz ed L in ea r Mode ls ) s on un a ex te ns ión de los mod e los lin e a le s que p er mite n u tilizar d is tr ibu c ione s no nor ma les d e lo s error es (b ino mia le s, Pois son, ga mma , e tc .) y v ar ian z as no con s tan tes ( Ca yue la, 2009).

V. Aná lisis d e la s d inám ica s t er r ito r ia le s de las s up erf icie s de agua V.1 . Int er cam b ios d e cob e rtu ras qu e af e ctan a la s sup e rfic ie s d e ag ua En es te punto, s e expone lo s p r inc ip a le s in ter ca mb ios d e cob er tur a ( F igura 3) qu e s e ha n produ cido en los mun ic ip ios o c onc e lhos d e l ár e a de e s tud io , p ara e l p eriodo d e 1990 a 2000, c en tr ando e l an á lis is po r me noriz ado en aquello s má s s ign if ic a tivo s que a fe c tan a la s sup erf ic ie s de agua .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 253

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

Ev id en te me n te, tan só lo s e come n ta n aque llos in te rca mb ios qu e son s ign if ic a tivo s y r epr es en ta tivos tenie ndo en cue n ta , qu e los ma p as expr es an el por cen taj e de inter c a mbio en func ión d e l ár ea to ta l d e l términ o mun icip ia l. Por cons igu ien te , se tr a tan aque lla s c obe rtu ra s qu e pos ee n tan to un a me d ia r elev an te, co mo unos va lore s má x imo s qu e me r ec e la p en a se r co me n ta dos.

Figura 3. Cambios de ocupación del suelo en la Raya Central Ibérica de 1990 a 2000.

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

P ar a lleg ar a e s tab le cer qu e in ter c amb io s son re pre s en ta tivo s y d eb en s er co men tado s y car tog raf iados , se re a lizó un su ma r io e s tad ís tico par a todo s y cad a uno de lo s in ter camb io de N ive l 1 po s ib les . L a T ab la 3, mu e s tr a e l r esu me n e s ta d is tico d e los pr in c ipale s in ter c a mb ios d e cober tu ra d e N iv e l 1 en la Ra ya Cen tra l. A s í, las va ria b le s ( c a mb ios ) más r elev an tes y que me r ec en e l es tud io a n iv e l mu n ic ipa l son : de for es ta l a zona agr íco la, de z on a agr íco la a zona for es ta l, de z on a fo re sta l a s uper fic ie de agua , d e zon a agr íco la a sup erf ic ie de agua, d e zona a gr íco la a s uperf ic ie ar tif icia l y d e zona fore s ta l a superf ic ie ar tif ic ia l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 254

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

Tabla 3. Resumen estadístico de los principales intercambios de coberturas del suelo de Nivel 1 en la Raya Central Ibérica. De z. forestal

De z. agrícola

De z. forestal

De z. agrícola

De z. agrícola

De z. forestal

a z. agrícola

a z. forestal

a s. agua

a s. agua

a s. artificial

a s. artificial

Media

1,355%

0,669%

0,204%

0,118%

0,034%

0,018%

Mediana

0,186%

0,000%

0,000%

0,000%

0,000%

0,000%

Máximo

25,219%

13,456%

18,097%

9,776%

0,851%

1,670%

Mínimo

0,000%

0,000%

0,000%

0,000%

0,000%

0,000%

2,797%

1,531%

1,299%

0,701%

0,110%

0,100%

Desviación Estándar

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

S e is son lo s pr inc ip a les in ter c a mb io s d e N ive l 1 qu e s e da n en e l área d e es tud io, no ob s tan te, y c o mo se a pre c ia en la F igur a 4, no todos po se en el mis mo g rado d e r e levan c ia . No ha y dud a d e qu e son lo s c a mb io s d e zon a for es ta l a zon a agr íco la ( me d ia : 1,35 %, má x imo 25 ,21%) y, en me nor me d ia, los d e zon a agr íco la a z ona for es tal ( me d ia : 0,67% , má x imo : 13,46 %), lo s qu e afectan en m a yo r me d id a a lo s mun ic ip ios y c on ce lho s d e la Ra ya Ce n tr a l Ib ér ica . No ob s tan te, es e s ta co mun ica c ión se e xpon en tan só lo aquellos que tienen que v er con la s sup erf ic ie d e agua , que es la cobe r tur a qu e s e qu ier e es tud ias en la mis ma . A d e má s ha y qu e subra y ar la imp or tan c ia que tien e en el área de es tud io la g ananc ia d e supe rf ic ie d e agua , aunqu e pu ede d ec ir se qu e no tan to a n ivel supe rf ic ia l co mo porc en tu a l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 255

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

Figura 4. Media de los principales intercambios de coberturas del suelo de Nivel 1 en la Raya Central Ibérica. Media de los principales intercambios de coberturas del suelo de Nivel 1 en la Raya Central Ibérica 1,600% 1,400% 1,200% 1,000% 0,800% 0,600% 0,400% 0,200% 0,000% De z. forestal a De z. agrícola a De z. forestal a De z. agrícola a De z. agrícola a De z. forestal a z. agrícola z. forestal s. agua s. agua s. artificial s. artificial

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

Un a v ez expu es ta la s itu ac ión r eg ion a l, p ar a lo s in terc a mb ios d e cobe r tura d e N iv e l 1, s e pro ced e a l an á lis is lo s f lujo s que af ec tan a la supe rf ic ie d e agu a p ero a es ca la mu n ic ipa l. Se tra ta pu es d e e s tab le c er a lgún tipo d in á mic a terr itor ia l en un ár e a d e ter min ad a, par a in ten tar d ilu c ida r cau s alida de s que conduz c an a s itua c ion es con cre ta s. L a F igur a 5 mu e s tr a la s itua c ión d e lo s in te rc a mb io s d e zona fore s ta l a s uperf ic ie d e agua , da ndo lug ar a un ma pa mu y s ignif ica tivo y e xpre s ivo. Aunqu e la me d ia mun ic ipa l pa ra es te in ter c a mb io e s tan so lo d e un 0,20% en la Raya Cen tra l Ib ér ica, la lo ca liz a c ión y e l má x imo d e a lguno s mun ic ipios ha ce qu e es ta v aria b le s ea mu y in ter es ante . P rá c tic a me nte la to ta lid ad de lo s mu n ic ip ios con un va lor e lev ado se lo calizan en la s prov in c ia s ex tr eme ñ a s d e Cá c er es y Bad ajoz . E s má s, e xis te un a clar a s itu ac ión d e lo s mis mo s en la s co ma r c a s na tur a les d e L a S ere na y La S ib er ia en el e s te d e Ba dajo z. Jun to con e s to, qu izá lo má s de s ta c ado d e e s ta v ar iab le y su rep re sen ta c ión en e l ma p a , e s e l he cho de qu e 393 munic ip ios o concelhos , no s e ven a fe c tado por es te in terc a mb io de zon a for es ta l a

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 256

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

s uperf ic ie de agu a den tro d e su s límite s te rr itor ia le s. An te todo lo come n ta do, los mun ic ipios con una ma yor sup erf ic ie d e su terr itorio af e c tad a por e ste camb io s e lo ca lizan en la prov in c ia de Bad ajoz : S anc ti - Sp ír itu s (18,10% ), en L a S ib er ia , P eñ a lsordo (10,62 %) y Cap illa (10,58% ), en La Ser en a, afe c tados por la con stru cc ión d el e mb a ls e de L a S erena y la consigu ien te p érd id a de esp acio s fore s ta le s ; y Ala nge (7 ,19% ) en la v eg as d e l Gu ad iana , in fluido por e l d es arro llo d e l e mb alse d e A l ange . En lo s d is tr itos por tugu es es , c on unos v alore s mu y in fer ior e s a lo s r eg is trado s en los mu n ic ipios e xtre me ño s, los concelhos con ma yor sup erf ic ie a fe c tad a por e l c a mb io d e zon a for es ta l a s uperf ic ie de agu a son Ma rvão (0 ,27% ) en Por ta leg re , y S abug a l (0,19% ) en Gu arda .

En

a mbos

té r mino s,

en

el

per iodo

de

tiemp o

es tud ia do,

se

cons tru yeron s endos emb a ls e, aunqu e eso sí, d e un as d ime ns ion e s no muy imp or tan tes: Ba rrag em da Apa r tadur a y Ba rrage m de Nos sa S enhora da Gra ça , r esp ec tiva me n te .

Figura 5. Cambios de zona forestal a superficie de agua.

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

S i en e l ma pa an ter ior se apr e cia ba la g ana nc ia d e sup er f ic ie d e a gua mo tiv ad a por la p érd id a d e zon as for es ta le s y e s pa c ios n a tur a le s, e n es ta

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 257

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

o cas ión e l ma p a d e la F igur a 6 , c on ind epend enc ia d e ofr e cer un r esu ltado p arecido a l ob serv ado c on an terior id ad, mu es tr a la p érd ida d e e sp ac io s emin en te me n te agr íco las , deb ido a la pro lif era c ión d e nue va s sup erfic ie s de agua. No ob stan te, h a y qu e s eña lar qu e en la Ra ya Cen tra l Ibér ic a, la pérd ida d e superf ic ie a gr íco la a n iv e l mun ic ipa l, motiv ado por e l in cre me nto d e las lámin a s de a gua (0,11% ), e s inf er ior a l r e tro ce so d e zon as for es ta le s por e l mis mo mo tivo (0 ,20%) . E l ma p a mu es tr a un a d is tr ibuc ión d e los mu n ic ip ios af ec tado s por e s tos in terca mb ios , b as tan te s imila r a la d e l ca so an ter ior, aunqu e en e s ta o c as ión, p arece qu e e l nú me ro qu e mu e s tra uno s po rce n taj es signi f ica tivo s es mu cho men or. E s cur io so e l hec ho de que , d e nu evo 393 mun ic ip io s no su fren es to s camb ios supe rf ic ia les de cober tu ra d en tro d e sus límite s . Mun ic ip io s c o mo A lange (9,78 %), Cap illa (4 ,45% ) o P eñ also rdo (3,37%), vu elve a apa re c en en tr e aqu e llos con ma yo r in cr e me n to d e s uperf ic ie de agua , mo tiv ado, co mo no podía s er d e o tro mo do, por las mis ma s c ir cun s tanc ia s qu e en el c a so an ter ior. No ob stan te, d es ta ca r que el por c en taj e d e A lange e n es ta o cas ión es ma yo r, s in dud a o ca s ion ado por s itu ars e en una zona s d e v ega , con mayo r esp ac io ded icado a la agr icu ltur a, y por cons igu ien te, es es ta la ma yor s uperf ic ie qu e pued e perd er. Jun to a lo s tr es co me n tados, d es tac ar la pr es en cia d e o tros do s mun ic ip io s con impor tan te s por cen taj es co mo : Cordob illa de L ácara (6,04% ) por la c ons truc c ión d e lo s e mb a ls es de Horno Te jero y Boque rón ; y L a Z arza (4,73 %), por e l mis mo mo tivo qu e A lang e. La cons tru c c ión d e do s nu evos e mb als e s co mo Ba r ragem R ib e ira do A lv ito y Ba r ragem de San ta Águe da , jun to con sus ex ten sos tér mino s mun icip ale s, son los cau san te s de l por ce n taj e qu e ofr e cen Porte l (0 ,57%) y Ca s te lo Br an co (0,33 %) como c on c e lho s d e Por tug a l con lo s in ter ca mb io s d e zona a gr íco la a s uperf ic ie de agua má s imp or tan te.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 258

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

Figura 6. Cambios de zona agrícola a superficie de agua.

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

V.2 . Ca mb io s n eto s d e s up e rf ic ies d e ag ua Un a v e z s e h an an a l iz ado los in terc a mb ios má s re levan te s que af ec tan a las s uperf ic ies d e agua , a con tinu ac ión s e expone el c a mb io neto de la cobe r tur a d e agua de N ive l 1 que ofre c e e l CO RINE L and Cov er. As í, e s un p r ime r mo me n to se

an a liz an

las

d es agr ega c ion es

toda s ni

cob er tur as

de

es pe c if ica c ion es,

un par a

mo do a

g en era l,

con tinu ac ión

si

e n tra r

en

proc ed er

al

tr atamie n to d e la cober tur a d e agua . En un pr ime r mo me n to s e ha r ea liza do un r esume n e s tad ístic o g ene ra l para es tab le c er la s p ar ticu lar id ade s d e l á re a d e es tud io en fun c ión d e su s mun ic ip ios y/o con c e lho s . L a T ab la 4 mu e s tra d if eren tes e s tad is ticos pa ra las cob er tur as d e N iv e l 1 de l CLC 1. La s cob er tur as a par e cen ord enad as en fun c ión d e la me d ia ex traíd a a niv e l mun ic ip a l.

1

En las superficies de agua se han considerado dos de las coberturas de Nivel 1 del CLC: las superficies de agua propiamente dichas, y las zonas húmedas. Esto ha sido así tanto por la clara relación existente entre las dos superficies, como por la escasa representatividad en el área de estudio de las zonas húmedas.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 259

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

Tabla 4. Resumen estadísticos de los cambios netos de superficie de cobertura del suelo en función del Nivel 1 del CLC. Media

Mediana

Máximo

Mínimo

Desviación estándar

Zona agrícola

0,534%

0,000%

25,135%

-13,456%

3,195%

Superficie de agua

0,320%

0,000%

18,097%

-0,533%

1,768%

Superficie artificial

0,051%

0,000%

1,670%

-0,135%

0,161%

Zona forestal

-0,905%

0,000%

13,456%

-25,219%

3,304%

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

D e todos los e s tad ís tico s, no só lo e s in ter an te v er la me dia , s ino qu e e s a la vez r e lava n te cons ide ra r tan to lo s v a lor es má x imo s como lo s mín imo s . H a y qu e de c ir qu e la me d ia pu ede con te mp la rs e d e un a for ma má s g rá f ica en la F igur a 7. Aqu í pued e apr ec iar se con c lar id ad co mo en lo s mun ic ip io s d e la Raya Cen tra l, la sup erf ic ie que cr ec e en ma yor me d id a e s la d e la s zon as agr íco la s (0,53 %). Tamb ié n e s in tere s an te d es tac ar e l he cho d e que las s uperf ic ies d e agu a tiend an a cre ce n un 0 ,32% en los d if er en te s térmi n o s. Por o tro lado ha y qu e d esta c ar que la s uper f ic ie a r tif ic ia l d e me d ia ta n só lo au men ta un 0,051 %, lo que v iene a ind ic ar la es c as a r e lev anc ía de la ar tif icia lizac ión que s e produ ce para e l pe r iodo e s tud iado en e l ár ea d e e s tud io . S i b ien e stas tr e s cob ertur as cre c en en lo s años es tud iados , tan só lo la s zonas for es ta les de cr e cen en e l ár ea d e es tud io ( -0 ,90% ). Ahora b ien , h a y qu e tene r en cuen ta qu e es tas zon as for es ta le s no só lo e s tán comp u es ta s por e spe c ie arbór ea s, s ino que ad emá s e s tán c ons titu id as p or ma torr a le s y veg e ta c ión h erbac ea s y po r esp a cios c on es c as a o s in v ege ta c ión . Po r lo qu e no todo lo qu e s e p ierd en son ma s a a rbor ea s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 260

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

Figura 7. Media de los cambios netos de superficie de cobertura del suelo en función del Nivel 1 del CLC. Media de los cambios netos de cobertura del suelo a nivel municipal 0,800% 0,600% 0,400% 0,200% 0,000% -0,200% -0,400% -0,600% -0,800% -1,000% Zona agrícola

Superficie de agua

Superficie artificial

Zona forestal

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

Co mo ya se h a co me n tado no só lo e s in ter es an te d e sta c ar la me dia mu n ic ip al de l ár e a d e es tud io , s ino que h a y que re sa ltar o tro s e s tad ís tic os. En la zona agríc o la , con ind epend en cia d e su me d ia (0,53 %) h a y qu e con sid er ar qu e ex is te un má x imo de un 25 ,13% y un mín imo d e -13,46% . En cua n to a las s uperf ic ies d e agua , lo má s in ter es an te es r ec a lc ar e l he cho d e que algún mu n ic ip io o con ce lho e xp er ime n ta un a g anan c ia de lámin a s de a gu a en su s uperf ic ie d e un 18,1% . Por último , en la s z ona s for es ta les , e spac ios con v egeta ción n a tura l y e sp ac io s ab ier to s, tan to e l má x imo c o mo e l mín imo son mu y

in te res an tes .

En

la

Ra ya

Cen tr a l

Ib ér ic a

un

mu n icip io/ c onc e lhos

exper ime n ta una g ananc ia d e l 13 ,46% d e e sta cob er tura en su terr itor io, mien tr as que por o tro la do, ta mb ién se a s is te a un mín imo d e un -25 ,21% .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 261

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

Tabla 5. Comportamiento de los municipios o concelhos del área de estudio en función del cambio neto de la superficie de la cobertura del suelo del Nivel 1 del CLC. Aumenta

Disminuye

No cambia

Zo n a a g r í c o l a

183

141

127

Superficie de agua

84

4

363

Superficie artificial

107

2

342

Zo n a f o r e s t a l

102

217

132

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

Figura 8. Comportamiento de los municipios o concelhos del área de estudio en función del cambio neto de la superficie de la cobertura del suelo del Nivel 1 del CLC. Municipios o concelhos del área de estudio en función del cambio neto de la superficie de la cobertura del suelo 400 350

Municipios/concelhos

300 250 200 150 100 50 0 Zona agrícola

Superficie de agua Aumenta

Disminuye

Superficie artificial

Zona forestal

No cambia

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 262

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

Si

in ter es an te

es

v er

lo s

e s tadís tico s

que

se

han

c o me n tado

c on

an ter io r idad, ta mb ién e s mu y ú til cono cer la c a n tidad de mu n ic ip ios / c onc e lhos en lo s qu e la s d ifer en tes cob er tur as d e l sue lo au me n ta n, d is minuye n o no camb ian en e l p er iodo de tie mpo e s tud iado. T an to en la T ab la 5 como e n la F igur a 8 pue de apr ec iars e la re la ción de mu n ic ip ios qu e s e c o mpor tan d e uno u o tro mo do. Re sp ec to a l au me n to , dis min uc ión o e s tanc a mie n to d e la s z ona s agr íco las en los mu n ic ip ios o conc e lho s d e la Ra ya Cen tra l Ib ér ica, es cu ando exis te un a mayo r equ id is tr ibuc ión o equid ad. S i b ien son ma yor itarios lo s munic ip ios en los que au me n ta la sup erf ic ie d e la s z on as agr íco las (183), a que llo s en los que d is min u ye (141) o no ca mb ia n (127), son mu y p arejo s en cu an to a l núme r o. Todo lo con tr ar io su ce de con la s sup erf ic ie s de agua y la s sup erfic ies ar tif icia les e n lo s tér minos d el áre a de es tudio. Son ma yor itar ios en a mb as cober tu ra s los mu n ic ipios que no h an v is to mod if ic ada su sup erfic ie . Así, mien tr as que 363 mun icip ios o con ce lhos no h an v is to modif ic ad a su sup erf ic ie d e agua , 342 no h an pe rd ido n i ga nado e sp acios a r tif ic ializ ado s. Igua lme n te, p ara a mb a s c ob er tur as, p redo min an lo s tér mino s en los qu e au me n ta n es tas s uperf ic ies (84 y 107 mu n ic ip ios , r esp e c tivame n te ), a aqu e llos en los que d iminu yen (4 y 2 mun icip ios , r esp ec tiva me n te). T an só lo cu ando s e a lud e a las zon as for e s ta le s o e sp ac ios n a tur ale s o ab ier to s son ma yor itar ias la s en tidad es ad min istr a tiva s en la s qu e se d is min uye la supe rf ic ie d e la cober tur a (217). E s má s , exis ten má s mun ic ip ios en los que la sup erf icie d e zona s for es ta les no c a mb ia (132) qu e aque llos en lo s que es te tipo d e cober tur a au me nta (102) .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 263

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

Figura 9. Cambio neto en la superficie de agua.

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

L a F igur a 9 mu e s tr a e l c a mb io n e to de sup erf ic ie d e agu a que tien e lugar en los mun ic ip ios o conc e lho s de la Ra ya Cen tra l Ibé ric a. A tenor de lo s d a tos d e cada uno de los tér mino s s e tie ne un a me d ia p ara el ár e a d e es tud io d e l 0,32 %. E s to qu ier e dec ir qu e en los mun ic ipios d e la Ra ya la superf ic ie d e agua ( zona s hu me da s, lá min a s y cur sos de agua ) tiend e a a u me n tar su sup erf ie. T an to en e l c onjun to de l terr ito r io e sp año l como e n e l por t ugu és la te nden c ia es la mis ma , aunque en e l pr ime ro e s ta cobe r tur a de l su e lo ha au me nta do en mayo r me d id a (0,7 %) qu e en e l s egundo (0 ,25% ). En la Ra ya Cen tr a l exis ten un to ta l d e 84 mun ic ip ios o con c e lhos e n los qu e la superf ic e de agu a au me n ta e n e l p er iodo d e tiemp o es tud ia do. E s tos tér mino s s e ub ican d entro d e l te rr itor io r a yano en á re as c oncr e tas de n tro de l terr itor io ex tr e me ño (P en illanura Ca c er eña , v eg as d e l Gu ad iana , c o ma r ca fun ciona l de Je re z d e lo s Caba llero s, L a Ser en a o L a S ibe r ia ) y d is emin a do s a lo largo d e los c in co d is tr itos por tugu es es . En cuan to a lo s mu n ic ip ios o concelhos en los qu e es ta sup erf icie d is minu ye , de c ir que tan só lo son 4 y se lo calizan a a mb os lado s d e la Ra ya .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 264

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

En los año s qu e se e s tán es tud iando se con truye ron en te rr itor io ex tr eme ño emb als es de grand e s d ime ns ion e s. En tr e e llo s e l d e La S eren a, qu e e s el s egundo má s gr ande de tod a la Un ión Europ ea . Tre s de es to s e mb a ls es s e lo calizan en la s co ma r ca s na tu ra les de L a S eren a y L a S ibe r ia y, por lo tan to, s on mun ic ip ios d e e s t a s co ma r c as en lo s qu e má s cr ec en es ta sup erf ic ie: S an cti-Sp ír itus (18 ,10% ) o Cap illa (15 ,04%) en La S ib er ia , y P eñ a lsordo (13,99 %) en L a S er ena . Ha y qu e de s tac ar ta mb ié n e l c re c imie n to de e sta cober tu ra en e l mun ic ip io d e A lang e (16,98 %) s ituado en la s in me d iac ione s de Mér ida , y al qu e af e c ta la c on s tru cc ión d e o tro g ran e mb a ls e en la cu enc a d e l Gu ad ian a co mo es e l de A lang e. En ter r itor io luso , p e se a que las sup erf ic ie s d e agu a cr ec en ta mb ién, e s tá s lo h ac en d e un modo me no s s ign if ic a tivo, ya que los emb a ls es qu e se con stru yen tien en un as d ime n s ion e s mu y r e duc id as. Lo s concelhos en los qu e es ta s cob er tur as au me n tan má s son Po rte l (0,69% ) en e l d is tr ito d e Évo ra y en e l qu e se ha cons tru ido pequ eños e mb a lse s, y Ca ste lo Br anco (0,33% ) en e l d is tr ito d e l mis mo nomb r e y en la subreg ión de Be ir a In ter ior Sur y donde s e le van tó e l Ba rrag em d e San ta Águeda .

V. I. Mo de lo s e stad íst ic os para d et er m ina r los fa ctor e s de te r m inante s de los camb io s de c ob ert ura y uso d el s uelo T ra s e l an á lis is d e la s itu ac ión y la e vo luc ión d e la s sup erf ic ie s d e agu a en el ár ea d e e s tud io en e l p er iodo d e tie mpo tr a tado (1990 - 2000) , se es tá a d ispo s ic ión de r e a liz ar e l mo de lo e s tad ís tico que a yud e a co mpr ende r la r ealid ad d e la s sup erf icie s d e a gu a e n la Ra ya Cen tra l. En e s te ep ígr af e pue s, s e expon en e l r esu ltado d e l GLM de la v ar iab le d epend ien te que supone la s supe rf ic ie s de agu a. En un GL M, todas aqu ellas v ar iab le s de pend en tes qu e po see n un a dev ianz a 2 s upe r ior a l 20,00 %, s e 2

La cantidad de varianza explicada por el modelo se conoce en GLM como devianza. La devianza da una idea de la variabilidad de los datos. Por ello, para obtener una medida de la variabilidad explicada por el modelo, se ha comparar la devianza del modelo nulo (Null deviance) con la devianza residual (Residual deviance), esto es, una medida de cuánto de la variabilidad de la variable respuesta no es explicado por el modelo. Por tanto, la devianza o varianza explicada por el modelo se obtendría de: D2=((Devianza.modelo.nulo-Devianza.residual)/Devianza.modelo.nulo)*100 Por lo tanto el modelo explicaría un determinado porcentaje del aumento de una determinada cobertura o uso del suelo en la Raya Central Ibérica.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 265

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

cons id er an s ign if ic a tiva s par a e l a n á lis is qu e se h a lle vado a ca bo. Por cons igu ien te , co mo en e l ca so de la s sup erf ic ie s de agua , la d ev ianz a es d e l 20,19 %, s e pu ed e d ecir qu e la s v ar iab le s ind epend ien te s e mp le ada s en el mo d elo, explic an suf ic ie n te me n te lo s c a mb io s a con te cido s con es ta cob er tur a.

Tabla 6. Modelo estadístico extraído para la variable dependiente: superficies de agua del CLC Nivel 1. Modelo estadístico extraido para las superficies de agua Estimate

Std. Error

z value

Pr(>|z| )

(Intercept)

-1,823

0,158

-11,509

< 2e16

***

Población total

0,279

0,078

3,592

0,000

***

Densidad de ganado ovino

0,324

0,142

2,282

0,022

*

Titulares de las explotaciones < 34 años

-0,561

0,303

-1,850

0,064

.

Población potencial a 30 minutos

-0,622

0,318

-1,956

0,051

.

-1,854

0,687

-2,698

0,007

**

-1,467

0,483

-3,039

0,002

**

Distancia a las principales vías de comunicación

0,954

0,242

3,935

0,000

***

Altitud media

-0,880

0,406

-2,167

0,030

*

Tiempo mínimo de acceso a los centros de actividad económica de la Península Ibérica Tiempo mínimo de acceso a los centros de actividad económica de la Raya Central Ibérica

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 266

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

En la Tab la 6, ap are c e e l r esu ltado de l mod e lo e s tad ís tico ex tr a ído p ar a la v ar iab le depe nd ien te que supone las sup erf ic ie s de auga. En e s ta se r efle jan la s v ar iab le s ind epend ien te s, que exp lican e l c o mpor ta mie n to de la v ar iab le d epend ien te o cober tu ra me n c ion ad a, y los d if er en te s e s tad ís ticos qu e la s d ef inen : In te r cep t , Es tima te , S td . Er ro r , Z va lue o Pr (>z ). P ar a la corre c ta in te rpre ta c ión de es ta s var iab le s exp lic a tiv as y sab er c o mo afectan a la var iab le de pend ien te , s e d eb e con sid er ar e l v a lor d e l Es tima te y s obre todo s u s igno. As í, e l cr ec imie n to de la s super f ic ie s d e agu a v endr ía mo tiv ado por : un a gr an d ís tan c ia a la s pr in c ip a le s v ía s de co mu n ic ac ión, una imp or tan te pob lac ión to ta l, un redu c ido tie mpo mín imo de a c c eso tan to a lo s cen tro s d e a c tiv id ad d e l á re a de e s tud io co mo d e la P en ín su la , un a a lta d ens id ad d e g an ado ov ino, y un a b aj a a ltitud me d ia .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 267

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

Figura 10. Modelo estadístico extraído para la variable dependiente: superficies de agua del CLC Nivel 1.

F u e n t e s : C O R I N E L a n d C o v e r – P r oy e c t o I & C L C 2 0 0 0 – E s p a ñ a ( I G N , C N I G ) e CORINE Land Cover – Projecto I&CLC2000 – Portugal (IA e IGP). Elaboración propia.

