E N T R E L A MUERTE Y EL RENACER http://www.chant4.co.uk/sgi/Documents/Rebirth.doc Traducción del “Seikyo Times”, Febrero 1987, de Pedro Seckinger Revisión de Celia Prades ( m iem br os d e S GIV)

E s t e a rtícul o, e scri to p o r Yoichi Kawata, Vicepr esidente de la S o k a G akka i , fu e p u b l icado en tr es entr egas. La ver sión c o m pl eta a p a reci ó po r p r im er a vez bajo el titulo de “ Budism o y

Ciencia

Medica:

Hacia

el

Establecimiento

de

una

P e r s pe cti va C o rre cta de la M uer te y el Renacer ” ( jap . Buppo t o I g a k u : S h i e s e i k a n n o K a k u r i t s u n o Ta m e n i ) e n e l p e r i ó d i c o K yog a ku K en ya Koza , vo l . 6 (In sti tu to d e Fi l o so fía Oriental de Tokio, 1985). P R I M E R A P A R T E : A T R AV É S

DE LA

BARRERA

DE LA

MUERTE.

Explicaciones provenientes del Kusha Ron ¿Qué experimenta el “yo” subjetivo, qué imágenes se despliegan ante é l a m e d i d a q u e se a ce rca a l a b a rre ra e n tre l a vi d a y l a mu e rte ? . E n e l M u n d o Occi d e n ta l , a d e má s d e l o s a p ro xi ma d a me n te 1 5 0 ca so s e s t u d i a d o s p o r e l D r. R a y m o n d A . M o o d y ( 1 ) , s e h a i n f o r m a d o d e m u c h o s r e l ato s si mi l a res re lativos a exper iencias que tienen lugar al aproximarse el momento de la muerte. E n t r e l o s c a s o s e s t u d i a d o s p o r e l D r. M o o d y, e n c o n t r a m o s l o s s i g u i e n t es re l ato s: “ L o pri me ro qu e su ce d i ó, y m uy r ápidam ente, fue que pasé a través de un vacío muy oscuro a una gran velocidad. S u p on g o q u e se p o d ría com par ar con un túnel. M e sentía

c o m o si e stu vi era e n una m ontaña r usa en un par que de diversiones,

atravesando

este

túnel

a

una

velocidad

tremenda” (2). “ M e e n co n tra b a e n me d i o d e u n va cío to ta l me n te o scu ro . Es m u y d i fíci l d e exp l i ca r, per o m e sentía com o si m e estuvier a m o v i e n d o e n u n va cío , pasando a tr avés de la oscur idad. A u n así, me e n co n trab a totalm ente consciente” . ( 3) “ ...e n tré d e ca b e za e n u n p a sa j e e stre ch o y mu y, mu y o s c u ro . Me d a b a l a i mp re si ó n d e q u e a p e n a s p o d ía p a sa r p o r el mismo. Comencé a deslizarme hacia abajo, abajo, abajo”. (4) E l D r. K en n e th R i ng ha l l amado a tales im pr esiones “ la entr ada en l a oscuridad”, una etapa que describe como “transicional entre este m u n d o y l o q u e se a q u e h a ya m as allá “ . ( 5) E n tr e l o s re g i stro s d e l o s ca so s cl ín i co s d e l D r. R i n g l e e mo s, p o r ejemplo, la siguiente descripción: “Era como de noche. Estaba oscuro pero era como, como (pausa), como el cielo oscuro. Espacio. Oscuridad. Y no había nada alrededor. No había estrellas ni ningún objeto alrededor”. (6) Recientemente, se ha comenzado a informar acerca de estas e x p e r i e n ci a s e n Ja p ó n , y su co n te n i d o p a re ce se r mu y si mi l a r. L a s siguientes

citas

se

han

tomado

del

libro

“Las

Fases

de

M u e r t e ” ( j ap . S h i no Iso g a ku ) de Yoshim oto Takaaki. “ A u nq u e ya me en co n tr aba envuelto en la oscur idad, m e s e n tía co mo si e stu vi e ra ca ye n d o p o r u n a g u j e ro a u n má s oscuro”.

la

“ M e sen tía co mo si estu vier a volando a tr avés del espacio en el que no había nada, solo una completa oscuridad”. “ Q u ed é tota l me n te en vuelto en la oscur idad. Y tenia la s e n s a ci ón de qu e e sta b a siendo atr aído hacia una oscur idad aun más profunda, como si estuviera en un ascensor”. “ E r a u n a se n sa ci ó n e sca l o fri a n te . Me e n co n tra b a e n u n l u g a r frío. Como un pasaje o túnel subterráneo”. La experiencia de acercarse a esa barrera, literalmente “el punto sin r e t o r n o ” , d u ran te l a tran si c ión de la vida a la m uer te o de l a c o n c i e n c ia a l a i n co n sci en cia significa, en tér m inos científicos, qu e debido a la muerte cerebral la vida se aproxima al estado de muerte b i o l ó g i c a o c e l u l a r. L a s i m á g e n e s q u e s u r g e n e n e s t e m o m e n t o pueden describir el paisaje interior de una vida que desciende de niveles conscientes a inconscientes. Quizás podemos afirmar que son manifestaciones

del

proceso

mediante

el

cual

la

energía

p s i c o s o má ti ca , q u e se h a b ía ma n i fe sta d o h a sta e se mo me n to e n l o s c i n c o c o mp o n e n te s d e fo rma , p e rce p ci ó n , co n ce p ci ó n , vo l i ci ó n y c o n c i e n c ia (7 ) e n tra en esta do de latencia, pasando del ám bito de l a s e x t a c o nci en ci a y d e l a co nciencia m ano al de la conciencia a l a y a (8). Las imágenes descritas durante las experiencias que tienen lugar al aproximarse el momento de la muerte parecen corresponder al c o m i e n z o d e l o q u e se l l a m a en Budism o “ el viaje a tr avés de l a e x i s t e n c i a i n t e r m e d i a ” ( j a p . chu- u ) (9 ), e s d e ci r, e l i n te rva l o e n tre esta existencia y la siguiente. Aunque aquellos que han sobrevivido a una experiencia cercana a la muerte para contarla no cruzaron, a fin de cuentas, la barrera que separa la vida de la muerte, el viaje a través de la existencia intermedia continúa mas allá del momento de

l a m u e r te , a d e n trá n d o se p ro fu n d a me n te e n e l mu n d o q u e e xi ste ma s allá de la misma. Este proceso puede incluir una expedición al ámbito i n t e r n o d e l a v i d a , e s d e c i r, a l u n i v e r s o p s í q u i c o . E l v o l u m en 8 de l K ush a R o n ( s á n s c . Abhidhar m a- koshashastr a ) , u n tratado escrito por el erudito budista Vasubandhu, del siglo IV o V, explica la existencia intermedia como sigue:

“ L o s ci n co co mp o n e n te s, ta l co mo e xi ste n e n tre l a s d o s etapas de la vida y el renacer se llaman ‘existencia intermedia’. No ha llegado aun a su destino; por lo tanto, no puede decirse que ha nacido. Después de la etapa de la m u e rte y a n te s de l na ci miento, es decir, dur ante el inter valo entre ambas, surge una existencia que posee un cuerpo para m o v erse h a ci a e l l u g a r donde r enacer á” . P o r l o t a n to , “e xi sten ci a i nter m edia” indica el inter valo de tiem p o e n t r e l a m u e r t e y e l r e n a c e r. L a v i d a , t a l c o m o e x i s t e d u r a n t e e s t e intervalo, es llamada “cuerpo provisional”, el cual, según se afirma, c o n s t a de l o s ci nco componentes. La “ existencia” a que se hac e referencia

en

este

pasaje

del

Kusha

Ron

indica

los

cinco

c o m p o n e n te s. S i n e m b a rgo , l o s ci n co componente del cuer po pr ovisional difier e de los que formaban al individuo mientras estaba vivo. De acuerdo al s i g n i f i c a do q u e se l e a si gn a aquí, el ter m ino par ece r efer ir se a l a energía latente de los cinco componentes que se manifestaran en la siguiente existencia. Desde el punto de vista del Mahayana, podríamos afirmar que se refieren a las “semillas” de los cinco c o m p o n e n te s a l ma ce n a d a s en la conciencia a l a y a.

E l c o m p on e n te “forma ” qu e tiene la vida en la fase de la existenc i a i n te r m e d i a se co n o ce co mo “cu e rp o su ti l ” y se a fi rma q u e p o se e o j o s y o t r o s ó r ga n o s d e l os se n ti dos. El

Kusha

Ron

y

el

Daibibasha

mahavibhasha-shastra),

un

Ron

tratado

(sánsc. del

Abhidharma-

siglo

II,

describe

detalladamente el “cuerpo provisional”, o la vida en la etapa de e x i s te n c i a i n te rme d i a . Aq u í me g u sta ría e n fo ca r l o s n u e ve a sp e cto s d e l a e x i s t e n c i a i n t e r m e d i a e x p l i c a d o s e n e l Kusha Ron .

1 . - Visibilidad. En el volumen 9 del Kusha Ron se afirma: “ E l cu e rp o p ro vi si o n a l e s vi si b l e so l o p a ra o tra s e xi ste n ci a s intermedias de la misma clase. Si uno ha obtenido, mediante un esfuerzo tenaz, el más puro ojo divino, será capaz de v e r l o . P e ro e l o j o co n el cual hem os sido dotados por la naturaleza no puede discernirlo debido a la extrema sutileza de ese cuerpo”. E s t e p a saj e exp l i ca qu e el cuer po pr ovisional es extr em adam en te s u ti l ; p o r l o ta n to , n o e s vi si b l e p o r e l o j o co mú n . Si n e mb a rg o , l a s existencias intermedias pueden verse las unas a las otras y se afirma también que los seres humanos que han obtenido una visión c l a r i v i d e nte u o tros p o d e res sim ilar es pueden ver las. E n l o q u e re sp e cta a l h e ch o d e q u e l a s e xi ste n ci a s i n te rme d i a s pueden verse las unas a las otras, en el volumen 17 del Daibibasha R o n se afirma lo siguiente:

( a ) E n tre l a s exi sten ci as inter m edias de los Seis Cam inos, aquellas que se encuentran en un camino particular pueden v e r a l a s q u e se h a l l a n e n e l mi smo ca mi n o . Po r e j e mp l o , l a s existencias intermedias que se encuentran en el estado de infierno pueden discernir a otras que se hallan en el mismo estado; las existencias intermedias que se encuentran en el estado

de

éxtasis

pueden

ver

todas

las

existencias

intermedias que se hallan en el mismo estado, y así sucesivamente.

