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encuentra U l i s e s á los cimmerianos « p u e blo desgraciado, que rodeado siempre de espesas tinieblas no disfruta j a m á s de los rayos del S o l , n i aun cuando este astro sube á los cielos, n i tampoco cuando desciende hacia la T i e r r a » . M á s lejos, en e l mismo O c é a n o , y p o r consiguiente fuera de los l í m i t e s de la T i e r r a , fuera del i m perio de los vientos y de las estaciones, * nos pinta el poeta un p a í s afortunado que llama Elysium, « p a í s en e l cual no se conocen n i las tempestades, n i el i n v i e r n o ; p a í s donde m u r m u r a siempre un dulce céfiro, y donde los elegidos de J ú p i t e r , hechos superiores á l a suerte c o m ú n de los mortales, gozan de una eterna f e l i cidad.» Que estas ficciones hayan tenido p o r base una a l e g o r í a m o r a l ó la r e l a c i ó n o s c u ra de a l g ú n extraviado navegante; que hayan nacido en G r e c i a , ó , como p o d r í a inducirnos á creer la e t i m o l o g í a hebraica del nombre de cimmerianos, e n e l o r i e n te, y m á s especialmente en F e n i c i a ; es siempre p o s i t i v o que las grandes i m á g e nes que presentan, inoportunamente trasportadas a l m u n d o real, sucesivamente aplicadas á diversos p a í s e s , y desfiguradas p o r explicaciones contradictorias, han embrollado de un modo singular, durante algunos siglos, la g e o g r a f í a y l a historia. L o s fenicios, que y a en tiempo de H o m e r o h a b í a n fundado Gades en las orillas del O c é a n o , y que e x t r a í a n e l á m bar amarillo del norte de E u r o p a , se guardaban m u y bien de desvanecer p r e o c u paciones tan propias para realzar e l v a l o r de sus descubrimientos y especialmente de sus m e r c a n c í a s ; y , m u y a l c o n t r a r i o , sus pomposas mentiras h a b í a n pasado á serproverbiales, aun entre los griegos. E l occidente c o n t i n u ó , pues, siendo el p a í s de las f á b u l a s ; y aun cuando, dos siglos d e s p u é s de H o m e r o , l a aventurera naveg a c i ó n de C o l e o de Samos g r a n j e ó algunos conocimientos acerca de los tirrenos
y los lygios (ligurios), a s í como acerca de Tarteso, que era el P e r ú de aquellos tiempos, se lisonjearon los griegos de haber descubierto l a s i t u a c i ó n precisa de las islas encantadas de C i r c e , d e l reino flotante de E o l o , y se e n v a n e c í a n sobremanera de haber visitado la terrible entrada d e l O c é a n o . N o se quiso regresar de la v e cindad d e l E l í s e o sin haber visitado aquellos pueblos bendecidos d e l C i e l o , dotados de elevada estatura, adornados de todas las virtudes, y que en sus felices moradas de occidente p r o l o n g a b a n sus d í a s m á s a l l á de m i l a ñ o s , s i r v i é n d o l e s de alimento el n é c t a r de las flores, y de bebida el r o c í o d e l c i e l o . E s t o s macrobianos, es decir, hombres de l a r g a v i d a , fueron trasportados m á s tarde p o r la i m a g i n a c i ó n de los escritores á los climas m á s diversos, á medida que se fueron m u l t i p l i c a n d o las f á b u l a s : al E l í s e o de H o m e r o sucedieron muchas islas Afortunadas; las cuales, bien que nacidas en la i m a g i n a c i ó n de los poetas, se c o n s e r v a r o n victoriosamente en l a h i s t o r i a de la g e o g r a f í a , hasta el p u n t o de que en un siglo m á s culto los mismos viajeros r o manos creyeron reconocerlas en un g r u po de islas a l oeste d e l A f r i c a , conocidas h o y d í a c o n e l nombre de Canarias, á pesar de que buscasen en vano en ellas los encantos que la t r a d i c i ó n les a t r i b u í a . C o m o quiera que sea, dicha f á b u l a , e n r i q u e c i d a con las ficciones filosóficas de P l a t ó n y de T e o p o m p o acerca de la Atlántida
y de la Merópida,
se ha perpetua-
do hasta nuestros d í a s , y sirve t o d a v í a de tema á muchos e n s u e ñ o s h i s t ó r i c o s . E l prestigio de que gozaban las islas A f o r t u n a d a s c o n v i d ó á muchos escritores á que considerasen como p r ó x i m o s á tan feliz c l i m a los hiperbóreos, pueblo maravilloso, que representan u n á n i m e mente, situado a l norte de los montes Rifeos, morada o r d i n a r i a d e l viento B ó reas, tan temido de los griegos, y que,
s e g ú n los p r i n c i p i o s de su e r r ó n e a física, c r e í a n p o r tal p o s i c i ó n al a b r i g o del helado soplo de los vientos del norte; y esta es la s i g n i f i c a c i ó n de su nombre. Estos montes R í f e o s , que los m á s a n t i guos autores llaman Rhipes, no v e n í a n á ser m á s que un compuesto imaginario de objetos en sí mismos reales, tales como los montes de T r a c i a , que dan o r i g e n a l E s t r i m ó n ; las regiones donde nace el D a n u b i o , los A l p e s , los P i r i n e o s , los montes H e r c i n i o s , y, en una palabra, todas las m o n t a ñ a s sucesivamente conocidas en E u r o p a ; y ¿ q u é m á s ? hasta el C á u caso y el monte a s i á t i c o T a u r o fueron comprendidos en la misma d e n o m i n a c i ó n general, que parece ser un nombre apelativo para toda especie de m o n t a ñ a s , que se t o m ó de a l g ú n i d i o m a eslavo ó g ó t i c o . C u a n d o finalmente se e m p e z ó á d i s t i n g u i r á los Pirineos, y m á s tarde á los A l p e s , fué preciso relegar hacia la E s c i tia los montes Rifeos con todo su acomp a ñ a m i e n t o de f á b u l a s . A l l í parece que b u s c ó H e r o d o t o á los h i p e r b ó r e o s , á pesar de que se queja de no haber descubierto rastro alguno s u y o , y de que, dispuesto en gran manera para p e d i r nuevas suyas á sus vecinos los arimaspos, personas que v e í a n m u y claro, á pesar de que s ó l o tuviesen un ojo, nadie supo tampoco darle r a z ó n de la morada de estos ú l t i m o s .
hacia las fuentes del Ister los pasos errantes de H é r c u l e s y de Perseo cuando é s t o s fueron á visitar aquellos pueblos que dieron á la G r e c i a el p r i m e r vastago del o l i v o , y que, coronados de l a u r e l , queridos de A p o l o , al abrigo de las enfermedades y de la vejez, pasaban su v i da entre danzas y festines: p i n t u r a que conviene seguramente no menos á la E s citia que á las regiones vecinas d e l extremo occidental de los montes Rifeos. D e la misma suerte, las islas encantadas en que guardaban las H e s p é r i d a s sus frutas de o r o , y que toda la a n t i g ü e d a d coloca al occidente y no lejos de las islas A f o r tunadas, reciben el nombre de Hiperbóreas p o r autores m u y versados en las antiguas tradiciones, y en el mismo s e n tido habla S ó f o c l e s d e l j a r d í n de F e b o , situado j u n t o á la b ó v e d a de los cielos y no lejos de las fuentes
de la noche,
es de-
cir, d e l poniente. Tantas y tan e s p l é n d i d a s maravillas, acumuladas en la parte occidental del mapamundi p r i m i t i v o de los griegos, desterraron de sus confines á los c i m m e rianos y sus eternas tinieblas. A m e d i d a | que los relatos de los navegantes iban d i v u l g a n d o noticias m á s exactas acerca d e l occidente, los g e ó g r a f o s y los historiadores arrinconaron al norte á los c i m merianos, y, como fueron hallados en e l A s i a M e n o r y en la G e r m a n i a dos pueblos E s t e historiador nos e n s e ñ a que eran de nombre algo parecido, los antiguos debidas á H e s i o d o las primeras nociones se e m p e ñ a r o n en combinar l o poco que sobre estos maravillosos pueblos, l o que supieron sobre las empresas guerreras de confirma un escoliasta que atribuye a l estas naciones con las primitivas descripmismo poeta los primeros cuentos acerca ciones p o é t i c a s ; de todo l o c u a l r e s u l t ó de los grifones, que, no lejos de los hiper- tal b a r a ú n d a , que desde e l momento en b ó r e o s y de los arimaspos, guardaban que se pretenda mirar, á ejemplo de los los metales preciosos de los montes R i - antiguos, como un solo y ú n i c o pueblo feos. A u n q u e se hayan perdido los rela- á los cimmerianos y á los c i m b r i o s , se tos de H e s i o d o , los autores m á s a p r o x i - puede sostener todo l o que se quiera mados á su tiempo colocan á los h i p e r - acerca del origen, emigraciones y extinb ó r e o s , no al norte, sino a l occidente; c i ó n de este p u e b l o . Y no es é s t e el ú n i como, p o r ejemplo, P í n d a r o , q u e c o n d u c e co enigma g e o g r á f i c o que nos legaron
las antiguas tradiciones fabulosas: los h i p e r b ó r e o s fueron á su vez echados de sus jardines hesperios p o r viajeros y g e ó g r a f o s mejor informados; y cuando
los h i p e r b ó r e o s una isla en gran manera fértil y situada en el O c é a n o , en frente de la C é l t i c a , la cual, poco m á s ó menos, corresponde á la G r a n B r e t a ñ a . N o se habla y a en verdad de olivos y laureles, pero subsisten t o d a v í a dos cosechas anuales, y, siempre queridos de A p o l o , gozan aquellos pueblos el p r i v i l e g i o "de ver la L u n a m á s cercana que'el resto de la T i e r ra. » Mas, como la isla de A l b i ó n no t a r d ó
los nombres h i s t ó r i c o s de iberios y celtas h u b i e r o n llenado la parte occidental de E u r o p a , que p o r otra parte consideraban de tan reducida e x t e n s i ó n , se s e ñ a l ó á
en ser sobrado conocida para continuar dando p á b u l o á t a l e s f á b u l a s , P l i n i o , P o m p o n i o M e l a y otros g e ó g r a f o s trasportaron los h i p e r b ó r e o s á las extremidades septentrionales de la T i e r r a , c o n c e d i é n doles un p a í s m u y abrigado y m u y agradable, bien que situado debajo d e l m i s mo P o l o , puesto que los d í a s y las noches eran de seis meses, y c o n s e r v á n d o l e s el p r i v i l e g i o de l a paz, de la inocencia y
de todas las virtudes, la ausencia completa de guerras y enfermedades, pero d á n donos á conocer al mismo tiempo que, hartos algunas veces de su excesiva felic i d a d , d e s p u é s de un festín y con la c a beza coronada de flores, se precipitaban desde lo alto de cierto p e ñ a s c o . E n un fiel autor de antiguas t r a d i c i o nes, A v i e n o , se e x p l i c a la dulce temperatura d e l p a í s de los h i p e r b ó r e o s p o r la proximidad m o m e n t á n e a del S o l cuando, s e g ú n las ideas de H o m e r o , pasa durante l a noche p o r el O c é a n o septentrional para v o l v e r á su palacio, situado en el oriente. E s t a antigua t r a d i c i ó n ¡ q u i é n lo creyera! no ha desagradado d e l todo á T á c i t o , el m á s filósofo entre los h i s t o riadores romanos, e l cual no se a v e r g ü e n z a de contar que c r e í a n o i r los habitantes d e l extremo de la G e r m a n i a el r u i d o que h a c í a e l carro del S o l a l h u n dirse en el mar, que d i s t i n g u í a n los rayos de su cabeza y hasta v e í a n aparecer los otros dioses, y que á todo esto a ñ a d e : " D e buen grado c r e e r í a que de la misma suerte que el S o l produce en el oriente el incienso y los aromas, su mayor p r o x i m i d a d hace, en las regiones donde se pone, traspirar los j u g o s m á s preciosos de la T i e r r a para formar el á m b a r amaril l o . » E s t o es l o que los poetas h a b í a n dicho anteriormente y lo que denotaba la hermosa a l e g o r í a , s e g ú n la cual el succino h a b í a nacido de las l á g r i m a s de o r o derramadas p o r A p o l o cuando p a s ó al p a í s de los h i p e r b ó r e o s para llorar la muerte de su hijo E s c u l a p i o , ó bien p o r las hermanas de Faetonte, trasformadas en álamos^ y esto es lo que significa e l nombre g r i e g o del á m b a r amarillo, electrón, es decir, piedra d e l S o l . M u c h o antes que T á c i t o , h a b í a n los sabios g r i e gos asegurado que esta preciosa materia era p r o d u c i d a y endurecida p o r la fuerza de los rayos solares, que suponen m a y o r en el occidente y en el norte. T o d a esta
t e o r í a h a nacido, s e g ú n es de ver, d e l sistema c o s m o g r á f i c o de H o m e r o , y vale tanto como las explicaciones menos m a ravillosas, pero no menos falsas, que muchos historiadores y g e ó g r a f o s a n t i guos pretendieron dar de la misma prod u c c i ó n natural, y que difieren tanto entre s í como sus opiniones sobre el r í o Erídano, en cuyas orillas se c o g í a el á m bar a m a r i l l o . S e g ú n las primeras t r a d i ciones recogidas p o r H e s i o d o , el E r í d a no se manifiesta entre los vagos y oscuros espacios que ocupan todo el noroeste del mapamundi de aquel s i g l o , y en toda la a n t i g ü e d a d p e r s e v e r ó la idea de este fabuloso E r í d a n o , que desaguaba en el O c é a n o d e s p u é s de haber atravesado l o que m á s tarde se l l a m ó la Céltica. Algunos griegos, empero, deseando pasar por mejor informados, aplicaron sucesivamente dicho nombre al P o , al R ó d a n o y al R h i n , y llegaban algunas veces á reunir estos tres r í o s de una manera para nosotros absurda, pero fácil de concebir, si se atiende á su sistema. C u a n d o los viajeros enviados p o r N e r ó n h u b i e r o n dado á conocer poco m á s ó r n e n o s la verdadera p o s i c i ó n del p a í s que produce e l á m b a r amarillo, oscuramente adivinada desde e l tiempo de A u g u s t o , se c o n s e r v ó el nombre de E r í d a n o como un r e cuerdo de los siglos p o é t i c o s y fabulosos, y a p l i c ó s e a l P o este vano t í t u l o ; mas, como algunos eruditos modernos han continuado e l e m p e ñ o de conservar el E r í d a n o de H e s i o d o , que han i d o á buscar hasta en R u s i a , les diremos que hubieran debido hallar al mismo tiempo algunos restos d e l carro de Faetonte, ó m á s bien imitar l a prudente desconfianza de H e r o d o t o , que p o n í a y a en d u d a la existencia de tal r í o y las maravillas de que h a b í a n sido pobladas sus riberas. H e m o s seguido á los antiguos hasta las extremidades septentrionales y o c c i dentales de su m u n d o ficticio, p r o c u r a n d o
dar á conocer e l conjunto de las t r a d i ciones p r i m i t i v a s , de las cuales la geog r a f í a antigua de Europa no se ha emancipado sino d e s p u é s d e l decurso de muchos siglos. V a m o s ahora á exponer en pocas palabras los conocimientos p r i mitivos de los griegos acerca del A s i a . Sabido es que H o m e r o describe con s u ma exactitud los lugares que s i r v i e r o n de teatro á los combates de los griegos y de los troyanos: la c i u d a d de Ilion, defendida p o r su ciudadela Pergamo y situada en uno de los llanos inferiores del monte Ida, á lo alto de una bella l l a n u ra b a ñ a d a p o r el r í o Simois, que desciende de los puntos centrales del Ida, y p o r el Escamandro
ó Xanto,
que bajo los mu-
ros de la misma c i u d a d nace de dos fuentes, caliente la una y fría la otra; los cambios sufridos p o r el curso de estos r í o s j u n t o á su embocadura, que y a a n tes del siglo de E s t r a b ó n h a b í a dado l u gar á que se los confundiese; el reino de Troya con sus nueve p r o v i n c i a s , entre las cuales iban comprendidos los p a í s e s habitados p o r los licios, los darnianos, los lelejes y los cilicianos vasallos de P r í a m o ; todos estos objetos que acabo de enumerar han dado materia á largas y sabias investigaciones hechas en los mismos lugares, c u y o resultado atestigua la escrupulosa exactitud del poeta en cuanto se refiere a l teatro inmediato de las escenas descritas en la I l í a d a . L o s dardanis habitaron las orillas d e l canal l l a m a do ahora estrecho
de los Dardanelos
y
entonces de Helesponto, en el cual parece haber c o m p r e n d i d o H o m e r o la P r o p ó n t i d a y e l Bosforo, ó sea el canal de Constantinopla. T a m p o c o nombra al Ponto E u x i n o , , p e r o á l o largo de las orillas de este mar conoce á los caucones, los pa-flagonios, c u y a p r i n c i p a l t r i b u f o r m a ban los henetos, tenidos p o r descendientes de los v é n e t o s , y los halizones, probablemente vecinos a l r í o H a l y s , c u y o
