E X L I B RI S HEMETHERII VALVERDE TELLEZ. Episcopi Leonensis

E X L HEMETHERII I B R I VALVERDE Episcopi Leonensis S TELLEZ ANTOLOGIA COLOMBIANA C O L E G I D A TOR EMILIANO CORRESPONDIENTE DE LA IS

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HEMETHERII VALVERDE TELLEZ Episcopi Leonensis
P Q 7 1 6 1 P 6 1080019186 HEMETHERII V A L V E R D E Episcopi Leonensis TELLEZ BIBLIOTECA UNIVERSAL. COLECCION DB LOS MEJORES AUTORES ANTIG

HEMETHERII VALVERDE TELLEZ. Episcopi Leonensis
petit, 1080018384 HEMETHERII VALVERDE Episcopi Leonensis TELLEZ DEI. DISTRITO FEDERAL O b r a i l u s t r a d a c o n d o s C a r t a s gao,

EX LIB R I S HEMETHERII VALVERDE TELLEZ. Episcopi Leonensis
1080020204 E X L I B HEMETHERII R I S VALVERDE Episcopi Leonensis TELLEZ LOS FUNERALES DE D, FEDERICO GRAVINA CAPITAN GENERAL ARMADA ESPA

EX L I B RI S HEMETHERII VALVERDE TELLEZ. Episcopi Leonensis
TP 9 3 8 R6 19 EX L IB R IS HEMETHERII VALVERDE Episcopi Leonensis TELLEZ M A N U A L DE BARNICES ENCICLOPEDIA HISPANO-AMERICANA MANUA

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E X

L

HEMETHERII

I B

R I

VALVERDE

Episcopi Leonensis

S TELLEZ

ANTOLOGIA COLOMBIANA C O L E G I D A

TOR

EMILIANO CORRESPONDIENTE

DE

LA

ISAZA

REAL

T O M O

ACADEMIA

ESPAÑOLA

II

LIBRERIA DE LA V A DE CH. P A R Í S 23,

rué

Visconti,

2 3

14,

— P A R I S , L i b r e r i a Í I m p r e n t a d e ! a V D * de C H .

BOURET.

Cinco

de'Mayo,

Capr.x-

14

Áifonsim

^

B M i ^ U n é v e ^

40392 UNIVERSIDAD DE NUEVO LEON Biblioieca Valverfle y TeDez

ADVERTENCIA

V i é n d o s e q u e faltaban en esta c o l e c c i ó n poesías notables, tanto de a l g u n o s de l o s autores que figuran en el t o m o

I como

de otros, se r e s o l v i ó

á

última hora p u b l i c a r u n s e g u n d o t o m o , c o n el c u a l d a m o s p o r t e r m i n a d a la parte relativa á C o l o m b i a . Don

Belisario

P e ñ a h a tenido la b o n d a d

de

e n v i a r n o s , á p e t i c i ó n nuestra, sus más recientes poesías, p o c o c o n o c i d a s u n a s , d e l todo

inéditas

otras. E s a s c o m p o s i c i o n e s s o n la n o v e d a d de este v o l u m e n : j a m á s , desde l o s g l o r i o s o s t i e m p o s de los místicos e s p a ñ o l e s , se había e l e v a d o el estro religioso á tal altura ni cantado c o n tan fervorosa u n c i ó n y tal d e l i c a d e z a y c o r r e c c i ó n -de f o r m a c l á sica á M a r í a y á las dos m a y o r e s y

más

loables

v i r t u d e s , la p u r e z a y la c a r i d a d , representadas a q u í por San Luis Gonzaga y por D o m Bosco. EntenFOMDO E M E T E R t G VALVERDE Y T E L L E Z

d e m o s q u e el señor

Peña

está e s c r i b i e n d o

un

vi

ADVERTENCIA.

p o e m a en a l a b a n z a de la V i r g e n : h a c e m o s v o t o s por su p r o n t a t e r m i n a c i ó n ,

para solaz de los afi-

c i o n a d o s á la b u e n a poesía. S i g u i e n d o n u e s t r o p r o p ó s i t o , sólo i n c l u í m o s en este t o m o

tres

t r a d u c c i o n e s : dos

P o m b o , Evangelina

de D .

Rafael

de L o n g f e l l o w , p o e m a que,

en sentir de D . M i g u e l A n t o n i o C a r o , « no

GREGORIO

el siglo X I X », y El puente una de D .

de los suspiros

José Joaquín

C a s a s , El

(VÉASE L A PÁGINA I

de H o o d , lago

GONZÁLEZ

cede

ventajas á n i n g u n o de c u a n t o s se han escrito en y

GUTIÉRREZ

DEI. T O M O I)

E l uso de voces indígenas ó peculiares de ciertas comarcas, desacompañado de aclaiaciones, condena á no ser entendidas fuera del suelo donde nacieron á obras que merecieran otra suerte ; dígalo, si no, la Memoria sobre el cultivo del maíz en Antioquia, poema bellísimo que con gusto prohijaría Virgilio, pero que su autor, modesto en demasía ó injustamente celoso con sus lectores no antioqueños, destinó sólo á su patria. (Cuervo, Apuntaciones criticas).

de

Lamartine.

MEMORIA SOBRE EL CULTIVO

DEL

M A Í Z E N A N T I O Q U I A (i) Señores

socios de la Escuela

de Ciencias

y Artes

:

C o m o es o b l i g a c i ó n q u e á t o d o s o c i o D e nuestra E s c u e l a i m p o n e el r e g l a m e n t o P r e s e n t a r l e , por t u r n o , u n a M E M O R I A L l e n a de c i e n c i a , e r u d i c i ó n y m é r i t o ;

vi

ADVERTENCIA.

p o e m a en a l a b a n z a de la V i r g e n : h a c e m o s v o t o s por su p r o n t a t e r m i n a c i ó n ,

para solaz de los afi-

c i o n a d o s á la b u e n a poesía. S i g u i e n d o n u e s t r o p r o p ó s i t o , sólo i n c l u í m o s en este t o m o

tres

t r a d u c c i o n e s : dos

P o m b o , Evangelina

de D .

Rafael

de L o n g f e l l o w , p o e m a que,

en sentir de D . M i g u e l A n t o n i o C a r o , « no

GREGORIO

el siglo X I X », y El puente una de D .

de los suspiros

José Joaquín

C a s a s , El

(VÉASE L A PÁGINA I

de H o o d , lago

GONZÁLEZ

cede

ventajas á n i n g u n o de c u a n t o s se han escrito en y

GUTIÉRREZ

DEI. T O M O I)

E l uso de voces indígenas ó peculiares de ciertas comarcas, desacompañado de aclaiaciones, condena á no ser entendidas fuera del suelo donde nacieron á obras que merecieran otra suerte ; dígalo, si no, la Memoria sobre el cultivo del maíz en Antioquia, poema bellísimo que con gusto prohijaría Virgilio, pero que su autor, modesto en demasía ó injustamente celoso con sus lectores no antioqueños, destinó sólo á su patria. (Cuervo, Apuntaciones criticas).

de

Lamartine.

MEMORIA SOBRE EL CULTIVO

DEL

M A Í Z E N A N T I O Q U I A (i) Señores

socios de la Escuela

de Ciencias

y Artes

:

C o m o es o b l i g a c i ó n q u e á t o d o s o c i o D e nuestra E s c u e l a i m p o n e el r e g l a m e n t o P r e s e n t a r l e , por t u r n o , u n a M E M O R I A L l e n a de c i e n c i a , e r u d i c i ó n y m é r i t o ;

Y o , que á f o n d o he estudiado agricultura, Q u e he m e d i t a d o y c o n s u l t a d o textos, Y que largas v i g i l a s he pasado A t e n t o s i e m p r e y c o n s a g r a d o á eso ; P o r a m o r á las ciencias y á las artes, E n f a v o r de la industria y del p r o g r e s o , Y sólo en bien de m i q u e r i d a patria M i Memoria

científica

os p r e s e n t o .

N o usaré del l e n g u a j e de la c i e n c i a , P a r a ser c o m p r e n d i d o p o r el p u e b l o ; Serán mis instrucciones ordenadas, C o n p r e c i s i ó n y claridad y m é t o d o . N o estarán s u b r a y a d a s las palabras P o c o e s p a ñ o l a s q u e en mi escrito e m p l e o , P u e s c o m o sólo para A n t i o q u i a escribo, Y o no e s c r i b o español sino a n t i o q u e ñ o . E n fin, s e ñ o r e s , b u e n o s é i n d u l g e n t e s , Q u e estos t r a b a j o s aceptéis e s p e r o ; Y si l o g r o ser útil á mi patria V e r é c u m p l i d o m i ferviente a n h e l o .

CAPÍTULO

I

De los terrenos propios para el cultivo,}" m a n e r a de hacerse los barbechos, que decimos rozas.

B u s c a n d o en d o n d e c o m e n z a r la R o z a , D e un b o s q u e p r i m i t i v o la e s p e s u r a T r e i n t a p e o n e s y un p a t r ó n p o r jefe V a n r e c o r r i e n d o en silenciosa turba. V e s t i d o s t o d o s de c a l z ó n de m a n t a Y de c a m i s a de coleta c r u d a ( i ) , A q u é l á la r o d i l l a , ésta á los c o d o s , D e j a n sus f o r m a s de titán d e s n u d a s . E l s o m b r e r o de caña (2) c o n el ala P r e n d i d a de la c o p a c o n la a g u j a , D e j a mirar el b r o n c e a d o r o s t r o , Q u e la b o n d a d y la f r a n q u e z a a n u n c i a . A t a d o p o r detrás c o n la correa Q u e el p a n t a l ó n sujeta á la c i n t u r a , C o n el r e c a d o de sacar c a n d e l a (3), L l e v a n repleto su carriel (4) de nutria. (1) Coleta cruda. — T e l a fuerte de cáñamo sin torcer. (2) Sombrero de caña. — Hecho con las fibras de la hoja de caüa. (3) Recado de sacar candela. — En rigor esta frase es perfectamente castiza ; pero como es poco osada en el resto del país, se advierte que en Antioquia quiere decir, pedernal, eslabón y yesca para encender lumbre. Según la A c a demia, lumbres. (4) Carriel. —

Especie de saco hecho con la piel de un animal y que mu-

I.

E n v a i n a d o y pendiente del c o s t a d o V a su c u c h i l l o de afilada p u n t a ; Y en fin, al h o m b r o , con marcial d e s p e j o , E l c a l a b o z o q u e en el s o l r e l u m b r a .

L a s m a t a m b a s (i , los c h u s q u e s (2), los c a Q u e f o r m a b a n u n toldo de v e r d u r a , [rrizos, T o d o d e s h e c h o y a r r o l l a d o cede D e l c a l a b o z o á la e n c o r v a d a punta. C o n el r o s t r o e n c e n d i d o , jadeantes, L o s u n o s á l o s otros se e s t i m u l a n ; Ir adelante a l e g r e s q u i e r e n todos, R o m p e r la fila cada c u a l p r o c u r a .