(b) Además,

las

existencias

que

se

encuentran en los Seis Caminos pueden percibir a las que se e n c u e n t r a n e n u n e s t a d o i n f e r i o r. E s d e c i r, a q u e l l a s q u e s e e n c u e n tra n e n e l e sta d o d e i n fi e rn o só l o p u e d e n ve r a o tra s existencias intermedias que se hallan en el mismo estado, p e r o a q u e l l a s q u e se e n cu e n tra n e n e l e sta d o d e é xta si s pueden ver a todas las existencias intermedias que se hallan en los Seis Caminos. 2 . - P o d e r p ara mo ve rs e . En el volumen 9 del Kusha Ron se afirma: “La

existencia

intermedia,

esta

dotada

del

poder

s o b r en a tu ral , d e ri va d o de su kar m a, de viajar con la m áxim a v e l o c i d a d . N i si q u i era l os Budas pueden detener lo, debido que esta investido del poder del karma”. E s t e p a s a j e e xp l i ca q u e , d e bido a la fuer za de su kar m a , e l c u e r p o provisional puede moverse libremente a través del espacio y ni s i q u i e r a un B u d a e s ca p a z d e detener lo. 3 . - P o s e s ió n d e ó rg an o s de los sent idos. En el volumen 9 d el K u s h a R on se afirma:

“ L a s exi sten ci as i n te rmedias están, en todos los casos, dotadas de los cinco órganos de los sentidos”. Estos órganos de los sentidos son aquellos poseídos por el “ c u e r p o su ti l ”. 4 . - C a p a c i d a d d e a t r a v e s a r c u a l q u i e r o b s t á c u l o. E n e l v o l u m e n 9 d e l Ku s h a R on se afirma: “El cuerpo provisional es coextensivo. Ni siquiera un diamante es impenetrable para el cuerpo provisional. Por lo tanto se le llama coextensivo”. D e b i d o a q u e e l mo vi mi e n to d e l cu e rp o p ro vi si o n a l n o p u e d e se r bloqueado ni siquiera por algo tan duro como el diamante, se dice q u e n o p u e d e s e r o b s t r u i d o . E s d e c i r, q u e p u e d e p a s a r l i b r e m e n t e a través de la materia más densa. 5 . - D e s t i n o i n m u t a b l e. En el volumen 9 del Kusha Ron se afirma: “ U n a vez q u e su rge e l cuer po pr ovisional, destinado a un c i e r t o ren a ce r, ni ng ú n poder puede desviar lo de ese destino. Una existencia intermedia humana no dejará de ser tal para c o n v e rti rse en un a e xi stencia inter m edia de ningún otr o tipo. Lo

mismo

es

cierto

con

respecto

a

las

existencias

intermedias de los otros caminos. El cuerpo provisional existe con el fin de moverse hacia su destino y sólo puede m o v erse e n e sa d i re cci ón, nunca otr a” . E s t e p a saj e i n d i ca q u e l a s cir cunstancias en las que r enacer á l a existencia intermedia están ya determinadas por sus acciones de existencias anteriores. Por ejemplo, si mientras estaba viva una persona

ha

creado

el

karma

para

renacer

en

el

estado

de

tranquilidad, solo podrá renacer en ese estado y no en el de infierno o c u a l q u i e r o tro . D e sp u é s d e l a mu e rte , n i n g ú n p o d e r p u e d e a l te ra r s u d e s ti n o ká rmi co (co n l a e xce p ci ó n d e l p o d e r d e l a s o ra ci o n e s ofrecidas a los difuntos, que serán explicadas después). 6 . - U s o de olores c o m o a l i m e n t o. En e l vo l u me n 9 d e l Kusha Ron s e afirma: “ ¿ Se al i men ta n o n o l a s existencias inter m edias en el m undo del deseo? (10) Sí, pero se alimentan sólo de olores... A q u el l a s q u e n o h a n acum ulado buena for tuna sólo se alimentan de olores desagradables, mientras que las que han

acumulado

buena

fortuna

hacen

de

los

olores

agradables su alimento”. De acuerdo a este pasaje, las existencias intermedias subsisten usando olores como alimento. Además, debido a que los órganos de los sentidos (en este caso, la facultad de oler) son muy sutiles, también lo son los olores de los que se alimentan. Es decir, la fa c u l ta d d e o l e r p o se íd a p o r e l cu e rp o p ro vi si o n a l p e rmi te p e rci b i r olores de una naturaleza sutil. A d e m á s , el te xto a fi rma q ue aquellos que han acum ulado buena fo r tu n a p u e d e n a l i me n ta rse d e o l o re s a g ra d a b l e s, mi e n tra s q u e l o s q u e n o l a h a n a c u m u l a d o , e s d e c i r, l o s q u e h a n a c u m u l a d o m a l k a r m a , solo pueden alimentarse de olores desagradables. 7 . - D u r a c i ó n. Existen varias opiniones concernientes a la duración de

la

existencia

intermedia. Aquí

me

gustaría

citar

cuatro

explicaciones que se encuentran en el volumen 17 del Daibibasha Ron.

1) “Pregunta: ¿Durante cuánto tiempo mora la existencia intermedia en ese estado? Respuesta: Solo durante un corto periodo de tiempo, debido a que busca rápidamente el r e n a ce r. De acuerdo a esta primera explicación, la existencia intermedia solo dura un corto tiempo. Debido a que las condiciones externas necesarias son armonizadas por la energía kármica de la vida que se e n c u e n tr a e n e sta d o p ro vi si o n a l , su e sta d ía e n e se e sta d o e s mu y corta. 2) El Ve n e rab l e S h a mad a tta afir m a: “ L a exi ste n ci a i n te rme d ia dur a solo siete per iodos de siete días. Antes de transcurridos 49 días, el renacer queda definitivamente asegurado.” E s t a o p i ni ón e sti ma l a d u ración de la existencia inter m edia en siete s e m a n a s , q u e d a n d o e l ren a cer definitivam ente asegur ado después de transcurrido ese tiempo. 3) El Ve n e rab l e Vasu mi tra a fir m a lo siguiente: “ L a e xi sten ci a i n te rme dia dur a, cuando m ucho, siete días, debido a que el cuerpo provisional es extremadamente sutil y n o pu e d e e xi sti r mu ch o tiem po” . Esta tercera explicación estima la duración de la existencia intermedia en una semana, debido a que la fragilidad del cuerpo provisional no le permitirá persistir durante un periodo muy largo de tiempo.

4) “ El B u da , e l H o mbre d e Gr an Vir tud, ha afir m ado: “ N o e xi ste d u ra ci ó n fi j a (p a ra l a e xi ste n ci a p ro vi si o n a l ). Es d e c i r, q u e c u a n d o l a s c o n d i c i o n e s p a r a e l r e n a c e r s e c o n c reta n rá p i da men te , el cuer po pr ovisional dur ar a solo un c o r t o pe ri o d o de ti e mpo . Per o si después de tr anscur r ido un l a r g o p e ri o d o d e ti e mp o , l a s co n d i ci o n e s n o e stá n co mp l e ta s aun, ese cuerpo provisional persistirá durante un tiempo c o n s i de rab l e.” De acuerdo a esta cuarta opinión, el intervalo entre la muerte y el r e n a c e r n o e s fi j o. P a ra a l gunos, las condiciones necesar ias par a el r e n a c e r se man i fi e sta n rá pidam ente, m ientr as que par a otr os l a m a t e r i a l i z aci ón d e e sta s co n diciones r equier e de un tiem po m ayor. 8 . - S e g u r id ad d e l re n ac e r. (Este tema se tratara más adelante) 9 . - Forma de locomoción . En el volumen 9 del Kusha Ron s e a f i r m a : “ L a s e xi ste n ci a s i n te rme d i a s d e sti n a d a s a l e sta d o d e é xta si s s e mue ve n h a ci a a rri ba con la cabeza en alto, com o al levantarnos de un asiento. Las destinadas a los estados de tranquilidad, hambre o animalidad se mueven hacia delante horizontalmente. Las destinadas al infierno tienen sus c a b e za s h a ci a a b a j o y su s p i e s e n e l a i re , y a sí ca e n e n l a s profundidades”. E s t a d e s cri p ci ón re fl ej a l a noción de un cielo localizado por encima del mundo humano y un infierno que se halla por debajo del mismo. L o s d e s ti n a d o s a l ci e l o se mu e ve n h a ci a a rri b a co n l a ca b e za p o r delante, mientras que aquellos destinados al infierno caen en el m i s m o d e ca b e za . L o s cu e rp o s p ro vi si o n a l e s d e a q u e l l o s d e sti n a d o s

al estado de tranquilidad, animalidad o hambre tienen sus cabezas en alto y sus pies abajo, moviéndose como lo hacen los seres humanos. A l l e e r e sto s p a sa j es, de b em os r ecor dar que el Kusha Ron y e l Daibibasha Ron son tratados Hinayana, y como tales, están profundamente

influenciados

por el

punto

de vista

filosófico

H i n a y a n a , q u e a f i r m a q u e l o s d h a r m a s, o co mp o n e n te s b á si co s d e todas las cosas, existen en realidad. Por lo tanto, se refieren al c u e r p o p rovi si o n a l como al go que tiene existencia r eal y sustancia l , pero al revisar nuestra comprensión de los mismos a la luz del B u d i s m o Mah a ya n a , en co n tr am os datos im por tantes r elativos a l a forma en que existe la vida después de la muerte. Desde el punto de vista del Budismo Mahayana, podemos afirmar que la vida después de la muerte existe en el estado de vacío o nos u s t a n c i a l i d a d (ku ) , d i so l vi é n d o se d e n u e vo e n e l g ra n co smo s y fluyendo con la vida cósmica. Dicho en otras palabras, el cuerpo p r o v i s i o n a l n o e s , d e h e c h o , o t r a c o s a q u e , l a c o n c i e n c i a a l a y a, l a estructura de la existencia individual que transmigra de una vida a la s i g u i e n te , co n te n i e n d o d e n tro d e sí mi sma e l p o te n ci a l d e to d a s l a s funciones físicas y mentales en la forma de “semillas”. E l l l a m a do “cu e rpo provi si o nal” existe en el estado de vacío o nos u s t a n c i a l i d a d , en e l cu a l se funde con la gr an vida del cosm o s , m i e n t r a s ma n ti en e e n u n e stado latente, es decir, com o sem illas en l a c o n c i e n c ia a l a y a, l a s fu n ci o n e s q u e h a ce n q u e l o s ci n co co mp o n e n te s tomen forma y se unan. L o s p a s a j e s p r o v e n i e n t e s d e l v o l u m e n 9 d e l Kusha Ron q u e h e mo s c i t a d o a nte ri o rme n te p u e d e n inter pr etar se adecuadam ente com o un a d e s c r i p c i ó n d e l a fo rma e n q u e l a s se mi l l a s d e l o s ci n co co mp o n e n te s e x i s t e n d e m a n e r a l a t e n t e e n l a c o n c i e n c i a a l a y a; q u e se e n cu e n tra ,

a su vez, en el estado de vacío, representado esto como algo que tuviera existencia sustancial y manifiesta. S i n e m b a rgo , a u n cu a n d o l a vida en el estado de no- sustancialidad, v a c í o o ku s e h a d i s u e l to de nuevo en el cosm os m i sm o, esto no s i g n i fi c a q u e se p i e rd a su ca rá cte r o p e rso n a l i d a d i n d i vi d u a l . En o tra s palabras, aun cuando se haga una con el gran cosmos, mantiene s i m u l tá n e a me n te su i d e n ti d a d co mo i n d i vi d u o . Esta fo rma d e e xi sti r es el estado de ku, que no puede describirse ni como existencia ni c o m o n o - e xi sten ci a. Los factores que determinan esta individualidad se encuentran i m p r e s o s e n l a c o n c i e n c i a a l a y a, h a l l á n d o se co n te n i d o s d e n tro d e l a s m i s m a s co mo “semi l l a s”. Las sem illas del kar m a , j u e g a n u n p a p e l i m p o r t a n t e a e s t e r e s p e c t o ( 11 ) . Durante el proceso posterior a la muerte el “yo” subjetivo de cada existencia individual es influenciado por las semillas, especialmente l a s d e l ka rma , c o n te n i d a s e n l a conci enci a a l a y a. En otr as pal abr as , m i e n t r a s se e n cu e n tra fun dido con la vida cósm ica, el “ cuer p o p r o v i s i o n a l ” o y o s u b j e t i v o e x p e r i m e n t a l a f u e r z a l a t e n t e d e s u kar ma y o tra s se mi l l a s y, mi e n tra s re ci b e p l a ce r o su fri mi e n to , p e rci b e diversas imágenes. Las sensaciones o imágenes reales que una vida individual recibe en el estado de existencia intermedia forma el “paisaje interior” de esa vida después de la muerte y corresponde a las descripciones e x i s te n te s e n va ri a s e scri tu ra s b u d i sta s, re l a ti va s a l “vi a j e a tra vé s de la existencia intermedia”. Nichiren Daishonin mismo describe este v i a j e d e ta l l a d a men te en un o de sus pr im er os escr itos titulados “ E n A l a b a n z a a l os d i ez R eye s” (jap. Juo Santan Sho ) .