p a í s , r i c o en minas de plata, se llamaba Alybia. E n este ú l t i m o nombre cree E s t r a b ó n hallar los calybes, que algunos consideran como ascendientes de los caldeos. A l acercarse a l extremo d e l mar N e g r o , l a g e o g r a f í a h o m é r i c a toma un c a r á c t e r fabuloso; pues si bien las amazonas, objeto de tan distintas opiniones, p e r t e necen t o d a v í a , en parte á l o menos, á la historia, la Cólquida, reino del sabio A e tes, se presenta s ó l o á las miradas del poeta en una v a g a lontananza y envuelto en fabulosas nieblas. E n este p a í s de encantos, p o b l a d o de monstruos y de p r o digios, coloca el palacio del S o l y e l teatro de los amores de este dios con una de las muchas hijas d e l Océano, Persea, nombre que recuerda un p u e b l o c é l e b r e ; y como otros poetas colocan t a m b i é n e l palacio del S o l en la capital de A e t e s , en las riberas d e l Océano, si comparamos estas circunstancias con la supuesta nav e g a c i ó n de los argonautas p o r e l Fase en e l O c é a n o oriental, deduciremos de todo ello que H o m e r o t e n í a en general las mismas ideas que los poetas autores de las Argonáuticas, y que en su sistema, como en e l de los p r i m e r o s g r i e g o s , el O c é a n o b a ñ a b a los l í m i t e s orientales del m u n d o no lejos de la C ó l q u i d a , si bien e l lago del Sol de que habla H o m e r o p u d i e r a parecer una oscura a l u s i ó n al mar C a s p i o . Pasando desde T r o y a a l m e d i o d í a , hallamos m á s extensos los conocimientos del poeta, que nos habla d e l Hermo, del Meandro y otros r í o s principales que bañ a n las costas occidentales d e l A s i a menor. E l nombre de Asia parece t o d a v í a reservado p o r H o m e r o á una comarca m u y r e d u c i d a situada á orillas d e l r í o Caystro; y siendo, en efecto, el mismo en que las tradiciones de griegos y a s i á t i cos fijan l a morada de personajes h i s t ó r i c o a l e g ó r i c o s , á quienes a t r i b u y e n e l
o r i g e n del nombre de A s i a , y h a l l á n d o s e t a m b i é n a l l í , en tiempos m á s recientes, una n a c i ó n llamada Asiones, todo induce á probarnos que el nombre de aquella deliciosa comarca, una de las primeras habitadas por los j o n i o s , ha llegado á ser, á efecto de una e x t e n s i ó n sucesiva, el de una vasta parte del m u n d o . E s de advertir que H o m e r o no p o d í a hablarnos del establecimiento de los j o n i o s y de las d e m á s colonias griegas del A s i a , porque esta e m i g r a c i ó n tuvo l u g a r p o c o tiempo antes al que se supone p e r t e n e cer; y , como se refiere á los de l a g u e r r a de T r o y a , nos muestra los pelasgos y los meonios como principales naciones d e l A s i a occidental, y m á s a l sudoeste los cares ó carios, y a entonces fundadores de la antigua M i l e t o , que, reedificada p o r los j o n i o s , fué el p r i n c i p a l i m p e r i o de la n a v e g a c i ó n y del" comercio de los griegos. L o s licios y los solymos
h a b i t a r o n la
costa m e r i d i o n a l a l pie d e l monte T a u r o , y la llanura Aleienna de H o m e r o se hallaba, s e g ú n los g e ó g r a f o s griegos, en C i l i c i a , sin que podamos salir garantes de esta e x p l i c a c i ó n . E l centro del A s i a menor se hallaba ocupado p o r los frigios, n a c i ó n numerosa, c u y o territorio se e x t e n d í a entonces hasta las orillas d e l Helesponto. F u e r a del A s i a menor, y aun desde el momento en que se deja e l cabo Chelidonium, la g e o g r a f í a p r i m i t i v a de los griegos vuelve á tomar un c a r á c t e r v a g o . E s verdad que los arimos parecen ser los á r a m e o s ó sirios; pero ¿ n o s habla H o m e ro de los de la S i r i a ó de la Cilicia? U n o s han buscado los rastros de las erupciones v o l c á n i c a s á que alude l a f á b u l a de T i f ó n , en la Judea y en las c e r c a n í a s del mar M u e r t o ; otros en l a tierra llamada Katakekaumene, es decir, l a A b r a s a d a . Menos d u d a cabe en l o de las relaciones de los griegos con los fenicios, cuya c i u d a d p r i n c i p a l era entonces Sidon, como
que sus estofas t e ñ i d a s de p ú r p u r a , sus trabajos en oro y en c o b r e , su ciencia naval, su avidez y su astucia, p r o p o r c i o nan á H o m e r o muchos de los rasgos morales c o n los cuales se complace en dar variedad á sus cuadros. L a antigua r e p u t a c i ó n de E g i p t o h a b í a llegado á o í d o s de H o m e r o , quien ensalza á menudo l a ciencia m é d i c a de los egipcios, c o n s i d e r á n d o l o s á todos como hijos de E s c u l a p i o , y l l e g á n d o l e s á atrib u i r el precioso talento de curar las e n fermedades d e l alma p o r medio de u n zumo llamado nepenthe, es decir, sin cuidado, que es probablemente e l d e l o p i o . L l a m a t a m b i é n H o m e r o á Tebas la de cien puertas, cuya g l o r i a antigua h a b í a traspasado el M e d i t e r r á n e o ; pero s ó l o conoce a l N i l o bajo el nombre de ¿Egiptos, que f u é , en efecto, uno de los m á s antiguos de este celebrado r í o . A una j o r n a d a de n a v e g a c i ó n de una de las embocaduras d e l r í o /Egiptos s e ñ a l a el poeta el puerto y la isla de Faros, separados entonces del continente p o r un canal de siete estadios. A l l í , donde b r i l l ó m á s tar-. de la r i c a A l e j a n d r í a , saltaban entonces las focas sobre una desierta p l a y a . D e s preciando el verdadero sentido de la palabra A-Lgiptos, han supuesto algunos g e ó l o g o s modernos que en la é p o c a de H o m e r o se hallaba e l D e l t a cubierto t o d a v í a p o r las aguas del mar. Desde E g i p t o hasta las extremidades del M e d i t e r r á n e o no p u d o mediar gran distancia en e l m a p a m u n d i h o m é r i c o , puesto que en tiempos m u y posteriores asegura el autor de un l i b r o a t r i b u i d o á A r i s t ó t e l e s , que inmediatamente d e s p u é s del estrecho de las C o l u m n a s forma el M e d i t e r r á n e o el golfo S í r t i c o . H o m e r o conoce esta d é b i l p o r c i ó n d e l Á f r i c a bajo el nombre de Libia "donde los corderos nacen c o n cuernos y las ovejas paren tres veces a l a ñ o , » l o q u é confirman otros testimonios. Conoce t a m b i é n el uso que
los africanos hacen del fruto del lotos, y g u í a los pasos errantes de U l i s e s á una isla habitada p o r los lotójagos ó comedores de lotos, isla que los g e ó g r a f o s suponen ser l a de Zerbi, p r ó x i m a á la Sirte menor. U n viaje hacia estas costas tan p r ó x i m a s á G r e c i a pasaba en tiempos de H o m e r o por empresa h e r o i c a . Menelao e m p l e ó ocho a ñ o s para visitar la isla de C h i p r e , la F e n i c i a , el E g i p t o y la L i b i a , y s ó l o los piratas y d riesgo de la vida pasaban en derechura de la isla de C r e t a á E g i p to. ¿ S e d i r á acaso que el poeta se c o m p l a c í a en exagerar la i g n o r a n c i a de sus compatriotas? N o cabe d e c i r l o , puesto que dos siglos mas tarde los tereos, á quienes un o r á c u l o e n c a r g ó la f u n d a c i ó n de C i r e n e , t u v i e r o n mucho trabajo para encontrar el camino de L i b i a , y hasta el siglo de H e r o d o t o c o n t i n u ó siendo e l E g i p t o el p a í s de las f á b u l a s y de las maravillas.
p r e n d i ó sucesivamente entre los sucesores de H o m e r o á los cefenos, es decir, persas, bactrios é i n d i o s ; es decir, t o dos los pueblos que se d e s c u b r í a n al oriente y a l m e d i o d í a . E l mismo H e r o d o to habla t o d a v í a de los e t í o p e s de A s i a , que se han supuesto ser los habitantes de C o i c o s , y en n i n g u n a é p o c a posterior vemos desarraigadas las vagas ideas de los griegos p r i m i t i v o s acerca de los pueblos de c o l o r oscuro, que miraban todos como una sola n a c i ó n . M a s es d é a d v e r tir que la g e o g r a f í a fabulosa d e l oriente y d e l m e d i o d í a s ó l o t o m ó creces, dos ó tres siglos d e s p u é s de H o m e r o , puesto que f u é debida no tanto á los nobles ens u e ñ o s de la p o e s í a como á las á v i d a s esperanzas de los negociantes.\^z..India, con sus hormigas e s c u d r i ñ a d o r a s de tesoros ocultos y con sus fuentes a u r í f e r a s , y l a Sabea, con sus palacios cuajados de o r o , marfil y piedras preciosas, no fueron i n v e n c i ó n de los hijos de A p o l o , sino de los adoradores de P l u t o , como que en A menor cantidad de conocimientos tiempos de H o m e r o las caravanas griepositivos, m a y o r es el atrevimiento de gas no parecen haber llevado á bien ninlos siglos en los sistemas que elaboran. g u n a empresa en e l interior d e l A s i a . De esta manera los griegos de los t i e m pos de H o m e r o p o b l a b a n el oriente y el E l conjunto de l a g e o g r a f í a h o m é r i c a , m e d i o d í a de su m a p a m u n d i , no menos s e g ú n acabamos de exponerla, puede haque su norte y su occidente, p o r medio cernos comprender las tradiciones s e m i de tradiciones oscuras y de h a l a g ü e ñ a s h i s t ó r i c a s y semifabulosas que nos han f á b u l a s . Desde la supuesta c o m u n i c a c i ó n conservado l a memoria de la p r i m e r a exdel Fase con el O c é a n o de que acabamos p e d i c i ó n importante de los griegos, es de hablar, hasta la otra entrada occiden- decir, d e l famoso viaje de los argonautas. tal del mismo O c é a n o , á las orillas d e l E s t o s navegantes, que a l regresar con e l disco de la T i e r r a , coloca H o m e r o á los T o i s ó n de oro se v i e r o n imposibilitados etíopes idos m á s lejanos de los hombres, por las tropas de C o i c o s de v o l v e r al mar que se d i v i d e n en dos partes, una hacia N e g r o p o r el Fase, pasaron, sin embargo, el occidente y otra hacia el poniente.') p o r haber efectuado p o r mar su vuelta á E n t r e estos e t í o p e s habitaban los pig- G r e c i a . L a t r a d i c i ó n m á s antigua, p e r meos, igualmente esparcidos a l rededor fectamente conforme a l sistema h o m é r i del borde m e r i d i o n a l de la T i e r r a . L o s co, conduce á J a s ó n y á sus c o m p a ñ e r o s erembos, vecinos á los fenicios y e g i p - p o r el Fase en el O c é a n o oriental; trascios, parecen ser los á r a b e s , c u y o nombre . pasan l u e g o el p a í s de los e t í o p e s ; y, oriental se escribe Ereb, mientras que l a como en los mapamundis de la é p o c a no d e n o m i n a c i ó n general de etíopes c o m - h a b í a probablemente golfo A r á b i g o , los
héroes atraviesan la Libia por tierra vegantes milesios y atenienses hubieron arrastrando su buque, y, después de una reconocido la no existencia del supuesto travesía de doce días, llegan á las riberas canal de comunicación entre el Palus del golfo Sírtico y del mar Mediterráneo; Meótides y el Océano, se dirigió á los ¡ Tan fácil era cruzar el Africa en aquel argonautas por el Ister ó el Danubio, que fabuloso siglo! Algo más tarde Mecateo á los ojos de los mismos sabios pasaba de Mileto, que había oído ó creído oir por dividirse en dos ramas: una que desafirmar á los sacerdotes egipcios que el aguaba en el Ponto Euxino y otra en el Nilo procedía del Océano, llevó á los Adriático; y por medio de este río de argonautas por este nuevo camino, al doble corriente vuelve á conducir Apoparecer más razonable. Nadie hubo que lonio de Rodas los héroes griegos á su pensase en hacerlos pasar por el golfo patria, á despecho de la geografía y de Arábigo, considerado como un lago ce- la armada de Coicos que bloqueaba el rrado por todas partes por los primeros Bosforo. griegos que tuvieron de él alguna idea. Hé aquí, á nuestro entender, un ejemPero, como algunos poetas é historiado- plo pasmoso de la marcha progresiva y res más modernos quisiesen armonizar lenta de los conocimientos geográficos, los conocimientos del siglo con las anti- al propio tiempo que una prueba inconguas tradiciones, condujeron á los argo- testable de la autoridad de que gozaba nautas, por el Palus Meótides y el Tañáis, el sistema semifabuloso del cual había al Océano septentrional, y en seguida al- Homero sacado sus nociones cosmográrededor de los supuestos. límites del ficas. Si los griegos no se hubiesen figumundo por las tierras de los hiperbóreos rado la Tierra como un disco bañado por •y de los cimmerianos hasta el estrecho de el río Océano y divido en dos partes por Hércules, por el cual entran en el Medi- el Fase y el estrecho de Hércules, ¿cómo terráneo y llegan á la isla de Escheria: hubieran podido imaginar los poetas artal es la ruta imaginada por el falso Orgonáuticos los diversos derroteros que feo, que habla ya de la isla lema ó Irlanhacen seguir á sus héroes? Todo queda da, de los Alpes y del promontorio Saexplicado con la mayor claridad admigrado, como el extremo occidental de tiendo que la geografía de Homero fué Europa; nociones recogidas sin duda á la de su siglo, y aun, con ciertas modifilos viajes de los focenses, lo que prueba que este autor no pudo ser muy anterior caciones, las de muchas generaciones siá Herodoto. Finalmente: cuando los na- guientes.
LIBRO
SEGUNDO
Viajes y conocimientos de Herodoto.— Análisis de los principales puntos de la geografía de su siglo desde 600 hasta 430 años antes de J . C.
¡AS vagas tradiciones y los cuentos maravillosos que reinaban en l a g e o g r a f í a p r i m i t i v a de los griegos hubieran conservado su i m perio mucho tiempo si las guerras e x t e riores é intestinas no hubiesen o b l i g a d o á muchos de ellos á buscar en climas lejanos una nueva patria, ó, cuando menos, una mina de riqueza y p o d e r í o . L o s milesios y megarenses fundaron colonias comerciales alrededor d e l mar N e g r o , en donde j a m á s penetraron probablemente los fenicios. C o r i n t o i n v e n t ó los t r i r e mos y p o b l ó la S i c i l i a de colonias, que valieron á l a Italia m e r i d i o n a l el nombre deMagna Grecia, y c u y a n a v e g a c i ó n , p o r otra parte, no parece haber sido de m u cho alcance. L o s focenses, al h u i r del y u g o de los d é s p o t a s , dieron á conocer la C e r d e ñ a , l a C ó r c e g a y l a G a l i a , en l a
cual fundaron á M a r s e l l a , t é r m i n o de sus errantes destinos; el samio C o l e o , arrastrado p o r una tempestad, p a s ó el estrecho de las C o l u m n a s y f u é el p r i m e r griego que n a v e g ó en el O c é a n o verdadero (bien diferente d e l O c é a n o fabuloso á que la musa de H o m e r o h a b í a c o n d u c i d o á Ulises), y l l e v ó de Tarteso, comarca de la E s p a ñ a m e r i d i o n a l , riquezas que inflamaron el esfuerzo de los navegantes. E l celoso fenicio quiso en vano atajar el arrojo de los g r i e g o s que, s e g ú n parece, hasta llegaron á proporcionarse algunos mapas g e o g r á f i c o s y n á u t i c o s de los que h a b í a n guiado á los buques fenicios. E l milesio Anaximandro, d i s c í p u l o de T a les, i n d i c ó , á l o que se dice, el t a m a ñ o de la T i e r r a , compuso una esfera y t r a z ó el p r i m e r mapamundi c o n o c i d o , que corrig i ó su compatriota Hecateo, a c o m p a ñ a n -
dolo con un itinerario del m u n d o citado por E s t r a b ó n . P e r o como H e r o d o t o nos dice e x p l í c i t a m e n t e que los g e ó g r a f o s de su tiempo, posteriores á A n a x i m a n d r o y á H e c a t e o , imaginaban l a T i e r r a como u n disco exactamente redondo y b a ñ a d o p o r el O c é a n o , es m u y probable que el m a p a m u n d i de los milesios c o r r e s p o n d í a en todo ó en gran parte á esta idea aceptada. Plutarco dice que A n a x i m a n d r o c o m p a raba la T i e r r a con un c i l i n d r o ; L e u c i p p o l a c o n v i r t i ó en u n tambor; H e r á c l i d e s en una navecilla; otros p r e f e r í a n la forma c ú bica; y no faltaron algunos que con Jenofanes y A n a x i m e n e s consideraban la T i e rra como una m o n t a ñ a m u y elevada c u y a base se e x t e n d í a al infinito, a l paso que los astros iluminaban sus diversas partes g i r a n d o en t o r n o de ella. T o d a s estas tentativas prueban que la supuesta ciencia g e o g r á f i c a de los filósofos jonios era v a g u í s i m a y oscura. N o obstante, los m a pas que trazaron han p o d i d o comprender los conocimientos mutilados y a d u l t e r a dos de un pueblo m á s sabio que los griegos de entonces. D a d a semejante s i t u a c i ó n de inteligencia, resultaba un f e n ó m e n o m u y raro que surgiera un hombre de j u i c i o bastante recto y bastante s ó l i d o para despreciar todas las ideas admitidas y creer e x c l u s i v a mente en l o que v i e r a p o r sus p r o p i o s ojos ó en l o que supiera p o r testigos oculares. E s t e hombre tan e x t r a o r d i n a r i o , natural de Halicarnaso, se llamaba Herodoto. E s de suponer que se d e d i c ó a l comercio, y a p o r q u e era ciudadano d i s t i n g u i d o de una p e q u e ñ a r e p ú b l i c a c o mercial, y a p o r q u e de l o contrario no se concibe naturalmente l a r a z ó n de sus largos viajes, de las numerosas r e l a c i o nes que supo proporcionarse entre a l g u nos pueblos poco amigos de los griegos, y de su afectado silencio sobre la m a y o r parte de los objetos relativos a l c o m e r c i o .
