Story Transcript
BIBLIOTECA DEL NlÑO MEXICANO
MAUCCI
H .os M E X I C O
BIBLIOTECA D EL NIÑO MEXICANO SEGUNDA S E R I E . — DE S CU B RI M IE N TO S Y CONQUISTAS
El subterráneo del Oro Ó
EL
DUELO
E N LA S TINIEBLAS POR
HERIBERTO FRIAS
P ropiedad exclusiva de los se ñores Maucci H erm anos.
M ÉXICO M auccí H erm anos —P rim e r a del Relox, 1 1899
EL SUBTERRÁNEO DEL ORO
¡ E s c u c h a d , a m i g u i t o s , la l e y e n d a d e l s u b t e r r á n e o d e l o s t e s o r o s d e A xa ya catl...! ¡ E s c u c h a d ! E s t e r e l a t o t a n h e r m o s o y f a n t á s t i c o le r e f i e r e n con g r a n p o m p a los i n d ó m i t o s a n c i a n o s aztecas q u e s o b r e v i v i e r o n á l a s m a t a n z a s d e la c o n q u i s t a . L o s p a p e l e s , d e fi b i a d e m a g u e y e n q u e f u e r o n t r a z a d o s s e h a n p e r d i d o ; p e r o la f á b u l a d e los s u cesos fué r e c o g i d a p o r otros a n c i a n o s y dice así: ¡El su b te r rá n e o estaba o b scuro!... L a s p a r e d e s c o n s tr u i d a s con p ie d ra s v e r d e s q u e a lt e r n a b a n con tezontles, rojizos a p e n a s d e j a b a n v er s us te rrib les ídolos d e n e g r a s r o c a s . .. ¡Pe ro q u é r o c a s a q u e l l a s !. . . ¡ P a r e c í a n los í d o l o s d e la M uerte! ¡E r an ídolos horrorosísim os i n c r u s t a d o s e n los m u r o s d e a q u e l l o s s i n i e st r o s s u b t e rráneo s... ¡E ran , amigos mios, como galerías que c o n d u j e r a n á la s h o r r e n d a s m a n s i o n e s d e u n e s pantoso infierno!... ¡Cuántos corredores, cuántas escalerillas, cuántos pasillos!... Y h a b í a á t r a v é s d e los p a s i l l o s , d é l a s s a l a s ,
d e los c o r r e d o r e s y d e l a s p l a t a f o r m a s , v i e j a s c o lum natas ó pilastras negras; y había sobre aque l i as c o l u m n a t a s ó p i l a s t r a s , m e d i a s e s f e r a s , m e dios conos, inedias p i r á m i d e s ... y sob re esto se e rg u ía n las estatuas h o r re n d a s d e antig u os d io ses...! A p ar ec ía n d e dos en dos las s in ie stra s d iv in i dades negras Y á la c l a r i d a d d e u n l e ñ o d e ecoll v e í a n s e m á s t é t r i c a s . . . ¿ q u e a q u e l l o s í d o l o s q u e se e s c a l o n a b a n c om o en u n desfile m ág ico iban á s e r los q u e f o r m a b a n l a g u a r d i a d e h o n o r ? ...... ¿ P o r q u é en m e d io d e ta n ta n e g r u r a , allá en los s u b t e r r á n e o s d e los c a d á v e r e s , s e i n s t a l a b a n los í d o l o s d e los d i o s e s n e g r o s ? ...... ¡ C u á n s i n i e s t r a la g a l e r í a s u b t e r r á n e a d e l v ie • j o a l c á z a r d e A x a y a c a t l . ¡Y q u é t e r r i b l e e r a la h i s toria d e este palacio!... L o s a n t i g u o s y m á s v e n e r a b l e s a d i v i n o s d e la é p o c a d e M o c t e c u h z o m a Ilhuicam ina a r r o j a r o n florecidas rojas c erca d e s u s fa s es ... ¡b a ilar o n las d a n z a s s a g r a d a s l a s h i j a s d e los n o b l e s d e a q u e l l a é p o c a y m á s t a r d e los s a c e r d o t e s p r o n u n c i a r o n l a s p alab r as de las profecías p o d e ro s a s ! .... ¡Oh s in iestras, oh terribles galerías del Palacio d e l A xayacatl m a g n í f i c o ! . . . ¿ Q u é iba á p a s a r en tu s m isterio so s s u b t e r r á n e o s ? . . . ¿ H a s t a d ó n d e l l e g a r ía la a u d a c i a d e l i n t r é p i d o e s p a ñ o l H e r n á n C o r t é s ? ...... — ¡Pasa! ¡Pasa! S ig u e a delan te, orgulloso can -
— 4 — d i l l o , t echuhtli d e los s e r e s b l a n c o s ¡ p a s a ! Yo, te s i g o . ¡N o t e m a s ! E s a s f u e r o n los p a l a b r a s q u e p r o n u n c i ó u n a voz m i s t e r i o s a e n i d i o m a A x a y a c a tl , m i e n t r a s la Malinche ó M a r i n a s e la s t r a d u c í a al c a s t e l l a n o .
