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CUATRO
l'UffiHOS
H I S T O R I A DE
• Y DE
LOS DOCE PARIS DE FRANCIA Est e l l a s e refieren Jas g r a n d e s p r o e z a s y h a z a ñ a s d e e s t o s m a y nobles y esforzados c a b a l l e r o s .
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PROPIEDAD
•HISTORIA
VERDADERA DE
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Y DE LOS DOCE PARES DE FRANGÍA
PRIMERA P A R T E Se. da. cuenta del muy sangriento • combate que tuvo el valeroso con el esforzado Fierabrás de Alejandría.
S u e n e n cajas y c l a r i n e s y sonoros i n s t r u m e n t o s , e n acordes c o n s o n a n c i a s p o r los espacios d e l t i e m p o , p a r a d a r claras n o t i c i a s del caso más e s t u p e n d o , la más, r e ñ i d a batalla y los m á s recios e n c u e n t r o s q u e lia h a b i d o a e s p a d a y lañan, mano a mano, cuerpo a cuerpo. Ya es sabido q u e e n Turquí», e n n u e s t r o s p a s a d o s tiempo», el a l m i r a n t e Bulan, s e ñ o r de todos sus r e i n o ? , tenía u n disforme hijo, agigantado e n su c u e r p o , q u e con n u e v e p i e s d e alto e r a u n a t o r r e de h u e s o s , y p o r su g r a n d e v a l o r este n o m b r e le p u s i e r o n : F i e r a b r á s d e Alejandría, el que a nadie tiivo m i e d o .
Oliveros
A p e n a s t u v o v e i n t e años, cuando, osado y soberbio, su ejército a p r e s t ó e invadió el romano Imperio, p o n i é n d o l e sitio a R o m a con m u y b r i o s o s esfuerzos. Al ñ n v e n c i ó la batalla, h a c i e n d o m u c h o s excesos; al P a p a le a p r i s i o n ó y a o t r o s m u c h o s caballeros, s a q u e a n d o las iglesias y d e s t r u y e n d o los templos; halló las santas reliquias d o n d e fué el S e ñ o r envuelto, y a su t i e r r a las llevó; c u a n d o en este m i s m o t i e m p o e n esa c o r t e de F r a n c i a había c r i a d o el Cielo u n Cario Magno, q u e fué azote d e los p r o t e r v o s ; le dio e l S e ñ o r doce h o m b r e s , p a r a su a c o m p a ñ a m i e n t o .
• • 4 — l l a m a d o s los d o c e P a r e s , d e m u c h o valor y esfuerzo; y v i e n d o la crueldad de aquel mulsumáti soberbio, p a r a d e f e n d e r la F e a l a s a r m a s acudieron; se c o m e n z ó la c a m p a ñ a c o n tanto valor y esfuerzo, q u e p r o n t o los doce P a r e s del c a m p o se h i c i e r o n d u e ñ o s acuchillando t u r b a n t e s , cotas y mallas d e acero. P e r o v i e n d o el a l m i r a n t e q u e iba a p e r d e r su r e i n o , m a n d ó r e t i r a r su g e n t e c o n p r e c a u c i ó n y recelo, y a s u hijo F i e r a b r á s le l l a m ó así, d i c i e n d o : «Bien sabes, hijo a n i m o s o , q u e estos doce caballeros q u e v i e n e n con Carlo-Magno son h o m b r e s de m u c h o a r r e s t o , m e h a n m a t a d o cien m i l h o m b r e a y mis mejores guerreros; p o r el>profeta d e Alá les hago hoy juramento, q u e h e d e t o m a r la d e m a n d a y m e h e d e v e n g a r de ellos.» F i e r a b r á s dijo: «Señor, e s o q u e d a de m i e m p e ñ o ; dadme. licencia, i r é al c a m p o d o n d e t i e n e su real p u e s t o , y l o s l l a m a r é a campaña, p o r v e r si p u e d e mi esfuerzo u n o a u n o o dos a dos, d a r l e s fin a t o d o s ellos.» Se armó; presto Fierabrás, y trajo consigo luego d o c e mil h o m b r e s de a pie, d e j á n d o l o s encubiertos; c o n esto se e n t r ó en la r e a l e n altas voces, d i c i e n d o : •«¿Adonde está Carlo-Magno? ;
