Correio da manhã- edição 24243 - Segundo Caderno Flipbook PDF

Correio da manhã- edição 24243 - Segundo Caderno - 7 a 9 de abril- fim de semana

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urea Martins, André Gabeh e Vidal Assis estreiam neste sábado (8) “Gente Nova da Antiga”, espetáculo inspirado no disco histórico “Gente da Antiga” (1968), de Clementina, Pixinguinha e João da Baiana. Com entrada gratuita, o show inédito passa pelo circuito de arenas cariocas e pelo Centro da Música Carioca Artur da Távola, na Tijuca. Todas as apresentações terão tradução em Libras e programas de sala em Braille. Com arranjos camerísticos e inéditos que ressaltam a beleza e atemporalidade das músicas de caráter afro-brasileiro que compõem o repertório do disco, o show homenageia o trio que, em suas respectivas carreiras, foi responsável por recuperar a memória da conexão africana na música popular. À época da gravação, Clementina tinha 65 anos, Pixinguinha 70 e João da Baiana 82, todos em pleno vigor criativo. Clementina, Pixinguinha e João da Baiana transitaram com muita naturalidade entre a juventude de seu tempo e foram responsáveis pela transmissão de sua ancestralidade às gerações mais novas. “Gente Nova da Antiga” habita este lugar de afeto no encontro de uma das últimas matriarcas da música negra em atividade, Áurea Martins, de 82 anos, com dois dos melhores cantores negros da nova geração, Vidal Assis e André Gabeh. “Eu tenho especial amor e respeito por essa arte assim pensada,

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que o tempo tratou de cristalizar. Acho que a velhice não apaga o essencial; pelo contrário, dá a coloratura exata e até dimensiona o verdadeiro artista”, sintetiza Hermínio Bello de Carvalho, produtor musical do disco. No repertório, as faixas “Yaô” (Pixinguinha e Gastão Viana), “Roxá” (domínio público), “Mironga de Moça Branca” (domínio público), “Batuque na Cozinha” (João da Baiana), “Que Querê” (João da Baiana, Donga e Pixinguinha) e “Fala Baixinho” (Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho) se unem a canções que não estão no disco, mas que se conectam a elas, como “São Pixinguinha” (Emicida), “Coisa da Antiga” (Nei Lopes e Wilson Moreira), “Moro na Roça” (José Passos e Arnaldo Passos), “Ilú Ayê” (Norival Reis e Cabana), tecendo pontes entre ancestralidade e contemporaneidade. Dirigido por Renata Grecco, o show tem banda formada pelos músicos Marcos Suzano (percussão e pandeiro), Mário Séve (sax e flautas) e Lui Coimbra (violoncelo, violão e rabeca) - este também diretor musical e arranjador. Continua na página seguinte



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O quinto filme da franquia                

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lementina de Jesus surgiu como elo entre a moderna cultura negra e a África Mãe. João da Baiana foi compositor e pandeirista. Neto de ex-escravizados, sua mãe formou com Ciata e Amélia as conhecidas Tias Baianas. Foi na casa delas, com Pixinguinha e Donga, que João começou sua notável trajetória artística. Foi um dos primeiros a gravar os chamados pontos de macumba. É considerado pandeirista de referência para o desenvolvi-

mento do samba urbano. Gênio incontestável, Pixinguinha foi instrumentista, compositor, orquestrador e maestro. Misturando valsas, polcas e modinhas com elementos afro-brasileiros e sonoridades rurais, Pixinguinha definiu a forma musical do choro. O autor de “Carinhoso” foi o principal responsável pela concretização de uma música popular, baseada na formação flauta-violão-cavaquinho. Mais tarde, dando ênfase ao uso da percussão, elaborou uma linguagem de orquestra tipica-

mente nacional. Sobre as gravações do álbum, Hermínio Bello de Carvalho, produtor musical, nos conta histórias saborosas na contracapa do LP: “A presença de Pixinguinha, todos sabem, enternece pela sua lindeza. Seus quase setenta anos não alteraram a sua inventiva. Com seus sessenta e cinco anos, mãe Clementina deixava transparecer a emoção de se ver em tão ilustre companhia. João da Bahiana? Quem não o viu passar, com seu terno branco, sua imensa gravata de bolinhas, seu cravo na lapela? Seu único problema, e que o afligia terrivelmente, é se deveria ou não cantar com a dentadura - pois não queria ver prejudicada sua articulação”.            (Rua Conde de Bonfim, 824  



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bobear nem os pais deles eram nascidos. Um absurdo”, diverte-se Alceu, que faz uma média de oito a dez shows por mês, com muita disposição e entrega no palco. Do sertão ao litoral, o show inclui frevos que conquistaram as ruas de São Paulo e Olinda nos desfiles do bloco Bicho Maluco Beleza, comandado por Alceu. Da folia ao pop, os hits de uma das carreiras de maior sucesso na música brasileira: “Belle de Jour”, “Cavalo de Pau”, “Pelas Ruas que Andei”, “Como Dois Animais”, “Tropicana”, o hino “Anunciação”. Alceu Valença canta ao lado de Leo Lira (guitarra), Tovinho (teclados), André Julião (sanfona), Nando Barreto (baixo), Cassio Cunha (bateria).

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u vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais”, canta Alceu Valença em “Anunciação”, nome do espetáculo que o cantor e compositor leva ao TIM Music Noites Cariocas neste sábado (8). No palco, o cantor mostra um um abrangente panorama das diversas vertentes de sua obra. Dos sons do Brasil profundo,

entre forrós, baiões, xotes, toadas e emboladas, Alceu alia temas de sua autoria – “Coração Bobo”, “Táxi Lunar” e “Papagaio do Futuro” - a clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro: “Baião”, “Vem Morena” e “Canto da Ema”, entre outras. Mesmo com 76 anos, Alceu vem experimentando grande sinergia com o público jovem. Seus shows costumam atrair jovens que sequer eram nascidos quando o artista pernambucano começou a

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despontar na cena nacional. Essa situação já rendeu comentários espantados de Alceu. “Me assusta

ver a meninada nos meus shows, cantando até o repertório do início da minha carreira, quando se

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Ao longo de 60 anos de carreira, Edu Lobo produziu uma das obras mais relevantes da MPB, registrada em 30 discos. Em alguns, teve ao seu lado companheiros de ofício como Tom Jobim, Chico Buarque, Milton Nascimento, Dori Caymmi, Marcos Valle e Maria Bethania. Ele se apresenta nesta sexta e sábado (7 e 8), às 21h, no Soberano, em Itaipava. Edu Lobo terá a companhia de Gilson Peranzzetta (piano) e Mauro Senise (sopros).

O pianista Jean Louis Steuerman se une à Orquestra Sinfônica Brasileira, para apresentações nesta sexta e sábado (7 e 8), às 19h e 16h, respectivamente, na Sala Cecília Meireles. No programa, o Concerto para piano nº 17, em Sol maior de Mozart e Sinfonia nº 4 em ré menor, op. 120 de Robert Schumann. “São peças contrastantes. O concerto de Mozart é divertido e a sinfonia de Schumann é habitada por fantasmas, lendas antigas”, conta Steuerman.