P ar a la corr e c ta in terpr e ta c ión de l mo d e lo e xp lic a tivo d e la v aria b le d epend ien te o cob er tur a d e l su e lo, se e mp le a un d iagra ma de c aja (boxplo t). Lo qu e se pr ete nde con e s to s gr áf ic os e s ver co mo se c o mpor ta la v ar iab le d epend ien te

o

d ico tómic a ,

en

fun c ión

de

c a da

un a

de

las

v ar iab le s

ind epend iente s. Por cons igu ien te, se tr a ta d e co mpr end er c o mo af ec ta o inf lu ye un a de te r min ada v ar iab le so c ioe conó mic a o f ís ic a, en el a l au me n to (1) o d is min uc ión ( 0) d e un a c ob er tur a o u so d e l su e lo en cues tión . Por supu es to,

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 268

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

tamb ié n e s mu y imp o r ta n te v er la d is tr ibu c ión de lo s valor es r esp ec to a la med ia y la e x is tenc ia o no d e v a lor es ex tre mo s. En e l pr ime r gr áf ic o d e la F igur a 10, s e mu es tr a la r e lac ión e n tre la d ista nc ia a las pr inc ip a les v ía s de co mun ica c ión y e l aume n to d e la sup erf ic ie de agu a. L a re la ción qu e s e mu es tra e s po sitiv a, es d ec ir , qu e pa ra qu e la sup erf ic ie de agu a au me n te, d eb e ex is tir una gran d is tan c ia a las pr inc ip a les v ías de c o mun ica c ión en los mu n ic ip ios e n cu e s tión. Y a se h a co me n tado qu e e l au me nto d e es ta cob ertura s e produ c e e n gran pa r te po r la c ons tru c ción d e nuevo s e mb a lses . E s tos emb als e, como n o pu ede s er de o tro mo do, s e c ons tru yen e n zona s a le jad as de las pr inc ip ale s in fra e s tru c tura s y, sobr e todo en e spa c ios qu e no cond ic ionen el fu turo de sa rro llo d e nu ev as v ía s d e c o mun ica c ión. E l s egundo gr áf ico, expon e la re la ción en tr e la pob lac ión y la c ons tru cc ión d e nuevo s emb a ls e s. Aunqu e la ex iste nc ia d e valor es ex tr emo s e s un he cho , s e aprecia co mo la e levada pr es en c ia d e pob lac ión mo tiva el cr e c imien to d e e s ta cober tu ra . S in dud a, la cons truc ción de nuevo s e mb a lse s pr e tend e ta mb ién, en tre o tra s c os as , pa liar l o s prob lema s d e aba ste c imie n to d e agu a, y dond e má s s e n ece s ita me j or ar es te s erv ic io, e s en las ma yore s pob la c ion es . Por lo tan to, la pob lac ión cond ic iona po sitiv a me nte a es ta cob er tur a. Lo s

do s

gr áf icos

s igu ien te s,

mu es tr an

v aria b le s

indep end ien tes

mu y

r elacion adas con la an te r ior. Se v e e n e llo s como e l me n or tie mpo mín imo d e acceso, tanto a lo s cen tro de ac tiv id ad d e la Ra ya como d e la Pe n ínsu la, imp u lsa e l ca mb io n e to po sitivo d e e s ta supe rf ic ie . Po r lo ta n to, s e pu ed e d ecir qu e las g rand es c iud ade s y los e spa c io s má s de s arro llados mo tivan e l a u me n to d e las sup erf ic ie s d e agu a, me d ian te la cons truc c ión de nue vos e mb a lse s. O tr a v ar iable que p ar ec e in c id ir po sitiv a me nte en e l cre c imie n to de la s s uperf ic ies d e agu a es la d e la den sid ad d e l g an ado ov ino . E s te tipo de g anado s e da pu es e s e sp ac io s e n lo s qu e se pr e sen tan la s cond ic ion es idone a s par a la cons tru c c ión d e infr ae s tru c tur as h idr áu lic as . E l ú ltimo gr áf ico mu e s tra la r elación en tr e la a ltitud y la s s up erf ic ie s d e agu a. Lóg ica me n te , la cons truc c ión d e emb a ls es s e llev a a c abo en la s c u enc as de d e ter min ado s r ío s, las c u a le s, s uelen e s tar a un a a ltitud redu c id a. Por lo tanto, la b aja a ltitud es otro f ac tor cau san te de l au me n to de la s supe rf ic ie s d e agu a o d e la cons truc c ión d e nuevo s emb als es .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 269

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

V II. D is cu sión y con c lu s ion es L a r a ya h isp ano - lus a, c on su s má s de s ie te sig los de h is to r ia y su gr an long itud con stitu ye la fron ter a má s a n tigua d e Eu ropa y un a de la s má s ex ten sa s. Dic ha f ron tera , a pe sa r de que d iscurr e en gran p ar te po r los c auc e s d e nu me r o so s r íos y r ib era s, no es un a f ron tera d ef in ida o d e ter min ada só lo ni pr in cipa lme n te por la orogr af ía, s ino qu e h a s ido y e s, sobr e todo, un a fron ter a d e car á c ter h is tó r ico y c u ltura l ( Me d ina Gar c ía , 2006) . L a s prov incia s esp año las y lo s d is tritos por tug ue s es con tiguo s a la fron te ra d e la Ra ya Cen tra l Ib éric a for ma n un a a mp lia á re a de un es pa c io c as i o lvidado y d es cono cido en e l ex tr e mo suro este de Europa . La s dos prov in c ia s es paño las y lo s c inco d is tr itos por tugu es es fron ter izo s for ma n un a ex tens a áre a c on un a es cas a den sid ad de pobla c ión , que e n la s de ca da s pr ev ias sufr ió una in ten sa emig r ac ión , y u na pa isa je predo mi n an te me n te a gra r io y agr íco la , ro to s olo por la exp lo tac ión h idro e léc tr ic a qu e lo s grand es ríos co mun e s, sobr e e l Du ero y e l T ajo, que for ma n la fron tera ( Cab ero Diégu ez e t a l., 1995 -1996). T ra s la incorpor a c ión conjun ta de E sp aña y Por tug a l a la CE E en 1986, en el año 1987, los pr ime ro s con ta c tos tran sfron ter izos fu eron he chos en for ma de r eun ione s mu ltis e c tor ia le s. De e s tas r eun ion es la Co m is ión Eu rope a d erivó un a propu es ta de progr a ma op er ac ion al p ar a la s r eg ione s fron ter iz a s de a mb os p ais es , e l cu a l ser ía f in anc iado con INT ERREG I. Un a pa r te imp or ta n te del d in ero d e este fondo fue inv er tido en lo s subprogr a ma s pa ra la c on serv ac ión d e los r e cursos h idro lóg ic os, prov isión de agua , a lcan tar illa do y a c cion es de cooper a c ión tr an sfron ter iza . En e l año 1992, tod av ía los tema s d e inve s tig ac ión qu e af e c taba n a l esp acio tran sfron te r izo e r an po co ma duro s y c a re c ian d e ma dura c ión : la s po lítica s

lo ca le s

y

re g iona les ,

el

de sa rro llo

endógeno

e

in tegra do,

los

progr a ma s Co mun itar io s. En los pro yec to de inv es tig a c ión tr an sfron ter izo s se car ecía de pro fund ida d en cu e stion es d e c is iv a s co mo la e vo lución y la tr ansfo r ma ción d e lo s p a is aje s, los c onf lic to s n a tur a le s en la s áre as n a tura les pro teg ida s y a mb ien te s s en s ib le s, y e sp ec ia lme n te , en r e la c ión con el uso d e l agua, uno de los f ac tore s c lave s en las r e la c ione s tran sfronte r iz a s. S in e mb argo, todo s e s to s va c ios emp ie z an a so lv en tar s e a p ar tir d e 1995, qu e es cu ando e mp iez an a tr a tars e pro fus a me n te cue s tione s co mo e l d e terioro amb ien ta l; la g e s tión de la s ár ea s n a tura le s pro teg ida s ; e l uso d e l agu a y e l

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 270

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

p lanea mie n to h idro lóg ic o ; o e l p la ne a mie n to y e l d e sarro llo tr ans fron ter izo ( Cabero D ié gue z e t a l., 1995 -1996). Ex tre ma dur a, A lentejo y Reg ión Cen tro s on una s reg ion es d e sde e l pun to de v is ta g eofís ico fundame n ta lme n te s ilíc ea s, con po cos r e curso s h ídr icos natur a le s, lo qu e un ido a un a pluv ios id ad d ef icien te y a l e x ten so e in tenso e s tío abo ca a un a agr ic u ltura en gr an p ar te ex ten s iva . L a s d ehe s as d e en c ina re s y a lco rnoqu es, jun to a pa s tiz a le s ex tensos d e s ecano , s on s eñ as de iden tid ad qu e só lo una bu ena po lític a h id ro lóg ica d e emb als es y c an a les ha pod ido en algun a me d id a co mp ensa r en Ex tr ema d ur a y co mienz a a pro y ec tar se e n A len tejo , a r a íz d e la c on s truc c ión d e l g ran emb a ls e d e A lquev a ( Ca ye tano Ros ado, 2006). Ca mb io d e cobe r tur a d e agua qu e no h a pod ido tr a tar se en e l es tud io por la c ar en c ia d e d a tos d e CORINE 2005 p ara e l caso ex tr eme ñ o. E s ta i mp or tan te mo d if ic a c ión me r e ce rá mu c ho la p en a ser tr atad a, cu ando se d ispong an de todo s los d a tos par a e l áre a tran sfronte r iz a en cues tión. D e o tr a pa r te , de sde su c re a c ión en 1999 ha ido adqu ir iendo gran r e liev e el Cen tro Oper a tivo y d e T e cno log ía d e Reg ad ío ( CO TR) c on s e d e en Beja y p ar ticip a c ión

en tr e

otro s

org anis mo s

Igua lme n te,

la

cons tituc ión

de

G es tA lqu eva –(so c ied ad con c ap ita le s púb lic os d e EDIA y las Câ ma r as Mun ic ip a les a fe c tada s por la zon a d e in f luenc ia d e l e mb a ls e) e s tá sie ndo un f acto r d in amiz a d or socio - econó mic o d e A len tejo, con gr an imp a c to en e l s e c tor d e la con s tru cc ión , la tr ansfo r ma c ión agr ar ia y exp e cta tiv as de d es arro llo d e s erv ic ios tur ís tico s. Lo s acu erdo s tran sfron ter izo s par a of er tar s erv ic ios de oc io, cu ltur a, d epor te , turis mo d e c a lid ad a ltern ati vo, son imp r e sc ind ible p ar a e l de s arro llo de

es te

e sp ac io

tr ansfron ter izo

ta n

co mp leme n ta r io

y

par e c ido

en

sus

po tenc ia lidad es y n e ce sid ade s. E l gr an e mb a ls e de A lque va va a f ac ilitar la ins talac ión d e zon as tur ís tic as esp ec ia liz ad as (n áu tic as y d e go lf), qu e s e pu eden co mp le me n tar con la s que ya h a y en Extr e ma dur a y que d eben po tenc iar aún má s en la s zon as de lo s p an tanos ( Ca ye tano Ro sado , 2006). E l cr ec imie n to d el PIB, d e la r en ta per c ápita , a s í como la me j or a en infr aes tru c tur as

v iar ia s,

de

r ec urso s

h idro e lé c tr ic a s,

en c lav es

indus tr ia le s

es tr a tég ico s pun tu a le s…)

( e mb a ls es , y

c e n tra les

r e co mpo s ic ión

del

p atr imon io n a tura l p a isa j ís tico, arqu itec tón ico, p a tr imonia l en g en er a l, e tc., s on b as es p ara a s en tar a c c ione s d e fu turo de c r ec imie nto ju s to, co lec tivo ,

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 271

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

d is tr ibu tivo ( Ca ye tano Ros ado, 2006). En e l es tud io de e sc en ar io s g eogr áfic os y de es tructur as terr itor ia le s de fron ter a, d eb e in c id ir se en la s itua c ión d e mar g in a liz ac ión

y

dec live

jun to

a

los

pro ce sos

de

mo d ern iza c ión

y

tr ansfo r ma ción qu e s e v en a tr av és d e a spe c to s co mo la me jor a e n la acces ib ilid ad, o co mo e n e l c as o qu e o cup a en es ta c o mun icac ión, la cons tru c c ión de e mb a lse s, y la exp lo tac ión de hidro e le c tr ic id ad a lo largo de la fron ter a ( Cab ero D iéguez e t a l., 1995 -1996) .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 272

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

Bib liog raf ía AG RE SY, A. An in trodu c tion to c a tego r ia l da ta ana ly sis . New York : W ile y, 1996. BADA DE CO MINGE S, G. “E s tad ís tic as d e u so s y cober tur as d e l su e lo a p ar tir d e imá g enes d e sa té lite ” . Índ ic e: r e v is ta de es tad ís tica y so c iedad . 2005, nú m. 12, p. 20-23. CA BAL LE RO A RENCIBIA, A. “F ronter as co mp ar tid as . L a Ra ya Ce n tro Ib ér ica ”. Rev is ta d e Es tud ios Ex tr eme ñ os . 2009, nú m. 65, p. 417 -448. CA BE RO DI ÉGUE Z, V. ; CAMPE SINO FE RNÁND EZ, A.; L ÓP EZ TRIGA L, L. “Know ledg e of bord er ar e a. Th e con tr ibu tion of Spanish g eogr aph ers ”. Bo le tín d e la AGE . 1995 - 1996, núm. 21 -22, p. 83 -96 . CAE TANO, M. ; E T AL .

A tera çõ es da

o cupa ção

do

so lo

em

Po r tugal

Con tinen ta l: 1985 -2000. L isboa : Ins titu to do Amb ie n te, 2005. CA MP ESINO

FE RNÁND EZ,

ord ena c ión

de l

A.

terr itor io ” .

J.

“ A lente jo -Ex tr e ma dura :

Bo letín

de

la

A soc ia c ión

c iud ade s de

y

G eóg rafo s

E spaño les . 1997 a, nú m. 25 , p. 67 -82. CA MP ESINO FE RNÁNDE Z, A. J. “ T err ito rio y c iud ad es a b a luar tada s en la Ra ya / Ra ia ib ér ic a : de fron ter a a P atr imon io Mund ia l en Se r ie ”. En : CRUZ VI LLA LÓN, M. ( Co ord.) . Ciudade s y núc leos fo r tificado s de la frontera h ispano - lusa :

el

ter ritor io

de

E x tremadu ra

y

Alen te jo.

H is toria

y

pa tr imon io . Un iv ers ida d de Ex tre ma d ura , Se rv ic io s d e Pub lic ac ion es, 2007b. p. 257 -268. CAS TAÑO, S. ; ET AL . “ Me todolog ía p ar a la e labora c ión de la ca r togr af ía europe a d e uso s de l s ue lo ( Cor in e L and Cov er 2000). Ap lic a c ión a la r eg ión d e Ca s tilla -L a Man cha (E sp aña) . Co mun ic ac ión en : 6 ª Se mana G eomá tica (Ba r ce lona 8 - 11 d e feb rer o de 2005 ). CAYE TANO

ROSADO,

M.

“Ex tr e ma dur a

y

A len tejo :

Del

subd es arro llo

h ered ado a los re to s d el fu turo ”. Rev is ta de E s tud ios Extr e me ños . 2006, nú m. 62, p. 1167 -1188. CAYUE LA, L .

Mod e lo s lin ea les e n R: Re gr es ión , A NO VA y A NCO VA .

Ma ter ia le s d e l curso de R d e l IRE C. 2009 . CAYUE LA, L. Mod e los lin ea les gen era lizados (GL M ) . Mate r ia le s d e un cur so d e l R d e l I RE C. 2009.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 273

CAMBIOS EN LAS SUPERFICIES DE AGUA EN LA RAYA CENTRAL IBÉRICA

CAYUE LA, L . Una introdu c c ión a R . Ma te ria l de l cu rs o de Doc tor ado de An á lis is d e D a tos E co lóg icos en R. Un iv ers id ad d e A lc a lá : 2009. CONSO RTIU M FO R SPA TIA L INF O RMA TION ( CGIA R -CSI ). NASA Shu ttle Rad ar Topogr aph ic Miss ion (S RTM) . D ispon ib le en : h ttp ://s rtm. c s i. cg iar.org /S EL E CTION /inpu tCoord. a sp. Con sultado e l 28 -052009. CUAD RAS, C. M. M étodos de aná lis is mu ltiv ar ian te . Ba rc e lon a: Ed ito r ia l P PU, 1991 . DE A RANZÁ BAL , I. ; E T A L. “ Mod e lling of la nds cap e ch ange s d er iv ed fro m th e d yn a mic s of so c io - eco log ic a l s ys te ms . A c a se of s tud y in a semia r id Med iterr an ea n lands cape ” . E co log ic a l Ind ica tor s . 2008, num. 8, p.672 -685. DE NDONCKE R, N . ; E T AL. “Sp a tia l an a lys is and mod e lling of land us e d is tr ibu tions in Be lg ium” . Co mpute r s, En v ironm en t and U rban S y stems . 2007, nu m. 31, p. 188 -205. I SAAC -MÁRQUE Z, R. ; ET A L. “ E s tr ateg ia s produ c tiv as c a mpe sin as : un aná lis is d e los f a c tor es co nd ic ion an tes d e l u so de l sue lo en e l or iente de T ab as co, Mé x ico ”. Un iv e rs idad y Cien c ia . 2005, vo l. 21 , nú m. 42, p.56 -72. L ES SCH EN, J. P. ; ET AL . “Id en tif ica tion of vu ln erab le ar ea s for gu lly e ros ion und er d iff er en t s c ena r io s of land a bandon me n t in Sou th e a s t of Sp ain”. Ca tena . 2007, nu m. 71, p. 110 -121. LÓ PE Z T RIGA L, L. ; LOI S GON ZÁL EZ , R. ; GUI CHA RD, F . ( COO RD. ). La a rticu la c ión te r r itor ia l d e la ra ya h ispanopo rtugu e sa. A c ta s S impo sium V ila r Formos o . Za mo ra : Funda c ión Re i Afonso H enr ique s, 1997. MED INA GA RC ÍA, E . “Or íg ene s h is tór ico s y a mb igü edad de la f ron tera h isp ano - lu sa ( L a Ra ya )” . R ev is ta de Es tud io s E x trem eños . 2006, nú m. 62, p. 713 -724. MEY E R, W . B. ; TU RN ER I I, B. L . “ Hu ma n popu la tion grow th and g lob a l land u se /cove r ch ange ” ; 1992. En : ISAA C - MÁ RQUE Z, R. ; ET AL. “ Es tra teg ias produ c tiva s c a mp es in as: un aná lis is d e lo s fa ctor es condicion an te s d e l uso d e l sue lo en e l o r ien te d e Tab as co, Mé x ico ”. Un ive rs idad y Cie n cia . 2005, vo l. 21, núm. 42, p. 56 -72. MO RA A LIS EDA, J. (COO RD.) . Lo s r íos in te rna c iona les T a jo y Guad iana en el d esa rro llo in teg ra l de Ex tr emadu ra, A len te jo y B e ira In ter io r . Cá ce re s :

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 274

JULIÁN MORA ALISEDA; FRANCISCO JAVIER JARAÍZ CABANILLAS & JOSÉ ANTONIO GUTIÉRREZ GALLEGO

G ab ine te de In ic ia tiv as Tran sfronte r iz a s, Junta d e Ex tr ema d ur a, Cen tro Eu ropeo de D es arro llo Reg ion a l, 1997. MO RA A LIS EDA, J .; E T A L. “ La in ic ia tiv a c o mun itar ia IN TE RREG III en E sp aña ” Bo le tín de la As oc ia c ión de Geóg ra fos E spaño les . 2005 a, nú m. 39, p. 267 -284. REGI DOR J . G . (D. ) D e sar ro llo rura l de ba se te rr itor ia l: E x tr emadu ra (E spaña ).

Bad ajo z :

Con sej er ía de

De s arro llo

Rur a l

y Min is ter io de

Agr icu ltur a, Pe sc a y A lime n ta c ión, 2006, 283 p. RENA RD , J. P . “Popu lation e t frontiè re s : p roblé ma tiqu e s e t me thod s”. E space Popu la tion s So c ie te s . 1992, nu m. 2, p. 167 -184. S E RRA , P. ; ET AL . “L and - cov er and land -u se ch ang e in a Med ite rr anean la nds cap e : A sp a tia l ana lys is o f d r iv ing for ce s in teg ra ting b ioph ys ic al and hu ma n f a c tor s” . App lied G eog raphy . 2008 , nu m. 28 , p. 189 -209. VE LAS CO BE RNA RDO, C. ; CAMP ESINO F E RNÁNDEZ , A . J. (Coord.) . Po r tuga l- España: ord ena c ión ter ritor ia l d e l Su roe s te Comun itar io : ac ta, pon enc ia s y comun icac i one s. Un iv ers id ad de Ex tr e ma dur a, S erv icio de Pub lic ac ione s, 1996. Ibd. En : VERBU RG, P. H. ; E T AL . “ Downs ca ling of land us e ch ange sc en ar io s to a ss es the d yn a mic s of Europ ea n lands c ape s ”. Ag r icultur e, Eco sy s tems and Env ironm en t . 2006 , nu m. 114 , p. 39 -56. VE RBU RG, P . H. ET AL . “Downs ca ling of land u s e change s c en ar ios to a ss es th e d yna mi c s of Europ ean lands c ape s ”.

Ag ricu ltu re , E co sy s tems and

En v ironment . 2006, num. 114, p. 39 -56. W ANG, Y .; Z HANG, X. “A dyn a mic mo d e ling appro ach to simu la ting s oc io economic

e f f ec ts

on

land sc ape

cha nge s” ;

2001.

En :

DE

A RANZÁ BAL , I. ; E T AL . “ Mod e lling of lands c ape ch ange s d er ived fro m th e d yn a mic s of so c io - eco log ic a l s ys te ms . A c a se of s tud y in a semia r id Med iterr an ea n lands cape ” . E co log ic a l Ind ica tor s . 2008, num. 8, p. W U, J. ; HOBBS, R. “Ke y is sue s and r e se ar ch pr io ritie s in lands c ape e co log y: an id io s yn cr a tic s yn the s is” ; 2002. En : DE A RANZÁ BAL , I. ; ET AL. “Mod e lling o f lands cap e chang es d er iv ed f ro m th e d yna mic s o f so c io eco log ica l

s ys te ms .

A

c as e

of

s tud y

in

a

se mia r id

Med ite rr an ean

la nds cap e ”. E co log ica l Ind ica tor s . 2008, nu m. 8, p. 672 -685.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 275

P LAN ESPECIA L DEL A LTO GUAD IANA

E N R I Q U E -J . C A L L E J A H U R T A D O D i r e c t o r C o n s o r c i o A l t o G u a d i a n a , A l c á z a r d e S a n J u a n (E s p a ñ a ) . [email protected]

L a cu en ca a lta de l Gua d ian a o cupa un a ex tens ión aprox ima d a d e 18.900 k m2 y co mpr ende la c abe c er a de l r ío Gu ad ian a d esd e su n ac imie n to h as ta e l r ío J ab alón, in clu ido és te. L a s p iez as fund a me n ta le s d e l s is tema h idr áu lic o d e la Cu enc a A lta d el Gu ad ian a son lo s e mb a ls es sub te rr áneo s con stitu ido s po r los ma te r ia les p er me ab le s qu e s e ex tiend en b ajo la L lanur a Man ch ega , e n tre los que d es tacan los gr ande s a c u ífe ros d eno min ados Man ch a O cc id en tal y Ca mp o de Mon tie l ( acu ífero s 23 y 24). E l acu íf ero de la Man cha O cc ide n ta l e s una fo r ma c ión geo lóg ica que cons titu ye un fenó me no s ingu lar por su dime ns ión (5 .500 k m 2 ) , por la red h idrogr áf ica a la qu e está ín tima me n te aso c iado, y po r su e nor me c apa c id ad d e almace na mi e n to y regula c ión h ídr ic a . Se ex tiend e d esd e la zona or ien ta l d e la cuen ca, con ec tando con lo s r íos Gu ad ian a, Z án ca ra , G igü e la y A zuer . Se alimen ta, ta mb ié n, d e la s agu as qu e f lu yen d e las La guna s

d e Ru id era,

f in aliz ando, prá c tica me n te, en L as Tab las de D a imie l. As í mis mo, en su s uperf ic ie s e con c en tra n d iv erso s Co mp lejo s L agunar e s de ex traord in ar ia s ingu lar id ad.

Todo

e llo

conf ier e

al

s is te m a

un

imp or tan tísimo

v alor

med io a mb ien ta l. D e l A cu íf ero 23, e l má s imp o r ta n te , en la a c tu alid ad s e a bast ec en d irecta m ent e má s d e 300.000

p e rso nas,

p er ten e c ien te s

a

cer c a d e 60

mu n ic ip ios , y s e r iegan una s 170.000 has ., s itu ac ión qu e h a s ido po s ib le alcan za r só lo me d ian te un uso cr ec ie n te d e los r ecu rso s h ídr icos d e l mis mo a lo largo d e lo s 30 ú ltimo s a ños . L o qu e h a abo c ado a un a s itu ac ión de s obreexp lo ta c ión impos ib le d e so sten er, aunqu e ta mb ié n ha supue s to un a mo d if ic ac ión a l a lz a de la a c tiv idad econó mic a mu y imp or tan te p ar a la Reg ión ; un cr ec imi e n to tan be nef ic io so e n lo soc ia l qu e r epr es en ta un a u téntico prob le ma huma n o la so la ide a de su r a len tiz ac ión. S in e mba rgo s ab e mo s qu e no r eúne la s pre mis a s b ás ic a s qu e g ara n tic en la so sten ib ilid ad.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 277

ENRIQUE-J. CALLEJA HURTADO

Lo s r ecu rsos anu a le s re novab les de l Acu íf ero 23 se es tima n e n 340 H m 3 anuales . Sus de ma nd a s, e n ca mb io, s upe ran en mu c ho d icha c an tid ad, h ab iendo llegado a a lc an z ar e l ord en d e h as ta 600 H m 3 e n lo s años d e ma yo r ac tiv idad . Co mo con se cu en c ia s e ha

producido un v a c ia do d e l mismo c ifr ado e n uno s

3

3.000 H m . P ar a e l A cuíf ero 24 s e c a lcu lan uno s r ecur so s r enovab le s d e 120 H m 3 a nu a le s. Su s d e ma nd as, a d ife re nc ia de lo qu e o curr e e n e l Acu ífe ro 23, han s ido muy v ar iab le s a lo largo de los ú ltimo s 20 años. Pero su e s tado h íd r ico tie ne un a esp ecia l r ep ercu s ión en la s itu a ción d e l P arqu e Na tu ra l d e la s L agun as d e Ru ide ra , d e mo do que se h an a lte rna do p er iodos e n lo s qu e la s itu ac ión a lcan zó tin tes dr a má tico s, llega ndo a s e car se co mp le ta me n te lagun as co mo La Blanc a, T aza

y

Re don d illa,

mie n tr as

qu e

el

re s to

ev iden c ia ron

d es cen sos

tan

imp or tan tes e n su s n iv ele s qu e a me n az aron d e h echo la con tinu id ad de l paraje co mo esp a c io n a tur a l. En d ef in itiva y co mo con c lus ión ge ner a l, pode mo s d e c ir qu e la s it ua c ión d e so br eexp lota c ión ha daña d o m uy s er iam en te todas la s zona s hú me das q ue

hoy

se

e ncu en tra n

pr oteg idas

a dm in istr at ivam ente

bajo

la

d eno m ina c ión d e R es erva de la Bio sfe ra de la Ma nc ha Hú me da. O tro s p roble ma s oc a s ion ados por e l exc es ivo con su mo de agua pa ra e l r egad ío ha sido la f a lta d e agua en la r ed f luv ial s upe rf ic ia l, lo qu e prop ic ió en s u mo me n to la o cupa c ión d e terr enos de l Do minio Púb lico H idr áu lico (c au c es y llanura s d e inund ac ión) qu e fueron obj e to d e rotur ac ion e s y pu e sta s en r egad ío , camb iando no só lo lo s u sos de l sue lo, s in o a le n tando e l d es arro llo de d iv ers as infr aes tru c tur as : con s tru cc ión de e mb a ls es , c a na les de e nc auz a mie n to, e tc . E s tas a c tuac ione s nun ca s on inocua s, y e n e l c a so r ef er ido c aus aron un a se r ie d e mu y impor tan te s im pac tos n egat ivo s: a lte ra c ión de l s is te ma h i dro lóg ico, tan to d e sus c aud a le s c ircu lan tes c o mo d e l ba lan c e h ídr ic o d e los ac u ífe ros, d eter io ro d e la ca lid ad d e las aguas supe rf ic iale s y sub terr áne a s, a lter ac ión de s uelo s, p érd id a de b iod iv ers id ad, d egrad a c ión d e e co s is te ma s , a ltera c ión d e p ais aje s y otro s imp a cto s so c io econó mic os de gr ave y gr an co mp lej ida d. Co mp le me nta r io con lo exp lic itado en e l pár ra fo an ter ior, en lo s ú ltimos años o tro imp or tan te fe nó me no h a ven ido a añ ad irs e a e sta d egr ada c ión : zon as d e cauc e s con abundanc ia d e turba han en trado en co mbu stión , produ c iendo gr aves r ie sgo s a p er son as y, sobr e todo , af ec tando a un p ecu lia r r e curso

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 278

PLAN ESPECIAL DEL ALTO GUADIANA

n atura l. Quiz á s e l c aso má s pa rad ig má tico ha ya s ido e l in ce nd io d e tu rba s o cu rr ido en e l P.N . d e La s Tab la s de Daim ie l en d if er en te s p er iodos , el ú lt imo e l pa sado oto ño de l año 2009 a nte r ior . Pod ría mo s

enu me r ar,

s in

án imo

de

s er

e xhau s tivos,

co mo

fac tore s

coad yuv an te s qu e provo caron la s itu ac ión d e sobr eexp lo tac ión d e los a cu íf ero s en el br eve la pso h is tóric o r ef eren cia do, lo s s igu ien te s : a ) Au sen c ia de un a nor ma qu e pe r mitie ra la g e s tión in tegr ada de la s aguas s uperf ic ia les y sub ter rán ea s. b) L a

fa lta

de

Ad min is tra c ión

ún ic a

qu e

tuv iera

e n co me nd ada

e xpre s a me nte la orden ac ión de la g es tión d e la s agu as sub terr áne as en e l p er iodo 1971 -1985. c ) E l de sa rro llis mo d e lo s año s 70, en lo s qu e s e h ic ieron obr a s de d es ec a c ión

de

laguna s

y

hu me d a le s,

y

se

in ic ió

la

exp lo tac ión

ind is cr imina da y cr e c ien te d e l A cu íf ero 23 con mu y pos itivo s r esu ltados e conó mic o s p ara la zona der iv ado s d e la me jora de produ cc ión agr íco la ob ten ida por e l ex ce s ivo consu mo d e agua . F ren te a e llo, e l nu evo ma r co leg is la tivo que imp u so la Le y d e Agu as de 1985, o torgó a lo s Org an is mo s de cu enc a e l c on tro l y la ge s tión de la s agua s s ubterr án eas . En la zon a que no s ocup a e s te control c orr espond ió a la Conf eder a c ión H idrog ráf ica de l Guad iana . En 1990 s e e mp e z aron a con s titu ir la s pr ime r as Co mun id ad es d e Regan tes de

agua s

s ubterr án eas

de l

ter r itor io

con s id erado .

En

1989

se

d e claró

s obreexp lo ta do e l A cu íf ero 24 y en 1994 lo fu e su ho mó n imo Acu ífe ro 23 , lo qu e con llevó la cons igu ien te aprob ac ión d e su s corr espond ien te s

Pla ne s d e

Ord ena c ión d e Ex tra cc ion es (P.O .E.) En 1992 e l Gob ierno a u tóno mo de Ca s tilla L a Manch a, a probó, con la ayuda de l Min is te r io d e Agr icu ltur a y la Un ión Europ ea , un Co mp ensa ción

de

Re nta s

p ar a

aqu e llos

reg an tes

que

P lan d e

vo lun tar ia me n te

r eduje ra n las ex tra cc ione s d e agu a p ara r iego d e su s cu ltivo s. E l obje tivo e ra r ecup er ar n iv e le s p iez o mé tr ico s y d is minu ir la n ega tiva afe c ción a los hu med a le s d e la cu en ca a lta d e l Gu ad ian a, ma n ten iendo , no obs tan te , e l n iv el d e r en tas de l agr icu ltor. Med ida s tod as e llas imp or tan tes, p ero no suf ic ien tes p ara a lc anza r e l u so sos ten ib le d e lo s a cu íf ero s con g ar an tía s d e so stenib ilid ad.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 279

ENRIQUE-J. CALLEJA HURTADO

Po r e llo, en e l P lan H idro lóg ico Na c ion a l, aprob ado en 2001, con te mpla ba la cr e ac ión d e un P LAN ES PECI AL D EL A LTO GUAD IANA, qu e deb ía s uponer la so lu c ión d ef in itiv a a l prob le ma d e la sobr eexp lo tac ión . Su obj e tivo g ener a l no pod ía se r o tro que e l d e con se gu ir u n us o so st en ible d e lo s a cu íf ero s s in qu e e llo af ec tas e a la e conom ía d e l t e rr itorio. Po r pr ime r a ve z la legis la c ión se p lan te aba qu e e l me d io a mb ien te y la agr icu ltu ra no pod ían con sid er ar se c o mo a c tivid ade s in comp a tib le s, s ino que las so luc ione s, a me d io y la rgo p laz o, d eber ían in cid ir en e l ma n ten imie n to y mej or a de lo s e spa c ios n a tura les as oc iados a la red f luv ia l sup er f ic ia l y a la r ecup er a ción de lo s a cu íf eros , a l mis mo tie mpo que un a tr ansfo r ma ción de la activ id ad agr ar ia d ir ig ida a l ma n ten imie n to d e cu ltivos so c ia le s g ener ador es de emp leo, c aso de la v iña d e gran tr ad ic ión en nue s tro e sp ac io rur a l, con mu y b ajos con s u mo s d e agu a ; ó lo s c u ltivos hor tíco la s, qu e aún n ece s itando mayo r es

do tac ion es

de

agu a,

c on

su

ade cu ad a

p lan if ica c ión

(qu e

no

s obrep as ar ía la s 20 .000 h as .) p ermitir ía n in cr e me n ta r la r en ta d e l agr icu ltor a la v ez qu e g ar an tiz ar ía n e l uso y c onso lid ac ión d e una s p rá c tic a s a gr ar ias abso lu ta me n te in teg rada s y re sp e tuo sa s con e l me d io a mb ie n te ma n che go y su esp ecia l s itu ac ión . E l P lan E spe c ia l d e l Alto Guad iana n ec e s itó c er c a d e s ie te año s par a su aproba c ión, d esd e 2001 a l 2008, a unque en e l P lan Hidro lóg ic o N ac ion a l con temp laba qu e d eb ía e s tar f ina liza do en e l p la zo de un año. E s to d a un a c la ra id ea d e su c o mp lej ida d, esp e c ialme n te en lo qu e h ace r efe ren c ia a los d if er en te s in tere s es en c onjunc ión : un s e c tor agr ar io mu y po ten te , influ yen te, con mu ch a c ap a c i dad de mo v iliz ación y qu e no quer ían pe rde r la gara n tía d el man ten imien to de sus r egad ío s, y un s ec tor c ien tíf ico y me d io a mbie n ta lis ta qu e tra taba de cons egu ir la r e cup era c ión y so s ten ib ilid ad d e los e sp ac io s n atura le s. Er a pa ra la c ons id er ac ión d e a mbos co lec tivo un a dico tomía mu y d if ícil d e def in ir : p ar e c ía qu e s e tr ata ba d e e legir en tr e “agu a p ara los p a tos ” o “agu a p ar a v iv ir ”. E l re to s e sup eró. Por es o, qu izá , lo má s imp or tan te de e ste P lan h a sido el cons egu ir un if ica r in ter es es , a lc anz ar una esp ec ie d e PAC TO qu e tod a la s ociedad cas te llano ma n cheg a s e h a au to o torg ado, por pr ime ra ve z en su h is to r ia , en un e sfu erz o co le c tivo po r sobre v iv ir. Han s ido la s prop ias Org an iz a c ion es

Agra r ia s

(As aj a,

Co ag

y

Up a),

jun to

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

con

la s

p ropias

Página 280

PLAN ESPECIAL DEL ALTO GUADIANA

Co mun id ades d e Reg ant e s y el s ec tor c ien tífic o y me d io a mb ien ta l los qu e d ieron su apo yo p ar a la a proba c ión d e es te a mbic ioso P lan . Eco log ía y e co nom ía pr e sentan en e st e lugar u na int e rr ela c ión ev ide nt e , d e tal for ma qu e, el ma n te n imien to de l buen e s tado de las ma s as d e agu a s ubterr án eas e s cond ición n e ce sa ria p ara la con tinu id ad d e las exp lo tac ion es agrar ia s que s e b as an en e llos ; mie ntr as qu e a su v ez , so lame n te la con se cuc ión d e un a r ac ion a liz ac ión e n la ac tivid ad ag rar ia qu e se de sa rro lla en es te lug ar p er mitir á la r ecup er ac ión y la sup er ac ión d e la sobr e exp lota c ión qu e e x is te en las p r inc ip ale s ma s a s de agua que c onfor ma n el A lto Guadia na . Po r e llo, e l obje tivo fund a me n ta l de l P lan E spe c ia l de l A lto Guad ian a (en adelan te P .E .A.G .) es : “ log ra r e l bu en estado cua litativo y cua ntitat ivo d e las ma sas d e ag uas su bt er rán eas , det en e r e l d et er io ro de todo s lo s r íos, h umeda les y eco s is tema s liga dos a e llo s y r ec up erar su fun c iona lidad eco lóg ica”. A s imis mo ,

es

obje tivo

del

P la n

la

so ste n ib ilidad

de

la

a ct iv idad

eco nóm ica d e la zon a . Por e llo, la s ac tu ac ion es conte mp lada s en el P. E.A .G. v an en ca mi n ada s igua lme n te a cons egu ir , en su á mb ito terr itor ia l, as egur ar la activ id ad ge ner ador a de e mp leo y d e va lo r aña d ido bru to, b ajo e l r esp e to y la cons erv ac ión d e lo s r ecur sos p ar a e l fu tur o y la con s ecu ción d e lo s obj e tivos amb ien ta les, en d ef in itiv a ob ten er un d e sar ro llo en sost en ib ilidad . Se tr ata d e cons egu ir qu e es e conjun to d e me did as agr ar ias , g e stión amb ie n tal y d es arro llo s ocio económic o , p er mita r ed uc ir la s ext ra cc ion e s a un máx imo d e 200 H m3 con ca ráct er an ua l . Lo s p lazo s ma r c ado s en e l P .E .A.G. par a cons egu ir e s tos obj e tivos va n en conson anc ia con lo s d e la D ire c tiva Mar co d e Agu as (D. M.A .), s eñ a lando co mo ú ltimo hor izon te e l año 2027. P ar a a lcan za r lo s obj etivos ma r c a dos s e h an e labor ado un a s er ie de med id as que s e ord ena n por Progr a ma s d e a c tu a ción , qu e en una pr ime r a clas if ica c ión s e e s tructur an en dos gr and es bloqu es : P rog rama d e M ed idas G en era le s y Prog rama d e M ed ida s d e Aco mpa ñam iento . D en tro d e c ad a uno d e es to s gr and es b lo qu es s e d ispone un ab an ico d e progr a ma s y subprogr a ma s . Todo s lo s progr a ma s for man un con junto int eg rado y com p le m entar io de ap licac ión , s in qu e se a pos ib le ind iv idu a liz ar una s d e o tr as o a p licar las un ilater a lme n te s in d e sv ir tu ar se r iame n te la f ilo sof ía d e l Pla n.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 281

ENRIQUE-J. CALLEJA HURTADO

Enu me r a mos a con tinu ac ión es tas me d id as d e a c tu a ción :

PROGRAMA DESARROLLO SOCIOECONÓMI CO

PROGRAMA MEDIDAS GENERALES C.I.D. PROGRAMAS AMBIENTAL E HIDROLÓGICO

P.D.R.S.