A l fin eligen un tendón de tierra ( i ) Q u e dos q u e b r a d a s (2) serpeando c r u z a n , E n el declive de una cuesta a m e n a P o c o c a r g a d a de maderas duras.

C a n t a n d o á t o d o p e c h o (3) la g u a v i n a (4), C a n c i ó n s a b r o s a , dejativa y ruda, R u d a c u a l las m o n t a ñ a s a n t i o q u e ñ a s , D o n d e tiene su i m p e r i o y fué su cuna.

Y d a n p r i n c i p i o á socolar (3) el m o n t e L o s p e o n e s f o r m a d o s en c o l u m n a ; A seis varas distante u n o de o t r o M a r c h a n de frente con presteza s u m a .

N o m i r a n en su a r d o r á la c u l e b r a Q u e entre las h o j a s se desliza en f u g a , Y p r e s u r o s a en su sesgada m a r c h a C i n t a de a z o g u e , abrillantada o n d u l a ;

V o l e a n d o (4) el c a l a b o z o á un l a d o y otro, Q u e r e l á m p a g o s f o r m a en la espesura, L o s débiles arbustos, l o s h e l e c h o s Y los b e j u c o s p o r doquiera t r u n c a n .

N i de m o n o s o b s e r v a n las m a n a d a s Q u e por las ramas juguetones cruzan ; N i se p a r a n á v e r de aves alegres L a s m i l b a n d a d a s , de pintadas p l u m a s ; N i v e n l o s saltos de la i n q u i e t a ardilla, N i las n u b e s de insectos que p u l u l a n , N i l o s verdes lagartos que h u y e n listos, N i el e n j a m b r e de a b e j a s q u e s u s u r r a .

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árboles mayores. Este verbo (en cionario de la Academia, s e u Í e n (4) Voleando. - Se u s a Z T a Z l .

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(1) Matamba. tropicales.

— Caña nudosa, sólida y resistente que abunda en las selvas

(2) Chusques. — Chusques ó chuscos llaman los montañeses aníioqueños una gramínea semejante al carrizo, la cual forma con sus tallos, ramas y gracioso follaje, un enrejado casi impenetrable. Chasquea scandens. (3) A todo fecho. — Á voz en cuello. (4) Guavina. — Canción provincial festiva y de uso popular. Sus versos son frecuentemente picarescos.

C o n c l u y e la s o c o l a (i). D e m a l e z a s Q u e d a la tierra v e g e t a l d e s n u d a . L o s á r b o l e s e l e v a n sus c a ñ o n e s (2) H a s t a perderse en p r o d i g i o s a altura,

E l g u a y a c á n con su a m a r i l l a c o p a L u c e á lo l e j o s en la selva o s c u r a , C u a l l u c e entre las n u b e s u n a estrella, C u a l g r a n o de o r o q u e la j a g u a (i) oculta.

S e m e j a n t e s de u n t e m p l o á l o s pilares Q u e s o s t i e n e n su toldo de v e r d u r a ; V a r a l e s l a r g o s de ese p a l i o i n m e n s o , D e esa b ó v e d a v e r d e altas c o l u m n a s .

E l a z u c e n o (2), el floro-azul (3), el c a u n c e (4) Y el y a r u m o 5), en el m o n t e se d i b u j a n C o m o piedras p r e c i o s a s q u e r e c a m a n E l m a n t o a z u l q u e c o n la brisa o n d u l a .

E l v i e n t o , en su follaje entretejido, C o n voz ahogada y fúnebre susurra, C o m o un eco l e j a n o de otro t i e m p o , C o m o u n v a g o r e c u e r d o de v e n t u r a .

Y s o b r e ellos gallarda se levanta, M e c i e n d o sus r a c i m o s en la a l t u r a , R e c t a y flexible la altanera p a l m a , Q u e aire m e j o r entre las n u b e s b u s c a .

C u a l d e s t r e n z a d a cabellera r u b i a ,

V e d otra v e z á l o s r o b u s t o s p e o n e s Q u e el m i s m o b o s q u e s e c u l a r c i r c u n d a n ; D i v i d i d o s están en d o s partidas,

Donde tienen guardados los aromas

Y un capitán dirige cada u n a .

L o s á r b o l e s s a c u d e n sus b e j u c o s ,

C o n que el a m b i e n t e , en su v a i v é n , p e r f u m a n . D e sus c o p a s g a l a n a s se desprende U n a constante, embalsamada, l l u v i a D e frescas flores, de m a r c h i t a s h o j a s , V e r d e s b o t o n e s y amarillas frutas. M u e s t r a el c a c h i m b o (3) su follaje r o j o , C u a l canastillo q u e una n i n f a p u r a E n la fiesta del C o r p u s , lleva ufana E n t r e la v i r g e n , i n o c e n t e turba. (1) (2) (3) toso

Socola. — Véase la nota 3 d e la página 10. Cañones. — S e usa por troncos. Cachimbo. — Nombre vulgar dado á un grande árbol sumamente visen ciertas épocas del año porque sus flores, del todo rojas, se destacan

S u alegre charla, sus s o n o r a s risas, N o se o y e n ya, ni su c a n c i ó n se e s c u c h a ; D e u n a g r a v e a t e n c i ó n c u i d a d o serio Se halla p i n t a d o en sus f a c c i o n e s r u d a s .

graciosamente en el fondo verde de la selva y se ve á gran distancia. Llamado en el Cauca pisamo, en Cundinamarca y en la Costa cámbulo, en Venezuela bucare y en otras partes búcaro. Erythryna velutina. (') Jagua. — Arenilla ferruginosa que queda en el fondo de la batea en que se lava el oro. (2) Azuceno. — Especie de quina, familia de las rubiáceas. (3) Floro-azul. — Bello árbol, de flores azules abundantísimas. (4) Caunce. — Arbol de madera resistente, de flores grandes, amarillas de oro. (5) Yarumo. — Arbol ficoide, con hojas anchas, rugosas, ásperas, de un blanco argentino por debajo, pero que se invierten y por eso se ven blancas. Yagrumo en Venezuela.

«ÍHSIDAB DE NUEVO Ü M BftMfiGü m m

y TeBsz

E n l u g a r del l i g e r o calabozo L a h a c h a afilada con su m a n o e m p u ñ a n ; M i r a n atentos el c a ñ ó n del á r b o l , S u c o m b a v e n , su i n c l i n a c i ó n c a l c u l a n . Y á d o s m a n o s el h a c h a l e v a n t a n d o , C o n g o l p e igual y p r e c i s i ó n s e g u r a , Y r e d o b l a n d o g o l p e s sobre g o l p e s , C a n s a n l o s e c o s de la selva a u g u s t a . A n c h a s astillas y cortezas leves R á p i d a m e n t e p o r el aire c r u z a n ; Á cada g o l p e el á b o l se estremece, T i e m b l a n sus h o j a s , y v a c i l a . . . y d u d a . . . . T e m b l o r o s o u n m o m e n t o cabecea, C r u j e en su corte, y en g r a c i o s a curva E m p i e z a á descender, y r e c h i n a n d o S u s r a m a s enlazadas se a p a ñ u s c a n ( i ) ; Y silbando al caer, c o r t a n d o el v i e n t o , D e s p e d a z a d o p o r los aires z u m b a . . . . S o b r e el t r o n c o el p e ó n a p o y a el h a c h a Y el t r u e n o , al lejos, repetir e s c u c h a . L a s tres partidas observad. Á u n t i e m p o P a r a e c h a r u n a g a l g a (2) se apresuran ; E n tres faldas distintas, el r e d o b l e Se o y e del h a c h a en variedad c o n f u s a .

(1) Apañuscarse. — Amontonarse. (2) Galga. — Usada por los campesinos en un sentido figurado. E n los desmontes, la galga en vez de ser representada por una gran piedra, lo es por numerosos árboles, de la manera descrita por el poeta.

U n a fila de á r b o l e s p i c a n d o ( i ) S i n h a c e r l o s caer, está la turba, Y arriba de ellos, para e c h a r l o e n c i m a , E l más c o p u d o por m a d r i n o (2) b u s c a n . Y r e c o s t a n d o a n d a m i o s en su t r o n c o P a r a c o r t a r l o á r e g u l a r altura, S o b r e las b a m b a s (3) y al a n d a m i o trepan C u a t r o p e o n e s c o n destreza s u m a . Y en r e d e d o r del c o r p u l e n t o t r o n c o S u s h a c h a s baten y á c o m p á s s e p u l t a n , Y repiten h a c h a z o s s o b r e h a c h a z o s S i n descansar, a u n q u e en s u d o r se i n u n d a n . Y Y el Las Con

v e n c i d o por fin, cruje el m a d r i n o , otro m á s a l l á : t o d o s á una, r a m a s extendidas e n l a z a n d o , otras r a m a s enredadas p u g n a n ;

Y a b r a z a n d o al caer los de adelante, S e a t r e p e l l a n , se e n r e d a n y se e m p u j a n , Y así a r r o l l a d o s en revuelta t r o m b a E n t r u e n o s o r d o , aterrador r e t u m b a n . . . . E l v i e n t o azota el d e s t r o z a d o m o n t e , L e v e s cortezas p o r el aire c r u z a n , T i e m b l a la tierra, y el estruendo r o n c o S e v a á perder en las lejanas grutas. ( 1 ) Picar. — Hacer con el hacha en el árbol un corte de forma semicircular para que por su propio peso caiga al recibir el empuje por el laac opuesto. (2) Madrino. — E l árbol mayor que se escoge para galga. (3) Bambas. — Partes salientes ó protuberancias, regularmente en forma de espinazo, que tienen algunos árboles en la parte inferior de su tronco.

T o d o q u e d a en s i l e n c i o . A c a b a el día, T o d o en redor d e s o l a c i ó n a n u n c i a . C u a l hostia santa q u e se eleva al c i e l o , Se alza callada la m o d e s t a l u n a . T r o n c o s t e n d i d o s , destrozadas r a m a s , Y un c a m p o extenso desolado a l u m b r a , D o n d e se v e n c o m o fantasmas n e g r o s L o s v i e j o s t r o n c o s , centinelas m u d a s .

C A P Í T U L O II Que trata de la limpia y abono de los terrenos, muy especialmente por el método de la q u e m a . De la manera de hacer las habitaciones, y de la s i e m b r a .

U n m e s se pasa. E l sol desde la altura M a n d a á la R o z a , vertical su r a y o ; Y a l o s t r o n c o s , las ramas y las h o j a s H a n tostado los v i e n t o s del v e r a n o . L a s h o j a s en las ramas se e n c a r t u c h a n (i), S o b r e los t r o n c o s se b l a n q u e a n los r a m o s , Y las secas cortezas se desprenden D e t r e c h o en t r e c h o de los t r o n c o s l a r g o s . A q u í y allá la enredadera verde T í m i d a m u e s t r a sus p r i m e r o s t a l l o s , L a g u a d u a ostenta su p r i m e r retoño D e t e r c i o p e l o de c o l o r castaño. Y a el v e r a n o l l e g ó para la q u e m a ; L a C a n d e l a r i a (2) y a se va a c e r c a n d o ; E s un domingo á mediodía. E l viento B a r r e las n u b e s en el cielo claro. (1) Encartuchar.— Arrollarse en forma de cucurucho. (2) Candelaria. — L a fiesta que se hace á Nuestra Señora el día de la Purificación, en el mes de febrero. Es, entre las varias épocas escogidas por los agricultores, la preferida en Antioquia para hacer la siembra de maíz en las rozas.

