3A_8774_8775_SCREVO MEU LIVRO À BEIRA-MÁGOA Flipbook PDF

3A_8774_8775_SCREVO MEU LIVRO À BEIRA-MÁGOA

11 downloads 123 Views 18MB Size

Story Transcript

SCREVO MEU LIVRO À BEIRA-MÁGOA de Fernando Pessoa

LEONOR - 8755; OLGA - 8774 3A

FERNANDO PESSOA

ÍNDICE Poema Integração do poema na obra “Mensagem” e justificar Tema Estrutura (divisão das partes lógicas) Recursos estilísticos - identificação de quatro recursos e sua expressividade) Descrição formal do poema (estrofes, rima e métrica) Dimensão simbólica

3

Escrevo meu livro à beira-mágoa.

Meu coração não tem que ter.

Tenho meus olhos quentes de água.

Só tu, Senhor, me dás viver.

Só te sentir e te pensar

Meus dias vácuos enche e doura.

Mas quando quererás voltar?

Quando é o Rei? Quando é a Hora?

Quando virás a ser o Cristo

De a quem morreu o falso Deus,

E a despertar do mal que existo

A Nova Terra e os Novos Céus?

Quando virás, ó Encoberto,

Sonho das eras português,

Tornar-me mais que o sopro incerto

De um grande anseio que Deus fez?

Ah, quando quererás, voltando,

Fazer minha esperança amor?

Da névoa e da saudade quando?

Quando, meu Sonho e meu Senhor?

INTEGRAÇÃO DO POEMA NA OBRA "MENSAGEM" Este poema insere-se na terceira parte-“O encoberto” da obra “Mensagem “ de Fernando Pessoa fazendo parte do sub-capítulo “ Os Avisos” e tal é perceptível devido ao desejo do poeta que era o “Encoberto”,D. Sebastião regressasse para ajudar à mudança de Portugal. É também nesta parte que Fernando Pessoa, a voz deste poema, anuncia a chegada do V império que se encontra ligado a D. Sebastião.

5

PÁGINA 3

TEMA E ESTRUTURA

O Sebastianismo - Tema O Quinto Império - Assunto

7

ESTRUTURA Primeira parte: versos 1 a 6 "Escrevo meu livro à beira-mágoa. Meu coração não tem que ter. Tenho meus olhos quentes de água. Só tu, Senhor, me dás viver. Só te sentir e te pensar Meus dias vácuos enche e doura. " Dor, tristeza, sofrimento Crença no Senhor como única entidade capaz de inspirar esperança no futuro e de dar vida ao sujeito poético

8

Segunda parte: versos 7 a 20 "Mas quando quererás voltar? Quando é o Rei? Quando é a Hora? Quando virás a ser o Cristo De a quem morreu o falso Deus, E a despertar do mal que existo A Nova Terra e os Novos Céus? Quando virás, ó Encoberto, Sonho das eras português, Tornar-me mais que o sopro incerto De um grande anseio que Deus fez? Ah, quando quererás, voltando, Fazer minha esperança amor? Da névoa e da saudade quando? Quando, meu Sonho e meu Senhor?" Várias perguntas iniciadas por “Quando” na qual o sujeito poético se refere à entidade mítica através de diferentes nomes.

9

RECURSOS ESTILÍSTICOS

Hipérbato - “Só te sentir e te pensar/Meus dias vácuos enche e doura.” Metáfora - "... o sopro incerto De um grande anseio que Deus fez?

10

Apóstrofe - “Só tu, Senhor, me dás viver.” Perguntas retóricas - “Fazer da minha esperança amor?” “Da névoa e saudade quando?” “Quando, meu sonho e meu Senhor?”

11

DESCRIÇÃO FORMAL DO POEMA Cinco quadras Versos octossilábicos Rima cruzada (ABAB)

12

DIMENSÃO SIMBÓLICA Poema, sebastianista, onde o poeta, nos limites da mágoa, só consegue preencher os seus dias no refúgio do mito sebastianista, que há-de vir e realizar um sonho português de muitas eras.

13

Get in touch

Social

© Copyright 2013 - 2025 MYDOKUMENT.COM - All rights reserved.