PEAG

PROGRAMA DESARROLLO AGRARIO

PROGRAMA APOYO COMUNIDADE S DE REGANTES

P.D.R.S. OBRAS ABASTECIMIEN TO Y DEPURACIÓN PROGRAMA A.G.U.A.

PROGRAMA INFORMACIÓN Y SENSIBILIZACI ÓN AMBIENTAL

1.- P rog rama d e me d ida s g en era le s. 1.1 . - Me d ida s de r eor de na c ión d e los de r ec hos de uso de agua s, ac tua ndo de acu erdo con lo s s igu ien te s me c a n ismo s : -

T ran sfor ma c ión d e lo s d ere cho s sobr e agua s pr iv ada s en con ce s ione s d e a gua s púb lic a s.

-

Ce lebr a ción d e con tr a tos de c e s ión d e d ere cho s d e u so d e agu as.

-

Adqu isic ión d e d er echos de uso de a gua y d e terr enos .

-

P lan es d e Ord ena c ión d e Ex tra cc ione s ac tua le s y r ev is ión de los mis mo s .

1.2 . - Me d ida s so br e mo d if icac ion e s en e l r ég ime n d e e xp lota c ión de los po zo s ex iste nt es , sólo p ara los titula re s d e conc e s ione s d e a gua s púb lic a s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 282

PLAN ESPECIAL DEL ALTO GUADIANA

2.- P rog rama d e me d ida s de acom paña m ie nto. 2.1 . - Prog rama h id ro lóg ico. 2.1 .1. - Herra mie n ta s d e g es tión . 2.1 .2.- Apoyo d e me d ios a la ge s tión d e l P.E .A.G. 2.1 .3. - De sarro llo de inv en tar io s d e aprov ech amie n tos ex is ten tes . 2.1 .4. - Ins tala c ión y contro l d e c auda líme tr os. 2.1 .5. - E stima c ió n d e con su mos por te lede te cción y d is cr imin a c ión esp ec tr a l d e cu ltivos. 2.1 .6 .- Ac tua c ion es sobr e Do min io Púb lico H idr áu lico (D. P.H .) 2.1 .7. - Censo y con tro l d e v er tidos . 2.1 .8. - Reutiliz a c ión de a gua s r esidu a le s en s us titu c ión d e r ecu rso s d e lo s acu íf ero s. 2.1 .9. - Def in ic ión d e per íme tro s d e pro tec c ión d e cap tac ion es. 2.1 .10. - Es tud ios de v iab ilid ad de re c arg a d e acu íf eros . 2.1 .11. - Func iona mie n to d e l Con sorc io. 2.1 .12. - Mejor a d e l cono c imie nto de l á mb ito terr itor ia l. 2.2 . - P rograma de apoyo a la s Co mun idade s d e Regan te s, que le s do te d e med ios

ma te r ia le s,

téc n ico s

y

p erson a les,

c o n tr ibu ye ndo

y

p ar tic ipando

activ a me n te a la g es tión d e l P.E .A.G. 2.3 . - Prog rama Am b ien tal. 2.3 .1. - Subprogr a ma d e me d id as a mb ien ta les par a r e cuper a ción d e h áb ita ts. 2.3 .2. - Subprogr a ma d e a c tu a cion e s d e r ecup er ac ión d e l D.P .H. 2.3 .3. - Subprogr a ma d e for es ta c ión. 2.3 .4. - Subprogr a ma d e a c tu a cion e s d e r ecup er ac ión de l P a tr imon io a soc iado al Med io H ídr ic o. 2.4 . - Prog rama d e Info rma c ión y S e ns ib ilizac ión A mb ien tal, qu e con tr ibu ya a con c ien c ia r de la n ec e s idad d e r ecup er ar el buen es tado de lo s re cur sos h ídr ico s

y

de

los

ec os is te ma s

de

e llo s

d epend iente s.

Con s ta

de

tre s

s ubprogra ma s : 2.4 .1. - Subprogr a ma d e for ma c ión, inv es tig ac ión e innov a ción. 2.4 .2. - Subprogr a ma d e d ivu lg ac ión y s ens ib iliza c ión . 2.4 .3. - Subprogr a ma d e p ar tic ip a c ión soc ia l. 2.5 . - P rograma de aba ste c im ien to y de pu rac ión d e agua s, qu e p la n te a la g es tión ad ec uad a d e los aba s te c imie n tos a pob lac ion es , pr es erv ando la ca lid ad

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 283

ENRIQUE-J. CALLEJA HURTADO

y can tidad de l r ecu rso, a s í co mo la to ta l d epurac ión d e las a gua s r es idu a le s con po sib ilid ad d e r eu tiliz ac i ón d e las mis ma s . 2.6 . - P rograma de de sa rro llo soc io - eco nóm ico, cu yo obje tivo e s imp lan tar un mo d elo d e cr ec imie n to b as ado en el u so ef ic ien te d e l agua. 2.7 . - P rog rama de mod e rn izac ió n y d e sar ro llo ag rar io , qu e con tr ibu ya al for talec imie n to d e l se ctor agr a r io fu tu ro, con nu evos cu ltivos e in ic ia tiv as innov adora s. 2.8 . -

P rogr ama

de

s eg uim iento,

qu e

sirv a

par a

ev a luar

el

gr ado

de

cu mp limie nto d e lo s obj e tivos y de lo s ef ec to s d e l P lan.

PR ESUPU ES TO P ar a a lc an za r lo s objetivos e sp ecif icado s en e l P an Esp ec ia l d e l A lto Gu ad ian a s e ha pr ev is to un eje rc ic io pre supu esta r io a de sarro llar a lo la rgo d e s u dur ac ión (2008 -2027). É s te s e pue de con cr e ta r d e l s igu ie n te tenor :

PRESUPUESTO Adquisición de derechos y terrenos

810

M€

Programa de medidas de gestión hidrológica

432

M€

Programa de apoyo comunidades de regantes

34

M€

Programa de educación ambiental

55

M€

1.669

M€

3.000

M€

Programa de abastecimiento, saneamiento y depuración

819

M€

Programa de reconversión agrícola

940

M€

Programa de desarrollo socio -económico

589

M€

5.530

M€

Programa de recuperación ambiental Total PEAG

Total con otros programas

En re su me n, un conjun to d e Progr a ma s , ac tua c ione s y me d ida s, que po sib ilitar án la r ecup er ac ión d e uno s eco s is te ma s insu s titu ib les en a de cu ada conjunc ión c on un a agric u ltura de s os ten ib ilida d.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 284

EVALUACIÓN

DE LA RECURSOS HIDRICOS: UN MODELO ECONÓMICO DE EVALUACIÓN

Mª TERESA PASTOR-GOSÁLBEZ Doctora en Economía. Profesora Adjunta del Departamento de Economía y Empresa. Universidad Cardenal Herrera – CEU, centro de Elche. España. [email protected]

P alabra s c lav es : ju egos c oop erat ivos , eq u idad , c o mpa t ib le e n inc ent ivo s.

1.- IN TR ODUCC IÓN E l ap rove ch a mie n to de lo s r ecurs os d e agua du lce e s e s en c ia l pa ra e l d es arro llo d e la pob lac ión. E l cre c imie n to y e l de sa rro llo de la s so c ied ades es tán e s tr ech a me n te v in cu lado s a l uso d e e s te b ien. No s pr eocup a co mo lo s d is tin to s age n te s (pa íses , agr icu lto re s, c iudad e s) r ib ereño s u tilizan e l agu a que f lu ye a lo la rgo de los r íos , cu ando ad e má s los agen te s que tienen a c ce so o d erecho a es te b ien tien en in tere ses con trapu es to s. E s to es , ¿ có mo c omp a r ten el agu a los a gen tes r ib ereño s? E l prob le ma a l re sponder l a pregunta ap ar ec e cuando la ca n tidad d e a gua es in suf ic ien te par a cubr ir las n e ce s idade s d e lo s agen tes . No s preo cup a cu a les son los in c en tivos d e lo s a gen tes r iber eños p ar a llegar a acu erdos a la hor a de c o mpa r tir e l a gua de un a for ma e f ic ien te. S er ia d e in teres es ex a min ar que tipo de a cu erdo s son “a c eptab les ”. S er a c ep table imp lic a qu e lo s a cue rdos d e r ep ar to d e la s agu as te ndr ían qu e ser e s table s, esto es, n inguno d e lo s agen tes pr ef er ir ía d is eña r o tro acu erdo, y por o tro lado, d eber ía p erc ib irs e co mo un a cue rdo ju s to d e ac uerdo con c ier to s pr inc ip ios d e jus ticia. U tilizando la teor ía de ju egos y d is tin tos a x io ma s de la teor ía d e la jus ticia, Amb e c (2008) car a cteriz a la única a s igna c ión que es e f ic ien te, co mp a tible e n in c en tivo s y un re par to equ ita tiv o ind ividu a lme nte r a c iona l ( equal sh aring ind iv idu a l r ac ion al) en un con tex to en e l qu e los ag en tes pr es en tan fun c ione s cón cav as y s ac iab les po r e l con su mo d e un b ien e s ca so. El r esu ltado de la as ign a c ión c ar ac ter iz ad a por Amb e c (2008) v iene cond icionado

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 286

Mª TERESA PASTOR-GONSÁLBEZ

por el rep arto equ ita tivo d el b ien e s tab le c ido e x -an te y por las fun c ion es que r ef lejen lo s b enef ic io s de l consu mo . E l pr inc ip io d e la u tiliza c ión equ itativ a y r azona b le d e lo s c urso s d e agu as in terna c iona le s ( ar t. 5.1 . d e la Conven c ión d e Nu ev a Yo rk) as í c o mo los f acto re s o cir cuns tan cias , re cog idos en el ar t. 6 de la mis ma : lo s n a tura le s, la s n eces id ad es

s oc io - e conó mic a s

de

los

E sta dos

r ib er eños ,

el

f a c tor

med io a mb ien ta l y e l cos te e conó mic o, podr ían s er ind ic ador es que permitie r a n es tab le c er un r ep ar to equ ita tivo de l b ien. No so tros

pla n te a mo s

un

mod e lo

s imila r

al

de

A mb e c

en

el

que

in trodu c imos la pos ib ilid ad d e qu e los ag en te s pu edan es tab lec er la propor c ión equ ita tiv a de l b ien . E s to no s pe r mite ob ten er lo s rep ar to s e x - an te d e l b ien que s er ian a cep ta b le s p ar a el ag en te . Po r o tro lado, ob serv amo s que las a s ign ac ione s car a c ter iz ad as por Amb e c (2008) no son re futab les a l h e cho qu e lo s ag ente s que p ar tic ipan en e l a cu erdo r evelen sus v erd adero s b ene f ic io s por e l u so d e l b ien. H e mos ob ten ido un a as ign ac ión qu e aun s iendo e f ic iente en ba s e a lo s re su lta dos d e Amb e c , no r esu lta re futa b le a qu e los ag ente s e s tén in ter es ado s en r ev e lar sus v erd aderos in teres es o fun c ione s d e b en ef ic io . S er ía d e in te ré s pod er c on tar con e s tima c iones d e fun c ion es de ben ef ic io por el con su mo y uso d e l agu a, qu e ind iqu en los v erd ade ros in ter ese s d e los agen tes (e sta dos) y no e s te mo s a me r c ed d e la s fun c ion es qu e los a gen tes r evelen en el mo me n to d e la n egoc ia c ión .

2.- MOD ELO Cons id er a mo s do s u suar io s qu e comp a r ten un a c a n tidad X d e un b ien pr iv ado o r ecu rso ( agu a de l r ío ). No mb ra remo s a lo s u suar io s c o mo " type"  =1 ,2. Cons id er a mo s qu e



s e d is tr ibu ye de a cue rdo a una fun c ión de d ens ida d f y

un a fun c ión a c u mu la tiva F en [  ,  ]≡ x1 

a1 , c on f(  ) >0 p ara todo   , 2d1

d en tro d e la pob la c ión d e usu ar io s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 287

EVALUACIÓN DE LA RECURSOS HÍDRICOS: UN MODELO ECONÓMICO DE EVALUACIÓN

E l ag en te 1 pr es en ta una fun c ión de b enef ic ios b1  x1  =a1x1 -d1x12 , y e l ag en te 2 pr es en ta una func ión de b en ef ic ios b2  x 2  =a 2 x 2 -d 2 x 2 2 por e l con su mo de un n iv el x d e l re cur so. L a fun c ión. bi  x i  e s a su mid a pos itiv a

  a1  a2   x1   pa ra 1,  x2   , do s ve ces d1  d2   

con tinua me n te d ifer en cia b le , es tr icta me n te conc av a re sp ecto x y es tr ic ta me n te crecien te has ta un má x imo deno tado por p ara todo

x ( x1 

a1 a p ara 1, x 2  2 p ar a 2 ) 2d1 2d 2

  .

Lo s agen te s pu eden s er ord enado s se gún su pará me tr o d e produ c tiv idad es

el

ag en te

for mal me n te

con

ma yor



tiene

una

ma yor

produ ctiv id ad

,

e s to

marg in a l,

 2b  x,   0 pa ra todo x1 y   . Es te supu es to su e le x

d eno tar s e por prop ied ad "s ing le - cro ss ing ". Es to imp lic a qu e s e supone que es no de cr ec ien te en

.

P ar a do s tipo s

x

 = 1X

P ar a e l ejemp lo

x1 + x 2 = 4 +10 >7

Un a as ign ación {

x , t } , indic a par a c ada  s e l c onsumo d e l re cur so x  ℝ₊,

y el e s quema d e tr ans fer en c ia s

t  ℝ. Deb e s er fa c tib le y e qu ilibr ar e l

pr esupu es to en e l sen tido d ef in ido a con tinu ac ión.

Un a

as ign ac ión

de l

re cur so

{

x } e s fa c tib le s i s a tisfa c e la s igu iente

r es tr ic c ión : ∫ x d F(  ) =x ₁+x₂≤X.

Un a tran sfe ren c ia {

t } e qu ilib ra e l pre supues to s i s a tis fa c e la s igu ien te

r es tr ic c ión pr esupu es tar ia : ∫ t d F(  ) = t₁+ t₂≤0.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 289

EVALUACIÓN DE LA RECURSOS HÍDRICOS: UN MODELO ECONÓMICO DE EVALUACIÓN

La

as igna ción

{

x , t } , ofr e ce a l ag en te 

una

s a tisfa c ción

o

pago

u  x , t ,  =b  x ,   t . S in p erd id a d e gen er a lidad , re str ing imo s nu es tra aten ción a la a s ign ac ión d e lo s rec urso s qu e s a tisfa c en

x  x p ara todo 

por que , d ado que el r ec urso es e s ca so, as ign ar a cua lqu ier ag en te s u máx imo (p ico)



ma s que

x e s ine f ic ien te.

D ef in imo s lo s ax io ma s b ás icos propu es to s por A mb e c (2008).

D ef in ic ion 1 L a a s ign ac ión {

x , t } e s c o mp a tible e n in c en tivo s (in c en tive -

co mp a tible - I C) s i y só lo s i s a tis fa c e la s s iguie n te s re s tr ic c ion es comp a tib les en in cen tivos ,





b  x ,   t  b min  x , x  ,  t ' p ar a todo  ′ ∈  I C(  ) ,   p ara todo

∈.

E s to e s, un a lo c a liz a c ión e s I C s i todo ag en te



pr ef iere su a s ign a c ión

 x ,t 

a cu alqu ier o tr a. E s ta de f in ic ión asu me libre dispo s ic ión, lo que qu ier e d e ci r qu e cua lqu ie r agen te es libr e de no consu mi r todo e l re cur so. Dado nu es tro ejemp lo una as ign a c ión {

x , t } es IC s i y só lo s i

b1  x1   t1  b  min  x2 , 4  t2 ,

b2  x2   t2  b  min  x1 ,10  t1

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 290

Mª TERESA PASTOR-GONSÁLBEZ

D ef in ic ion 2 L a as igna c ión {

x , t } es equ ita tivo ind ividu a lme n te r a c ion al

( equal -sh ar ing ind iv idua l r a tiona l, E SI R) s i y s o lo s i sa tisf a ce la s igu ien te r es tr ic c ión :





b  x ,   t  b min  X , x  , ESI R(  ) ,   p ara todo

∈.

Un a as ign a ción ESI R(  ) , g ar an tiz a qu e e l agen te d e tipo



ob tiene a l me nos

los b en ef ic io s qu e ob te ndr ía f ru to d e un rep ar to equ ita tivo d e l re cur so en cond ic ion es d e libr e d ispo sic ión. P ar a nue s tro eje mp lo la a s igna c ión {

x , t } e s ES IR(I C) , con un r eparto a

p ar tes igu a le s, s i y so lo s i b ₁(x₁) + t₁≥b( min [7,4 ]) , b ₂(x₂) + t₂≥b( min [7,10 ])

En es te con te x to en e l qu e la u tilid ad es tran sf er ib le, la ef ic ien c ia (op tima lid ad d e P are to ) s olo s e le cc ion a una únic a as ign a c ión f ac tib le d e l re cur so

x . 

*

E s ta es la a s ign ac ión d e l r e curso que ma x imiz a la su ma de la s func ione s d e b enef ic io suj e to a la s r es tr ic c ion es s obre los rec urso s. Es to es ,

max  b  x  dF   suje to a  x 



 x dF    X



L lama mo s el mu ltip licador L angr ag iano a soc ia do a la r es tr ic c ión fac tib le , la as ign ac ión e f ic ien te s a tis fa c e las s igu ien te s con d ic ione s de pr ime r ord en

b *  x    p ar a todo  c on  > 0. x

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 291

EVALUACIÓN DE LA RECURSOS HÍDRICOS: UN MODELO ECONÓMICO DE EVALUACIÓN

En es te conte x to A mb ec (2008) d emu e s tra qu e la as ign a ción wa lra s ian a d e la s do tacion es igu a litar ias

 x * ,t *  e s la ún ica a s ign ac ión (f ac tib le y equ ilibr ada

pr esupu es tar ia me n te) qu e es ef ic ien te, I C and E SI R.

E s ta a s ignac ión ún ic a e s la qu e igu a la lo s b en ef ic io s ma rg in a le s a lo s pr e c ios s o mbr a d e l r ecu rso. S e d ef in e e l e squ e ma d e tr an sf eren cia s p ara todo

∈.

por el in ter ca mb io

t *    X  x * 

Es ta e s la can tid ad qu e c ada age n te deb er ía p ag ar o re c ib ir

 X  x  a un pr e c io d e ter min ado. 

*

L a as igna c ión wa lr as ian a d e las do tac ion es igu a litar ias

 x * ,t *  pued e ser

imp leme n tad a a l vend er e l r e curso a s u pr ec io s o mbr a y re d is tr ibu ir e l d ine ro ob ten ido X a tr avé s d e un subs id io .

Un a v e z lle gado s a es ta as ign ación la cue stión q ue no s p lan teamo s e s la s igu ien te ¿ ex is te a lgun a s itua c ión en la qu e a lguno d e lo s a gen tes pued a es tar in teres ado e n me n tir sobr e cuá l es su func ión d e b enef ic ios? D ec lar ar unos b enef ic io s d if er en te s imp lic a ob te ner una a s ign a c ión dif er en te que pu edes co mp ens ar c on o tr a tr an sfer en c ia qu e f in a lme n te imp lique un a me jor a en los n iv ele s d e sa tisf a cc ión.

3.- ¿IN TERESA MEN TI R? L a cue s tión qu e p lan teamo s e s : ¿ exis te a lguna s itu a c ión en la qu e a a lguno d e los agente s le in tere s a me n tir s obre cu á l e s su func ión d e u tilida d con la in tenc ión de ob ten er un a ma yor s a tisfa c c ión? Para pode r r espond er a e s ta pr egun ta p la n te a mo s e l s igu ien te prob le ma E l prob le ma g en era l a re so lv er se r ía

b1  x1   1a1 x1  1d1 x12 b2  x2   2 a2 x2   2 d2 x2 2

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 292

Mª TERESA PASTOR-GONSÁLBEZ

En fun c ión de los p ará me tr os

1 , 2 ,  1

y

2

no s pod e mos encon tr ar con

v ar ias s ituac ione s

CASO A : na d ie mien te

1 = 2 =1

y

CASO B : só lo mie n te1 1 ≠  1 ≠1 y

Reso lv ere mo s la as igna c ión óp tima , e s to es

 1 =  2 =1

2 =  2 =1

 x , t  ,

y co mp ara re mo s los

n iv ele s d e sa tisf a cc ión ob ten idos en c ada uno d e los e s cena r ios .

3.1 . - NO MEN TIR E l mo d e lo pla n te a la suma d e lo s be nef ic io s conjun tos d e lo s agen tes en e l c aso en el qu e los dos expr e sa n su s v erda der a s fun c ion es d e b ene f ic io s

Max  a1 x1  b1 x12    a2 x2  b2 x2 2  x1 , x2

s.a.  x1  x2    X  1    X  Ob ten iendo d e es ta ma ne ra la a s igna c ión de l rec urso op tima p ara c ad a a gen te.

x1*  b1 , b2 , a1 , a2 , X  

2b2 X   a2  a1  2  b2  b1 

x2*  b1 , b2 , a1 , a2 , X  

2b1 X   a2  a1  2  b2  b1 

D ada es ta as ign a c ión ca lcu la mo s la tr an sfe renc ia qu e no s p er mitir ía ob tener la as ign ac ión

 x , t  t  X  *  

B X  x *   X 

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 293

EVALUACIÓN DE LA RECURSOS HÍDRICOS: UN MODELO ECONÓMICO DE EVALUACIÓN

t1  X 1*   t1  b1 , b2 , a1 , a2 , X ,   

b  X  x1*    a1  2b1 x1*  X  x1*   X 

t2  X 2*   t2  b1 , b2 , a1 , a2 , X ,   

b 1    X  x2*    a2  2b2 x2*   1    X  x2*   X 2

F in alme n te c a lcu la mo s la u tilidad o sa tisf ac c ión f in a l d e ca da ag en te :

u  x * , t * ,   b  x * ,   t *  b  x * ,     X  x *  b1  x1*   b1  b1 , b2 , a1 , a2 , X ,    a1 x1*  b1 x1*2 U1  b1 , b2 , a1 , a2 , X ,    b1  x1*   t1  x1*  b2  x2*   b2  b1 , b2 , a1 , a2 , X ,    a2 x2*  b2 x2*2 U 2  b1 , b2 , a1 , a2 , X ,    b2  x *   t2  x2* 

3.2 . - M EN TI R Lo s re su ltado s ob tenido s en la sub se cc ión a n ter io r, según e l teor e ma propu es to por A mb e c son ef ic ien te s, son IC ( in cen tiv e c o mp a tible) y E SI R ( equal sh ar ing ind iv idua l r a tion a l) . S in e mb argo, e s tos r e su ltados d epe nden de qu e los indiv iduos e s té n rev e lando sus n iv e le s d e s a tisf ac c ión r e ale s. Nos p lan te a mo s la po s ib ilida d d e qu e uno de los ag en te s d e c id e me n tir ac er c a de cuál es su func ión de b en ef ic io re a l con la in tenc ión de ob te ner un a tr ansf er en c ia ma yo r o d e tene r que p aga r me no s. En es te c a so e l prob le ma a r eso lv er s ería e l s igu iente

Max  1a1 x1  1b1 x12    a2 x2  b2 x2 2  x1 , x2

s.a.  x1  x2    X  1    X 

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 294

Mª TERESA PASTOR-GONSÁLBEZ

Ob tene mo s la as ign ac ión d e l r e curso óp tima par a cad a ag en te.

x1M *  1 , 1 , b1 , b2 , a1 , a2 , X ,   

2b2 X   a2  1a1  2  b2  1b1 

x2 NM *  1 , 1 , b1 , b2 , a1 , a2 , X ,   

21b1 X   a2  1a1  2  b2  1b1 

D ada es ta as ign a c ión ca lcu la mo s la tr an sfe renc ia qu e no s p er mitir ía ob tener la as ign ac ión

 x , t  t  x *  

t1M  X1*   t1M  1 , 1 , b1 , b2 , a1 , a2 , X ,    t2 NM  X 2*   t2NM  1 , 1 , b1 , b2 , a1 , a2 , X ,   

b X  x *   x b  X  x1M *    1a1  21b1 x1M *  X  x1M *   X1

b 1    X  x2 NM *    a2  2b2 x2 NM *  1    X  x2 NM *   X 2

F in alme n te c a lcu la mo s la u tilidad o sa tisf ac c ión f in a l d e ca da ag en te :

u  x * , t * ,   b  x * ,   t *  b  x * ,     X  x *  b1  x1M *   a1 x1M *  b1 x1M *2 U1M  1 , 1 , b1 , b2 , a1 , a2 , X ,    b1  x1M *   t1  x1M * 

b2  x2 NM *   a2 x2NM *  b2 x2NM *2 U 2NM  1 , 1 , b1 , b2 , a1 , a2 , X ,    b2  x2 NM *   t2  x2 NM * 

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 295

EVALUACIÓN DE LA RECURSOS HÍDRICOS: UN MODELO ECONÓMICO DE EVALUACIÓN

Un a v ez obte n idos los n iv e le s d e s a tisfa c c ión par a a mbos agen tes en los dos con tex to s an a liz ados , pa s a mo s a comp a r ar los . Ob tene mo s los v alo re s d e ₁ y ₁ tales qu e

U1M  1 , 1 , b1 , b2 , a1 , a2 , X ,    b1  x1M *   t1  x1M *   b1  x1*   t1  x1*   U1 b1 , b2 , a1 , a2 , X ,   S i f ij a mo s

1  1

todo es tá en fun c ión de

1  1 ,

y e l agente 1 gan a min tiendo

s iemp re que U1M *  U1* , es to e s

U1M *  U1* 27.61  1212  5.55  10.05

[ Figu re 2 ]

Po r lo tan to s i

1  1.25 ( F igura 2) , U1M *  U1* y e l a gen te 1 gan a s i mie n te .

E s to qu ier e d ec ir que s i e x is ten ince n tivos a e sc onder cu a le s son su s be nef ic io s r eales por pa r te de l a gen te 1, en e ste c a so. E s to no s índ ica qu e en un c on texto n egoc iador in tere s a tene r un a buena e s tima c ión d e las func ione s d e be nef ic io s d e los ag en tes rib er eño s (p aís es), de for ma qu e pud iér a mo s pr eve er cu a les podr ían ser la s me jo re s e s tr a teg ia s p ara los ag en tes.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 296

Mª TERESA PASTOR-GONSÁLBEZ

4.- D is cu s ión so br e e l re pa rto Po r o tro lado ta mb ién pa re ce in te re s an te d is cu tir sobre có mo s e d ec id e e l r epar to in icia l d e l re curs o, e s to es

 . Pu es to que e s te v a lor d e ter min a el va lor

d e las u tilida de s f in a les d e c ada ag en te

p ara X=7 y

 = 0.2 ,

 x1*  0.5, t1*  6.3 ,  x2*  6.5, t2*  6.3 ; 1*  10.05, *2  81.45 y p ara X=7 y =0.5 ,

 x1*  0.5, t1*  21 ,  x2*  6.5, t2*  21 ; 1*  24.75, *2  66.75

En es te ej emp lo ob s erv a mos que c uando e l re par to in ic ia l de l re curs o con c ede al agen te 1 e l 20% de l re cur so es te ob tiene uno s b enef icios mu y infe r ior es a los que ob tendr ía s i es te ag en te obtie ne e l 50%

1*   0.5  24.75  1*   0.2   10.05 E s to d eno ta qu e e s funda me n ta l n ego c iar e l repa r to in ic ia l d e l r ecu rso.