P o r la orilla del monte los p e o n e s V a g a n al r e d e d o r del d e r r i b a d o , C o n los h a c h o n e s de cortezas secas C o n flexibles b e j u c o s a m a r r a d o s .

E n s o r d e c e n los aires el traquido D e las g u a d u a s y t r o n c o s r e v e n t a n d o . D e l h u r a c á n el m u g i d o r e m p u j e , D e las l l a m a s el t r u e n o r e d o b l a d o .

^ P r e n d e n la p u n t a del h a c h ó n con y e s c a , Y brotando l a l l a m a al v e n t e a r l o V a r i o s f o g o n e s en c o n t o r n o e n c i e n d e n L a R o z a toda en d e r r e d o r c e r c a n d o .

Y se elevan, el c i e l o e n c a p o t a n d o D e un h o m o n e g r o q u e arrebata c h i s p a s ,

L a m e la l l a m a c o n su i n q u i e t a l e n g u a L a b l a n c a barba (i) á l o s t e n d i d o s palos • P r e n d e en las h o j a s y c h a m i z a s (2) secas', s e avanza, temblante, serpeando.

A q u í y allá se v u e l v e la serpiente B u s c a n d o u n a salida, y en su espanto Se exaspera, se enrosca, se retuerce, Y el f u e g o cierra el r e d u c i d o c a m p o .

Y silba, y d e s i g u a l c h i s p o r r o t e a , L e n g u a s de f u e g o p o r d o q u i e r l a n z a n d o .

( 1 ) Barba. — Por musgo. (2) Chamizas.



Chamarasca.

A v e s y fieras asustadas h u y e n ; P e r o e n c u e n t r a n el f u e g o á t o d o s l a d o s , E l f u e g o , que se a v a n z a l e n t a m e n t e , E s t r e c h a n d o su c í r c u l o i n c e n d i a r i o .

Y c o n sus alas c h a m u s c a d a s cae Junto del n i d o q u e le fué tan caro.

L a l l a m a crece ; e n v u e l v e la madera Y se retuerce en l o s n u d o s o s brazos,

f u e g o e n v u e l t o en r e m o l i n o s de v i e n t o s contrarios a z o t a d o á los cielos, ó á lo lejos p r e n d e h o g u e r a s con creciente estrago.

P a r d a s cenizas y q u e m a d o s r a m o s :

A l ave que su p r o l e dejar teme, L a encierra el h u m o , al rededor v o l a n d o ,

V e s e de lejos la espiral del h u m o Q u e tenue brota c a p r i c h o s o y b l a n c o , O lento sube en c o p o s sobre c o p o s G o m o blanco a l g o d ó n e s c a r m e n a d o .

Y el P o r los Se alza Nuevas

Y n u b e s sobre n u b e s se a m o n t o n a n

humo,

D e l aire al s o p l o se dilata el h u m o H a s t a que llena el a n c h u r o s o espacio ; R o s a d o s se p e r c i b e n l o s o b j e t o s ; R e d o n d o y r o j o el sol se ve sin r a y o s . S o b r e el m o n t e , la R o z a y el c o n t o r n o T i e n d e la n o c h e su callado manto B o r d a d o con las chispas del i n c e n d i o , Q u e parecen c o c u y o s r e v o l a n d o .

Y c o n la incierta l u z de m i l f o g o n e s , R e s t o s a u n v i v o s d e l ardiente e s t r a g o , Se ve de l e j o s la q u e m a d a R o z a C u a l v i v a c de un e j é r c i t o a c a m p a d o . E l l u n e s de m a ñ a n a los p e o n e s V a n , en la R o z a , á i m p r o v i s a r u n rancho (i) ; C o m o h o r m i g a s arrieras (2), se dispersan L o s materiales c a d a c u a l b u s c a n d o . Van llegando cargados con horquetas, E s t a n t i l l o s (3), s o l e r a s , e n c a ñ a d o s , L a t a s y p a j a y r u e d a s de b e j u c o , Y todo en un p l a n c i t o a m o n t o n a n d o . E n línea recta c l a v a n tres h o r q u e t a s , Y e c h a n sobre e l l a s la c u m b r e r a en alto P a r a f o r m a r el r a n c h o vara en tierra (4) C o n un p e q u e ñ o a l a r al otro l a d o . A t a n los e n c a ñ a d o s con b e j u c o

E m p e z a n d o de a b a j o para arriba E l r a n c h o en derredor v a n e m p a j a n d o ( 1 ) ; P a j a s diversas c o n f u n d i d a s m e z c l a n , P a l m i c h o (2), santainés (3) y r a b i h o r c a d o (4). Y después de f o r m a r l e el caballete, L o d i v i d e n en dos c o n un c e r c a d o . D e l u n l a d o c o l o c a n la c o c i n a , D e h a b i t a c i ó n les servirá el contrario. H a c e n la b a r b a c o a (5), en q u e c o l o c a n L a s ollas, las c u c h a r a s y l o s platos ; P o n e n la v a r a de c o l g a r la c a r n e , Y las tres piedras de f o g ó n d e b a j o . L a piedra de m o l e r en cuatro estacas A s e g u r a n m u y bien, y en otras cuatro Sientan u n a c u y a b r a (6) a p a r a d o r a (7) Y á su l a d o , c o n a g u a , u n c a l a b a z o (8).

E n la larga c u m b r e r a recostados, Y f o r m a n d o s o b r e e l l o s u n a reja A c a b a n de enlatar (5) c o n ágil m a n o .

( r ) Rancho. — Casita hecha á la ligera por los agricultores para vivir en ella el tiempo que duran los trabajos. Chacra. (2) Hormigas arrieras. - H o r m i g a s que, en forma de recua (vulgarmente arria), andan siempre por un c a m i n o perfectamente trazado hasta el punto fijado para dispersarse en busca de alimento, y por el cual, en grande orden van las unas cargadas con su provisión, y vienen las otras sin carga en busca de ella. Neuroptera. (3) Estantillos. — Pilares delgados, de madera resistente. (4) Rancho vara en tierra. S e llama así una especie de choza cuyas varas de armazón inclinadas descansan por el un extremo en el suelo y por el otro en la guia o cumbrera, parte e n que hay solo un alero, quedando el resto al descubierto. (5) Enlatar.

— Cubrir la armazón del techo con latas.

(1) Empajar. — Cubrir de paja el techo. (2) Palmicho. — Palma cuyas hojas son muy propias para cubrir los edificios pajizos, llamada en algunas partes palmiche y en otras palmicha. Gén'ero oreodoxa. (3) Santa-Inés. — Pequeüa palma que tiene el mismo uso de la anterior. Género oreodoxa. ( 4 ) Rabihorcado. — Planta de hojas anchas, de forma semejante á la del plátano, aunque más pequeñas, con una escotadura en forma de horquilla en su vértice, y muy propias para cubrir los techos de las habitaciones. (5) Barbacoa. — Aparador de cañas ó de guadua en que se colocan los utensilios de cocina. V o z procedente de las Antillas. (6) Cuyabra. — Utensilio hecho por los campesinos con la mitad de una calabaza, para los usos domésticos. En otras partes se le da el nombre de coyaora, que parece voz quichua. Baiigaña en Centro América y en la Costa, choca e n Cundinamarca. (7) Aparadora. — Recipiente. (8) Calabazo. — Una calabaza seca y hueca en que se carga el agua para los usos domésticos.

E s h o r a de sembrar. Y a l o s p e o n e s C o n el c a t a b r e (i) s e m b r a d o r t e r c i a d o , Se c o l o c a n en fila al pie del m o n t e , G u a r d a n d o de distancia cuatro pasos ; m

Y c o n u n l a r g o recatón de p u n t a

CAPÍTULO

H a c e n l o s h o y o s con la diestra m a n o , D o n d e a r r o j a n m e z c l a d a la semilla : ( U n g r a n o de f r í s o l (2), de m a í z cuatro). D a n c o n el m i s m o recatón u n g o l p e S o b r e el t e r r ó n , para c u b r i r el g r a n o , Y o t r o s h o y o s h a c i e n d o , en recto s u r c o , S i g u e n de frente y a v a n z a n d o un paso. S e m i r a n d e s p l e g a d o s en g u e r r i l l a , C o m o haciendo ejerciciolos soldados; C o r n o s b l a n c a s m a n a d a s de c o r d e r o s , ' S o b r e el o s c u r o f o n d o del q u e m a d o , ' C a n t a n d o alegres, siempre la g u a v i n a , T e ñ i d o s de c a r b ó n , s i g u e n s e m b r a n d o , H a c i e n d o calles paralelas, rectas.... Y al l l e g a r la o r a c i ó n v u e l v e n al r a n c h o .

(1) Catabre. - Utensilio hecho con la mitad ó las dos terceras partes de una calabaza, el cual se lleva al lado izquierdo de la c i n t m í * ^ n K J

t i r (2) Frísol.

semi,Ias de m a í z y de

_

Frísol,

frijol

ó fréjol.

^

**

Phaseolus

vulgaris.

III

Método sencillo de regar las sementeras, y provechosas advertencias para espantar los a n i m a l e s que hacen daño en los granos.

H o y es d o m i n g o . E n el v e c i n o p u e b l o L a s c a m p a n a s c o n j ú b i l o repican ; D e l m e r c a d o en la p l a z a y a h o r m i g u e a n L o s c a m p e s i n o s al salir de m i s a . H o y han resuelto l o s v e c i n o s t o d o s H a c e r á la p a t r o n a r o g a t i v a , P a r a pedirle q u e el v e r a n o cese, P u e s l l u v i a y a las r o z a s necesitan. D e g o l p e (1) el g r a n r u m o r calla en la plaza, E l s o m b r e r o , á una v e z , t o d o s se q u i t a n . . . . E s q u e á la p u e r t a de la iglesia a s o m a L a p r o c e s i ó n en p r o l o n g a d a fila. V a detrás de la c r u z y l o s ciriales U n a i m a g e n llevada en andas l i m p i a s , D e la q u e s i e m p r e , a u n en i m a g e n tosca, L l e n a de gracia y de p u r e z a brilla.

(1) De golpe. — De

repente.

T o d o el p u e b l o la s i g u e , y en v o z b a j a S u s o r a c i o n e s cada c u a l recita,

A b o r l o n a d o s ( i ) sus airosos p l i e g u e s , F o r m a d o s de c a ñ a d a s y c o l i n a s ; C o n el h u m o a r g e n t a d o de su r ¡ n c h o , D e sus q u e b r a d a s c o n la b l a n c a cinta.

