Revista Vida Cênica - Edição. 01 - Janeiro 2023 Flipbook PDF


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ANO 01

vida cênica RELEMBRE ESPETÁCULOS MEMORÁVEIS

EDIÇÃO 01

PERSONAGENS INESQUECÍVEIS DE NOVELAS

A TRADIÇÃO DOS TERNOS DE REIS

CIAS TEATRAIS X GRUPOS TEATRAIS

CENAS CURTAS PARA VOCÊ FAZER

MARCELO MOREIRA ARTISTA COMPLETO E PROFUNDO

JANEIRO DE 2023

JOGOS TEATRAIS

NESTA EDIÇÃO 02

Mensagem para o(a) artista

03

Reflexão por Marcelo Moreira

04

Publicidade

06

Agenda Cênica

08

Cia Teatral X Grupo Teatral

09

Dicas para Iniciantes na Carreira de Ator/Atriz

11

Curso de Férias: Por que é Importante?

12

Conheça o Artista Marcelo Moreira

28

Teste: Qual o seu Gênero Teatral

31

Relembre Espetáculos Memoráveis

32

Jogos Teatrais

35

A Tradição dos Ternos de Reis

40

Personagens Inesquecíveis de Novelas

46

48

Cenas Curtas para Você Fazer O que terá na próxima edição...

Olá, artista! Você não imagina o tamanho da nossa felicidade por você ser leitor(a) da Revista Vida Cênica. Foram meses de muito preparo e dedicação para que a nossa primeira edição chegasse a você com a qualidade artística que você merece ver. A arte cênica, teatral, no geral, precisa ser vista e levada ao mundo seja de forma presencial ou virtual. O teatro não é somente físico, mas digital, por estas folhas que seguem.

É um sonho realizado e que você, artista ou não, deve desfrutar. Agora, vire a página e aproveite!

E sinta chegar aí, um abraço artístico!

Até a próxima edição!

Glícia Nathállia Campos Artista e idealizadora da Revista Vida Cênica vida cênica | 02

Para refletir “Quando chegares no fundo do poço, e as luzes do mundo se apagarem, verás que, para alcançar as alturas, será preciso manter a solitude e se afastar da rasa multidão”

(Provérbio Guegoliano)

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PUBLICIDADE

Serviços gráficos e comunicação

Um espaço para falar sobre música de maneira leve e sintonizada

A arte para todas as tribos desde 2014

Vista-se de festa e arrase em qualquer ocasião

Conteúdo literário para amantes da leitura e escrita

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PUBLICIDADE

Descobrindo, preparando, e conectando talentos à oportunidades

Proporcionando ao seu show musical, a qualidade que você merece ter.

A dança foi feita para você

Sintonize música na melhor frequência

Aqui tem arte. E o melhor de tudo é que você mesmo pode fazê-la. vida cênica | 05

AGENDA CÊNICA

SEU ENTRENIMENTO TEATRAL DO MÊS DE JANEIRO

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AGENDA CÊNICA SEU ENTRENIMENTO TEATRAL DO MÊS DE JANEIRO

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CIA TEATRAL E GRUPO TEATRAL Quando falamos em grupos teatrais e cia teatrais não pensamos muito nas diferenças, imaginando serrem uma coisa só. Mas não. Vamos entender as diferenças e o que realmente acontece em cada uma dessas categorias. Foto: Fauxels

Um grupo teatral é formado por pessoas que, não necessariamente, possuem o DRT - documento que comprova que aquela pessoa é atriz ou ator e trabalha na área. Ou seja, um grupo teatral pode ser formado por qualquer pessoa que tenha interessem em trabalhar em grupo para ensaiar e apresentar peças e espetáculos em locais comuns, sem muita restrição. Por exemplo, se pessoas do mesmo bairro se juntam para uma apresentação de fim de ano ou alunos de um determinado colégio formam uma equipe para apresentar uma peça, estes são considerados grupos teatrais. Além do mais, os grupos teatrais não têm uma direção específica, nem um líder que possua obrigatoriamente o DRT para dirigir aquele grupo. Nas cias teatrais ocorre o oposto: É um grupo de atores profissionais, cujo qual todos (ou alguns deles) têm o DRT. E para ser considerada uma cia teatral, deve-se levar em consideração formalizá-la como empresa em alguma categoria ou, até mesmo tem um líder que possua DRT e, assim, poder realizar suas atividades dirigindo aquele determinado grupo para apresentar seus espetáculos.

Texto: Glícia Nathállia Campos

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DICAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO A CARREIRA DE ATOR E ATRIZ

Foto: Cottonbro Studio

O interesse em trabalhar nas artes cênicas tem se tornado cada vez maior. Nessa área é necessário utilizar uma melhor comunicação para melhor interação com o público. Dessa mesma maneira, precisa-se compreender que há um jeito ideal para iniciar a carreira artística da área de interpretação teatral. E aqui vão dicas que valem para você começar a sua carreira de ator ou atriz de maneira infalível: Dica 01 - Se mostre: não há como lhe convidarem para trabalhos artísticos se você tem vergonha de aparecer ou não mostra o seu trabalho. Dica 02 - Acompanhe o trabalho de outras pessoas da área: siga pessoas influentes e que você tem admiração, principalmente aquelas que vão agregar conteúdo pra você. Dica 03 - Seja evidente sobre o que você faz: Se você é um(a) ator(a), especifique que faz teatro e publique cenas curtas em suas redes. Elas têm formatos diferentes e opções variadas para vídeos curtos.