5.- Con c lu sion es Po r lo tan to, he mo s ob ten ido una a s ign a c ión qu e aun s ie ndo ef ic ien te en b as e a lo s r esu ltados d e A mb e c, r e su lta re fu tab le a que los ag en te s e stén in teres ados e n r eve lar su s ve rdad ero s in te re se s o func ion e s d e b en ef ic io. Po r e llo s er ía d e in teré s pod er con tar con e stima c ion e s d e fun c iones de b enef ic io por e l con sumo y uso d el agu a, qu e ind iqu en lo s ve rdad ero s in tere ses d e los agen tes ( es tado s) y no es te mo s a me rc ed d e las fun c ion es qu e los agen tes r eve len en el mo me n to de la nego c ia ción. Tr ab ajo s co mo e l d e A mb ec Pu lido -V e laz que z, M. & Fr ank A. W ard (2009) no s ind ic an a lgun as d e las po sib ilid ad es p ara e va lua r lo s n iv e le s de s a tisfa c c ión d e lo s agen tes , a s í co mo lo qu e e s ta ría n d ispu es to s a p ag ar por e l r ecur so. Es ta es un a de la s prin c ipa les v ías d e traba jo fu turo .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 297

EVALUACIÓN DE LA RECURSOS HÍDRICOS: UN MODELO ECONÓMICO DE EVALUACIÓN

6.- Bib liog raf ia Aur a y Lar io s d e Medr ano, Ad e la M. (2007) " La rea lizac ión de l pr in cip io de la u tiliza c ión e qu ita tiva y r azonab le e n la p rác tic a fluv ia l hispano lusa " . Rev is ta E sp año la de D er echo Inte rna c ion a l" vo l. L IX, 2007,2 . A mb ec, S. (2008) " Shar ing a re sou rc e with con cav e b ene fits ". Soc ia l Cho ic e W elfa re , 31, 1 -13. A mb ec, S . & La rs Eh le rs (2007) " Coope ra tion and equ ity in the r ive r - shar ing p roblem " Work ing Pap er GAEL 2007 -06. Pu lido -V e laz que z, M. & Fr ank A. W ard (2009) " Inc en tiv e pr ic ing and co st r ecove ry a t th e bas in s ca le" Journ a l of Env iron me n ta l Man ag e me nt 90, 293 313

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 298

A U TI LI ZAÇÃO RACIONA L DOS R ECUR SOS H ÍDRI CO S E A I NDÚS TRIA SUCROALCOO LEIRA: UMA ANÁ LI S E À LU Z D O PR INC ÍP IO DO D ESENVO LV IM EN TO SUS TEN TÁVEL

LÍLIAN GABRIELE

DE

FREITAS ARAÚJO

Graduanda do curso de Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e bolsista do Programa de Recursos Humanos em Direito do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, PRH-ANP/MCT Nº 36, pela mesma universidade, Campus da cidade de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. [email protected]

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES Bacharel em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Habilitada em Direito do Petróleo e Gás Natural por convênio entre a ANP e a UFRN. Mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Doutora em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande. [email protected]

RESUMO

A Le i b ra s ile ira de água s n ° 9.433 /97, ao me s mo te mp o em q u e pr evê , e m s eu ar t. 1° , IV , qu e a ge s tão d e r e cur sos h ídr ico s d eve s emp r e propor c iona r o u so mú l tip lo d e águ as , d ispõ e qu e e s se u so dev e dar -s e de for ma r a c ion a l, co m v is tas ao d es envo lv ime n to su s ten táv e l ( ar t. 2º , II), a f im d e g ar an tir à a tua l e às fu tur as ge ra çõ es o ac e sso aos r ec urso s h íd r ic os e m p adrõ es de qu a lid ade. A r ef er ida le i bus c a d iscip l in ar o d is pos itivo do a rt. 21, XIX , d a Ma gna Ca r ta br as ile ir a de 1988, o qu a l atr ibu i à Un ião a co mp e tênc ia d e ins titu ir s is te ma n acion a l d e g er enc ia me n to d e r e cur sos h ídr icos e d ef in ir c r ité r ios d e ou torg a d e d ir e itos d e s eu u so. S ab e - se que a águ a ve m s e ndo ba s tan te u tiliz ad a n a cad eia produ tiv a d a indú str ia su croa lcoo le ir a, e o seu uso e lev ado n as r eg iõ es can av ieira s pod e co mpro me te r, mu itas v ez es , o ab a s te c ime n to da re g ião d as u sin as. A tr av és d e pe squ is a n a doutr in a, e m pe riód icos a mbie n ta is re la cionado s à águ a, e n a leg is la ç ão d e r e curso s h ídr icos , v er if icou - se a n ec es s id ade urgen te d e qu e sej am c on cr e tiza da s as po lític a s d e r egu laç ão d a u tiliz a ção dos r e curso s h ídr icos , prin c ipa lme n te , n a produç ão de b ioco mbu s tíve is, dando - s e ê nfa s e à

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 300

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

indús tr ia suc roa l coo le ira , u ma ve z qu e há u ma te ndên c ia de mu d anç a d a ma tr iz energ é tica , qu e pod e imp u ls iona r a d e ma nda mu nd ia l por b io co mbu stív e is, esp ecif ic a me n te po r á lcoo l, e m r a zã o da in ten sif ica ç ão da s c r ítica s aos e fe itos d anoso s ao me io a mb ie n te c aus ado s pe lo u so d o s der iv ado s fós se is, e pe la n eces s id ade d e redu ç ão d a emis sã o de po lue n te s na atmo s f era , alé m d o cres cen te au me n to, nos ú ltimo s ano s, do vo lu me d e v e íc u los. D iante de ss a conjun tura , e s endo a águ a u m r e cur so na tu ra l limita d o e de ex tre ma re lev ân cia p ara a c ade ia d a vid a, surg e a a me a ç a d e sua esc a ss e z, u ma ve z que, n a me d ida em q u e cr es c e a d e ma nd a por b ioc o mbus tív e is , cr es c e a popu la ção mu nd ial. N es se ín te rim, v isando a proporc ionar o us o mú ltip lo da águ a s e m su a es cass e z, tod as a s naç õe s d evem b us car a s u s tentabilid ade , a p ar tir d a ins talaç ão de po lítica s d e pr es erv aç ão e r ac iona liz aç ão de s eu uso por p ar te d as co mun id ades mund ia is , p ara qu e as popu laçõ es a tua is e fu tur as pos s a m usufru ir d a águ a tan to pa ra o con su mo co mo pa ra o s ma is d iv erso s f ins qu e e ss e r ecurso po ss a lh es propo rc ion ar. No Br as il, esp ecif ica me n te, f a z -s e n ec e ss ár ia a atuação conjun ta d a Un ião, E s ta dos, D is trito F ede ra l e Mun ic íp ios , e m conson ânc ia co m o s p re c e itos cons titu c ion a is, na r egu la çã o d a u tiliza ç ão dos r ecu rso s h ídr icos na c ade i a produ tiva d a indús tria su cro a lcoo le ira .

Pa lav ra s -chav e: águ a, r egu laç ão, indús tr ia suc roa lcoo le ira , sus ten tabilid ade .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 301

A UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS E A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA: UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1–

INTRODUÇÃO

A tu a lme nte, o te ma r efe ren te aos r ecu rso s h ídr icos é d is cu tido no mu ndo in teiro, u ma ve z que a águ a con s titui e le me n to e s sen c ia l à v id a. As popu laçõ es mu nd ia is s ão fr equ en teme n te a ler ta da s sob re a ne c es s idad e de s e imp lan tar , ou mais p re c isa me n te , de s e ef e tivar , a s po líticas de p lan eja me n to e ge s tão dos r ecu rso s h ídr icos , e m fun ção da a me a ç a d e sua es c a s se z. Su a apar en te abund ân c ia , pr in c ipa lme n te no Br as il, ger a a de spr eocup aç ão co m sua pr es erv a ção , f ato qu e o c as ion a o seu de sp erd íc io e po lu iç ão. A impor tânc ia do te ma tr a tado consis te n a n e ces s id ade d e qu e a s popu la çõ es s e con s c ien tiz e m d a limita ç ão de ss e re cur so na tur a l d e no táv e l r e levân cia p ar a a v ida e par a a a tiv idad e e conô mic a . O s is tema h ídr ico n ão s e renov a, h aja v is ta qu e r epr es en ta u m s is te ma f ech ado. Po r es s a r az ão, de ve s er co mpro mis so d e tod as a s na çõe s o u so r ac ion al d a águ a, qu er sej a pa ra a sa tisfa ç ão d as pr imeir as ne c es s id ade s d a v id a, qu er sej a p ar a sua u tiliz a ç ão nos pro ce ssos produ tivo s d as ma is v ar iad a s c ate gor ia s indu str ia is, de s tac ando - se , n esse es tudo, a indú str ia sucro a lcoo le ir a, a q u a l ch ama a a te nç ão por u tiliza r -s e d a água e m tod a a sua c ad e ia produ tiv a, mu itas v ez es s e m ne nhu ma regu laç ão ou f iscaliza ção

por

par te do s órg ão s r espon sá ve is p e la imp le me n ta ç ão

d as

po lítica s d e u tiliz a ção do s r e cursos h ídr ico s de for ma ra c ion a l e su s ten táve l. O r igor do p la nej a me n to e da g es tão dev e m s er imp lan tado s p ar a qu e

h aja o

r esp eito por p ar te do s us in e iro s. E m f unç ão d is so, hoj e a águ a não é ma is v is ta co mo u m r ecu rso pr iv ado do s indiv íduo s, ma s s im c o mo b em p úb lico co mu m, ma is pr ec is a me nte , b e m de car áter trans ind iv idu a l c oncr e to, cuj a titu lar id ad e do do mín io pe rten ce à Un ião ou ao s E s tado s, nos limite s qu e lh es co mp e te, c ab endo a es s es en te s con ced er a ou torg a para o u so d a á gua , a ss im co mo a cobr anç a por e s se u so, v is ando a in ib ir o de sp erd íc io e a e s timu lar pr á tica s amb ie n tais edu ca tiv as , a p ar tir da pr es erv aç ão d es s e r ecu rs o na tu ra l. Mu ito e mbor a a L e i d e Águ as g ar anta o uso mú ltip lo d as águ as, é fe ita u ma r es salv a no s eu ar t. 1°, III : qu e e m p er íodos d e e s ca ss ez , o uso pr ior itá r io dos r ecu rso s h ídr icos s erá o c onsu mo hu ma no e a de s sed en taç ão d e an ima is . D iante d es se enunc iado lega l, a pre s enta -s e d e for ma inc is iva a ne ce s sid ad e de u so r acion a l da á gu a, no Br as il e no mu ndo, uma v e z qu e n a propor çã o e m que cres ce a popu laç ão, cr es c e a d ema n d a por c o mbu s tíve is, n ec es sa r ia me n te

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 302

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

r enováv e is e c r es c e, c o mo cons eqü ênc ia, a d e ma nda po r água, n ão só qu an tita tiv ame n te , ma s qu a lita tiv ame n te .

N ão

obs ta n te

isso,

d ev e -s e

cons id er ar a inda que , e m f unç ão d es se uso d es enfr eado da águ a, no fu turo pod em e c lod ir cons tan te s conf li tos e m r a z ão d e su a es c as s ez , co mo já v e m o corr endo. E s se s conf litos te ndem a a u me n tar con comita n te me n te c o m a pr ev is ão do a u me n to de s sa e s ca sse z , d evendo o corr er , pr in c ipa lme n te, n a s r eg iõe s onde h aja ma ior d ispon ib ilid ade de ss e b e m. A s o rgan izaç õe s governa me n ta is e n ão gov ern ame n ta is vêm s e r eun indo há algu ma s dé ca da s, no in tu ito de d is cu tir a me lhor ma ne ir a de pr e serv a çã o d es se b em de in es timá v e l valor, tendo s ido d ef endido e ac lama d o o mo d elo do d es envo lv ime n to su s te n táv e l, o q u a l j á fo i con sag rado pe la Carta Magna br as ile ir a de 1988, no se u ar t. 225 . D es sa ma n eir a, é d ever do Poder Púb lico e da c o le tiv id ade a pre s erva ç ão d a águ a, e m n íve is qu antita tivo s e qu a lita tivo s, p ara qu e as pr es en tes e fu tur as g eraçõ es pos s a m ta mb é m u s ufru ir d es se b e m, c o mo cond iç ão p ar a uma s a d ia qu alidad e de v id a. O

de senvolv ime n to

su sten táve l

é

pr in c íp io

con s tituc ion a l

qu e

te m,

por tan to, aplic a ção ime d ia ta , s endo imp r e sc indív e l a su a ob serv ân c ia por p ar te do s produ tor es d e e tano l ou qu a lqu er ou tra m od a lidad e de en erg ia . Pa ra isso, torn a-s e indisp en sáv e l a ob serv ân c ia à edu ca ç ão a mb ien ta l por p ar te da s u s inas s ucro a lcoo le ira s . N es te con tex to, o obje tivo do p re se n te tr aba lho é ana lisa r s e é su s tentá vel a

u tiliz aç ão

em

ma s s a

de

água

no

proce s so

produti vo

da

indú str ia

s ucro a lcoo le ira , d ian te do c en ár io qu e se apre s en ta a tu a lme n te , cujo c on texto anunc ia períodos d e e sc a ss e z imin e n te . Ad e ma is, d eve -s e av er igu ar se e ss e u so é co mp a tív el co m a L e i nº 9.433 /97, b e m co mo s e os ins tru me n to s d a Po lítica N acion a l dos Re cur sos H ídr icos e s tã o s endo efe tiva me n te a p lic ados . U tilizou -s e, par a f ins de e mb as a me n to teór ico, pe squ is a lóg ico -dedu tiv a n a dou tr in a a tin en te aos re cur sos h ídr icos , b e m c o mo na leg is la ção p átr ia que tr ata da Polític a Na c ion a l d e Recur sos H ídr ic os, a lé m d e r e lató r ios v ir tua is tr atando da c a de ir a p rodu tiv a d a indús tr ia suc roa lcoo le ira , ar tigo s cie n tíf icos produ z idos por es tudioso s d a Eng enhar ia A mb ien tal e da Engenh ar ia d e P roduç ão, se ndo f e ita ta mb é m v a s ta le itura e m a r tigo s v ir tu a is e p er iód icos qu e tr azem a impor tânc ia d a te má tic a d a pr e serv a ção d a águ a pa ra os d ia s a tua is.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 303

A UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS E A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA: UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

2 –

O USO DAS ÁGUAS PÚBLICAS

É pos s ív e l d izer que a p ar tir da Con stitu iç ão F ed era l de 1988 p a ss ara m a in ex is tir águ as pr iv ad as no te rr itór io br a s ileiro, u ma ve z qu e as s im e r a m tr atad a s a s á gua s qu e s e en con trav a m no subs olo de propr iedad e priv ada , à época d a v ig ênc ia do Cód igo Civil d e 1916. N es s e p er íodo, er a fre qüen te a p erfur aç ão d e po ços ca r te s ianos e m p rop ried ade s pr iv ad as p ar a qu e s eu s r esp ec tivos propr ie tár io s n ão p ag a s se m p e lo forn ec ime n to de água po táve l. I mpo r tan te

me n c ion ar

sob

que

con tex to

o

mundo

v iv ia

n es se

per íodo .

T rad ic iona lme n te , ao s r ecur sos h ídr icos foi a tr ibu ída a c ara c ter ís tic a da in esgo tab ilid ade , e m fun ção d a ap aren te abund ânc ia de águ a ex is te n te no p laneta, cabe ndo - lhe a d eno min aç ão de “P laneta Águ a ”, ao invé s de “ P lane ta T err a”. E ssa ap arên c ia fo i, con tudo, d e ma s ia da me n te pr ejud ic ia l à própr ia pr es erv aç ão d a águ a, u ma v e z qu e, d ian te do anún c io d e qu e e ss e re curso n atura l er a r enov áve l, a o con trá rio d o p e tró leo, a imp le me n ta ção d e u ma po lítica d e g eren c ia me n to de r e cur sos h ídr ic os só ve io surg ir tard ia me n te , qu ando

tod as

as

popu laçõ es



se

en con tr ava m

a l a r ma da s

d ia n te

da

pr ev is ib ilida de de su a es c as se z. D es sa for ma , coub e à Ca r ta Magna d e 1988, no s m o ld e s do d ispo s to no ar t. 20, in c iso III , in augur ar a id é ia d e que a águ a in tegr av a o pa tr imô n io púb lico d a Un ião, e n ão o p atr imôn io priv ado d e ne nhu m ind iv íduo. Pod e - se d izer, as s im, que a águ a fo i enqu adrad a n a c a tegor ia do s ben s d e us o co mu m. No en tan to, qu an to a es s e enquad ra me n to d a águ a n a c ategor ia d e b em d e u so co mu m, confo r me pr evê o ar t. 225, caput , CF , qu ando e xpre ss a que o me io amb ien te é b e m d e u so c o mu m d o povo, é pe rtin en te s e f az er u ma r ess a lv a. A dou tr in a ma is mo d erna j á ve m c on sid er ando qu e o me io a mb ie n te conf igur a u ma for ma d e b e m d ifus o, cuj a titula r idad e é co le tiva ou tr ans ind iv idu a l, is to é, per ten cen te a vá r io s ind iv íduo s ind e termin a dos , lig ados en tre s i por circun s tânc ia s d e f a to, h aja v is ta qu e todo e qua lqu er ind iv íduo pod e de le u sufru ir, nos limite s e s ta be lec ido s p e la Cons titu ição F edera l. A águ a, por su a v ez, a ss im n ão pode ser con s id er ad a, po is sobr e e la ex is te u m titu la r d ef inido cons titu c iona lme n te, n ão lhe pod endo s er r eputa do o v iés d e b e m d ifus o, mas s im d e b e m c oncr e to, c ab endo aos titu lare s g er i -lo esp e c if ica me n te .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 304

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

A águ a, a tua lme n te, pod e s er u sufru íd a por todo s, a titula r idad e d e s eu do mín io não p er tenc e a u ma g a ma d e ind iv íduo s inde ter min ado s, ma s tã o s o men te à Un ião e aos Es tado s, n a for ma do a r t. 26 , I, CF /88. N es se ín terim, a g e s tã o dos r ecur sos h íd r ic os far -s e-á por me io d a r egu la ç ão por p ar te da Ad min is tra ç ão, co mo titu lar do do mín io , me d ia n te au tor iz a ção , c onc e ss ão ou p er mis s ão, c abendo a e la a ou torg a d e u tiliza ç ão dos r ecu rso s h ídr icos , confor me p rev ê o ar t. 21, XIX , da Cons titu iç ão F ed era l de 1988. O u so ex tr aord in ár io dos r ecur sos h ídr icos , co mo bens púb licos q u e são , is to é, quando n ão for em u tiliz a dos pa ra a tend er as p rime ira s n ec e ssid ade s da v id a, ens ej a a ins titu iç ão d a cobranç a , co mo for ma d e co mp ens aç ão f in anc e ir a, no s mo ld es do ar t. 20, § 1 º, d a Con stitu ição Fede ra l. Fo i cr iad a, e n tão , a L e i n ° 9.433 /97, no in tu ito d e se r egu la me n tar o d ispo s to no supr a me nc ion ado ar t. 21, XIX, CF , s endo in s titu íd a, a tr avé s de ssa lei, a Po lític a Na c ion a l d e Recu rsos H ídr icos, v is ando a imp le me n ta r po lític as d e g es tão e p lanej a me n to d a águ a. A L e i d e Águ as (9 .433/97) tr az o ro l do s s eus fund a me n to s no s eu ar t. 1°, do s qu a is pod e s e de s tac ar aqu e le expr es so no in c iso IV , qu e re z a que a ge stão d e recur sos h ídr icos d ev e s e mpr e propor c ion ar o uso mú ltip lo de água s. N es se s en tido, o s eu a rt. 2 º tra ta d e expor os obje tivos da Po lítica Na c ion a l dos Recur sos H ídr icos , den tr e os qu a is a que le qu e e xpre ss a que e ss e u so de ve d ar s e de for ma r a c iona l, co m v is tas ao d e senvo lvime n to sus te n táv e l ( ar t. 2 º, II), a f im d e g aran tir à a tu a l e à s fu tur as g er a çõe s o a c es so ao s re cur sos h ídric os e m p adrõe s d e qu a lidad e. U ma v ez que o in c iso II do a r t. 1° tr a tou de r e conh ec er o car áter limita do d a água , qu ando d is pôs : “ a água é u m r e cur so n a tura l limita d o, do tado d e va lor econô mic o. ” N es se diap as ão, a L e i n° 9 .433 /97 ve io r egu lar a qu ilo que for a es tabe lecido p ela Con s titu ição Fed er a l, enx erga ndo a ne ce s s idad e d e qu e o u so d a água fo ss e

regu la me n tado ,

s uperv is iona do,

f is c a liz ado ,

g er en c iado

p e lo

Poder

Púb lico, uma v e z qu e f o i r econhe c ido que a á gua er a u m b e m n a tura l não r enováv e l, limita d o e qu e e s t av a pr es tes a torn ar -s e es c ass o, e m r a z ão do uso d es enfr eado que d e la houv e ou trora , quando aind a s e a cr ed itava n a sua g rand e abundân c ia e cap a cid ade d e r enovar - se . D ian te de s se con tex to , o ar t. 33 d a Le i n° 9.433 /97 , o qua l tr a tava do S is tema N ac iona l d e Re cur sos H ídr icos , fo i alte rado pe la L e i nº 9.984 /2000,

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 305

A UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS E A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA: UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

p ara ins tituir e in tegr ar ao Sis te ma Na c ion a l d e Re cur sos H ídr icos , a Ag ênc ia N acion a l de Águ as – ANA, en tida de fed er a l d e imp le me n ta ç ão da P o lític a N acion a l de Re cur sos H ídr icos , qu e te m c o mo f in a l idad e pr ec ípu a, dis c ip lin ar a u tiliz aç ão dos r e cursos h ídr ico s, d e mo do a ev itar a po luiç ão e o d e sp erd íc io, v is ando a ga ran tir água d e bo a qu a lid ade par a as a tu a is e futur as ger a çõe s. 2.1 –

A OUTORGA DO DIREITO DE USO DA ÁGUA

A ou torg a do d ir e ito d e u so da água é d ef in id a por Mar ia Lu iz a Gr anzie ra, citad a e m V I EGAS (2005, p. 97), como s e ndo “o in s tru me nto p e lo qu a l o poder púb lico a tribu i ao in te re ss ado, púb lico ou pr iv ado, o d ire ito de u tiliz ar pr iv ativa me n te o r ecurs o h ídr ico ” . Con s titu i u m dos ins tru me n to s da Po lític a N acion a l d e Re curso s Hídr icos , confor me d ispõe o a rt. 5 °, in c iso III, da Le i n° 9.433 /97 , ass im c o mo da s v ár ias polític a s es tadu a is d e re cur sos h ídr icos . O in s titu to d a ou torga e s tá d is cip lin ado nos ar ts. 11 a 18 da Le i n° 9.433 /97 , e c ons is te nu m a to admin is tr a tivo d is cr ic ionár io, u ma ve z qu e a Ad min is tr açã o va i ag ir d e a cordo co m o se u cr itér io d e conv en iênc ia e opor tun id ade , se m q ue e x is ta m r equ is ito s pr evis to s e m le i, ou e m v irtud e de lei, qu e a obr igu e a e d itá - los . A tr av és de ss e a to ad min is tra tivo o pode r púb lico confere a fac u ldad e ao ou torg ado do u so do r ec urso h ídr ico qu e lh e in tere ss a. D es sa

forma ,

a

o u torg a

de

pe r mis s ão,

c onc es s ão

ou

au tor iza ç ão

p e la

Ad min is tr açã o, e m c o ns onân c ia c om o d ispositivo con s titu c iona l do a r t. 21, XIX , CF /88, imp lic a ap ena s o d ire ito d e u so do r ecur so n a tur a l e m qu e s tão, mas n ão su a a lien aç ão pa rc ia l, j á que e ss e re curs o a mb ien tal é in a lien áv e l, nos mo ld es do ar t. 18, d a Le i n° 9.433 /97. N es se ínter im, e m q u e p es e a águ a s e r mod a lid ade d e b em p úb lico de uso co mu m do povo, de a co rdo com a ma io r p ar te da dou tr in a, pod endo os ind iv íduos d e la d ispo r p ara a s a tisf aç ão de sua s n ec es s ida de s, já qu e e ss e be m n atura l é hoj e con s ide rado d ir e ito fund a me n ta l, h á que s e c ons id er ar qu e e ss a d ispo s ição n ão pod e se r a le a tór ia e d e senf rea da , cab endo ao pod er púb lico f iscalizar e g eren c iar ess e u so. O ar t. 11 da s upra c itada L e i d e Águ as rev e la o s obj e tivos pr imord iais da ou torg a, que s ão a ss egur ar o contro le quan tita tivo e qu alita tivo do s uso s d a água e o ef etivo ex er c ício dos d ir e itos d e a c es so à água , demo n s tr ando o pap e l qu e d ev erá s er as su mido pe l a União, p e los E s ta dos e , p e lo D is tr ito F ed era l, por

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 306

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

analog ia, n a fun ç ão d e g es tor es do b e m a mb ie nta l fund a me n ta l p ara a v id a, que s er á o p ape l de de fen sor es e pr es erv adore s de ss e r ecur so, c o m v is tas à g ar an tir água suf icien te e saud áv e l par a prop ic iar o u so a dequ ado pe la s a tu a is e fu tur as g eraçõ es , a lc an ç ando uma s u s ten tab ilid ade , confor me an s eia o a r t. 225, capu t, d a CF. N a sequ ên c ia , o a r t. 12 , c a pu t, da Le i d e Águ as tr a z o ro l da s h ipó te se s d e u tiliza ção da á gua e m qu e ser á nec e ss ár ia e imp r e sc ind íve l a ou torga , d en tr e elas, aqu e la qu e cons ta do in c iso II : Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos hídricos: I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo; II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo; III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final; IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos; V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água. (grifei)

Da

le itur a

do

ref erido

d ispo sitivo

depre end e - se

se r

de

abso lu ta

n eces s id ade, por tan to , a ou torg a do dire ito d e u so da á gua no pro c es so produ tivo da s indú s tr ia s sucro la coo le ira s, as qu a is u tiliz a m a á gua co mo insu mo e m qu as e toda s as e tapas do proc es s a me n to da c an a para f ins d e produ ção , qu er s ej a de á lcoo l, que r s ej a de ou tro s produ tos d e subs is tênc ia. N es te s entido, é es c larec edor a a liçã o d e Edu ardo Co ra l V ie ga s (2005, p. 99), o qu al exp lic ita : Não há de ser expedido ato administrativo que permita ao particular fazer uso de água de determinado corpo hídrico para a irrigação agrícola se este vier a impedir ou dificultar substancialmente a navegação do rio de captação ou o consumo d’água pelos seres humanos e animais dela dependentes.

Tal

en tendime n to

coadun a -s e

p erf e ita men te

com

os

fund a me n tos

da

Po lític a N ac iona l d e Re cur sos H ídr icos , p rev is to s no ar t. 1º d a L e i d e Águ a s, ond e o inc is o III expres s a que e m p er íodo de e s ca ss e z, o uso p r ior itá r io dos r ecu rso s h ídr icos é o con su mo hu ma no e a d es s ed en ta ç ão de an ima is .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 307

A UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS E A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA: UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Qu an to ao u so do s r ecu so h ídric os p re sc ind ív e l de ou torg a, pod e -s e aver igu ar as h ipó tes es e xpr es s as no ar t. 12, § 1° e s eu s in c iso s, d a Le i nº 9.433 /97 , as qua is se vo lta m p ara a s a tisfa ç ão d as ne ce ss id ad es d e p equeno s nú cleo s cap taçõe s

popu lac ion a is , e

d is tr ibu ído s

lan ça me n tos

no

cons id erado s

me io

rura l;

pa ra

ins ign if ic an tes ;

e

as

deriv açõ es ,

a ind a

par a

as

acu mu la ções de vo lu me d e águ as con sid er ad as in sign if ic an te s. S er á a ANA a a u tor id ade c o mp eten te p ara dar a ou torg a do d ir e ito d e u so do s r ecur sos h ídr ico s, no â mb ito fe der a l, u ma v ez que e la e s tá v incu lada ao en te fed er ativo titu lar do do mín io do r ecurs o h ídr ico, qu a l s eja : a U nião. Res salte -s e qu e é pos s ív e l, por d ispo siç ão lega l exp re ss a, qu e a Un ião d e legu e a co mpe tênc ia par a outorg ar o d ir e ito d e uso d a água d e s eu do mín io aos E s tados ou a o D is tr ito F ed era l. 2.2 –

A COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA

A cobr anç a p e lo uso d a águ a con stitu i u m do s ins tru me n tos d a Po lítica N acion a l de Re cur sos H íd r ico s, pr ev is to no a r t. 5° , in c iso IV, d a Le i nº 9.433 /97 , qu e a ss im d is põe : “Ar t. 5° São in s tru me n tos d a Po lític a N ac iona l d e Recur sos H ídr icos[ ... ]IV – a cobran ça p e lo u so dos r e curs os h ídr icos” (gr if ei). É in s tru me n to que s e en con tr a ao lado do ins titu to d a ou torga , vis ando a concr e tizar o s obj e tivos da Po lític a Na c ion a l de Recu rso s H ídr icos , p re v is to s no ar t. 2º da L e i de Águ as, d en tr e o s qu a is s e e ncon tr a aqu e le ao qua l j á s e fe z men ção e qu e mu ito imp or ta a ess e e s tudo, qu a l s ej a : a u tiliza ç ão r ac ion a l e in tegrad a do s r ecur sos h ídr icos , inc lu indo o tra nspor te aqu av iár io , com v is tas ao d es envo lv ime n to suste n táv e l ( ar t. 2º, inc iso II) . So me n te ser ão cobrados os u sos de r ecur sos h ídr icos suje itos à ou torg a, no s ter mo s do ar t. 20, d a Le i de Água s. Des s a fo r ma , d epre end e -se qu e a ou torg a s erá o ins trume n to an tec ed en te, cap az d e v iab ilizar a cobr anç a po ster ior , le ga lme n te in stitu íd a. É d iz er, a cobr anç a pe la u tiliz aç ão d as água s d eve s er e te m s id o ins titu íd a por le i, ou e m de cor rên c ia d es ta, e m ob serv ân c ia ao

pr in c íp io

cons titu cion a l

da

le ga lid ade ,

pr ev is to

no

ar t.

5°,

I I,

da

Cons titu ição d a Repúb lic a bra s ile ira d e 1988. (PO MPEU, 2006, p. 274). D iz-s e qu e a cobr an ça e s tá ba s eada no pr inc ípio g era l d e D ir e ito A mb ien ta l do u suár io /po lu idor -p ag ador, adapta ndo -s e ao u so da água co mo a n ec e ss id ad e d e que o usu ár io d as águ as ou me s mo a que le qu e a s po lui d eve pag ar p e lo qu e

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 308

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

r ealizou, p ar a qu e os cu sto s não se ja m s upor ta dos, n e m p e lo Poder Púb lico, n em por te rc e iro s, ma s s im p e los u tiliz ador e s.