Celebrando 40 anos de uma carreira pavimentada por sucessos, o Roupa é a atração desta sexta-feira (7) no TIM Music Noites cariocas, no Morro da Urca. A banda promete reativar memórias e fazer o público reviver grandes emoções. No repertório, uma fileira de clássicos como “Whisky a Go Go”, “Canção de Verão”, “Anjo”, “A Viagem”, “Sapato Velho”, “Dona”, “A Flor da Pele”, “Bem Simples” e “Chama”, entre outros.

Referência da nova geração de cantautores da MPB, Letrux apresenta nesta sexta (7), às 22h, no Circo Voador, o show de despedida da turnê “Aos Prantos”. “Terminar como se começou. O disco foi lançado no Rio, no dia em que o mundo fechou pela pandemia. Encerrar essa jornada também no Rio, mas agora podendo chorar de alegria, ainda mais no Circo é a emoção necessária para fechar esse ciclo alucinado”, conta Letrux.



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e orquestras ensaiarem. Por isso é natural pra mim hoje trabalhar com orquestra”, reforça o artista. “O arranjo do Rafael para a ‘Aquarela do Brasil’ é impressionante, uma pintura realmente. Fiquei feliz de deixar meu bandolim nesta gravação. Todos os músicos da big band tocam muito”, adianta o bandolinista Hamilton. Para o saxofonista Marcelo Martins, “Rafael é um dos maiores trombonistas dessa geração no Brasil e quando se trata de arranjos, um dos maiores no país e quiçá do mundo. Ele é um ponto fora da curva e acredito que o público vai se surpreender com essa nova releitura de clássicos brasileiros”. Aos 43 anos, Rafael possui trabalhos como músico ou arranjador com grandes nomes da música como Djavan, Ivan Lins, Bob Mintzer (EUA), João Bosco, Chico Buarque, Rosa Passos, Roberto Menescal, João Donato, Leila Pinheiro, Joyce Moreno, Hamilton de Holanda, Dori Caymmi, Daniel Jobim, Arthur Maia, Letieres Leite e Zélia Duncan, entre outros.

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rombonista, compositor e arranjador, Rafael Rocha está lançando seu primeiro single com uma missão, digamos, ousada já que está criando uma releitura para um dos clássicos pétreos da MPB: “Aquarela do Brasil”, composição de Ary Barroso. A faixa estará no álbum “Rafael Rocha Big Band”, a ser lançado no segundo semestre. O novo arranjo é executado por uma big band, tendo a participação

especial do bandolim de Hamilton de Holanda. “Quero dar novas roupagens e trazer de volta temas que estão na memória do público e ao mesmo tempo inovar com arranjos para big bands, trazendo atualidade aos temas. Para aumentar o teor de brasilidade no single convidei o Hamilton, amigo de longa data”, diz Rafael, que assina o novo arranjo. “Minha família é de músicos. Meu pai é arranjador e trombonista também. Eu cresci neste ambiente, vendo meu pai escrever arranjos 

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Oi, Alberto. Inicialmente, tô aqui para falar de “Arpoador”, tema seu que abre a tampa do novo álbum Passeando (Chocolate Produções). Para tanto, citarei cada um dos instrumentistas que gravaram essa música, pois lhe assevero que senti enorme satisfação ao verificar que um grande e completo naipe de cordas está presente, não só nesse como também em oito dos dez temas cheios de bossa do disco – como estiveram em muitos LPs inesquecíveis de antanho, né? A exemplo dos arranjos que Dori Caymmi vem fazendo para as cordas da St. Petersburg Studio Orchestra, Alberto Rozenblit gravou com uma orquestra de cordas nacional! Uau! Vamos a eles. Violinos: Bernardo Bessler (spalla), Antonella Pareschi, Ana Catto, Mariana

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Salles, Luísa de Castro, Fernanda Donato, Renata Athayde, Fernando Matta, Rudá Issa, Andréa Moniz, Daniel Albuquerque e Pedro Miribelli; violas: Christine Springuel, Ivan Zandonade, Dhyan Toffolo e José Ricardo Taboada; cellos: Marcus Ribeiro, Hugo Pilger, Jaques Morelenbaum e Janaina Salles. Acrescido da flauta em sol da Andrea Ernest Dias, do flugelhorn do Jessé Sadoc e do Diogo Gomes, do trombone do Rafael Rocha e do Everson Moraes, do seu piano, Alberto, é claro, do violão e da guitarra elétrica do André Siqueira, do contrabaixo do Jorge Helder, da bateria do Jurim Moreira e da percussão do Sidinho Moreira, seu arranjo

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tem amplidão enciclopédica. Além dos citados, nova bela surpresa, a presença de muitos outros bem-vindos sopros: flauta em dó (Andrea Ernest Dias e Marcelo Martins), clarineta (Dirceu Leite), saxes alto, tenor e soprano (Marcelo Martins), oboé (Rodrigo Herculano), cla-

rinetas (Lucia Morelenbaum e Eduardo Morelenbaum), piccolo e flauta em dó (David Ganc), flauta em dó (Floor Polder), sax tenor (Zé Carlos “Bigorna”), oboé e corne inglês (Rodrigo Herculano), clarineta (Cristiano Alves e Paulo Sergio Santos), fagote (Ariane Petri), trompa (Philip Doyle e Chico Trompa), trombone (Everson Moraes), trombone baixo (Leandro Dantas), trompete e flugelhorn ( Jessé Sadoc e Diogo Gomes). E tem a imprescindível “cozinha”, complementada pelas grandes feras Marcio Bahia (bateria), Mu Carvalho (órgão, acordeom, minimoog e piano Hammond), Roberto Menescal (violão), Lula Galvão (violão),

Rômulo Gomes (contrabaixo), Felipe Larrosa Moura (bateria), Cristóvão Bastos (piano), David Rosenblit (piano), Pedro Moita (marimba) e Ian Moreira (percussão). Por favor, meu véio, creia que minha intenção era comentar cada música do seu disco, mas, ao fim e ao cabo, findei optando por homenagear todos, eu disse todos, os instrumentistas ali presentes, citando-os um a um. Pois veja, meu amigo, Passeando é um álbum que me tocou como homenagem aos seus colegas, bem como aos que adoram música; um tributo ao instrumental brasileiro que você, acertadamente, dedicou ao nosso Roberto Menescal. Bem, Alberto, agora me despeço com um abraço agradecido por seu talento posto na roda fonográfica em forma de um CD seminal. *

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m parceria com a Embaixada e o Consulado-Geral da Hungria, o Sesc RJ preparou três fins de semana cinematográficos batizados de “Liberdade, Amor”, nos quais serão exibidos três filmes desse país que dialogam com questões contemporâneas. As sessões ocorrem sempre às 17h, com entrada franca, no Centro Cultural Arte Sesc, na Rua Marquês de Abrantes, 99, no Flamengo. “A gente dificilmente lembra da cinematografia húngara quando se fala em cinema europeu. Fala-se muito de França, Alemanha e Itália. Só que há sucessos que mostram a força da Hungria no meio cinematográfico ao contar histórias únicas do país”, afirma Marcelo Müller, crítico do site Papo de Cinema. No dia 15/4, será exibido “Sangue nas Águas”, história de

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA TEMPORADA 2023 DO CINESESC