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DICAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO A CARREIRA DE ATOR E ATRIZ

Dica 04 - Treine a fala e o corpo: Atores precisam de treino para que possam receber a personagem. Treine na frente do espelho ou até mesmo sem ele, até ir se sentindo seguro(a). Dica 05 - Cuidado com estrelismo: Não se deve ficar o tempo todo escolhendo personagem, escolhendo trabalho e selecionando criteriosamente os convites que lhe são feitos. Se quiser ser bem reconhecido(a), comece do zero, do pequeno, e o grandioso chegará até você. Dica 08 - Se profissionalize: É ator(a) que você quer ser? Faça cursos e busque se profissionalizar, aprender e sempre estudar. Há bons cursos espalhados pela cidade. Quem sabe até a sua formação na faculdade seja em artes cênicas para interpretação ou direção teatral... Dica 09 - Escolha um gênero teatral que aprecie: Se você gosta de comédia, que tal pensar em trabalhar com stand up, arte clown (palhaçaria) ou na linha da comédia? Mas se você não aprecia comédia, certamente, o seu estilo de interpretação é o drama. Comece com um gênero, até se familiarizar com a interpretação. Dica 10 - Capriche na dicção, voz e no trabalho de corpo: Treine sua voz, a fala e a sua postura. A presença artística é mais valorizada quando se pensa no corpo do ator bem posicionado, bem como seu tom de voz firme e em bom tom. O ator precisa ser ouvido, mas cuide para que não grite sem necessidade. Pense nas dicas e reflita se você estava errando mais do que acertando e confie em você. Acredite no seu potencial e ponha em prática. O sucesso lhe será inevitável!

Texto: Glícia Nathállia Campos

Foto: André Frutuôso

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Foto: Ruca Souza

CURSO DE FÉRIAS Por que é tão importante?

Um curso de férias é curso em que acontece em meses como janeiro ou julho. É o período em que quando muitos estão descansando, viajando ou se dedicando a aproveitar suas férias, muitos cursos são lançados no intuito de preparar o participante ou oferecer algo que ele não tem tempo de fazer em outros períodos do ano.

A importância de um curso de férias está no fato de que as férias é um momento em que deixamos de fazer aquilo que estávamos fazendo e damos um intervalo de um mês ou menos. Sendo assim, perdemos um pouco o ritmo quando retornamos ás atividades e o corpo volta a acostumar somente depois, Por isso a prática deve ocorrer sempre. Além do mais, os cursos de férias são cursos mais leves, com carga horária menor e conteúdo ameno, o que apenas deixa o(a) ator ou atriz mais desperto(a). vida cênica | 11

Por Glícia Nathállia Campos

Entrevista exclusiva com

MARCELO MOREIRA vida cênica | 12

Na Noite Escura da Alma

Imagem cedida por Marcelo Moreira

Trajetória

Quem é Marcelo? Nunca gostei de me definir. Não me simpatizo por rótulos e embalagens distintas. As pessoas sempre tentam nos encaixar nessas prisões da sociedade. Posso dizer que sou um eterno aprendiz na escola da vida, um artista livre de padrões sociais, livre dessas amarras ideológicas, livre do politicamente correto, de bandeiras e movimentos sócio-políticoreligioso... Não pertenço a nada nem a ninguém. Não há nada mais transgressor do que transcender a cegueira imposta por quem define os rumos da humanidade. Nada mais libertador do que viver a própria liberdade sem quaisquer limitações. O despertar interior é a verdadeira revolução.

Creio que tudo começou desde pequeno, quando já apresentava sinais artísticos. Claro que só percebi, agora, depois de me tornar adulto. Sempre gostei de me apresentar na escola: Feiras das Nações, Homenagens, dias comemorativos, Gincanas escolares, enfim, tudo que tivesse Arte no meio, eu estava lá. Nunca esquecerei dançando Michael Jackson numa apresentação do colégio. A escola parou, foi inesquecível. Mas digo que tudo se tornou definitivo como artista, oficialmente, quando passei a lançar minhas poesias pro mundo, em 2012 (escrevo desde criança). Fazendo as contas, tenho 10 anos de carreira, como poeta, e já comecei recebendo a Comenda Gonçalves Dias, em São Luís, no Maranhão. Uma honra. Na dança, comecei no Ensino Fundamental, nas apresentações do colégio, mas oficialmente em 2013, quando entrei na Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB). Iniciei com Street Jazz, com o professor Hélio Oliveira. Em 2015, as coisas mudaram, fui fazer Dança Afro Brasileira com a professora Leda Ornellas, mas não demorou muito e ela saiu da Escola, daí fui fazer uma aula de Dança Moderna Híbrida, com o método GriotLab, do indescritível coreógrafo Paco Gomes, foi, então, que, de uma aula, só sai em 2017. Passei 3 anos com ele. Nesse tempo, fiz aulas de Dança Afro com Amilton Lino, e Ballet com Raimundo Simões, por um período. Em 2016, fiz Dança Contemporânea com Indio Medeiros e foi a partir daí que surgiu minhas primeiras performances. Em 2017 foi o grande boom criativo. Fiz Dança Contemporânea com Clênio Magalhães, e daí nasceu muitos filhotes artísticos e não parei mais. A FUNCEB foi uma vivencia extraordinária, conheci pessoas incríveis, e ainda tive o privilégio de me apresentar no grande palco de Salvador por diversas vezes, o Teatro Castro Alves (TCA). Jamais esquecerei. Também, em 2017, entrei no Curso de Teatro da FUNCEB, e fiz aulas com meu grande mestre Ronaldo Braga. Participei do FENAPO, em Osasco – SP, e levei 3 trofeus pra casa, um como Ator Revelação. Uma satisfação pra mim, já que não tinha ainda concluído o curso de teatro. Imagem cedida por Marcelo Moreira Na Noite Escura da Alma

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Na Noite Escura da Alma Imagem cedida por Marcelo Moreira