O ar t. 19 d a L e i n° 9.433 /97

tr az o ro l do s obje tivo s pr e tend idos a p ar tir da cobr an ça do u so da águ a, qu e imp lic a m e m: r e conh ec er a á gua c o mo b e m e conô mic o e d ar ao u su ár io u ma ind ica ção de s eu re a l va lor ; inc en tiv ar a r a c iona liz aç ão do u so d a água; e ob ter r ecu rso s fin anc e iro s p ara o f ina nc ia me n to dos progra ma s e in te rven çõ es con temp lado s nos p la no s de r ecur so s h ídr icos. A cobr anç a te m n a tur ez a de u ma c on trap re s taç ão , e a f ixa ç ão do p reç o a s er p ago d ev e lev ar e m c ons id er açã o a n e ce ss id ade d e propor c iona r inc en tivo s adequ ados a o uso d a águ a, b e m co mo r e s tr ing ir o ma u u so, os d esp ejos e a con tamin a çã o d as água s. Dev e - se c ons id er ar a inda que o Poder Púb lico e s tá ou torg ando o uso de um b e m e s s en c ia l, mu itas v ez e s tendo que co lo car e m r isco a d ispon ib ilid ade d e águ a p ara a s a tisf a çã o da s pr ime ira s n ec e ssid ade s da v id a, quando es sa ou torg a é d es tin ad a ao u so da águ a co mo insu mo de pro ce sso produ tivo, por ex e mp lo. Pod e- se d ize r, en tão , qu e nenhu m pr eço s er ia c ap a z de v alor ar es se be m d e for ma a dequ ada , h aj a vis ta que a águ a te m c ará ter d e direito funda me n ta l. Nos d izer e s d e FA RIA S (2005, p. 412) : “o me r cado (a v a lora ç ão e conômic a ) n ão pod e me d ir ou qu a lif icar d e ter min ado s va lo re s e cren ç as .” É o S is te ma N a c iona l de Re cur so s H ídr icos – in tegr ado pe lo Cons elho N acion a l d e Re cu rso s Hídr icos , os Cons e lhos de Re cur sos H ídr icos dos E stados e do D is tr ito F eder a l, os co mitê s de b a c ia h idrogr áf ica , o s órgão s dos poder es púb licos f ed era l, es tadu a is e mu nic ipa is, cuja s co mp e tên c ia s se rela c ion e m co m a g es tão d e r e curso s h ídr icos e a s ag ênc ias de águ a – , qu e v a i promo v er a cobran ç a pelo u so da s águ as, nos mo ld es do ar t. 32 , inc iso V, d a L e i de Água s. V ale a cr es ce n tar que os v alo re s arr ec ad ados co m a c obr an ça s er ão ap licados pr ior itar ia me n te na b acia h idrogr áfic a e m qu e for a m g er ado s, no s ter mo s do ar t. 22, c apu t, da L e i d a Po lític a N ac ion a l d e Re c urso s H ídr icos , do q u a l s e d epreend e qu e es s es v a lore s pod e m s er ap licado s for a da ba c ia qu e os propor c ionou, qu ando e s ta não n ec e ss itar do d inhe iro pa ra qu a isque r f ins e houv er au tor iza ç ão expr es sa n es se s en tido no p lano d e aplic a ção do s r ecu rso s arr ecad ados ( ar t. 44, XI, “ c ”). A cobr anç a p e la águ a, por tan to, é prov id ência e s sen c ia l p ar a g arantir o abas te c ime nto futu ro, co m v is tas a d e se s timu la r a pr á tica d e a to s les ivo s à

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 309

A UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS E A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA: UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

qu alidad e da s águ a s, be m c o mo o s eu de sp erdíc io, impondo, d es sa for ma , u ma esp écie

de

edu c aç ão

concr e tiza çã o

da

a mb ien ta l,

id éia

de

a

qu a l

é

d ese nvo lv imen to

b a stan te

ne c es sár ia

sus ten táv e l,

pa ra

a

pr in c ip a lme n te

f alando -s e no â mb ito d as indú s tria s sucro a lc oo le ir a s, as qu a is prec is a m s e educar no us o d as águas , imp leme nta ndo po lític a s d e o timiz a ç ão d es se r e c urso n atura l, sendo, p ara is so, f isc a liz ad as pe lo ente f ed era tivo co mp e ten te, a trav és d e s eu s órgã os in s titu ído s pa ra e sse f im. 3–

A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA E SEUS PROCE SSOS PRODUTIVOS

A tr avé s d e p esqu isa r ea liz ada e m a r tigos c ientíf icos produ z idos por a lunos e prof es sore s dou tor es dos cur sos d e Eng enha r ia A mb ien ta l e Eng enh ar ia d e P roduç ão, da Un ive rs ida de Ca tó lica d e Go iá s e d a Un ive rs id ad e F ed er a l d e São Car los, re sp ec tiv a me n te , o s qua is p au ta ra m s eu s e s tudos e m p e squ is a s de camp o r ea liz ad as na s r eg iõ es ca nav ie ir as , b e m c o mo d a aná lise f e ita e m r elató r io e la borado p elo Se rv iço Br a s ile iro d e Apo io à Mic ro e P equena E mp r es a – S E BRA E, sobr e a cad eir a produ tiva d a indús tr ia su cro a lcoo le ira , nu m e s tudo da s itua ç ão da s us in as do es tado de Pern a mbu co e m r ela ç ão à s u sin as

da s

r eg iõ es

Su l

e

Cen tro -O es te,

con sta tou - se

qu e

as

indú str ia s

s ucro a lcoo le ira s tê m nos r ecur sos hídr icos o s eu pr in c ip a l in su mo. P ar a a co mpr een s ão da re lev ânc ia do te ma , f az - s e mis te r d iz er qu e é es tima do que u ma us in a mé d ia, qu e mó i e m torno de u m mil h ão d e ton e la da s d e can a por sa fr a conso me a me s ma qua n tidad e d e á gua qu e uma c id ad e de 50 mil h ab itan tes 1. A pr ime ira e tap a é ex a ta men te a irrig aç ão, a qua l é re a liz ad a, mu ita s ve z es e em mu itos lug are s d e ma n e ir a ine f ic a z, lev ando a u m g r ande d esp erd íc io d e água, be m c o mo à má qu alid ad e do so lo . O ma is pr eo cup an te é quando es sa irr ig ação é imp la n tad a d e ma n e ir a ile ga l, o que o corr e qua ndo as us in as não ob tém a d ev id a ou torga por p ar te do Pod er Púb lico p ara o u so d a á gu a, e m fun ção d e a re g ião nã o supor tar e s se d esvio d e águ a p ara a produ ção 1

RODRIGUES, Isabel Cristina; GONÇALVES, Daniel Bertoli; ALVES, Francisco José da Costa. Água: captação, uso, destinação e a cobrança pelo uso no setor sucroalcooleiro da Bacia Hidrográfica do rio Mogi-Guaçu. Departamento de Engenharia de Produção, UFScar. Disponível em: Acesso em: 10 set. 2010.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 310

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

energ é tica , u ma v e z que a á gua a li e x is ten te d eve s er d es tin ad a tão -s o men te p ara o consu mo hu ma no (f in s do mé s ticos) , do c ontrár io , h aver ia pr e te r iç ão do v alor d a águ a co mo b em e c o lóg ico e c o mo d ire ito f und a me n ta l, e m de sr esp e ito à Po lític a N ac ion a l de Re cur sos H íd rico s. Ap es ar d e o s us in e iros e s tare m s ujeito s à mu lta , ao e mb a rgame n to d e su as obra s e a o con f is co d e s eu s equ ipa me n to s, a inda as s im, pr in c ip a lme n te no es tado d e Go iás , é po ss ív e l a v er if ica ção d a cons tru ção dos sis te ma s de ir r iga ção à r eve lia da ou torg a, co locando em r is co o aba s tec ime n to d a r eg ião ca nav ie ir a. No s ca sos em q ue é d ada a ou to rga, não e s tá h av endo a d evid a f isc a lizaç ão p elos órg ãos co mp e ten te s n es s as ár ea s. O qu e s e te m f e ito por p ar te de ss es órg ãos é a me r a v is to ria pr é -ope ra c ion a l, v isa ndo a ver if ica r a s itua ç ão p ara f in s de lib er aç ão p ar a imp la n taç ão d e proj eto de ba rra me n to e d e ins tala ç ão de equ ipa me n to s p ar a irr ig aç ão, n ão h avendo ma is n enhu ma v is ita ao loc a l p ara se aver igu ar s e o s ter mo s da ou torg a estã o s endo cu mpr ido s. Cons ta ta -s e, ta mb é m, a c ap taç ão irr egu lar de águ a dos r io s a tr av és de bo mb as , par a a irr ig a çã o. É po ss ív e l af ir ma r que a irr ig aç ão, ana lis ad a e m tod as a s fo rma s d e produ ção ag r íco la e agrope cu ár ia, s eja p a r a a produ ção da mo no cu ltura d a c an a -de -a çú ca r par a f in s d e produ ção de e tano l, s ej a p ara a produ ção de a lime n to s, é a ma ior r espon s ável p e lo de spe rd íc io d e á gua no Br as il, u ma v ez qu e e m 60% d as terr as irr ig ad as no p a ís s e u tiliz a da irr ig a ção por sup erf í cie , a qu a l é d e b a ixa ef ic iên c ia . D eve- s e s a lie n tar , con tudo, que a qu es tão d a irr ig a ção , qua n to às lavour as d e can a, r epr es en ta ma ior pr eo cupaç ão qu ando s e an a lis a as r egiõ e s produ tor as mais s e c as , co mo é o c a so do e sta do d e P erna mb u co, pois , hod iern ame n te , o Cen tro -Su l, b as tan te fa vore c ido pe lo r eg ime d e chuva s, u tiliz a me ios ma is mo d erno s de cap taç ão de água . O pon to ma is gr ave es tá na f as e d e pro ce ss a me n to, po is e m toda a produ ção s ucro a lcoo le ira , o ma ior ga s to d e á gu a se dá c o m a la v ag e m d a c ana , s eguido do vo lu me g a s to par a o a ba s te c ime nto d a s ca ld eir as e , por fim, d o re sfria me n to d e tanque s no pro c es so.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 311

A UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS E A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA: UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

P ar a se te r u ma id é ia do vo lu me d e á gu a g as to n a f as e de la vag e m d a c an a, p ara c ad a ton e lad a d e c an a es ma ga da , s ão n ec e ss ár io s 5m³ a 1 0 m ³ d e água 2. A med id a

encon tr ada

p ar a

redu z ir

e ss e

ga s to

é

d e ixar

de

lavar

a

can a,

pr in cipa lme n te porqu e j á fo i con s ta tado que a la v age m d a c an a cru a p rovoc a p erda do aç úc ar. Es sa lav ag e m es tá s endo s ubs titu íd a por u ma for ma d e lavag e m a s e co, a qual s ó pod e s er v iab iliza da s e houv er a e limin aç ão d a qu eima da p a lha , o que c e ss ar á a po ss ib ilid ad e de a terr a grud ar na c an a, d isp en sando - se a ne c es sid ade d e lav ar, b as tando a limp e z a a s eco p ara re tir ar as imp ur ez as que pos sam e x is tir. Qu an to à s fa s es d e abas te c ime n to d as ca ld e ir as e r e sfr ia me n to de tanqu es, apon ta- s e co mo a lterna tiva par a r eduz ir o us o de águ a, a imp lan ta ç ão d e equ ipa me n to s ma is mod ernos , qu e s ão ma is ef ic a z es. No en tan to , n e m tod as a s u s ina s s ucro a lcoole ira s d ispõe m d e r ecur sos f in anc e iro s p ar a b an ca r e s se inv es time n to e m e qu ipa me n to s ma is mod ernos . É o caso d as u sin a s qu e s e s itu a m no Norde s te br as ile iro, ond e a produ ção de etano l s e f az por p equeno s propr ie tá r ios qu e ma l r ec eb e m s ubs íd ios . Su a c ad e ia a mo n tan te, qu e é aqu e la r e spons áve l p e la of er ta d e insu mos e ma té r ias -pr ima s , máq u in as e equ ip a me ntos p ar a a c ad e ia pr inc ipa l, é comp o s ta , mu ita s ve z es , por equ ip ame n tos u sado s, p rovenie n te s d e usin as do Centro - Su l do pa ís. A lé m d is so, a produ ção c ana v ie ir a nord es tin a, que é re a lizad a na Zon a d a Ma ta, u tiliza - se

de

ins tru me n tos

ma is

rú s ticos

e

mã o -de -obr a

com

me no s

mecan iza ç ão, e m funçã o d as ca rac ter ís tic a s ma r c an te s qu e são a topogr af ia irr egu lar e o r e levo, o qu e g era ba ix a produ tiv id ade . D ian te d e ssa conjun tu ra , o qu e se c ons ta ta é qu e a cobr a n ça p e lo u so da água é e leme n to impre s c ind íve l p ara gar an tir a r eduç ão do seu us o, po is pr es s iona os u s ine iros a ado ta rem me d id as de r e c ic lag e m da águ a, r euso e cap tação d e águ a d e chuv a, já qu e mu ito s de les n ão podem s u por ta r o ônus d e inv es tir e m infr a - es tru tur a v is ando a torn ar ma is ef ic a ze s c er to s proce s sos qu e tamb ém d ema n d a m gr and e uso de re cur sos h ídric os, con forme fo ra c itado.

2

COHEN, Marleine. Setor sucroalcooleiro caminha em direção à sustentabilidade ambiental. Revista Água: gestão e sustentabilidade. 11. ed. São Paulo. Disponível em: < http://www.revistaagua.com.br/textos.asp?codigo=213> Acesso em: 06 set. 2010.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 312

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

É

ne c es sá rio

qu e

h aj a

a

a tua çã o

in c is iv a

do s

Co mitê s

de

Ba c ia

H idrogr áf ica , d a b ac ia a qu a l s ão lig ados , no sen tido de f isc a liz ar a a tua ção do s ou torg ado s, nos mo ld es do art. 38, IV , d a L ei d e Águ as , r e a liz ando , tamb ém, a d ev ida cobra nç a pa ra qu e só as s im s e j a e fe tiv ada a produ ção da indús tr ia

su croa lcoo leir a

em

c onfor mid ad e

co m

a

Po lítica

N acion a l

de

Recur sos Hídr icos e, con s equ en teme n te , co m o pr in c íp io do de s envo lv ime nto s us ten táv e l. D eve h av er u m me lhor c onhe c ime n to dos re cur sos d ispon ív e is p ar a qu e a ou torg a s eja con ced ida . Por sua ve z, as aç õe s govern a me n ta is d eve m s e r apr imor ad as p ara me lhor ser e m a p lic ad as . Não s e pod e o lv id ar que a própr ia s ociedad e de ve s er ma is a tuan te, co mpondo uma f o r ma de g es tão in te grad a dos r ecu rso s. A p re se rva çã o do s ma na nc ia is , b em c o mo a ra c ion a liz a ção do uso da á gu a d evem c onstitu ir o obje tivo - mor da s indús tr ias suc roa lcoo le ira s. I sso pode se d ar a p ar tir d e u ma mu d anç a d e me n ta lid ade do u s in e iro, o qu a l d eve r e ceb er or ien ta çõ es n es se sen tido, p ar a qu e s e a lc anc e u ma e duc a ç ão a mb ie n ta l n a r eg ião c an av ie ira , o que pod er ia ocorr er co m a imp le me n taç ão de progr a ma s de cap acita ção , por pa r te de técn icos da s ma is d ive rs as á re as do conh ec ime n to. 4–

O PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Pod e- se

con ce itu ar

o

de senvo lv ime n to

su sten táve l

co mo

sendo

o

d es envo lv ime n to qu e a tend e às ne c es s id ade s do pr es en te , se m c o mpro me te r a cap acidad e d as fu tu ra s g era çõ es a tend ere m à s su as p rópr ia s n e ce ss id ade s 3. O pr in c íp io do d es envo lv ime n to su ste n táv e l é um d o s pr incíp ios no r te ador es do d ir eito a mbie n ta l, po is v a i or ien ta r, co mp leme n ta r e inf lu enc iar o s d e ma is pr in cíp ios qu e co mpõ e m o s is te ma nor ma tivo amb ie n tal . E le es tá con sagr ado, de for ma imp líc ita, no c apu t do art. 225 d a Ca r ta Magn a br asile ira , a qua l tr a tou de r ec epc ion ar o s eu conc e ito , fo rnec ido p e la L ei n º 6.938, de 31 de a gos to d e 1981 (L e i d a Po lítica N ac ion a l do Me io A mb ien te), qu e e m s e u ar t. 4 º d ispõe que a Po lítica N ac ion a l do Meio A mb ien te v is ar á à co mpa tib iliz aç ão do de s envolv ime n to e conô mic o - soc ia l co m a pres erva çã o da qu a lid ade do me io a mb ien te e do equ ilíbr io eco lóg ico ( in c iso 3

Conceito fornecido em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 313

A UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS E A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA: UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

I) . E m lin ha s g era is, pode - s e af ir ma r qu e o prin c íp io d o d es envo lv ime n to s us ten táv e l te m c o mo pr es supos to c o mp a tibiliz ar a a tua ç ão d a e conomia c o m a pr es erv aç ão do equ ilíb rio e co lóg ico. T e m p or e s copo en con tr ar u m e qu ilíbrio en tre a a tiv id ade e conô mic a e o u so adequa do, r a c iona l e r espons áv e l do s r ecu rso s natu r a is , re spe itando -o s e pre s ervando -o s par a a s g er açõ es a tua is e s ubs eqüen tes . J á s e f ez me nç ão, ne s te e s tudo, ao ar t. 2º d a L e i 9.433 /97, que tra ta dos obj etivos da Po lític a N ac ion a l de Re curso s H ídr icos, e de ix a c la ra me n te express a

a

pr eo cupa çã o

d es sa

po lítica

em

a lc a nç ar

o

de senvo lv ime n to

s us ten táv e l, ma is p ar tic u lar me n te no s in c iso s I e II. É i mp re sc ind íve l, por tan to, qu e os p a ís es p a ss e m a a dotar o qu an to an tes, ou , s e j á a do tar a m, p as sem a a plic ar a s me did as d e g er en c ia me n to de uso da águ a fr en te à e s ca ss e z qu e es tá cada v ez ma is próx ima . No fu tu ro, o s u suár io s da águ a p ar a consu mo hu mano (p roduç ão d e alimen to s) e p ar a insu mo indu s tr ia l (produç ão d e b io co mbus tíve is) v ão co mp e tir c ad a v e z ma is pe la agr icultur a irr igad a, a qu a l v e m s endo r ea liz ada d e ma n e ira ma l p la n ejad a corr iqu e ir a me n te , sendo re sponsá ve l pe la salin iza ção e deg rad a ção do s so lo s. D iz - s e, d es s e modo , qu e a me lh oria da ef ic iên c ia da irr ig ação é u m do s r equ is ito s pr ior itár ios para s e a ting ir o d es envo lv ime n to s us ten táv e l, f a lando -s e no â mb ito agr íco la e agrop ecu ár io c o mo u m todo. N ão obs tan te is so, o que s e ob s erva no â mb ito d a indú s tr ia su cro a lcoo le ira é u m uso d e ma s iado d e águ a, em q u as e todo s o s pro ce sso s produ tivos, pr in cipa lme n te n a lavag e m d a c ana , ond e o corr e u m d e sp erd íc io inca lcu l áve l d e águ a, o qu e dev e ser corr ig ido p e los pod ere s púb licos a n te s qu e a s itua ç ão s e to rne cr ític a na s zonas c an av ie iras do Br as il. A le i 9.433/97 j á re conh ec eu a águ a co mo um r e cur so n a tura l limita do, do tado d e v a lor e conômic o (ar t. 1º , I I) e, vis ando à sua pr e serv a çã o é qu e ins titu iu a c obran ç a p elo uso da águ a, o qu e d eve s er fe ito co m todo r igor e f iscaliza ção por par te dos órg ão s r e sponsá ve is de ca da en te fe der a tivo co mp e ten te, no in tu ito d e torna r, por ex e mp lo, a indús tr ia suc roalc oo le ir a s us ten táv e l n a produ ção d e e tano l. Af in a l, se as s im n ão for, co mo pode rá e ss e co mbus tív e l s er tido como r enov áve l s e su a produ ção ense ja o d esp erd íc io e u so de sr egula do d e u m b e m n a tur a l d e c ará ter limita d o, que é es sen c ial à v id a?

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 314

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

Qu es tion a -se se a águ a é, por ta n t o, re curs o n a tura l do tado de va lor econô mic o ou de va lo r e co lóg ico , is to é, s e o s eu u so e stá sendo d es tin ado à s atisfa ç ão da s n e ce ss ida de s es sen cia is d a v id a, co mo b e m fund a me n ta l que é, ou p ar a a indú str ia , d e mo do ger a l, n a fo r ma de insu mo d e pro c es so p rodu tivo, d ando -s e enfoqu e aqu i à indús tr ia s ucro a lcoo le ira . E ss e qu es tion a me n to r ev ela a real n ec es s id ade d e qu e a s po lític a s de g es tão d a água torne m e fic a z es as med id as d e s eu u so r a c ion a liz ado. Do con tr ár io, toda s as popu laçõ es v ão so frer co m a f a lta d e água , se ja e m n íveis qu an tita tivo s ou qu a lita tivos, cas o se d ê pr ior id ad e à produ ç ão en erg é tic a. E s ta não pod e, con tudo, s er co lo cad a e m p atama r supe r ior ao cons u mo hu ma no (u so s do mé s ticos) . N es te s en tido, a nor ma c ons titu c ion a l con s tan te do ar t. 170, V I , que tr a ta d a Orde m E c onô mic a , re conh e ce que o per f il da a tiv id ade e conô mic a n ão pode d eixar d e ate nder a p adrõ es d e sus ten tab ilidad e e pr ec au ção . N es te s en tido CANOT ILHO (2007, p. 287) pon tu a: É po s sív e l, po is , r econh ec er à nor ma c ons titu c iona l dup la ef ic ác ia, po sitiv a e ne ga tiv a. S e, d e u m la d o, só é con s titu c iona l o e xer c íc io de a tiv idad e ec onô mic a qu e a tend a s imu ltan e ame n te a os obj e tivos de pro teç ão do me io a mb ie n te e de apropr ia ção s oc ia l do s b ens ; n ão se pod e n ega r, de ou tro lado, u ma c lar a v in cu laç ão neg a tiva . E s ta pro íb e o

ex er c ício

de

aprov e ita me nto

e conômic o

e colog ica me n te

insu s ten táve l e soc ia lme n te no c ivo, in c id indo ta mbé m sob re o setor e nerg é tico N ão imp er a ma is o en tend imen to d e qu e as n a çõe s d ev e m op tar p elo d es envo lv ime n to ou pe lo me io amb ie n te, pois “s e e s te r epre s enta fon te de r ecu rso s

pa ra

aqu e le ,

a mb os

de ve m

h ar mon izar -s e

e

c o mp le men tar -s e ”

( MI LA RÉ, 2009, p. 64). D es sa

forma ,

a

P o lític a

Na c ion a l

de

Rec urso s

H ídr icos

não

pod e

r epr es en ta r u m e mp e c ilho p ar a a indú str ia su cro a lcoo le ir a, ma s s im u m d e seus ins tru me n tos , is to é , p ar a p roduz ir , e ss a indús tr ia d ev e a ten tar p ar a a po lítica d e u so r ac ion a l d a águ a. A ss im é qu e d eve s e r p ar a todo e qu a lqu er r a mo indus tr ia l qu e s e u tilize d a águ a ou d e qu a lqu er ou tro r ecu rso n a tur a l co mo insu mo d e se us pro ce sso s produ tivo s. A pr e serv aç ão do me io a mb ien te d ev e se r o eleme n to nor teado r de tod a e qu alqu er a tiv ida de e conô mic a , mor me nte a que la r elacion ada à produ ção d e energ ia atr avé s do s re cur sos a mb ie n ta is.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 315

A UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS E A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA: UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

5–

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ap es ar d e 70 % do p laneta s er c obe rto de águ a, ape na s 2,5 % d esse p ercen tu a l é for ma do por águ a do ce , aproveitá ve l par a o con su mo e p ar a a irr ig ação . A ma ior pa r te s e en con tr a n a for ma d e água s a lg ada e tod a a tecno log ia ex is ten te a ind a não fo i ca pa z de inve n tar a lgu ma for ma c ien tíf ica e econo mic a me n te

v iável

pa ra

aprov e itá - la.

Re ss a lte -s e

a inda

a

g rand e

qu an tidad e d e água e x is ten te na s g e le ira s po lar es , o qu e sed ime n ta por co mp le to a id é ia d e que a água n ão é u m r e cu r so tão abund an te co mo a ind a se p ens a. A pr es erv aç ão d a água não pod er á oco rre r nun ca se nã o houver u ma cons cien tiza ç ão por pa r te d a socie dad e e das indús tr ias qu e s e u tiliz a m d a irr ig ação ou de r ecu rso s h ídr icos co mo in sumo no proce s so p rodutivo. U ma s ug es tão ,



exp lic itad a

ne ss e

e s tudo,

e

qu e

pre c isa r ia

s er

imp la n tada

urg en te me n te , é a edu c aç ão a mb ien ta l, a cons c iê nc ia c ív ic a, as qu a is pr ec is a m s er for ma d as p e la s po lític a s púb lica s no in tu ito de se cr ia r bons hábitos d e consu mo . Os ind iv íduos pre c is a m s e educ ar na s sua s r es id ênc ias p ara ev itar o d esp erd íc io. E a s indús tr ias p re c is am e n c on tra r ma n e ira s de o timiz ar em o u so d a águ a, de con su mire m d e forma in te ligen te, p ara qu e s eja a lca nç ado o d es envo lv ime n to su s ten táve l. Is so n ão é impo ss ív e l, e o c en tro -o es te ame r ic ano é u m ex e mplo d is so, pois , indep ende n te d a a r ide z qu e a c ara c ter iza , e ssa reg ião é

a

ma ior

produ tor a

mu nd ia l

de

gr ão s,

con segu e

um

aprov e ita me n to

s urpre end ente da s s afr as , s imp le s me n te me d iante o ma n ejo r ac ion a l do uso da água. H á que s e c ons id er ar qu e a indús tr ia su croalc oo le ir a bra s ile ir a já v e m avan çando mu ito n es se s en tido, n as ú ltima s d éc ad as , a tr avé s d a imp lan taç ão de pr ática s

ma is

in adequ ad a,

mod erna s

r espon s áve l,

de

capta ç ão

mu itas

de

v ez e s,

á gua , p e lo

e limin ando de sp erd íc io

a da

irr ig a ção á gua

e

as sore a me n to do so lo, e p e la e limina ç ão gr ada tiv a da lav age m d a c an a, a qua l, confor me fo i expo s to, é r espon sáv e l p e la ma ior de ma nda d e águ a n a cad e ia produ tiv a de e tanol. No en tan to, es se avan ço se limita às r eg iõ es ma is abas tad a s, c o mo o Cen tro - Su l, e a ind a é um a v an ço mu ito mo d es to . A ind a ex is tem p rátic a s r eprová ve is do uso d a águ a na s reg iõ e s ma is á r ida s, c o mo é o caso do Nord es te, e iss o pr e c is a s er r ev is to urg en te me n te , po is s e a r eg ião Nord es te j á te m h is tó rico d e sofr ime n to da s popu laçõ es e m fun ção d a s gr andes

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 316

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

s ecas, d eve -s e ima g in ar c o mo a s itua ç ão s e torna r ia a ind a ma is c a la mi tos a caso houv es se a e s ca ss e z d efin itiv a da águ a. D eve

se r

r ea liz ado

um

e s tudo

da

s itu aç ão

h ídr ica

de

c ada

re g ião

can av ieira , a n te s d e con ced er a ou torg a às u s in as. Depo is d e conc ed id a, d eve h aver a f is ca liz aç ão con stan te na s u sin a s, pa ra que se v er if iqu e s e os te r mo s d a ou torg a es tã o sendo cu mpr ido s. A cobr an ça d ev e se r r igoro sa , e d ev e se r r ealizada não só e m p e cún ia, ma s a tr avé s d a imp o s iç ão de pr á tic a s amb ie n tais educativa s à s u s ina s, a s qu a is , se não for em c u mp r idas , ens eja rão pun ição, co mo a r evog aç ão d a ou torg a. I s so, no en tan to, dev e ser ef e tivado na pr á tic a, d eve ser r es pons ab ilida de d a Un iã o, dos E s ta dos, do Dis tr ito Fed er a l, dos Mun ic íp io s e d e tod a a so c iedad e. S e o u so do s b ens a mb ien ta is tem c a r á ter co letivo , a ind a ma is co le tiva d eve s er su a de fe s a e pr es erv a ção p ar a que se alcan ce u ma sus ten tab ilid ade .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 317

A UTILIZAÇÃO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS E A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA: UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CANOT ILHO, Jos é Joa qu im Go me s ; LEI TE, Jo s é Rub en s Mor a to. D ir e ito Cons titu c ion a l A mb ien ta l Br as ile iro. S ão P au lo : Sar a iv a, 2007. FA RIA S, Pa u lo Jo sé L e ite. Água : be m j ur íd ico e conômic o ou eco lógico? . Br as ília : Bra s ília Jur íd ic a , 2005. COHEN ,

Ma r le in e.

S e tor

s ucro a lcoo le iro

c a minh a

em

d ire ç ão

à

s us ten tab ilid ade a mb ien ta l. Rev is ta Água : ges tão e sus te n tab ilid ade. 11. ed. S ão Pau lo . D isponív e l e m: < h ttp ://www. rev is ta agu a. co m.br /te x tos. a sp? cod igo =213 > Ac e sso em: 0 6 s e t. 2010. MIL ARÉ, Ed is . D ir e ito do A mb iente : a ge s tão a mb ie n ta l e m f o co. 6. e d. São P au lo : Ed itor a Rev is ta do s Tr ibun ais , 2009. PO MPEU, Cid To ma nik. D ire ito d e Águ as no Bra s il. S ão P au lo: E d itora Rev is ta dos T r ibuna is, 2006. ROD RIGUES ,

Is ab e l

Cr istin a ;

GON ÇALVE S ,

D an ie l

Ber to li;

A LVES ,

F ran cis co Jo sé d a Co s ta . Águ a : cap taç ão, u so, d es tin a ção e a cob ran ça p e lo uso no

se tor

s ucro a lcoo le iro

da

Ba c ia

H idrogr áf ica

do

r io

Mogi -Gu açu .

D epar ta me nto d e Engenh ar ia de Produ ção , UF Sc ar . D isponív e l

e m:

Ac e sso e m: 10 set. 2010. S E BRA E. Ca de ia P rodutiv a da Indú str ia Suc roa lcoo le ir a : c en ár io s e conô micos e es tudo s s etor ia is . D ispon ív e l e m: A ce ss o e m: 04 se t. 2010 .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 318

LÍLIAN GABRIELE DE FREITAS ARAÚJO & PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES

S ILVE ST RE , Ma r ie l. O P rinc íp io do De se nvo lv im en to Su st entáv e l no D ir eito A mb ie nta l e in str um en tos lega is d e su st enta b ilidad e no qu e tang e a a lgu mas

at iv ida de s

g era dora s

de

en erg ia

e lét r ica.

D isponív el

e m:

<

h ttp ://www.ma te r na tur a.org .br /h idre le tr ic as /b ib lio tec a_doc s /ma r ie l_s ilv es tr e.p df > A ce sso e m. 07 s e t. 2010. SOU SA, Lea ndro Go me s d e ; PASQUA LETO , An tôn io. O uso do s r ecu rso s h ídr icos

na s

indús tr ia s

sucro a lc oo le ir a s

e

s eus

r es pe c tivos

imp a c tos.

Un iv ers id ade Ca tó lic a de Go iás. Goiâ n ia , 2006. D isponív e lem:< h ttp ://www.u cg.br /uc g /prope /cpg ss /Arqu ivos Up load /36 /f ile /O% 20USO %20 DOS %20 RECU RSOS %20H %C3 %8DD RI COS %20NAS %20INDUS T R IA S%20SUCROAL COOL EI RA% E2%80 %A6.pdf > A ce sso e m: 10 s e t. 2010. VI EGAS, Edu ardo Cora l. V is ão Jur íd ica d a Águ a. Por to A legre : L ivr ar ia do Advog ado, 2005.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 319

G ES TÃ O IN TEGRADA D E RECURS OS HÍDR ICOS NA AVA LIAÇÃO D E P O LÍ TIC AS PÚ BLICAS A M BI EN TAI S: UMA A BORD AG EM DE CA SO BRAS I LEIRO

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES Professora Doutora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Pesquisadora do Programa de Recursos Humanos em Direito do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (PRH -ANP/MCT N° 36).

p a tr ic iaborba @ufrn e t.br

MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO Professora Doutora da Universidade Federal de Campina Grande, Brasil. Investigadora visitante no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. [email protected]

R ESUMO E s se es tudo propõ e u ma abo rdag em c o n ce itu al a p lic ad a na propos itu ra de mo d elo de a va liaç ão de ef ic iênc ia d e política s d e ge s tão d e águ as do ce s, s egundo ind icador e s se le c ionado s. P ar te da pr e mis s a s egundo a qua l as po lítica s púb lica s po ssu e m u m c ic lo n a tur a l de con c epç ão , r egu lame n ta ç ão, imp lan ta ç ão e ava lia ção, p ar a re aliz ar e m s eus obj e tivos ins titu c iona is. A s ins titu içõ es e nvo lv ida s n a po lític a s ão cond ic ion ada s pe lo me io , d e modo qu e o d es emp enho in s titu c iona l é inf lu en c iado pe lo co mpo r tame n to do s s uj e ito s, nor ma s ,

ente s

e

me io

f ís ico

e,

por

su a

ve z,

inf lu enc ia m

a

mu d anç a

ins titu c ion al. Es se s e leme n tos d ef in e m os cr ité r ios d a ava lia ção d e e f ic iên c ia s egundo p ar â me tros de de senvo lv ime n to sus ten táve l e d e a cordo co m a meto do log ia d e Ge s tão In tegr ada d e Re cur so s H ídr ico s (GI RH) . A GI RH pr es supõe a in tegr a ção do s d iv ersos e le me n to s e ss en c ia is d a g es tão, ta is co mo o s amb ien ta is, r ela tivo s ao me io f ís ico e cond içõe s n atur a is , ins titu c iona is, s ociais , e conô mic os e po líticos, qu e de f ine m o id e a l de s us ten tab ilid ade . No âmb ito

d es s e

es tudo,

for a m

e s tabe le c ido s

pa râ me tro s

conc eitu a is

de

car acter iz açã o d a GI RH, enqu an to filoso f ia e c rité r io d e ava lia ção d e po líticas púb lica s, que v ies s e a con tr ibu ir p ar a a d ef in içã o d e u m mod e lo con ceitu a l d e

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 321

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES & MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO

avaliaç ão de po lítica s púb lica s b as e ado e m ind icador e s de sus ten tab ilid ade . N a es cala loc a l, a GI RH pa s sa n ec es sa r ia me n te pe la ba c ia h idrogr áf ica e nquan to un id ade de ge s tão e de ve r ef le tir abord ag ens teór ic as própr ias no se g me n to amb ien ta l, b as ead a s na gov ernan ç a, n a in teg raç ão in s titucion a l e n a infor ma ç ã o e avalia ção. A av a liaç ão, jun ta me nte c o m a r evis ão, ve m a s er o ú ltimo p a ta ma r d a imp le me n taç ão d a po lítica esp ec íf ic a e d eve con s id erar, no c aso de e s tudo, o maior núme r o de cond ic ionan tes po ss ív e l no e scopo d a me todo log ia GI RH . Fo i u tilizado co mo c a mpo de ap lic aç ão , e s tudo d e c aso d e u suár io indu str ia l d e água sub te rr âne a, lo c a liz ado e m por ção lito râne a do No rdes te Br as ile iro, sobr e r elev an te for ma ç ão s ed ime n ta r cos te ira , e p ar a o qu a l fo i ap licado o mod e lo d e avaliaç ão de e f ic i ên c ia o ra proposto, de fin ido n a su a d ime n s ão in s titu c iona l. O s r esu ltado s apon tados d e mon s trar a m a po ss ib ilid ade de a fe r iç ão de me d id as d e gr aus de e f ic iên c ia d a po lítica d e g es tão de á gua s adota da par a a d ime ns ão analisad a e s ua s r eper cus sõe s no cen ár io a na lisado , s egundo o s c r ité r ios d ef in idos .