Sea como fuere, resulta cierto que H e r o doto supo abrir algunas sendas desconocidas anteriormente; que p e n e t r ó entre los peonios, que h a b í a n habitado a l p a recer en la S e r v i a actual; que v i s i t ó las colonias griegas del P o n t o E u x i n o ; que m i d i ó personalmente, s e g ú n asegura, l a e x t e n s i ó n de este mar desde el Bosforo al Fase; que r e c o r r i ó el interior de los p a í ses situados entre el B o r í s t e n e s y el H i panis, que forman parte de la P r u s i a mer i d i o n a l ; y que tal vez v i a j ó desde el Palus M e ó t i d e s hasta el Fase, puesto que se p r o c u r ó las m á s exactas noticias, no solamente sobre este trecho, sino t a m b i é n sobre la e x t e n s i ó n del mar C a s p i o . Sus viajes a l oriente debieron de e x t e n derse hasta B a b i l o n i a y Susa, capital de la m o n a r q u í a persa, puesto que i n d i c a los m á s p e q u e ñ o s detalles d e l camino y se e x p l i c a frecuentemente como testigo ocular; s i é n d o l e conocido el resto de Persia p o r los padrones oficiales de los e j é r citos y de los gobiernos de que tuvo noticia. Sus viajes a l m e d i o d í a se extend i e r o n probablemente hasta los l í m i t e s de E g i p t o , puesto que describe todos los objetos memorables con un esmero que a r g u y e una larga permanencia en el p a í s ; y , conociendo como c o n o c í a las sendas mercantiles de las caravanas procedentes del i n t e r i o r del A f r i c a , claro es que supo captarse la confianza ó lisonjear los intereses de los sacerdotes egipcios que probablemente d i r i g í a n el comercio de su p a t r i a . H e r o d o t o v i s i t ó á los colonos griegos de Cirene, tomando de ellos muchas noticias ú t i l e s ; v i o positivamente por sus p r o p i o s ojos l a G r e c i a europea, puesto que su d e s c r i p c i ó n d e l famoso desfiladero de las T e r m o p i l a s es l a m á s clara de cuantas han llegado hasta nosotros; y t e r m i n ó su carrera en l a Italia mer i d i o n a l ó la G r a n G r e c i a , donde d e b i ó dar fin á su preciosa historia. U n a s o l a n a c i ó n se n e g ó á comunicar á
tan infatigable viajero los d e s c u b r i m i e n tos en que cifraba el secreto de su g r a n deza. . H e r o d o t o v i s i t ó á T i r o , pero la poca importancia de sus conocimientos sobre el occidente d é E u r o p a y del Á f r i ca, prueba que no supo obtener noticia alguna de ¡los fenicios n i de sus c o l o nias. Desprovistos como todos sus contemp o r á n e o s , de conocimientos a s t r o n ó m i cos y m a t e m á t i c o s , j a m á s p e n s ó H e r o d o to en reunir en un cuerpo de sistema sus numerosos descubrimientos parciales: lo ú n i c o que conoce es que todos estos descubrimientos no corresponden á las ideas recibidas; y , e n c o n t r á n d o s e reducido en el mundo de H o m e r o y de H e c a t e o , se permite soltar algunas pullas sobre el r í o O c é a n o , que no p u d o descubrir nunca, s e g ú n dice, lo mismo que s ó b r e l a redondez del disco de la T i e r r a , de la cual no p e r c i b i ó j a m á s i n d i c i o alguno. N i sabe, ni cree que n i n g ú n hombre de buen s e n tido pretenda saber si la T i e r r a e s t á ó no e s t á rodeada de agua p o r todas partes. V e r d a d es que l o han d i c h o , a ñ a d e en otro pasaje, m á s nadie lo ha p r o b a d o tod a v í a . C o n todas estas dudas, que en las circunstancias de aquel tiempo t e n í a n apariencias de razonables, H e r o d o t o no deja de r e p r o d u c i r e l sistema h o m é r i c o cuando quiere dar algunas ideas g e n e r a les y positivas: a s í es que se niega á admitir tres partes d e l m u n d o , y p o r ello la E u r o p a , en su concepto, separada del A s i a p o r los r í o s Fase y A r a x e s y p o r e l mar C a s p i o , le parece m á s larga que e l A s i a y la L i b i a ó Á f r i c a reunidas, sin que conozca sus l í m i t e s orientales ni septentrionales; al paso que no d u d a que una escuadra enviada p o r D a r i o dio la vuelta al A s i a desde e l Indo hasta los confines de E g i p t o . O t r o viaje e m p r e n dido p o r los fenicios bajo los auspicios del rey Ñ e c o s , dice, ha demostrado que la L i b i a ó Á f r i c a se extiende en la misma
d i r e c c i ó n que el A s i a , es decir, que t e r m i n a al norte d e l E c u a d o r ; o p i n i ó n que reproduce m á s adelante, cuando dice que la A r a b i a es la parte m á s m e r i d i o n a l de la T i e r r a habitable. T o d a s estas ideas corresponden perfectamente al sistema hom é r i c o , s e g ú n el cual e l A s i a y la L i b i a formaban la mitad m e r i d i o n a l y o r i e n t a l del disco de la T i e r r a . S i consideramos ahora los pormenores de l a g e o g r a f í a de H e r o d o t o , empezando p o r E u r o p a , veremos en ella ciertos espacios m a g n í f i c a m e n t e descritos, pero separados p o r inmensos v a c í o s . « L o s focenses, dice, han descubierto el Adriático, la Tirrenia,
la Iberia
y Tarteso.ii
Este
ú l t i m o p a í s , tan c é l e b r e p o r sus metales preciosos, estaba situado m á s a l l á de las columnas de H é r c u l e s , es decir, en la A n d a l u c í a m o d e r n a . H e r o d o t o conoce en esta comarca á Gadeiraó Gade, célebre c o l o n i a fenicia, y sabe t a m b i é n que de los ú l t i m o s confines de E u r o p a se recibe e s t a ñ o y á m b a r amarillo; pero no se atreve á fijar la p o s i c i ó n de las islas Casitéridas, de donde t r a í a n la p r i m e r a de dichas m e r c a n c í a s , y aun cree que el r í o Erídano no pasa de ser una ficción p o é t i ca. N o se le esconde que en aquellas comarcas, p o q u í s i m a m e n t e conocidas, hay dos pueblos que v i v e n en a l g ú n punto de las costas d e l O c é a n o , á saber: los cinesios y los celtas,
que
sus
sucesores han
c r e í d o hallar nuevamente en el extremo sudoeste de la p e n í n s u l a e s p a ñ o l a . O c i o so fuera p e d i r l e pormenores m á s positivos sobre las tierras vecinas a l Mediter r á n e o , pues s ó l o habla de la C ó r c e g a , llamada Cymos, y de l a C e r d e ñ a , Sardón, y a conocidas p o r las colonias focenses, i n d i c a n d o a d e m á s á Marsilia ó Marsella en un pasaje harto dudoso á la verdad. E n algunas ediciones se habla en el mismo pasaje de los ligyos ó l i g u r i o s , c u y o nombre suena mucho en l a geogra-
fía m á s antigua. H e s i o d o n o m b r a á los l i g u r i o s a l lado de dos grandes pueblos, á saber: los e t í o p e s y los escitas; E r a t ó s thenes da á E s p a ñ a e l nombre de península Ligústica; T u c í d i d e s , copiado p o r E s teban de Bizancio, extiende su p o d e r í o hasta el E b r o , y t a m b i é n hasta el T Í O Sicoris, ó J ú c a r ( i ) , cerca de V a l e n c i a , aunque otros hacen terminar la L i g u r i a en los P i r i n e o s ó en las bocas d e l R ó d a no; una t r a d i c i ó n establece colonias l i g u rias en las orillas del T í b e r ; un poeta llama Circe á una maga de L i g u r i a ; y los melodiosos cisnes del E r í d a n o e s t á n colocados u n á n i m e m e n t e en L i g u r i a . L a conformidad de tantas circunstancias impide desconocer a q u í a l gran p u e b l o de los celtas, cuyas tribus m a r í t i m a s llevaron en su p r o p i a l e n g u a e l nombre apelativo de ly-gour, esto es, habitantes de las costas. R o m a era t o d a v í a desconocida de H e r o d o t o , y el nombre de Italia se refiere ú n i c a m e n t e á la G r e c i a M a g n a . L a S i c a nia comienza á llamarse S i c i l i a ; los beneti ó vénetos habitan en el A d r i á t i c o ; y a p e nas se hace m e n c i ó n de los pueblos de I l i r i a . L a M a c e d o n i a es, al parecer, independiente de T r a c i a , y la G r e c i a europea ofrece pormenores m u y extensos, que no podemos r e p r o d u c i r a q u í , supuesto que nos limitamos á la marcha general de la ciencia. Debemos, ante todo, fijarnos en las orillas d e l Ister, del B o r í s t e n e s y del T a ñ á i s , en donde H e r o d o t o ha dado un impulso m u y extraordinario á la g e o g r a f í a . E n su d e s c r i p c i ó n del curso d e l Ister, se remonta desde su desembocadura hasta sus fuentes, y n i siquiera deja de n o m - , brar los r í o s secundarios que en é l desaguan, y que son diez y seis; esto es: seis d e l lado septentrional y diez d e l me(i) E l Sicoris parece corresponder mejor al Segre, afluente del Ebro.—E. C .
r i d i o n a l . E n t r e los septentrionales se reconoce positivamente e l Porata, que es nuestro P r u t h , y el Maris, que es el T h e i s s aumentado con e l M a r o s ; y de los meridionales uel s é p t i m o , llamado Ctus, desciende del monte R h o d o p e y a t r a v i e sa l a c o r d i l l e r a d e l H e m o , n l o c u a l , a p l i cado á los mejores mapas modernos, i n dica positivamente el Isca, cerca de S o f í a , denominado Oscius p o r T u c í d i d e s . S i queremos a ú n suponer que H e r o d o t o ó a l g ú n otro viajero que haya remontado el r í o , y tomado e l Sare p o r el brazo p r i n c i p a l d e l D a n u b i o (como h a sucedido en nuestros tiempos con el M i s s i s s i p í y e l M i s s o u r i ) , reconocemos sin dificultad los tres r í o s restantes en el M o r a w a , el D r i n de B o s n i a , y e l C u l p a , de los cuales e l p r i m e r o se forma, como e l Brongus de H e r o d o t o , p o r la r e u n i ó n de dos r í o s en una hermosa l l a n u r a , y e l ú l t i m o desciende d e l monte Albius, cuyo nombre r e cuerda e l Alpis de nuestro autor. E s t a h i p ó t e s i s es sumamente c ó m o d a para r e solver muchas y m u y arduas cuestiones. E n efecto: ¿ p o r q u é r a z ó n d i c e H e r o d o t o que el Ister nace entre los celtas, cerca de una c i u d a d llamada Pirene) Porque los pueblos c é l t i c o s ocupaban la cordillera de los A l p e s , y p o r q u e el n o m b r e de Pirineos, que corresponde á los nombres c é l t i c o y g e r m á n i c o Brenner y Finer, se aplicaba á todos los picos colosales, de los que el monte T e r g l o u , á c u y o pie nace el S a b e , era e l que los g r i e g o s t e n í a n m á s cerca. ¿ P o r q u é r a z ó n ha h a b i do tantos autores que hacen desembocar el Ister en e l Ponto E u x i n o y en el A d r i á tico á la vez? P o r q u e el Ister de los griegos y de los i l i r i o s no es o t r o que e l Save, cuyas fuentes son m u y cercanas á las de los r í o s I s t r i a ; circunstancias que ha aprovechado P l i n i o para e x p l i c a r la n a v e g a c i ó n d é l o s argonautas, suponiendo que h a b í a n trasladado sus buques de una fuente á otra.
Concíbese en esta hipótesis muy fácil- del Tiras ó Dniéster, eran entonces esmente qué Píndaro haya trasladado á las paciosos lagos que posteriormente se trofuentes del Ister al feliz pueblo de los hi- caron en pantanos, se extendía otra rama perbóreos con sus bosquecillos de laure- de los escitas agricultores. Según Heroles y de olivares, cuya opinión debía ser doto, los escitas eran una rama de los la del siglo de Herodoto, puesto que sacios, que formaban una numerosa naeste escritor hace llegar por él Adriático ción nómada, que divagaba al este del los presentes que los hiperbóreos remi- mar Caspio;- y para llegar á Europa hatían á Dodona en Epiro, y de allí á Dé- bían pasado el Araxes, río de cuatro bolos. Este desbarajuste geográfico del cas que seguramente no es el Bhas ó mundo fabuloso acarreó otros muchos: Volga, ni tampoco el Araxes de Media, así es que las Eléctridas•, ó islas de ámbar que es el único en que pensó Herodoto; amarillo, fueron trasladadas á la desem- mas era muy fácil que se equivocara al bocadura del Po, que tomó el nombre de exponer unas tradiciones tan vagas. Los Erídano; de manera que podía muy bien escitas habían expulsado de las orillas decirse que el ámbar amarillo nacía al del Palus Meótides, un pueblo á quien pie de los Pirineos, ó mejor de los Alpes. los griegos, y Herodoto el primero, apliTampoco faltaron historiadores que co- caron el nombre probablemente fabuloso, locaran en aquellas cercanías las Cassité- de cimerianos, tomado de la geografía ridas ó islas de estaño; pero es probable de Homero y de los otros poetas; mas, si que el fundamento de todas estas tradi- bien el pueblo desapareció pronto de la ciones consistía en alguna línea mercan- historia, conservóse el nombre al Bosforo til que empalmaba al norte de Europa cimerio, que es el estrecho de Kefa (ó con el mar Adriático. Kertch ó Jenikalé.) Volviendo á la geografía de Herodoto, Ninguna palabra escítica citada por es de advertir que este historiador no so- Herodoto se refiere á la lengua goda, ni lamente confiesa no conocer las fuentes tampoco hay semejanza alguna entre las del Borístenes, sino, lo que parece más deidades escíticas y las de los godos. Los extraordinario, que ni habla siquiera de escitas tenían la cabellera roja, grueso y las cataratas de este río; pero, en cam- rechoncho el cuerpo; además envejecían bio, nos ha legado la mejor de las rela- pronto: tal es el retrato que de ellos hace ciones que tenemos sobre los escitas,Herodoto, retrato que, al parecer, conpueblos numerosos y divididos en muchas viene perfectamente á las tribus finlandetribus que habitaban en todo el territo- sas, relegadas hoy al norte y al este de rio intermedio entre el Ister y el Tañáis. Rusia. En las orillas del Tañáis vivían los más Entre las naciones vecinas á los escipoderosos, que eran los escitas reales; tas, Herodoto distingue los getas, que más al oriente, esto es, en la llanura si- probablemente eran oriundos de la raza tuada al norte de Crimea, donde ni aun de los eslavos, según lo demostraremos en nuestros días se ven árboles ni trigos, al tratar de nuestra Europa, que habitavivían los escitas nómadas con sus reba- ban entonces en la Bulgaria actual, y que ños; las fértiles márgenes del Borístenes, en seguida traspusieron el Ister; los agahasta las cercanías de la moderna ciudad thyrsos, que ocupaban la Transilvania; de Kief, estaban ocupadas por los escitas los alazones, que eran pueblos agricultoagricultores, aunque por las fuentes delres, y se extendían por la Ukrania pola-
Hipanis ó Boug, que, lo mismo que las ca; y los neuros, que cultivaban el trigo
en los llanos de V o l h i m i a ; mas no es p o sible fijar la m a n s i ó n de los budinos, que se h a b r á n mezclado con una c o l o n i a grieg a , n i de los melanchlcenos ó « g e n t e s de capa n e g r a , » acusados de antropofagia. L o s sauromatas ó s á r m a t a s , que andando el tiempo se establecieron en L i t u a n i a , v i v í a n entre el D o n , el V o l g a y el C á u caso. Á mucha distancia, al nordeste y hacia los montes U r a l e s , h a b í a los argippas, que eran calvos, es decir, que se rapaban l a cabeza, que t e n í a n la nariz achatada, que pasaban plaza de santos, que v i v í a n á la sombra de u n á r b o l , que se alimentaban de vegetales y de leche, y que j a m á s e m p u ñ a b a n las armas. Y ¿ n o es este, p o r ventura, el retrato de un alf a q u í ? ¿ S e r í a i m p o s i b l e que estuviera y a vigente en aquellas comarcas l a relig i ó n c a m á n i c a ? L o cierto es que una trad i c i ó n r e c i b i d a entre los comerciantes griegos que i b a n a l p a í s de los argippas colocaba á una distancia desconocida y en d i r e c c i ó n a l este, una n a c i ó n de tssedones, que aparecen d e s p u é s nuevamente en la g e o g r a f í a como formando parte del numeroso pueblo de los seres, al norte de l a I n d i a . T a m p o c o s e r í a i n v e r o s í m i l sustituir en el texto de H e r o d o t o al nom-
para amoldarlas á los sistemas aceptados. « E l mar C a s p i o , dice el padre de la historia, es un mar independiente, sin c o m u n i c a c i ó n alguna con el otro; puesto que todo e l mar p o r donde navegan los griegos, que es el situado m á s a l l á de las columnas de H é r c u l e s , llamado mar A t l á n t i c o , y el mar E r i t r e o , son reputados como un solo y ú n i c o mar. E l Caspio es un mar m u y diferente; tiene de largo l o que un b u q u e puede andar al remo en quince d í a s , y de ancho, en el p u n t o m á x i m o , l ó que puede andar en ocho. E s t e mar e s t á c e ñ i d o a l oeste p o r e l C á u c a s o , y a l este p o r las vastas llanuras de los mes age tas.»