Em 2018, fiz aulas de canto e logo em seguida vem minha primeira peça oficial. Fui chamado pro Musical, de Lika Ferraro. Sim, comecei logo cantando, dançando e atuando. A partir daí, participei das peças de Thelma Gualberto e Solange Simões, além de fazer um pocket show solo, cantando algumas músicas que gosto. Uma delícia. Ao longo desta jornada, sempre estava participando de revistas, concursos de poesia e recebendo honrarias e conquistas literárias, inclusive e principalmente, internacionais. Países como Estados Unidos, Reino Unido, Inglaterra, França, Espanha, Portugal, Argentina, Chile, Uruguai, Equador e até Venezuela. E minha maior conquista surgiu, fui premiado no Concurso de Apadrinhamento de obras literárias na categoria Poesia, emocionante pra mim. E vem 2022, depois de exatos 10 anos como poeta oficial, com o lançamento do meu primeiro livro “Sociedade dos Escravos Modernos”, através da Arte Impressa Editora. Nem preciso dizer o quanto foi importante pra mim essa conquista. Um sonho realizado. Criei o “Poesia em Cena”, no qual, convidei alguns atores para fazerem vídeos para interpretar algumas poesias do livro, e o “Prêmio Guegoliano de Poesia em Cena”. Foi, na verdade, valorizar e premiar estes trabalhos incríveis que foram produzidos.

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ETERNESSENCIA

Amor é liberdade É o despertar do ser O medo é ilusão. Marcelo Moreira

Imagem cedida por Marcelo Moreira em

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O ESTRIBILHO DO AMOR NO ESPLENDOR DO AMANHECER

Revista Vida Cênica - Já pensou em desistir da vida artística? Alguma coisa lhe faria abandonar este caminho da arte? Marcelo - Sim, muitas vezes. Sempre me pergunto se vale a pena insistir ser artista num país que valoriza a futilidade, numa sociedade que não reconhece os artistas independentes (ou os que não estão na grande mídia, nem faz parte da panelinha), e, principalmente, perceber que, por aqui na Bahia, quanto mais degradante e fugaz, melhor. Mas creio que isso faz parte da Cultura Nacional. Basta Cerveja e Churrasco, Futebol e Carnaval que está tudo certo. “Ninguém precisa” ter senso crítico. A Televisão já faz isso por todos. Que boazinha ela é. E assim, como artistas desconhecidos do grande público, vamos cada vez mais pro ralo dos invisíveis. Uma lástima. Mas... é aquela coisa, cada um tem seu espaço, cada um tem seu valor... Na verdade, essa essência berra dentro de mim. E cá estou eu nesta labuta incansável, sobrevivendo a cada dia. Artista é o que sou e a Arte é o manifesto do meu Ser. É a minha Alma. “Tá no sangue”. Revista Vida Cênica - Nos fale sobre o seu tipo de trabalho artístico e porque ele tem essa característica: Marcelo - Meus filhotes (performances) quase sempre surgem de minhas poesias. Como ator, gosto de interpreta-las, de criar imagens, personagens e traduzir, cenicamente, aquilo que escrevo. Minhas poesias seguem um caminho místico, espiritual, maldito, transgressor. Um estilo provocador e idealista. Como poeta, tenho uma certa linha harmônica e musical. A Música é minha grande e verdadeira inspiração. Gosto quando a mensagem tem um som por detrás, uma melodia pessoal. Não tem como alguém me copiar. É singular. É a minha assinatura, minha identidade. É único, assim como cada ser humano. Essa é a beleza da criação. Gosto de deixar minha marca, tornar único cada verso, cada título, cada cena. Faço isso inconsciente, não penso muito nisso, apenas faço. E gosto de escrever mensagens para as pessoas refletirem, as quais chamo de Provérbio Guegoliano. Revista Vida Cênica - Quais foram os trabalhos em que você participou, que você considera mais importante? Qual mais mexeu com você e, ao mesmo tempo, revolucionou o seu público?

Imagem cedida por Marcelo Moreira

Descrevi, anteriormente, alguns dos trabalhos que participei. Doses: O Musical, de Lika Ferraro foi um deles. Foi marcante. Texturas de Logun, de Paco Gomes, igualmente. Um do Teatro e outro da Dança. Tenho uma tendência em produzir meus próprios trabalhos, já que, se depender desse lugar, estaria parado no tempo. E das criações autorais, destaco o recente experimento audiovisual “O Réquiem”, sempre choro assistindo. “Psique: A Alma da Sombras”, esse foi indiscutivelmente o que mais me apresentei. Tem uma energia bem pesada, o título já anuncia. “A Ordem Secreta do Caos” criado pra finalização do curso de Teatro e dirigido por Ronaldo Braga, a energia foi incrível que sentia quando apresentava no Espaço Xisto. Algo forte “baixou” em mim. Senti na hora. E “O Estribilho do Amor no Esplendor do Amanhecer”, esse foi um dos mais premiados. Sendo sincero, gosto de tudo que produzo. Gosto de fazer tudo bem feito. Difícil é escolher um só como favorito. São meus filhos.

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Marcelo Moreira em

AUTO DA BARCA DO INFERNO, ONDE INTERPRETA DOIS PERSONAGENS

@marcelomoreiraofficial

@marcelomoreiraofficial

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Foto: Rose Nascimento

Revista Vida Cênica - O seu livro Sociedade dos Escravos Modernos marcou um público e, com certeza, o próprio autor! Nos conte sobre este seu trabalho fantástico: Tinha a ideia vaga de que meu livro só sairia depois que minhas poesias tivessem destaque, que fossem premiadas. Assim seria um livro de poemas premiados. Dai, em 2021, surgiu uma oportunidade de concorrer com um livro no 2º Apadrinhamento da Arte Impressa Editora, lançado nas principais plataformas, sem custos, oportunidade maravilhosa, já que não tinha recursos para arcar com o projeto. E assim foi. Ganhei e fiquei surpreso com a notícia. Realmente não esperava. Foi um misto de emoções. Inclusive estava comendo na hora do resultado. Não sabia se chorava ou comia. Acabei comendo e chorando ao mesmo tempo. Serei eternamente grato por essa oportunidade única que surgiu em minha vida. Meu primeiro livro...