A h o r a m e gu sta ría con si de rar lo que exper im enta la vida después de la muerte, según lo descrito en este Gosho. SEGUNDA PARTE: EL VIAJE

A

T R AV É S

DE LA

EXISTENCIA INTERMEDIA

Descripciones provenientes del Juo Santan Sho E l J u o S a n ta n S h o (En a l a b a n za a l o s d i e z R e ye s) (1 2 ), u n o d e l o s primeros escritos de Nichiren Daishonin, describe el viaje a través de l a e x i s t e n c i a i n t e r m e d i a , e s d e c i r, a t r a v é s d e l i n t e r v a l o e n t r e l a m u e r t e y e l re n a ce r, ha ci endo r efer encia a cr eencias popular es de esa época, probablemente de origen chino, en diez reyes del otro m u n d o q ue , seg ú n se afi rmaba, juzgan a los difuntos. La descr ipció n c o m i e n z a con l a esce n a de una per sona difunta cam inando a solas a través de una vasta y oscura planicie. “ C u and o u n a p e rson a m uer e, vaga a solas a tr avés de una vasta planicie. Esto se llama el viaje a través de la existencia intermedia. Si trata de avanzar a lo largo del s e n dero, n o p u e d e e n co ntr ar pr ovisiones par a llevar consigo; s i i n ten ta de te n e rse a medio cam ino, no puede hallar ningún l u g a r d o n d e p e r m a n e c e r. A u n c u a n d o d e s e e a v a n z a r, n o puede

disponer

de

provisiones;

aun

cuando

desee

d e t e n e r s e , n o e x i s t e n i n g ú n l u g a r d o n d e p e r m a n e c e r. A d e má s, se d i ce qu e l a oscur idad es igual a la de la noche m á s n e g ra. S o l o pu e d e ver la luz de las estr ellas, y debido a q u e su se n d e ro se p i e rd e e n l a o scu ri d a d , ta n to h a ci a a trá s c o m o h a ci a d e l an te , h acia la izquier da y la der echa, todo e s ta o cu l to p o r l a s so mb ra s. N i u n a so l a p e rso n a l o p u e d e a c o m p a ñ a r, y n o h a y n a d i e q u e s e i n t e r e s e p o r s u b i e n e s t a r. C u a n d o n o s i ma g i n a mo s l o q u e si e n te e n e se mo me n to , n o s s e n t imos tri ste s y d e sd ichados. Aun cuando puede ver a su

a m a d a e s p o s a e h i j o s e n e l m u n d o saha , n o e xi ste n i n g ú n c a m i n o p o r e l cu a l re g re sa r, y ca d a ve z se a l e j a ma s y má s de ellos. Debido a que no sabe cuál es su destino, no existe n i n g ú n s e n d e r o q u e p u e d a d i s c e r n i r. N o i m p o r t a l o q u e h a g a , s u ú ni ca co mpa ñ ía so n sus pr opias lagr im as de dolor ” . Avanzamos a solas y con dificultad por una vasta planicie, la persona difunta se acerca gradualmente a las montañas de la muerte. Se describe como altas y traicioneras, como riscos tan afilados como espadas. Nichiren Daishonin también hace referencia a estas m o n t a ñ a s en un a ca rta a l caballer o Yagenta, en la cual afir m a l o s i g u i e n t e: “ N a m - m y o h o - r e n g e - k y o será el bastón indestructible que lo llevara

sin peligro mas allá de las montañas de

su

m u e rte” (MW-1, 1 2 4 ). Habiendo cruzado estas escarpadas montañas, durante el séptimo día después de su muerte, se afirma que la persona difunta llega al lugar donde habita el primero de los diez reyes, llamado Rey Shinko. A u n c u a nd o es someti do a juicio en la cor te de este r ey, no s e d e te r m i n a a u n e l p e so re l a ti vo d e su s b u e n a s y ma l a s o b ra s, y a n te s d e d e c i d i r e l l u g a r d e su p ró xi mo re n a ce r, e s d e ci r, e n cu a l d e l o s s e i s s e n d e ros re n a ce rá, es enviado al segundo de los diez r eyes, el Rey Shoko. Durante su viaje, la persona difunta llega al famoso “río de los tres cruces”. En lo que se refiere al origen de este nombre, en e l J u o S a n ta n S h o se afirma lo siguiente: “ D u r an te su vi aj e pa ra v er a este r ey, el difunto llega a un g r a n río , l l a ma d o e l río d e l o s tre s cru ce s, cu ya a n ch u ra e s d e c u a r e n t a yoj an a . Se llama también el río del infierno.

E s t e río pu e d e cru za rse en tr es lugar es; por lo tanto se le llama el río de los tres cruces”. U n y o j a na e q u i va l e a p ro xi ma d a me n te a si e te ki l ó me tro s, d e ma n e ra que

con

una

anchura

de

cuarenta

yojana,

este

río

mediría

aproximadamente doscientos ochenta kilómetros de una ribera a la otra. Se dice que existen tres lugares donde el difunto puede c r u z a r l o . E l p ri mero se en cuentr a aguas ar r iba, donde el r ío es poc o p r o fu n d o . Aq u e l l o s q u e e n vi d a co me ti e ro n so l o fa l ta s me n o re s c r u z a n a qu í. E l se g u n d o se halla aguas abajo. Aquí la cor r iente corr e tan rápidamente como una flecha lazada por un arquero, y las olas se l e v a n ta n co mo e l e va d a s mo n ta ñ a s. Ad e má s, se a fi rma q u e l a s a g u a s están infestadas de serpientes venenosas. Aquellos que cometieron grandes faltas cruzan aquí. El tercer cruce se encuentra en el medio d e l r ío : a q u í se h a l l a u n p u e n te a d o rn a d o co n o ro , p l a ta y si e te ti p o s de joyas. Solo los que han realizado buenas obras cruzan aquí. E n l a r i b e ra op u e sta d e l río se levanta un gr an ár bol, a cuya som br a esperan un par de demonios, masculino y femenino. Ellos despojan al d i fu n to d e to d a s su s ve sti me n ta s, h a sta l a u l ti ma tú n i ca , y l a s c u e l g a n de l as ra mas de l á r bol. Se dice que las r am as se doblan de acuerdo al peso de las faltas que el difunto ha cometido. Con relación a esto, Nichiren Daishonin afirma en la “Carta a J a k u n i c h i-bo ”: “ Av a n ce po r e l se n d e ro del Sutr a del Loto que lleva hacia la i l u m i n a ci ó n , te n i e n d o e n me n te e l mo me n to e n q u e l o s d e m o n i o s y l o s g u a rd i a s d e l i n fi e rn o l o d e sp o j a ra n d e su s v e s t idu ras e n l a ri b e ra del r ío de los tr es cr uces. El Sutr a del L o to e s l a tú n i ca q u e l o p ro te g e rá d e l a d e sg ra ci a d e sp u é s d e e s t a v i d a / ” ( M W- 1 , 2 3 7 ) .

Y anima a la Dama Nanjo, después de la muerte de su hijo (un h e r m a n o m e n o r d e To k i m i t s u ) , e s c r i b i e n d o l o s i g u i e n t e : “ C u and o el d i fun to N a njo Gor o cr uce las m ontañas de la m u e rte y e l río d e l os tr es cr uces, los soldados que lo a c o mp a ñ a ra n y so me te rá n a l o s b a n d i d o s mo n ta ñ e se s d e l a s ilusiones y los piratas de las faltas kármicas, permitiéndole l l e g a r si n p e l i g ro a l a Ti e rra Pu ra d e l Pi co d e l Ág u i l a , so n l a s palabras del Sutra Muryogi, que dicen así: En estos mas que cuarenta años, aun no he revelado la verdad” (Gosho Zenshu, p. 1596) (13). Habiendo cruzado el río de los tres cruces, se dice que la persona difunta se presenta ante la corte del Rey Shoko durante el decimocuarto día después de su muerte. Aquí, también, se investigan las buenas y malas obras que realizo mientras estaba viva, pero a n te s d e q u e se l l e g u e a u n ve re d i cto , e s e n vi a d a a l si g u i e n te d e l o s r e y e s . Se a fi rma q u e , d e e sta ma n e ra , se p re se n ta a n te l o s d i e z reyes. Con relación a esto, en el Gosho. “La Herencia de la Ley Fundamental de la Vida” se afirma lo siguiente con relación a quien c o m e t e un a ca l umni a: “ L o s d i e z re ye s d e l i n fi e rn o l o j u zg a ra n e n to n ce s, y l o s m e n sa j eros ce l esti al es que lo han acom pañado desde su n a c i m i e n t o l e e c h a r a n e n c a r a s u s m a l a s o b r a s ” ( M W- 1 , 2 3 ) . S e a fi r m a q u e l o s d i e z re ye s j u zg a n l a s b u e n a s y ma l a s o b ra s d e l o s difuntos desde el séptimo día después de su muerte, hasta su segundo

aniversario.

Cumplen

con

el

papel

de

decidir

las

c i r c u n s ta n ci a s d e su re n a ce r, d e a cu e rd o co n su s b u e n a s y ma l a s obras pasadas. Los diez reyes son en realidad Budas y Bodhisattvas. Sin embargo, para hacer consciente al difunto de las faltas que ha cometido durante su vida y permitirle arrepentirse de las mismas, ocultan su g r a n m i se ri co rd i a y ma n i fi e sta n e xte rn a me n te u n a sp e cto fi e ro y colérico. La verdadera identidad de los diez reyes, según se establece en el J u o S a n t a n S h o , así como el día después de nuestra muerte en qu e s e a f i r m a j u zg a n n u e stras o br as, son los siguientes: •

Sé p ti mo d ía : e l R e y Shinko ( la deidad budista Fudo) .

•

Decimocuarto día: el Rey Shoko (el Buda Shakyamuni).

•

Vigésimo

primer

día:

el

Rey

Shutei

(el

Bodhisattva

M o n j ush i ri ). •

Vigésimo octavo día: el Rey Gokan (el Bodhisattva Fugen).

•

Trigésimo quinto día: el Rey Emma (el Bodhisattva Jizo).

•

Cuadragésimo segundo día: el Rey Henjo (el Bodhisattva M i ro ku ).

•

C u a d r a g é s i m o n o v e n o d í a : e l R e y Ta i s a n ( e l B u d a Ya k u s h i ) .

•

Centésimo día: el Rey Byodo (el Bodhisattva Kanzeon).

•

Pri mer an i versari o : el r ey Tocho ( el Bodhisattva Seshi) .