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amor em meio à Revolução de 1956; Em 22/4, “O Tempo Para” conta a história de um grupo de crianças que cresce em meio ao comunismo e passa os dias em busca de liberdade; em 29/4, “A Testemunha”, um dos maiores clássicos do cinema húngaro, traz uma sáti-

ra carregada sobre a ditadura. “Consideramos muito importante apresentar aos espectadores e cinéfilos do Rio uma cinematografia relevante e pouco conhecida do cinema mundial. O conjunto de filmes que será exibido revela três histórias de ficção, realizadas em três décadas

diferentes (1960, 1980 e 2000), mas que se relacionam profundamente com a situação sociopolítica de seu país”, destaca o analista de Cultura do Sesc RJ, Leandro Luz. A ideia das sessões é valorizar a pluralidade do cinema mundial e facilitar o acesso do público a diferen-

tes culturas. “Com a mostra, gostaríamos de direcionar a atenção do público brasileiro ao cinema húngaro e à maneira de pensar da Europa Central. Poucos sabem que, na virada do século passado, imigrantes húngaros, muito talentosos, ajudaram a fundar Hollywood e que na atualidade, com complexos de alta tecnologia, Budapeste tornou-se a ‘Hollywood europeia’, a segunda plataforma europeia de filmagens depois de Londres. Esperamos que os cinéfilos brasileiros apreciem estes longas que marcaram a história cinematográfica húngara dos últimos 50 anos”, diz a Cônsul-Geral da Hungria, Zsuzsanna László. O Centro Cultural Arte Sesc oferece ao público sessões de cinema gratuitas todos os sábados, sempre às 15h e às 17h. A programação completa das atrações culturais do Sesc RJ pode ser consultada em www. sescrio.org.br.

A FELICIDADE DAS COISAS

OS AMORES DE UMA LOIRA

RODA DO DESTINO

Direção de Thais Fujinaga | Brasil 2021 | 87 min | Ficção

Direção de Milos Forman Tchecoslováquia | 1965 80 min | Ficção

Direção de Ryûsuke Hamaguchi Japão | 2021 | 121 min | Ficção

Uma mãe que sonha em construir uma piscina para os filhos se vê cada vez mais sufocada pelo peso das responsabilidades.

Versão restaurada de um clássico tcheco que traz a história de uma garota em busca do amor.

Três histórias protagonizadas por personagens femininas que falam dos encontros e desencontros da vida.

PERCURSOS: A VIDA IMITA A ARTE?      1º a 30 de abril

Ingressos gratuitos

TRÊS VERÕES

TROMBA TREM - O FILME

Direção de Sandra Kogut | Brasil 2020 | 94 min | Ficção

Direção de Zé Brandão | Brasil 2022 | 98 min | Animação

Um conto bem-humorado que acompanha Madá (Regina Casé), caseira que vê o desmantelamento de uma família rica em função de dramas políticos.

História sobre um elefante sem memória que acaba se tornando o principal suspeito de misteriosos raptos.

Sujeito a lotação Acesse o site e confira a programação completa das unidades: sescrio.org.br.



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oteirista prolífica, passando do animação documental (“Samouni Road”) ao melodrama mais mauricinho que a França faz hoje em dia (“Os Fantasmas de Ismael”), com paradas em versões de HQs finas pras telas (“Paris, 13. Distrito”), Léa Mysius hoje invade o circuito brasileiro com uma espécie de “Carrie, a Estranha” em versão olfativa, que tem já estreia no streaming, via MUBI, assegurada para 12 de maio: “Os Cinco Diabos”. Exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes, em 2022, o longa-metragem é um thriller sobrenatural que traduz o interesse da cineasta (que nasceu em Bordeaux, há 34 anos) em falar de conexões femininas sobre as quais o discurso da sororidade habitualmente não menciona. Esse era o tema também de seu longa de estreia como cineasta, “Ava”, lançado na Semana da Crítica de Cannes em 2017, e hoje em exibição também no www. mubi.com. “O que me interessa é a transmissão de valores intrínsecos à con-

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dição feminina ao longo do tempo, entre mulheres de perfis e de temperamentos muito distintos, incluindo aí o tema da maternidade. Vemos uma mãe compreensiva em ‘Ava’, que reage com a acolhimento aos conflitos da personagem principal. Em ‘Os Cinco Diabos’, há uma mãe com dificuldades. A questão central é estabelecer um link entre o cinema uma certa matéria invisível, sensorial, que passa por essas mulheres”, explica ao Correio a diretora, que hoje integra um grupo

de notáveis realizadoras europeias, como sua conterrânea Julia Ducournau (ganhadora da Palma de Ouro de 2021 com “Titane”) e a italiana Alice Rohrwacher (indicada ao Oscar deste ano com “Le Puppile”) centradas nas relações entre manifestações extraordinárias e o corpo. “Existem códigos do cinema fantástico e eu me interessei por ele. Mas não quero me limitar a ele, pois a dicotomia ancestral que existe entre ‘amor’ e ‘honra’ é um assun-

to que me instiga. O modo como novas formas, quase sempre livres, de relacionamento ainda impõe algo de assustador às pessoas me interessa num trabalho como ‘Os Cinco Diabos’, no qual eu mostro um marido que não é possessivo, que ama sem impor poder de controle”, continua. Estima-se que Léa possa integrar um dos júris do Festival de Cannes deste ano, agendado de 16 a 23 de maio, seja na disputa oficial pela Palma de Ouro (que tem o sueco Ruben Östlund como presidente) seja na Semana da Crítica. Essa especulação vem do sucesso que seu “Le Cinq Diables” fez por lá. Na trama, Vicky (Sally Dramé), uma garotinha estranha e solitária, tem um dom mágico: pode reproduzir qualquer perfume de que goste, e os guarda em frascos cuidadosamente identificados. Sua habilidade para reconhecer aromas, dominando fragrâncias, é único. Ela capturou o perfume de sua mãe, Joanne (Adèle Exarchopoulos, de “O Azul É A Cor Mais Quente”), por quem nutre um amor selvagem

e excessivo. Quando sua tia, Julia (Swala Emati), irmã de seu pai, aparece em suas vidas, Vicky reproduz seu cheiro, sendo transportada para memórias sombrias e arcaicas ligadas a várias (e violentas) formas de exclusão, que a levam a descobrir os segredos de sua aldeia, sua família e sua própria existência. Esse enredo foi rodado por Léa em Isère, há seis horas de distância de Paris. “Existe um recrudescimento da extrema direita em toda a Europa, sobretudo nas regiões mais interioranas, nas áreas rurais. Foi um ponto importante para que eu pudesse trazer pro filme a discussão sobre o racismo e a homofobia, onde uma mulher jovem como Joana, na condição de mãe, precisa lutar para encontrar e afirmar sua voz. Eu precisava de uma ambientação opressora”, diz Léa. “O grande desafio dessa trama era partir dessa dimensão olfativa Vicky, tentando não ‘filmar o cheiro’, mas entender o quanto a ideia de um perfume, que é falado na história, pode servir de gatilho para a imaginação do espectador. É a magia do cinema”.