Pa lav ra s -Chav e: ind icador e s,

Ge stã o

av a liaç ão

In tegr ad a de

de

po lític a s

Rec urso s públic a s,

H ídr icos ,

mode los

de

muda nç a

ins titu c iona l,

d es envo lv ime n to sus ten táve l.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 322

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS: UMA ABORDAGEM DE CASO BRASILEIRO

1 GOV ERNANÇA E G ES TÃO I NTEG RADA D E R ECURS OS H ÍDRICOS (G IRH) : UMA A BORDAG EM CONC EI TUA L PRELIMI NAR O tr a ta me n to ins titu c ion a l do s r ecur sos h ídr ico s no Br as il te m c o mo ma io r express ão o ma r c o r egula tór io e sp ec íf ico con tido n a L e i Fe der a l n° 9.433 /97, d ef in idor a do s p ar â me tro s d a Po lític a N a c ion al de Recu rso s H íd r ico s ( PNRH ). A PN RH inovou ao institu ir novo s pr in c íp ios e mo d e los de ge s tão com s e n tido es sen c ia lmen te

p ar tic ip a tivo,

e s ta be le cendo,

por tan to ,

os

pa râ me tros

da

go vernança d e águas no p a ís . O conc e ito d e gov e rnan ça de água s 1 envo lv e os p roce s sos po lític os, econô mic o s, s oc ia is e in stitu içõ es p e la s qua is o s governo s, a soc iedade c iv il e o s etor pr iva do de c idem s o br e qual o me lhor mo do d e d ispo siç ão dos r ecu rso s h ídr icos p ar a o u so, d es envo lv ime n to e ges tão ( T ROPP , 2004 ; ROG ERS e HA LL, 2003). No Bra s il, as prime ir a s exp er iên c ias n es se s en tido for a m ob serv ad as, e n tre tan to, no E s tado d e S ão Pau lo a p ar tir de 1991, onde a lgun s do s ele me n to s d aque la le i j á pud era m s e r c o loc ado s e m pr á tic a (FO RMIGA J ONHSSON, 1998 ; CA MPO S, 2009). Es se

con c e ito v e m s endo ba s tan te

exp lorado no s en tido de proporc ionar a pa r tic ip a ção dos a to res soc ia is in teress ado s ( s tak eho lde r s ) no s pro ce sso s de c isór ios ac er c a do u so dos r ecu rso s natur a is , nos n ív e is g loba is, reg ion ais e lo c a is. J á u m s is te ma d e gov ernan ç a pod e s er car ac ter izado c o mo u m a rr anjo ins titu c iona l cr iado p ara exer cer as fun çõe s d a gov ernan ç a nu ma soc ied ad e e p ara um f im e s pe cíf ico 2. Mo ta e t a l. (2008) o fere c e m u ma v is ão, a p ar tir do c ená r io g lob a l, a ce rca do es tabe lec ime n to da gov ern ança a mb ien t a l in terna c ion a l, d e ter min ada p e lo “conjun to d e a cordo s, c onvên io s e nor ma s in tern ac ion a is, os qua is v isa m ar ticu lar uma p ropos ta d e po lítica a mb ien tal g loba l”, p ar a a p ar tic ip aç ão dos atores no pro ce sso de d is cu ss ão e de f in iç ão d e po lítica s a mb ien ta is. F rits ch e New ig (2009) forn e ce m uma e xp lor a çã o teór ica ac er c a d a a fer ição d a efe tiv ida de d e ss a p ar tic ip a ção no to can te ao cu mpr ime n to d as nor ma s 1

“The term water governance encompasses the political, economic and social processes and institutions by witch governments, civil society and the private sector make decisions about how best to use, develop and manage water resources”. 2

“Governance - The process of steering or guiding societies toward collective outcomes that are socially desirable and away from those that are socially undesirable. Governance system – an institutional arrangement created to perform the function of governance with regard to a specific society and sometimes a specific issue.” (YOUNG, 2009).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 323

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES & MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO

amb ien ta is e con seqü en te ef ic iência da a tua çã o da s ins titu içõe s en ca rr egad as d a g es tão do s r ecur so s n a tura is. A g es tão do s re cur sos h ídric os, nos ter mo s d a L ei nº 9.433 /97, en con tr a -s e de le gad a ao s Co mitê s de Ba c ia H idrogr áf ica ( CBH) cr iado s, d en tro do sen tido de s ubs id iar ied ade de ss a nor ma , pa ra p er mitir a

ges tão

d es cen tra liza da

do

pro ce sso

de cisó r io

ao

n ív e l

loc a l ,

co m

a

p ar ticip a ção do s usu ár io s do s istema , d o pode r púb lico e d a soc ieda de c iv il ( BRASI L, 1997 ; GUI MA RÃE S e RI BE IRO , 2007). A d iscu ss ão da efe tiv idad e d es sa p ar tic ipa ç ão popu lar requ er aná lise s fo cad a s nos tr ê s n ív eis d es s a atuação co le g iad a, co m e le me n to s qu e pe r mita m r e a lçar os e le me n tos in er en te s à es sa par tic ipa ç ão no c on tex to in stitu c iona l g lob a l. A id e ia de gov ern ança na f ilosof ia d e GI RH v e m s endo a mp la me n te d is cu tid a, n ão ap ena s pe la su a c lar a ins titu c iona lizaç ão no Bra s il, ma s esp ecia lme nte no to c an te a po ssív e is a ss ime tr ia s d e pod er cau sa da s por po ss ív e is d éf ic its d e r epr es en ta tivida de d e s eg me n tos so c ia is (W ARN ER, 2005; SOA RES, THE ODORO e JA CO BI, 2008). A pre s enç a d as d ec isõe s nos nív e is mais b a ixos, tendo - se o pro ce sso d e g e s tão e s ta ta l b as e ado no co ma ndo - econ tro le como p re cur sor do a tu a l mo d e lo n ac ion a l p ar tic ip a tivo, fo i u m g anho s ign if ic a tivo n a aproxima ç ã o d as d ec isõe s do cotid iano loc a l (GRANJA e W ARNE R, 2006 ; GUIMA RÃE S e XAVI E R, 2008). Ao

a tr a ir - se

o

fo co

da s

p esqu is a s

em

r ecu rso s

h ídr icos

pa ra

da

fund ame n taç ão de u ma me todo log ia d e GI RH b a se ad a n a gov ern an ça , co m a p ar ticip a ção do s mú ltip lo s a tore s soc ia is, procur a -s e auf er ir a s in congru ênc ias , con trad içõ es , co mp a tibilid ade s e qu es tõ es qu e a pr á tica t e m s us cita do na execu ção d e u ma po lítica d e ge s tão a mb ie n ta l pa ra as águas do c es. A pr es en ça d e en te s d e E s tado co mo os Co mitê s d e Bac ias H idrogr áf ica s e os Cons e lho s de G es tão – gen er ic a me n te c o mp re endidos - repr es en ta u m d a do ind isp ens áv e l no con tex to d e a ná lise e infor ma m a pr es en ça d e u m e le me nto d e po litiz a ç ão d a g es tão de re cur sos hídr icos ( JA CO BI e t a l., 2009) , que pod e s er av a liado e even tu a lme n te me nsu rado co mo fa tor d e re levân c ia na me did a d e e fe tiv aç ão d e po lítica s púb lica s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 324

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS: UMA ABORDAGEM DE CASO BRASILEIRO

2 INDICADOR ES DE SU S TENTA BI LIDAD E E D E G OV ERNANÇA NA G ES TÃ O DE R ECURSO S H ÍDRICO S A ide ia g er a l d e su s te n tab ilid ade e s tá r e la c ion ada a um f e nô me no que po ssu i v ár ia s d ime nsõe s, ta is como : a mb ie n ta l, so c ia l, econô mic a , leg a l, cu ltura l, polític a, h is tór ica e p s icológ ica , e par te d a pr e mis s a s egundo a qu al as soc iedade s pod e m ado tar d ife ren tes ca min ho s p ar a o de s envo lv ime n to e s atisfa ç ão da s sua s ne ce s s idad es ma ter ia is qu e e nvo lva m o uso do s re cur sos n atura is. A pr es en ça do e le me n to soc ia l r efor ç a a n e ce s s idad e d e s is te ma s c u ltura is que p er mita m o pro c es so d e r egu la ç ão e con tro le d es s e f enôme n o. A ten ta tiv a d e for mu la çã o de u m c on ce ito d e d es envo lv ime n to sus ten tável es tá r e la c ion ada a u m mo d e lo d e d es envo lv ime n to e u so do s r ecu rso s na tu ra is qu e propo rc ione às ge ra çõ es fu tur a s a po ss ib ilid ad e d e d es fru tar do me io amb ien te, ta l qu a l a s do pr es en te . En tre tan to, por s er u m c onc e ito comp le xo e d in âmic o, nã o obs tan te a s ref er ên c ia s leg a is nac iona is ao te ma ( GUI MA RÃE S, 2008)

f a z -s e

n ec e ss ár io

a

u tiliz a ç ão

de

ins tru me n tos

que

po ss ib i lite m

d imens ion ar o s uso s d es se s r ecur sos , pr inc ip a lme n te pa ra oper a c ion a liz ar cr itér ios d e d ec isão e ges tão do s me s mo s (VAN BE LL EN, 2005). D es envo lv ime n to su s ten táve l e gov ernan ç a de águ as s ão u tiliz ados hoje co mo r ef erê nc ia in s titu c iona l n a a g enda g lob a l do d es envo lv ime n to co m s us ten tab ilid ade . A orig e m d a gov ernan ç a n as e sfer a s d e g es tão d e água, con tudo, vem d e u m con ce ito an tigo que r emo n ta ao pe r íodo me die va l n a Eu ropa , e qu e g anha refor ço n a a tua lidad e d a imp le me n ta çã o d a PN RH. No en tan to, o s proc e s so s (d ec isór io s) co m p artic ipa ção popu lar d e ma nd a m infor ma ç ã o a c es s ív e l a n ão - té cn icos e u ma es tr a tég ia de g es tão qu e s e ins ira nu m pro ce ss o qu e é in te ns a me n te so c ia l e po lític o, e que v a i a lé m d a re la ção en tre a so c ie dad e e seu gov erno, a lé m d e e x ig ir in ter a ção d e v a lore s e no r ma s en tre ins tituiç õe s púb lica s e p ar ticu la re s 3. A u tiliz a ção d e ins tru me n tos qu e pe r mita m f orn ec er informa ç ã o ú til p ara a d ecisão pode v ir a aux ilia r a qua lid ade do s pro ce sso s p artic ipa tivo s propo s tos p ela PN RH. A infor ma ç ão sobr e os pro ce sso s e su a ef e tivid ade é indis pen sáv e l

3

“Governance is about effectively implementing socially acceptable allocation and regulation and is thus intensely political. Governance is a more inclusive concept than government per se; it embraces the relationship between a society and its government. Governance generally involves mediating behaviour via values, norms, and, where possible, through laws” (ROGERS e HALL, 2003:2).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 325

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES & MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO

p ara

que

s ej a

efe tu ado

o

con tro le

ac er ca

do s

in stru me n tos

de

g es tão

(GUI MA RÃE S e XAVIE R, 2009 ; JA CO BI e t al . , 2009). Id e m p ara o c on tro le d a ef ic iên c ia , que co mp le me n ta o c ic lo d e cr iaç ão, impla n ta ção , av a lia ção e r ev is ão d as po lítica s púb lica s. O u so de me t odo log ias de ind icadore s v e m a f avor ec er o pro ce sso de in for ma ç ão e prop ic ia a ad equ açã o p ar a a ado ção de meto do log ias de GI RH. D en tro do s a s pe c tos re fe ren c iados , a av a lia çã o do p roce s so d e g estã o é fund ame n ta l par a a con cre tiz aç ão da s polític a s p ropos ta s pa ra GIRH. As avaliaç õ e s

do s

mod e lo s

de

g e stã o,

sobre tudo,

s ão

re lev an te s,

po is

no

d es envo lv ime n to d e um mo d e lo in stitu c ion a l, é es s enc ial o conh ec ime n to das fun çõe s qu e s ã o d es e mpe nhad as [. ..] a lé m d o s a sp ec to s té cn icos, a an ális e do s cond ic ion ante s po líticos ta mb é m é de fund ame n ta l imp or tânc ia ( CA MPO S, 2001). A ava lia ção, jun ta me n te co m a r ev is ão, ve m a s er o ú ltimo p a ta ma r da imp leme n taç ão da po lític a e spe c íf ic a e dev e con sid er ar, no c aso de es tudo , o maio r nú me ro de cond ic ionan tes po ss ív e l no e s copo d a me to do log ia GI RH, o qu e ve m d e e ncon tro à n ec es s id ade d e in corpora ç ão do conc e ito d e gov ernan ç a n es se proc es so. H á de se d es ta ca r o e s ta do inc ip ien te e m q ue a ado ç ão de ind icador es de s us ten tab ilid ade s e enc on tra , espe c ia lme n te n a me nsur aç ão da ef iciê nc ia de po lítica s púb l ica s ( MAGA LHÃES J r., 2007 ; V RBA e t alli, 2006 ; JANU ZZI, 2004). A produ ção de ind icado res ma is c omp le tos sug ere a agre ga ç ão de infor ma ç õ es do ma io r nú me ro de d ime n sõ e s pos s ív e l, p ar a f in s d e p lane ja me n to d e po lític as d e ge s tão 4. A con sign aç ão de u m mo d elo d e ind ic ador e s, qu an tita tivos e qua lita tivos , par a in corpor aç ão de u ma f iloso f ia d e GI RH e b as eado s na av a liaç ão d a su s ten ta b ilidad e da po lític a d e ge s tão, v e m de encon tro a es s a n ec es s ida de .

4

"Integrated approach to the generation of more complex groundwater indicators and their aggregation into water related indexes, which condensate wide range of information, is the urgent task for the near future. Step by step development of groundwater monitoring networks and programmes with the scope to fill up the gap of groundwater data has to be subsidized and implemented within national and international water policy and management plans” (VRBA et al., 2006:13).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 326

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS: UMA ABORDAGEM DE CASO BRASILEIRO

3

M ECANI SMOS

DE

PAR TIC IPAÇÃO

P OPU LAR

NA

GES TÃ O

DE

ÁGUA S: OS COMI TÊS D E BACIAS H IDROGRÁ FICA S A abord ag em tr a d ic iona l d a g e s tão de r ecur so s h ídr icos c onduz ia a pou ca ou n enhu ma preo cup aç ão co m os re su ltados d a s po lític a s púb lica s e s eus efeito s sob re a soc ied ad e. En tre tanto, as mu dan ça s ope ra cion a liz ada s no s anos 90 e no s re sp ec tivo s mo d e los d e a tu a ção esta ta l troux er a m a pr eoc upa ção s is temá tic a c o m a a v a lia ç ão. A ava lia ção s is te má tic a d as po lític as púb lica s, co m a par tic ipa ç ão dos a tore s so c ia is, p er mite a fe r ir a ade qua ç ão dos mo d e los legalme n te propo s tos à re a lid ade d a imp le me n ta ç ão, na bus c a do s obje tivos de ef iciên c ia . A Le i F edera l nº 9 .433, d e jan e iro de 1997, in s titu iu a água c o mo s endo u m r ecu rso na tur a l limita do e do tado de va lor e conô mic o. E ss e d iplo ma leg a l emer g iu e m per íodo em q ue o s in stru me n tos e conô mic os tiv era m d es taque amp lia do em r e la ç ão a a ltern a tiva s d e con tro le e regu la ç ão. A refe r ida le i b as eia -s e no s segu in tes funda me n to s: “a água é u m b e m de do mín io púb lico ; a água é u m r ecu rso n a tur a l limita do, do tado de va lo r e conô mic o ; a ge s tão dos r ecu rso s h í dr icos dev e se mp r e propor c iona r o us o mú ltip lo d as águ as ;” ( ar t. 1º) ( BRASI L, 1997). E s sa me s ma le i cr iou me c a n is mo s ins titu c ion a is d e pa r tic ip a ção do s cidad ãos

e

c o mun id ad es

usu ár ia s

de

re cur sos

h ídr ic os,

inc lu indo

s eus

r epr es en tan te s no Con se lho N ac ion a l d e Re cur sos H ídr ic os ( CN RH) e nos Co mitê s

de

Ba c ia

H idrogr áf ica

( CBH),

que

in tegr a m

o

SING REH ,

ao

es tabe le cer a n ec es s id ad e d a r epr es en taç ão popu lar n a g es tão d e água s no seu ar tigo 1 º, inc iso VI : “ A g es tão do s re cur sos h ídric os dev e s er de s cen tr a liz ad a e con tar co m a p ar tic ip a çã o do Poder Púb lico , dos usu ár io s e d as co mu n id ade s ” . O s Co mitê s d e Ba c ia H idrogr áf ica s ão órg ãos co leg iados co m a tr ibu ições nor ma tiv as ,

d e liber a tiv as

e

cons ultiv a s

a

s er e m

e x erc id a s

na s

b ac ias

h idrogr áf icas de sua ár ea de a tu aç ã o e dev e m f un c ionar como p ar la me n tos co m r epr es en tan te s dos d ive rso s s e tore s d a soc ie dad e e do Pod er Públic o.

A

n eces s id ade de g es tão d e in ter es s es d e usu ár io s d is tin tos na s su a s res pe c tiva s d emanda s hídr ica s propor c iona u ma s itua ç ão pote nc ia l d e conf lito s, que c ar e ce de

in s tru me n tos

p ara

a ná lise

e

con tro le

de

inú me ros

asp e ctos

da

d ispon ib ilida de e po ten c ia lid ade do u so d a á gua , g erenc iado s e m n ív e l dos CBH.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 327

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES & MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO

4 INDICADOR ES D E S US TEN TA BI LIDADE NO PR OC ES SO D E G ESTÃO D E R ECURS OS HÍDR ICO S A

av a liaç ão

em

p o lític a s

púb lic a s

a mb ienta is

te m

se

to rnado

u ma

f err ame n ta r econh e c ida no c a mpo d a ava liaç ão in s tituc iona l (MICKW ITZ, 2003). O mod e lo ins titu c ion al é u m dos pos s íve is d e ado ç ão no to cante à avaliaç ão de po lític a s púb lic as, e a pre s en ta c o m o c ar ac ter ís tic a s a r e la ção en tre os en te s gov ern ame n ta is e de ter min ad a po lítica, formu la d a, es ta be le cid a, imp leme n tad a e f e ita cu mpr ir p e las in s titu içõ es púb lic as re spon sáv e is. Segundo D ye (2009) o que d efin e a pr ime ira c ar a c ter ís tic a d e púb lica a uma c e r ta po lítica é a leg itimid ad e conf er ida p e la in s titu ição d e or ig e m e qu e par te do pro cesso d emo c r á tico pa r tic ip a tivo or iundo do pro ce sso le g is la tivo, de sd e a s ua o r ige m, e su a n atur ez a legal , que ob r ig a ao s eu c u mpr ime n to p e los cidad ãos .

A

segund a

c a ra c ter í stic a

é

a

un iv ers a lidad e,

co lo cad a

p e lo

d ir ecion a me n to a toda s a s p es soa s d a so c ied ad e e a co erç ão , co mo te rc e ir a car acter ís tica , qu e au tor iza à s ins titu içõ es gov erna me n ta is à impos iç ão d e p enaliza çõ es pe lo d es cu mpr ime n to do s imp era tivos lega is e a v io laç ã o d as po lítica s púb lica s. An tun es e t a l. (2009) re s sa lta m que , e mb or a ha ja u ma de fin ição só lida d e gov ernan ç a, e sp e c ia lme n te pa ra G IRH, ex is te u ma d ef ic iên c ia d e me todo log ias e fer ra me n ta s d e ge s tão, esp e c ia lme n te e m nív e l d e b acia h id rográ fic a , co m envo lv imen to nos pro ce s sos p ar tic ipa tivo s. A con tr ibuiç ão d a e le iç ão de es tr atég ia s me to do lóg ica s pa ra o enfr en ta me nto da GI RH p as sa p e la agr ega ç ão d e infor ma ç õ es ú te is par a a to ma da d e d ec isõe s. E m c on tr ibu ição p ar a a ado ç ão d es se me can is mo d e cria ção d e infor mação útil ao s p roce s sos de dec isão , a pr in cipa l ca ra c ter ís tic a d a u tiliz aç ão dos ind icador e s co mo e le me n tos de men su ra ç ão d a s cond iç õe s d e efic iên c ia d e s is te ma s a na lisado s e s tá na s imp lic id ade e for ma d ir e ta de apr es en taç ão, quando co mp ar ado co m o u tra s for ma s d e apr es en taç ão d a info r ma ç ão . O s ind ic ador es pod e m infor ma r uma d e ter min ada s itu a çã o, ma s tamb é m pod em p as sa r a id é ia de u ma per ce pç ão, d e uma te n dên c ia ou fenô me no não d etectado ime d ia ta me nte (HA MMOND e t a l. ,1995). E s te f a tor tr a z r e lev ân cia p ara o pro ce s so d e to ma da de de c isã o n as po lític a s púb licas . 5 ESTRU TURAÇÃO DO MOD ELO D E AVA LIAÇÃ O P OR INDICADOR ES

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 328

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS: UMA ABORDAGEM DE CASO BRASILEIRO

A co mp a tibiliz a ção en tr e o s asp ec to s do d es envo lv ime n to s us ten táv e l e d a pro teç ão

do

me io

amb ie n te

ne c es s ita

ser

lev ad a

em

c on ta

par a

o

es tabe le c ime n to de uma me to dolog ia que prop ic ie a G es tão Inte grad a d e Recur sos

H ídr icos

con sid er ando

um

ma r co

con c e itua l

qu e

abr anja

as

ins titu içõ es ( mod e lo d e Es tado, nor ma s e en te s d a g es tão) e a mu dan ç a ins titu c ion al, a s sua s in tera çõ es co m a s mo dalid ade s e po lítica s de g es tão e o d es envo lv ime n to su s te n táv e l ( me io - a mb ien te e de s envolv ime n to qu a lita tivo ) ( Figu ra 4).

Instituições e mudança institucional

Desenvolvimento sustentável

Avaliação e informação

GIRH

Figura 4 - Marco conceitual em políticas públicas de gestão de água.

O s proc e ssos de e laboraç ão e imp lan taç ão d e mod e los e po lític a s de g es tão fund am- se em in s titu içõe s (nor ma s e en tes) qu e ne c es s ita m s er p au tado s p e los pr in cíp ios

do

de s envo lv ime n to

s us ten táv e l,

que

por

su a

ve z

envo lv e m

d imensõ e s ec onô mic a s, s oc ia is e a mb ien ta is d e ju stiç a e eqüid ade . O

quad ro

r ef eren c ia l

teó r ico

se le c ionado

con s id erou

as

ob s erv açõ es

p es soa is, a le itura d e do cu me n to s leg is la tivo s, r e la tór io s de proj e tos e pub lica çõe s ins titu c ion ais

de e

r esu lta dos de

órg ãos

de de

pe squ isa s, p esqu isa

arqu ivo s na c ion a is

infor ma tiz ado s, e

in te rna c ion a is

s ite s que

or ien ta ra m a e labor aç ão do mod e l o con c e itual. Co mo p ar te do p roce s so de propo s itura do mod e lo, o s p roc edime n tos me todo lóg icos co mp r eende ra m u m levan ta me n to d e mod e lo s já ex is ten tes n a expe r iên c ia na cion a l e in tern ac ion al

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 329

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES & MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO

e o lev an tame n to d e da dos ins tituc iona is d ir ig idos ao setor indus tr ia l u suá rio d e águ as sub terr âne as no e s tado da Pa ra íb a, lo ca lizado em p a r te d a r eg ião d a Bacia S ed ime n ta r Cos te ira P ara íb a - Pern a mbu co. Re a lizou - se u m le van ta me n to d e dado s qua n tita tivo s jun to ao órgã o ge s tor d e r ecu rso s h ídr icos no Es tado da P ar aíba (AE SA – Agê nc ia Exe cu tiv a de Ge s tão d as Águ as do E s tado da P ar aíba ), pa ra id en tif ic ar o s usu ár io s indus tria is d e água s sub ter rân ea s e a s itu ação d e op era c ion a liz a ç ão do s in stru me n tos d e ge s tão do s re cur sos h ídr icos s obre o

amb ie n te d elimita d o

pa ra

e s tudo. Fo i r e a liz ad a u ma

a p lic ação

pr elimin ar de mo d e lo d e a v a lia ç ão por indic adore s, c o m b ase no s me tada dos de ind icador e s s e lec ion ado s e d ados ob tidos ac er c a da re g ião es tuda da , qu e produ z ir a m o s r esu ltados sug er ido s e as an á lis es ad ian te exp lic itad as . O Prog ra ma d a s N a çõ es Un id as pa ra o De s envo lv ime n to (PNUD) se no tab iliz a p e la ado ç ão da s is te má tic a , e d ispon ib iliza um s is te ma d e apoio ( PNUD /CAP -NET ,

2008)

na

ava lia ção

de

po lític as

que

se

u tiliza

dos

ind icador e s qu e pod em s e r adapta dos p ar a u ma me todo log ia de GI RH, ao cons id er ar a s segu in tes dime n sõ es : a lo ca ç ão d e águ a se gundo os mú ltip los u sos,

con tro le

da

po lu ição ,

mon itor a me n to

qua lita tivo

e

qu an tita tivo,

p lanej a me n to e m n ív e l d e b ac ia hidrogr áf ica , g es tão econô mic o -f in an ce ir a e g es tão d a infor ma ç ã o p ara de c is ão. 5 A s d ime n sõe s es tabe le c ida s p ara GI RH e s eu s r esp e c tivos s ign if ic ado s são (PNUD /CA PNE T, 2008): 1. Ou torg a d e á gua : a lo caç ão de águ a p ar a u sos pr ior itár io s, ma n tendo n ív e is mín i mo s p ar a uso s soc ia is e a mb ien ta is, ma n tendo a e qu idad e pa ra o d es envo lv ime n to n e c e ss ár io à so c ie dad e ; 2. Con tro le

de

po lu iç ão :

g eren c ia me n to

da

po lu ição

com

a p lic a ção

do

pr in c íp io do po lu idor -p agador e pro mov endo in cen tivo s p ara r eduç ão do s prob le ma s de po lu iç ão ma is r e lev an tes, par a min i miz a r os imp a c to s s oc ia is e a mb ienta is ; 3. Mon itor a me n to : I mp le me n ta ç ão de mo n itor a me n to ef e tivo p ara produ çã o de infor ma ç õ es e s s enc ia is p ar a a ges tão ; iden tif ica r infr a çõ es à nor ma s e r egu la me n tos e pe r mis sõ es ;

5

Esse modelo foi devidamente autorizado pelos autores para uso e avaliação nessa pesquisa.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 330

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS: UMA ABORDAGEM DE CASO BRASILEIRO

4. P lan eja me n to e m n íve l d e b ac ia h idrogr áf ica : pr epa rar e a tua liza r o p lano d e b a c ia inc orpor ando v i sõ e s d e sta keho ld er s sobr e o des envo lv ime n to e ma n e jo d as pr ior id ades d a ba c ia, us ando - as pa ra informa r a rev isã o d e p lanos p ar a a b ac ia ; 5. G es tão e conô mic a e f in anc e ir a : ap lica ção d e ins tru me n to s e conô mic os e f in anc e iro s p ara r ecup er aç ão de cus to s e pro mo ção de me ta s de e s tímu lo ao ac es so equ ita tivo e g anho s su s tentáve is p ar a a so c ied ad e pelo u so d a águ a ; 6. G es tão d a infor ma ç ã o : Fo rne ce r d ado s es sen c ia is par a pro mov er de cisõ es tr ansp ar en tes b as e ada s em in for ma ç ã o, par a promo ç ã o d a ge s tão sus tentá ve l do s r ecur sos h ídr icos da b ac ia ; 7. P ar tic ipa ç ão so c ia l: Imp le me n ta r pa rtic ip aç ão dos s ta k eho ld er s como b ase p ara a d ec isã o, levando e m c o n ta os me lho re s in tere ss e s da so c ied ad e e do me io - a mb ien te no d es envo lv ime n to e u so do s r ecu rso s n a b ac ia. E m s e c on sid erand o o r ef eren c ia l te ór ico lev an tado, fo ram e s tab e lecidos metad ado s d e ind icador es qu e fund a me n ta sse m a s e leçã o d es s e mod e lo d e avaliaç ão e r ea lizou - se u ma a p lic a çã o pr e limina r do me s mo. De a cordo co m o s r esu ltados da a p lic aç ão n a r eg ião de e s tudo, o mo d e lo p ermitiu u ma a v a lia ção d a atu a l po lítica d e g es tão, me d ian te a de f in iç ão d e n ív e is ou gr au s de ef iciên c ia de acordo com o s cr itér io s: 

N ão a tend ime n to (g rau b a ixo) : ma ior ia do s indic ador e s n ão sa tisf e itos;



A tend ime nto p ar c ia l (gr au mé d io) : mé d ia d e ind icad or e s s atis fe ito s ;



A tend ime nto (g rau e leva do) : ma ior ia d e ind icador es s a tisf e itos ;

A s e le ç ão d a r eg ião de e s tudo e c ons eqüen te c a tego riz aç ão dos usu ár ios indus tr ia is d e água no un iv erso da p e squis a foi f e ita segundo u ma c omb in a ção d e ele me n tos d as r esp ec tiva s reg iõe s h idrogr áfic a s. Fo i con sid er ad a a un idad e d e ges tão por b a c ia h idrogr áf ica e s eu re spe c tivo CBH, en te loc a l d e ge s tão por excelênc ia , c onfor me d elin eado a s egu ir, co mo re su ltado p arc ia l do es tudo.

5 CARAC TERI ZAÇÃO DA R EGI ÃO D E ESTUDO O S is te ma Aqu íf ero P ar a íba -P ernamb u co ( Figur a 2) é o sis te ma d e ma ior e melh or po te nc ia l h ídric o do Es ta do d a P ar a íba . T e m por a rc abou ço as for maç õ es qu e co mpõ em a Ba c ia S ed ime n ta r Cos te ir a Par a íba -P ernamb u co e con temp la a b ac ia h idrogr áf ica do ma io r r io p e ren e do Esta do, o Rio P ar a íba , n a su a po rçã o b a ixa .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 331

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES & MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO

E m r a zão da in tens a mov ime n taç ão e conô mic a d a reg ião, favo re c ida pe lo u so in tens ivo de fon te s d e água subte rr âne a p ara a lé m d a sub sis tênc ia, e pe las car acter ís tica s po ten c ialme n te po luidor as do us uár io indus tr ia l, o es tudo foi d elimitado p ara usu ár io s indu s tr iais de águ a s ubterr ân ea d a por ç ão d a Ba c ia S ed ime n ta r Cos te ir a ex is ten te n a Reg ião do Ba ixo Cur so do r io P ar a íba.

Bacia sedimentar costeira ParaíbaPernambuco

Figura 5 – Bacia Sedimentar Costeira Paraíba -Pernambuco, Brasil. Fonte: ASUB-PB (2009)

Or ig in ar ia me n te , o mo de lo fo i ap lica do cons id er ando -s e dua s d ime nsõ es de análise : a ins titu c ion al e a a mb ie n ta l. Re la ta - s e aqu i, par a ef e ito d es se tr abalho , o s re su ltados d a ap lica ção do mo de lo na d ime nsã o in s tituc ion a l, par a o cr itér io d a ou torg a d e á gua .