Peço que compre meu livro, faça uma análise, me marca, me siga no Instagram e se inscreva no canal do Youtube.

Foto: Marcelo Delfino Fotografia

Sociedade dos Escravos Modernos é uma obra literária de manifesto subversivo, político, filosófico, espiritual e idealista, para o despertar de uma Nova Cosnciência Humana. É um movimento poético de remoção do véu da ilusão social, em uma jornada cósmica, impiedosa, psíquica, mística e espiritual, na tentativa de desmascarar o decadente sistema de controle implantado nesta sociedade modernamente manipulada. É isso. Quem tiver interesse, poderá encontrar nos principais sites. Amazon, Americanas, Submarino... dentre outros. Tanto no formato físico quanto no formato digital. Enfim. Adquiria já o seu exemplar. Quem sabe, você artista, queira produzir uma obra Audiovisual das minhas poesias, seria uma honra assistir seus videos. Dai já participa do Poesia em Cena. Manda ver.

Você pode comprar o livro do Marcelo no link abaixo: https://www.arteimpressaeditora.com.br/productpage/sociedade-dos-escravos-modernos-marcelo-moreira

@marcelomoreiraofficial @marcelomoreiraofficial MARCELO MOREIRA EM "PSIQUE - A ALMA DAS SOMBRAS"

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"Faça tudo aquilo que faz de maneira única. Faça a diferença e seja o diferente neste mundo normal. Seja “o louco” de cada história que vivenciar. Deixe sua marca por onde passar. E jamais desista daquilo que vibra em você. Se recebeu esse “chamado divino” e essa for realmente a sua missão, não desista. Viva a dor e a alegria de ser quem tu és, respeitando o próximo. É isso."

Marcelo Moreira

Marcelo Moreira em A VIBRAÇÃO DE UM PRÍNCIPE vida cênica | 19

Foto: Rose Nascimento

Revista Vida Cênica - Marcelo, o que gosta de comer? O que curte ouvir e ler? Quais são os seus gostos pessoais? O que não tolera de jeito nenhum? Como bom taurino, eu gosto de comer muito. Comer é vida. Gosto de me sentir inchado, depois de me alimentar. Só assim fico satisfeito. Gosto de pizzas, massas, salgados, comida de aniversário, principalmente Boliviano (o melhor do mundo). Tenho preferência por Comida Baiana, Comida Italiana (a melhor, sem dúvida), e Comida Japonesa, mas como tudo que vejo pela frente. Gosto de misturar feijão, macarrão, purê de batata, frango e farofa de ovo, (tudo um do lado do outro, misturo aos poucos enquanto como) (Não tem almoço melhor que esse) ahhh, e antes, um pratão de salada bem temperada com 10 mil itens, inclusive fruta (melão, manga, maça...). Gosto bastante de Umbú e gosto de Passas em tudo também. Sou fissurado em queijo, qualquer um. Não suporto Fígado nem Passarinha. E Doces.. com toda certeza Paçoca (como uma caixa em poucos dias), e qualquer coisa que tenha amendoim, castanha e chocolate (pasta, torta, doce, sorvete, picolé, calda, bombom, bolo...). Músicas, ouço de tudo (Clássica ao Rock). Preferencias: Reggae, R&B, Bolero, Pop-Rock e claro, um bom e velho Samba raiz. Não suporto Funk nem Swingão. Pra ler, textos e livros relacionados a espiritualidade, ocultismo, gnose, temas do universo quântico, conspiração, despertar de consciência... Não suporto Romances nem livros de histórias bobas de amor. Filmes, tenho preferência por Ficção Científica, Aventura, Mistério, Fantasia, e um bom Terror e Suspense inteligente. Não suporto Comédia tosca, prefiro Animação (infantil). Não sou bom de acompanhar Séries. Tem que ser muito boa pra não desistir no meio do caminho. Revista Vida Cênica - Já passou por alguma experiência negativa dentro da arte, como o preconceito, por exemplo? Sendo sim ou não, que mensagem você deixaria para essas pessoas? Não sei, e se aconteceu, não me lembro. Coisas desse tipo, eu esqueço, prefiro lembrar do que foi bom. E pra os que passam por isso.... Não se ofenda, cada um oferece aquilo que tem. Não sirva de espelho pra ninguém. Quando se reage é porque algo em você precisa ser curado. Nossos “inimigos” são os nossos melhores mestres. Seja aprendiz de cada um deles.

Foto: André Frutuôso vida cênica | 20

Foto: Diney Araújo ESPETÁCULO PRECIOSAS PÉROLAS

ESPETÁCULO AUTO DA BARCA DO INFERNO Foto: Rose Nascimento

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Foto: Maurício Martins

O ESTRIBILHO DO AMOR NO ESPLENDOR DO AMANHECER Imagens cedidas por Marcelo Moreira

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Foto: Hermes Fotografia

Marcelo Moreira vive

PLIM PLIM - O MAGO DA CANÇÃO

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Foto: Fábio Bouzas

O artista Marcelo Moreira também participa de

TEXTURAS DE LOGUN

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A ORDEM SECRETA DO CAOS

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Marcelo também constrói suas performances e espetáculos em formato audiovisual solo.

vida cênica | 22 Imagem cedida por Marcelo Moreira em

"Nunca gostei de me definir. Não me simpatizo por rótulos e embalagens distintas". "O despertar interior é a verdadeira revolução".

"Não pertenço a nada nem a ninguém. Não há nada mais transgressor do que transcender a cegueira imposta por quem define os rumos da humanidade".

Imagens cedida por Marcelo Moreira em

"Sou bastante bagunceiro, tenho raiva por não ser disciplinado e organizado", lembra Marcelo.