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ais fina estratégia de sociabilização para adolescentes nerds com dificuldade para interagir, o passatempo colaborativo conhecido como role-playing game ou só RPG, traduzido aqui como jogo de personificação, misturou sua essência, sua relevância e sua popularidade a uma marca que mistura elementos da Idade Média com a cartilha da ficção capa & espada em suas regras e suas narrativas: “Dungeons & Dragons”. Gary Gygax e Dave Arneson criaram esse sistema, mais conhecido pela sigla “D&D” em 1974, pela empresa Tactical Studies Rules, Inc. (a TSR). É uma combinação de elementos de “O Senhor dos Anéis” de deus Tolkien, com gibis de Conan e do Príncipe Valente, além de uma série de referências cinematográficas, em que os jogadores encarnam diferentes classes (guerreiro, feiticeiro, ladino, clérigo), de raças distintas (anãos, elfos, gnomos), em missões (“campanhas”, no jargão técnico) por mundos mágicos, cheios de monstros. O desenho animado “Caver-

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na do Dragão”, popularizado aqui a partir de 1986, foi o derivado audiovisual mais famoso do RPG até que John Francis Daley e Jonathan Goldstein, um par de roteiristas com ambições na realização, investirem todo

o seu cabedal pop no longa “Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes”. Com uma bilheteria estimada em US$ 72 milhões no exterior, essa aventura eletrizante – sem uma barriguinha sequer em sua edição taquicárdi-

ca – evoca os clássicos da “Sessão da Tarde” dos anos 1980 e 90, como “A Lenda” (1985) e “Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões” (1991), ao mesmo tempo em que faz uma ode ao espírito de inclusão das partidas de role-playing – uma forja de amizades eternas. Chris Pine esbanja carisma na pele de um bardo que, acompanhado por uma bárbara (Michelle Rodriguez, impecável), um ladrão metido a mago (Justice Smith) e uma druida superpoderosa (Sophia Lillis, perfeita em cena), tenta encontrar uma relíquia necromante para ressuscitar sua finada mulher. No caminho, eles enfrentam um furioso dragão com obesidade, uma estátua draconiana e um mar de traições, gotejado pela vilania do charlatão Forge (Hugh Grant). Há uma passagem em que os diretores – essencialmente conectados com a dinâmica dos RPGs – evoca uma classe de herói típico dos “D&Ds”: os paladinos, cavaleiros de alinhamento pleno com o Bem. É o caso do cavaleiro Xenk, (muito bem) interpretado por Regé-Jean Page, tirando dele a canastrice esbanjada em “Bridgerton”. Embalado numa direção de arte detalhista, em sintonia com o colorido saturado da fotografia, Xenk esbanja adrenalina em cena.

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                à sua cidade natal a fim de se                  



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  Separei o dinheiro para um picolé e um copo de mate, botei meu par de chinelos e desci. Todo mundo ainda estava dormindo em casa, algo perto das seis e meia da manhã. A Figueiredo Magalhães praticamente não tinha carros nem gente, ao contrário de 99% do tempo. É que o domingo de manhã tem certo gosto de ressaca, de noite para dormir. Quase na esquina com Barata Ribeiro, jovens vindos da Lapa, o underground carioca, saltam do ônibus no ponto e há quem cogite um lanche no Sumol, um suco e sanduíche, talvez uma fatia de pizza napolitana que eles vendem toda hora. Caminhe menos de cem metros e, na porta da galeria, dá para saber as próximas atrações do Cine Condor Copacabana. Bem na porta fica meu ponto de ônibus preferido para ir ao Maracanã. Na pequena galeria tem uma loja que vende camisas bem confortáveis Avenida Copacabana versus Figueiredo Magalhães, a esquina mais barulhenta do mundo. Marcelo Conde e Hermínio moravam ali. Garotos extenuados pela noite virada deixam o Gordon, lendária lanchonete famosa pelas partidas de mau-mau e truco disputadas no segundo andar da loja. Os sanduíches eram imperdíveis. O símbolo da drogaria na Figueiredo é um dos colossos de Copacabana: Pepe Corta Zeros, um tucano - ou arara? - combatente da inflação de 70% ao mês, porque a vida é assim na Era Sarney. É um tucano bem grande na logomarca, antes de chegar a agência do Banco Econômico. Na transversal, tem a loja

da Gênova com os melhores salgados e a melhor pizza brotinho do mundo, senhor! Gostosa demais. A Domingos Ferreira é uma rua discreta, de pouco movimento. Uma quadra antes do temível Edifício Master - eu e Xuru passamos sempre do outro lado da rua. Na quadra do Camões é fácil ver Júnior, um dos melhores jogadores brasileiros. Volta e meia está por ali com seus ex-vizinhos, apaixonado que é pelo Juventus, o time mais popular de futebol de areia do Rio. Atravesso a Atlântica, desço a escadinha de dois degraus e meu par de chinelos Katina Surf protege meus pés do calor da areia. A praia ainda está deserta. Manhãzinha de domingo, todo mundo tem um pouco de ressaca, seja etílica, seja sentimental. Um garotinho sentado mais adiante mexe com a pá num balde, brincando com a areia. Sua mãe o observa atenta e orgulhosa. É uma linda e pequena família. Noves fora, estou sozinho bem aos pés do Atlântico Sul, então me sento, olho para um lado e outro, escuto o breve som do mar e nem quero pensar no vestibular, nos problemas e nas soluções que ainda não tenho. Por enquanto é tentar sair do quartel, passar na prova, estudar e arrumar um emprego. Os raios solares parecem mais fortes, já deve estar perto das oito da manhã. Daqui a pouco eu compro um picolé de limão ou côco. O mate fica para depois. A praia ainda está deserta, mas ao longe já tem um senhor vendendo o Dragão Chinês e outro com a chamada inesquecível: “É Maria Teresa Weiss!”.

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última autora atacada pela sanha revisionista literária é Agatha Christie. A editora Harper Collins anunciou a retirada de termos ofensivos a etnias, religiões e outros temas controversos usados pela velha dama do crime em sua vasta obra. O selo Puffin, da Penguin, também está reeditando os livros de Roald Dahl. As bruxas de uma de suas histórias não serão mais carecas, porque há mulheres que usam perucas sem buscarem atrapalhar com feitiços a vida alheia. Os Oompa Loompas, da Fantástica Fábrica de Chocolate, serão apresentados como “pessoas pequenas” e não “homenzinhos”, evitando, assim, o preconceito de gênero. Ressalvando que Dahl jamais foram “um anjo”, Salman Rudshie considerou “absurda censura” e uma vergonha a alteração das melancólicas histórias infanto-juvenis do inglês. Rudshie, afinal, é perseguido por um sentença de morte devido ao que se considerou heresia em seus Versos Satânicos. A revogação da sentença pelos tribunais conservadores dos aiatolás não impediu um fanático religioso de esfaqueá-lo num debate público. Enquanto se esfaqueiam criações ficcionais, principalmente as que podem influir nas mentes jovens, como as de Monteiro Lobato, cujo vocabulário é antiquado demais para as novas gerações, mas o enredo continua bastante atraente, coloca-se a literatura numa posição antagônica a da arte, que não apenas reforça valores estéticos, mas questiona a conformidade. Aparentemente, hoje há uma mi-