6 A P LICAÇÃO DO MOD ELO NA SUA D IMENSÃ O INSTI TUC IONA L A produ ç ão d e me ta dado s, ap lic a çã o pr e limina r do mod elo e aná lise, no to can te à dime n s ão ins titu c ion a l, e s tá b as ead a no c ruza me n to do s dado s e infor ma ç õ es c ons tan te s do s c ad as tro s de ó rgão s púb lico s r espon s áveis pe la g es tão de r ecu rso s h ídr icos no E s tado d a P ar a íba , Bra s il. Es sa d ime ns ão cons id er a da dos re la tivo s à ou torga d e u so de r ecu rso s h ídr icos , p ar a u sos indus tr ia is

em

a tiv id ade s

d e ma ndan tes

de

água

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

sub terr âne a

na

r eg ião

Página 332

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS: UMA ABORDAGEM DE CASO BRASILEIRO

d elimitad a, c onfor me o d e ta lh a me n to me todo lóg ico. D entro d a de limita ç ão e meto do log ia propo s ta for a m ob tidos inpu ts , a s egu ir exp lic itado s, r efe r idos a p ar tir do cr ité r io d a ou torg a d e água . O cr itér io da ou torg a de á gua e s tá b as eado na d ef in iç ão a lgun s ind ic ador es de ef iciên c ia ,

qu a is

s eja m:

a)

Nú me ro

de

u suá rio s

de

água

s ub ter râne a

r egu la r iz ado s (co m outorg a e mitid a e v ig ente ) ; b) Ef ic iê nc ia no us o, boa s pr ática s ( reú so) e a lc an ce aos obje tivos e conô mic os e soc ia is ; c) Res pe ito ao zoneame n to; d ) Ex is tên c ia de mon itor a me n to d a s águas sub terr âne a s. As infor ma ç õ es r e la tiv as a e s se s ind ic ador e s, a s qu ais for am u s ad a s no es tudo, es tão exp licita da s a segu ir. I nd icado r “a” -

Nú me ro d e usu ár io s d e água sub te rrâne a r egu lar iza dos co m

ou torg a e mitid a e v igente A Reg ião do Ba ixo curs o do Rio Pa ra íb a, r epre s en tad a pelo CBH -P B, e s tá car acter iz ada p e lo uso in tens ivo de á gua sub terr âne a e m a tiv id ade s indu str ia is, à ex emp lo d a indús tr ia c e râ mic a , e xp lo ta ção d e águ a min era l e agron egóc io vo ltado p ar a produç ão su cro a lcoo le ira . d if er enc iar

usu ár io s

de

águ a

Po ssu i no to ta l, ou s ej a, s e m

sub terr âne a

e

sup erf ic ia l,

863

usu ár ios

cad as trado s, 154 u suár io s ou torgado s, 88 usu ár io s e m p roc e sso d e outorg a e 308 usu ár ios co m ou torg a ven cida (A ESA, 2009). Ap re senta , por tan to o ma ior nú mero

abs olu to

das

un id ade s

indus tr ia is

do

e s tado,

u suá r ia s

de

água

s ubterr ân ea c ada s tr adas . Segundo d ados h is tór icos ob tidos , p ar a a Re g ião , do ano de 2008, o per c en tua l ou torgado ao s e tor indu str ia l, co m o uso d a á gua d e po ço, apr e se n ta - s e apar en te me n te pou co s ign if ica tivo e m re la ção aos d e ma is u sos, nu m pe rc en tu a l qu e a tingia os 7% . En treta n to, es s e d ado pod e sign if ica r, h ipo te tic a me n te ,

a

pou ca

ins tituc iona liza ç ão

do

órgão

g es to r

pa ra

e ss e

s eg me n to u su ár io à época . D esd e a imp la n taç ão d e ou to rga na P ar a íb a, e m 1998 a té me ado s de ma io d e 2008, tr a mita r am n o órg ão g es tor 64 pro ce sso s r elativo s às á gu as sub te rr âne as na Re g ião do Ba ixo Curso do Rio P ar a íba . Do to tal do vo lu me a te en tã o ou torgado p ara o s etor indu s tr ia l da Bac ia do Rio P ar aíba , 97,33% e s tava no Ba ixo P ar a íba , área ma is in dus tr ia lizad a, e 2,67 % n as ou tr as re g i õe s h idrogr áf ica s (A lto, Méd io e T ape roá). O c enár io a tua l d a ins titu c ion aliz a ção ind ic a u ma e leva ç ão nos núme r o s ab so lu tos do cada s tro do órg ão g es tor (AESA , 2010). No ano d e 2010, a té o f in a l d e ma io, o vo lu me

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 333

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES & MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO

ou torg ado pa ra o usu ár io indus tr ia l de água sub terr âne a na r eg ião d e e s tudo é d e 1.12733 ,00 m³ /a no, c o m 25 ou torg as no pr azo d e v a lidade . I nd icado r “b” - E ficiê nc ia no u so, boa s pr á tic a s ( reú so) e a lca nc e ao s obj etivos e conô mic os e s oc ia is A pe squ is a c ons id erou o fato d e qu e o s cr itérios d e ou to rg a d ev e m in c luir ef iciên c ia no uso , bo as pr átic as (re úso) e obje tivos e conô mic os e so c ia is. O atend ime n to d es se s sub -c r ité r ios são a lta me n te d es ejáv e is n es se pro c ed ime nto, p ara c ar ac ter iza r o u so ou a tiv idad e d e ma nd ante d e água co mo su s ten tá ve l. I nd icado r “c ” - Resp e ito ao zon eame n to Fo ra m e s tab e le c idos cr itér ios d e z one a me n to c o mo ma is u m e le me nto d e pro teç ão con tr a a tiv idad es no c iv as a o me io amb ie n te, tan to do pon to d e v is ta h idro lóg ico, co mo e conô mic o - eco lóg ico. I nd icado r “d” – Ex is tên c ia de monitor a me n to d as águ as sub terr áne as Apr es en ta m- se co mo me tad ados os e le me n tos do me io na tur a l, ne ce ssá r ios e ind ispen sá ve is a todo o proc es so de ava liaç ão d a po lític a , sob o a sp ec to f ís ico , qu ímic o e b io lógic o. A av a liaç ão da ap lic aç ão do mod e lo, s egundo os cr i tér io s e objetivos propo s tos pod e s er s in te tiz ada por n a tabe la que s egu e ( Tab e la 1) : Tabela 1 – Síntese da aplicação do modelo para o critério outorga de água. ATENDIMENTO DOS CRITÉRIOS INDICADOR DE EFICIÊNCIA Número de usuários de água subterrânea regularizados 2. O critério de outorga inclui eficiência no uso, boas práticas (reuso) e objetivos econômicos e sociais. 3. O critério de outorga respeita o zoneamento 4. Há monitoramento do uso de águas subterrâneas

NÃO ATENDE

1.

ATENDE PARCIALMENTE

ATENDE

X

X

X X

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 334

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS: UMA ABORDAGEM DE CASO BRASILEIRO

7 C ONC LUS ÕES A e le iç ão de ind ic ador es de su s ten ta b ilidad e b as e ados ap ena s e m e le me ntos do me io f ís ico, co mo s ão co mu me n te en con tr ada s, n ão con s egue forn ecer r espo s ta s suf ic ien te s par a as an á lise s d e p roc es so s d e ge s tã o, u ma v e z qu e o s pro cesso s ba s eado s e m

G IRH requ ere m a n á lis e s ma is abr angen te s. Cr itér ios

ins titu c ion ais , por sua v ez , co mp leme n ta m a a n á lis e sob o a sp e c to da a va liaç ão d a po lític a d e g es tão e s ua imp le me n ta ç ão nos c enár io s porv en tur a ana lis ados . P ar a o cr ité r io d a ou torg a de á gua , co mo co mp onente d a d ime n são ins titu c ion al do mod e lo, do s 4 ind ic ador e s av alia dos, 3 rec eb er a m a av a lia ção “não atend e” , e 1, “ a tend e p ar c ia lme n te ” . Ta l av a lia ç ão r eve lou u m grau d e ef iciên c ia con sid er ado b a ixo, co m a ma ior ia de ind icador es não -s a tisfe itos. Cons id er ando a f ilo sofia d e GI RH co lo c ada co mo pr es supo sto d a aná lise, mes mo qu e a d ime nsã o ins titu c ion a l tive sse a lc anç ado e lev ado gr au d e ef iciên c ia , u ma a va liaç ão e m g rau mé d io a b a ixo na d ime ns ão amb ie n tal cond ic ion aria d e for ma n ega tiv a a av a lia ção d a po lítica como u m todo, u ma ve z qu e ela não e s tar ia a ting indo s eu s f in s ins tituc io na is de pro teç ão a mb ien ta l e in creme n to d a su s ten tabilid ade . P ar a u m pro ce sso d e GI RH ef ic ie n te , há qu e s e forne c er infor ma çõ es clar as, qu e min i miz e m a s a ss ime tr ia s de poder e p roporc ion e m c ond iç õe s d e pro mo ç ão de a c coun tability , quan to ma ior infor ma ç ão d ispon ív e l houv er sobre o s pro ce ssos de ge s tão , ma io r es a s opor tun id ad es d e con tro le d e e f iciê nc ia na po lítica públic a re sp ec tiv a. A p esqu isa d e mons trou a a mp la a doç ão d e me c a n is mo s d e av a lia çã o de po lítica s púb lica s a mb ien ta is e d e r e curso s h ídr ico s me d i a n te cr itér ios d e d es envo lv ime n to sus te n táv e l con tr ibu indo p ara a in te gra liz aç ão do c ic lo concep ção - imp la n taç ão -a va liaç ão -r ev is ão d a s po lítica s públic a s a mb ien ta is.

8 A GRAD EC IMEN TOS A pr ime ir a a u tora agr ad ec e ao P rogr a ma d e Re cur sos Huma n os e m D ir e ito do P etró leo , Gá s Na tur al e Bioco mb u stív e is ( P RH /ANP -MCT Nº 36) e P e tró leo Br as ile iro S /A (PE T RO BRAS) . A segund a a u tor a agr ade c e ao Cons elho N acion a l de D es envo lv ime n to Cien tíf ico e Te cno lóg ico – CNPq , pe la bo ls a d e pó s-dou torado.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 335

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES & MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO

9 R EFER ÊNC IAS AE SA – AGÊ NCIA ES TADUAL DE ÁGUAS DO ESTADO DA PA RAÍ BA. (2009) Comitê s d e Bac ia da Pa ra íba . Ob tido em: . A c es so em 0 3 d e ma io. 2009. ______. (2010) Pro c es so s de ou torga . Ob tido e m: A c es so e m 02 d e junho. 2010 A BE RS , Reb ec c a N e aer a. JO RG E, Ka r ina D ino (2005) D es cen tra liz a ç ão d a G es tão d a Águ a : Por que os co mi tê s de ba c ia es tão s endo cr iados? In : Amb ien te & S ociedade . Vo l., VI II, nº 2 , ju l. /d ez . 2005. pp. 1 -26. ______. FORMIGA - JOHNS SON, Ro sa Mar ia. F RANK , Bea te . KE CK, Ma rgar e t E lizabe th . LE MO S, Maria Car me n (2009) In c lus ão, de lib era ç ão e con tro le : três d imens õ e s d e d e mo crac ia nos co mitê s e con sór c ios de b ac ia s h idrog rá f ic a s no Br as il. In : Amb ien te e Soc iedade. Ob tido

e m:

Ca mp in as ,

v. 12,

n. 1, Junho

2009.

. A c ess o e m 25 ma io . 2010. ASU B- P B – Proj e to In te gra ç ão do s Ins tru me n to s d e Ou torg a, Enqu adra me n to e Cobr anç a pa ra a G e s tão d as Águ as Sub terr âne a s . (2009 ) R e la tó r io pa rc ia l de execução I. Un iv ers id ade F ed era l de Ca mp in a Gr ande . 101p. CA MPOS , N ilson .

S TUDA RT , T ic ian a. (Orgs .) (2001) G es tão das água s . 2ª

ed. For ta le za :ABRH , 2001. pp. 63 -66. CA MPOS , V a lér ia N ag y d e O live ira (2009) E s tru tur a çã o e imp lan taç ão da g es tão co mp ar tilhad a da s água s : o c o mitê d e ba c ia h idrográ f ic a do A lto T ie tê. In : JA CO BI, P edro Robe r to (Org.) A to r es e p ro ce sso s na go ve rnança de água no es tado de São Pau lo . S ão P au lo : Ann ab lu me . pp.13 -34. DY E, Thoma s R. (2009) Mape ame n to dos mo d e los d e a ná lise d e po lític a s púb lica s. In : H EIDEMANN, Fra nc isco G. SA L M, Jo sé Fran c is co (O rg.) Po lítica s púb licas e de s envo lv im en to: bas e s e p is temo lógic as e mode los d e aná lis e. Ed itor a Un iv ers id ad e d e Br as ília. Bra sília . pp. 99 - 129p . GUI MA RÃE S, Pa tr íc ia Borba Vila r. RI BEIRO, Már c ia Ma r ia Rios (2007) D esa fio s da cob rança p e lo u so da água no c on te x to fed era tivo nac iona l d e

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 336

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS: UMA ABORDAGEM DE CASO BRASILEIRO

compe tên c ia s. An a is do XVII S impó sio Br as ile iro d e Rec urso s H íd ric os. São P au lo. 14p. ______. XAVI ER, Yanko Mar c iu s de A len car (2008) Regula ç ão e u so da água no Br a s il: p ar tic ip a ção popu lar , sub sid iar iedad e e equ ilíbr io a mb ien ta l n a pro teç ão do s d ir e itos hu ma no s. I n : R egu la ção econôm ica e p rote ção dos d ir eito s humano s: um e n foque sob a ó tica do d ire ito ec onôm ico . Fo rta leza. Fund a ção Konr ad Ad ena uer . pp.151 -178. ______. RI BE IRO , Márc ia Mar ia Rios (2008) Uso e ficie n te da água nas cidade s: a r egu lam en ta ção do san eamen to pa ra sus ten tab ilidad e hídr ica no B ra sil . Ana is do VIII S e min ár io Ibero -a me r ic ano : A lte ra çõ es Climá tic a s, E f iciênc ia

E nerg é tica ,

Op er ac ion a lidad e

e

S egur anç a

em

S is te ma s

de

Ab as tec ime n to e Dr en ag e m Urb an a. L isboa . ______.XAVI ER, Y anko Mar c ius d e A lenc ar (2009 ) Wate r po litics in Bra z il: human ity and sub s id iar ity a spe c ts for a sus ta inab le s em i ar id r ive r ba sin manag emen t. An a is d a 7° In tern ation a l Sc ien ce Conf ere nc e on the Hu man D imens ion s of Glob a l Env iron me n ta l Chang e. UN Un iv er sity. Bonn , A le ma nha . MAGALHÃE S Jr. , An ton io Pe re ira (2007 ) Ind icador es amb ien ta is e r e cu rso s h ídr ico s. Re a lidade e pe rsp e c tiva s pa ra o B ra sil a pa rtir da e xp er iênc ia fran cesa . Rio d e Jan e iro: Ber tr and Br as il. 688p. MI CKW ITZ, Per (2003) A Fra me work fo r Ev a lua ting Env iron me n ta l Po licy In s tru me n ts: Con tex t and K e y Con ce p ts. In : E va lua tion , Vo l. 9, No . 4 , pp . 415 436. SAG E Pub lic a tion. Londr es. Ob tido e m < h ttp ://ev i. sag epub. com/c g i/r epr in t/9 /4 /415 >. A ce sso em 2 7 d e ju lho. 2009. T RO PP, H ak an ( Coord) ( 2004) Ch ap ter 2 : Th e Ch a llenge s o f Gov ern an ce . In: Wa ter



a

sha red

r e sponsab ility .

Th e

Un ited

N ations

W orld

W ater

D evelop me nt Repor t 2 , pp.43 -73 . ROGE RS, Pe ter . HALL , A lan W (2003) Eff e c tiv e w a ter gov ernan c e. In : GWP. G loba l Wa te r Par tn e rsh ip. T echn ic a l P aper nº 7 . Su é c ia . 87 p . V RBA, Jaros lav. HI RATA , Ricardo. G IRMAN, J an. HAI E, N a im. LI PPON EN,

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 337

PATRÍCIA BORBA VILAR GUIMARÃES & MÁRCIA MARIA RIOS RIBEIRO

Annukk a.

NE UPANE ,

Groundw a ter

r e sourc es

Bnanu .

SHAH ,

su s ta in ab ility

Tus ha ar.

W AL LIN,

ind ic a tor s,

In :

Bill

(2006)

Su s ta inability

of

g ro undwa ter R esou rc es and its Ind ica tor s . An a is do 7º IAH S S c ien tif ic A ss emb ly. Fo z do Iguaç u. IA HS 302. pp.3 -9. W ARNE R, J ero en (2005) Mu lti - s ta keho ld er pla tfor ms : inte gra ting soc ie ty in w ater re sour ce ma n age me n t? In : Amb ien te e so c iedade , Ca mp in as, v. 8, n. 2, Dez. Ob tido e m . A c ess o e m 24 de ju lho. 2009. YOUNG, Ora n R. KI NG, L es lie A. SH RO EDE R, He ik e (2009) Ins titu tion s and environmen ta l ch ang e: p rin c ipa l find ings , applic a tions and r es ea rch fr ontie rs . Mas sa chus se ts Ins titu te of T e chno log y Pre s s. Ca mb r idg e. 373p.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 338

LA M ETODO LO GÍA D E G EO-CI UDADES AP LICADA A L MANEJO Y G ES TIÓN IN TEGRA L D E CU ENC A BAJO UN EN FOQUE PA RTICI PA TIV O

ANTONIO ROMERO F Fundación La Salle de Ciencias Naturales [email protected]

ESMEYA DÍAZ Universidad de Carabobo [email protected]

R es um en L a s de f ic ien c ia s en e l s u min is tro d e agu a po ta b le con s titu yen uno de los pr in cipa les prob le ma s en V en ezu e la y e n e l mu ndo. S in e mb argo, e l sumin is tro d epend e d e la s zon a s d e cap tac ión d eno min ad as Cu en cas H idrogr áfic a s, en dond e e l agu a en can tid ad y c a lida d e s tá r e lac ionad a con la s in terr ela c ion es en tre e l s er hu ma no y lo s f ac tor e s a mb ie n ta les. Por tan to , la id en tif ica c ión de los imp a c tos que ocur re n allí, son n e ce sar io s p ara poder e s tab le c er pla ne s de g es tión y g aran tiz ar un d es arro llo sus ten tab le, cons ide rand o los f a c tore s amb ien ta les, so c ia le s, e conó mic o s, c ie ntíf ico s te c nológ ico s e ins tituc iona les . P ar a logr ar e l ma n e jo in tegra l de ma n e ra e fe ctiv a, se r equ iere la pa rtic ipación d e todo s lo s ac tor e s qu e v iv en o tien en r es pons ab ilida d en las c uen c as . G ener a lme n te p ar a dete r min ar los imp a c tos en las cue nc as se utiliz a la meto do log ía d e An á lis is de S is tema s , c abr ía pr egun tarse s i e s aplic ab le la meto do log ía d e G eo - Ciud ade s, e mp lead a por e l Prog rama d e la s N ac ion es Un id as p ara e l Med io A mb ien te –PNU MA . E l obje tivo de e s ta inv es tig a c ión do cu me n ta l c ons is te en e va lu ar la me to do log ía d e G eo - Ciud ade s en el Ma nejo y Ges tión In tegra l d e Cuen c as b ajo un enfoqu e p ar tic ipativo, con e l f in de g ener ar in for ma c ión de ba s e so c io - a mb ien ta l. Pa ra e llo s e pro c ed ió a r ea lizar un aná lis is d e la s s imil itud es y d ive rgen c ias , ob ten iéndo se c o mo r esu lta do que la metodo log ía d e G eo -Ciudad e s es v iab le p ara la c ara c ter iz a c ión d e cu enc as .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 340

ANTONIO ROMERO F. & ESMEYA DÍAZ

Pa la bra s clav es: Cuen ca s, Man ejo In tegr a l, An á lis is d e S is te mas , G eo Ciudad e s.

S ummary D ef ic ien c ies in th e dr ink ing wa ter supp ly ar e on e of the ma in prob lems in V enezu e la a nd th e world. Howev er, th e supp ly d ep ends on c a tch me n ts c a lled W ater sh ed, wh ere wa ter qu a lity and qu an tity is r e la ted to the in ter re la tion ship s b etween huma n s a nd env iron me n ta l f ac to rs . Th er efor e, th e id en tif ic a tion of imp acts tha t oc cur ther e, are n eed ed to es tab lish ma nag e me n t p lan s and en sur e s us tainab le d eve lop me nt, cons id er ing the env iron me n ta l, s oc ia l, e cono mic and ins titu tion a l. Th is imp lie s that a c o mpr ehen siv e ma n ag eme n t to eff e c tiv e ly ach iev e r equ ir es th e par tic ip a tion of a ll s tak eho lde rs who live or have r espon s ib ility for th e W a ter sh ed . Now, to d e te r min e the imp a c ts, w e n eed to h ave a me thod. Th e sy st em s ana ly sis is one of th e m. The M ethodo logy of th e G eo -C it ies , us ed b y the Un ited Na tions Progr a m on Environ me n t, UNE P, is ano ther . The obje c tive of th is re s ea rch is to ev a lua te the me th odo logy of G eo Cities in the In tegr a ted W a ter shed Man ag e me nt under a par tic ipa tor y a pproa ch in ord er to g ener a te infor ma tion on so c ial -e nv iron me n ta l b a se . Th is w as p erfor me d an an a lys is of the s imila r itie s and d iv ergen c es r e su lt ind ic a te th a t th e

me thodo log y

of

th e

Geo -Citie s

c an

a ls o

be

u s ed

in

w a tershed

char ac ter iz ation.

K ey wo rds : W a ter sh ed, In tegr a ted Man ag e me nt, S ys te ms An a lys is, Ge o - Citie s.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 341

LA METODOLOGÍA DE GEO-CIUDADES APLICADA AL MEHEJO Y GESTIÓN INTEGRAL DE CUENCA BAJO UN ENFOQUE PARTICIPATIVO

I NTR ODUCC IÓN L a s de f ic ien c ia s en e l s u min is tro d e agu a po ta b le con s titu yen uno de los pr in cipa les prob le ma s qu e pr e sen ta un nú me ro impor tan te d e pob la cion es en V enezu e la , a lguna s de e lla s ta mb ié n, con prob le ma s o cu es tion a mie n tos en cuan to a la c a lid ad d e la mis ma . . S in e mb argo, e l su min is tro d e agua d ep ende de la s zon as d e c ap ta c ión que con fr e cuenc ia s e encu en tr an lejos d e las ár e as urb an as . A su ve z, la s zon as de c ap tación s e ub ic an en espa c io s g eográ f ico s d eno min ados Cu enc as H idrogr áf ica s la cua les se pued en def in ir co mo “Un eco s is te ma e n e l cua l in tera c tú an y s e in terr ela c ion an v ar iab le s b iofís ic as y s ocio económic a s qu e fun c ionan como un todo, c on entrada s y s a lida s, límite s d ef in idos ,

e s truc tura

in terna

de

subsis te ma s

j er arqu izado s”

( Cen tro

Agronó mic o T rop ica l de Inv es tig a ción y En seña nz a - CA TIE s /f , p6) . Mien tras qu e, d e a cue rdo a l ar tíc u lo 2, T ítu lo 1 d e

la Le y de Agu a d e la Repúb lic a

Bo liva r ian a d e V ene zu e la la Cuen c a H idrogr áf ica es : La

unidad

territorial

delimitada

por

las

líneas

divisorias

de

aguas

superficiales que convergen hacia un mismo cauce, y conforman espacios en el cual se desarrollan complejas interacciones e interdependencias entre los componentes bióticos y abióticos, sociales, económicos y culturales, a través de flujo de insumos, información y productos.

D e a cue rdo a e s ta s def in ic ione s, la c ap ta c ión o su min is tro de agua en can tid ad y c a lid ad va a es tar r e lac ionad a con la s in terr e la c ion es en tr e e l s er hu mano y los f ac tor e s amb ie n tale s. Po r tan to, lo s c auda les de lo s r íos o curso s d e agu a que d ren an en una cuen ca de ter min ad a, así c o mo la c a lid ad d e e so s vo lú me ne s, d ep end en de l gr ado d e inte rven c ión o imp ac to qu e las pob la c ion es ub ic ad as en d ic ha s ár eas pu edan re a liz ar . Su rge en tonc e s la n e ce sid ad de pro te ger o mitig a r la a cc ión d e l s er huma n o en las zon as de c ap ta c ión de agu a, ya qu e e l fu turo d es arro llo de las c iud ade s o pob lac ion es que d epende n d e una cu enc a en par ticu la r, v a a es tar en r ie sgo en la med ida qu e e l imp ac to sobr e las v ar iab le s amb ie n tale s s e a ma yor .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 342

ANTONIO ROMERO F. & ESMEYA DÍAZ

En la a c tu alid ad, e l prob le ma de s u min is tro d e agua

es un prob lema a

n iv el mund ia l: Proveer agua potable donde se necesita es una tarea cada vez más difícil en todo el mundo. En las últimas décadas, los países han invertido en infraestructura para mitiga r la escasez de agua. Sin embargo, la respuesta ha omitido, en gran medida, el problema del deterioro de los recursos hídricos. Para abordar eficazmente la creciente crisis del agua, las medidas deberán articular 2010,

su

uso con la

protección

ambiental.

(Parker y

Tomas,

s/n).

Po r tan to , la iden tif ic ac ión de lo s imp a c tos qu e ocu rren e n la s cuen ca s h idrogr áf icas son ne c esa r ios con e l f in de pod er es tab le c er p lan e s qu e p er mita n pr es erv ar, mitig a r o corr eg ir d icho imp a cto d e ta l ma n era d e g ara n tiz ar un d es arro llo su sten tab le , ta n to d e las c uen c as como de las pob lac ion es o c iud ade s qu e se bene f ic ian d e la s mis ma s . E s por e so,

qu e s e r equ ier e re a liza r un

ord ena mie n to d e las cu en ca s, e l cu al se de f ine co mo : E l pro ce so d e fo r mu la ción

y ej ecu c ión d e u n s is te ma de ac c ión

in clu ye e l ma n e jo d e los r e cursos d e la cu en ca p ara propor c iona r s erv ic ios

sin

af ec tar

n eg a tivame n te

los

r e curso s

del

su e lo

qu e

b ien es y y

a gu a.

Nor ma lme n te , la O rden ac ión d e Cue nc as d eb e c ons id er ar lo s fa c tor es s oc ia les, econó mi c o s e in s tituc ion a le s qu e fun c ion an d en tro y fu er a d e l ár ea de la Cuen c a ( She ng, T, 1992, p3). E s ta d ef in ic ión p lan tea

e l mane jo d e los r ecur sos c ons id er ando los

f acto re s soc ia les , econó mic os e ins titu c ion ale s. E s d ec ir, qu e imp lic a un man ejo

inte gra l

conjun ta me n te

con

de

lo s

lo s

fa c tor es

r e cursos

so c io - econó mic os ,

a mb ien tale s,

ta l

co mo

e

in s titu c iona les lo

d ef ine

la

Org an iz a c ión d e las Nac ione s Un ida s p ar a la Agr icu ltur a y la A lime n tac ión FAO : La formulación y aplicación en toda la cuenca hidrográfica, tanto aguas abajo como aguas arriba, de un conjunto integrado de acciones en la búsqueda del desarrollo sostenible, minimizando los efectos ambientales negativos sobre el recurso hídrico que la población utiliza aguas abajo.( Hernández, E 2010, p251)

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 343

LA METODOLOGÍA DE GEO-CIUDADES APLICADA AL MEHEJO Y GESTIÓN INTEGRAL DE CUENCA BAJO UN ENFOQUE PARTICIPATIVO

S in e mb argo, par a que pu eda logr ars e un e fe c tivo ma n ejo in teg ra l d e cuen cas s e r equ ie re la p ar t ic ip a c ión d e todo s lo s ac tor e s qu e h ac en v id a o qu e tienen r espon sab ilid ad sobr e dich as á re a s. E l Ma nejo d e Cue nc as es un e nfoque qu e ha surgido en la ma yor ía de lo s pa íse s de A mé r ica L a tin a a par tir d e lo s años 50, des de en ton c es e l conc epto ha evo luc iona do s ign if ica tiv a me n te en tod a la reg ión, conv ir tié ndos e en un proc e so pa r tic ip a tivo que invo luc ra a la pob lac ión lo ca l y a lo s usu ar ios d e las mi s ma s ( Red L a tino a me r ican a d e Coope ra c ión T écn ic a en Man ejo de Cu enc a s H idrogr áf ica s - RED LACH, 2010, s /n ) . E n V ene zue la , en los ú ltimo s años s e h an esta b le c ido las ba s es lega les p ara la p ar tic ipa c ión d e todos los ac tore s que se en cuen tr an en un a cue nc a. L a Cons titu c ión es tab lec e e n su

Ar tícu lo 128 la c onsu lta y

p ar tic ipa c ión

ciudad an a en lo s p lan es d e orden a mie n to d e l te rr itor io “ El E s tado des arro llar á un a po lítica d e orden a c ión d e l ter ritor io a tend iendo a la s r ea lidad es e cológ ica s, g eográ f ic as , pob la c iona le s, so c ia le s, cu ltur a le s, e conó mic a s, po lític a s, de acu erdo

con

infor ma c ión, Repúb lic a

la s

pr emis a s

con su lta

Bo liva r ian a

y

del

d e sar ro llo

p ar tic ip ac ión

de

Ven e zu e la ,

s u sten tab le ,

c iud adan a ” 2000).

Por

qu e

inc lu ya

( Con stitu c ión o tra

pa rte,

el

de

la la

E s tado

v enezo lano c r e a

lo s Con sejo s d e Reg ión H id rográ f ic a los cu ale s e stán

cons titu ido s

la s

por

gob ern ac io n es,

la s

a lc a ld ías ,

lo s

usu ar io s,

las

un iv ers id ade s e in s titutos d e inv es tig a c ión, lo s cons ejos co mu na les a s í co mo los cons ejos d e p lan if ic a c ión d e po lítica s públic a s es tad ale s y lo ca les qu e se encu en tr en e n la r eg ión h id rográf ica . (L e y d e Agu a d e la Repúb lic a Bo liv ar ian a d e V ene zu e la , 2007) . Ahor a b ien , pa ra pod er de ter min ar los imp a c to s qu e s e g ener an en una cuen ca en pa r ticu lar y la s c au sa s qu e lo co mpon en, ha ce f a lta con tar con un a meto do log ía con es e f in.

O BJ ETIV OS G EN ERALES Y ESPECÍ FIC OS Con b as e a lo an te r ior, la pre se n te inve s tig ac ión p rete nde ev a lua r la v iab ilidad d e la u tiliza c ión d e la me todo logía de Geo -Ciudad e s ap licad a a l Man ejo y Ge s tión In tegr a l de Cu enc a s bajo un e nfoque p artic ipa tivo, con e l f in d e gen er ar infor ma c ión d e ba s e so cio - a mb ien tal qu e p er mita for mu lar p lane s y progr a ma s por par te de

los a c tore s c lav es pa ra la g es tión con ce r tad a d e las

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 344

ANTONIO ROMERO F. & ESMEYA DÍAZ

cuen cas. Par a e llo se es tab lec en co mo obj e tivo s e spe c íf ico s la id en tif ica ción d e lo s co mpon en te s d e la me todo log ía d e Geo -Ciudad e s, la co mp ar ac i ón de la meto do log ía

G eo - Ciud ade s

y

el

An á lis is

de

S is tema s

a p licado

a

la

car acter iz ación d e la s Cuen c as H idrogr áf ica s y la ap lica c ión d e la me todo log ía d e G eo - Ciud ade s en un pro ye c to esp ec íf ico d e Man ejo In tegr a l d e Cu en ca s. H as ta ahora, la Me todolog í a

d e Ge o –Ciud ad es no se h a e mp le ado en la

car acter iz ación de cu enc a s h idrog rá f ic a s ; s in e mb a rgo a tr avé s de la pr es en te inv es tig ac ión se d e se a a na liza r la po sib ilid ad d e su u tiliza c ión en e l P ro ye c to ¨ Ges tión In te gra l de Cue nca s con un En foque Pa r tic ipati vo. Caso s R ío s Pao y Una re ”. L as ra zon es pa ra con s idera r e s ta me todo log ía s e ba s a en e l tama ñ o de las cu en ca s y la s pob la c ion es qu e ab a ste cen . L a cu enc a de l r ío P ao sur te de agua a los E s tado s : Ca rabobo , Ar agua , ben ef ic iándo se

un a pob lac ión d e

alred edor d e 4 millon es de hab itan tes (HID RO CEN T RO, 2010 , s /n ) ; mie n tr as qu e la cuen ca de l Río Un ar e sumin is tr a agu a a pob lac ione s d e lo s es tados An zoá tegu i y G uár ico, ben ef ic iándo se a lr ede dor d e una s 200 .000 p er sona s. Ad emá s d e f or ma r en s u d es e mbo cadur a la L agun a d e Un are , unos d e los hu med a le s c os teros má s imp or tan te s d e l p a ís por s er un r efug io d e un a gran v ar ied ad d e a ve s y o tra s esp e c ie s d e v a lor e conó mic o co mo lo s ca ma r on es. E l apor te d e es ta inv es tig ac ión e s pod er an a liz ar e l e mp leo de la meto do log ía d e G eo - Ciud ade s p ara la c ar ac te r iz a c ión de la s cuen ca s an tes men cionad as y d e ter mi n ar s i es pos ib le imp leme n ta r la par a la Car ac te r iz a c ión So cio -A mb ie n ta l y e l e s tab le c imie n to de líne a ba se , con e l f in d e fo r mu lar p lanes pa r tic ipa tivo s de G es tión y Man ejo In tegr a l, as í como d e mon itor eo de las v ar iab les f ísico -n a tur a le s.