"Entrevistar o Marcelo foi super gostoso. Já temos um grau bem bacana de afinidade um com o outro e foi enriquecedor aprender mais com ele e sobre ele. Me identifico com o seu trabalho. É uma arte que se aproxima da minha e gosto disso, me identifico e não me sinto sozinha. Precisávamos dele para abrir essa revista. Tinha que ser o Marcelo primeiro e não preciso esconder isso. A arte dele abre caminhos, desvenda e desvela. Ainda que nada faça sentido, é só assisti-lo e as dúvidas passam, me sinto curada, é terapêutico e esclarecedor". Glícia Nathállia, artista e idealizadora da Revista Vida Cênica

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"Sou bastante bagunceiro, tenho raiva por não ser disciplinado e organizado", lembra Marcelo.

@marcelomoreiraofficial @marcelomoreiraofficial

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Imagem cedida por Marcelo Moreira em

O RÉQUIEM

FOTOS POR Marcelo Moreira

TESTE: QUAL O SEU GÊNERO TEATRAL? Gênero teatral é como amor à primeira vista. Marca, chama, convida. A gente se sente ali presente naquilo e é algo que parece que fala a nossa língua. Além do mais, é como uma vocação. Parece que faz mais sentido determinado estilo ou gênero. Faça um breve teste e descubra o seu. lembrando que, independente do resultado, você deve seguir o estilo que mais for da sua vontade. 01. Escolha uma série de TV: a) A Grande Família b) Wandinha c) Bom dia, Verônica d) Verdades Secretas e) Nenhuma delas me interessa.

03. Que personagem você faria tranquilamente? a) Um comediante b) Um(a) vilão(a) c) O(a) dramático(a) sofredor(a) d) O(a) mocinho(a) e) Apenas participações

02. O que você mais aprecia no teatro? 04. O que você mais aprecia ver? a) Espetáculos engraçados ou infantis b) Espetáculos sobre livros e obras c) Espetáculos mais reflexivos d) Os atores e a sua atuação e) O conforto do local.

a) Stand up ou comédia b) Filme ou série de terror c) Documentários d) Ler um livro e) Ir a shows

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Foto: Rose Nascimento

TESTE: QUAL O SEU GÊNERO TEATRAL?

09. O que sente quando vê comédia?

MARCELO EM "PSIQUE - A ALMA DAS SOMBRAS"

05. O que você acha clichê nas novelas? a) Turminha de vilões b) Final sempre feliz c) Matar personagem queridinho(a) d) Personagens muito alegres e) Par romântico 06. Dos espetáculos abaixo, qual você lembra mais? a) A Bofetada b) O Beijo no Asfalto c) Cabaré da Rrrrraça d) Cabaré Brasil e) Não lembro de nenhum desses.

a) Me envolvo, como se eu estivesse fazendo, além de dar ótimas risadas. b) Mudo de programação. Não costumo ver comédia. c) Gosto, dou risadas, mas apenas isso. d) Penso no quanto deve ser difícil o ator manter o personagem até o fim. e) O que é comédia mesmo?

10. Agora você vai escolher abaixo o que mais acontece com você quando vê drama: a) Drama? Que triste! Muda isso aí! b) Gosto de um drama. c) Me emociono e me identifico vendo aquilo, além de indicar pra todo mundo assistir também. d) Percebo um leve romance nas cenas. Aprecio. e) Me faz refeltir.

07. Se pudesse escolher, em que produção trabalharia como ator(a)? 11. Escolha um(a) personagem: a) Minha Mãe é Uma Peça b) The Walking Dead c) Avenida Brasil d) Malhação e) Comerciais de TV

a) Didi (Os Trapalhões) b) Wandinha (Wandinha) c) Rick (The Walking Dead) d) Jade (O Clone) e) Professor Pasqualete (Malhação)

08. A obra que mais aprecia: a) Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll b) A Família Adams, de Charles Adams c) Orgulho e Preconceito, de Jane Austen d) Lolita, de Vladimir Nabokov e) A Hora da Estrela, de Clarice Lispector

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12. Escolha o que você estudaria: a) A arte clown (palhaçaria) b) Iluminação e cenografia c) A história do teatro. d) Técnicas de cenas de beijo e) Trilhas sonoras e direitos autorais

TESTE: QUAL O SEU GÊNERO TEATRAL? Hora de calcularmos o resultado. Some os pontos das letras de cada questão que você marcou, assim como no exemplo abaixo e veja o resultado.

A - 5 PONTOS B - 4 PONTOS C - 3 PONTOS D - 2 PONTOS E - 1 PONTO Para cada letra que eu escolhi na questão, eu coloco o número de pontos correspondente a ela, assim como mostramos:

De 12 a 29 pontos.

Seu estilo é mais voltado ao drama, romance ou tragédia, até mesmo o terror, menos comédia. Você se vê atuando em uma boa trama, onde a expressão mais carregada de dor, representa melhor o que você gostaria se seguir.

Marcelo Moreira

1. 2. 3. 4. 5. 6.

a) 5 c) 3 a) 5 a) 5 b) 4 a) 5

7. a) 5 8. c) 3 9. a) 5 10. a) 5 11. b) 4 12. a) 5

5+ 3+ 5+5+4+5 +5+3+5+5+4+5 = 54. Somando cada número equivalente às minhas letras escolhidas, eu fiz 54 pontos.

De 30 a 45 pontos.

O que te envolve nem são os gêneros em si, mas havendo um pouco de romance e uma boa trama, lhe conquista. Talvez, seus personagens sejam naturais.

De 46 a 60 pontos.

Está evidente que você é um(a) comediante nato(a) ou aprecia o gênero da comédia como ninguém. Stand up e arte clown cairia bem para você. Nada de personagens tristes ou muito melosos com você.