nimização da capacidade crítica de qualquer leitor, que consideraria o código de honra dos Três Mosqueteiros semelhante ao do Capitão Nascimento, do filme Tropa de Elite. No mundo real, o preconceito domina populações inteiras. Na minha pele (Objetiva, R$ 52), é a reflexão do ator Lázaro Ramos sobre ter a vida definida pela própria etnia. Artista festejadíssimo por seu talento, nascido e criado na Bahia, estado conhecido por sua ampla maioria de negros na população, adolescente tímido, só passou a exigir tratamento igual ao de brancos depois de entrar para o grupo de teatro do Olodum. Nas batidas policiais nos ônibus, em Salvador, “só descia negão” dos veículos. Sacando dinheiro em caixa eletrônico, à noite, ele foi interpelado por policiais armados. Explicaram que Lázaro era um tipo “meio suspeito”. Para evitar ficar estereotipado como alívio cômico, ele sempre buscou papéis marcantes em cinema, teatro e televisão, recusando interpretar escravos ou melhor amigo de protagonista. No teatro clássico, rejeitou uma proposta de fazer “o chato do Otelo”, preferia

o vilão, Iago, personagem muito mais intenso e complexo. Uma das preocupações de Lázaro foi apresentar aos filhos a literatura de Nei Lopes e Joel Rufino dos Santos, já que os escritores mais conhecidos brasileiros certamente chegarão naturalmente às crianças. Nem todo grande homem guarda em si um caráter que beira a santidade. Ex-editor da revista Time, o norte-americano Walter Isaacson relutou bastante antes de aceitar a proposta de escrever Steve Jobs (Intrínseca, R$ 99,90), um fascinante relato sobre a trajetória do homem que tanto contribuiu para digitalizar o mundo. Em 2009, ao saber que Jobs estava com um câncer terminal, Isaacson atendeu ao convite do fundador da Apple e começou a entrevistar o biografado, seus parentes, amigos, adversários, concorrentes e colegas a fim de traçar um retrato não muito generoso sobre quem esteve em todos os movimentos de mudança na música, nos computadores, no cinema de animação, nos tablets e, principalmente, na telefonia celular. Esquisitão, egoísta, vaidoso, obcecado, perfeccionista, cruel, controlador e workaholic são alguns dos adjetivos que poderiam descrever Steve Jobs – e Isaacson, reconhecendo que sempre se rendia ao imenso charme de seu objeto de observação, tenta comprovar todos os rótulos. Seu texto hipnotizante faz jus ao retratado, tecendo as loas devidas, sem esquecer das críticas.

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A reinvenção do Justiceiro como líder do Tentáculo é um achado da Marvel 

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empre que o carnaval termina, vem aquele papo “Ah, agora é que o ano vai começar”, quase sempre seguido da frase “Mas ainda temos as águas de março pela frente”. Mas o calendário quadrinhófilo chegou em abril com tudo. Confira:

     O artista brasiliense Tiago Palma usa seu desenho ultrarrealista em função da História a fim de reviver um dos cercos à Força

      No empenho de popularizar entre os brasileiros a obra da sul-coreana Keum Suk Gendry-Kim, autora de “A Espera” e “Jun”, hoje traduzida em 12 países, uma das editoras mais ousadas do mercado de HQs traz essa ode dela à relação de humanos e pets. É um relato emocionante e honesto sobre como a convivência com cachorros, no amor incondicional que eles sentem por seus donos, modifica o coração de seres desumanizados, auxiliando-os de forma quase inadvertida a tornarem-se pessoas mais sensíveis.       Western sombrio importado do selo inglês 2000 AD, o mesmo de Juiz Dreed. Rob Williams assina o roteiro e Dom Reardom cede seu traço a uma cruzada de vingança sinistra. Na trama, um pistoleiro sanguinário é morto à traição e, ao chegar o Limbo, tenta regressar ao mundo dos vivos para reativar sua cruzada justiceira no calor do chumbo.

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      Um dos mais belos tratados sobre recomeço já narrados pelas HQs, esta joia combina as manhas de roteiro da escritora francesa Ingrid Chabbert com ilustrações da aclamada quadrinista holandesa Aimée de Jongh. A trama se passa no dia em que, Josy, sua protagonista, completa 60 anos ese recusa a assoprar as velas do bolo de aniversário. Ela já está de malas prontas. Iria deixar o marido e a casa para recuperar a sua liberdade, ganhando a estrada com uma velha kombi. No caminho, ela se reinventa, inclusive afetivamente.

    Um especial que promete encantar os fãs do quadrinista Mike Mignola ao explorar as origens do tritão mais famoso das HQs de mistério desde a década de 1990. Fugindo do fim do mundo, Abe procura a verdade sobre sua própria conexão com a praga de monstros ameaçando devastar a humanidade. Mas o verdadeiro objetivo do herói aquático, fã de ovos podres, seria descobrir a verdade ou se esconder dela? Quem também procura respostas é um necromante, cujo acordo com o Diabo foi anulado após o Inferno entrar em colapso. Uma autêntica iguaria gráfica.

 gráfica sul-coreana

Expedicionária Brasileira (FEB) em campos de batalha – e em ruínas – da Itália onde o soldado Chico tem de encarar o racismo, a fome e a violência do Eixo.

O Faroeste reinventado em Gatilho Maldito

exterminador de criminosos Frank Castle fez sua primeira aparição como coadjuvante do Homem-Aranha no gibi “The Amazing Spider-Man” #129, em fevereiro de 1974, criado por Gerry Conway, John Romita e Ross An dru. Passou anos matando bandido até que a     correção política impôs à Marvel uma série  Caminhando para os 50 anos, o de mudanças em seu perfil.

    É sublime o casamento de texto e traço entre Pasquale Ruju e Maurizio Di Vincenzo nesta narrativa digna de “John Wick”. Depois de um trabalho cheio de primor com o ladrão Diabolik, a Editora 85 segue trazendo o melhor dos fumetti (quadrinho italiano) ao Brasil, apostando agora num outro ladino, Raymond Ray Cassidy. Sempre vestido de preto, ele só age com a aliança nupcial no dedo, dirige um possante Dodge Aspen V8, segue um código de honra pessoal segundo o qual civis nunca devem ser envolvidos e organiza os golpes como ações militares. Traído numa operação em 16 de agosto de 1977, Cassidy busca uma reinvenção. O volume reúne os seis primeiros números da cruzada revanchista do herói lançada lá fora pela Sergio Bonelli Editore.

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omedy club, de uma forma abrangente, costuma ser um local onde comediantes de stand-up apresentam seus números na frente de uma plateia. Sempre se diz por aí que o riso é excelente remédio, pois nos liberta por instantes de um mundo agitado, e geralmente na engraçado. Mas o humor vai além de um passatempo divertido, pois se integra à sua existência cotidiana: desde compartilhar anedotas inusitadas ou fazer piadas autodepreciativas, a comédia está em toda parte. De apresentações teatrais empolgantes a esquetes hilariantes, são muitas as formas e possibilidades que esses clubes podem oferecer. Exatamente por essas razões que Matheus MAD, em setembro de 2021 inaugurou a Casa da Comédia Carioca, um comedy club que se alojou no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema. Em sua breve existência, o projeto encarou uma pandemia, mas se orgulha de ter recebido grandes nomes da comédia como Fabio Porchat, Diogo Defante, Helio de La Peña e Smigol, entre outros, reunindo milhares de espectadores. Matheus é um incansável trabalhador do humor. Ator, humorista, roteirista e produtor, lida com humor há 10 anos. Em 2019, entrou para a sala de redação do canal de humor Porta dos Fundos, onde permanece desde então. Seus roteiros somam mais de 55 milhões de visualizações. Também integra grupo de humor “Os Caras”, com os humoristas Jeffinho Farias, Kwesny e Yuri Marçal. Com o grupo já se