ANÁ LI SI S -D IS ER TACI ÓN: L a me todo log ía de Anális is d e S iste ma s e s tá con stitu id a por : con en tra da s y s alida s, límite s d e f in idos , es truc tura in te rna d e subs iste ma s j er arqu izados. En es te s is te ma o c u rren e n tr ada s como la e n ergía so lar, h ídr ica , eó lic a y g as es co mo e l CO 2 , e ingres an insu mos c o mo semilla s , a lime n tos , tecno log ías y o tro s, d ando o r igen a pro ce sos c omo e l f lujo d e en erg ía, c ic lo d e nu tr ien te s, ciclo

h idrológ ico,

eros ión

y

a c tiv id ade s

produ c tiva s,

la s

s a lida s

es tán

cons titu id as por : p roduc tos ag ropec uar io s, sumin is tro de agu a o p érd id as de s uelo. ( CATI E s /f, p6) .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 345

LA METODOLOGÍA DE GEO-CIUDADES APLICADA AL MEHEJO Y GESTIÓN INTEGRAL DE CUENCA BAJO UN ENFOQUE PARTICIPATIVO

En una cue nc a h idrogr áf ica s e pu eden an aliz ar todos s us e le me n tos , esp acio s, comp on en tes y a c tor e s, es to per mite fund a me n tar “ la v is ión in tegra l” co mo un todo fun c ionando en perma n e n te d in á mic a y de s arro llo d e pro ce sos . P ar a logr ar la v is ión inte gra l no b as tar á tr abaja r en una cu enc a, se tendr á que cons id er ar todo e l s is tema , e s tab lec iéndo se los s igu ien te s e le me n to s ; E sp ac ia l: Un id ade s

de

producc ión,

d if ere n te s

un ida de s

ter r itor ia le s

( áre a s

de

cons erv ac ión, zon a s fr ág ile s), par te a lta , me d ia o b aja ; s ue lo , sub sue lo. S itu ac ión: po tenc ia l, prob le ma s , limita n te s y re s tr iccion es. Co mpon en te s : f ís ico , b io lóg ico, so c ial y e conó mic o. R e lac ion es : In ternas , en torno , e x tern a s . ( CAT IE, s /f, p19). L a Me todo log ía d e Geo -C iudad es , p er mite c ar ac ter iza r el es tado a mb ie n ta l de un á r e a d e termin a d a y ha s ta ahor a s e ha e mp le ado pa ra áreas urbana s y u tiliza la Ma tr iz : P re s ión –E s tado – Imp a c to – Re sp u es ta ( PEI R). E s ta me to do logía e s e mp lea da por e l P rogra ma de la s N ac ion es Un id as p ara e l Medio A mb ien te - PNU MA en e l pro ye c to d e G eo Ciud ade s. ¿Que e s G eo - Ciud ad es? …¨ E l pro ye c to GEO Ciudad e s bu sc a pro mo v er un a me jor co mp rens ión d e la d in ámic a de la s conf iab le

y

c iuda de s y sus a mb ien tes , propor c ion ando infor ma c ión

a c tu a liza da

p ar a

lo s

gob ie rnos

mu nic ipa les ,

cie n tíf icos,

for mu lador es de po lític as y a l púb lic o en g enera l ¨ (PNU MA, 2010, s /n ) L a Me todo log ía d e G eo - Ciudade s tien e como obje tivos : Re cono ce r lo s v íncu lo s qu e ex is ten e n tre la s cond ic ione s amb ie n tale s y la s ac tiv id ade s hu ma n as, en e spe c ia l a que llas r e la c ion ad as con e l d es arro llo urb ano. Con tr ibu ir e n la for ma c ión de ca pa c id ade s té cn ic a s lo ca les p ara la eva lu a ción in tegra l de l e s tado

d e l me d io amb ie n te urba no.

Or ien ta r la c re a c ión de con sen so sob re lo s prob le ma s a mb ie n ta les má s cr ítico s en c ad a c iud ad, fo me n tando e l d iá logo y la p ar tic ip ac ión de todos los s e c tore s d e la soc ied ad en e l pro ce so d e la to ma d e d ecis ion e s. H ac er po s ib le la fo r mu lac ión e imp le me n ta ción d e e s tra teg ias y pla ne s urb anos para a yudar a la s c iud ade s a me jor ar la g es tión amb ie n tal urb ana . ( PNUMA , 2003, p14 ) ¿Que e s la Ma tr iz P EIR? L a me todo log ía s e b as a e n e l aná lis is d e ind ica dore s in c luidos en la ma tr iz P EI R ( Pre s ión - Es tado -Imp a c to - Re spu es ta).

Es ta ma tr iz bu sc a es table c er

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 346

ANTONIO ROMERO F. & ESMEYA DÍAZ

un v incu lo lóg ico entr e sus d iv erso s co mpon en te s, p ara or ien ta r la eva lu a ción d e l e s tado d e l me d io amb ie n te de sd e los f a c tor es qu e eje rcen pr es ión sobr e lo s re curs os na tur a le s ( los cua le s pued en e n tend er se c o mo la s “ cau sa s” d e su e s tado a ctu a l) , p as ando por e l e s tado ac tua l d e l me dio amb ie n te (“e fe c to ”), h as ta la s r espu es tas (r ea cc ione s) qu e s on produ cid as p ara enfr enta r los prob le ma s a mbie n ta les en c ad a lo ca lid ad. (PNUMA, 2003, p16 ) En la F igura 1 se pu ede apr e ciar en de ta lle c ad a uno d e lo s co mpon en tes d e la matr iz P EI R. [ Figu ra 1 ] Con b as e a la r ev is ión b ib liogr áf ica y lo s asp ec tos s eña lado s an ter iorme n te s e pro ced ió a r e a liz ar un an á lis is d e la s s imilitud es y d if er enc ias de a mb as meto do log ía s y se pued e es tab lec er lo s igu ien te : Co inc id en c ia s : -

T an to la Me todo log ía d e G eo - Ciud ade s co mo e l An á lis is d e S is te ma s a p lic ado a la G e s tión y Man ejo de Cuen c as r ec onoc en la r e la c ión que e x is te en tre la s cond ic ion es a mb ien ta le s y la s activ id ade s huma n a s.

-

A mb as propic ian la p artic ipa c ión de todo s los a c tor es en la g es tión o to ma

de

de c is ione s

y

e s tán

a cord es

con

el

ord ena mie n to

leg al

v ene zo lano v ig en te . -

T an to la Metodo log ía de G eo – Ciud ade s co mo e l An á lis is d e S is te ma s, tie nen un a v is ión inte grad a y ho lís tic a de los asp ec tos soc io



a mb ie n ta les. D iv ergen c ias : -

L a Me todolog ía d e Ge o – Ciuda de s se emp le a e n á re a s urb ana s, mie n tr as que e l Aná lisis d e S is tema s p ar a la Car ac ter iz a c ión de la s c uen c as h idrogr áf ica s se ap lic a en á re a s rur a les .

-

L a Me todo log ía d e Geo - Ciud ade s pr es en ta un a me j or e s tru c tura c ión d e la s r espu e sta s me d ian te ins tru men to s p ar a c ad a s ec tor es pe c íf ico tal c o mo se pued e apre c iar e n la F igur a 1 .

S in e mb argo, a mb a s me todo log ía s no son an tagón ica s, ta l c o mo se apr ec ia en la F igura 2 ; d e a llí qu e s e a po sib le u tiliz ar la s ind is tin ta me n te p ar a la car acter iz ación d e un a Cuen c a H idrogr áf ica . [ Figu ra 2 ]

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 347

LA METODOLOGÍA DE GEO-CIUDADES APLICADA AL MEHEJO Y GESTIÓN INTEGRAL DE CUENCA BAJO UN ENFOQUE PARTICIPATIVO

CONC LU SION ES - E l Manejo In teg ra l de Cu en ca s ame r ita d e un a me todo log ía qu e p er mita evalu ar los imp a c to s qu e s e p res en tan en la mis ma c on e l f in d e pod er d eter min ar e l e s tado de los f a c tore s a mb ien tale s y pod er e s tab le c er p lane s de G es tión y Cog es tión. - E l An á lis is de S is te ma s e s un a de la s me todo log ías p ara c ar a c ter iza r y d eter min ar e l e s tado d e lo s fa c tor es a mb ien ta le s en una Cu enc a h idrogr áf ica y s u relac ión con las ac tiv idad es hu ma n as en zon a s rurale s S in e mb argo, la meto do log ía d e G eo - Ciud ade s e mple ad as por e l PNU MA p ar a de termin a r e l es tado d e lo s f a c tore s a mb ie n ta les en las áre as d e de sa rro llo urbano ta mb ién pu ede e mp le ar s e en la c ar a c ter iz ació n de Cuen ca s, e spe c ia lme n te en a que llas d e gr an pobla c ión .

AGRAD ECIM I EN TOS E l apo yo f in anc iero d e Mis ión Cien c ia d e l Min is ter io d e l Pod er Popu la r de Cien cia y Te cno log ía e Indus tr ia s In ter me d ia s. - MP P CTI y a l Fondo N ac ion a l d e Cien c ia y T e cno log ía, FO NA C IT . L a s in s tituc ion es p ar tic ip an te s d el pro yec to Un iv ers id ad d e Car abobo, Un iv ers id ad Ped agóg ica Exp erime n ta l L ib er tador, Un iver s ida d Simó n Bo líva r, Fund ac ión La Sa lle d e Cien c ia s N atura le s y la Fund a c ión T ie rra V iv a.

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 348

ANTONIO ROMERO F. & ESMEYA DÍAZ

R efer en c ias Cen tro Agronó mic o Trop ica l de Inv es tig ac ión y En señ anza - CA TIE s /f. Mar co conc ep tu al d e l ma n ejo de cuen cas h idrogr áfic a s. S an Jo sé, Cos ta Ric a 34pp. Min eo H idro Cen tro. Cob er tura de l Serv ic io (2.010) [ Con sulta e n líne a ]. D isponib le : h ttp ://www.h idro cen tro.gob.v e /h c /s is pro /cob er tur aDe Se rv icios / [jun io 06 , 2.010 ] H ernánd e z E . (1997) Es tra teg ias pa ra e l for ta le c imie n to de l ma n ejo de cu en ca s h idrogr áf icas de mo n taña s trop ic a les . Vo lu me n 2, T e ma 9. [Do cu me n to en lín ea ]. D ispon ib le : h ttp// www. fao .org /for es tr y/do crep /w fxc i /pub li/PDF/V2S_ T9.PDF P rogra ma

de

las

Nac ione s

Un id ad

p ara

el

Med io

A mb ien te -

P NUMA

Me todo log ía pa ra e labor ac ión de l infor me d e Geo - Ciudad e s (2.003) [Do cu me n to en lín e a ]. D isponib le : h ttp ://www.p nu ma .org /g eoc iud ad es/PD Fs /Manua l%20G EO%20 Ciud ade s.pdf [con sulta : d ic ie mb r e 05, 2.009 ] P rogra ma de las N ac ion es Un idad par a e l Me d io A mb ien te - PNU MA (2.010) ¿Que e s G eo - Ciud ad es?

[Do cu me n to

en

lín ea ]

D ispon ible

h ttp ://www.pnu ma .org /g eoc iud ad es/qu ee s -g eo.h tm [ con sulta : jun io

04,

2.010 ] P ark er R, To ma s V Agu a po tab le : c a da v e z má s d if íc il d e e n contrar Grupo d e Ev a lu ac ión

Ind ep end ie n te ,

D isponib le :

Ban co

Mund ia l.

[Do cu me n to

en

lín ea ].

h ttp ://op in ion. e lun iv ers a l. com/2 010 /06 /10 /op i_ ar t_a gua -

po tab le :- c ad a-v_10A3991931. sh tml [ con su lta: jun io 10 , 2010] Red

L a tino a me r ic an a

de

Coope ra c ión

H idrogr áf ica s - REDLACH. (2 .010)

T éc n ic a

en

Man ejo

de

Cuen c as

H is to r ia d e la Red y su ro l e n e l

d es arro llo d e las cu en ca s h idrogr áf ica s a n iv e l n a cion a l y r eg ion al [Do cu me n to en lín e a ] Dispon ib le : h ttp ://www.r lc.f ao.org /e s /tecn ic a /re d la ch / [ cons ulta : jun io 04, 2.010 ] Sh eng, T C (1.992 ) Ma nua l de c a mp o pa ra la o rde na c ión d e c uen cas h idrogr áf icas Es tud io y p lan if ic ac ión de cuenc a s h id rográ f ic a s Gu ía F AO Cons e rva c ión. Org an iza c ión d e las Na c ion es Un id as p ara la Agr icu ltur a y la A lime n tac ión 13 /6 , p3. Ro ma , 1 .992

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 349

LA METODOLOGÍA DE GEO-CIUDADES APLICADA AL MEHEJO Y GESTIÓN INTEGRAL DE CUENCA BAJO UN ENFOQUE PARTICIPATIVO

V enezu e la 2.000 . Cons titu c ión. Ga c e ta Of ic ial N ° 5.453 (ex traord ina r ia ) de la Repúb lica Bo liva riana d e V ene zue la . Ca ra ca s, ma r zo 24. V enezu e la 2.007 . L e y d e Agua s. G ac e ta Ofic ia l N º 38.595 d e la Repúb lica Bo liva r ian a d e V ene zu e la . Car ac as , en ero 02

Figura 1. Diagrama de Inter - Acción de la Matriz PEIR. (PNUMA, año).

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 350

ANTONIO ROMERO F. & ESMEYA DÍAZ

Figura 2. Modelo de Manejo y Gestión Integral de Cuencas empleando la Metodología de Geo-Ciudades. Fuente: Elaboración Propia

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 351

R IESGO S Y CUAN TIF ICAC IÓN D E DAÑOS POR INUNDAC IÓN

ALEX GRACIA Jefe de la Unidad de Planificación del Espacio Fluvial, Agencia Catalana del Agua, Barcelona, España [email protected],

LLUÍS GODÉ Jefe del Dep. Planificación y Ordenación del Espacio Fluvial, Agencia Catalana del Agua, Barcelona, España [email protected]

EVA CREGO Técnica de la Unidad de Planificación del Espacio Fluvial, Agencia Catalana del Agua, Barcelona, España [email protected]

M I G U E L A. A R R A B A L Director de Proyectos, HQA, Barcelona, España [email protected]

VÍCTOR GUIRADO Jefe de Proyectos, KV Consultores, Barcelona, España [email protected]

GUILLERMO GARCÍA Director Técnico, MN Consultors, Tarragona, España [email protected]

CRISTINA LOBERA I n g . d e M o n t e s , Inclam, Madrid, España [email protected]

SONSOLES GONZÁLEZ J e f e d e P r o y e c t o Inclam, Madrid, España [email protected]

ELENA MARTÍNEZ Responsable del Área de Consultoría, Inclam, Madrid, España [email protected]

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 353

ALEX GRACIA; LLUÍS GODÉ; EVA CREGO; MIGUEL A. ARRABAL; VÍCTOR GUIRADO; GUILLERMO GARCÍA; CRISTINA LOBERA; SONSOLES GONZÁLEZ & ELENA MARTÍNEZ

1. R ESUMEN Un 15 % de l ter r itor io urb an iz ado d e Ca ta luña s e encu en tr a expu e sto a r iesgo d e inund ac ión , he cho agr avado s i s e tien e en cu en ta la a lta den sid ad d e infr aes tru c tur as y la e lev ad a con cen tr a c ión de pob la ción – la s egund a de E sp aña- en la z on a co ster a y prin c i pa lme n te e n e l áre a me tr opolita na de Barcelon a. D esd e h ac e d iez año s la Agen c ia Ca ta lan a d e l Agua e labo ra es tud io s

y

p lane s,

a

d istin ta s

e s ca la s

y

c on

d ife ren tes

obj e tivo s,

que

confor ma r an la ba s e p ar a la e labora c ión de lo s p lane s d e ge s tión de l r ie sgo que d eber án ob lig a tor ia me nte llev ar se a c abo d e acu erdo con la nor ma tiva s e c tor ia l (D ir ec tiva s 2000 /60 /CE y 2007 /60 /CE y sus corr espond ien tes tra spo sic ione s). Dur an te e s te per íodo la me to do log ía e mp le ad a ha ido e vo luc ion ando con la mej or a de la infor ma c ión b a s e, d e los da to s de inund ab ilida d y uso s de l su e lo y d e las he rramie n ta s infor má tic a s op timiz ando la con se cu ción d e los obj e tivos pr ev is to s en re la c ión a la eva lu a c ión y cuan tif ic a c ión d e l rie sgo de inund ac ión y el d e sar rollo de me todo log ías p ar a e l es tud i o cos te bene f ic io d e las me d id a s d e mitig a c ión. Lo s p r ime r o s p asos se inv ir tie ron en def in ir los con cep to s, for mato s, de limita c ión y e s c a la s de tr abajo y e n v a lora r la vu ln erab ilid ad. Se clas if icaron los e le me n to s terr ito riale s en func ión d e su u so y d e lo s prob le ma s aso ciado s qu e su fr ir ían e n ca so de inunda c ión y en v arios n ive les : c la s e, s ubclas e, tipo, sub tipo , e le me n to, sub e le me n to. E s to p er mite la re c la s if ica c ión d e la informa c ió n d ispon ib le ind ep end ien te me n te d e l n ive l d e agrega c ión qu e tenga en or ig e n y su homo g en iza c ión d epend iendo d e la es c a la de tr ab ajo que s e d ese e. Lo s da to s actu a liz ados d e uso s d e l s ue lo s e en cuen tr an en fo r ma to r ás ter y ve ctor ia l con un a r eso lu c ión má x ima de 0,05 h a. En c ad a e leme n to se v alora por un id ad d e sup erf ic ie e l co ste d e e s tru c tura y d e c on ten ido . E l gr ado d e af ec c ión s e pu ede cu an tif ic ar a p ar tir de lo s c inco n iv e le s d e p eligro s idad en lo s qu e s e zon if ic a la z ona inund ab le ap lic ando e l pes o 1 d e de stru cc ión to tal a l va lor d e e s truc tura y c onte n ido. Es to s pe sos de pend en d el u so d el s uelo, ya qu e un mis mo n iv e l d e pe ligros id ad produ ce porc en taje s d e p érd idas d is tin to s. La e s tima c ión d e la p érd id a d e v ida s hu man a s s e h a d e termin a do a p ar tir d e la d ens id ad d e pob la c ión a s ign ada a c ad a tipo log ía d e u so d e l sue lo , la vu ln er ab ilid ad d e las p erson a s a tend iendo a su mo v ilid ad o c ap ac idad de r espu es ta, e l g rado de expo s ic ión y todo ello ponde rado por co ef ic ien te s aso ciado s a los d is tin to s niv e les d e pe ligro s id ad. E l re su ltado de es te cá lculo

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 354

RIESGOS Y CUANTIFICACIÓN DE DAÑOS POR INUNDACIÓN

s e mu ltip lic a por un co s te d e ind e mn iza c ión leg a lme n te pr ev is to pa ra la p érd ida d e v id as hu ma n as. En r esu me n pa ra ob tener e l r ás ter d e co ste s e l pro ceso e s : de ter min a ción de l n ive l d e la p e ligro s idad en la zona inund ab le, ob tenc ión de los e le me n tos vu ln er ab le s a p ar tir d e l ma p a de cub ie r ta s del s uelo, de f inic ión e l n iv e l d es eado d e aná lis is d e es to s da tos, a s ignac ión d e cos tes en fun c ión de la c a tegor ía de l e leme n to, e in ters e cc ión e n tre la cober tu ra de p e ligros ida d y la d e cub ier ta s d e l s u elo . D e es ta for ma s e ob tiene un ma p a con tinuo d e da ños poten cia le s. Es ta infor ma c ión g ener ad a es la b a se qu e s e utiliz a en e l anális is co s te be nef ic io d e la s me d id as pa ra g ar an tiz ar qu e es ta b as e comp a r a tiva se a la mis ma .

P alabra s c lav e : Daño s, in unda c ion es , r ie sgo, pe ligro s idad, vu ln e rab ilida d

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 355

ALEX GRACIA; LLUÍS GODÉ; EVA CREGO; MIGUEL A. ARRABAL; VÍCTOR GUIRADO; GUILLERMO GARCÍA; CRISTINA LOBERA; SONSOLES GONZÁLEZ & ELENA MARTÍNEZ

2. IN TRODUCC IÓN Y OBJ ETO D EL ES TUD IO L a s inunda cion es en Cata luña supon en un p roble ma s o c ia l y e conó mic o por lo que la n ec e s idad d e c onv iv ir con los fenó me nos de Go ta Fr ía y f las h f lood h ab itua les e n e s ta zon a ha he cho qu e las Ad min is tra c ion es com p e te n te s inv ier tan prime r o en solu c ione s e s tru c tur a le s y de spu és, y d e ma n er a conjun ta, en me d id as d e g es tión qu e in c lu yen e s tud io s d e r iesgo s, zonif ica c ion es, g es tión d e la e me r ge nc ia, S is tema s d e A lerta T e mpr ana y r ev is ión e n la Le y de l Su e lo. En 2008, l a Ag en c ia Ca ta lana d e l Agu a e mpr end e la e labor ac ión de l P lan de g es tión e spe c íf ico de P rev enc ión d e Inunda c ion es con e l obje tivo en pr ime ra ins tan c ia de c u mp lir lo d ispu es to e n la D ire c tiv a 2000/60 /CE ( en a d e lan te D MA) r espe c to a miti g ac ión d e lo s ef ec to s d e la s inund ac ion es inc lu yendo d icho progra ma c o mo uno má s de n tro d e l P lan d e D is tr ito F luv ia l, y en s egund a de s erv ir co mo docu me n to ba s e p ar a e labor a c ión de l Plan de G e s tión d el Rie sgo d e Inund ac ión qu e pr evé la D ir ec tiv a 2007 /60 /CE . L a e labor ación d e e s te pr ime r P lan s e c ime n tó c on la b as e d e la exp er ie nc ia acu mu lad a,

ta n to

en

c ono cimie n to

co mo

en

me todo log ías,

fru to

de

la

P lan if ica c ión d e los E sp ac io s Fluv ia le s de Ca ta luñ a ( PEF CA T) dond e la Ag enc ia Cata lan a d e l Agu a h a de s tin ado un gr an nú me ro d e r ecur sos en car acter iz ar, d iagnos tic ar y e labor ar propu es ta s d e a c tu ac ión d es tin ada s a alcan zar e l dob le obj e tivo d e redu cir e l r ie sgo d e inund a ción y r ecupe ra r los esp acio s f luv ia le s. Gr acia s a es te p la n se h a pod ido e s tud iar de for ma ho lís tic a la r ed f luv ia l pr in c ip a l de Cata luñ a ob ten iendo un inv en tar io d e zon as de l terr itor io expu es tas los ef e c tos no c ivos d e un a pos ib le inund ac ión. A es tos ámb itos s e le s lla ma pun tos s ingu lar es . D en tro

de

la s

evo luc ione s

me todo lóg ica s

de l

progra ma

P EF CAT ,

y

s igu iendo la lín e a d e la D ir ec tiv a 2007 /60 /CE se de s ta c a e l a ná lis is d e Riesgos y cu an tif ic ac ión d e l daño qu e se expon e en es ta co mun ica ción. E l obj e to de es te trab ajo ha s ido a na liza r lo s daño s o c asion ados por una po sib le

ave n ida

r ea liz ando

un a

ev a lu ac ión

de l

r iesgo

a soc iado

a

un a

inund ac ión d e for ma obj e tiva . As í lo s obje tivo s pa rc ia le s d en tro d e l pro c eso s on: 

An á lis is d e la p e ligro s id ad in tegr ando c r iter ios d e fr ecu en c ia , c a lado y v e loc id ad en un so lo rás ter

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 356

RIESGOS Y CUANTIFICACIÓN DE DAÑOS POR INUNDACIÓN



Cla s if ica c ión de lo s e leme n tos vu lne rab le s o pun tos s ingu l ar es según la te r mino log ía P EF CAT . Ob tenc ión de un r á s ter e n todo e l te rr itor io



V a lora c ión d e los daño s d ependie ndo d e l gr ado d e af ec c ión de la inund ac ión e n cad a e leme n to



Cuan tif ic ac ión d e lo s r ie sgo s ob tenie ndo un ma p a d e Eu ros/p íx e l

E l in teré s de es te e s tudio s e apo ya en la nov ed ad d e cu antif ica r lo s daños d eb idos a inund ac ion es d e una ma n era g lob a l d is tr ibuid a e n todo e l te rr itor io med ian te tér mino s econó mic os que a por tan un pun to e sen c ia l en la to ma d e d ecis ione s de p lan if ica ción ya qu e fa c ilita e l a ná lis is co ste b enef ic io en toda la cuen ca y podr ía p ar ticip ar co mo c r ite r io de pr io r idad e n la a s igna c ión de pr esupu es tos pa ra me d id as d e mi tig ac ión . El in ten to de in c luir lo s co s tes amb ien ta les y per son a le s se h ac e c ad a ve z má s no tab le e n la leg is la c ión y la p lan if ic a c ión. E l pro c es o con tr ar io, aque l qu e e s tud ia lo s prob le ma s de for ma d is cr e ta, ana liz ándo los por s epar ado, lleva con sigo un a p érd ida d e v is ión d e conjun to y por con s iguie n te , d e homo g en e idad en lo s r esu lta dos. El

an á lis is

e c onó mico

del

r iesgo

es

r e lev an te

ya

qu e

ap lic a

un a

meto do log ía qu e apor ta unos re su ltados qu e pu eden inte rven ir en d is tin ta s f as es d e la e labor a c ión de l P lan de G e s tión de l Riesgo . En conc re to s egún la D ir ectiv a 2007 /60 /CE “ e s convenie n te redu cir e l r iesgo d e cons ec uen c ias n egativ as ” e n tre e lla s, la v id a hu ma na , la a c tiv id ad económic a y cu ltur a l y las infr aes tru c tur as a soc iad as. De la mis ma f or ma , se esp e c if ica que “ las me d ida s d ir ig id as a re duc ir d icho s r ie sgos , p ara s er e fec tiva s, tienen qu e coordin ars e en la med id a de lo pos ib le en tod a un a cu en ca h idrogr áf ica ”. En e l Cap ítu lo IV de P lan es d e G es tión d e l Rie sgo de Inund ac ión s e pun tua liz a qu e lo s mis mo s d eben tener en cu enta a sp ec to s como la ev a lua c ión cos te -b enef ic io, y e s e s te mo tivo por e l qu e s e ha r e a liz ado e l an ális is d e r ie sgos b ajo un a per spe c tiva econó mic a .

3. DA TOS Lo s d a tos de p ar tida son lo s s igu ien tes : 

Rá s ter d e cala dos y ve loc idad es para los per iodo s de re to rno d e 10, 50, 100 y 500 años . Fo r ma to s es tánd ar d e l progr a ma PE F CAT, p a so d e ma lla 1 m x 1 m, d er ivado d e la pr e cis ión en e l mo d e lo d ig ita l d el te rreno e mp leado p ar a el cá lcu lo hidr áu lico (LIDA R) .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 357

ALEX GRACIA; LLUÍS GODÉ; EVA CREGO; MIGUEL A. ARRABAL; VÍCTOR GUIRADO; GUILLERMO GARCÍA; CRISTINA LOBERA; SONSOLES GONZÁLEZ & ELENA MARTÍNEZ



Map a d e cub ier ta s. Lo s d a tos a c tu aliz ado s d e u sos d e l sue lo s e en cue ntran en for ma to r ás ter y ve ctor ia l con un a r eso lu c ión má x ima de 0,05 ha



P roto co lo s d e la Ag encia ca ta lan a d e l Agu a (ACA) 

Cr iter ios pa ra la eva lu ac ión d e l gr ado de a fe c c ión d e los puntos s ingu lar es . En es te proto co lo s e inc lu ye un a pr ime r a me todo log ía p ara e l an á lis is de la pe ligros id ad y una va lor a c ión d e lo s punto s s ingu lar es me d ia n te la a s ign ac ión d e un a pun tu ac ión .



Rep er cus ión d e co s te s en e l E spa c io F luv ia l. La A CA e laboró en ju lio d e 2008 e l do cu me n to “ Rep er cus s ió d e l cos to s d e ls e spa is f luv ia ls ” en e l qu e se de f inen lo s cr iter ios d e a ná lis is econó mic o y la r eper c u s ión d e los cos tes a soc iados a a c tu ac ione s en e l e spa c io f luv ia l. E l obj e tivo f in a l de e ste docu me n to es ob tener un ord en d e ma gn itud econó mic a qu e s irv a de r efe ren c ia d e los co s te s y b en ef ic ios. L a me todo log ía de e s te docu me n to ha s ido mod if ica da en func ión de nue vos d a tos y c la s if ica c ion es, p ero ha se rv ido pa ra f ij ar los pre c io s b as e en fun ción d e su c ar á c te r urb ano, agr ar io o indu str ia l.



E l P lan d e A cc ión T err itor ia l d e Ca rá c ter S ec tor ia l sobre pr even c ión d e l Rie sgo d e Inund ac ión e n la Co mun id ad V a len c i an a ( PAT RI COVA ). E s te P lan e s uno d e lo s in s tru me n to s d e o rden ac ión d e l terr itorio p rev is to e n la L e y 6/1989 d e O rden ac ión d e l Terr itor io de la Co mun id ad V a lenc iana . H a propor c ion ado infor ma c ión p ar a la v a lora c ión d e los e le me n tos vu ln er ab les y la a s ign aci ón de daños según la pe ligros id ad d e la av en ida por la qu e son po tenc ia lme n te afe c tados .



Gu ía : Und er s tand ing your Risk. FE MA (F eder a l E me rgen c y Man age me n t Ag enc y, EEU U). E s un a Gu ía p ara e labor ar un P lan de Ge s tión d e l Rie sgo. S e re cop ila ron d a to s sobr e v a lor de c ier to s u so s d e sue lo c o mo hospita le s, co leg io s, tea tros u v a lor es de re fere nc ia.



Cr iter ios ma rc ado s por e l D epar tme n t for Env iron me n t, Food and Rur a l Aff a ir s (D efr a)

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 358

RIESGOS Y CUANTIFICACIÓN DE DAÑOS POR INUNDACIÓN

4.- PR OCED IMI EN TOS METODO LÓ GIC OS L a me todo log ía propu es ta en e s te es tud io s igu e e l s igu ien te esqu e ma : 1. D e ter min a c ión d e la p e ligro s idad 2. Ob tenc ión de los e le me n tos vu lne rab les a p ar tir d e lo s u sos d e l sue lo 3. V a lora c ión un itar ia de lo s e le me n tos vu lne rab les 4. V a lora c ión un itar ia de d años 5. Cuan tif ic ac ión d e l d año por inund a ción según e l gr ado d e afe c c ión

4.1 . D ete r mina c ión d e la pe lig ros ida d L a p e ligro s id ad r e la c ion ada con un a inund ac ión s e d etermin a te n iendo en cuen ta de termin a dos cr ite r ios d e la gr aved ad de la s c ar ac ter ís tic as d e l f lujo en r ela ción a la s egur id ad d e la s p erson as y los b iene s ma te r ia le s. E s ta gr aved ad es tá d ir ec tame n te re la cion ada con la c ap ac ida d de e mpuj e o ar ra str e que mu es tra e l f lujo, la cua l s e pued e d ef in ir por e l c a lado y la ve lo cid ad que pr es en ta e l a gua en la zon a inund ada . En func ión d e e s tos dos p ar á me tros -c a lado y v e loc id ad - s e d e ter mi n a la gr aved ad d e la inund a c ión qu e s e es tá es tud iando. A ma yor ca lado y ve loc idad la gr aved ad a u me n ta . En es te s entido la Ag encia Ca ta lana d e l Agu a d is cr imin a la grav ed ad d e una po s i b le inunda ción u tiliz ando los cr iter io s que se d es cr iben en la tabla 1 y cu yo s r ango s de ap lic a c ión se pu eden obs erv ar en la f igur a 1. Lo s cr ite r ios de c la s if ic a c ión d e la grav ed ad no d if ier en d e los u tilizados h ab itua lme nte , a ex cep ción d e l r ango má s a lt o el c u a l s e h a s ubdiv id ido e n tr e s con la f ina lidad de e va lu ar d e fo r ma má s ap rop iada los daños y la s in cer tidu mb r es en e l c álc u lo d e los po s ib le s efe c to s qu e pu ede oc as ion ar un a inund ac ión .

Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos Hídricos

Página 359

ALEX GRACIA; LLUÍS GODÉ; EVA CREGO; MIGUEL A. ARRABAL; VÍCTOR GUIRADO; GUILLERMO GARCÍA; CRISTINA LOBERA; SONSOLES GONZÁLEZ & ELENA MARTÍNEZ

Gravedad

Descripción

Rango

Factor de Graveda d

Extrema

Zona donde las condiciones hidráulicas presentan un calado superior a 4 metros, una velocidad mayor que 6 m/s o el producto de ambas superior a 2 m2/s

c> 4m v > 6 m/s c·v >2m2/s

6.0

Muy alta

Zona donde las condiciones hidráulicas presentan un calado entre 2 y 4 metros, una velocidad entre 3,5 y 6 m/s o el producto de ambas superior a 1 m2/s

2

Get in touch

Social

© Copyright 2013 - 2024 MYDOKUMENT.COM - All rights reserved.