¡ P e r o q u e t e m b l o r e r a el q u e s a c u d í a p o d e r o s a m e n t e el c u e r p o to d o d e la in f el iz e s c l a v a , s u j e t a á s e r v i r p a r a e n t r e g a r á l o s u n o s c o n los o t r o s ! E ntonces H e rn án Cortés desenvainó lenta, m uy l e n t a m e n t e s u e s p a d a . . . ¡l a h o j a d e a c e r o b r i l l ó c o m o u n r e l á m p a g o . . . ! Y la e m p u ñ a d u r a d e
s u a c e r o t a m b i é n d e m o s t r ó el b r i l l o d e s u s p i e d ras que m u y ricas de un precio exorbitante d e m o s tr a r o n s e r .... Cortés, desconfiado se p re p a r a b a á las s o r p r e s a s , e s p a d a e n m a n o . C u a h u t e m o c lo s e g u í a y t r a s e l l o s i b a la M a l i n c h e . * * * — ¡ E n el n o m b r e d e D i o s e n t r o á la m a n s i ó n d e los a n t i g u o s reyes y s e ñ o r e s a z t ec as ! ... A s í e x c l a m ó el g u e r r e r o e s p a ñ o l , p a s a n d o al fin, d e s p u é s d e h a b e r a p a r t a d o las v iguetas finí s i m a s y q u e f o r m a b a n la p u e r t a y d e h a c e r h a c i a u n lado la piel d e ti g r e q u e s er ví a d e e s p l é n d i d o y m a g n í f i c o c o r t i n a j e ...... C a y e r o n e n l a s o m b r a los m u r o s d e g r u e s o s c a n t o s d e tezontle, m á r m o l p i z a r r a , ó n i x y a l a b a s t r o y c h i l u c a ! . . . C a y e r o n e n l a s t i n i e b l a s los m u r o s s o b e r b i o s q u e p a r e c í a n c u b r i r la p u e r t a . . .. y p o r fi n a p a r e c i ó t r a s el c o r t i n a j e d e p i e l e s d e t i g r e . . . ¡tan h e r m o s a s q u e e r a n ! al fin a p a r e c i ó el c o r r e d o r s o m b r í o d e la m a n s i ó n d e l . . . ¡ P e r o é s t e p a r ó el g o l p e c o n s u f u e r t e m a c o n a !...
— 14 — ¡C hocaron las d o s a r m a s ! . . L a tizona d e acero d e H e r n á n C o r t é s se e s t r e l l a b a c o n t r a la macana d u r í s i m a y diabólica d e l c a u d i l l o a z t e c a ! . . . O í a n s e los e s t r u e n d o s o s a s a l t o s . . . Y e n l a s t i n i e b l a s d e la c ue v a v eí an s e las c h i s p a s del a c e ro de C ortés y d e la macana d e « C u a h u t e m o c ! — ¡ P i e d a d , e n el n o m b r e d e l ci el o!. . ¡ D e t e n e o s ! . . . ¡ P i e d a d ! a s í g r i t ó s o f o c á n d o s e el a n c i a n o F r a y B a r t o l o m é d e O l m e d o . . . H e r n á n , H e r n á n , tu g e n t e s e p i e r d e , la o b r a d e c o n q u i s t a , d e e v a n g e lio va á s u c u m b i r . . . ¿ P o r q u é b a t a l l a n a s í d o s g u e r r e r o s q u e s o n a m i g o s ? Y al d e c i r e s t a s p a l a b r a s el s a c e r d o t e h a b í a t o m a d o c o n u n a m a n o la h o j a d e la e s p a d a d e C o r t é s y c o n la o t r a la m a cana d e « C u a h u t e m o c t z i n » . . . — ¿ Q u é p a s a ? . . . ¿ Q u i é n te h a d i c h o q u e e s t o y a q u i ? . . . ¿ C ó m o h a s podido venir hasta e l sub terráneo ?... — A h ! C o r t é s . . . ¡ C u a n d o e l e s p í r i t u v e l a p o r el a m o r d e los q u e s e d e s c a r r i a n e n l a s b a t a l l a s d e l a v i d a , n a d a se i g n o r a . . . D e j a e s a s r i q u e z a s , v u e l ve á la v a i n a el a c e r o d e t u e s p a d a . . . a b r a z a á e s e v a l i e n t e p r í n c i p e q u e d e f i e n d e los t e s o r o s d e s u s padres y ven, porque hay noticias terribles... M i e n t r a s e s t a s p a l a b r a s d e c í a el f r a i l e , C u a h u temoc, qu e e ra todo u n caballero, h ab ía dejado de c o m b a t i r . . . y e s c u c h a b a s o m b r í o la s p a l a b r a s d e l ancian o sacerdote, a u n q u e sin c o m p ren d erla s... p e r o sí l a s a d i v i n a b a . . ¡ P o r lo p r o n t o e r a s u y o el t r i u n f o ! H e r n á n n o s e l l e v a r í a los t e s o r o s . . .