U n sabio, á q u i e n debe la h i s t o r i a de la g e o g r a f í a muchas y nuevas i n v e s t i g a ciones, cree que l a m e d i d a de H e r o d o t o es rigorosamente exacta. « H e r o d o t o , dice M r . Gosselin, calculaba en 7 0 0 estadios la marcha de un b u q u e , de manera que quince d í a s de marcha, á r a z ó n de 7 0 0 estadios p o r d í a , forman una suma de 1 0 , 5 0 0 , q u e , contando p o r estadios de i , i t 1 y / al g r a d o , equivalen á 1 8 9 l e guas marinas, ó sea la misma m e d i d a de las costas occidentales d e l mar Caspio, desde la desembocadura del J a ' í k hasta la bre de los iycas el de tircas, que encon- del K o u r , el antiguo C i r u s , en e l p a í s de tramos en P l i n i o y en P o m p o n i o M e l a ; los caspios, donde h u b o antiguamente e l en cuyo caso r e s u l t a r í a que H e r o d o t o p r i n c i p a l d e p ó s i t o del comercio de este c o n o c í a y a de o í d a s á los turcos ó t á r t a - mar. Poco d e s p u é s del K o u r , la costa sigue hasta E s t e r a b a d en d i r e c c i ó n a l este, ros antiguos. E s t o s conocimientos extraordinarios, describiendo el m á x i m u m de la anchura relativos á tan apartados pueblos, eran del Caspio en un espacio de 1 0 0 leguas ó exclusivamente debidos a l genio del c o - de 5 , 6 0 0 estadios, q u e , d i v i d i d o s p o r mercio, que desde las m á r g e n e s d e l B o - 7 0 0 , dan como cociente exacto los ocho r í s t e n e s t r i l l a b a un camino en d i r e c c i ó n d í a s de n a v e g a c i ó n de que habla H e r o al centro d e l A s i a , que H e r o d o t o c o n s i - d o t o . » deraba como el este de E u r o p a . S i n d u d a Otros sabios, que no admiten el uso de el mismo H e r o d o t o r e c i b i ó de otras cara- estadios diferentes, consideran las medivanas indias unas ideas tan exactas y das de H e r o d o t o como tomadas á l o l a r precisas como las que tuvo sobre el mar go de las costas; pero a s í y ¡ t o d o se ajusC a s p i o , ideas que los g e ó g r a f o s p o s t e - tan exactamente á los estadios o l í m p i c o s riores despreciaron ó desnaturalizaron de 6 0 0 al g r a d o . Sea como fuere, es l o T
a
HISTORIA
D E LA GEOGRAFÍA
cierto que a q u í se ofrece una preciosa verdad para la historia de la g e o g r a f í a ; esto es, que en tiempo de H e r o d o t o los comerciantes de las colonias griegas del Ponto E u x i n o h a b í a n tenido y a c o n o c i miento de la verdadera naturaleza d e l mar C a s p i o , y que este descubrimiento h a b í a sido p r o h i j a d o p o r H e r o d o t o , que nunca quiso r e u n i r dentro un sistema las verdades parciales que a d q u i r í a . E n tiempo de A l e j a n d r o no se h a b í a n borrado a ú n las verdaderas ideas sobre el mar Caspio, puesto que se c r e í a que el T a ñ á i s n a c í a a l oriente de este mar y que desembocaba en el Palus M e ó t i d e s , l o que s u pone necesariamente que el mar C a s p i o forma un lago aislado, como dice A r i s t ó t e l e s m u y e x p l í c i t a m e n t e . Mas apenas quisieron los g e ó g r a f o s posteriores, un E r a t ó s t h e n e s , un H i p a r c o , un E s t r a b ó n , encauzar los conocimientos a d q u i r i d o s , observaron naturalmente que los lugares citados p o r H e r o d o t o , dada la manera con que s o l í a n orientarse, se e x t e n d í a n al norte y a l nordeste, mucho m á s a l l á de los l í m i t e s que estos mismos g e ó g r a f o s s e ñ a l a b a n á la T i e r r a habitable; p o r c u y o motivo despreciaron ó redujeron la g e o g r a f í a de H e r o d o t o . E l O c é a n o s e p t e n trional, tal cual lo imaginaban, ocupaba la mitad d e l espacio que ocupa R u s i a ; l a desembocadura del V o l g a formaba como un estrecho de cuatro estadios de ancho, y este supuesto estrecho p a r e c í a comunicar con e l O c é a n o . U n a vez a d m i t i d a semejante h i p ó t e s i s , supusieron un viaje de P a t r o c l o , almirante de Seleuco, que saliendo del Ganges h a b í a dado la vuelta al A s i a p o r e l E s t e y entrado en e l mar Caspio p o r el norte. P e r o todas estas fábulas desaparecieron en cuanto se m a n i festaron un M a r i n o de T i r o y un P t o l o lomeo, que, ilustrados p o r nuevos descubrimientos de todo p u n t o conformes con los del siglo de H e r o d o t o , empujaron a l norte e l O c é a n o , que puede considerarse
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como e l antiguo horizonte de la geografía. S i n embargo, apareciendo de nuevo como un lago en los mapas de P t o l o m e o , el mar C a s p i o c o n s e r v ó hasta el siglo d é cimo octavo l a forma estrecha y r e d o n d a que le h a b í a n comunicado los errores precedentes; y extendido deleste a l oeste, en vez d e extenderse d e l sur a l norte (como H e r o d o t o d e b i ó concebirlo), d i cho mar, ó , p o r mejor decir, su figura imaginaria, d e b i ó chocar con las d e s e m bocaduras d e l O x o y d e l Jaxartes: de manera que p o r m u c h o tiempo se c r e y ó que estos r í o s desaguaban en e l mar Caspio. Pasemos ahora á los conocimientos que t e n í a H e r o d o t o sobre e l A s i a , á l a que c r e í a m u c h o menos extensa que E u r o p a . u H é a q u í , — d i c e , — d e q u e partes se c o m p o n e . L o s persas v i v e n hacia e l mar m e r i d i o n a l ó E r i t r e o . M á s elevados, en d i r e c c i ó n a l norte, habitan los medas; m á s abajo de é s t o s los sapiros, y d e l otro lado de los sapiros los c o l q u i d i o s , que llegan hasta el mar d e l norte, en donde desemboca e l Fases. E s t a s cuatro naciones se extienden de un mar á o t r o . D e l lado d e l occidente se encuentran dos pen í n s u l a s opuestas que terminan en e l mar: la una comienza p o r el lado d e l norte en e l Fase, sigue las tortuosidades d e l P o n t o E u x i n o y d e l H e l e s p o n t o hasta e l cabo S i g e o en la T r ó a d a , pero del lado del sur empieza en e l g o l f o M i r i á n d r i c o , adyacente á la F e n i c i a hasta el p r o m o n t o r i o F r i o p i u m , que e s t á habitada p o r treinta naciones diferentes. L a o t r a p e n í n s u l a p r i n c i p i a en los persas, y s é extiende hasta e l mar E r i t r e o ; á l o largo de este mar comprende la P e r s i a , luego abraza l a A s i r i a y l a A r a b i a , y , p o r ú l t i mo, termina en el golfo A r á b i g o , á d o n de D a r i o hizo llegar u n canal que v e n í a del N i l o . E n t r e P e r s i a y F e n i c i a media u n v a s t í s i m o p a í s ; pero desde F e n i c i a l a misma p e n í n s u l a se extiende á l o l a r g o
del citado mar,• p o r S i r i a , Palestina y E g i p t o , donde termina, sin que contenga m á s naciones que las tres mencionadas. Tales son las partes del A s i a situadas a l oeste de P e r s i a . L o s p a í s e s situados hacia levante, m á s arriba de los persas, de los medas, de los sapiros y de los colquidios, l i n d a n a l m e d i o d í a con el mar E r i treo, y a l norte con el mar C a s p i o y el Araxes, que d i r i g e su curso hacia e l oriente. E l A s i a e s t á habitada hasta la I n d i a , pero m á s a l este no hay sino comarcas desiertas sobre las que es i m p o sible asegurar nada de l o que se d i g a . « M u c h a s partes del A s i a , — c o n t i n ú a H e r o d o t o , — f u e r o n reconocidas p o r D a r í o ; e l cual, deseando saber en q u é p a r te d e l mar desemboca e l I n d o , que desp u é s d e l N i l o es el ú n i c o r í o donde se encuentran c o c o d r i l o s , e n v i ó algunos buques con varios hombres seguros y veraces, entre ellos á S c i l l a x de C a r i a n d a . H a b i e n d o é s t o s salido de la c i u d a d de C a s p a t y r o , descendieron r í o abajo hasta el O c é a n o ; y navegando luego al occidente l l e g a r o n , treinta meses desp u é s de su partida, al mismo puesto donde se embarcaron en otro tiempo los fenicios, p o r orden del R e y de E g i p t o , para dar la vuelta á la L i b i a . T e r m i n a d o este p e r i p l o , D a r i o s u b y u g ó á los indios, e n s e ñ o r e á n d o s e del mar de la I n d i a . A s í fué como se r e c o n o c i ó que el A s i a , prescindiendo de su parte oriental, es en un todo parecida á la L i b i a . » S i n d u d a quiso decir H e r o d o t o que las costas d e l A s i a no se extienden m á s al m e d i o d í a que las d e l A f r i c a , puesto que, s e g ú n hemos observado, considerab a la A r a b i a como la comarca m á s merid i o n a l de la T i e r r a ; pareciendo que conoc í a l a parte superior del curso d e l Indo desde sus fuentes hasta los confines de la C a c h e m i r a . Nuestro plan no nos permite seguir á H e r o d o t o en todos los puntos en que
describe el estado moral y c i v i l de los pueblos a s i á t i c o s . E n l a r e s e ñ a que hace de las rentas del imperio persa, m e n c i o na entre los pueblos tributarios los nombres de los partos,
de los chorasmianos
y
de los sogdianos, de los que los dos ú l t i mos se conservan a ú n en nuestros d í a s en los de las provincias de K h a r i s m ó de K h o v a r e s m y de A l - s o g d . L o s pueblos m á s orientales de la m o n a r q u í a persa y de la g e o g r a f í a de H e r o d o t o , d e s p u é s de los i n d i o s , son los baclrianos; a l paso que a l este d e l mar C a s p i o hay los feroces masagetas, pueblos n ó m a d a s , a r m a dos de flechas, que pelean á caballo, que tienen c o m u n i d a d de mujeres, que devoran á sus padres encorvados bajo el peso de los a ñ o s , que tienen abundancia de oro y c o b r e , pero q u é carecen de los dem á s metales. H e r o d o t o conoce el antig u o derrotero mercantil entre la I n d i a y la E u r o p a p o r el norte d e l mar C a s p i o , pues i n d i c a que las m e r c a n c í a s eran trasportadas p o r el alto Indo y el O x o , y luego d e s p u é s p o r caravanas. A l mediod í a estaba la A r a b i a , patria llamada de los perfumes, de los b á l s a m o s y de los aromas. A u n q u e los e t í o p e s africanos tienen e l cabello rizado, no sucede l o mismo con los etíopes asiáticos, quienes nos recuerdan los de H o m e r o , y c u y o n o m b r e c o m p r e n d í a tal vez á todos los pueblos atezados que ocupaban las costas meridionales de la m o n a r q u í a . H e r o d o t o supone ser la I n d i a m á s p o pulosa que el resto d e l m u n d o , p r o d u ciendo una renta m á s considerable que B a b i l o n i a y A s i r i a . L o s indios sometidos á P e r s i a y conocidos de nuestro autor v i v í a n en las orillas d e l alto I n d o ; c u l t i vaban el a l g o d ó n , c o n e l que fabricaban telas, y r e c o g í a n mucho oro de una m a nera que á p r i m e r a vista parece fabulosa. « E x i s t e n e n o r m í s i m a s hormigas, mayores que zorros,—dice H e r o d o t o , — q u e v i v e n en el desierto d e l oriente í n d i c o , que acu-
m u í a n montones de oro mezclado con arena; y, aunque los indios acuden con sus m á s ligeros camellos en buscade aquellos tesoros, d i f í c i l m e n t e se sustraen á l a ferocidad de las hormigas si é s t a s llegan á s o r p r e n d e r l e s . » E s t e cuento es r e p r o ducido con alguna que otra variante p o r
muchos viajeros d e l tiempo de A l e j a n d r o . C o m p a r a n d o todos los testimonios que nos quedan acerca de este p u n t o , h a l l a remos acaso que l o que ha dado margen á un cuento, al parecer tan absurdo, es una especie de hiena ó de chacal que es m u y c o m ú n en T a r t a r i a . E s t e animal,
MONUMENTO
EGIPCIO
cuyo nombre i n d i o puede haber tenido cerca de los h i p e r b ó r e o s . . L a t r a d i c i ó n de alguna semejanza con e l nombre g r i e g o H e r o d o t o , tomada de un a n t i q u í s i m o que significaba h o r m i g a , suele formar, poema de A r i s t e a s , contiene, a l parecer, s e g ú n dicen, montones de arena, bajo alguna a l u s i ó n al laboreo de las minas los cuales establece sus guaridas, y , como emprendido desde l a a n t i g ü e d a d m á s r e es sabido, las arenas de la meseta de T a r - mota en las m o n t a ñ a s del centro del A s i a ; taria e s t á n generalmente cargadas de o r o . pero l a i m a g i n a c i ó n de los griegos h a D e una manera parecida se ha querido envuelto en una nube de f á b u l a s aquellos explicar l a t r a d i c i ó n relativa á los grifos, restos de viajes antiguos p o r el A s i a cenque algunos escritores han s e ñ a l a d o t r a l . como u n animal monstruoso que v i v e a l Pero es y a h o r a de atenernos á objetos norte de la India, a l paso que H e r o d o t o m á s positivos, y de dar una m i r a d a sobre los designa ú n i c a m e n t e como los g u a r - la tercera parte d e l m u n d o c o n o c i d a de dianes de las minas de oro de E s c i t i a , : H e r o d o t o . C o m o hemos observado, e l
padre de la historia era de parecer que el Africa terminaba m u y a l norte de la l í n e a equinoccial; mas aun c o n t r a y é n d o s e á un t r i á n g u l o tan estrecho como el que a s í resulta de la p e n í n s u l a africana, el E g i p t o es el ú n i c o p a í s que describe con c l a r i d a d . N o s p i n t a con la exactitud de un testig-o ocular sus ciudades, sus m o n u mentos, los p r o d u c t o s de l a tierra, las costumbres de los habitantes y las instituciones á la s a z ó n vigentes; y , como que h a b í a llegado personalmente hasta las cataratas, de a q u í es que a l medir las costas de E g i p t o , desde el lago S e r b o n i s hasta el golfo Plinthinetes, no solamente calcula con exactitud si se cuenta p o r estadios egipcios de ±'119 a l g r a d o , sino que esta misma medida concurre á demostrar que en el espacio de tres m i l a ñ o s , el D e l t a ha tomado p o q u í s i m o incremento. Dejando á un lado al E g i p t o , los conocimientos de H e r o d o t o , fundados en simples noticias que le h a b í a n suministrado, siguen tres l í n e a s de d i r e c c i ó n , á saber: la p r i m e r a costea e l N i l o , y acaso alcanza los mismos l í m i t e s de nuestros conocimientos actuales; la otra, parte del templo de A m n ó n y v a á perderse en el gran desierto; la tercera sigue las costas del M e d i t e r r á n e o hasta los alrededores de C a r t a g o . S i seguimos á H e r o d o t o á l o largo de las costas m a r í t i m a s de E g i p t o , nos da á conocer una p o r c i ó n de t r i b u s , entre las que indicaremos las m á s notables, á saber: los adyrmachides, que c o c í a n sus manjares en la arena calentada p o r los rayos solares; los nasamones, que v i v í a n en el interior y t e n í a n costumbres m u y singulares, como, p o r ejemplo, la de prestar juramento mutuo bebiendo el uno por mano del otro, como hacen a c t u a l mente los argelinos, y p r o s t i t u i r las n o vias á todos los convidados á la b o d a ; los psy•líos, famosos p o r el arte que p o s e í a n de fascinar á las serpientes, arte
que ha s o b r e v i v i d o á esta t r i b u ; las ciudades griegas de Cirene y de Barce, situadas en la fértil y r i s u e ñ a costa que bordea el p a í s de los nasamones y de los giligammes; los macios, situados a l oeste de la gran S i r t e , en una comarca m u y bien regada, donde el t r i g o p r o d u c í a trescientos p o r uno, y donde el riachuelo de Cinyps b a ñ a b a l a c o l i n a llamada de las Gracias;
los
lotófagos,
ya
conocidos
de
H o m e r o , que de o r d i n a r i o no c o m í a n n i b e b í a n otra cosa que el fruto del arbusto d e n o m i n a d o rhamnus
lotus; los
machlios,
cerca d e l r í o T r i t ó n y d e l lago Tritonides, c é l e b r e s uno y otro p o r el supuesto regreso de los argonautas á t r a v é s de la L i b i a , y sobre los cuales H e r o d o t o ha exagerado m u c h o . E s t e e x p l o r a d o r i n f a tigable, cuyos conocimientos hallan un t é r m i n o p o r este lado en las orillas de la p e q u e ñ a Sirte, sabe de o í d a s la e x i s t e n cia de algunas naciones m á s remotas, como los bizantos ó gizantos; i n d i c a exactamente l a l o n g i t u d de la isla Cyrannis ó Cercina; mienta á veces á Cartago, y aun ofrece algunos pormenores sobre el comercio m u d o que h a c í a n los cartagineses allende las columnas de H é r c u l e s , con una n a c i ó n que iba á la costa á recoger los g é n e r o s que se le o f r e c í a n y dejaba en cambio en el mismo p u n t o cierta cantidad de o r o . V e r d a d es que, s e g ú n los testimonios m á s recientes y m á s a u t é n r ticos, esta costumbre se refiere a l p a r e cer á una n a c i ó n de Senegambia; mas, aunque H e r o d o t o haya hablado en otra parte d e l monte A lias y d e l p r o m o n t o r i o Saloeis, no es posible sacar de su c o n t e x to un conjunto claro y preciso de sus ideas relativas a l Á f r i c a occidental. Y a se ve, p o r lo tanto, que h a b í a rec i b i d o de los sacerdotes egipcios alguna que otra noticia sobre cierto camino que arrancaba del templo de Ammán, situado en u n oasis á diez jornadas al oeste de T e b a s , capital d e l alto E g i p t o . « E l
p a í s que d e b í a recorrerse era una meseta arenosa, cuajada de colinas, en donde brotaban aguas puras y l í m p i d a s al lado de un m o n t ó n de s a l . » A diez jornadas del templo de A m m ó n h a b í a Augila, otro oasis sumamente f é r t i l en palmas, que aun en la actualidad conserva el mismo nombre y el mismo p r i v i l e g i o , y que sirve de punto de descanso á las caravanas; y á diez jornadas de A u g i l a y á treinta de la costa de los l o t ó f a g o s se llegaba a l numeroso pueblo de los garamantas, que, montados en carros, daban caza á l o s e t í o p e s - t r o g l o d i t a s , sin duda para r e d u cirlos á esclavitud, a s í como en los tiempos m á s modernos, el s u l t á n de B o r n o u enviaba su c a b a l l e r í a para cazar negros. E n t r e los garamantas, los bueyes, m i e n tras estaban paciendo, t e n í a n que andar hacia a t r á s , en r a z ó n de la e n o r m i d a d de sus astas, encorvadas por delante; y á diez d í a s de distancia h a b í a los atarantas, n a c i ó n que, atormentada p o r un calor excesivo, saludaba al sol con imprecaciones, y cuyos i n d i v i d u o s no t e n í a n nombres p r o p i o s , como sucede t a m b i é n en a l g ú n m o d o entre los habitantes de B u r n o u . F i n a l m e n t e , á otras diez j o r nadas de distancia, h a b í a los atlantos, pueblo vecino a l monte Atlas, que era una m o n t a ñ a m u y alta y m u y escarpada, cuya c ú s p i d e , envuelta en las nubes todo el a ñ o , era c o n o c i d a p o r columna del cielo. « M á s a l l á , — a ñ a d e H e r o d o t o , — n o conozco m á s nombres de naciones; ú n i camente s é que desde Tebas hasta las columnas de H é r c u l e s se extiende un desierto arenoso, y que á diez d í a s de distancia (sin d u d a desde el p a í s de los atlantos) hay una m i n a de sal tan a b u n dante, que los i n d í g e n a s edifican sus propias cabanas con piedras s a l i n a s . » E s t o es precisamente l o que P l i n i o asegura de una n a c i ó n que llama hammanientes, y situada, en su concepto, á once jornadas a l oeste de la gran S i r t e ; p o r l o