•

Segundo

aniversario:

el

Rey

Godotenrin

(el

Buda

Sh a kya mun i ) Durante el trigésimo quinto día después de su muerte, la persona difunta llega al palacio del Rey Emma. En China, se llama a Emma Rey Hsi-cheng (“el que acalla las protestas”), lo que quiere decir que silencia las objeciones de la persona difunta relativas a un tratamiento injusto. S e a f i r m a q u e e l p a l aci o de l Rey Em m a tiene cuatr o entr adas, hac i a e l n o r t e , s u r, e s t e y o e s t e , r e s p e c t i v a m e n t e . A l a d e r e c h a e i z q u i e r d a d e c a d a e n tra d a se e n cu e n tra n u n a s a sta s, co mo l a s u sa d a s p a ra l o s estandartes, en la parte superior de las cuales se posa un dios con la fo r m a d e u n a ca b e za h u ma n a . A ve ce s se l l a ma a e sto s d i o se s “ m e n s a j eros ce l esti al es” y equivalían gener alm ente a Dosho ( “ m ism o nacimiento”) y Domyo (“mismo nombre”), dioses que, según se afirma, acompañan a las personas desde el momento de su nacimiento y toman nota de sus buenas y malas obras. Cuando el Rey Emma pronuncia una sentencia, informa al difunto lo siguiente: “Estos

mensajeros

celestiales

nacieron

en

el

mismo

m o m e n to q u e tu, y d e sd e entonces te han acom pañado com o la sombra sigue al cuerpo, sin separarse nunca de tu persona, ni siquiera por un solo instante. Debido a que han tomado nota de todas tus obras en sus tablas, no puede haber ni el más mínimo error”. A d e m á s , cu a n d o el d i fun to l lega a la cor te del Rey Shoko, dur ante el decimocuarto día después de su muerte, se afirma allí también se e n c u e n tr a n l a s a sta s, a l a i zq u i e rd a y d e re ch a , so b re ca d a u n a d e l a s c u a l e s s e po sa de ma n e ra sim ilar una deidad en for m a de cabez a

h u m a n a . L a d e l a i zq u i e rd a e s ma scu l i n a ; l a d e l a d e re ch a e s femenina. En el Juo S a n ta n Sho se lee lo siguiente: “ E l di os de l a i zq u i erda tom a nota de todas las m alas obr as, s i n pa sa r po r al to n i l a m ás pequeña falta. El Dios de la d e r e ch a to ma n o ta d e to d o s l o s a cto s vi rtu o so s, si n p a sa r por alto ni el más pequeño bien. Se les llama la pareja de deidades

de

las

astas.

Con

sus

cabezas

humanas,

presencias todos los asuntos de los hombres claramente c o m o u n o p u e d e ve r l a palm a de su m ano” . A d e m á s , en l a corte de l R ey Em m a se encuentr a un salón separ ado, llamado el Salón del Brillo de la Luz. En este salón se halla colgado e l e s p e j o j o h a r i, conocido también como el espejo del kar m a . Cuando una persona culpable de una falta ha sido enviada a la corte de Emma el rey procede a interrogarlo. Indica que, mientras se h a l l a b a e n e l m u n d o sah a , e l d i fu n to s e h a c o m p o r ta d o d e m a n e r a s i l e n c i o s a y crue l , careci endo de m iser icor dia. ¿Le ha ayudado l a r i q u e z a qu e ha a cu mul ad o con tanta avar icia en el viaje de l a m u e r t e ? , l e preg u n ta E mma. ¿Tom ar ían su lugar los hijos que am ó tan tiernamente, en vista de su estado actual? Y así continua torturando al difunto. E s ta d e scri p ci ó n si g n i fi ca q u e l a ri q u e za , a u to ri d a d , p o si ci ó n y a mo r de la esposa y los hijos que uno disfruta en este mundo no sirven de ayuda alguna durante la existencia intermedia. D e m a n e ra si mi l a r, l a i ma g e n d e l o s d i fu n to s d e sp o j a d o s d e su s v e s t i m e nta s p o r l os do s de m onios en el r ío de los tr es cr uces ilustr a el hecho de que inclusive los que han acumulado incontables r i q u e z a s e n e l mu n d o , p o se yendo m uchas vestim entas elegantes par a

u s a r d e a cu e rd o a l mo me n to , y d i sp o n i e n d o d e n u me ro so s si rvi e n te s y c o n o c i d o s, se rá n a l fi n a l d e sp o j a d o s d e to d o , y te n d rá n q u e va g a r s o l o s d u ra n te e l vi a j e d e l a existencia inter m edia. Luego el Rey Emma lee al difunto el contenido de las tablas de hierro s o b r e l a s cu a l e s l o s me n sa j e ro s ce l e sti a l e s h a n to ma d o n o ta d e su s obras. Al oír esto, el difunto protesta, afirmando que, aun cuando r e c u e r d a a l g u n a s d e l a s fa l ta s q u e se l e a ca b a n d e l e e r, e l re sto e s s e g u r a m ente u n e rro r de p a r te de los m ensajer os celestiales. ¿Inclusive aquí, en el mas allá, continuaras con tus faltas mintiendo?, le pregunta Emma. “No hemos añadido ni una sola falta a tu registro. E s t a s r e c i b i en d o si mp l emen te el efecto de tus pr opias acciones” . De e s ta m a n e ra , re p ro ch a a l a p e rso n a d i fu n ta . Ad e má s, p a ra d e mo stra r a esa persona que el registro mantenido por los mensajeros c e l e s t i a l es n o con ti en e e rro r alguno, hace que la m ism a m ir e en el e s p e j o j o h a r i, d o n d e s e re fl ej an todas l as acci ones de su vi da. En términos modernos, seria algo parecido a ver una grabación de video. A n t e e s t o, l a p e rson a d i fun ta deja de discutir con el Rey Em m a. S e afirma que lo único que espera entonces son las oraciones de su esposa, hijos y los conocido que ha dejado atrás por su iluminación. E n e l J u o S an ta n S h o se afirma lo siguiente: “ A l fi na l , l o qu e de te r m ina la ascensión o caída de la persona difunta es el ofrecimiento o no de oraciones por él. L a c o n te mp l a ci ó n d e e sto s p ri n ci p i o s n o s u rg e a p ro fu n d i za r nuestra fe y ofrecer oraciones para nuestros seis tipos de p a r i e n te s (1 5 ). D e p a rti cu l a r i mp o rta n ci a so n l a s o ra ci o n e s ofrecidas durante el trigésimo primer día, cuando el difunto padece de un gran sufrimiento en la corte del Rey Emma. Si uno lleva a cabo la virtud de ofrecer oraciones por él en este

m o m e n to , e n to n ce s, cu ando todo se r efleja en el espejo, el Rey Emma y todos sus oficiales se regocijaran. Y la alegría d e l t r a n s g r e s o r, a l r e c i b i r e s t a s o r a c i o n e s , n o t e n d r á l i m i t e s ” . E s d e c i r q u e , a u n cu a n d o e l d i fu n to d e b i e ra , d e o tra fo rma , e sta r destinado a caer en el infierno, si se ofrecen oraciones por él, e n to n c e s, d e a cu e rd o a l a ca n ti d a d y p ro fu n d i d a d d e l o s b e n e fi ci o s provenientes de las mismas, puede lograr inmediatamente la iluminación, renacer en los reinos celestial o humano, o ser enviado al siguiente rey posponiendo su sentencia. C o m o s e i l u s t r a s i m b ó l i c a m e n t e e n e l Juo Santan Sho me d i a n te l a s imágenes del Rey Emma y su corte, las circunstancias del renacer de u n a p e r so n a d i fu n ta so n d e te rmi n a d a s so l o p o r l a s b u e n a s y ma l a s o b r a s q u e e l l a m i s m a r e a l i z ó c u a n d o e s t a b a v i v a . E s d e c i r, l a p e r s o n a d i fu n ta e l i g e e n e fe cto u n re n a ce r co rre sp o n d i e n te a l a s se mi l l a s k á r m i c a s qu e se e n cu e n tran en su conciencia a l a y a, d e a c u e r d o c o n la ley de causalidad kármica, el principio que sostiene que uno c o s e c h a l a s reco mpe n sa s d e sus pr opias acciones. El papel sim bólic o de los diez reyes es el de juzgar si la persona difunta ha reconocido genuinamente sus faltas, y si se está aplicando correctamente o no la ley de la causalidad kármica. E n o t r a s pa l ab ras, el j ui ci o de los diez r eyes descr ito en el Ju o S a n t a n Sh o y o tro s te xto s p a re ce r se r u n a i ma g e n re ci b i d a p o r u n a v i d a q u e se en cu e n tra en l a fase inter m edia, sim bolizando el r igor de la ley causal que no puede admitir excepción alguna. Los implementos que el Rey Emma usa para emitir una sentencia, s o n t a b l as d e hi erro so b re l as que los m ensajer os celestiales anotan l a s b u e n a s y m a l a s o b r a s d e l d i f u n t o , y e l e s p e j o j o h a r i, l l a m a d o también el espejo del ka rma . L o s me n sa j e ro s ce l e sti a l e s si mb o l i za n

l a fu n c i ó n me d i a n te l a cu a l se re g i stra n si n e xce p ci ó n to d o s n u e stro s p e n s a m i e n t o s , p a l a b r a s y o b r a s e n l a c o n c i e n c i a a l a y a. E l e s p e j o j o h a r i puede considerarse un reflejo preciso del kar m a , a l m a c e n a d o e n l a c o n c i e n c i a a l a y a durante la existencia intermedia. D e a c u e r d o a l a d e s c r i p c i ó n q u e s e e n c u e n t r a e n e l Juo Santan Sh o , el cuadragésimo noveno día marca casi la ultima oportunidad para el “ s e r ” q u e se e n cu e n tra e n la fase de la existencia inter m edia, d e elegir su renacer de acuerdo con las causas kármicas que se e n c u e n t r a n e n l a c o n c i e n c i a a l a y a. S e a fi r m a q u e d u r a n te e s te d ía , e l d i f u n t o c o m p a r e c e a n t e e l r e y Ta i s a n . E n e l G o s h o s e a f i r m a l o s i g u i e n t e: “ C u and o co mpa rece n a n te este r ey, se deter m ina el lugar del r e n a ce r de to d o s l os transgr esor es” . En casos excepcionales, puede que el difunto sea enviado al s i g u i e n t e rey, co n l as ci rcunstancias de su r enacer aún sin decidi r, pero en la vasta mayoría de los casos, el lugar donde el difunto r e n a c e r á e s d e te rmi na d o e n este m om ento. Por lo tanto, esta ocasión es llamada “la realización de los cinco componentes de la existencia intermedia”. A n t e l a corte d e l R e y Ta i san se encuentr an seis puer tas, llevand o c a d a u n a d e e l l a s a u n o d e l o s se i s se n d e ro s. D e a cu e rd o co n su s c a u s a s k ármi cas, e s d e ci r, s u tendencia vital, el difunto pasa por una u otra de estas puertas. E l m o m e n to e n q u e l a p e rso n a d i fu n ta p a sa p o r u n a d e l a s p u e rta s c o r r e s p o n d e a su si g u i en te r enacer. En este m om ento ter m ina el via j e a tr a v é s d e l a e xi ste n ci a i n te rme d i a , y n a ce e n u n o u o tro d e l o s se i s senderos. Parece que entre las cuatro opiniones mencionadas

anteriormente, concernientes a la duración de la fase de existencia i n t e r m e d i a s e g ú n s e e s t a b l e c e e n e l Kusha Ron y e l D a i b i b a s h a R o n, e l J u o S an ta n S h o s i g u e g e n e r a l m e n te l a s e g u n d a , q u e s o s ti e n e q u e los cinco componentes de la existencia intermedia persisten durante s i e t e s e m an a s. S i n e m b a rgo , el K u sh a R on so sti e n e q u e n i n g ú n p o d e r p u e d e a l te ra r e l k a r m a del difunto formad o en s u ex i s tenc i a anter i or. Y, de hec h o, e s c i e r t o q u e e l ka rma d e u n a v i d a e n l a fa s e d e l a e x i s te n c i a intermedia no puede ser alterado por poder alguno tal como la autoridad, la posición social, la riqueza o el afecto y preocupación de l o s p a r i e n t e s q u e l a p e r s o n a d i f u n t a h a d e j a d o a t r á s . E l Juo Santan Sho aclara, que ni siquiera la misericordia de los diez reyes puede a l t e r a r e l ka rma d e l d i fu n to o c a m b i a r e l l u g a r e n e l q u e e s ta d e s t i n a d o a n a c e r. S i n e m b a rg o , d e a cu e rd o a l Go sh o , e l o to rg a mi e n to , p o r p a rte d e l o s v i v i e n te s, d e l o s b e n e fi ci o s l o g ra d o s me d i a n te l a p ra cti ca b u d i sta , e s d e c i r, l a s o r a c i o n e s p o r e l d i f u n t o , s o n e l ú n i c o p o d e r q u e p u e d e e f e c t u a r u n c a m b i o e n e l kar m a d e é ste , e i n cl u si ve a l te ra r l a s c i r c u n s t anci as d e l na ci mi en to a que esta destinado. En otras palabras, la suprema buena fortuna inherente a la iluminación, ofrecida por los vivos mediante sus oraciones, penetra la c o n c i e n c ia a l a y a d e l a p e rso n a d i fu n ta y e fe ctú a u n ca mb i o e n e sa v i d a a u n ni vel mu y fu n d a mental. Por ejem plo, aun cuando una vid a s e e n c u e n tra so meti da a l os sufr im ientos de los tr es sender os del m al en la fase de la existencia intermedia, si los vivos envían a esa vida l a g r a n b u e n a fo rtu n a d e l e sta d o d e l a i l u mi n a ci ó n , su s su fri mi e n to s s e c o n v erti rá n i n med i ata mente en placer, y podr á encam inar se hac i a un renacer más feliz basado en una condición de vida llena de buena fortuna.