S u p l i c a n d o á l o s cielos que d e r r a m e n F e c u n d a l l u v i a q u e la tierra ansia. ¡ H a y a l g o de s u b l i m e , a l g o de t i e r n o E n aquella oración pura y sencilla, I n o c e n t e paráfrasis del p u e b l o D e l « D a n o s h o y el p a n de cada día ! »

E l m a í z c o n las l l u v i a s va c r e c i e n d o H e n c h i d o de v e r d o r y l o z a n í a , Y en t o r n o dél, e n t a p i z a n d o el suelo V a n a c i e n d o la h i e r b a e n t r e t e j i d a .

N u e s t r o p a t r ó n y el g r u p o de peones M e z c l a d o s en la turba se divisan M u r m u r a n d o sus r e z o s , p o r q u e saben Q u e D i o s su oreja á nuestro r u e g o inclina.

P o r d o q u i e r a se p r e n d e n l o s b e j u c o s Q u e la silvestre e n r e d a d e r a estira ; Y en florida espiral t r e p a n d o , e n v u e l v e L a s cañas del m a í z la batatilla (2).

P e r o , n o . Y o no q u i e r o c o n v o s o t r o s A s i s t i r á esa h u m i l d e r o g a t i v a ; P o r q u e t o d o s n o s o t r o s s o m o s sabios, Y no q u i s i m o s asistir á m i s a .

S o b r e esa a l f o m b r a de a m a r i l l o y verde L o s p r i m e r o s r e t o ñ o s se d i v i s a n , Q u e en g r u p o s brotan del c o r t a d o t r o n c o A quien su savia exuberante q u i t a n .

Y y a la m o d a v a q u i t a n d o al p u e b l o E l ú n i c o tesoro q u e tenía. ( U n a d u d a me q u e d a s o l a m e n t e : ¿ C o n q u é le p a g a r á l o q u e le quita ?)

Y a l l e g ó la d e s h i e r b a (3); la a n c h a R o z a D e p e o n e s i n v a d e la c u a d r i l l a , Y a r m a d o s de a z a d ó n y c a l a b o z o L a h i e r b a toda y la m a l e z a l i m p i a n .

B r o t a r o n del m a í z en cada h o y o T r e s ó cuatro m a t i c a s a m a r i l l a s , Q u e c o n dos h o j a s a n c h a s y r e d o n d a s L a tierna mata de f r i s o l a b r i g a . Salpicada de estrellas de esmeralda Desde l e j o s la R o z a se d i v i s a ; M a n t o real de t e r c i o p e l o n e g r o Q u e las espaldas de u n titán c o b i j a ,

Q u e d a el m a í z en toda su belleza, M o s t r a n d o su v e r d o r en l a r g a s filas,' E n las cuales se ve la frisolera (4) C o n l u j o t r o p i c a l entretejida. (1) (2) 4

ANTOLOGÍA

COLOMBIANA.

Mas volvamos á Clara. Entró á la escuela Con ánimo de hacerse institutora ; Y aunque m u c h o al principio se desvela, Porque hermosos recuerdos atesora, Y le hacen falta el baile y la novela, Y su perdida independencia llora, Se hizo al fin á las armas, y con brío Del h u m a n o saber bebió en el río. (Digo río, lectoras, y no fuente Como suele decirse en casos tales, Porque debéis saber que es sorprendente La ciencia que se bebe en las Normales; Si corriera un arroyo simplemente., Se hubieran agotado sus raudales, Porque bebe esa gente de tal modo, Que en tres años no más lo aprende todo). Y no es esta aserción exagerada : Allí se aprende t o d o : arquitectura, Idiomas, canto, física aplicada, Hermenéutica, química, pintura, Historia natural, patria y sagrada, Legislación, estética, escultura, Náutica, natación, relojería, Táctica militar y astronomía. Y muchas cosas más que yo no cuento Por ser empresa larga y trabajosa, Y que no está de acuerdo con mi intento ; Mas sí debe constar aquí una cosa,

ROBERTO

MAC

DOUALL.

3o5

Y es que á veces dedican un momento Á la labor estéril y enojosa De enseñarles la lengua castellana, Algo de suma y la moral cristiana. Se comprende muy bien que esta enseñanza Va á formar muchos hombres y mujeres Que serán de esta tierra la esperanza. Hay sobre esto diversos pareceres ; Pero cualquiera á comprender alcanza Á dónde llegarán aquellos seres Que salen en tres años no completos De palabras científicas repletos. Dejemos, pues, á Clara entretenida En aspirar la ciencia á pecho abierto, Y en soñar con la escuela prometida, Y vamos á otra cosa... Pero advierto Que ya el sueño al descanso me convida, Pues estoy de cansancio medio muerto. Buenas'noches, lectoras, aquí os digo, Que durmáis mucho y que soñéis conmigo. CANTO

II

Tres años han pasado en raudo vuelo; Por tres veces la tierra su camino Recorrió por los ámbitos del cielo Girando en torno al luminar divino ; Por tres veces fecundo nuestro suelo Se cubrió de follaje peregrino ; Por... Me cansa el estilo r i m b o m b a n t e : Han pasado tres a ñ o s , y ¡ adelante !

Recordaréis, carísimas lectoras — Perdonad si carísimas os llamo; Siempre me son muy caras las señoras, Y á mis paisanas con pasión las a m o ; Todas á estimación son acreedoras : ' Carísimas por eso las aclamo ; Mas si dais al vocablo otro sentido, Digan vuestros esposos si he mentido Recordaréis, lectoras, aquel mozo Que con Clara á las misas asistía. Por aquel tiempo le apuntaba el bozo, Y empezaba á estudiar ortografía; Al año no cabal, lleno de gozo, El grado de abogado recibía, Que en este siglo, del vapor 'llamado, Se hace en un santiamén un abogado. Si en tiempo de las misas ya se amaban, No he podido saberlo claramente ; Yo sólo sé que en misa se miraban, Pero el mirar en misa es muy corriente. Las malas lenguas de esto murmuraban, Porque siempre ha de m u r m u r a r la gente Y aunque sí se miraban, en el templo Daban de devoción un santo ejemplo. El hecho es que durante los tres años Que estuvo Clara en la Normal metida, Nunca ocupó su puesto en los escaños El tal joven ; y e s cosa muy sabida

Que u n o de esos caprichos tan extraños Que suelen ser frecuentes en la vida, Hizo que á aquella iglesia no volviera Por ir á misa de once á la Tercera. P e r o hace rato que del joven hablo, Y h e olvidado decir cuál es su nombre : Sabed que el chico se llamaba Pablo. A m i s a á la Tercera iba el buen hombre, Y á esa iglesia llevó sin duda el diablo ( Q u e en las iglesias anda, aunque os asombre) A u n a joven muy guapa, muy bonita, Q u e llevaba por nombre Margarita. T a m b i é n la conocéis, bellas lectoras; Mas p o r si alguna no se acuerda de ella, Diré q u e tiene formas seductoras, O j o s de limpio azul, boca muy bella, U n a sal y una gracia arrobadoras, ¡ Y q u é dulce mirar, qué voz aquella ! Es capaz de vencer á San Antonio, Q u i e n , como lo sabéis, venció al demonio. V i ó Pablo á Margarita, y al momento S i n t i ó que el corazón se le abrasaba : L a v i d a para él era un tormento ; J u e c e s y litigantes olvidaba ; El p o b r e mozo se volvió un jumento ; N o comía, y las noches las pasaba C o n t a n d o los suspiros de su pecho Y d a n d o volteretas en su lecho.

¡ Oh amor, pasión violenta que los cielos Como castigo mandan á la tierra ! Mezcla de calma y de furor y celos, Que el infierno y la gloria á un tiempo encierra, ¿ Quién podrá resistir á tus anhelos? ¿ Quién ante tus estragos no se aterra, Al ver cómo tus tiros han logrado Herir el corazón de un abogado ? Y ella, la flor que al sol de la mañana Entreabría su càndida corola, Que en su tallo gentil se alzaba ufana, Fresco botón de tímida amapola, Nacida por la calle de Santa Ana, Ella, que en el a m o r no daba bola, Tiernas frases de a m o r oyó de Pablo, Y su calma feliz se llevó el diablo. Y se amaron los dos de tal manera, Que ella de la ventana no bajaba, Y él hizo monopolio de la acera. La vecindad entera se quejaba De que aquello u n escándalo ya era; Pero esto á los amantes no importaba, Y á despecho de quejas y razones Siguieron ellos como dos pichones. En ésas los tres años Y á Clarita, de ciencia De maestra el diploma Estuvo la función m u y

se pasaron bien henchida, le otorgaron. concurrida ;

Premios y peroratas prodigaron ; Clara estuvo muy lista y atrevida, Y un tanto varonil en sus modales, Pues la mujer se hace hombre en las Normales. Para hacer un discurso pidió tema, Le dieron el amor, y en un momento Sobre el amor expuso tal sistema, Que la juzgaron todos un portento. Lanzó con ronca voz un anatema Contra el séptimo inicuo sacramento, Y presentó tan sólidas razones, Que á más de cuatro nos volvió mormones. Su vasta ilustración, su gran despejo, Arrancaron aplausos á la gente, Y hasta á los mismos miembros del Consejo ; Y no vi allí más cara displicente Que la de u n ciudadano ün tanto viejo Que echó una bendición devotamente ; Ese era, á no dudarlo, algún bolonio De esos que creen en Dios y en el demonio. Tengo un defecto yo que me domina ; Una curiosidad que no me deja; El saber cuanto pasa me fascina, Y soy tan p r e g u n t ó n como una vieja; Y por eso en m i vida peregrina He podido reunir tanta conseja, Y á esto debo, lectoras cariñosas, El placer de contaros estas cosas.

Yo que vi, pues, al bueno de don Bruno (El viejo que se echaba bendiciones) Hacer el gesto aquel, juzgué oportuno Pedirle sobre el caso explicaciones ; A él me acerqué sin miramiento alguno, Y le dije : — " Señor, estas funciones Son del progreso muestra verdadera; ¿ Por qué no aplaude usted como cualquiera? , — ¿ Progreso? dijo mi h o m b r e ; poco á poco A estas cosas no llamo yo progreso, Pues no progresa quien se vuelve loco. Yo soy bastante viejo, lo confieso; De la existencia en el lindero toco ; Y mirando que el mundo pierde el seso, Veré pronto, si Dios me da más vida, La tierra en manicomio convertida. , Antes una muchacha se aplicaba A aprender cosas de mayor provecho : Cortaba con primor, pedaceaba, Y dejaba un remiendo muy bien hecho ; Las cuentas del mercado examinaba Sin saber logaritmos ni derecho, Y sin gastar francés y hablando en prosa, Era, llegado el caso, buena esposa. ^ Pero hoy ¿ quién va á pensar en la costura, U n oficio mecánico tan bajo ? ¿ Y en remendar la ropa ? ¡ qué locura! Puede comprarse nueva sin trabajo.