que s e r í a u n a temeridad m u y p a l m a r i a extender los conocimientos de H e r o d o t o demasiado a l oeste de Fezzan, y m á s que todo a t r i b u i r l e idea alguna sobre las s a linas de T a g a z a , situadas a l nordeste de T e m b o u c t o u ; puesto que su Atlas no es, a l parecer, otra cosa que una m o n t a ñ a aislada en el desierto. R e c o n ó c e s e cuan ligeramente se han encomiado t a m b i é n p o r algunos los s u puestos conocimientos de H e r o d o t o s o bre el N í g e r ; mas es de todo p u n t o i m posible creer en ellos a l oirle decir: « A l sur de l a arenosa meseta que acabo de describir, la L i b i a no presenta otra cosa que desiertos sin agua, sin humedad y sin v e g e t a c i ó n . » V e r d a d es que, dando c r é d i t o á E t e a r c o , R e y de los ammonianos, cita una e x c u r s i ó n de cinco j ó v e n e s nasamones a l i n t e r i o r d e l A f r i c a . « E s t o s viajeros, enviados p o r sus camaradas con abundante p r o v i s i ó n de agua y de v í v e r e s , comenzaron p o r recorrer a l g u nos p a í s e s habitados; l l e g a r o n l u e g o á una comarca p o b l a d a de fieras, y y e n d o su camino en d i r e c c i ó n a l oeste,, á t r a v é s de los desiertos, alcanzaron una l l a n u r a arbolada, d e s p u é s de haber andado l a r g o tiempo p o r u n p a í s sumamente arenoso. H a b i é n d o s e llegado á los á r b o l e s , empezaron á comer de sus frutos; mas, entretanto que c o m í a n , fueron atacados p o r unos h o m b r e c i l l o s de m u y baja estatura, que se los l l e v a r o n a l a fuerza; siendo de notar que n i los nasamones entend í a n su l e n g u a , n i los hombrecillos ent e n d í a n la de los nasamones. D e s p u é s de haber andado á t r a v é s de unos sitios m u y pantanosos, l l e g a r o n á una c i u d a d de negros, j u n t o á la cual c o r r í a de oeste á este un r í o caudaloso y p o b l a d o de coc o d r i l o s . » P e r o H e r o d o t o cita ese viaje ú n i c a m e n t e para p r o b a r que el Nilo baja d e l oeste; y , aunque esta a p l i c a c i ó n sist e m á t i c a induce á dudar de la realidad d e l viaje, R e n n e l l cree que l a comarca
inhabitada y el gran desierto de arena atravesado p o r los nasamones no es otra cosa que el Fezzan; que el caudaloso r í o tan lleno de cocodrilos es el N í g e r , que, efectivamente, corre al oeste del gran desierto y se a p r o x i m a unas treinta y cinco jornadas de caravana á las fronteras de Fezzan; y, p o r ú l t i m o , con l o que e s t á igualmente conforme M r . L a r c h e r , que esta gran c i u d a d , b a ñ a d a p o r u n r í o tan caudaloso que corre de oeste á este, no es otra cosa que Tembouctou, que en realidad e s t á b a ñ a d a p o r el N í g e r ó el N i l o de los negros. S i n d u d a es asegurar m u c h o ; mas, si es v e r d a d que la vaga é insignificante r e l a c i ó n de los nasamones debe aplicarse al N í g e r y no al G i r ó al r í o de G a r a m a (lo que no queremos afirmar), a l menos es i m p o s i b l e pensar en la c i u d a d de T e m b o u c t o u , que e s t á separada d e l p a í s de los nasamones p o r tantos desiertos, tantos r í o s y tantas m o n t a ñ a s . T a l vez es t a m b i é n harto exagerada la idea de la e x t e n s i ó n de las noticias que tuvo H e r o d o t o sobre el N i l o mas a l l á de E g i p t o . « E l p a í s situado sobre Elefantina,—dice,—es elevado; de manera que a l remontar el r í o se ata una cuerda p o r cada costado del b u q u e como las que se atan á los bueyes; pero si se rompe la cuerda el b u q u e es arrastrado p o r la fuerza de la corriente. E s t a t r a v e s í a exige cuatro d í a s de n a v e g a c i ó n . E l N i l o es tan tortuoso como el M e a n d r o : tiene que navegarse d e l mismo modo duran 12 esquenos ( 2 7 0 estadios, ó sean unas 3 0 leguas marinas). E n seguida se llega á una l l a nura m u y tersa donde hay una isla f o r mada p o r las aguas del N i l o , llamada Tachompso, esto es, isla de los C o c o d r i los, y habitada p o r mitades entre e t í o p e s y egipcios. J u n t o á la isla hay un espacioso lago en c u y a o r i l l a viven los e t í o p e s n ó m a d a s . D e s p u é s de haberlo atravesado se entra en el N i l o , que desemboca a l l í ; y luego, saliendo del buque,
se hacen cuarenta d í a s de camino á lo l a r g o d e l r í o , p o r q u e durante este trecho e l N i l o e s t á cuajado de rocas agudas que hacen imposible la n a v e g a c i ó n . E n seguida se navega otros doce d í a s en otro b u q u e , se entra en una gran ciudad llamada Meroe, que, s e g ú n se dice, es la capital d e l resto de los e t í o p e s , y se llega al p a í s de los automolos en tantos d í a s de n a v e g a c i ó n cuantos se emplean desde Elefantina hasta la m e t r ó p o l i de los e t í o pes. E s t o s automolos, llamados Asmach, esto es, á la izquierda del rey, descienden de aquellos 2 4 0 . 0 0 0 guerreros egipcios que, bajo el reinado de P s a m í t i c o a b a n d o n a r o n sus guarniciones y se pasaron á los e t í o p e s , á c u y o R e y ofrecieron sus servicios. E n recompensa, este P r í n c i p e les o t o r g ó e l p a í s de unos e t í o p e s enemigos suyos, á quienes r e c i b i e r o n orden de expulsar; y , desde que los egipcios se establecieron en e l p a í s , los e t í o p e s comenzaron á civilizarse, adoptando las costumbres egipcias. « E l curso d e l N i l o es c o n o c i d o durante cuatro meses de camino, que se hace mitad p o r l a corriente y otra m i t a d p o r tierra, sin comprender el curso de este r í o en E g i p t o . «Efectivamente,—prosigue Herodoto;— calculando con e x a c t i t u d , resulta que se necesitan precisamente cuatro meses p a ra i r desde el p a í s de E l e f a n t i n a hasta el de los automolos. V e r d a d es que e l N i l o procede d e l oeste, mas no se puede aseg u r a r nada de é l m á s a l l á del p a í s de los automolos, p o r causa d é l o s insufribles calores que se sienten en aquel p a í s d e sierto, y no h a b i t a d o . » E l ú n i c o resultado p o s i t i v o de este pasaje es que H e r o d o t o c o n o c í a el verdadero N i l o , e l B a h r - e l - A b i a d , que procede del sudoeste; pero las distancias, indicadas tan vagamente p o r jornadas de camino y de n a v e g a c i ó n , son susceptibles de las m á s opuestas interpretaciones. Y a se
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ve que si pudiera fijarse la p o s i c i ó n de Meroe se c o n o c e r í a poco m á s ó menos la de la T i e r r a de los Desterrados ó de los egipcios fugitivos, que forma el l í m i te de la g e o g r a f í a de H e r o d o t o , y aun de toda l a g e o g r a f í a antigua, puesto que tenemos algunos datos positivos sobre el particular. A l describir el curso del Asiadoras, ó sea d e l mismo río A z u l ó N i l o de A b i s i n i a , E r a t ó s t h e n e s dice que estos dos r í o s desaguan en el g r a n N i l o y forman la isla de M e r o e . E n e l p r o p i o sentido habla A g a t h a r c h i d e s , y D i o d o r o llega á asegurar que d i c h a isla tiene 3 , 0 0 0 estadios de largo p o r 1 , 0 0 0 de ancho. T o d o s estos indicios convienen perfectamente á aquella especie de isla formada p o r el Tacazze y e l r i o A z u l , sobre l a c u a l E r a t ó s t h e n e s coloca la c i u d a d de M e r o e á 1 0 , 0 0 0 estadios a l sur de A l e j a n d r í a . E s t r a b ó n la s i t ú a á 5 , 0 0 0 estadios (unos 1 6 grados ¡ , ) a l sur d e l t r ó p i c o , lo que difiere m u y p o c o de las indicaciones de de P t o l o m e o . P e r o se encuentra, s e g ú n unos, á 7 0 0 estadios, y s e g ú n otros á 7 0 millas romanas de distancia mas a l l á de l a confluencia del Astaboras c o n e l g r a n N i l o . T o d a s estas medidas se conciban bastante con el testimonio de un viajero moderno, e l i n g l é s B r u c e , que a l norte de Chandi en N u b i a o b s e r v ó unas ruinas m a g n í f i c a s , situadas enfrente de la isla de K o u r k o s , que al parecer corresponde á la de T a d u , donde e x i s t í a , s e g ú n P l i n i o , el puerto de M e r o e ( 1 ) . l
E s decir, que, si esta famosa capital de E t i o p í a estaba situada en donde a c a bamos de buscarla, l a tierra de los egipcios fugitivos no puede estar á m a y o r distancia que en el onceno grado de latitud m e r i d i o n a l , puesto que no distaba de
(1) Federico Cailliaud, en un viaje á Meroe y á río Blanco, de 1819 ¿1822, reconócela existenciade Meroe en el lugar mismo de Marouk, por los l6°5ó' de latitud norte.—E. C.
M e r o e m á s que é s t a de las cataratas. L o cierto es que E r a t ó s t h e n e s la c o l o c a efectivamente en dicho paralelo, y que las relaciones modernas nos han dado á c o nocer en esta m i s m í s i m a comarca un pueblo que practica la c i r c u n c i s i ó n , que se dedica á p r á c t i c a s supersticiosas, que habla una lengua desconocida, que se titula los Desterrados, y que puede m u y bien ser e l resto de u n a c o l o n i a egipcia, á pesar d e l nombre de judíos que se les h a impuesto. M á s al sudoeste no conocemos el curso d e l N i l o sino p o r relaciones m u y vagas; de manera que las noticias de H e r o d o t o relativas a l N i l o son iguales, aunque no superiores, p o r m á s que se d i g a , á las de nuestro s i g l o . S e r í a u n absurdo pretender fijar l a mans i ó n de los e t í o p e s macrobianos, contra los cuales e m p r e n d i ó Cambises u n a exped i c i ó n infructuosa. Puesto que estos pueblos, s e g ú n se dice, se hallan establecidos en un p a í s m u y abundante en o r o , e s t á n dotados de una c o n s t i t u c i ó n a t l é t i ca, gozan una existencia m u y p r o l o n g a d a y v i v e n en un p a í s situado en las extremidades de l a T i e r r a , aunque no m á s a l m e d i o d í a que l a A r a b i a , p o r ser é s t a l a comarca m á s m e r i d i o n a l de H e r o d o t o , parece que debemos buscarlos, no a l este, sino a l oeste d e l A f r i c a , entre los verdaderos negros, á i m i t a c i ó n del antig u o g e ó g r a f o D i o n i s i o e l Periegete y á pesar de los comentadores modernos; á menos que se califiquen de tradiciones p o é t i c a s y populares, como los c o n s i d e ramos nosotros, todos los pormenores de este cuento, c o n las cadenas de o r o de los,prisioneros, la mesa del S o l y los s e pulcros de cristal. Y a no nos falta, para completar esta res e ñ a de la g e o g r a f í a de H e r o d o t o , m á s que considerar la r e l a c i ó n que hace de un
Viaje
alrededor
del
Africa.
«Cuan-
do Ñ e c o s , R e y de E g i p t o , — d i c e , — h u b o c o n c l u i d o e l canal que l l e v a las aguas d e l
N i l o al golfo A r á b i g o , e n v i ó algunos buques con cierto n ú m e r o de fenicios, mandando que á l a vuelta entraran en el mar S e p t e n t r i o n a l p o r las columnas de H é r c u l e s , y que de este modo regresaran á E g i p t o . H a b i é n d o s e , pues, embarcado los fenicios en el mar E r i t r e o , l l e v a r o n el r u m b o al mar A u s t r a l . C u a n d o l l e g a ba el o t o ñ o , aportaban en e l p u n t o de L i b i a que t e n í a n m á s cerca, sembraban trigo, esperaban luego el tiempo de la cosecha, y en seguida se embarcaban de nuevo. D o s a ñ o s viajaron de este m o d o , mas al tercer a ñ o d o b l a r o n las columnas de H é r c u l e s y v o l v i e r o n á E g i p t o , en donde refirieron que en su viaje alrededor de la L i b i a h a b í a n tenido el S o l á la derecha. Este hecho me parece sencillamente i n c r e í b l e , pero ello no obsta para que á otros les pueda parecer l o c o n t r a r i o . A s í es como f u é c o n o c i d a l a L i b i a por vez p r i m e r a . » L o s que defienden la realidad de esta c i r c u n n a v e g a c i ó n d e l Á f r i c a , comienzan por observar que, no habiendo conocido H e r o d o t o la grande e x t e n s i ó n de la parte m e r i d i o n a l d e l A f r i c a , y c r e y é n d o l a terminada paralelamente á la A r a b i a , no ha p o d i d o imaginar n i la larga d u r a c i ó n que a t r i b u y e al viaje de los fenicios, n i la notable circunstancia de la p o s i c i ó n en que debieron encontrarse aquellos navegantes con respecto a l Sol| en cuanto pasaron la l í n e a equinoccial; c u y a circunstancia, dicen ellos, p r u e b a tanto en favor de la t r a d i c i ó n cuanto la ha reputado increible el mismo h i s t o r i a d o r que l a refiere. Á r e n g l ó n seguido m e n c i o n a n , bien que m u y inoportunamente, todos los pasajes en donde los antiguos, persuadidos de que e l Á f r i c a terminaba al norte de la zona t ó r r i d a é inaccesible, han consignado su parecer de que p o d í a viajarse en torno de ella.
Otros sabios m á s j u i c i o s o s han contestado que el tiempo en que se supone realizado este viaje es indudablemente sobrado corto para que pueda considerarse como real y verdadero puesto que E s c i l l a x e m p l e ó treinta meses para i r desde las bocas d e l I n d o , á pesar de que no se detuvo en n i n g u n a parte, y Martín Beahim puso diez y nueve meses en i r de L i s b o a á las c e r c a n í a s d e l cabo de B u e n a E s p e ranza, á pesar de que el camino estaba y a t r i l l a d o p o r otros navegantes, y á pesar de que los instrumentos y buques de a q u e l tiempo eran m u y superiores á los de los antiguos. A d e m á s , si los fenicios hubieran sembrado y r e c o g i d o trigo en las costas australes d e l Á f r i c a , hubieran observado indudablemente l a marcha de las estaciones, que en e l hemisferio austral es opuesta á la de nuestros climas, puesto que la novedad d e l f e n ó m e n o no p o d í a menos de llamar su a t e n c i ó n . P e r o lo que sobre todo nos induce á i m p u g n a r el viaje de los fenicios, ó cuando menos á no v e r m á s que una antigua t r a d i c i ó n adulterada, es que a l discutir y aun a l p r o b a r s i s t e m á t i c a m e n t e la p o s i b i l i d a d de una n a v e g a c i ó n alrededor del Á f r i c a , nadie a d m i t i ó j a m á s como p r u e b a l a r e l a c i ó n de H e r o d o t o ( i ) .
( i ) Son muchos los sabios que no han dejado convencerse por las razones de Malte-Brun y admiten todavía la realidad del viaje de los fenicios alrededor del África; uno de ellos Miot de Melito, quien, en su traducción de la Historia de Herodoto, apoya su opinión principalmente en el hecho que á Herodoto le parece increible. c Es evidente,— dice, — que, aun cuando los fenicios hubiesen atravesado el trópico de Capricornio para ir á doblar el cab.o de Buena Esperanza, habían de ver, mirando el Sol, el movimiento aparente de este astro de derecha á izquierda, porque tenían el norte delante, el oriente á la derecha y el occidente á la izquierda.»
LIBRO
TERCERO
Periplos de Hanón y de E s c i l l a x . — Eudoxio, Aristóteles y otros.—Desde el año 430 antes de J . C. hasta la expedición de Alejandro (año 334)
OMO no hemos querido p r e s e n tar las noticias diseminadas de H e r o d o t o bajo la forma de un sistema, que á buen seguro no reconociera é l mismo, sino tan s ó l o analizar su geog r a f í a , hemos debido dejar á nuestros lectores en una especie de incertidumbre sobre e l supuesto viaje de los fenicios alrededor del A f r i c a . L l e v a d o de su acostumbrada buena fe, el padre de la historia se abstiene de tomar un partido positivo sobre esta t r a d i c i ó n p o p u l a r , y la refiere ú n i c a m e n t e para someterla a l juicio de sus lectores. C o m p r é n d e s e que los partidarios d e l viaje de los fenicios pueden t o d a v í a replicar en estos t é r m i nos: « E s t a t r a d i c i ó n , medio desfigurada, encierra el recuerdo de las grandes expediciones emprendidas p o r los fenicios en los siglos m á s remotos; pues, aunque
sus circunstancias e s t á n adulteradas, e l hecho p r i n c i p a l es cierto; « pero nosotros probaremos que este m o d o de d i s c u r r i r no e s t á conforme con las reglas de la sana c r í t i c a . P o r de p r o n t o , ¿ c ó m o se e x p l i c a que un descubrimiento tan e x t r a o r d i n a r i o , un descubrimiento que debiera cambiar todas las ideas recibidas p o r los c o e t á n e o s , h a y a p o d i d o perderse y desaparecer completamente, sin dejar rastro alguno, n i aun entre el pueblo á c u y a h a b i l i d a d se atribuye? ¿ C ó m o es que los cartagineses no se aprovecharon de los conocimientos adquiridos p o r los navegantes del rey Ñ e c o s , siendo a s í que á s u regreso debieron t o c a r e n G a d e s , que era una c i u d a d aliada de Cartago? M u y a l c o n t r a r i o ; pues no solamente los cartagineses dieron á conocer á H e r o d o t o l a tentativa
del persa Sataspes, que, deseando dar la vuelta a l A f r i c a , se v i o detenido p o r las yerbas flotantes de los alrededores de las Cananas, sino que t a m b i é n acometieron al mismo objeto un ensayo infructuoso, y del que ha llegado á nuestras manos una r e l a c i ó n a u t é n t i c a que vamos á traducir del o r i g i n a l ( P e r i p l o de H a n ó n ) . « L o s cartagineses dispusieron que H a n ó n navegase allende las columnas de H é r c u l e s para fundar ciudades libifenicias; y H a n ó n se hizo á la vela con una flota de sesenta buques de cincuenta r e mos, que llevaban á b o r d o treinta m i l personas, entre hombres y mujeres; víveres y otros a r t í c u l o s necesarios. D e s p u é s de habernos hecho á la vela y navegado durante dos d í a s m á s a l l á de las Columnas, echamos los cimientos de una ciudad llamada Thymiaterión, situada en una espaciosa llanura; y , continuando la n a v e g a c i ó n hacia el oeste, llegamos a l p r o m o n t o r i o de L i b i a , llamado Soloé, cubierto de frondosos bosques, en donde erigimos un altar á N e p t u n o . Desde el cabo S o l o é navegamos medio d í a en d i r e c c i ó n a l este, hasta llegar á un estanque situado cerca del mar y lleno de elevados c a ñ a v e r a l e s , en tanto que por sus orillas estaban paciendo una m u l t i t u d de elefantes y de otros animales silvestres. H a b i e n d o traspuesto d i c h o estanque en una j o r n a d a de n a v e g a c i ó n , fundamos en el mar las ciudades siguientes: CaricumTeichos,
Gytte,
Acra,
Melitta
y
Arambe.