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RELEMBRE ESPETÁCULOS MEMORÁVEIS

A BOFETADA

CABARÉ DA RRRRRAÇA O ‘Cabaré da Rrrrraça’ é outro sucesso do Bando de Teatro Olodum. Montado pela primeira vez em 1997, o espetáculo sempre volta ao cartaz do Teatro Vila Velha, onde reside o Bando. A peça é uma história de afirmação da comunidade negra e foi responsável por trazer os negros para as plateias da companhia, até então, majoritariamente brancas. A peça viajou pelo Brasil e também por outros países, como Angola e Portugal.

A Bofetada é uma peça teatral brasileira da Cia Baiana de Patifaria e dirigida pelo diretor Fernando Guerreiro. Tem sido estrelada por Lelo Filho, Jarbas Oliver, Nilson Rocha e Alexandre Moreira. Estreou em 1988 no Teatro Castro Alves, em Salvador.[1] Com diversas mudanças no elenco e no roteiro ao longo de mais de 30 anos em exibição, apresenta-se em diversos teatros e centros de cultura pela Bahia e pelo Brasil. A peça é uma comédia totalmente interativa em que há apenas atores masculinos e que se vestem de mulher em diversas personagens diferentes. Apesar de haver largas variações no texto e no roteiro para refletir atualidades e o local onde a peça está sendo apresentada, mantém-se claramente uma divisão em três segmentos, arbitrariamente denominados: "O Calcanhar de Aquiles", "A Atriz e o Ponto", e "Fanta e Pandora"

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Foto: João Milet Meirelles/Flickr

JOGOS

TEATRAIS

DE ONDE VENHO E PARA ONDE VOU

Um aluno sai da sala para, em seguida, entrar e realizar alguma ação que demonstre que chegou de algum lugar (tirar uma mochila das costas, uma gravata etc.). “Isso tudo realizado sem os objetos reais, mas mostrando no corpo as sensações”, explica Marchi. O grupo, então, discute para chegar a um acordo sobre “de onde aquela pessoa veio”. “O jogo lida com os saberes prévios dos alunos, permite conhecer o repertório da classe e prova que, com poucas ações, é possível demonstrarmos algo sem estereótipos ou a verbalização”, ressalta. Indicado para crianças a partir dos oito anos.

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JOGOS

TEATRAIS

OBJETOS COM O CORPO Os alunos recebem um número de 1 a 5 e caminham pelo espaço. O professor pede para que todos que têm o número 4, por exemplo, montem coletivamente com o corpo algum objeto — como um ventilador — em dez segundos. Ao final, o grupo comenta se ficou ou não parecido, quem era qual parte do objeto, etc. “O tempo curto serve para desestabilizar o corpo e mostrar que, no improviso, precisamos resolver o problema e para isso, nem sempre o caminho mais racional é o ideal”, diz Marchi. “O jogo também mostra que não precisamos ter objetos concretos para todas as cenas: o corpo e o trabalho coletivo resolvem questões como o cenário”.

FISCALIZAÇÃO Consiste em mostrar com o corpo sensações, objetos, lugares, etc. A finalidade é explorar diferentes corporeidades, fugir de estereótipos e trabalhar a consciência corporal. “É diferente de imitar, pois na imitação de um celular, por exemplo, podemos simplesmente fazer com as mãos o dedão de antena, o dedinho de microfone e levar a mão no ouvido. Na fiscalização, o celular precisa ser ‘visto’: ele tem um peso, um tamanho, uma forma de pegar como na vida real”, explica Marchi. O exercício também pode ser aplicado para sensações e externalizar sentimentos. “Como nosso corpo sente a chuva, frio ou uma nuvem de mosquitos? Como nossos pés ficam quando estamos felizes, tristes ou com raiva?”, elenca. vida cênica | 33

JOGOS

TEATRAIS

APRESENTAÇÃO, NOME E MOVIMENTO Os estudantes estão em pé e formam uma roda. Um dos estudantes inicia dizendo seu nome e simultaneamente fazendo um movimento escolhido na hora. O aluno ao seu lado no sentido pré-determinado, repete o nome e o movimento do aluno anterior, em seguida fala o seu próprio e cria um movimento diferente e, assim, sucessivamente até o último aluno. “Ao invés do movimento, pode-se emitir sons ou fazer gestos”, indica Oliveira. É indicado para crianças a partir dos seis anos

IMPROVISANDO CENAS Divida a classe em grupos acima de 3 estudantes. Proponha a encenação, sem falas, de uma cena improvisada sobre um acontecimento cotidiano: fila de ônibus, feira livre, sala de espera de dentista etc. Em cinco minutos, deixe os grupos decidirem o enfoque a ser dado à situação proposta, lembrando que a cena deve ter um começo, um meio (clímax) e um fim. As equipes apresentam a cena para a classe e, ao final, a plateia tenta adivinhar o “Onde”, o “O quê” e o “Quem” da cena. “Faça um debate que enfoque as semelhanças e diferenças entre imitação e realidade”, recomenda Oliveira. Atividade indicada para alunos a partir dos oito anos.

Fonte: Instituto Claro vida cênica | 34

A TRADIÇÃO DOS TERNOS DE REIS

Imagem: Amanda Oliveira Terno de Reis refere-se a canções e pequenos grupos de músicos que as realizam, com referência a história bíblica dos Três Reis Magos e sua chegada ao lugar onde se encontrava o menino Jesus recém nascido, baseado na tradição religiosa portuguesa. Tradicionalmente, esses grupos percorrem as casas de suas comunidades desde o dia 25 de dezembro até a véspera do dia 6 de janeiro, data em que se comemora mais amplamente o Dia de Reis. A tradição se baseia nos relatos da Bíblia e datas fixadas posteriormente pela Igreja, segundo os quais os chamados Três Reis Magos, Gaspar, Melchior e Baltazar iniciaram sua procura por Jesus no dia 25 de dezembro e o encontraram no dia 6 de janeiro, data em que se comemora o Dia de Reis[2]. Desse modo, é comum que os grupos, tradicionalmente compostos por 3 cantores do Terno e outros instrumentistas, cheguem às casas de suas comunidades de surpresa durante a noite, entre os dias 25 de dezembro e 6 de janeiro de cada ano. vida cênica | 35

A seguir, uma letra que exemplifica um Terno de Reis: Terno de reis Na sua morada cheguei O portão estava aberto



No seu cercado entrei Pra dizer nesta cantiga O que o Santo Reis pediu No entanto, é possível que durante o evento os cantores criem as letras com base em improvisação, usando como elemento fatos ocorridos durante aquela noite em específico, fazendo referência, por exemplo, à família que os recebeu, à contribuição feita aos cantores, etc. Esses dados se referem aos registros da prática em regiões mais tradicionais de municípios catarinenses, como Florianópolis, Itajaí e Camboriú. No entanto, há também o registro do festejo em outras regiões do país, como por exemplo no Estado do Espírito Santo, em que a prática é conhecida por Folia de Reis.