Vale más dedicarse á la escultura, O á decir disparates á destajo, Que á cuidar á la prole y al marido : ¡ Para eso las mujeres no han nacido! Antes era apreciada la inocencia ; H o y se admiran la charla y el descoco; Antes se reputaba por gran ciencia El saber hacer bien dulce de coco ; Hoy las muchachas llevan su insolencia Hasta á tener á Flammarión en poco ; No digo á F l a m m a r i ó n , que es un bendito, ¡ A González Miranda (alias Benito)! Non capit muscas aquila, y por eso Desdeñan los quehaceres de la casa ; Al cacoetes loquendi dan acceso, Y en perorar la vida se les pasa. La ardentía verba les perturba el seso ; Su ciencia, fulmen brutum, es escasa. Ne fronti crede ! o témpora ! o mores! Alieni (bostezó) temporis flores ! Así dijo don Bruno, y sacudía Con aire de congoja la cabeza; Pablo estaba conmigo y esto oía Mirando al viejo aquel con extrañeza ; La cólera que el pecho le roía Estalló al fin, y dijo con rudeza: — Dejemos este viejo: está beodo, O perdió la razón, ó es ultragodo.

Luego acercóse á Clara m u y afable, A darle el parabién seguramente, Por su grado tan bueno, tan notable; La mano le estrechó m u y cordialmente, Y estuvo al parecer bastante amable, Pues la chica, á despecho de la gente, Le lanzó una sonrisa encantadora, Propia de una moderna institutora. Y por hoy lo bastante os he contado, Y os calculo aburridas con mi historia. Si charlo como charla un diputado, E s por legar al m u n d o mi memoria. ¡ Cuántos hablando m u c h o han alcanzado Para su nombre perdurable gloria ! Yo también en charlar mi gloria fundo, Y aquí acaba el capítulo segundo. CANTO

III

Una hermosa mañana d e verano, Cuando en Oriente el sol con sus fulgores Bañaba el Monserrate soberano, Cuando vagando el céfiro entre flores El beso matinal les daba ufano, Y entonaban los pájaros cantores Esos trinos de amor y de alegría Con que saludan al naciente día ; Cuando aun estaba la feraz llanura De niebla ligerísima cubierta, Cuando sentía apenas la n a t u r a El ósculo del sol que la despierta;

Cuando yo disfrutaba la ventura De dormir á mis anchas, en la puerta Dieron un aldabazo estrepitoso Que interrumpió mi sueño delicioso. — ¡ Caramba ! dije yo (por tal vocablo Os pediré, lectoras, mil perdones; Sabed que en tales términos no hablo Sino en determinadas ocasiones). — ¿Quién es? — T r a i g o una carta de don Pablo. — Dámela. — Y al fijarme en sus renglones Salté del blando lecho con presteza Y á despecho del frío y la pereza. Y á fe que aunque el billete no era largo, Pues dos líneas apenas contenía, Era muy alarmante, sin embargo, Y por él claramente se veía Que se hallaba su autor en trance amargo, Aunque cuál era el trance no decía; Helo aquí: «Ven, que la ansiedad me mata. To be or not to be — Pablo Zapata. » ¿Qué será lo que pasa ? ¡ santo cielo ! Pensaba yo al vestirme á la carrera. Si será que lo llaman á algún duelo.... Bien puede ser, p o r q u e es un calavera; Pero... muestra por verme tal anhelo, Que no es posible... n o , pues si tal fuera, No á mí, sino al Alcalde del distrito, Hubiera remitido el papelito.

Además, Pablo no es por el presente Ni cónsul, ni ministro ó secretario; Pues bien sabéis, lectoras, que esa gente Ve en el duelo ejercicio necesario : P o r quítame esas pajas, ferozmente Llaman á mortal riña á su contrario. P o r fortuna la atroz carnicería Logra siempre evitar la Policía. Recuerdo al fin que hay nuevo ministerio, Y que á Pablo remueven me imagino ; Y viendo que es el caso más que serio, Á su casa ligero me encamino. —¿Qué es? exclamo al llegar, ¿qué es el misterio ¿Qué te sucede, Pablo? tu destino.... — ¡ Mi destino lo quiere! — y dando un paso Con voz de trueno, concluyó: — ¡ Me caso! —¡Cómo!¿Te casas?¿y con quién ?—Con Clara —¿ConClara, que es tan pobre?—Te equivocas E s finca productiva... — ¡Cosa rara! — Su cara y su instrucción no son bicocas, Y con sus atractivos y su cara Le darán una escuela como pocas; Y sesenta por mes es mucho cuento : Interés de tres mil al dos por ciento. Era el cálculo aquel tan convincente, Tan completo en detalles y en conjunto, Que juzgué como cosa más prudente No entablar discusión sobre el asunto.

Me quedaba una duda simplemente, Y con el fin de esclarecer el punto, Le dije :—¿Y Margarita, que es tan bella ? —¿ T e gusta...?— S í ! — Pues cásate con ella. — ¡ H o m b r e ! — ¿ Yo que soy todo un abogado, Un h o m b r e que sesenta pesos gana ; Yo que soy secretario de un juzgado Y que tal vez á juez llegue mañana, He de u n i r m e á una niña que ha pasado Su vida por la calle de Santa Ana, A una chica que nunca tuvo un peso, Y no ha entrado en la senda del progreso? Para que las conozcas plenamente Y puedas apreciar la diferencia Que hay entre Margarita, la inocente, Y Clara, la mujer de mundo y ciencia, Estas cartas compara atentamente. y así diciendo, puso en mi presencia Dos c a r t a s : una en letra muy cursada, Y otra en letra redonda y apretada. Como y o sé muy bien, lectoras bellas, Que es la curiosidad vuestro pecado, Las dos cartas de amor de mis doncellas Os mostraré de un modo reservado; Si alguna vez os encontráis con ellas, No les digáis que yo las he mostrado, Pues las m u j e r e s lo perdonan todo, Menos q u e las exhiban de este modo.

La carta de la pobre Margarita, Que f u é la q u e en mi afán abrí primero, En papel ordinario estaba escrita; Y la letra, formada con esmero, E r a , como ya dije, m e n u d i t a ; Fechada en Bogotá y á diez de E n e r o , Decía encima de la fecha : Urgente, Y el tenor de la carta era el siguiente : «Mi muy querido Pablo : Hace diez días Que no vienes á verme, y ya lo extraño. Antes, de n u e s t r a cuadra no salías, Y esto me ocasionó más de un regaño, Pues tanto m i mamá como mis tías, Que tienen u n carácter muy h u r a ñ o , No vieron n u n c a bien que me asomara A la ventana, y que contigo hablara. « Yo entonces desdeñaba sus consejos, •Creyendo que sus quejas y razones Eran puras chocheces de los viejos, Y no me p r e o c u p a b a n sus sermones, Porque c o n f i a b a en ti y estaba lejos De temer tan amargas decepciones: Hoy ya sé q u e perjuro me engañaste, Y que de mi inocencia te burlaste. « ¡ Gran t r i u n f o conseguiste! ¡ Grande hazaña Es despertar u n a alma que inocente, Al desengaño y al pesar extraña, . Á sus sueños se entrega dulcemente,

Y arrancarle la fe q u e la acompaña. Encendiendo u n a m o r intenso, ardiente, Y mintiéndole m u n d o s de ventura, Para hundirla después en la amargura ! « Yo te sabré olvidar cual me olvidaste, Pagaré con desprecio tu falsía; Mas si mi dulce fe m e arrebataste, ¿Dónde hallaré la calma en que vivía? Si la duda en mi espíritu sembraste, .¿En quién podrá creer el alma mía? ,¿ Podré volver á a m a r cuando la duda -Me rompe el alma con su espina aguda ? « Si alguna vez te sume en el despecho De un ser á quien amaste, el abandono, Comprenderás el m a l que á mí me has hecho. ¡ Adiós ! al olvidarte te perdono, Pues sabes que n o c a b e en este pecho Ni por tan negra ingratitud encono. Dispensa que ésta vaya mal escrita, Y no pienses jamás en Margarita. » —¡ Qué chica, s a n t o Dios ! ¡ Hombre, Zapata, Dije yo al terminar, eres un pillo! — Yo sé muy bien q u e mi desdén la mata, Me dijo componiendo u n cigarrillo, Y arreglando los p l i e g u e s de su bata; •Pero si á Clara n o l e da al tobillo. Antes de que p r o n u n c i e s la sentencia, Lee su carta y verás la diferencia.

E n un papel muy lleno de labores, Que un Cupido llevaba en cada esquina, Y p o r todo el contorno aves y flores De forma caprichosa y peregrina Y de variados tintes y colores, Y escrita en una letra masculina, U n a epístola hallé que íntegramente Transcribo en el capítulo siguiente. CANTO

IV

« Mi carta, que es feli\, pues va á buscaros, Cuenta os dará de la memoria mía, De esta infeli\ mortal que por amaros Se escapó de una buena pulmonía. L a noche que al balcón salí á esperaros E r a una noche destemplada y fría, Y como yo salí desabrigada, Estoy con una tos endemoniada. « Pero sufro con gusto mi tormento, Y no maldigo mis terribles males, P o r q u e sufro por ti (lectoras, siento Q u e así mezcle pronombres personales; P e r o á ser libres como el raudo viento Aprenden las que van á las Normales, Y si la libertad les es simpática ¿ P o r qué han de esclavizarse á la gramática?) « Porque sufro por ti, mi dueño amado, Y por ti fuera dulce hasta la muerte. Si tus dulces palabras he escuchado, Si al pie de mi balcón logré yo verte,

Bendigo este catarro que me ha dado, Y bendigo mi tos constante y fuerte, Pues si por ella en el sepulcro me hundo, ¿Que haya un cadáver más qué importa al mundo? « Lejos de ti mi vida se consume Sin tu amor, sin tu vida, sin tu aliento, Cual la flor sin rocío, sin perfume, Marchita y deshojada por el viento ; Así, pues, fácilmente se presume Lo desgraciada q u e sin ti me siento; Ven á verme esta noche : tu tardanza Marchitará la flor de mi esperanza. « Yo te amo, si, porque eres mócente, Porque eres bello cual la flor temprana ; Venid, que nos v e a m o s es urgente, Porque tengo de hablarte mucha gana: Y si no vienes h o y precisamente, En sucio polvo dormirá mañana Esta pobre mujer ¡ay! que te adora, Y que en este momento por ti llora. « Era mi vida el lóbrego vacio, Era mi corazón la estéril nada ; Pero me viste tú, dulce amor mío, Y creóme un universo tu mirada. ¿ Por qué me pagas con desdén impío ? ¡Ah, c o m p r e n d o ! . . . ¡de ti no soy amada! ¡ Me olvidaste!... ¡ Maditos veintiún años, Funesta edad de amargos desengaños !