q u e h o y u n solo c a b a l l e r o viene a p e d i r l e campaña; e n v í a m e aquí a Oliveros o al valeroso R o l d a n , q u e h o y hasta seis e s p e r o , y les sostendré batalla h a s t a q u e dé fin con ellos.» V i e n d o que nadie salía, determinado y soberbio se a r r i m ó al pie do u n á r b o l , d o n d e se sentó al m o m e n t o ; y s e n t a d o c o m o estaba decía con g r i t o s fieros: «Carlo-Magno, ¿ya has p e r d i d o tu fama y h o n o r a un t i e m p o q u e antes habías g a n a d o , p u e s q u e a un solo c a b a l l e r o q u e está p i d i e n d o c a m p a ñ a n o le dais el c u m p l i m i e n t o ? » C u a n d o Carlo-Magno o y ó del t u r c o aquestos ecos, a Rícarte de N o r m a n d í a ie p r e g u n t ó así, d i c i e n d o : «¿Quién es este h o m b r e a u d a z tan desatinado y ciego q u e nos está desafiando a cuantos hay en mi reino?» Ricarte dijo: «Señor, ese osado caballero, es hijo del a l m i r a n t e , y agigantado en sa c u e r p o ; el que sometió a R o m a , con notable a t r e v i m i e n t o , r o b ó las santas r e l i q u i a s q u e p o r tanto nos dolemos.» Mandó llamar a R o l d a n , estas palabras d i c i e n d o : «Sobrino, hoy es el día, ' que a ti te toca el e m p e ñ o , d a salir a la d e m a n d a de ese e n e m i g o fiero.» Y Roldan d i j o : «Señor, ni yo ni mis c o m p a ñ e r o s
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n o h e m o s de salir n i n g u n o , p o r q u e bien sabéis p o r cierto, c u a n d o la e s c e n a p a s a d a q u e aquellos reoios e n c u e n t r o s , me dijiste con firmeza: *Los ancianos caballeros , •. • h o y han g a n a d o la fama, y a éstos toca p r i m e r o el salir a la demanda.» Así Cario Magno o y e n d o la r e s p u e s t a d e R o l d a n , una manopla de hierro q u e tenía, le a r r o j ó c o n t a n t o furor e i m p e r i o , le h i r i ó con ella en la cara, y Roldan al m i s m o t i e m p o m e t i ó m a n o a la espada, « y consiguiera su i n t e n t o d e e c h a r s e s o b r e su tío, si los otros c a b a l l e r o s n o se pusieran delante; , m a s se contuvo, s i n t i e n d o la mala acción que hizo faltando así al r e s p e t o ; Tiendo esto Carlo-Magno se empezó a a r m a r al m o m e n t o p a r a i r a la batalla; p e r o el buen c o n d e Oliveros a u n q u e sin c u r a r la h e r i d a que recibió en otro encuentro, c u a n d o supo la cuestión, llamó a Guarí», su e s c u d e r o , d i c i e n d o que le trajese , .; t o d a su a r m a d u r a presto. Así que se vio a r m a d o saltó de la cama al s u e l o , e s t i r á n d o s e los b r a z o s y m a n e j a n d o los m i e m b r o s p o r ver si firmes e s t a b a n , y p a r a más p r u e b a d e ello saltó d e s d e g r a n a l t u r a c o n tanto b r í o y d e n u e d o , q u e dejó a t o d o s p a s m a d o s ;
p e r o al c a e r e n el suelo se le a b r i e r o n las heridas, y a u n q u e la,sangre; v e r t i e n d o m a n d ó t r a e r el caballo; así q u e le vio dispuesto, r sin p o n e r m a n o e n la silla, de u n b r i n c o m o n t ó ligero; fué do e s t a b a Garlo-Magno estas palabras, d i c i e n d o : «Muy p o d e r o s o s e ñ o r , h o y llega este caballero pidiéndoos p o r merced , lo o t o r g u é i s su p e d i m e n t o . » , Y Garlo-Magno r e s p o n d e : ,, «Pide, q u e te lo concedo.» E n t o n c e s dijo:. «Señor, h o y v u e s t r a licencia e s p e r o p a r a ir a la c a m p a ñ a . »'..,,• í E s o no te lo c o n c e d o , p o r q u e si b u e n o estuvieras n o m e d a r í a recelo.» Galalón, q u e está p r e s e n t e , con sus d a ñ a d o s i n t e n t o s , le r e p l i c ó : «Gran señor,, no es d e n o b l e s caballeros el n e g a r esta d e m a n d a , sino afirmarse e n ello.» Y Garlo Maguo r e s p o n d e con el r o s t r o a l g o severo,: • < al c a b a l l e r o R o l d a n , . ,... m o s t r a n d o m u y bien su esfuerzo.. Ahora en la t e r c e r a parte se d i r á lo q u e sufrieron , ios cinco P a r e s de F r a n c i a que q u e d a r o n p r i s i o n e r o s . , , .,;
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TERCERA P A R T E La 'princesa JRloripcs presta m apoyo a los ilustres prisioneros. Embajadas por una y otra parla para el ••canga da los prixitmeros,.