D e b i d o a e s t o , N i c h i r e n D a i s h o n i n i n d i c a r e p e t i d a m e n t e e n e l Ju o S a n t a n S ho l a i mp o rta n ci a d e l o fre ci mi e n to d e o ra ci o n e s p o r l o s d i fu n to s . Po r e j e mp l o , a l d e scri b i r l o q u e su ce d e e n l a co rte d e l R e y S h o k o , a fi rma l o si gu i en te e n ese Gosho: “ E l tran sg reso r esp e ra de m om ento a m om ento que su esposa

e

hijos

oren

en

su

memoria,

pero

esto

es

exactamente lo que no hacen. En lugar de ello, sus hijos se p e l e a n p o r l a s ri q u e za s q u e d e j ó a trá s, co me ti e n d o va ri a s m a l dad e s, y l a p e rson a difunta sufr e aun m ás...Obser vando e s to , e l re y d i ce : Tu s h i j o s so n ma l o s h i j o s. Ah o ra ya n o h a y n a d a q u e h a c e r, y e l d i f u n t o c a e n e n e l i n f i e r n o . S i n e m b a rg o , si l o s vi vo s o fre ce n o ra ci o n e s e i n vo ca n l a L e y M í s t ica e n su memori a, que bor r a las faltas y salva, el difunto puede alcanzar la iluminación. Entonces el rey se r e g o ci j a y e l pl ace r de l tr ansgr esor no tiene lim ites” A d e m á s , al de scri b i r l o qu e ocur r e dur ante el cuadr agésim o segundo día en la corte del Rey Henjo, el Gosho se refiere a los tres tipos de devoción

filial.

Proveer

a

nuestros

padres

de

alimentos

y

v e s t i m e nta s, re p rese n ta el pr im er nivel de devoción filial. Ser vir lo s , c u m p l i e nd o con su vol un ta d, r epr esenta el segundo nivel. Y afir m a que el nivel mas elevado de devoción filial consiste en ofrecer a nuestros padres los beneficios logrados mediante la practica budista. A fi r m a a d e má s q u e , d a d o q u e e l o fre ce r a n u e stro s p a d re s l o s beneficios de nuestro daimoku cuando aun esta en vida, constituye una forma superior de devoción filial, la forma mas elevada de esta c o n s i s te e n o fre ce r l o s b e n e fi ci o s d e n u e stro d a i mo ku a l o s p a d re s que ya han muerto. P o r l o t a n to , el d a i mo ku ofr ecido al difunto constituye la ofr enda s u p r e m a d e be n e fi ci o s pa ra ellos, y tiene el poder de per m itir que

una vida que vaga a través de la existencia intermedia alcance la Iluminación. Los magníficos efectos del daimoku pueden eliminar el s u f r i m i e nto y h a ce r rea l i d a d la ilum inación, inclusive en el caso d e una vida que ha caído en el infierno de los incesantes sufrimientos. C o n r e l a c i ó n a e s t o , e n e l Ongi Kuden (R e g i stro d e l a s En se ñ a n za s oralmente transmitidas) del Daishonin se afirma lo siguiente: “ A h o ra q u e N i ch i re n y s u s se g u i d o re s o fre ce n o ra ci o n e s p o r los difuntos, recitando el Sutra del Loto e invocando Namm y o ho -re n g e -kyo , la luz de nuestro daimoku llega al infierno de los incesantes sufrimientos y les permite alcanzar la iluminación en su estado actual. De aquí la idea del ofrecimiento de beneficios. Aun cuando alguien no crea en el S u tr a d e l L o to y ca i g a e n e l i n fi e rn o d e l o s i n ce sa n te s s u f r i mi e n to s, si un bu en hijo envía la luz del daim oku, ofreciendo oraciones por él como devoto del Sutra del Loto, e n to n ce s, ¿có mo p u e d e d e j a r l a p e rso n a d i fu n ta d e a l ca n za r la iluminación? (Gosho Zenshu, p. 712). A q u í t e r m i na n u e stra e xp l i cación de la existencia inter m edia; per o a n t e s d e p a s a r a l a s u n t o d e l r e n a c e r, d e b e m o s r e f e r i r n o s a u n p a s a j e i m p o r t a n t e d e l Juo S a n ta n Sho co n ce rn i e n te a a q u e l l o s q u e , d e sp u é s de la muerte, no pasan por la fase de la existencia intermedia. En el pasaje en cuestión se afirma lo siguiente: “ A d e má s d e e sto s, a q u e l l o s q u e h a n co me ti d o l a s fa l ta s ma s graves o realizado el bien supremo, no experimentan la existencia intermedia. Aquellos que han realizado el bien s u p r e mo a l ca n za i n me d i a ta me n te l a i l u mi n a ci ó n , mi e n tra s que los que han cometido las faltas más graves caen de i n m e d i a to e n l o s se n d e ro s d e l ma l . Po r l o ta n to , e n l o s ca so s

de

un

bien

o

mal

extremo,

no

existe

la

existencia

intermedia”. A q u e l l o s qu e co men te n e l supr em o m al de calum niar al Sutr a del Loto, después de pasar por las agonías de la muerte, no pueden evitar el caer de inmediato en el infierno de los incesantes s u fr i m i e n to s. D e b i d o a l a cl a ri d a d d e l a n a tu ra l e za ma l i g n a d e su s o b r a s , n o h a y n e ce si d a d d e q u e e sp e re n l a se n te n ci a d e l o s d i e z reyes. P o r o t r o l a d o , a q u e l l o s q u e han r ealizado el supr em o bien, es dec i r, aquellos que en vida invocaron el daimoku y establecieron el estado v i t a l d e l a i l u mi n a ci ón , u n a v ez que han pasado por el m om ento de l a m u e r te , so n re ci b i d o s d e i n me d i a to p o r l o s Bu d a s, Bo d h i sa ttva s y d e i d a d e s b e n e v o l e n t e s , y p u e d e n i r d e i n m e d i a t o a l a Ti e r r a P u r a d e l Pico del Águila. E n v a r i o s d e su s e scri to s, Nichir en Daishonin descr ibe el “ paisaj e interior” que se presenta después de la muerte de alguien que, en v i d a , h i z o su rgi r con ti nu a mente el estado de Ilum inación m ediante l a fe en la Ley Mística. P o r e j e mp l o, e n “La H eren cia de la Ley Fundam ental de la Vida” s e afirma lo siguiente: “ P a r a a q u e l q u e ha ce a copio de su fe e invoca N a m - m y o h o r e n g e -kyo co n l a p ro fu n d a co n vi cci ó n d e q u e se tra ta d e l ultimo momento de su vida, el Sutra proclama: Después de s u mu e rte , mi l Bu d a s e xte n d e rá n su s ma n o s p a ra l i b e ra rn o s de todo temor y evitar que caiga en los senderos del mal. ¿Cómo

podemos

retener

nuestras

lagrimas

ante

la

i n e x p re sa b l e fe l i ci d a d d e sa b e r q u e n o so l o u n o o d o s

B u d a s, n i so l o ci e n o d o sci e n to s, si n o mi l Bu d a s ve n d rá n a r e c i b i rn o s co n l os b razo s abier tos? ( M W- 1, 22) D e m a n e r a s i m i l a r, e n “ S o b r e l a P r á c t i c a d e l a s E n s e ñ a n z a s d e l B u d a ” , s e a fi rma l o si gu i en te: “ I n c l u so si al gu i en fu e r a a cor tar nuestr a cabeza con una s i e r r a , a tra ve sa rn o s co n l a za s, o e n ca d e n a r n u e stro s p i e s y h o r a d a rl o s co n u n p u n zó n , e n ta n to e ste mo s vi vo s, d e b e mo s continuar invocando Nam-myoho-renge-kyo, Nam-myohor e n g e -kyo . En to n ce s, si i n vo ca mo s d a i mo ku h a sta e l mi smo m o me n to d e l a mu e rte , Sh a kya mu n i , Ta h o y to d o s l o s o tro s B u d as de l U n i verso ve ndr án a nosotr os instantáneam ente, exactamente como lo prometieron en la ceremonia que tuvo l u g a r e n e l Pi co d e l Ág u i l a . To ma n d o n u e stra s ma n o s y c a r g án d o n o s so b re su s hom br os, nos llevar an hasta el Pico d e l Ág u i l a . L o s d o s sa n to s, l o s d o s d i o se s ce l e sti a l e s y l a s Diez Diosas nos protegerán, mientras todos los dioses budistas levantan un dosel sobre nuestras cabezas y despliegan estandartes. Nos escoltaran bajo su protección h a s t a l a Ti e r r a d e l B u d a ” ( M W- 1 , 1 0 6 - 7 ) .

Y en el Gosho titulado “Las Catorce Calumnias”; Nichiren Daishonin d e s c r i b i ó a l C a b a l l e r o M a t s u n o l a Ti e r r a P u r a d e l P i c o d e l Á g u i l a a s e r e x p e ri me n ta d a d e sp u é s d e l a mu e rte , a n i má n d o l o a sí a ma n te n e r una fe fuerte hasta el ultimo momento de su vida: “ C o nti n u a r su p racti ca sin vacilar hasta el ultim o m om ento de su vida y cuando ese momento llegue, ¡observe con cuidado!. Cuando escale la montaña de la maravillosa

iluminación y mire a su alrededor en todas direcciones, entonces, para su asombro, vera que todo el Universo es la Ti e r ra d e l a L u z tra n q u i l a . El su e l o se rá d e l a p i sl á zu l i , y l o s ocho senderos estarán separados por cuerdas de oro. Cuatro tipos de flores caerán de los cielos y resonara una música e n e l a i r e . To d o s l o s B u d a s y b o d h i s a t t v a s s e h a l l a r a n presentes completamente felices, acariciados por la brisa de la eternidad, la felicidad, el verdadero ser y la pureza. Se acerca rápidamente el momento en que nosotros también nos contaremos entre ellos. Pero si somos débiles en la fe, n u n c a l l e g a r e m o s a e s e m a r a v i l l o s o l u g a r ” ( M W- 3 , 2 1 6 - 1 7 ) .