« El corazón del hombre es una lira Dispuesta á producir cualquier sonido ; ¿ Me amaste? ¡ No !... T u afecto fué mentira. ¿Me olvidas? ¡ Sí!... ¡ Me hundiste en el olvido Ven esta noche, si piedad te inspira Este mi pobre corazón herido ; Ven, y si no la guerra te declara Tu Safo que te adora — T u y a — Clara. » — ¡Hombre! ¿ qué te parece? dijo Pablo Con sonrisa de orgullo satisfecho. — ¡Vaya! le dije: francamente te hablo : Yo pensé que eras hombre de provecho, Y hoy juzgo que mereces un establo, A pesar de tu grado y tu derecho ; Tú jamás pasarás de Congresista, Porque eres una bestia nunca vista. Hizo una mueca de desdén horrible, Me miró de los pies á la cabeza, Y me dijo con lástima: — ¿ E s posible Que llegue hasta tal grado tu torpeza? ¿Conque ese amor profundo, indescriptible, Que insinúa con tal delicadeza, Pedazo de animal, no prueba nada? — S í : prueba que tu Safo es muy zafada. — Pues decidido estoy. — Eres un bruto. Yo opino que es mejor que reflexiones. — N o te pido consejos, no disputo; No me han de convencer tus opiniones.

— Á tu barbaridad pagas tributo. — Caballero... — Zapata, mis razones Debes oír... — N o tal. Sal al momento. —Conque...— Estoy decidido.—Pues lo siento. Y para esto dejé mi blando lecho — Pensaba yo bajando la escalera — ¿ Se casa? pues que le haga buen provecho ; Pero es negra la suerte que le espera. ¡ En fin ! resuelto está, y á l o hecho, pecho. Tratar de convencerlo inútil fuera, Que el que es del libre examen partidario, Juzga el examen siempre innecesario. Dos semanas después en La Reforma, Que tiene un cronicón que nunca miente, Y que de cuanto pasa nos informa, Vi que estaban casados civilmente Por un juez ó notario, en toda forma. Clara se opuso decididamente Á que el Cura en el lance interviniera, Porque habiendo notario, inútil era. Una tarde, al salir de la oficina, Vi á Pablo que, ligero como un gamo, Cruzaba de la plaza por la esquina; C o r r o al punto tras él, le grito, llamo, Y mientras más lo llamo, más camina. — ¡Atajen á ese hombre ! —al fin exclamo, Y él, temiendo tal vez que se juzgara •Que es reo fugitivo, al fin se para.

No es el Pablo, carísimas lectoras Que antes iba el domingo á la Tercera, No es el de las miradas seductoras, No es el de la capul tan hechicera; Su faz antes risueña á todas horas, Es hoy adusta, tétrica, severa ; Su traje, antes tan pulcro, está mugriento, ¡ Cómo transforma al hombre el casamiento ! — ¿Cómo te va, Pablito ? ¿Qué tal Clara? Le dije ; — ¿á dónde vas tan afanado ? — A casa, contestó con una cara Cual la del reo á muerte condenado. — Perdóname que á gritos te llamara. ¿ Qué es de tu vida? — Estoy muy ocupado. —¿En gozar del edén del matrimonio ? —¡Vete con tus edenes al demonio ! - ¿ Q u é tienes ? ¿ Qué desgracia ha sucedido — ¡Que voy á suicidarme ! — ¡ Qué locura! ¿La causa? —¿No es bastante ser marido? — Cuéntame, pues, tu amarga desventura. — No puedes concebir lo que he sufrido. — Empieza, pues... — Hoy no. ¿Se te figura Que puedo disponer de una hora entera ? Ya son las tres ! ; Adiós! Clara me espera. Y salió disparado calle abajo; Corrí á alcanzarlo, pero inútilmente; Y juzgando perdido mi trabajo, Me fui para mi casa lentamente,

Meditando con aire cabizbajo En el pobre Zapata y su presente, Y... basta ya : de octavas estoy harto. Aquí le pongo punto al c a n t o cuarto. CANTO

V

¡Cómo pasan las horas de alegría Que nuestra mente juvenil halagan ! ¡Cómo fórjala ardiente fantasía Sueños de gloria que al n a c e r se apagan, Cual los celajes que al v e n i r el día Por el azul del firmamento vagan! Así exclamaba yo pensando en Pablo, Y viendo ya su dicha d a d a al diablo. Aquellas ilusiones de v e n t u r a , Aquel tranquilo hogar de sus amores, Aquella esposa tan gentil, tan pura, Que iba á regar en su s e n d e r o flores, Que iba á alejar de su a l m a la amargura ; Que iba á llenar su cielo de fulgores, Todo eso fué mentira; n o h u b o nada, Pues salió la Clarita endemoniada. Para que no digáis q u e y o exagero, Y que tengo por Clara antipatía, Yo que soy con las damas justiciero, Como más de una declarar podría, Integramente transcribiros quiero La epístola en que Pablo describía Su vida miserable y enojosa, Y las mil perfecciones de su esposa.

« Á referirte voy mis amarguras, Porque yo sé m u y bien que eres mi amigo-,. Y que á pesar de las palabras duras Que sin justa razón usé contigo, Hoy, olvidando todas mis locuras, Y mis tontos caprichos que maldigo,. Verás con interés mi amargo duelo, Y acaso me darás algún consuelo. « A pesar de tus justas reflexiones, Con Clara me casé : yo s u p o n í a Que una mujer con tantas perfecciones Felicidad y calma me d a r í a : Ella me hizo promesas á montones, Me hablaba de lo dulce que sería Nuestro futuro hogar, nido sagrado Por nuestro mutuo afecto iluminado. « Formó quinientos planes excelentes Para hacer deliciosa mi existencia; En discursos floridos y elocuentes Prometió respetar mi independencia. Hizo lo que los hombres eminentes Que quieren atrapar la presidencia : Presentó su programa de gobierno, Me atrapó, y el programa echó la infierno. « Apenas vió ligada nuestra suerte, Cuando olvidando todo compromiso, Las riendas empuñó con m a n o fuerte. Yo nada puedo hacer sin su permiso ;

Y ella entra y sale, y baila, y se divierte, Y juzga innecesario darme aviso. Y así tiene que ser, que en las Normales Hay libertades ultra-liberales. " ¡Y mi vida de hogar sí que es sabrosa Yo tengo que coser mis pantalones, Porque Clara, ni riesgo que los cosa ; Yo pego á mi levita los botones, Y hasta las mismas medias de mi esposa He remendado en varias ocasiones. ¡ Yo, que soy secretario de un juzgado, Me he visto á tales cosas obligado ! " E s en casa la escoba mueble extraño Clara su utilidad no ha comprendido; Hace que nos casamos medio año, ¡ Y en seis meses la casa no ha barrido ! Y yo que entre la mugre no me amaño, Estoy entre la mugre consumido. ¿ Pero qué ? Clara habita el quinto cielo, Y no fija sus ojos en el suelo. " Las criadas son poderes soberanos Que gozan de completa autonomía; La cocina y despensa son arcanos Que Clara no conoce todavía; Ella no emplea sus preciosas manos Sino en acicalarse todo el día, Y en escribirle cartas á Teodora, Que es una vecinita á quien adora

« ¡ Y qué cartas, gran Dios! Voy á contarte Una historia terrible, escandalosa; El recordarla el corazón me parte, _ Porque, á pesar de todo, amo á mi esposa; Pero he querido mi dolor mostrarte, Porque conozco tu alma generosa : Cuando yo era feliz, fuiste mi amigo, Ahora que lloro, llorarás conmigo. « Dos semanas hacía que notaba Que no era mi mujer la misma de antes. Ya poco del vestido se cuidaba, Y llegó hasta á salir sin calzar guantes. De día, como siempre, me celaba ; Mas de noche, con voces insinuantes, Me decía ser justo que saliera, Y á hacer visitas ó al tresillo fuera. " Yo vi en todo esto un cambio favorable: L a regeneración se estaba usando, Y juzgué como cosa muy probable Que Clara se iba ya regenerando. Como era en sus instancias muy afable Yo comencé á salir de cuando en cuando, Y como por salir no hubo reproches, Acabé por salir todas la noches. « Mas la ingrata burlaba mi inocencia; Yo la creía ya regenerada, Y vino á demostrarme la experiencia Que eran sólo un ardid de la taimada

Aquella no común condescendencia Y aquella confianza ilimitada; La regeneración que vi en mi esposa Fué sólo una catástrofe espantosa. " Una noche, al salir para el tresillo, Con una criada tropecé en la puerta, Y á la pálida luz del cigarrillo Vi que la susodicha era una tuerta, Criada de Teodorita de Rosillo. — ¿ Qué quieres ? — dije yo con voz incierta, Y ella me contestó : — Doña Teodora Esta carta le manda á la señora. — " Y o , como es natural, saber quería Qué asunto tan secreto y tan urgente Era el que entre las dos se debatía, Pues, como dije ya, constantemente Clara á su amiga cartas escribía Que ésta le contestaba diariamente. Tomé la carta, me la eché al bolsillo, Hice que entraba, y me largué al tresillo. " Á la luz del farol de la escalera Leí aquel billete de Teodora, Y al fijarme, en la página primera, ¡Maldición! dije en voz atronadora; AI oírme salió la cantinera, — ¿ Qué fué ? — dijo — La pena me devora. Lehadado á usté algún mal?¿Qué es lo que siente? - ¡ Mil cuernos! — dije, y me cogí la frente.

" Y sin querer oírle más razones, Salgo con tal carrera, que por poco Me desnuco al bajar los escalones; Las calles atravieso como un loco, Repartiendo codazos y empellones ; Á casa llego, la campana toco, Y después de tocar una hora entera, Sale por fin á abrir la cocinera. " — ¿ D ó n d e está mi mujer? ¿Dónde está Clara? ¡ Responde ! que la furia me devora — La cocinera me miró á la cara Y contestó con calma matadora : — Yo no sé, me llamó pa que trancara, Y como siempre sale mi señora Sin decir onde va, tóy inorante De onde pueda incontrarse en este estante. _ « ¿ Sale todas la noches? — Al momento Que su mercé se va, coge camino. — N o hay duda, entiendo ya su fingimiento : Para eso me despacha á mí al Casino... Y el billete que causa mi tormento Leo otra vez; que sueño me imagino : Dice : Ven esta noche, pues te juro Que podrás, á tus anchas, ver á A r t u r o . ¡Arturo! éste es el nombre..." Pero basta; Este canto va siendo interminable, Y aunque tengáis, lectoras, buena pasta, Al fin esta mi charla perdurable

Vuestra paciencia sin remedio gasta. En el canto siguiente es muy probable Que acaben de Zapata las querellas. ¡ Hasta mañana, pues, lectoras bellas ! CANTO

VI

Dejamos á Zapata sepultado En hondas y penosas reflexiones. Creo que había el infeliz llorado Al trazar de su carta los renglones, Pues con huellas de llanto he tropezado ; Pero éstas sólo son suposiciones. Vamos ahora á ver cómo seguía La carta en que sus penas describía : " ¡ Arturo ! éste es el nombre maldecido Que lleva mi rival; por él la ingrata Sus promesas de amor echa en olvido; P o r él mis bellas esperanzas mata; P o r él está mi honor escarnecido; El lo que me es más caro me arrebata: Honra, calma y amor, todo me quita. ¡ Voy á morir ! ¡ mi suerte está maldita! " ¿ Y pude yo contar con la ternura De una mujer que ha estado en las Normales, Y que se ha ejercitado en la escultura, Copiando de modelos naturales, Que cree que es el alma una impostura Que el orgullo inventó de los mortales, Y que es el corazón sencillamente U n a bomba aspirante é impelente ?