P r o s i g u i e n d o nuestra derrota llegamos al caudaloso r í o Lixo, que viene de L i bia, y en cuyas n i á r g e n e s l o s l i x i t a s n ó madas apacentaban sus r e b a ñ o s . A l l í permanecimos a l g ú n tiempo, y c o n c l u i mos con ellos u n pacto de amistad. E n una comarca montuosa y p o b l a d a de fieras, en donde nace el L i x o , m á s arriba de aquellos pueblos, hay los e t í o p e s s a l vajes, p e r o l a s ' m o n t a ñ a s estaban h a b i t a das p o r los trogloditas, hombres de una
figura extraordinaria, que, s e g ú n aseguraban los l i x i t a s , v e n c í a n en la carrera á los m á s veloces caballos. T o m a m o s algunos i n t é r p r e t e s entre los lixitas, y p o r espacio de dos d í a s seguimos una costa desierta que se e x t e n d í a al sur; pero, v o l viendo luego hacia el este durante un d í a de n a v e g a c i ó n , topamos en el fondo de un golfo con una isleta de cinco estadios de circunferencia, á la que dimos el nombre de Cerna, y en la cual establecimos algunos colonos. E s t a n d o en C e r n a , calculamos el trecho que h a b í a m o s andado desde nuestra p a r t i d a , y reconocimos que esta isla se hallaba situada enfrente de C a r t a g o con respecto á las C o l u m n a s , como que nuestra n a v e g a c i ó n desde Cartago hasta las C o l u m n a s h a b í a durado tanto como desde las C o l u m n a s hasta C e r n a . R e m o n t a n d o la desembocadura de un caudaloso r í o llamado Chretes, llegamos á un estanque donde h a b í a tres islas, mayores que la de C e r n a ; mas para llegar al fondo de aquel estanque tuvimos que emplear un d í a de n a v e g a c i ó n . E n dichas islas h a b í a unas m o n t a ñ a s m u y altas, habitadas p o r salvajes vestidos con pieles de fiera, los cuales nos arremetieron á pedradas y nos o b l i g a r o n á retirarnos. E n seguida entramos en otro r í o m u y caudaloso, ancho, lleno de c o c o d r i los é h i p o p ó t a m o s ; pero luego v o l v i m o s á C e r n a . Desde C e r n a reemprendimos nuestro viaje en d i r e c c i ó n a l m e d i o d í a , y bogamos p o r espacio de doce d í a s á lo l a r g o de la costa, cuyos moradores eran unos e t í o p e s que p a r e c í a n evitar nuestra presencia, s e g ú n h u í a n ; pero nuestros i n t é r p r e t e s lixitas no acertaron á c o m p r e n der su lengua. E l dozavo d í a nos h a l l a mos á la vista de unas m o n t a ñ a s m u y altas y sombreadas p o r m u l t i t u d de á r b o l e s o d o r í f e r o s de varias especies. D u r a n t e dos d í a s nos fuimos alejando m á s y m á s , hasta llegar a u n golfo inmenso de playas llanas, y p o r la noche vimos b r i l l a r en
todas direcciones una m u l t i t u d de fuegos á s ó menos grande. H i c i m o s aguada, y habiendo costeado el golfo p o r espacio de cinco d í a s , llegamos á una anchurosa b a h í a , llamada p o r nuestros i n t é r p r e t e s el Cuerno del Occidente. H a b í a en aquel golfo una grande isla, y en ella un lago de agua salobre; en este lago otra isla; y habiendo desembarcado en ella, de d í a no observamos sino bosques, pero de noche vimos un gran n ú m e r o de fuegos y oimos m u l t i t u d de flautas, c í m b a l o s y tamboriles, en medio de espantosos a u llidos. E s lo cierto que tuvimos m i e d o , s o b r e t o d o cuando nuestros adivinos nos dieron orden de abandonar la isla i n m e diatamente; y , h a b i é n d o n o s hecho á la vela, fuimos costeando una tierra tan c á lida como o d o r í f e r a : el mar a b s o r b í a p o r todas partes torrentes de fuego, y era tan ardiente el s o l , que los pies no p o d í a n soportar el calor. Salimos m á s que de prisa, y durante los cuatro d í a s que estuvimos en el mar la tierra nos p a r e c i ó de noche, p o r todas partes, llena de multitud de fuegos, de c u y o centro se levantaba uno mucho m a y o r que los otros, que p a r e c í a llegar a l cielo; pero de d í a no se v e í a otra cosa que una m o n t a ñ a muy alta, denominada Tkeon Ochenta, esto es, el Carro de los Dioses. H a b i e n d o cruzado en e l espacio de tres d í a s aquellos torrentes de fuego, llegamos á una b a h í a llamada Cuerno del Mediodía, en cuyo fondo h a b í a una isla, que, como la anterior, c o n t e n í a un lago, donde h a b í a otra isla p o b l a d a de salvajes. L a s mujeres eran en m a y o r n ú m e r o que los hombres, t e n í a n e l cuerpo velloso, y nuestros i n t é r p r e t e s las llamaban gorilles. Nos fué de todo p u n t o i m p o s i b l e coger n i n g ú n hombre, p o r q u e todos h u í a n á t r a v é s de los precipicios y se d e f e n d í a n á pedradas; pero cogimos tres mujeres, que, desesperadas, r o m p í a n las ataduras, nos m o r d í a n y nos a r a ñ a b a n con furor; p o r m
cuyo m o t i v o las quitamos de en medio, las desollamos y llevamos sus pieles á C a r t a g o ; no p u d i e n d o p r o l o n g a r m á s e l viaje p o r falta de v í v e r e s . » E s t a importante e x p e d i c i ó n , c u y a fecha, s e g ú n unos, asciende nada menos que hasta l a oscura é p o c a de la guerra de T r o y a , a l paso que, s e g ú n otros, tuvo lugar en tiempos de A l e j a n d r o M a g n o , se v e r i f i c ó probablemente, á tenor de las investigaciones m á s exactas, en tiempo de H e r o d o t o poco m á s ó menos, en el siglo de oro de Cartago, y a que no h a b í a n comenzado entonces aquellas guerras dispendiosas que desbarataron el sistema comercial de aquella r e p ú b l i c a posteriormente tan infortunada. Parece que de vuelta de la e x p e d i c i ó n e l a l m i rante c a r t a g i n é s quiso perpetuar su m e m o r i a p o r medio de una i n s c r i p c i ó n grabada en un templo, de donde la c o p i ó sin d u d a a l g ú n viajero g r i e g o , seguramente con p o q u í s i m a exactitud, ó cuando m e nos sin una fidelidad concienzuda. E s t a r e l a c i ó n era y a c o n o c i d a en G r e c i a antes del tiempo de E s c i l l a x , que en su Periplo cita los establecimientos fundados p o r H a n ó n , y que e s c r i b i ó , como veremos m á s adelante, en tiempo de la guerra del Peloponeso. E l traductor g r i e g o de l a i n s c r i p c i ó n cartaginesa i n d i c a unas veces, y omite otras, los d í a s de n a v e g a c i ó n empleados por H a n ó n ; a s í e s q u e n o s es i m p o s i b l e fijar con exactitud los sitios observados ó descubiertos p o r este navegante. D o s o p i niones hay sobre este punto, emitidas una y otra p o r sabios de p r i m e r o r d e n . Bochart, Campomanes y B o u g a i n v i l l e , a t e n i é n d o s e principalmente á las circunstancias f í s i c a s , han extendido los d e s c u brimientos de H a n ó n hasta la Senegambia y aun hasta las costas de G u i n e a , ú n i c o s sitios, dicen, en donde se e n cuentran los negros, los cocodrilos, los h i p o p ó t a m o s y los copiosos r í o s de que
la r e l a c i ó n hace m é r i t o ; pero G o s s e l l í n , teniendo en cuenta la conocida p o s i c i ó n del r í o L i x o y de la ciudad del mismo nombre, lo mismo que de algunas m e d i das itinerarias citadas p o r P o l i b i o , reduce los viajes de H a n ó n á las cercan í a s d e l cabo N o u n , a l sur de los estados de M a r r u e c o s , y cree que la famosa isla de C e r n a no es otra que la de Fedal. A d e m á s , como las tablas de P t o l o m e o , en el estado en que han llegado hasta nosotros, prueban que los conocimientos de los antiguos en orden al m e d i o d í a no se limitaban a l cabo N o u n , nuestro sabio c r í t i c o demuestra, de una manera casi irrefragable, que en las susodichas tablas hay ciertos nombres locales r e petidos hasta tres veces: a s í es que p r o cura hacer ver que, reduciendo estas repeticiones á su v a l o r real, los conocimientos de P t o l o m e o no traspasan el l í m i t e que ha fijado a l viaje de H a n ó n . P o r grande que sea e l respeto que merezcan los sabios cuyas opiniones acabamos de manifestar, no puede dejar de notarse que en sus h i p ó t e s i s hay mucha v a g u e d a d . L o s que s e ñ a l a n m á s reducidos l í m i t e s á la e x p e d i c i ó n de H a n ó n no han tenido en cuenta una c i r c u n s t a n cia m u y apreciable, á saber: que su rel a c i ó n supone dos viajes distintos; el uno para fundar colonias hasta la isla de Cerna, y el otro para hacer descubrimientos hasta la isla de los g o r i l l a s . E n la primera de estas navegaciones e s c o l t á b a l e un c o n v o y inmenso; pero en la segunda se hallaba l i b r e y desembarazado, p o r c u y o m o t i v o d e b i ó de navegar con m á s r a p i dez y confianza. L o s que p o r lo c o n t r a rio han llevado á H a n ó n hasta el cabo d é l a s T r e s Puntas en G u i n e a , no han atinado seguramente con la i n v e r o s i m i l i t u d que resulta de suponer que u n n a vegante haya doblado el cabo Blanco y el cabo V e r d e sin advertirlo á ciencia cierta. E s t o es precisamente lo que s u -
cede con la segunda parte del viaje, e m p r e n d i d o desde C e r n a : H a n ó n no encuentra p r o m o n t o r i o n i n g u n o y s í ú n i camente unas aberturas grandes semejantes á los brazos de un r í o ; que tal es el verdadero sentido de la voz griega que se ha traducido p o r cuerno, y que ha sido i g n o r a d o de G o s s e l l í n ' y de B o u g a i n v i l l e , siendo imposible traducirla p o r promontorios sin violentar las voces anteriores y las siguientes. D e suerte, que si se l l e v a á H a n ó n algo m á s a l m e d i o d í a de lo que supone G o s s e l l í n , a l menos es preciso detenerle en las b a h í a s que los mapas e s p a ñ o l e s llaman golfo dos Medaios y golfo
de Gonzalo
de Cintra,
porque
el
fondo de estos golfos presenta la falaz apariencia de un copioso r í o ; las m o n t a ñ a s de l a costa d e l g r a n desierto e s t á n cubiertas de una y e r b a o d o r í f e r a bastante parecida al t o m i l l o ; y el aire, cuajado de vapores í g n e o s , ofrece con harta frecuencia la imagen de muchos volcanes inflamados. H é a q u í la costa de los Thimiamata ó d e l Incienso, d o n d e H a n ó n o b s e r v ó de d í a los torrentes de fuego que p a r e c í a n precipitarse en el mar; h é a q u í donde debieron de faltarle los v í v e res; a l paso que si llegara á las bocas d e l S e n e g a l (donde, p o r otra parte, fuera muy natural.observar los cuernos ó r í o s del oeste y d e l sur), encontrara un p a í s f é r t i l , abundante y habitado p o r un pueblo p a c í f i c o y h o s p i t a l a r i o . L o que en medio de nuestra incertid u m b r e nos induce á dilatar los d e s c u brimientos de H a n ó n m á s a l m e d i o d í a de lo que supone G o s s e l l í n , es la e x t e n s i ó n de los viajes de H i m i l c ó n , emprendidos en e l mismo s i g l o . T r a s un viaje de cuatro meses, este almirante l l e g ó á las costas de A l b i ó n ó de la G r a n B r e t a ñ a , á donde iban indudablemente los comerciantes de Gades y de C a r t a g o en busca del e s t a ñ o , metal entonces precioso, que p r o d u c e n a ú n en la actualidad las minas
de C o r n o u a i l l a . A u n cuando se negara que los cartagineses hubiesen penetrado m á s al norte; aun cuando quisiera fijarse en A s t u r i a s el asiento de un comercio de á m b a r amarillo (materia que, á l a verdad se encuentra en este p a í s ) , á pesar de las huellas que han dejado, al parecer en las costas meridionales de Jutlandia; no p o d r í a menos de reconocerse que sus navegaciones septentrionales se e x t e n d í a n á m á s de cuatrocientas leguas marinas al norte del estrecho de G i b r a l t a r ; ¿ q u é r a z ó n h a b r í a p a r a suponer que no llegaron á dos ó trescientas leguas p o r la parte del sur? Parece t a m b i é n que los cartagineses han conocido una parte de las islas C a narias. Efectivamente: D i o d o r o nos ha legado l a d e s c r i p c i ó n de una isla pintoresca, importante y lejana, á donde los cartagineses h a b í a n determinado trasladar el g o b i e r n o de su r e p ú b l i c a en caso de un desastre irreparable; y y a anteriormente A r i s t ó t e l e s h a b í a hablado de una isla parecida, cuyas delicias atrajeron á muchos cartagineses, hasta que el Senado c o n m i n ó con l a pena de muerte á los que fueran á ella. T o d a s estas r e l a ciones h a b í a n c u n d i d o hasta el E g i p t o , de donde P l a t ó n las t r a s l a d ó á G r e c i a , r e v i s t i é n d o l a s con las galas de su estilo p o é t i c o . V e r d a d es que no e s t á de acuerdo consigo mismo sobre la e x t e n s i ó n de esta isla A f o r t u n a d a ; pues ora describe la Atlántida como una tierra d e l O c é a n o occidental, m a y o r que el A s i a y el Á f r i ca reunidas, y situada enfrente de la entrada del estrecho de H é r c u l e s ; ora la presenta como una isla de 3 , 0 0 0 estadios de largo y de ancho; pero de todos modos no dejaba de ser una de las m á s hermosas y m á s f é r t i l e s comarcas de la T i e r r a . L o cierto es que p r o d u c í a abundancia de v i n o , de granos y de legumbres, frutos de toda especie y á cual m á s exquisito; sin que dejaran de encontrarse
en ella bosques dilatados, pastos abundantes, minas de varios metales, aguas calientes y minerales, y, p o r decirlo de una vez, todo cuanto puede servir á las necesidades y comodidades de la v i d a . E l comercio florecía en ellabajo la p r o t e c c i ó n de un gobierno excelente, y toda la isla estaba d i v i d i d a en diez reinos, administrados p o r otros tantos reyes, descendientes de N e p t u n o , que, con ser independientes uno de otro, v i v í a n en l a a r m o n í a m á s completa. C o n t e n í a la A t l á n t i d a muchas ciudades grandes, un considerable n ú m e r o de villas y de aldeas á cual m á s rica y p o p u l o s a , puertos concurridos p o r comerciantes de varios p a í s e s , arsenales y almacenes destinados para la marina y surtidos con a b u n d a n cia de todos los a r t í c u l o s necesarios á la c o n s t r u c c i ó n y equipo de las flotas nacionales. E r a N e p t u n o , no solamente el padre y el legislador de los a t l á n t i c o s , sino t a m b i é n su p r i n c i p a l d e i d a d : a s í es que t e n í a en la isla un templo de un estadio de l a r g o , y de anchura y altura p r o p o r c i o n a d a s . E l techo de aquel grande y suntuoso edificio se presentaba donde quiera radiante de o r o , de plata y de marfil; y, entre las diversas estatuas de que estaba adornado, s o b r e s a l í a l a d e l dios, que era toda de o r o , y tan alta que llegaba al techo. L o s descendientes de N e p t u n o , a ñ a d e el mismo filósofo, reinaron en esta isla de padres á hijos, p o r espacio de nueve m i l a ñ o s , y extendieron á l o lejos su d o m i n a c i ó n p o r medio de conquistas; llegando á s u b y u g a r las islas vecinas, toda el A f r i c a hasta E g i p to, y la E u r o p a hasta T i r r e n i a , sin que la G r e c i a misma se hallara á cubierto de sus incursiones, sino p o r e l v a l o r de los atenienses, p o r quienes fueron rechazados. P o r ú l t i m o , d e s p u é s de haber i n mortalizado su nombre, aquella n a c i ó n guerrera d e s a p a r e c i ó s ú b i t a m e n t e , g r a cias á una i n u n d a c i ó n espantosa causada
p o r un terremoto, que en un d í a y una noche s u m e r g i ó l a dilatada "comarca donde moraba. A p o y a d o s en una r e l a c i ó n tan incierta, r e l a c i ó n que muchos sabios consideran como fabulosa, los modernos han f o r j a do la h i p ó t e s i s del descubrimiento de A m é r i c a p o r los cartagineses; como si con el solo hecho de sumergir su isla en el fondo d e l O c é a n o no los dispensara P l a t ó n de buscarla en A m é r i c a , como han hecho algunos, ó en A s i a , como ha querido hacerlo el sabio etimologista L a treille. O t r o s , como B o r y de S a i n t - V i n cent, tomando al pie de la letra la r e l a c i ó n del filósofo ateniense, han p r o c u r a d o ingeniosamente demostrar la p o s i b i l i d a d de la d e s a p a r i c i ó n s ú b i t a de la c é l e b r e Atlántida. Mientras que los griegos de A t e n a s daban el c a r á c t e r de novela á los viajes de los cartagineses, otros griegos se lanzaban en pos de estos atrevidos n a v e gantes. E n tiempo de la g u e r r a del Peloponeso, un tal E s c i l l a x , diferente del que e n v i ó D a r i o para dar l a vuelta á la A r a bia, y t a m b i é n del que e s c r i b i ó contra P o l i b i o , r e c o p i l ó los itinerarios de los navegantes de su t i e m p o . L a parte que nos queda de su c o l e c c i ó n abraza las costas d e l P a l u s - M e ó t i d e s , d e l P o n t o E u x i no, del A r c h i p i é l a g o , d e l A d r i á t i c o y de todo el M e d i t e r r á n e o , con las costas o c cidentales del A f r i c a , hasta la isla de Cerna. « A m a y o r distancia,—dice,—el mar no es y a navegable, en r a z ó n de las espesas yerbas que le c u b r e n . » A q u í alude al mar de Sargassa, situado al sur de las islas Canarias. Infinitamente m á s i n s t r u í do que H e r o d o t o con respecto á las costas occidentales d e l M e d i t e r r á n e o , E s c i l l a x conoce en ellas una p o r c i ó n de ciudades, entre las que y a descollaba M a r s e l l a . É l es el p r i m e r griego que pronuncia el nombre, t o d a v í a oscuro, de Roma; y aunque exagera bastante l a ex-
t e n s i ó n de C e r d e ñ a , error de que participan otros escritores de su s i g l o , p o r p u n to general e s t á bien informado sobre los establecimientos de los cartagineses en Á f r i c a y en S i c i l i a ; mas no parece sino que su obra ha sido m u y p o c o conocida, aun entre los griegos del A s i a , puesto que Timostenes, almirante de P t o l o m e o Filadelfo, c o n s i g u i ó largo tiempo desp u é s gran r e p u t a c i ó n p o r medio de r e l a ciones menos exactas sobre las comarcas occidentales. C o s a de medio siglo d e s p u é s (unos 4 0 0 a ñ o s antes de J . C ) , Eudosio, natural de G n i d o , compuso un Viaje alrededor del mundo,