TERCERA PARTE: CONDICIONES

PA R A E L

RENACER

Una perspectiva budista de la concepción Desde el punto de vista de la medicina occidental moderna, la sola unión del esperma y el óvulo es condición suficiente para que ocurra e l e m b a r a zo ; cu a n d o e l ó vu l o e s fe rti l i za d o p o r e l e sp e rma ti e n e l u g a r l a c o n c e p ci ó n . Si n e mb a rg o , d e sd e e l p u n to d e vi sta b u d i sta , a d e má s de la unión del esperma y el óvulo, se considera también condición e s e n c i a l e l s u r g i m i e n t o d e l a c o n c i e n c i a a l a y a , e s d e c i r, e l surgimiento de la vida desde la fase latente o de existencia i n te r m e d i a . D e a cu e rd o a e sto , e l Bu d i smo re su me l a s co n d i ci o n e s necesarias para el renacer como “la unión de los tres factores”. E n l o q ue resp e cta a “l a u nión de los tr es factor es” , en el quinto v o l u m e n de l S utra D ai j o se ki se lee lo siguiente:

“ ¿ C ómo en to n ce s, O h Ananda, entr a la vida en el úter o de la madre? El padre y la madre despiertan en su mente el deseo, la época del mes debe ser adecuada y el cuerpo provisional debe manifestarse. Y si además no existe ninguna de las muchas alteraciones y dolencias, tales como aquellos

mencionados

anteriormente,

y

si

se

hallan

presentes las relaciones kármicas, entonces la vida entrara en el útero”. A q u í, l o s “tre s fa cto re s” se d e fi n e n co mo l a u n i ó n se xu a l d e l o s padres,

el

funcionamiento

apropiado

del

ciclo

mensual

y

el

s u r g i m i e n to de l cu e rpo provisional desde la fase de la existenc i a intermedia. Además, para que estos tres factores se unan, no debe existir alteración física alguna que interfiera con el embarazo y debe e x i s t i r u n a a f i n i d a d e n t r e e l kar m a d e l o s p a d r e s y a q u e l a l m a c e n a d o en la conciencia alaya de la vida que se encuentra en la existencia intermedia. E n e l d eci mosé p ti mo vol um en del D a i b i b a s h a R o n se afir m a l o s i g u i e n t e: “ L a uni ón d e l os tre s fa ctor es significa la unión del padr e, la m a d re y e l cue rpo p rovi s ional” , y e l q u i n c u a g é si mo q u i nto volum en del Sutr a Daijoseki r efer encia a “ l a u ni ón d e l os fl ui do s m asculino y fem enino” . Ta m b ié n N i chi ren D ai shoni n, en la “Carta de Sado” dice que s u e s p ír i tu mo ra e n u n cu e rp o “co n ce b i d o d e l o s fl u i d o s ma scu l i n o y femenino” (MW, vol. 1, p. 37) y en “Sobre Escuchar Primero el S i g n i f i c a do de l Veh ícu l o de l Buda” él escr ibe lo siguiente: “ Cuand o

inquirimos

exhaustivamente

acerca

de

nuestros

orígenes,

descubrimos que nuestros cuerpos fueron formados de la unión de los fluidos blanco y rojo, la esperma y sangre de nuestros padres” (Gosho Zenshu, p. 983). E n l a te rmi n o l o g ía me d i ca mo d e rn a , e l fl u i d o ro j o o fe me n i n o s e r e f i e r e a l óvu l o, y e l bl an co o m asculino a la esper m a. Por lo tanto, l a “ u n i ó n d e l os tres facto res” se r efier e a la unión de la esper m a, el óvulo y el cuerpo provisional. El cuerpo provisional juega el papel fundamental en el nacimiento de la vida humana. Las funciones de la esperma y el óvulo, contenedores de su información genética, pueden c o n s i d e r a rse co mo ca u sa s exter nas o auxiliar es que ayudan al c u e r p o pro vi si o n a l a ma n i festar se, pasando de la fase latente o d e existencia intermedia a la fase manifiesta del nacimiento. Con relación al mismo tema, el Presidente de la SGI Daisaku Ikeda o b s e r v ó e n u n d i á l o g o c o n e l D r. K o j i Ya k a b i l o s i g u i e n t e : “ C u and o u n n i ño e s co ncebido y nace, su pr opio kar m a del p a s a d o se co n si d e ra co mo l a “ca u sa ”, mi e n tra s q u e l o s padres que elige de acuerdo con ese karma son la “ c o n di ci ó n ”. Y luego continuó: “ A s í , de sd e el pu n to de vista del Budism o, el nacim iento de u n se r h u ma n o o cu rre me d i a n te l a u n i ó n d e l a s ca u sa s i n te rn a s, a q u e l l a s e xi s te n te s d e n tro d e l a vi d a , co n l a s c o n di ci on e s e xte rna s a p r opiadas ( USHIO, abr il de 1986) . La ciencia médica moderna no puede clarificar la razón por la que c i e r t a i n fo rma ci ón g e n é ti ca es seleccionada y tr ansm itida a un niño

e n p a r ti cu l a r d e e n tre l a i n fo rma ci ó n g e n é ti ca co mb i n a d a d e a mb o s p a d r e s . Es d e b i d o a e ste p ro ce so d e se l e cci ó n q u e , i n cl u so n i ñ o s nacidos

de

mentalmente,

los

mismos

por

padres,

ejemplo,

en

difieren

su

tanto

personalidad,

física

como

habilidades,

temperamento y constitución física. ¿Por qué razón, entre cientos de miles o, mas bien, entre millones de datos contenidos en los genes, son asignados unos y no otros a un niño en particular?. Desde el punto de vista de la ciencia médica, e s t o s o l o p u e d e c o n s i d e r a r s e c o m o c u e s t i ó n d e a z a r. S i n e m b argo , de sd e e l p u n to de vista del Budism o, la vida en la fas e de existencia intermedia no solo elige a los padres de acuerdo al k a r m a almacenado en la conciencia a l a y a, s i n o q u e a d e m á s r e c i b e d e e l l o s a q u e l l o s g e n e s e s p e c í f i c o s c o r r e s p o n d i e n t e s a s u p r o p i o kar ma ; aun cuando los padres sean los mismos, su información genética será d i s tr i b u i d a d e ma n e ra d i fe re n te e n tre su s h i j o s. Así, a u n cu a n d o l o s hermanos

pueden

físicamente,

diferir

debemos

genéticamente,

buscar

la

causa

tanto

mental

fundamental

de

como esas

d i f e r e n c i a s , e n l a s d i f e r e n c i a s d e l kar m a q u e l l e va b a n d e n tro d e e l l o s m i e n t r a s se h a l l a b a n a u n e n la fase de existencia inter m edia. U n p a s a j e d e l Oko Kikigaki , u n re g i stro d e d i se rta ci o n e s d e N i ch i re n Daishonin sobre el Sutra del Loto efectuado por Mimbu Ajari Niko dice así: “ E n tre l o s h i j o s q u e tra e a l mu n d o u n a mu j e r, p u e d e h a b e r hijos buenos e hijos malos, hijos atractivos e hijos que no lo s o n , h i j o s ba j os e hi j os altos, var ones y hem br as, y así s u c esi vamen te ” (Go sh o Zenshu, p. 841) .

C o m o l o e x p l i c ó e l P r e s i d e n t e I k e d a , e l kar m a almacenado en la c o n c i e n c ia a l a y a d e l a vi d a q u e se e n cu e n tra e n l a e xi ste n ci a intermedia actúa como “causa”, mientras que la información genética de ambos padres contenida en el óvulo y la esperma “condición”. P o d e m o s a fi rmar q u e med i ante la unión de causa y condición sur ge una vida humana. P o r l o ta n to , cua n d o i n q u ir im os, desde una per spectiva budist a, a c e r c a d e l a s ca u sa s d e i n fe rti l i d a d , a d e má s d e l a s i rre g u l a ri d a d e s de la esperma y el óvulo, o las obstrucciones físicas y mecánicas que impiden la fertilización, encontramos el problema mucho más grave d e l k a r m a de la vida que se halla en la existencia intermedia. E l p r i m e r v o l u m e n d e l Yu g a s h i j i R o n ( s á n s c . Yo g a c h a r a b h u m i s h a s t r a ) c i ta l a s s i g u i e n te s tres causas para la incapacidad de concebir: (1) l o s e f e c t o s d e a l t e r a c i o n e s y e n f e r m e d a d e s d e l ú t e r o ; (2) l o s e f e c t o s d e a l t e r a c i o n e s y e n f e r m e d a d e s d e l s e m e n ; y (3) l o s e f e c t o s d e a l t e r a c i o n e s y e n f e r m e d a d e s d e l k a r m a . E n l o q u e resp e cta a l a te r cer a causa, en esta obr a se afir m a l o s i g u i e n t e: ¿ Qu é si gn i fi ca a lter aciones y enfer m edades del kar m a ? . S i g n i f i c a q u e ya se a el p adr e o la m adr e que no ha cr eado o fomentado el karma para tener hijos. O, por otra parte, puede s i g n i f i c a r qu e ta n to e l p a d re com o la m adr e car ecen del kar m a para atraer hijos a ellos. O puede significar que la existencia intermedia n o h a c r e a d o o f o m e n t a d o e l kar m a para atraer padres hacia sí.

E n o t r a s pa l ab ras, “al teraciones y enfer m edades del kar m a ” se r e fi e r e a a q u e l l o s ca so s e n q u e ya se a e l p a d re , l a ma d re o a mb o s q u e n o p o s e e n e l ka rma p a ra te n e r h i j o s, o a q u e l l o s e n q u e l a vi d a q u e s e h a l l a e n l a f a s e i n t e r m e d i a n o p o s e e e l kar m a p a r a p o n e r s e e n c o n t a c t o co n sus p a d res. E n tales casos, aun cuando no exista una c a u s a f í s i ca p a ra l a i nfe rti lidad, desde una per spectiva m edica, l a p a r e j a s e r á , a p e s a r d e e l l o , i n c a p a z d e c o n c e b i r. P a r a c u r ar l a s “a l teraci on e s y enfer m edades del kar m a ”, l o s p a d re s deben

transformar

su

propio

karma,

de

manera

que

pueda

establecerse la conexión kármica entre sus propias vidas y aquella q u e s e h a l l a e n l a e xi ste n ci a i n te rme d i a . Al mi smo ti e mp o , p a ra te n e r un hijo afortunado, los padres mismos deben desarrollar una c o n c i e n c ia a l a y a llena de buena fortuna. E n e l q u in cu a g é si mo q u i nto volum en del Sutr a Daijoseki se afir m a l o s i g u i e n t e: “Si

el

padre

y

la

madre

son

distinguidos

y

nobles,

p o s e e d o re s d e u n a g ra n b u e n a fo rtu n a y mé ri to , mi e n tra s que la existencia intermedia es ruin y ordinaria; o si la existencia intermedia es distinguida y noble, poseedora de una gran buena fortuna y mérito mientras que el padre y la m a d re so n ru i n e s y o rd i n a ri o s; o i n cl u si ve si a mb a s p a rte s p o s e e n b u e n a f o r t u n a y m é r i t o , s i n o p o s e e n u n kar m a c o r r e sp o n d i en te , e n to n ces, en casos com o estos, la vida no entrara en el útero”. E n t o n c e s , en l os ca so s e n que exista una atr acción o afinidad entr e e l k a r m a de los padres y el del hijo. ¿Cómo responde la existencia i n t e r m e d i a a l karma de los padres y emerge del estado latente o de n o - s u s t a n c i a l i d a d (ku ) , mani festándose en el mundo fenomenológic o,

e l r e i n o d e l a e x i s t e n c i a t e m p o r a l ( ke) ? . E s t a p r e g u n t a r e s u m e e l problema de la manera en que la vida pasa de la fase de existencia intermedia a la del nacimiento. Anteriormente discutimos los nueve aspectos de la existencia i n t e r m e d i a s e g ú n s e d e s c r i b e n e n e l Kusha Ron . E n l o q u e s e r e fi e r e al “aseguramiento del renacer”, en esta obra se afirma lo siguiente: “Para que una existencia intermedia de este tipo (no iluminada) llegue al lugar donde renacerá, hace surgir primero en su mente la ilusión y corre hacia el ámbito que desea. Por medio de los órganos de la visión que posee d e b i d o a l p o d e r d e s u kar m a , d i s c i e r n e a s u p a d r e y a s u m a d re un i do s sexu a l me nte en el lugar en que esta destinada a n a c e r, a u n c u a n d o h a b i t e n m u y l e j o s , y h a c e s u r g i r pensamientos pervertidos. Si ha de ser varón, es poseído por los deseos del varón con respecto a la madre y si ha de s e r he mbra, e s p o se íd o por el deseo de una hem br a con r e s p ecto a l p a d re. D e esta m aner a, desea sexualm ente a uno de los padres y aborrece al otro”. El Gosho titulado “Ichinen Sanzen como Principio y Realidad” también hace referencia a este pasaje del Kusha Ron a f i r m a n d o l o s i g u i e n t e: “ I g n o ran ci a se re fi ere al sur gim iento de la pasión sexual en el pasado. Un varón aborrece a su padre y desea a su m a d re. U na h e mbra a b o r r ece a su m adr e y desea a su padr e; a s í s e a f i r m a e n e l n o v e n o v o l u m e n d e l Kusha Ron ” ( G o s h o Zenshu, p.406).