A TRADIÇÃO DOS TERNOS DE REIS

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O Grupo Cultural Terno De Reis Rosa Menina é o mais antigo e tradicional terno soteropolitano. Foi fundado em 1º de novembro de 1945 por Silvano Francisco do Nascimento no bairro de Brotas e, 10 anos depois, migrou para Pernambués, onde permanece. Isabel Nascimento, filha de Silvano é a atual vicepresidente do terno. Ela conta as dificuldades em manter a tradição e cobra mais investimentos. “A maior dificuldade é os projetos que, às vezes, não contemplam os ternos e nem as suas necessidades. A gente recebeu uma verba, que foi reduzida e não deu para fazer como a gente gosta. [A produção] dos ternos acaba sendo cara e ainda tem os transportes de meninas que vêm de fora e de outros músicos como o meu irmão Márcio, que mora na cidade de São Roque do Pratigi, e vem para o desfile. Outro irmão, o Francisco, que mora em Valença, também vem tocar, então os gastos são muitos”.

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vida cênica | 29 A TRADIÇÃO DOS TERNOS DE REIS



Isabel, Regina, Francisco e José Marcio. Filhos dos saudosos Luiza e Silvano.

Livro escrito por Regina Nascimento, onde guarda e registra memórias inesquecíveis sobre o Terno de Reis Rosa Menina, bem como sua história de luta e perseverança. vida cênica | 38

A história do Rosa Menina começa quando Silvano Nascimento fundou o terno no bairro de Brotas, mas ele conheceu dona Luiza casou-se com ela indo morar em Pernambués. O casal continuou a fazer terno por mais de 50 anos. “O terno foi fundado em 1º de novembro de 1945 pelo meu pai Silvano Francisco do Nascimento. Em novembro de 2015, o terno completou 70 anos de história e é o mais antigo de Salvador”, destaca Isabel. O terno passou para a coordenação de Isabel Nascimento há dois anos quando sua mãe Luiza morreu.

Sr Silvano e Sra Luiza (In memorian)

“Hoje com a popularização de vários ritmos, e aumento do carnaval, os ternos perderam força. Ainda é pouco divulgado nas escolas. Precisamos pensar o Terno de Reis como referência do folclore”

(Isabel Nascimento) Imagem cedida vida cênica | 39

Fonte: Terra

PERSONAGENS INESQUECÍVEIS DE NOVELAS Personagens marcantes das telinhas nos fazem rir ou chorar. Aqui você vai relembrar alguns deles e voltar a se emocionar com a vida que atores maravilhosos deram a essas figuras inesquecíveis!

DE ADRIANO CALDAS

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Fotos: Divulgação

CARMINHA, AVENIDA BRASIL Vinda do lixão, Carminha, interpretada por Adriana Esteves, alternava entre um lado falsamente bonzinho e seu verdadeiro eu, uma mulher D Edissimulada A D R I A N Oe cheia C A L Dde AS luxúria. E haja luxúria: ela não hesitou em levar seu amante, Max (Marcello Novaes), para viver debaixo do mesmo teto que ela e o marido, o rico jogador de futebol Tufão. Além disso, seu ódio pela heroína Nina (ou Rita, interpretada por Débora Falabella) levou as duas a um dos maiores duelos já vistos na TV brasileira. Carminha entrou para a lista das vilãs mais amadas das novelas da Globo por sua extensa lista de crueldades, entre elas, a de abandonar a menina Rita no lixão e forjar o próprio sequestro para conseguir tirar mais dinheiro do inocente Tufão. vida cênica | 41

Fonte: eHow Brasil

Imagem: Reprodução/TV Globo

Imagem: Raphael Dias/TV Globo

FELIX, AMOR À VIDA Félix Khoury é um homem extremamente ganancioso. No início da trama, o administrador só tinha olhos para dinheiro e para a presidência do hospital. Por causa disso, o personagem aprontou poucas e boas com todos ao seu redor. No entanto, mesmo com suas maldades Félix acabou conquistando o carinho dos telespectadores. Félix é famoso por suas frases divertidíssimas. O negócio ficou ainda melhor ainda quando o personagem assumiu a sua homossexualidade. A gente sabe que Félix é expert em maltratar seus funcionários e que isso não é legal. Mesmo assim, não podemos negar que os insultos do administrador arrancam boas risadas. Fonte: Guia da Semana vida cênica | 42

Fotos: Divulgação

NAZARÉ TEDESCO, SENHORA DO DESTINO Quem é fã de novela, certamente se lembra da Senhora do Destino, exibida pela Globo. Sempre aparecem DE ADRIANO CALDAS personagens memoráveis nesse cenário, mas a personagem em questão foi além disso. Nazaré Tedesco, interpretada pela atriz Renata Sorrah, fez muito sucesso na telinha, e hoje, faz sucesso na internet. Nazaré Tedesco foi a vilã principal da trama, e sua personalidade única, sobretudo, trouxe humor para muitos que acompanharam. vida cênica | 43