ó m á s b i e n un
Itinerario
universal, conocido ú n i c a m e n t e p o r un corto n ú m e r o de citas, p é r d i d a tanto m á s sensible en cuanto este amigo y compañ e r o de viaje de P l a t ó n h a b í a sido e l primero que acometiera l a empresa de sujetar l a g e o g r a f í a á observaciones a s t r o n ó micas; á lo cual debe a ñ a d i r s e que tuvo la h o n r a de ser insultado p o r E s t r a b ó n , al p a r de H e r o d o t o , y que, p o r c o n s i guiente, sus relaciones, como las d e l padre de la historia, d e b í a n de ser v e r í d i cas y contrarias á los sistemas de los g e ó g r a f o s . Poco tiempo d e s p u é s de E u d o x i o v i v i ó otro escritor c é l e b r e , á saber, Eforo de Cumas, que en sus obras h i s t ó r i c a s i n t e r c a l ó pormenores de geog r a f í a , y aun parece haber sido el primero que d i v i d i ó el g é n e r o humano, exceptuando á los griegos, en cuatro grandes razas, á saber: los indios a l levante de invierno, los etíopes al poniente de i n vierno, los celtas al poniente de e s t í o , y los escitas al levante de e s t í o . E s t e p r i mer sistema conocido sobre la diversidad de las razas, ha i n t r o d u c i d o mucha confus i ó n en la historia y en l a g e o g r a f í a , siendo origen de los e n s u e ñ o s de algunos anticuarios, que suponen oriundos de los celtas á todos los pueblos europeos. E n mucho mejor sentido y nada siste-
m á t i c a s se fundaban las ideas con que el inmortal H i p ó c r a t e s , a l g ú n tiempo antes de E u d o x i o y d e E f o r o , h a b í a escrito un tratado que debe considerarse como la obra m á s antigua de g e o g r a f í a física. H a biendo observado la influencia del aire, de los vientos y de las aguas en las enfermedades reinantes, recomienda á los m é dicos el estudio de las circunstancias locales de las ciudades á donde van á ejercer su p r o f e s i ó n . U n i e n d o el ejemplo al precepto, p e n e t r ó entre los pueblos de E s c i t i a , cuya c o n s t i t u c i ó n física describe; v i s i t ó la C ó l q u i d a , donde e s t u d i ó m u y determinadamente la naturaleza de los climas c á l i d o s y h ú m e d o s , recorriendo t a m b i é n probablemente todas las costas de T r a cia, Tesalia, el A t i c a y el A s i a menor, y aun tal vez el E g i p t o . E l que aplique sus observaciones, y aun su t e o r í a , á estas comarcas, no p o d r á menos de admirarle, si es que sabe justipreciar su m é r i t o ; pero sus comentadores, m á s m é d i c o s que g e ó g r a f o s , han c o m p r o m e t i d o su g l o r i a generalizando su c l a s i f i c a c i ó n de las temperaturas, de que nos ocuparemos en otro lugar de la presente g e o g r a f í a . H i p ó c r a tes e s t á m u y e m p e ñ a d o en d i v i d i r el mundo en solas dos partes, á saber, la E u r o p a y el A s i a , i n c l u y e n d o a l parecer en é s t a el E g i p t o y la L i b i a ; pero, como los helenistas no han c o m p r e n d i d o que en esto se conformaba con el sistema h o m é r i c o , han cometido el hierro de s u poner grandes v a c í o s imaginarios en el texto. Todas estas obras, y sin duda otras muchas de que no queda la menor n o t i cia, fueron debidas á los griegos a s i á t i cos, como que donde se desarrollaba con m á s e n e r g í a el gusto p o r la g e o g r a f í a y por todas las ciencias era en las i n d u s triosas ciudades de J o n i a , de D ó r i d a y de E o l i a . N o queremos decir, sin embargo, que no se dedicaran á semejante estudio los hombres mas instruidos de G r e c i a : á
sus conocimientos g e o g r á f i c o s , aunque imperfectos, d e b i ó Jenofonte su g l o r i a , no menos que l a s a l v a c i ó n de sus diez m i l hermanos ele armas, c u y a f a m o s í s i m a retirada s u m i n i s t r ó á los griegos nuevas noticias sobre los p a í s e s que componen actualmente el K u r d i s t á n y la A r m e n i a . A l oeste d e l lago de V a n h a l l ó á los carduchos, establecidos en las m o n t a ñ a s en donde ahora conocemos los curdos, que probablemente son el mismo p u e b l o ; y habiendo pasado cerca de las fuentes d e l T i g r e , del Eufrates y d e l A r a x e s , que al parecer t o m ó p o r el Fase, h a l l ó en las m o n t a ñ a s situadas en las costas d e l P o n t o E u x i n o á unos pueblos i n d e p e n dientes y salvajes, llamados los macrones, que al parecer eran los -macrocephalos de H i p ó c r a t e s , y que t e n í a n m u y p r o l o n g a da la cabeza, efecto de una c o m p r e s i ó n artificial; los calibes, d i v i d i d o s en dos tribus, que con la m a y o r intrepidez h a c í a n uso d e l hierro que sacaban de sus minas; los mosinecos, que se alimentaban de bellotas, y h a c í a n en p ú b l i c o todo cuanto el p u d o r nos induce á sustraer á la vista de los d e m á s ; p o r ú l t i m o , los tibarenos, que arrojaban a l mar á los viejos enfermos, y donde el marido tras el parto de su mujer se m e t í a en la cama como u n enfermo y se h a c í a servir p o r la r e c i é n p a r i d a . T o d o s estos pormenores, que traen á la memoria las costumbres de los salvajes americanos, demuestran cuan reciente d e b í a de ser la c i v i l i z a c i ó n en el A s i a misma, y cuan absurdo es suponer entre los pueblos de la a n t i g ü e d a d esas comunicaciones f á c i l e s y frecuentes que en nuestros tiempos han ensanchado tanto la esfera de la g e o g r a f í a . L o s filósofos griegos, dedicados á m e ditaciones abstractas , tardaron mucho tiempo en tomar e l partido de seguir la senda que les trazaron H e r o d o t o é H i p ó crates. Aristóteles fué el p r i m e r o que dio pruebas de grandes conocimientos g e o -
y de los g r á f i c o s ; como que reconoce la forma es- samente de los montes Arcmios mas no deja f é r i c a de la T i e r r a diciendo: « H a b i e n d o A l p e s , que llama Pirineos; observado algunos a s t r ó n o m o s que n i en de conocer al norte de la C é l t i c a dos islas y lerne: C h i p r e ni en E g i p t o se ven muchas es- considerables, á saber, Albión trellas visibles en G r e c i a , han deducido « a u n q u e estas islas,—dice,—no son tan (Ceilán) de esta circunstancia l a curvatura de l a grandes como las de Taprobana T i e r r a , y valuado su circunferencia en m á s a l l á de l a I n d i a , y de Febol en el mar de A r a b i a . » 4 0 0 , 0 0 0 e s t a d i o s . » C o m o que esta mediA q u í la c r í t i c a moderna no puede med a , calculada en estadios egipcios, r e sulta ser á poca diferencia la v e r d a d e - nos de sorprenderse a l ver á A r i s t ó t e l e s ra, es de creer que E u d o x i o de G n i d o la hacer m e n c i ó n de T a p r o b a n a mucho d e s c u b r i ó ó a p r e n d i ó en su viaje á E g i p t o , tiempo antes del siglo de los P t o l o m e o s , y que la dio á conocer entre sus amigos y aun indicar la isla de Madagascar, llade l a escuela de S ó c r a t e s . P r e l u d i a n d o mada p o r los á r a b e s Phanbalou. L o s que las sabias conjeturas de C r i s t ó b a l C o l ó n , con nosotros creen que la o b r a de MunA r i s t ó t e l e s s o s p e c h ó que las costas de do ha salido, sino de l a p l u m a , p o r l o E s p a ñ a no d e b í a n de distar mucho de las menos de l a escuela de A r i s t ó t e l e s , n i e de l a I n d i a . E n otro viaje representaba g a n , a l parecer, la l e g i t i m i d a d de este la T i e r r a habitable como una isla grande, pasaje, e m p e ñ á n d o s e en ver en é l una casi o v a l a d a , de 7 0 , 0 0 0 estadios (proba- i n t e r p o l a c i ó n ; pero t a m b i é n creemos que blemente o l í m p i c o s ) de l a r g o , p o r 4 0 , 0 0 0 si en general una sana c r í t i c a debe r e d u de ancho, y circundada p o r el mar A t l á n - cir á un c í r c u l o m u y limitado los conocitico ó el O c é a n o , del que forman parte mientos positivos de los antiguos, al meel golfo Galático a l oeste, y el gol/v Indico nos debe abrir un ancho campo á esos al este. S u m a p a m u n d i termina p o r e l rumores vagos, á esas tradiciones oscuras oriente en el I n d o , p o r el occidente en que se han anticipado en todo tiempo á el r í o Tarteso ó G u a d a l q u i v i r , p o r el las noticias exactas; que como l a incierta norte en los montes Rifeos, y p o r el luz del alba tan p r o n t o b r o t a de las nubes sur l a L i b i a ofrece « e l caudaloso r i o como se esconde nuevamente en ellas. Chremetes, que, bajando de las mismas D e cualquier manera que nos imaginem o n t a ñ a s que el N i l o , desemboca en el mos cuestiones tan espinosas, es imposiO c é a n o . » ¿ S i s e r í a e l diretes de H a ble negar el influjo de A r i s t ó t e l e s en los n ó n , ó tal vez nuestro Senegal, pues es progresos de la g e o g r a f í a ; pues no s o l a m u y posible que A r i s t ó t e l e s confundiemente l l e n ó de pormenores g e o g r á f i c o s ra las fuentes del N i l o con las d e l N í sus numerosas obras, sino que t a m b i é n ger? A l extremo oriental del A s i a , y á i n s p i r ó á sus d i s c í p u l o s el gusto p o r un orillas d e l O c é a n o , coloca una c o r d i l l e r a estudio de este g é n e r o . A s í es que uno llamada Paropamisus, de donde hace bap u b l i c ó una descripjar el r í o Bactro (el O x o ) , y otro m u y de ellos, Dicearco, c i ó n de G r e c i a , de la que existen t o d a copioso que llama Araxes, que a l p a r e v í a algunos fragmentos m u y bellos é i n cer es un compuesto fabuloso del l a x a r tes ó S i r - D e r i a , del V o l g a y del D o n ; teresantes, y fué el p r i m e r o que p r o c u r ó pues dice claramente que el T a ñ á i s es determinar los lugares situados bajo el un brazo del susodicho Araxes. P o r l o paralelo de R o d a s , echando de este modo que hace al norte de E u r o p a , apenas lle- J o s cimientos de un gran n ú m e r o de opedio un ga á barruntarlo, pues habla m u y confu- raciones semejantes. Teofrasto grande impulso á la g e o g r a f í a física; y el
mismo A l e j a n d r o M a g n o , llevando á las riberas del H i p h a s i s el amor que le i n fundiera su maestro á los conocimientos positivos, a b r i ó á los ojos de la ciencia todos los p a í s e s que quedaron sometidos á s u i m p e r i o , m á s bien como viajero c u r i ó -
so que como conquistador p r e c i p i t a d o . L a s expediciones de este conquistador p r o d u j e r o n una e v o l u c i ó n en todos los conocimientos humanos, de la que se r e s i n t i ó bastante la g e o g r a f í a , como v a mos á e x p l i c a r en e l l i b r o siguiente.
Sudó Ufediodi»
Esfera terrestr*
lo
LIBRO
CUARTO
Expedición de Alejandro.—Viaje de Piteas.—Sistemas de Eratósthenes y de Hiparco.—Investigaciones de Polibio y de P o s i d o n i o . — V i a j e de Eudoxio de Cysique.—Geografía de Estrabón.— Desde el año 334 antes de J . C . hasta su nacimiento.
L conquistador macedonio l l e vaba en su c o m p a ñ í a muchos g e ó g r a f o s , entre los que se c i tan á Diagneto y á Betón, los cuales descub r i e r o n en obras particulares las marchas del e j é r c i t o , d e t e r m i n á n d o l a s con arreglo á las observaciones a s t r o n ó m i c a s . Androstenes\
Nearco
y Onesicrito
recibieron
el encargo de reconocer p o r mar las costas meridionales del A s i a , al paso que Calistenes,
Aristóbulo,
Ptolomeo
y
Crate-
ro, c o m p a ñ e r o s ó generales de A l e j a n d r o , hicieron algunos apuntes sobre l o que les p a r e c í a m á s memorable, f o r m a n do de este modo ciertos diarios que dier o n o r i g e n á una nueva g e o g r a f í a d e l A s i a . A d e m á s , en v i r t u d de los p r o y e c tos de A l e j a n d r o , los l i b r o s que y a c í a n olvidados en los archivos de B a b i l o n i a y de T i r o fueron trasladados á la c i u d a d á
que dio su nombre; en tanto que las o b servaciones a s t r o n ó m i c a s y n á u t i c a s de los fenicios y de los caldeos, h a c i é n d o s e m á s accesibles á los sabios de G r e c i a , les suministraron las bases m a t e m á t i c a s de que carecieran hasta entonces sus sistemas g e o g r á f i c o s . Tales fueron en pocas palabras las inmensas ventajas p r o p o r cionadas á la g e o g r a f í a p o r las victorias de un h é r o e que, si hemos de v a l e m o s de una e x p r e s i ó n de Q u i n t o C u r c i o , s ó l o q u e r í a conquistar e l m u n d o entero p a r a darlo á conocer a l g é n e r o h u m a n o . L o s generales de A l e j a n d r o , reyes desp u é s de su muerte, h i c i e r o n m u y pocas conquistas lejanas. Seleuco Nicanor f u é el ú n i c o que l l e v ó sus armas victoriosas hasta orillas d e l G a n g e s ; sus embajadores, Megas tenes y
Daimaco,
llegaron á Pali-
bothra, capital de un poderoso reino si-
tuado en las riberas del G a n g e s , donde recogieron una p o r c i ó n de noticias circunstanciadas é interesantes acerca de l a historia natural, c i v i l y m o r a l de a q u e llas comarcas; a l paso que el almirante Patroclo n a v e g ó p o r el O c é a n o í n d i c o y el mar C a s p i o . S i n embargo, e l comercio fué e l ú n i c o que d e s p l e g ó su genio para establecer relaciones permanentes con todos aquellos p a í s e s remotos; pues fué tan grande el poder que a d q u i r i ó este genio sobre los griegos en el siglo siguiente á A l e j a n d r o , que todos estaban resueltos, ni m á s n i menos que e l comerciante de H o r a c i o , « á h u i r de la pobreza á t r a v é s de las olas, de los escollos y de los ardores de l a zona t ó r r i d a . » Mientras que los marselleses se aprovecharon de los caminos mercantiles abiertos p o r P i teas en sus dos viajes a l norte de E u r o pa, y p o r Eutimenes en su n a v e g a c i ó n á lo largo de las costas de A f r i c a hasta la desembocadura de un copioso r í o semejante al N i l o , y que no puede ser otro que el Senegal, los reyes griegos de E g i p t o a b r i e r o n un comercio directo con las costas occidentales de la I n d i a y con Trapobana, llamada actualmente C e i l á n , por medio de los puertos de Berenice y de Mioshormos, situados en el golfo A r á b i g o . E l p r i n c i p a l fundador de este c o mercio fué P t o l o m e o Filadelfo (unos 2 5 0 a ñ o s antes de J . C ) , el cual e n v i ó á la India algunos g e ó g r a f o s encargados de describir el p a í s ; y bajo el mismo reinado Timostenes p u b l i c ó un Portillan ó desc r i p c i ó n de todos los puertos, y a d e m á s una obra sobre la medida de la T i e r r a . Filosléfano de Cirenes p u b l i c ó muchas descripciones particulares; y su compatriota, el grande Eratósthenes, bibliotecario de A l e j a n d r í a en tiempo de P t o l o m e o Evergetes, c r e ó un sistema completo de g e o g r a f í a fundado sobre bases m a t e m á t i cas, y q durante cuatro siglos fué r e putado como la obra c l á s i c a de la ciencia. U e
S i n embargo, no siendo conocida l a naturaleza de los vientos p e r i ó d i c o s , la n a v e g a c i ó n p o r el mar de las Indias qued ó m u y imperfecta. L a s flotas de P t o l o meo no pasaron de las bocas del I n d o , y aun esto costeando siempre: su p r i n c i p a l comercio se h a c í a en las costas de E t i o p í a , ó en la llamada actualmente Abesch y Adel, como t a m b i é n en los puertos de la A r a b i a F e l i z . A falta de buques h a b í a caravanas que iban á l a I n d i a septentrional p o r el norte de Persia y p o r la Bactriana: los comerciantes bajaban e l Ganges para penetrar p o r una parte hasta Palibothra, y p o r otra daban l a vuelta á los montes Imao ó B e l o u r p a r a i r probablemente á la S é r i c a , que c o m p r e n d í a el T i bet, una parte de la p e q u e ñ a B u k h a r i a , la C a c h e m i r a y algunos de los valles en donde nacen e l S i n d y el G a n g e s ; pues es cierto que Menandro, uno de los reyes griegos de Bactriana, ha reinado sobre la S é r i c a . C o m o quiera que fuese los escritores de g e o g r a f í a i g n o r a r o n p o r mucho tiempo este camino que llevaba a l centro del A s i a , y á buen seguro nosotros le con o c i é r a m o s algo mejor si la destructora mano d e l tiempo hubiera respetado los inmensos trabajos de Apolodoro, llamado por sobrenombre Periegetes, es decir, el que ha dado la vuelta a l m u n d o . H a c i a la misma é p o c a Agatarchides de G n i d o p u b l i c ó ciertas obras q u e , s i hemos de juzgar p o r los fragmentos que nos quedan, r e u n í a n todas las c i r c u n s tancias que pueden hacer interesante un l i b r o . Parece que el sabio autor que h a blaba l a l e n g u a a m h á r i c a , usada en A b i sinia, h a b í a visitado los establecimientos de los griegos situados en las costas de E t i o p í a y de A r a b i a ; su d e s c r i p c i ó n , algo anovelada, del lujo y de las riquezas de los sábeos, ha sido r e p r o d u c i d a p o r todos los historiadores y poetas, y es p r o b a b l e que de é l t o m ó D i o d o r o todos los pormenores que nos ha legado sobre e l estado