E l c u e r p o provi si o n a l se de scr ibe en el Kusha Ron y o tro s tra ta d o s Hinayana como poseedores de sutiles órganos visuales. Se afirma que ningún objeto material puede obstruir su visión. Además, este s u t i l c u e rp o p rovi si o n a l pu ede pasar a tr avés de cualquier tipo de m a t e r i a s ól i d a y vi a j ar l i brem ente a tr avés del air e. Por lo tanto, s e dice que es capaz de viajar inmediatamente al lugar donde habitan los padres a que esta destinado kármicamente, sin importar que tan grande pueda ser la distancia. Como afirmamos anteriormente, el Budismo Mahayana enseña que la vida después de la muerte existe en el estado de ku o nos u s t a n c i a l i d a d , e n e l cua l s e ha fundido de nuevo con la vida del cosmos.

En

este

estado,

el

“cuerpo

provisional”,

o

más

a p r o p i a d a m e n t e , l a c o n c i e n c i a a l a y a, se ha hecho una con el gran c o s m o s m i smo . E n e s t e ca so , k u i d e n ti fi ca u n mo d o d e e xi ste n ci a q u e tra sci e n d e l o s limites del espacio-tiempo del mundo fenomenológico. La unión de l o s p a d r e s q u e ti e n e l u g a r d e a cu e rd o co n l a s ca u sa s ká rmi ca s almacenadas en la conciencia alaya actúa como una causa o c o n d i c i ó n au xi l i ar, y cua n d o la causa y condición se ar m onizan d e esta forma, el cuerpo provisional, que hasta este momento no ha estado limitado por el espacio-tiempo del mundo fenoménico, puede m a n i f e s t a rse rep e n ti na men te, entr ando en la fase del “ nacim iento” . L a m e n c i ó n q u e s e h a c e e n e l Kusha Ron d e l o s “ó rg a n o s vi su a l e s q u e p o s e e d e b i d o a l p o d e r d e s u kar m a ” expresa la función mediante la cual las semillas kármicas de una vida que se halla en la fase de la e x i s t e n c i a i n t e r m e d i a u s a n l a c o n c i e n c i a a l a y a de los padres com o c a u s a o co n d i ci ó n a u xi l i ar par a su r eapar ición.

Las semillas kármicas o energías latentes que se hallan en la c o n c i e n c ia a l a y a d e l a vi d a q u e se e n cu e n tra e n l a e xi ste n ci a intermedia toman el ADN de los padres como campo en el cual m a n i f e s t a rse. D e a cu e rdo al Kusha Ron , cu a n d o e sa vi d a p a sa d e l a fase de existencia intermedia a la existencia manifiesta, si es un v a r ó n , e nto n ce s e n e se mom ento las sem illas de las pasiones d el deseo por la madre y el aborrecimiento hacia el padre hallan e x p r e s i ó n . Po r e l o tro l a d o , si e s u n a h e mb ra , se ma n i fi e sta n e l a m o r por el padre y el aborrecimiento hacia la madre. Esta interpretación s u g e r i r í a q u e se pu e d e de d ucir que las r aíces de los com plejos de E d i p o y d e E l e ctra p o stu l ados por Fr eud se hallan en el m ism o instante de la concepción. Sin embargo, tal entrada en el útero debida al deseo y el a b o r r e c i mi e n to so l o se a p l i ca a l o s se re s q u e se h a l l a n e n l o s Se i s C a m i n o s . Esto d i fi e re p a ra a q u e l l o s d e l o s d o s ve h ícu l o s y p a ra l o s B o d h i s a t tva s. E n e l d eci mosé p ti mo vol um en del D a i b i b a s h a R o n se afir m a l o s i g u i e n t e: “ E l na rra d o r a fi rma l o siguiente: Debido a que el m ér ito y la sabiduría de los Bodhisattvas están tan desarrollados, c u a ndo el l o s de se a n entr ar en el úter o, no exper im entan p e n sa mi e n to s p e rve rti d o s y n o so n p o se íd o s p o r d e se o s l i c e n ci o so s. Aq u e l l o s q u e g o b i e rn a n me d i a n te l a sa b i d u ría y l o s p r a t y e k a b u d as ( 1 6 ) p o s e e n m é r i t o y s a b i d u r í a , p e r o n o están desarrollados al máximo grado. Por lo tanto, cuando entran

en

el

útero,

aun

cuando

no

experimentan

p e n sa mi e n to s p e rve rti d o s, so n , si n e mb a rg o , p o se íd o s p o r deseos carnales.

Siguiendo con la explicación del Bodhisattva, añade lo s i g u i e n te : “D e e sta fo rma , l a s mu ch a s cl a se s d e se re s v i v i en te s ha ce n surgi r pensam ientos per ver tidos y entr an en e l ú te ro d e l a ma d re . Ad e má s, h a ce su rg i r e l a mo r fi l i a r hacia su madre y gracias a su poder entra en el útero”. E l p r a t y e k a b u d a, q u e r e p r e s e n t a l o s d o s v e h í c u l o s , y t a m b i é n a q u e l q u e g o b i e rn a me d i a n te l a sa b i d u ría , p o se e n mé ri to y sa b i d u ría y pueden reconocer correctamente como adecuados para ellos al padre y l a ma d re se l e cci o n a d o s p o r vi rtu d d e su kar m a c u a n d o a u n s e hallan en la fase de la existencia intermedia. Sin embargo, en ese m o m e n t o, au n so n p o se íd o s por la pasión sexual. E n e l c a so de l o s bo d h i sattvas, debido a que su m ér ito y sabiduría s o n d e l a cl a se ma s el eva d a, no sólo pueden discer nir cor r ectam en te m e d i a n t e su sa b i du ría a l padr e y a la m adr e m ás adecuados par a ellos sino que, debido a su extraordinaria buena fortuna, a diferencia de aquellos que se hallan en los Seis Caminos o los dos vehículos, no experimentan las pasiones de la lujuria o el aborrecimiento hacia s u s p a d r es. E n l ug a r de e sto, sienten am or y afecto hacia su m adr e y, g r a c i a s a l p o d e r d e e s t e a m o r, s o n c a p a c e s d e e n t r a r e n s u ú t e r o . ¿Qu é s u ce d e e n to n ce s e n e l ca so d e a l g u i e n q u e h a mu e rto d e sp u é s de establecer la iluminación como su estado de vida fundamental?, ¿De qué manera se manifiesta una vida como ésta en el mundo? En l o q u e r e sp e cta a e sto , N i ch i re n D a i sh o n i n a fi rma e n e l Go sh o “L a s E n s e ñ a n zas A fi rma d a s p o r Todos los Budas a tr avés del tiem po” : “ D e a cu e rd o co n l a ve rd a d e ra i n te n ci ó n d e to d o s l o s Bu d a s de las tres existencias, él (el difunto) recibe la protección de l o s d o s sa b i o s, l a s d o s d e i d a d e s ce l e sti a l e s y l a s d i e z h i j a s d e m o n ía ca s y si n re stri cci ó n l o g ra re n a ce r d e l n i ve l ma s

e l e v a d o e n l a Ti e r r a d e l a L u z Tr a n q u i l a ( 1 7 ) . E n t o n c e s , e n u n i n sta n te vu e l ve a l su e ñ o d e l n a ci mi e n to y l a mu e rte e n l o s nueve

estados,

abarcando

los

mundos

en

las

diez

d i r e cci o n e s co n su cu e rp o y p e n e tra n d o l o s cu e rp o s d e to d o s l o s se re s co n sci e n te s co n su me n te . U rg i d o d e sd e su i n te ri o r y a tra íd o d e sd e e l e xte ri o r, l a s ca u sa s i n te rn a s y e xte rn a s se unen en armonía, (y nace nuevamente en el mundo) haciendo libre uso de los poderes místicos que se derivan de su

misericordia

para

beneficiar

ampliamente

a

los

s e r e s ” (G osh o Z en sh u , p. 574) . Como afirmamos anteriormente, en el caso de una persona que invoca daimoku y establece el estado de iluminación en esta vida, ella no tiene que vagar después de la muerte a través de la e x i s te n c i a i n te rme d i a . U n a ve z p a sa d o e l mo me n to d e l a mu e rte , e s a p e r s o n a e s i n me d i a ta me n te re ci b i d a p o r to d o s l o s Bu d a s b o d h i sa ttva s y d e i d a d e s b e n é vo l a s y l u e g o e s e sco l ta d a p o r e l l o s h a sta l a Ti e rra P u r a d e l Pi co d e l Ág u i l a . En “L a s En se ñ a n za s Afi rma d a s p o r To d o s l o s B u d a s a Tr a v é s d e l Ti e m p o ” s e e x p r e s a e s t o m e d i a n t e l a s i g u i e n t e fr a s e : “ É l l o g ra re n a ce r e n e l n i ve l ma s e l e va d o d e l a Ti e rra d e l a L u z Tranquila”. A d e m á s , u n a vi d a q u e ha acum ulado el m áxim o bien vuelve “ en u n instante” al sueño del nacimiento y la muerte en los nueve estados”, e s d e c i r, a l o s n u e v e e s t a d o s d e l a r e a l i d a d f e n o m e n o l ó g i c a . S e a f i r m a qu e l a s pe rson a s que com eten las faltas m ás gr aves “ cae n durante mil kalpas en el Infierno Avichi”, sufriendo tormentos infernales durante un periodo de tiempo inmensamente largo. Y se afirma que aquellos que experimentan la fase de la existencia intermedia pasan por este estado transitorio durante un periodo v a r i a b l e de ti empo , ta l como 49 días. Por el contr ar io, una vida que

ha

acumulado

el

supremo

bien

de

la

iluminación

vuelve

a

m a n i f e s t a rse e n el mun d o i nstantáneam ente desde la Tier r a Pur a d el Pico del Águila. E l p a s a j e a n te s ci ta d o a fi rma a d e má s l o si g u i e n te : “a b a rca n d o l o s m u n d o s e n l a s d i e z d i re cci o n e s co n su cu e rp o y p e n e tra n d o l o s c u e r p o s de tod o s l o s seres conscientes con su m ente” . Com o l o indica este pasaje, la existencia humana se manifiesta tanto física c o m o e s pi ri tu a l me n te e n e l am biente del gr an univer so. La m ater ia de la que se compone el cuerpo humano fue formada mediante la evolución del universo durante un periodo de veinte mil millones de a ñ o s . P o d e m o s a f i r m a r, e n v e r d a d , q u e d e n t r o d e l c u e r p o h u m a n o s e hallan contenidos los mundos en las diez direcciones y el universo mismo. A d e m á s , l a i n fo rma ci ón g enética que da for m a al desar r ollo del c u e r p o h u man o i n cl uye l a histor ia de la evolución de for m as de vida s o b r e l a Ti e rra d u ran te , p or lo m enos, tr es m il m illones de año s . A b a r c a n d o l a h i sto ri a d e ve i n te mi l mi l l o n e s d e a ñ o s d e l a ma te ri a y l a d e tr e s mi l mi l l o n e s d e a ñ o s d e l o s se re s vi vo s, l o s se re s h u ma n o s entran en la fase de la existencia manifiesta como el más inteligente y a l t a m e n te d e sa rro l l a d o d e los ser es conscientes. El pasaje Gosho se refiere también a la unión de “causas y c o n d i c i o n e s”. En e ste ca so , “ca u sa s” se re fi e re a l a s ca u sa s ká rmi ca s basadas en el estado de Iluminación que han sido establecidas en la vida de aquel que, al llegar el momento de la muerte, entra i n m e d i a ta me n te e n l a Ti e rra Pu ra d e l a L u z Tra n q u i l a , mi e n tra s q u e “ c o n d i c i one s” se refi ere a l a unión de los padr es que ser á adecuad a para actuar como causa auxiliar para hacer que esa vida manifieste la recompensa de las causas kármicas.