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apresentou em grandes teatros como Teatro dos Quatro, Teatro Candido Mendes, Teatro Silvio Monteiro, Teatro Fashion Mall, Teatro Arthur Azevedo, entre outros. É integrante

do grupo de humor “Senso de Humor”, show com personagens, com os humoristas Angela de Andrade e Daniel Lopes. Localizada no coração de Ipanema, a

 Aclamado pelo público em suas temporadas no Rio e em São Paulo, o espetáculo “Nefelibato” está de volta à cena carioca entre os dias 7 e 30 de abril, no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), no Centro. O texto de Regina Antonini é interpretado pelo ator Luiz Machado que estreia seu primeiro monólogo, sob a direção de Fernando Philbert e supervisão de Amir Haddad. Machado apresenta em cena um equilibrista que vive entre os estados de lucidez e de loucura. Era o ano de 1990, e o país voltava a ter um governo eleito democraticamente. Com a inflação nas alturas, a

equipe econômica confisca parte da poupança da população, medida que levou milhares de brasileiros ao desespero, entre eles Anderson - que perdeu o negócio, um ente querido, um grande amor, e foi parar nas ruas, perambulando. “Um fato real, que se mistura com a nuvem da fantasia, do drama, do épico, do louco, do homem, do ‘Nefelibato’ que mora na praça que cada um possui no meio do peito. O projeto é um espetáculo teatral da dimensão humana que se refaz no humor, na poesia, na força, na busca por um lugar no mundo, seja o mundo real ou mundo imaginário. Este persona-

Casa nasceu em um periodo de transicao pandemica, o para ser uma valvula de escape e um local de lazer dos cariocas e turistas. Com uma capacidade maxima de 85 pessoas, tem o correto formato bastante intimista, remetendo aos mais tradicionais Comedy Clubs do mundo, fazendo o humorista sentir o calor da plateia e a reacao imediata as piadas. A casa é administrada pela Ambulare, fundada por Matheus que junto com a atriz e diretora Angela de Andrade e Claudio Diniz, administrador de empresas, são os gestores e curadores da programação que todas as sextas, sábados e domingos, a Casa da Comédia Carioca recebe os grandes nomes do humor nacional sempre com sessões acessíveis e para todos os gostos. Para Fernando Caruso, que dirige “Deixa que eu Conto”, o espetáculo com Flavia Reis e Ricardo Cubba, ora em cartaz, “A casa virou um point muito bacana para comediantes, porque tem a acessibildidade e facilidade de um bar de comedia. Não é dificil conseguir pauta, não tem a burocracia, sobretudo dos teatros do governo. A acústica é de teatro; a plateia, sentada juntinha, a caixa preta bacana para a comedia stand-up que é mais fácil de produzir. o Matheus teve muita sorte com esse espaço, com esse pensamento de expandir. Então a peça da Flavia e do Ricardo pode firmar o espetáculo, com a presença da plateia ver o que funciona e o que não funciona. Além disso tem a vantagem de ser um teatro ao lado do metrô. Sempre que perguntamos de onde vem a plateia a grande maioria não é da zona sul.”     

gem que carrega seu próprio mundo em um carrinho, que tem seu próprio mundo dentro de si, vai como Dom Quixote, como Hamlet, em busca de enfrentar seus moinhos e demônios para ser feliz”, discorre Philbert sobre a temática de sua montagem.           

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ria da Baixada, egressa de Belford Roxo, Carla Faour, uma tricolor ardorosa, anda marcando gol atrás de gol no teatro carioca contemporâneo ao construir uma das obras mais encantadoras (mescle a esse adjetivo um “provocativas” e um “bem urdidas”) das artes cênicas hoje, sempre devassando jogos de representação que encobrem hipocrisias nossas (vossas, deles) do dia a dia. Pra uma dramaturga que se interessa por identidades performáticas que encobrem segredos – como visto em peças como “Procópio” e o tocante musical “Céu Estrelado” -, Capitu, com seus olhos de ressaca estruturados à luz da ironia de Machado de Assis, é um prato cheio. É ela o objeto da nova peça da autora teatral, atriz e roteirista, que se destacou na TV com a série “Segunda Chamada”. Seu novo espetáculo, “Eu, Capitu”, estreia no CCBB no dia 12, com direção de Miwa Yanagizawa, assumindo como ponto de partida a conhecida história de “Dom Casmurro”, para debater a visão da sociedade sobre as mulheres em suas relações. Um embate de perspectivas é estruturado entre as atrizes Flávia Pyramo e Marina Provenzzano, que se alternam nas figuras de narrador e personagem. “Costumo dizer que sou uma atriz que escreve e uma autora que atua dentro do próprio processo da escrita”, diz Carla, que já encantou plateias em cena, atuando. Na entrevista a seguir, ela faz um balanço da atividade teatral hoje no país. Qual é o teu olhar pra mais importante figura feminina da nossa literatura do século XIX pra cá? Que Capitu dialoga com o feminismo de hoje? Que porres cabem nos “olhos de ressaca”? Carla Faour: O processo de escrita dessa peça foi bem singular. Só quando entendi - ou intuí, sei lá? - que não seria uma peça realis-

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Veríssimo, Nélida, Ubaldo... e tantos outros gigantes que admiro. Com que plateias o seu teatro conversa? Que novas plateias ele busca? Acho que faço um teatro de paixões. Gosto de me conectar com o público pela emoção. Quero acreditar que, por meio da emoção, consigo conversar com todo tipo de gente, independentemente de classe social, faixa etária ou preferência política. Pode parecer utopia, mas quero falar pra quem não tem interesse em me ouvir.

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ta, que teria que abrir mão de um controle racional sobre a história, investir numa narrativa simbólica que acessasse janelas do inconsciente, é que a coisa fluiu. Então, pra começo de conversa: “Eu, Capitu” é uma fábula que transita por um universo fantástico. Tem Capitu? Tem. Tem Machado, Assis e ressacas? Sim. Mas também tem pororocas, guarda-chuvas, borboletas, objetos flutuantes, busca, dúvidas e adagas. No centro da narrativa há uma menina de onze anos, passando por turbulências em casa e na escola. É através dos olhos dela que vamos construir uma das personagens mais famosas da literatura brasileira. Nossa Capitu é uma espécie de fada madrinha e mestre de cerimônias de um rito de passagem onírico, onde a menina começa a entender as dores e delícias de se

tornar mulher num mundo narrado por homens. É nesse contexto que se dá o diálogo do passado com o presente, entre as mulheres de ontem e as de hoje, e a constatação de que muitas questões da Capitu do século XIX ainda ecoam em 2023. Que Assis existe no seu Machado, o quanto ele se adequa aos padrões deste mundo da “cancelamentos” e de fake news? O que da literatura dele ficou na sua dramaturgia? Machado permanece no topo do meu altar. Reconheço e reverencio sua genialidade. Amo visitar o Rio de Janeiro do século XIX através das personagens machadianas e nelas encontrar pistas de como chegamos até aqui. Sou contra o cancelamento de autores e artistas. É injusto olhar para

literatura dos que vieram antes de nós sob a perspectiva de discussões contemporâneas. É preciso contextualizar e entender que autores são seres humanos pensando e refletindo os tempos, com visões de mundo da época em que estão inseridos. Carrego o Bruxo do Cosme Velho em mim, sem preconceitos e sem a pretensão de estabelecer comparações. Quem sou eu! Desta forma, percebo algumas características machadianas que admiro e que vão se amalgamando, às vezes inconscientemente, a um modo próprio de contar histórias. Gosto, por exemplo, de falas curtas e precisas, de uma linguagem coloquial, do humor pairando sobre as situações e personagens. Carrego Machado no meu DNA, assim como Clarice, Nelson, Suassuna, Cecília, Adélia,