e t í o p e de M e r o e ; siendo igualmente probable que el c é l e b r e a s t r ó n o m o Hiparco (unos 1 5 9 a ñ o s antes d e j . C.) le d e b i ó sus ideas sobre una gran tierra austral que u n í a el oriente del A f r i c a á la I n d i a . E l sistema g e o g r á f i c o de H i p a r c o prueba que e l cabo G u a r d a f u í h a b í a atajado p o r aquel lado los descubrimientos de sus c o n t e m p o r á n e o s ; pero parece que no hab í a n dejado de recibirse algunas noticias sobre la costa del A s i a de allende el G a n ges. H i p a r c o fué el p r i m e r o que p r o b ó á r e d u c i r toda la g e o g r a f í a á bases astron ó m i c a s ; pero careciendo de un b u e n n ú m e r o de observaciones celestes, y estando resuelto á despreciar todos los dem á s elementos, f o r m ó u n m a p a m u n d i lleno de h i p ó t e s i s no menos e r r ó n e a s que las de sus predecesores. L a s expediciones de los romanos c o n tra Cartago y N u m a n c i a p r o p o r c i o n a r o n al j u i c i o s o Polibio la o c a s i ó n de reunir algunas noticias exactas sobre el occidente de E u r o p a . T a m b i é n v i s i t ó las costas occidentales d e l A f r i c a hasta el monte A t l a s , y a d q u i r i ó algunas ideas nuevas y exactas sobre la zona t ó r r i d a , que c r e y ó habitable; pero parece que no ha c o m b i nado sus conocimientos relativos á los pormenores de manera que resultaran la a r m o n í a y el conjunto necesarios. P o c o tiempo d e s p u é s de P o l i b i o tuvieron l u gar las indagaciones de Postdomo, que indujeron á la escuela de A l e j a n d r í a á i n t r o d u c i r en l a g r a d u a c i ó n de los mapas de E r a t ó s t h e n e s tales modificaciones, que no h i c i e r o n sino aumentar los errores de la g e o g r a f í a m a t e m á t i c a de aquel s i g l o . Mientras procuraban los sabios, a u n que en vano, crear un sistema general y exacto, el historiador T i m e o de S i c i l i a , y e l oscuro L i c o f r ó n y el erudito A p o l o nio, entrambos poetas, r e p r o d u j e r o n con ciertas ^modificaciones y adiciones las ideas d e l siglo de H o m e r o y de los argonautas. Siymno de C h i o quiso reves-
tir el sistema de E r a t ó s t h e n e s con las g a las de la p o e s í a ; al paso que su c o n t e m p o r á n e o A r t e m i d o r o compuso algunas obras importantes, c u y a p é r d i d a se hace tanto m á s sensible, cuanto que los f r a g mentos que de ellas quedan ofrecen sobre la costa de A d e l y de Ajan, entre otras, noticias m á s circunstanciadas que las de los viajeros modernos. E n tiempo de P t o l o m e o F i s c ó n y de P t o l o m e o L a t h u r e , Eudoxio de C í z i c o r e a n i m ó el entusiasmo, q u e se h a b í a a m o r t i g u a d o , de las navegaciones de E g i p t o á la I n d i a ; pero l a atrev i d a empresa que acometiera, y a para encontrar el camino m á s directo de l a India, de donde h a b í a t r a í d o , s e g ú n p a rece, los primeros diamantes, y a para p r o b a r á dar l a v u e l t a a l A f r i c a p o r el oeste, le a c a r r e ó algunas persecuciones y una r e p u t a c i ó n oscurecida p o r las f á bulas con que C o r n e l i o N e p o t e y P o m nio M e l a han q u e r i d o embellecerla. L a s conquistas de M i t r í d a t e s , R e y d e l P o n t o , lo mismo que las de su vencedor P o m p e y o , restablecieron un nuevo camino de la I n d i a . A l norte de Iberia, de A l b a n i a y de los otros p a í s e s c a u c á s i c o s , que desde aquella fecha son mejor conocidos, h a b í a unos pueblos n ó m a d a s , á quienes se v i o llevar alrededor d e l mar Caspio algunas m e r c a n c í a s de la I n d i a llevadas p o r l a B a c t r i a n a y el O x o ; mas no p o r esto dejaron de subsistir las falsas ideas que se t e n í a n a s í sobre este r í o como sobre el mar C a s p i o . C o n otras expediciones de los romanos e n s a n c h ó s e la esfera de l a g e o g r a f í a , ó a l menos se i l u m i n a r o n sus puntos oscuros: J u l i o C é s a r hizo conocer mejor l a G a l i a y la B r e t a ñ a , las armas de G e r m á n i c o penetraron hasta el E l b a , E l i o G a l o r e c o n o c i ó e l interior de A r a b i a , y A g r i p a r e c o p i l ó en un cuerpo de o b r a , de orden de A u g u s t o , todas las noticias que se t e n í a n esparcidas en el m u n d o r o m a n o . T a l f u é , durante los cuatro siglos s i -
guientes á la muerte de A l e j a n d r o , la marcha de los descubrimientos g e o g r á f i cos. S i nos hemos c o n t r a í d o , á trazar de ellos, p o r a s í decirlo, un esqueleto c r o n o l ó g i c o , es p o r q u e las obras originales de los autores que hemos citado han perecido en e l g r a n naufragio de la antig ü e d a d ; y, como que Estrabón es el ú n i co que nos da á conocer la historia de la g e o g r a f í a durante una serie tan dilatada de a ñ o s , s ó l o podemos pasar revista á todos los conocimientos de esos cuatro siglos analizando la c é l e b r e o b r a de u n escritor tan elegante y erudito, aunque por desgracia sobrado p a r c i a l y afirmativo. E s preciso ante todo indicar en pocas palabras los sistemas generales á que ajustaban los antiguos sus conocimientos relativos á los pormenores. H o m e r o , seg ú n . h e m o s visto, consideraba la T i e r r a como un disco r e d o n d o , y H e r o d o t o como un llano de figura indeterminada, aunque infinitamente m á s extensa que en el sistema h o m é r i c o ; p e r o , d e s p u é s de muchas tentativas, los a s t r ó n o m o s , d i r i g i d o s , seguramente, p o r E u d o x i o de G n i d o , e n s e ñ a n que la T i e r r a es un g l o b o considerable, y que la circunferencia de un c í r c u l o m á x i m o de este g l o b o es de 4 0 0 , 0 0 0 estadios. Otros, entre ellos A r q u í m e d e s y Cleomedes, aseguran que la T i e r r a tiene 3 0 0 , 0 0 0 estadios de c i r c u n ferencia; H e r m e s , entre los egipcios, h a atribuido 3 6 0 , 0 0 0 estadios, s e g ú n aseguran, al p e r í m e t r o de nuestro g l o b o ; Posidonio s u p o n í a haber medido un arco del meridiano entre R o d a s y A l e j a n d r í a (que no e s t á n situadas bajo el mismo meridiano), y d e d u c í a que la T i e r r a t e n í a 2 4 0 , 0 0 0 estadios de periferia; e l m i s m o Posidonio no le a t r i b u í a m á s que 1 8 0 , 0 0 0 estadios, s e g ú n afirman E s t r a b ó n y P t o lomeo; otros le dan 2 1 6 , 0 0 0 , 2 7 0 , 0 0 0 ó 2 2 5 , 0 0 0 ; y, p o r ú l t i m o , E r a t ó s t h e n e s , H i parco y E s t r a b ó n repiten que un c í r c u l o
m á x i m o del g l o b o contiene 2 5 0 , 0 0 0 ó 2 5 2 , 0 0 0 estadios. ¿ D e b e r e m o s suponer que entre las medidas de la T i e r r a las h a b í a falsas? ¿O pueden explicarse esas diferencias p o r e l empleo de u n estadio diferente? H e a q u í planteado el gran p r o b l e m a de c u y a r e s o l u c i ó n depende toda la g e o g r a f í a sistem á t i c a de los antiguos. C o m o q u i e r a , l a r e s o l u c i ó n ha sido vana. G o s s e l l í n cree que estas nueve medidas eran exactas, aunque expresadas en estadios d i f e r e n tes, á saber: la p r i m e r a en estadios de 1 , 1 1 1 / á uno de nuestros grados d e l E c u a d o r ; la segunda en estadios de 8 3 3 ¡ ; l a tercera en estadios de 1 , 0 0 0 ; la cuarta en estadios de 6 6 6 / ; l a q u i n ta en estadios de 5 0 0 ; la sexta en estadios de 6 0 0 ; l a s é p t i m a en estadios de 7 5 0 ; la octava en estadios de 6 2 5 ; y l a novena en estadios de 6 9 4 / ó de 7 0 0 estadios. r
z
9
3
2
r
3
9
P o r conjeturas m u y v e r o s í m i l e s alcanza e l v a l o r de los tres estadios p r i m i t i v o s : « L a d i v i s i ó n que d e b i ó emplearse primeramente,—dice,—es la m á s sencilla, á saber, l a que d i v i d í a e l g l o b o terrestre en cuatro partes p o r el E c u a d o r y un m e r i diano, l o mismo que la d i v i s i ó n d e c i m a l de cada una de estas cuatro partes en cien grados, la del g r a d o en cien m i n u tos, y la del minuto en diez p a r t e s . » E n este caso resulta, como veremos, que los centesimos de g r a d o terrestre s i r v i e r o n para formar las millas itinerarias, y los m i l é s i m o s de g r a d o para formar los estadios; de manera que la circunferencia de la T i e r r a q u e d ó d i v i d i d a en 4 0 0 grados, ó sean 4 0 0 , 0 0 0 estadios. N o p e r m i t i e n d o esta d i v i s i ó n m á s n ú meros enteros que en l a m i t a d , el cuarto del c í r c u l o , el q u i n t o y sus s u b m ú l t i p l o s , c o n c i b i ó s e la idea de d i v i d i r el c í r c u l o en 3 0 0 grados, á fin de que a d e m á s fuese divisible p o r tercios, sextos, dozavos, e t c é t e r a . E s t o s grados, que eran un t e r -
c i ó mayores que los p r i m e r o s , fueron t a m b i é n d i v i d i d o s en ciento y en m i l partes, de manera que desde entonces no se a t r i b u y e r o n al p e r í m e t r o del g l o b o m á s que 3 0 0 , 0 0 0 estadios. Observando, finalmente, que el n ú m e ro 3 6 0 es susceptible de veinticuatro d i visores, y que, p o r consiguiente, ofrece m a y o r facilidad en las operaciones, d i v i d i ó s e definitivamente el c í r c u l o en 3 6 0 grados, que t a m b i é n se d i v i d i e r o n como los anteriores, y a s í l a circunferencia d e l E c u a d o r fué apreciada en 3 6 0 , 0 0 0 estadios. P r u e b a el autor que muchas de las medidas parciales indicadas p o r los a n t i guos, en especial en el O r i e n t e , resultan de todo p u n t o exactas si se v a l ú a n en estadios de la p r i m e r a ó d é l a tercera especie. T a m b i é n demuestra, contra l a a u t o r i d a d de d ' A n v i l l e , que en muchas medidas parciales tomadas en las costas d é G r e c i a y de Italia, en todo el M e d i t e r r á neo y aun en la I n d i a , se empleaba el estadio de la novena especie; y demuestra, a d e m á s , que este estadio, empleado p o r E r a t ó s t h e n e s , no era el resultado de una nueva medida de la T i e r r a , sino s o lamente una c o m b i n a c i ó n particular á los egipcios de una p o r c i ó n de estadio de 300,000, c u y o v a l o r no ha acertado á d i s t i n g u i r ; lo cual p r u e b a , a ñ a d e , que el uso del estadio de 2 5 2 , 0 0 0 h a b í a precedido en E g i p t o á la é p o c a de la conquista de los macedonios. E n fin, y esta es la m á s importante de todas sus observaciones, desde el cabo Sagrado (ó de S a n Vicente) hasta la desembocadura del G a n g e s , hay una serie no i n t e r r u m p i d a de medidas itinerarias, que es de todo punto exacta si se la v a l ú a en estadios de 8 3 3 a l g r a d o ; siendo de notar que en todos los sistemas de los antiguos, empezando p o r E r a t ó s t h e n e s , dicha l í n e a era considerada como la l o n g i t u d de la T i e r r a conocida de occidente
á oriente. E n tiempo de E s t r a b ó n no era tan conocido el estadio de 5 0 0 a l g r a d o , pero y a hablaremos de este p u n t o a l exp o n e r el sistema de P t o l o m e o , donde e l uso de este estadio ha i n t r o d u c i d o tanta confusión. D ' A n v i l l e , d e s p u é s de haber comenzado p o r admitir cuatro especies de estadios, entre los cuales el que llama pílico le p a r e c i ó luego de todo p u n t o i n ú t i l , c o n c l u y e p o r reconocer tres, á saber: el olímpico,
de 6 0 0 a l g r a d o ; el náutico,
de
y el egipcio, de 1 , 1 1 1 ; pero c o n v i e ne con el p r i n c i p i o , confesando que las medidas de los antiguos s ó l o pueden justificarse p o r el empleo de un m ó d u l o d i ferente. R e n n e l , V i n c e n t y otros sabios ingleses admiten igualmente el p r i n c i p i o , pero sin profundizar sus consecuencias; Gatterer, c é l e b r e c a t e d r á t i c o de G o t i n ga, h a b í a y a reconocido, antes de la p u b l i c a c i ó n de los trabajos de G o s s e l l í n , que h a b í a estadios de diferentes valores; p e r o , a d e m á s del olímpico de 6 0 0 , el falso 500;
olímpico
de 5 0 0 y el egipcio
de 1 , 1 0 0 , ad-
mite un p e q u e ñ o estadio g r i e g o de 7 5 0 , que pretende deducir de las medidas de E r a t ó s t h e n e s y de H i p a r c o . M u c h o s sabios g e ó g r a f o s se obstinan en considerar todas las contradicciones de los antiguos como efecto de las i n a d vertencias debidas á la i m p e r f e c c i ó n de sus instrumentos y m é t o d o s , en p r u e b a de lo cual invocan el expreso testimonio de M a r c i a n o y la a n a l o g í a de semejantes errores entre los modernos. A s í es que a t r i b u y e n las explicaciones de G o s s e l l í n , no tanto á la solidez de su idea p r i n c i p a l como á una especie de j u e g o a r i t m é t i c o , pues dicen que en p u n t o á medidas todas las contradicciones han de explicarse sin esfuerzo cuando se confunden estadios que e s t á n poco m á s ó menos entre s í , como 1, 2 , 3 ; pero ¿ c ó m o es posible adm i t i r esta mezcla de estadios en un mismo c a p í t u l o , y aun en una misma frase?
Nosotros creemos m á s d e l caso a d o p tar, no s ó l o el p r i n c i p i o de la diferencia de estadios, sino t a m b i é n todas las especies de esta m e d i d a que acabamos de; i n dicar. S i n embargo, lejos de ser todas estas medidas puramente a s t r o n ó m i c a s , como quiere G o s s e l l í n , parecen i n t r o d u cidas p o r los diferentes sistemas de medidas adoptadas p o r diversas naciones de la a n t i g ü e d a d , es decir, que son medidas locales, cuyas verdaderas d e n o m i n a c i o nes han traducido los griegos p o r la voz estadio, que les era familiar. E l estadio egipcio no es m á s que la s e x a g é s i m a parte de un esqueno, que era una m e d i d a muy usada en E g i p t o ; aunque t a m b i é n se citan esquenos de 3 0 estadios, en c u y o caso, si se trata de estadios egipcios, los esquenos s e r á n equivalentes á los koss del I n d o s t á n . S i e n d o la m i l l a a r á b i g a de 5 6 ó 5 7 a l g r a d o , la d u o d é c i m a parte de esta m i l l a s e r á equivalente a l estadio de P o s i d o n i o , á 6 6 6 a l g r a d o . S i , modificando y c o m b i n a n d o las valuaciones m á s v e r o s í m i l e s que se tienen de la jarsang ó parasanga, contamos 1 4 de estas l e guas persas a l g r a d o , l a s e x a g é s i m a parte de la farsang ó parasanga s e r á i g u a l á un estadio de 8 3 3 a l g r a d o , que es el estadio de que a l parecer se h a hecho uso para medir la tierra desde el Ganges hasta E s p a ñ a . T o d o s estos i n d i c i o s que se ofrecen á p r i m e r a vista i n d u c e n á esperar que las investigaciones y los descubrimientos ulteriores p r o p o r c i o n a r á n el hallazgo de los m ó d u l o s originarios de las medidas g e o g r á f i c a s antiguas.
C o n o c i e n d o los griegos en tiempo de A l e j a n d r o los trabajos de los a s t r ó n o mos y de los g e ó g r a f o s d e l A s i a , i n v o l u craron algunas veces estas medidas de un v a l o r diferente. E n los mapas c o n s i g naban una distancia en estadios de 1 , 1 1 1 al g r a d o , al lado de otra distancia c a l c u lada en estadios de 5 0 0 , y ambas á dos se consideraban como si l o fueran en los estadios de 7 0 0 , empleados generalmente por E r a t ó s t h e n e s , H i p a r c o y E s t r a b ó n . A u n parece que r e c i b i e r o n este estadio, sin q u e j a m á s conocieran su naturaleza; mas, si se supone que una n a c i ó n que hac í a uso d e l estadio de 8 3 3 a l g r a d o , y q u e v i v í a á treinta y dos ó treinta y tres grados a l norte del E c u a d o r , ha q u e r i d o delinear los p a í s e s situados bajo los mismos paralelos en u n o de los mapas llamados cartas planas de que se sirven los navegantes, es claro que, con arreglo á las combinaciones ingeniosamente ficticias de este g é n e r o de mapas, d e b í a contar p o r estadios de 7 0 0 a l g r a d o . L o s griegos, que c o p i a b a n los monumentos salvados de la reciente d e s t r u c c i ó n de T i r o y de B a b i l o n i a , han tomado, a l p a recer, a l pie de l a letra semejante escala, á pesar de ser enteramente c o n v e n c i o n a l . G o s s e l l í n ha p r o b a d o que desde e l cabo Sagrado ó de S a n V i c e n t e hasta Thinas ó T a n a - S e r i m , á l a otra parte del G a n ges, las medidas fenicias ó b a b i l ó n i c a s recogidas por los griegos o f r e c í a n una serie de observaciones bastante exactas. E s t a serie, tal c u a l é l l a ha restablecido, es como sigue:
DISTANCIAS
Denominación de los lagares
En estadios de 833 1/3
Del Del Del Del Del Del
cabo S a g r a d o al estrecho de las C o l u m n a s . cabo S a g r a d o a l estrecho de S i c i l i a . estrecho de las C o l u m n a s á R o d a s . . cabo S a g r a d o á Isso. . . . . . . . cabo S a g r a d o á las Puertas Caspias. . estrecho de las C o l u m n a s á las fuentes del Indo. . . . . . . . . . D e l cabo S a g r a d o á T h i n a s
E r a t ó s t h e n e s d e s p r e c i ó la p r i m e r a y la segunda de estas distancias, conservadas p o r H i p a r c o y E s t r a b ó n (prueba i n c o n cusa de l a i g n o r a n c i a de los griegos), y
o
2.000
2°
59" 37
3° 24
4
35
33
56 42
35 13
44 61
1
10
11
6
77 106
16.3OO
24
57' 10
22.3OO
33
41 .¿OO
44 61 78
71 . 6 O O
E n grad os según los me dernos
En grados bajo el 36 paralelo
IO6
0
37 15 40
45 0
5
0
42
0
27
0
las s u s t i t u y ó con otras dos, que, en m e didas diferentes, expresan poco m á s ó menos l o mismo, y son como á continuac i ó n se expresa:
Del
cabo Sagrado a l estrecho de las C o l u m n a s . 3.000 estadios (de 1,111 / ) 3° ° ' 5 " Del estrecho de las C o l u m n a s al estrecho de S i c i l i a 8.000 estadios (de 500) 21 45 17 x
H a b i e n d o tomado esta supuesta c o r r e c c i ó n en dos mapas de una escala d i ferente, E r a t ó s t h e n e s , que siempre f u é de o p i n i ó n que los estadios h a b í a n de ser
0"
IO'
2
3
I
los modernos
3°
I O
' °"
21 27 o
de 700 a l g r a d o , d e j ó establecida, como consecuencia de todos estos errores, la serie de distancias en los t é r m i n o s s i guientes:
DISTANCIA D E L CABO SAGRADO
Según Kratósthenes
Denominación de los lugares C a b o S a g r a d o de I b e r i a . . E s t r e c h o de las Columnas E s t r e c h o de S i c i l i a . . . . Rodas. . . . . . . . Isso. Puertas Caspias Fuentes d e l Indo Thinas
.
.
En estadios de 700
.
.
.
. I I
.
.
.
Nuestros lectores, sin exceptuar los que desconocen los p r i n c i p i o s a s t r o n ó micos de la g e o g r a f í a moderna, á c u y a e x p o s i c i ó n dedicamos uno de los l i b r o s
.
.80O
25.3OO
• .
3O.3OO 4I.60O
55.600 . 7I.60O
s e g ú n los modernos
o
O
O
O 3.OOO
.
En grados bajo el 36 paralelo
En grados
•5° i 7 ' 20 50 44 4 ° 53 3 ° 73 7 98 1 0 126 25 2
5i" 11 3 1
1
6
28 45 57
3° 24 3 44 61 80 106 6
i7' 5 i " 37 0 25 45 40 0 5 0 52 0 27 0
s i g u i e n t e s , a d v e r t i r á n desde luego l a e n o r m i d a d de las faltas en que ha h e cho i n c u r r i r á E r a t ó s t h e n e s el uso i m p r o p i ó de los mapas fenicios ó b a b i l ó n i c o s .