Fonte: Área de Mulher

Imagem: Acervo fotográfico TV Globo

Imagem: Reprodução/TV Globo

PROFESSOR PASQUALETE, MALHAÇÃO Fotos: Divulgação

Malhação passa de geração em geração e nos deixa um legado de personagens maravilhosos. Aprendemos muito a cada temporada. Pensando nisso, o Gshow foi atrás de um ator marcante em diversas fases da novelinha. Aliás, ele foi o responsável pela construção do primeiro colégio no folhetim, o Múltipla Escolha. Quem não lembra do lendário professor Pasqualete interpretado por Nuno Leal Maia? O Pasqualete não ensinou apenas os alunos da escola, mas também o próprio ator: “Eu aprendo com todos os personagens. O Pasqualete era um cara divertido, mas um pouco autoritário. Até porque era dono da escola. Foi um personagem que gostei muito de fazer”, explica ele. Durante as gravações de Malhação, Nuno conta que o clima não era apenas de trabalho, mas de amizade também.

Fonte: Notícias da TV vida cênica | 44

Fotos: Divulgação

"IRMÃ" CREUZA, AMÉRICA Se em A Dona do Pedaço Juliana Paes é a guerreira Maria da Paz, em América ela era a pura e rígida Creuza. Não tinha tempo feio para a personagem pregar suas lições de moral e manifestar sua devoção por Deus nos cultos. Tudo balela! Quando ficava a sós com homens, dona Creuza revelava o fogo vulcânico que carregava por debaixo das longas vestimentas. O peão Tião (Murilo Benício) era sempre seu alvo. Chama o bombeiro, irmã! vida cênica | 45

Fonte: Observatório da TV

cenas curtas para você fazer Loucuras de Arminda - Eu te disse, Arminda, que tu eras o motivo da minha loucura. - Eu? Loucura? -Sim, loucura. - Não quero ser a loucura de alguém. Da última vez, acabou em morte, senhor Joseph. - Apenas largue essas roupas, aí mesmo onde estão e me acompanhe até a colina. - Eu não quero. O amo tanto que prefiro que nunca fiquemos juntos. Se ficarmos, morrerás. - Quem me lançou esse feitiço, Arminda? Esse fardo? - A minha loucura, senhor Joseph. E ela nunca vai passar. - Já que é loucura, nada acontecerá comigo, não vês? - O que eu vejo é um louco, para amar uma louca assim...!? - Então, morramos os dois. Na colina ou aqui.

Madrasta Ela acordou cedo, preparou a mesa do café da manhã, fez almoço, serviu sobremesa e ainda me levou lanche no quarto quando eu estava estudando. Eu pensei: "Não é possível!" À noite preparou o jantar e não permitiu que eu nem o meu pai lavássemos a louça nem limpássemos nada na cozinha. E eu pensei novamente: "Quando ela conquistar o meu pai, vai parar de fazer tudo isso." Mas, não. Ela o conquistou, noivou com ele e se casaram. Tudo bem, desisti da minha cisma com a minha nova madrasta. Mas certa feita ela deixou cair um lenço e nele estava escrito o meu nome. Vi bem evidente e claro, com todas as letras. Seria ela uma bruxa? "O que o meu nome faz escrito em seu lenço, senhora madrasta?", perguntei. E ela só me respondeu com uma voz sexy que o alvo dela sou eu. Eu disse a ela que se o feitiço dela funcionasse e se ela não saísse da minha frente naquele momento, com um só passo, a tomaria pelo pescoço e faria com ela, na cama, algo melhor do que faz o meu pai. Ela suspirou desejosa e me deu as costas. No dia seguinte, à mesa, comunicaram-me, ela e me pai, o divórcio. Não pude evitar. Sorri descaradamente. A brincadeira só acabou de começar.

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cenas curtas para você fazer Quantos Nomes Você Tem? Cansei, Sebastião. Ou seria Matias? Quantos nomes você tem? Quantas pessoas irás iludir mais? O pior é que eu gosto de tua face sorridente e convincente. Ela me diz que eu sou sua e você também, que não é de mais ninguém. Mas quantas Julianas e Terezas apareceram em minha casa procurando por ti? Tudo bem, eu aceito. Eu também fui Sofia pra você. Quando você falou o nome DELA na nossa cama!! Mas me chamo Ana. Ana Maria Iludida da Silva. A que amou vários homens em um só.

Lembranças Eternas

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Cenas escritas pela multiartista Gllícia Nathállia Campos

Imagem: Ritesh Saini

- Você se lembra, Norbert? - De quê? - Você sabe muito bem do que estou falando. – Senta-se próximo, entreabrindo as pernas másculas. - Eu não lembro de nada. E se aconteceu, eu quero esquecer. – Responde percebendo o domínio que ele lhe causara. – E se me der licença vou para dentro. Não fica bem dois homens com cara de brutamontes conversando a uma hora dessas nesse tom suave de voz. - Por que? A quem você deve? - Àquele vinho que bebi há um mês atrás. Me fez virar uma donzela, só pode ser. - Se bem que admirei a sua ternura. Senta aqui. – Sugere Maurice, apontando para o seu colo. - Eu já deveria ter dado as costas pra você desde quando o vi neste pátio. - E por que não deu? Quer dizer, as costas? Quer dizer, você entendeu. Norbert o faz, seguindo seu caminho contra Maurice, indo para o seu quarto. - Espere. Se ainda vale a pena, me encontre em meia hora no meu quarto. Se você não for, pode me esquecer e seguirei estrada esta madrugada bem cedo. Norbert respira fundo, sabendo o que se sucederia. Ele estava entregue nas mãos de Maurice e um desejo, por mais que esdrúxulo, não poderia se esvair.

nesta edição você conheceu mais sobre o artista Marcelo Moreira e o seu trabalho com a arte de maneira profunda e livre.

na próxima edição cena de beijo As técnicas, como

lidar com elas e as mais inesquecíveis das novelas

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