Muy p r o n t o los p r e s e n t a r o n a los cinco c a b a l l e r o s dolante del Almirante; que encolerizado y (tero, c a b i e n d o de q u e su hijo era herido y p r i s i o n e r o , los e n c e r r ó en una t o r r e orilla del m a r s o b e r b i o , y cada vez que crecía, hasta la mitad dol c u e r p o todos se c u b r í a n do agua; y el buen c o n d e de Oliveros, viéndose en tan gran,fatiga, exclamaba l a s t i m e r o : peso. Recibe, Señor, mi alma, q u e goce de Ti en el cielo d e u n e t e r n o descanso, p u e s aquí tanto padezco.» L u e g o cogió s u espada, d e esta m a n e r a diciendo : «¡Oh espada de g r a n valor, :
la mejor q u e el h o m b r e ha h e d i ó ! , ¡cuánto t i e m p o m e has servido!, ¡a cuántos t u r c o s has muerto!, y con t u s c o r t a n t e s filos ' has p a r t i d o tantos y e l m o s ; , n o quisiera te g o z a r a n i n g u n o , y p o r eso q u i e r o . en esta p i e d r a q u e b r a r t e . » Se levantó con esfuerzo, la a g a r r ó con ¡as dos manos, y la dio g o l p e s tan r e c i o s contra la p e ñ a hasta que, cansado,lá* a r r o j ó al suelo, sin que la e s p a d a se hiciera • mella ni s e ñ a l d e ello; y viendo q u e n o p o d í a q u e b r a r l a , tocó su c u e r n o , " ¡ el que Carlo-Magno o y ó y t a m b i é n dos caballeros, q u e escondidos en. e l m o n t o t e m e r o s o s se m e t i e r o n ; eran T i e r r i y Valdómiros, éste llegó el p r i m e r o , que es h e r m a n o d e Roldan, : y, v i é n d o l o casi m u e r t o , hizo un g r a n llanto p o r él; dijo Roldan a este t i e m p o : • ,¡ «Hermano, la sed m e mata»;. buscó agua, y n o p u d i e n d o hallarla, fué a Garlo-Miigno a d a r c u e n t a d e l sucoso; luego llegó t a m b i é n T i e r r i , lo miró Roldan a t e n t o , le d i j o : «¿Qué m i r a s , T i e r r i ? , soy Roldan, t u - c o m p a ñ e r o , el q u e dio m u e r t e al gigante tan feroz y tan s o b e r b i o , el que en-las. r e c i a s batallas cuidó de sus c o m p a ñ e r o s ; ó y e m e d e confesión, p o r q u e y a me e s t o y muriendo.» Confesó g e n e r a l m e n t e , y alzó los ojos ai cielo, v
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dijo : «En tus m a n o s , Señor, commendo spiritum meum;* y así finó el a d a l i d ' más esforzado y g u e r r e r o . Dieron p a r t e a Garlo-Magno , d e tan infausto suceso, , . . ,.. q u i e n d e coraje i r r i t a d o ,; venganza olamaba al Cielo. F u é d o n d e estaba Roldan, y así q u e lo v i d o m u e r t o cayó d e s m a y a d o e n tierra