— 15 — ¿ Q u é e s lo q u e p a s a ? p r e g u n t ó a n s i o s o C o r t é s . — ¡Q u e t u g e n t e s e a r r e m o l i n a y v a á b a t a l l a r e n el m i s m o p a t i o d e e s t e p a l a c i o ! . . . ¡ C o r r e ! . . . (C or r a m o s p o rq u e ya co r re la s a n g r e e s p a ñ o la ! ... — ¡ E s p é r a m e , q u e p ro n to nos h e m o s d e ver, c a m p e ó n azteca; p o rq u e q u ie ro q u e tu c u e r p o sep a c o m o s e s i e n t e la p u n t a d e u n a e s p a d a e s p a ñ o l a en un pecho azteca! No bien p r o n u n c ió estas pala b r a s c u a n d o la M a l i n c h e l a s r e p i t i ó e n i d i o m a n a h u a ct al c a u d i l lo m éxica , y e s t e s ol o c o n t e s t ó : — T ecuhllí d e l b l a n c o r o s t r o y d e la b a r b a d e s e l v a , p r o n t o s a b r á s t ú t a m b i é n c o m o s a b e n la s ll e c h a s m e x i c a n a s ! . . . P e r o a c u é r d a t e q u e e n e s t e palacio h ab i ta ré m i e n tr a s tú e stés... ¡S o rpr en d ist e s los s e c r e t o s d e los t e s o r o s d e l A x a y a c a tl!... ¡ N u n c a p o d r á n s alir de n u e s t r a p a t r i a . . . óyelo, ó y el o b i e n ! L a M a l i n c h e t r a d u j o e s t a s p a l a b r a s a z tecas á H e r n á n , c u a n d o este e n v a in a n d o su larga e s p a d a , y a b a n d o n a n d o los t e s o r o s, c or r í a á ver q u e p a s a b a con s u s valientes s o l d a d o s... C o sa r a r a , M a r i n a n o le s i g u i ó . — Y a v e s , oh ! a m a d o s e ñ o r , oh ! T e c u i h t l i - A g u i la d e los s o b e r b i o s y n e g r o s o j o s - r e l á m p a g o s ! . . . Ya v e s , C u a h u t e m o c , c o m o v i n e á s a l v a r t e c u a n do i b a s á p e r e c e r . . . i b a s á p e r e c e r p o r q u e el c a pitán, m i a m o , traía triple cota de m a lla, debajo d e s u c o r a z a ! . . . Yo p r e n d í f u e g o al p a l a c i o p a r a l l a m a r la a t e n c i ó n . . . y s a l v a r t e . . . ¡ N o d u d e s d e m í ! . . . — G r a c i a s , h e r m o s a M alinche; p e r o ¡a y d e tí
— 16 — si m e t r a i c i o n a s ! . . . N o d i g a s á n a d i e el s e c r e t o d e e s t a c u e v a . . . ¡ S a l g a m o s p a r a n o volver n u n ca! E s t o s t e s o r o s los voy á o c u l t a r d o n d e j a m á s o n to d o s lo s s i g l o s s e p u e d a s a b e r e n d o n d e e s
tán!... ¡Vete!... Aquella m ism a noche Corles vol vió á b u s c a r los t e s o r o s ; ¡ p e r o n o e n c o n t r ó s i n o u n a p eq u eñ í si m a p arte!... ¿D ón d e estab a n las d em as r i q u e z a s ? ¡ N u n c a lo h a b í a d e s a b e r ! . . . Y n i n g u n o lo h a s a b i d o h a s t a a h o r a , a m i g o s m í o s ! . . . ¡M i s t e r i o!.. . ¡ M i s t e r i o ! Ba r celona. —Imp .
la Casa E d ito rial M aucci
BIBLIOTECA DEL NIÑO MEXICANO Las Alegrías en Víspera de la Matanza La Hija de Xicotencatl La Barca de la Traición El Subterráneo del Oro El Sueño de Tenochtitlán La Cólera del Pueblo La Maldición contra el Déspota La Noche Triste en Tenochtitlán El Llanto de Cortés La Piedra contra el Emperador El Sitio de Tenoctitlan La Sirena Blanca y el Tritón Negro La Conspiración del Marqués del Valle La Voz del Heroísmo La Formidable Catástrofe El Castigo Espantoso El Ultimo Teocalli El Temaxcall de Netzahualcóyotl México ante la Independencia Nacional Los Crímenes y las Epopeyas de México Los Vireyes de la Nueva España Las Infamias de la Ambición Los Crímenes de la Ambición Las Auras de la Independencia La Infamia del Rey Tzintzicha