" ¿ Puede sentir afecto quien opina Que el padre de los hombres es el mono, Y siguiendo de Darwin la doctrina Contempla con desprecio y con encono Á aquel que tales cosas no imagina, Ó de origen más alto se da tono ? ¿ Aquella á quien el hombre importa un nabo Si no le encuentra gérmenes de rabo ? " ¡ Arturo ! ¿ Quién es él ? ¿ Quién así mata La más dulce visión del alma mía? ¿ Quién por vano capricho me arrebata Los dulces sueños que forjaba un día? ¿ Quién me roba el afecto de la ingrata Que amarme eternamente prometía ? He de saber quién es, y entonces, juro Que se ha de arrepentir el tal Arturo. " " Así pensaba yo, y al fin el sueño, Que es el consolador del afligido, Me empezó á consolar con tal empeño, Que á poco rato me quedé dormido ; Y olvidado del nombre y de su dueño, Ronqué como un lirón ; pero el rüido De una persona que en el cuarto hablaba, Me arrancó del placer que disfrutaba. " T ú que has leído á Byron con frecuencia, Te acordarás de aquella Parisina Que de un sueño fatal bajo la influencia, Le cuenta el loco amor que la domina,

A su marido, un hombre sin conciencia, Quien, por esa su charla peregrina, La entrega sin más fórmula al verdugo, " Y muere con su amante, un tal Don Hugo. lí

Pues bien, como el marido de mi cuento, Escuché yo á mi esposa que decía, Hablando en sueños y con dulce acento : " ¡ Arturo ! ¡ hermoso Arturo ! ¡ estrella mía ! " ¡ Oh ! y o te juro que en aquel momento Sentí n o haber nacido en la Turquía, Para poder coger á la culpada Y hacerla picadillo con mi espada. " Al otro día, estando en el juzgado, Vi llegar á un sujeto muy panzudo, Metido en un gabán bastante usado, Con u n sombrero que tiraba á embudo, Y de u n paraguas formidable armado. Se acercó á mí, y en tono campanudo Me dijo : — ¿ Me permite mi expediente? — ¿ Cuál ? — El de don Arturo Sanclemente. " — ¡ Arturo!— bramé yo —¡ Sangre de Cristo! — ¿ P o r q u é se admira usted? —Yo no... por nada. — ¿En dónde vive usted?—¡ Qué! ¿no me ha visto? Si mi casa á la suya está pegada. — ¡El es!— exclamo — él es!—y al punto embisto Contra aquel hombre, quien, con voz pausada, Me dice : — Caballero, poco á p o c o : ¿ Por qué me ataca usted ? ¿ Se ha vuelto loco ?

" Y enristrando el paraguas que tenía T Para los golpes que le asesto en vano. — Vil ladrón de mi calma y mi alegría — Gritaba yo — defiéndete, villano. — Y él siempre su paraguas esgrimía. Al fin sobre su rostro dió mi mano, Y él descargó tal golpe en mis costillas, Que me hizo ver quinientas candelillas. " ítem más : aquel golpe inesperado Mi equilibrio rompió de tal manera, Que al pie del vencedor quedé postrado, Víctima triste de su saña fiera. Y de allí, con un ojo magullado, Roto el gabán y la camisa afuera, Me alzaron entre el juez y el escribiente E n medio de las risas de la gente. " Y yo lleno de polvo, medio muerto, Con tres ó más costillas fracturadas, U n chichón en la frente, casi tuerto, Y con las faldas sucias y rasgadas, Salí de la oficina... ¡ ay ! y te advierto Que están sus puertas para mí cerradas, Pues enfadado el juez, ha decidido Que quede sin demora removido. " Y sufriendo dolores infernales, Aguantando las pullas de la gente, Que siempre goza en los ajenos males, Atravesé las calles lentamente,

Y al pisar de mi casa los umbrales Vi á Clara que salía alegremente, Y me dijo al mirarme tuerto y cojo : — ¿ Has tenido algún lance con Perojo ? " — ¡ Infiel! — exclamé yo con voz terrible — ¡Ven á gozarte en tu obra, maldecida ! Tú, sólo tú, con tu traición horrible, Has hecho un duro infierno de mi vida. ¡ Y de mi mal te burlas ! ¿ Y es posible Que goces con mis males, fementida ? —No hay duda — dijo —ha andado este m u c h a c h o Con la Crème de la Crème y está b o r r a c h o . — " No finjas, no pretendas engañarme ; Conozco tu traición perfectamente. — Pero ¡ hombre ! si quisieras explicarme.... — ¿ N o conoces á Arturo Sanclemente? — Sí, hasta suele á veces saludarme ; — Pero eso no me explica... — ¡ Qué i m p u d e n t e ! Es tu amante. — ¡ Mi amante ! ¡ Mientes, P a b l o ! — Calla, calla mujer, ó vive el diablo ! . . . . " Esto dije, y di un paso ; ella, indignada, Retrocedió buscando cualquier cosa ; Pero yo le piqué la retirada ; Al fin en un rincón mi santa esposa Encontró aquella escoba rezagada Que te dije que en casa estaba ociosa. Por la primera vez la vi en su mano, Y me dió un escobazo soberano.

— " Aprende — dijo — á usar con tu señora Ese lenguaje vil y esos modales ; Busca donde vivir ; dentro de una hora Pasarás de esta casa los umbrales ; Ya no soy tu mujer, pues sin demora Voy á que nuestros justos tribunales Me liberten de ti. Seré soltera, Y mañana me caso con cualquiera. — " Y me echó de mi casa hace dos días. En el Hotel Francés me he refugiado ; Y en medio de mis muchas agonías, Me consuelo al mirarme descasado. Esta es la historia de las penas mías : No sé bien si he perdido ó he ganado : Mirarme sin destino es triste cosa, Pero es muy dulce verme sin esposa." CANTO

VII

Al dar las tres pensé que era corriente Ir á ver á Zapata ; entré á su alcoba, Y lo encontré ocupado asiduamente Con tuétanos y vino soba y soba Unos cuantos chichones que en la frente Le hizo salir su Clara... con la escoba. — ¿ Conque es cierto ? — le dije — ¡ pobre Pablo ! — ¡ Atrás! ¡ atrás ! — gritó — ¡ mujer del diablo ! Y aquí caben los puntos consabidos En las nuevas novelas tan usados, Esos puntos que son tan socorridos, Sobre todo en los casos apurados.

Haced cuenta, lectoras, que seguidos Halláis quinientos puntos salpicados Con veinte admiraciones (y aun es poco) Y continuad después, ¡¡i Estaba loco !!! j Loco ! ¡ loco ! lectoras. Me horripilo Al pensar que así puedan las Normales Hacer que u n ciudadano tan tranquilo, De tan buenas costumbres y modales, Vaya á acabar su vida en el Asilo, Sin que pueda volver á sus cabales, Pues se sabe muy bien que la locura De la Escuela Normal, no tiene cura. Me fui á buscar á Clara prontamente Para darle noticia tan ingrata, Y meditaba el modo más prudente De decirle el estado de Zapata ; Pues (yo pensé) si lisa y llanamente Le cuento el caso, la aflicción la mata ; Es bueno prepararla de algún modo, Y con cautela referirle todo. Mas la encontré tan llena de alegría, Que juzgué que aunque el golpe era muy duro, Ella todo su mal resistiría. Por otra parte, la cuestión de Arturo, Enfadado con ella me tenía Y resolví salir de aquel apuro Diciéndole : — Señora, se ha lucido: Volvió loco, de atar, á su marido.

—¿Yo ?¿ Yo lo he vuelto loco? ¡ Qué impostura l El nunca tuvo su razón completa. — S í ; dice usted verdad, pues su locura Probó con enlazarse á una coqueta. — ¿ Viene usted á insultarme ? ¿ Se figura Que puedo tolerarlo ? — ¡ Vamos ! ¡ quieta ! Usted engañó á Pablo... — ¡ N o ; lo juro ! — ¿ Qué eran, pues, sus delirios con Arturo? — ¡ A h ! ¿ No puede una niña que ha estudiado En la Escuela Normal astronomía, Cultivar esa ciencia con cuidado? Pues sepa usted que estudio noche y día Y que al fin mis esfuerzos han logrado. Resolver una duda que tenía Sobre Arturo y su órbita, pues ella.... — ¿ Pero quién es Arturo ? — Es una estrella. La estrella más brillante del Boyero, Que es la constelación que queda al frente Cuando usted mira... — No, verla no quiero. Que no estoy para estrellas al presente. Sale usted por la noche, á lo que infiero;. ¿ A dónde diablos va? — Frecuentemente Me voy á manejar el astrolabio Con un amigo reputado sabio. Y como hoy los astrónomos de Europa No saben si es esfera ó es embudo Ese palio de azul que nos arropa, A ese amigo, que es hombre muy sesudo,

Y que lleva la ciencia viento en popa, Sometieron el caso, y él no pudo Resolver la cuestión, y me ha llamado A decidir el punto disputado. Y después de prolijas discusiones, Y de estudiar el punto noche y día, Hoy sabemos que son unos chambones Todos los que en cuestión de astronomía Han formulado leyes y opiniones: Newtón lo que es un astro n o sabía, Fué el pobre Galileo un majadero, Herschell un bruto, y un patán Keplero. Flammarión algo sabe, lo confieso, Mas, como los demás, está engañado ; Juzga al cielo redondo como un queso, Cuando en este hemisferio es prolongado. Cita mil leyes; pero ¿ qué hay con eso ? Si ya nosotros hemos demostrado Que el cielo de Colombia es puntiagudo En virtud de una ley. — La del embudo. —¿ Pero Arturo ? — Ya he dicho que es estrella. — Pablo creyó otra cosa... — Lo deploro. — ¿ Y por qué hasta dormida hablaba de ella? — Porque su luz resplandeciente adoro. ¡ Oh ! si la viera usted cómo descuella En su constelación... — ¿ Es la del Toro ? — Del Boyero. — Es lo mismo. No hay remedio En una ú otra hay astas de por medio.