O que se perdeu de público com a pandemia? O que mudou com as apresentações digitais? A pandemia só acentuou esse sentimento de valorização do encontro presencial. Teatro digital é legal? Claro que é. Alargamos fronteiras, abrimos novas possibilidades de alcance. Mas, convenhamos, presenciar o suor no rosto de um ator, uma risada ou lágrima coletiva, palco e plateia na mesma sinergia, a gente só vive isso no teatro. Seu teatro faz do afeto um abrigo e um abraço. Que afeto é possível na era pós-Bolsonaro? O afeto que passa pelo entendimento de que podemos discordar de muitas coisas, mas também podemos sentar juntos para assistir uma peça. Afeto que diz para o público: o que eu penso não é mais importante do que o que você pensa, então, sinta-se à vontade para discordar. Afetos possíveis acontecem no diálogo e na troca, na fala e na escuta. É menos discurso e dedo na cara, e mais estrada de mão dupla. Afetos raiz são plurais e diversos. Acho possível um afeto que desarma, pelo menos quero acreditar nessa possibilidade.

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com um gestual que desperta, imediatamente, a gargalhada. Flavia, com emissão perfeita, tom de voz que refletem bem as personagens e permitem que a paródia, motriz do humor. O resultado são gargalhadas sem fim. Os figurinos, pretos-balada, permanecem os mesmos, o que ressalta o melhor do comediante: não é necessário caracterizar, exageros (colocam apenas perucas) e que a interpretação, a rapidez do texto, o jogo do diálogo criam a imbatível dinâmica do riso. E platéia sai feliz, dorme em paz, de excelente humor. Com o presente se ser ao vivo, mais que isso, só dois isso. E esperamos o segundo, o terceiro...

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á dizia Andy Warhol: o sucesso vai durar 15 minutos. Ou Umberto Eco que as redes soltaram e libertaram todo o tipo de idiotas. Mas temos visto que não é bem assim. Na comédia, notadamente, temos visto o nascimento de ótimos artistas, excelentes textos que, por meio de meios democráticos e abrangentes, podem ser revelar e obter sucesso a um vlique de distância. A comédia “Deixa Que Eu Conto” trata disso. A talentosa e experiente Flavia

Reis juntou-se em 2021 a Ricardo Cubba, tiktoker com milhões de seguidores, quando gravaram uma versão autoral para o conto “Cinderela”, dos Irmãos Grimm. O entusiasmo do público, que se divertiu com a nova versão do conto, fez com que Ricardo e Flávia criassem versões para Branca de Neve, Frozen, A Pequena Sereia, Moana, entre outros. Parte desse trabalho virou uma peça, com a direção de Fernando Caruso, que de forma artesanal costurou os personagens emblemáticos de Flavia (Vanda da Van) e Ricardo (Mofe), aos esquetes de releitura dos contos de fadas e acer-

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tadas cenas sobre o papel do teatro, dos atores, a atual cena brasileira. A

direção estimula os dons de Flavia e Ricardo. Ele move-se no palco

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 Palhaço Afonso Xodó, Banda Rio e Convidados, dirigidos por Leo Carnevale, circulam em espaços de cultura das zonas Norte e Oeste. Paçoca é André Guimarães, pessoa com deficiência, e um dos convidados que, em um palco plural e inclusivo, juntamente com Afonso Xodó entra em cena com a Banda Rio, grupo de músicos que está na estrada há cinco décadas, com integrantes com mais de 80 anos. São homens e mulheres, brancas e negras, LGBTQIA+ e PCD que compõem o espetáculo que traz para o público a magia do circo, do teatro e da música.

 “Sentença de Vida”, espetáculo com direção do aclamado Gilberto Gawronski, que divide o palco com as premiadas Clarisse Derzié Luz e a drag queen Suzy Brasil, acompanha a jornada da médica infectologista Marcia Rachid, símbolo no tratamento do HIV, tendo como base o seu livro. A comédia mostra a forma de lidar com a doença, estreia temporada gratuita nesta nesta sexta-feira (7), às 20h, na lendária Turma OK (Rua dos Inválidos, 39) e segue pelo circuito das arenas municipais em mais quatro bairros cariocas ao longo do mês.

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 Para reverenciar a vida e a obra de Leci Brandão, o diretor Luiz Antonio Pilar leva ao João Caetano, o musical “Leci Brandão - Na Palma da Mão”, com texto do jornalista e escritor Leonardo Bruno. As atrizes Tay O’Hanna e Verônica Bonfim interpretam Leci Brandão e sua mãe, D. Lecy, respectivamente, e Sérgio Kauffmann representa personagens masculinos presentes na vida da cantora, como o líder comunitário Zé do Caroço, inspiração de uma de suas músicas mais famosas. A narrativa é construída a partir da relação muito forte entre mãe e filha até a morte de D. Lecy, aos 96 anos, em 2019.

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azendo uso de figuras geométricas (no caso, o cubo), Luiz Pizarro volta ao Paço Imperial com a individual “Metapaisagens”, exposição que reú-

ne pinturas inéditas e uma instalação interativa concebida para visitas guiadas. O artista reuniu obras recentes, abrindo espaço para a representação do Cosmos e questionando o homem como centro do universo. Há uma notória preocupação de Pizarro em expressar uma visão holística sobre os elementos, tirando a figura humana do centro das atenções para dar lugar ao todo, quer seja a natureza, a organicidade ou a harmonia universal. “Metapaisagens” ocupa uma

sala de 300m² com 18 telas de grandes formatos (medindo de 1,70m a 2,25m), produzidas entre o início de 2022 e 2023 em tinta acrílica, tendo as cores como elemento fundamental, uma forte característica em suas obras. No fundo do espaço, será apresentado o “Cubo Mágico”, - ou “Cubo dos Desejos” -, onde cada visitante é convidado a escolher uma cor nos novelos disponíveis, perpassando o total

das letras do seu nome por pontos dentro da instalação interativa, “mentalizando desejos”. A figura geométrica também se faz presente em cubos brancos nas próprias telas, chamados por Pizarro de cubos de cristal. Esta é a quarta mostra do artista plástico carioca, hoje residente na Alemanha, no Paço Imperial, onde já expôs, além de pinturas, gravuras e trabalhos em parafina. “Estes trabalhos foram for-

mulados em cima do conceito da colaboração, da interligação dos elementos. Já trabalhei muito a figura humana, desde o início da minha carreira. Desta vez, quis tirar isso das telas. Nossa contemporaneidade foi gerando uma centralidade que acabou sendo egocêntrica e egóica. Em ‘Metapaisagens’, o planeta Terra está representado por uma bola repleta de pontinhos que são a nossa imagem. Não somos mais do que pequenos pontinhos nesse planeta, planeta esse que também está inserido nesse espaço cósmico e sideral que, metaforicamente, é a tela como um todo, com plantas e flores, em um espaço aberto, o Cosmos”, diz Pizarro.           