Cuando una vida basada en la iluminación se ha vuelto a fundir en el m o m e n to d e l a mu e rte co n l o s “mu n d o s e n l a s d i e z d i re cci o n e s”, e s d e c i r, c o n e l á m b i t o i n t e r n o d e l u n i v e r s o o e l e s t a d o d e k u , e s u r g i d o internamente hacia el resurgimiento por sus propias causas kármicas, m i e n t r a s e s atraíd o po r el ám bito exter no del univer so, o el m und o fenoménico, por la unión de sus padres, que actúa como causa o condición auxiliar externa. Mediante esta unión de “causas y c o n d i c i o n e s”, se ma n i fi e sta en el m undo una vida hum ana r epleta d e buena fortuna y sabiduría. A d e m á s , en e l Go sh o se afi rm a que esta vida que está sur giendo en el mundo manifiesto esta llena del poder de la misericordia que busca beneficiar libremente a todos los seres vivos. En otras palabras, una v i d a s u p re ma d e b i en , u n a vida som etida al ciclo del r enacer con el e s t a d o d e i l u m i n a c i ó n c o m o b a s e , e l e g i r á c o m o c a u s a a u x i l i a r, m e d i a n t e el po d e r de su mi s er icor dia par a salvar a todos los ser es, a los padres más propicios para favorecer el logro de su misión, v o l v i e n d o así a l á mbi to de l nacim iento desde la Tier r a Pur a del Pic o del Águila. E n e l c a s o de u n a vi d a como esta, las pasiones tales com o el deseo s e x u a l , la i ra y l a pe rver sión no actúan en el m om ento de l a c o n c e p c i ón. C o n su gran s abidur ía, r econoce cor r ectam ente a s u padre y a su madre y experimenta un amor ilimitado hacia ellos a m e d i d a qu e e n tra e n e l mu n do. Como ya afirmamos, la vida de alguien que, mientras estaba vivo, se había basado en el estado de iluminación, va inmediatamente d e s p u é s d e l a mu e rte a l a Ti e rra Pu ra d e l Pi co d e l Ág u i l a , y a p e n a s h a a d m i r a d o co n re ve re n ci a l o s ro stro s d e Sh a kya mu n i , Ta h o y to d o s los otros Buda, vuelve a manifestarse “en un instante” en el mundo fenomenológico. El punto importante aquí es que el hecho de que

p o d a m o s o n o i r d e s p u é s d e l a m u e r t e a l a Ti e r r a P u r a d e l P i c o d e l Á g u i l a , y q u e p o d a mos ren a cer o no com o individuos poseedor es de buena fortuna y sabiduría dependen de nuestra practica budista en nuestra presente existencia. P a r a a q ue l l o s qu e re ve ren ci an las enseñanzas de Nichir en Daishoni n a l o l a r g o d e su s vi d a s y l u ch a n p o r p ro p a g a r a mp l i a me n te su s e n s e ñ a n z a s , d e s a r r o l l a n d o s u f e v a l e r o s a m e n t e y s i n r e t r o c e d e r, s u c i c l o d e l re n a ce r n o será deter m inado por el kar m a que crearon al r e c o r r e r l o s sei s se n d e ros. En lugar de ello, podr án r epetir el cic l o del nacimiento y la muerte llenos de sabiduría y buena fortuna, con el poder de la misericordia y su sentido de misión como fuerza motriz. E s t a s s on l as fun ci on e s del nacim iento y la m uer te inher entes al e s t a d o d e i l u m i n a c i ó n , b a s a d a s e n l a n a t u r a l e z a e t e r n a d e l a L e y. !

N O TA S (1)

R a ymo n d A . Moo d y, Jr., Life after Life: The Investigation of a

Phenomenon – Survival of Bodily Death (Covington, Georgia: M o c k i n g bi rd B o o ks, 19 7 5 ; r epr int ed., New Yor k: Bantham Book s , 1976). ( 2 ) I b i d . , p .3 2 . (3) Ibid. (4) Ibid. (5)

K e nne th R i n g , L i fe a t Death: A Scientific Investigation of the

N e a r - D e a t h E x p e r i e n c e ( N e w Yo r k : Q u i l l , 1 9 8 2 ) , p . 5 3 (6) Ibid., p. 55. ( 7 ) L o s c i nco co mpo n e n te s, llam am os tam bién los cinco agr egados o s k a n d h a s , so n l a s ca te g o ría s d e e l e me n to s físi co s y síq u i co s q u e se unen temporalmente para formar un ser viviente individual. La forma e s e l a s p e cto físi co d e l a vi d a , q u e p o se e co l o r y fo rma e i n cl u ye l o s c i n c o ó r ga n o s de l os sen ti dos. La per cepción es el pr oceso por el c u a l p e r c i b i mo s l a i n fo rma ci ón captada m ediante los seis ór ganos de los sentidos (los cinco órganos de los sentidos mas la mente, que integra las impresiones recibidas por los cinco sentidos). La Concepción significa las ideas o nociones formadas acerca de lo que s e h a p erci bi do . La vo l i ci ón es la voluntad o im pulso de actuar e n r e l a c i ó n c on l o q u e e l i n d i vi duo ha per cibido y acer ca de lo cual se ha fo r m a d o u n co n ce p to . L a C o n ci e n ci a e s l a fu n ci ó n d e l a vi d a q u e p e r m i t e d i s c e r n i r, l a c u a l p u e d e e m i t i r j u i c i o s d e e v a l u a c i ó n ,

d i s ti n g u i r e n tre l o b u e n o y l o ma l o , e tc. Ta mb i é n i n te g ra l o s o tro s c u a t r o c omp o n e n te s. (8)

L a se xta , co n ci e n ci a i n te g ra l a s i mp re si o n e s re ci b i d a s p o r l o s

cinco sentidos y emite juicios acerca del mundo externo. La c o n c i e n c ia man o e s l a fu n ci ó n d e l a me n te q u e se o cu p a d e l p e n s a m i e n t o a b s t r a c t o y d i s c i e r n e a l m u n d o i n t e r i o r. S i r v e d e p u e n t e e n tr e l o s e sta d o s co n sci e n te e i n co n sci e n te . Se a fi rma q u e e l a m o r propio y la conciencia de nosotros mismos son funciones de la c o n c i e n c ia man o . La concie nci a a l a y a, l l a m a d a t a m b i é n e l d e p o s i t o del karma, se encuentra por debajo del nivel de percepción consciente y almacena las impresiones de todas las acciones m e n t a l e s, ve rba l es o físi ca s com o causas latentes que poseen el potencial de manifestar los correspondientes efectos del futuro. Se c o n s i d e r a q u e l a co n ci en ci a a l a y a e s l a q u e s e h a l l a s o m e t i d a a l c i c l o d e l r e n a c e r. L a s c o n c i e n c i a s m ano y a l a y a son, respectivamente, la s é p t i m a y o cta va d e l as o cho conciencias postuladas por la escuel a S ó l o l a Con ci en ci a , y d e l a s n u e ve co n ci e n ci a s p o stu l a d a s p o r l a s e s c u e l a s d e T ’ i e n - t ’ a i y H u a - y e n (Kegon ) . (9)

L a e xi sten ci a i n te rme dia es una de las cuatr o fases que s e

r e p i t e n e n e l ci cl o de l re n a cer : nacim iento, existencia continua ( has ta el momento de la muerte), muerte y existencia intermedia (entre la m u e r t e y e l re n a ce r). ( 1 0 ) El m un d o de l d e se o es la pr im er a división del m undo tr iple, el á m b i to e n e l q u e tra n smi g ra n l o s se re s n o i l u mi n a d o s. C o mp re n d e l o s e s ta d o s d e i n fi e rn o , h a mb re , a n i ma l i d a d , i ra , tra n q u i l i d a d y l a s primeras seis divisiones del éxtasis. Se llama así porque quienes lo habitan están dominados por varios deseos.

( 11 ) E l té rmi n o “se mi l l a s” se re fi e re a l a s ca u sa s o i mp re si o n e s l a t e n t e s a l m a c e n a d a s e n l a c o n c i e n c i a a l a y a, q u e p o s e e n e l p o te n c i a l de manifestar los correspondientes efectos. El pensamiento de la e s c u e l a Só l o l a C on ci en ci a d i s ti n g u e e n tr e l a s “ s e m i l l a s d e l kar m a ” , que son ya sean buenas o malas y las semillas de naturaleza neutral. (12)

Nue va E di ci ó n C ríti ca de los Escr itos de Nichir en Daishonin,

Periodo Showa (jap. Showa Shintei Nichiren Daishonin Gosho) ( Ta i s e k i - ji , 19 6 6 ; ree d i ci ó n , 1979) , vol. 1, p. 52- 78. (13)

E s de ci r, qu e N a n j o Gor o estar á pr otegido en la m uer te debid o

a q u e , c u a n d o e sta b a vi vo , a b ra zo e l Su tra d e l L o to , re ch a za n d o l a s enseñanzas provisionales. (14)

Las descripciones de los diez reyes difieren ligeramente de a c u e rd o a l te xto . Po r e j e mp l o , e n a l g u n a s ve rsi o n e s, e l o cta vo re y e s e l R e y To sí, cu ya ve rd a d e ra i d e n ti d a d e s l a d e l Bu d a Ash u ku y e l d é c i m o r e y, G o d o r i n t e n , s e a f i r m a q u e e s u n a m a n i f e s t a c i ó n d e l B u d a A mi da .

(15)

L os “sei s ti po s de p a r ientes” son padr e, hijo, her m ano m ayo r,

h e r m a n o m e n o r, e s p o s o y e s p o s a o , d e a c u e r d o a o t r a v e r s i ó n , p a d r e , m a d r e , h erma n o mayo r, h e rmano m enor, esposa e hijo. (16)

P ra tye ka b u d a s: U n o de los dos tipos de sabios Hinayan a,

s i e n d o e l otro e l d e l os S hr avakas ( jap. shom on ) , o aquellos que e s c u c h a n l a s v o c e s . S e c o n s i d e r a a u n p r a t y e k a b u d a co mo (a ) “a q u e l i l u m i n a d o a l a s c a u s a s y c o n d i c i o n e s ” (e n g a k u) , es decir, aquel qu e percibe la verdad del origen dependiente del sufrimiento, o (b) “aquel iluminado independientemente” (dokkaku), alguien que busca la iluminación sin un maestro, por ejemplo, en un mundo donde existe un Buda, mediante la observación de los fenómenos naturales y la

meditación

sobre

los

mismos.

Entre

los

Diez

Estados,

el

p r a t y e k a b u d a corresponde al de la Comprensión (Absorción). (17)

Ti erra de l a Lu z Tran q uila: lugar donde m or a un Buda. Tam bién

indica el estado de iluminación.