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iante da marca suíça estar novamente em voga nos noticiários e, desta vez, não pelos surrupios feitos pelas gangues dos Jardins, lembrei-me de um fato inusitado que mistura sorte com mais sorte ainda. Aconteceu há anos na antiga “Feira de Antiguidades” que ficava ‘protegida’ pelo Elevado da Perimetral, quando as vigas não haviam desaparecido para o etéreo, talvez um mundo paralelo de ferros-velhos que está em outra dimensão ou abduzidas na eternidade dos anos-luz. Mas esta é outra página virada de tantas que se fazem da brochura-livreto, infelizes da nossa história, que não deviam sequer terem sido imaginadas. Hoje, a via suspensa ‘sucumbiu’ ao progresso trazendo ao espaço, da Praça XV, novamente beleza e arejamento àquela área central lambida pelas marolas da Baía de Guanabara e palco ou camarote de tantos eventos políticos-religiosos-curiosos-versáteis, observados pela Muy Leal e Heroica. A história, nada de pescador que representasse os antigos Mercado de Peixes ou o Entreposto de pescado da SUDEP naquela área, me foi narrada pelo irmão do protagonista, antigo expositor-antiquário do evento sabatino. Paralelo a feira oficial havia a do jeitinho carioca chamada “Cameloucos”. Consistia na formação de pessoas que saíam à cata de bugigangas descartadas pelas ruas ou lixeiras e tentavam ‘fazer um Cabral qualquer’ com as peças que eram valoradas de acordo com a cara do freguês e a demonstração de sua ansiedade-interesse. Tudo ali na mais pura descontração e informalidade. Havia de tudo, até vidros de perfumes com duas ou três gotas. Tudo era passível de es-

cambo ou comercialização. Um dos ‘cameloucos’ vendia relógios. Sua exposição consistia na formação de um ‘vulcão’ com as peças que se derramavam para os lados como ‘lava’. Ao contrário dos seus colegas, seu preço era fixo: “é qual-

quer um por cinco mirrés”. Assim funcionava para aquelas peças, que na maioria das vezes, não funcionava — e o caríssimo leitor já vai por aí me desculpando pelo infame trocadilho. A operação era bem simples: você catava em meio do furdunço

o contador de tempo, mandava ‘a garça’ para lá e a operação estava concluída com sucesso sem direito a garantias ou devoluções. E assim nosso protagonista agiu, olhou lá no meio da mixórdia e viu um Rolex que chamou de

‘bonitinho rodriguiano’. Funcionar? Claro que não, mas ali naquele ‘balaio de gato’ era questão de uma bateria nova para alimentar a versão ‘xing-ling’ e daria para o gasto do dia a dia. 

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uem não quer ter trabalho preparando o cardápio de Páscoa em casa, não faltam opções de menus, criados unicamente para a data, nos restaurantes cariocas. As sugestões vão desde brunch em hotéis tradicionais até almoços harmonizados. Se você ainda está na dúvida de onde almoçar no feriado, confira o roteiro que o Correio da Manhã preparou abaixo:

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BABBO - O chef Elia Schramm preparou um prato especial para celebração da Páscoa. A sugestão é o Fazzoletti recheados de bacalhau da Noruega, tomatinhos e cebola confit, fonduta granapadano e alho doce (R$ 128). A receita fica disponível no restaurante nos dias 7, 8 e 9 de abril (sexta, sábado e domingo). End: Rua Barão da Torre, 632 – Ipanema. Tel: (21) 99808-6496. BÃO – O chef Kiko Faria preparou um menu com três cursos para a Páscoa. O menu especial (R$ 135), tem salmão tartar com molho missô, maçã verde, granola salgada e azeite de manjericão, de entrada; peixe do dia com húmus, maçã verde e caponata Italiana, de prato principal e torta creme de chocolate com caramelo salgado e castanhas, para sobremesa. End: Rua Raimundo Correa, 10 Sobre Loja 201 - Copacabana. Reservas: (21) 99812-9976. ESCAMA - No restaurante, o menu especial (R$ 220) para a data é servido em quatro etapas. Começando pela Primeira Onda, com couvert clássico da casa, com pão maison, azeite, conserva, manteigas de crustáceos, alga nori e flor de sal. Seguindo o percurso, entre as opções de entrada está a cavaca folhada com molho beurre-blanc e vagem francesa. Nos principais, destaque para o Pirarucu na brasa com arroz de coco torrado e farofa de Uarini. Para finalizar, entremet com chocolate belga e creme de avelã. E de sexta a domingo, a casa irá oferecer um balcão de

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ostras com espumantes. End: Rua Visconde de Carandaí, 5 – Jardim Botânico. Tel: (21) 99753-6126.

especial para hóspedes e não hóspedes, das 13h às 16h. O menu inclui uma seleção de pratos quentes típicos da data, além de saladas, queijos, frios e peixes. E para os fãs de doces, haverá uma mesa temática de sobremesas. O valor individual do brunch, para adultos,

GRAND HYATT - O hotel disponibilizará no domingo de Páscoa (9) um brunch

é de R$ 385. Adolescentes de 13 a 17 anos pagam R$ 288,75 e crianças, de 6 a 12 anos, R$ 192,50. Crianças de até cinco anos não pagam. Endereço: Av. Lucio Costa, 9600 – Barra da Tijuca. Reservas: https://www.pacoteshyatt.com.br/rio-de-janeiro/product/ brunch-de-pascoa/.

GRUTA DO FADO - O chef Alexandre Henriques acabou de assumir a culinária portuguesa do Grupo BFW, trazendo toda herança e ensinamentos de sua mãe, Dona Henriqueta. Entre as opções para a data: Bacalhau à Brás, com cebolas e alho no azeite extra virgem com batata palha, ovos caipiras mexidos e azeitonas portuguesas. Outra opção é o Bacalhau Gomes de Sá, refogado com cebolas e alho, lâminas de bacalhau, batatas sautés, ovos e azeitonas portuguesas. Qualquer prato custa a partir de R$ 250 para duas pessoas. End: Av. das Américas 3900, Piso L3 - VillageMall. Telefone: (21) 3252-2801. HILTON - Criado pelo chef argentino Pablo Ferreyra, o brunch será servido no Clarice, quarto andar do hotel, e terá saladas, frios, pães de fermentação natural, viennoisserie, pratos quentes, sobremesas e estação de ovos de chocolate recheados com brigadeiro, maracujá e morango, ao vivo. A criançada poderá criar seus ovos do jeito que a criatividade mandar, com o auxílio de um confeiteiro. O brunch custará R$390 com bebidas não alcoólicas e vinho rosé inclusos. Crianças menores de 6 anos não pagam e de 6 a 11 anos pagam metade. End: Av. Atlântica, 1020, Copacabana. Compras e reservas: (21) 99282-8682. VINO! - Para a Páscoa, a casa criou um menu harmonizado completo para duas pessoas (R$ 269) ou individual (R$ 135), que ficará disponível durante todo o mês de abril. Como entrada, a opção é o arancini de Polvo com molho pomodoro, enquanto o prato principal é o e tradicional Bacalhau com Natas. Para sobremesa, a escolha é a Torta de Chocolate com Nutella. Endereço: Rua Santa Clara, 8 – Copacabana. Tel: (21) 99434-7952.

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