— Voy á explicarle á usted la diferencia Q u e h a y d e l T o r o al Boyero... — N o , no; basta;— Y sintiendo ya escasa mi paciencia, Aunque soy hombre de mediana pasta, Me salí renegando de esa ciencia Que en esta tierra sin piedad se gasta, Y que hace un tinterillo de un muchacho Y de una pobre niña un marimacho. EPÍLOGO

Es cosa muy usada y muy corriente Poner á todo cuento corto ó largo Un epílogo ; así es que en el presente No ha de faltar, lectoras ; sin embargo, Como está fatigada ya mi mente, Y ya para escribir me veo amargo, En pocos versos trataré el asunto, Y á la historia presente pondré punto. Pablo ha estado en San Diego más de un año. Don Bruno, aquel sujeto que miraba A Clara con un gesto tan huraño, Y que con voz doliente se quejaba De que se olvida la moral de antaño Que antes de haber Normales se enseñaba, Es hoy en su moral menos severo, Y es de Clara el sostén y consejero. Clara vive en la calle del Hospicio, En una tienda asaz desaseada; No he podido saber cuál es su oficio, Pues de día la tienda está cerrada;

Por las noches, sentada sobre el quicio, Con pañolón azul arrebozada, Y diciendo al que pasa : — Adiós, mi glori, Suelo ver á la n i ñ a de mi historia. De las cinco personas de que hablo En las estrofas del presente cuento, Tenemos, pues, al infeliz de Pablo Sin pizca de razón, hecho un jumento ; A su querida Clara, dada al diablo, Debiéndole á don B r u n o su sustento, Y de don Bruno el público m u r m u r a Que no es su santa caridad muy pura. ¡ Oh lectoras queridas ! ¡ Cuántos males, Cuántas desgracias han sobrevenido, Sólo porque á una niña en las Normales Le pervierten las ciencias el sentido ! Se le enseñan nociones generales De todo cuanto existe ó ha existido, Y al fin es su cabeza la petaca Que contiene los bienes de la Urraca. En cuanto á Margarita, flor hermosa Que creció oculta en el hogar bendito, Sin que su frente pura y candorosa Empañara con su hálito maldito El viento m u n d a n a l . . . Aquí una cosa Que prometáis, lectoras, necesito Y es tener en sigilo el más completo Lo que voy á contaros en secreto;

Pues es cosa que sabe el mundo entero Que es uno por las damas atendido Mientras tiene la fama de soltero, Aun siendo tuerto, sordo y desabrido, Pero que pasa á ser un majadero Al momento que saben que es marido. Con vosotras sucede de otra suerte Por mil razones que cualquiera advierte. Cuando Pablo por Clara cautivado Se olvidó de la pobre Margarita, Pensé que era muy justo y acertado Que yo hiciera á la niña una visita. Al ver su amor primero desdeñado, ¡ Cuánto no habrá sufrido, pobrecita ! Iba yo repitiendo una mañana Al subir por la calle de Santa Ana. Pero encontré á la víctima inocente Con la cara de pascua más completa; Hablé de Pablo, de su unión reciente, Y dije que era Clara una coqueta; Margarita mostróse indiferente, Me pareció m u y digna, m u y discreta, Tocó dos valses y cantó " El Pirata," Y... heme aquí de suplente de Zapata. Me cautivó con su divino porte, El alma me encendió con su mirada, Y... es tiempo ya de que la historia corte, Y voy á terminar de una plumada :

La hermosa Margarita es mi consorte, Y en el número 3, Calle Tapada, Vivimos muy felices á estas horas, A la disposición de mis lectoras.

DIEGO

URIBE

Nació en Bogotá el i . ° d e Septiembre en 1867, y se educó en el Colegio del Rosario. Es uno de los poetas notables entre los jóvenes : su Selva, sencillo canto descriptivo, ha obtenido merecidos elogios de la prensa colombiana y la española.

DÍA D E D I F U N T O S Hoy todo es triste, las campanas tienen En sus dobles, tristezas funerarias, Los hombres oran, los recuerdos vienen, Y al cielo van tañidos y plegarias. Triste un tañido por el aire inquieto, Llegó al lugar donde los muertos moran, Y en cada tumba dijo al esqueleto : — Despierta de tu sueño, que te lloran. Deja tus horas de quietud tan largas, Contempla las guirnaldas que te traen, Y recoge las lágrimas amargas Que gota á gota en tu sepulcro caen.

Se animó entonces la materia inerte Por largo tiempo en su ataúd dormida, Y dejando la calma de la muerte T o r n ó á mirar la lucha de la vida. Los negros ataúdes se entreabrieron, Las heladas rodillas rechinaron, Las raídas mortajas descendieron Y en su tumba los muertos se sentaron. Y al contemplar en polvo convertidos Las vanidades y el poder humanos, Y víctimas y esclavos confundidos Con cetros y coronas y tiranos, Se contemplaron los despojos yertos, Y sus cóncavos ojos, compasivos, Hacia el cielo elevaron, y los muertos Lanzaron un gemido por los vivos.

Voló el alma del cuerpo desprendida, Tornó á su fosa la materia inerte, Y dejando la lucha de la vida T o r n ó á buscar la calma de la muerte. Ya espesa sombra el horizonte cierra, Aun vibra la campana en son de duelo, Ya oculta los cadáveres la tierra Y brotan las estrellas en el cielo.

¿ CIEGO ?

I

Sentado en una loma al pie de una barranca Con su guitarra amiga, á solas, canta un ciego, Y notas tristes, lánguidas al instrumento arranca, Con la tristeza mística del solitario ruego. Lo envuelven resplandores del sol, crepusculares, Los vientos de la tarde su cabellera azotan, Y al par que en el espacio se pierden sus cantares Gotas de amargo llanto de su pupila brotan. El sol bañó en sus rayos de resplandores rojos E l fruto de esos párpados, inmóviles y muertos, Y yo enjugué una lágrima al ver aquellos ojos Para el placer dormidos, para el dolor, despiertos. Para él no hay sol radiante, ni noches estrelladas, Ni amarillenta luna que surque el firmamento; Para él no hay cariñosas sonrisas ni miradas, Ni pájaros errantes que crucen por el viento.

Para él no hay más que sombra. Para él nada fuiEs justo que se aflija y en su aflicción implore, [gura; Y que cuando alce un canto desde su noche oscura, Arranque notas tristes á su guitarra, y llore. II Pero también la sombra cruzan radiantes huellas; En negros nubarronnes el rayo centellea; En las oscuras noches fulguran las estrellas, Y surge entre la sombra más diáfana la idea.

DÍA CON SOL LAS D I R E C T O R A S EVA

DEL

GOODING

COLEGIO

DE

PAULINA

Si más que luz da sombra la claridad del día Y el mundo de la forma, la humanidad ofusca, ¿ El ciego ve el impulso divino que lo guía, Y claros los misterios que en vano el hombre busca ? ¿Verá en su fondo mismo de Dios la omnipotencia ? ¿ Traspasará los lindes del misterioso arcano, Y con los ojos fijos por siempre en su conciencia Conocerá el abismo del corazón humano ?.... Entonces que no llore, que cante, que sonría, Más lumbre hay en sus ojos y en su interior más Que no abra la pupila porque la luz del día [calma; Puede lanzar tinieblas sobre la luz de su alma.

PESTALOZZIANO,

CARDENAS

Y

SEÑORA

SEÑORITA

GOODING)

Y Adán soñaba, y al soñar veía, Medio oculta en neblina vaporosa, Una etérea visión, que descendía Con resplandor y majestad de diosa. Y se acercaba más, y á su presencia Sintió el deseo ardiente, de improviso, De c o n f u n d i r con ella su existencia, De repartir con ella el Paraíso.... ¿ P o r qué las brisas, al pasar, tan suaves? ¿ Por qué tan puro el resplandor del día? ¿ Por qué tan dulce el canto de las aves Mientras el hombre en el Edén dormía ? P o r q u e queriendo ahorrar penas y enojos Al h o m b r e en su camino comenzado, El Señor quiso que, al abrir los ojos, Mirase Adán su sueño realizado.

Y como prueba de su amor profundo Envió á la tierra un soplo soberano, Y permitió que descendiera al mundo La augusta madre del linaje humano. Y surgió la mujer — d o la figura Se ostentaba del hombre — solitaria, Y con ella el amor y la hermosura, El arrullo, el perdón y la plegaria. Surgió la esposa que el hogar convierte En rincón tibio do la dicha mora, Y anima al hombre en lucha con la suerte, Y le enjuga las lágrimas, si llora. La madre que en hogar tranquilo y santo, De la virtud ceñida la corona, Las suaves notas de amoroso canto Junto á la cuna de su n i ñ o entona. La hija tierna, la rubia cabecita, Que hace que sueñe la cansada mente, Cuando prendida al cuello deposita Su tibio beso en la paterna frente. La abuela que adormece con cariño, Sobre su canto, al nieto, conmovida, Al contemplarlo que le espera al niño En el rudo combate de la vida. E l ángel que con blanca vestidura Y llevando en el rostro la alegría, Va endulzando en el m u n d o la amargura, En medio de los lechos de agonía.

La sabia institutora que su anhelo U f r a en formar el mundo del mañana, Y hace que encuentre la virtud modelo, Y augusto templo la piedad cristiana.

Por eso eran las brisas tan süaves, Y era tan puro el resplandor del día, Y era tan dulce el canto de las aves Mientras el hombre en el Edén dormía

II

EN E L JARDÍN Z O O L Ó G I C O Á

JOSÉ A.

SILVA

I

Con nostalgia de víctimas, la boca, Y nostalgia de selva, la mirada, Con la febril excitación del preso Que su perdida libertad reclama, E n incesante batallar se agita En su estrecho cubil la tigre hircana. Nerviosa corre en torno de la reja, Sacude y muerde las seguras barras, Y el eco sordo de feroz rugido Agita el aire de la estrecha jaula. De su cubil en el rincón más hondo, La cola tiende, las orejas para, La piel repliega, la cerviz recoge, Y como flecha, por el aire salta, Recibe el golpe, por el suelo rueda, Tiembla la reja de seguras barras, Pero la fiera se levanta, gira Y otra vez ruge, se repliega y salta.

Del ya naciente sol de primavera Un tibio rayo penetró en la jaula, Y en tanto u n viento perfumado y fresco Que en los barrotes, al entrar, silbaba, Llegó hasta el fondo de la jaula estrecha Y acarició la fiera aprisionada. Algo como u n a turba de recuerdos Debió sentir y ver en esa ráfaga; Algo como la arena del desierto, Algo como las hojas de las palmas, Algo como los ecos de los bosques, Algo como p e r f u m e de montaña ; Porque se echó donde el reflejo tibio Del sol de primavera, penetraba, Y abrió los ojos al azul del cielo Y abrió el p u l m ó n á las tranquilas auras; Tendió el hocico entre sus fuertes brazos, Batió la cola y escondió las garras, Nubló su frente sombra de tristeza, Rugió un gemido su feroz garganta, Y apareció u n a lágrima luciente En la pupila de la tigre hircana.

ISMAEL ENRIQUE ARCINIEGAS Nació en C u n t í , Departamento de Santander, el 12 de Enero de ,865, y se educó en Bogotá. Ha escrito m u y bellas poesías, como se verá por Mi musa.

MI M U S A (AL

SEÑOR

D . MIGUEL

ANTONIO

CARO)

i Oh mi Musa! ¡ oh mi novia ! ¡ Oh mi pálida a m a d a ! Cuando el pesar mi corazón agobia Como aurora me alumbra tu mirada. De un sueño tú naciste, De un sueño de poeta, Te di nevada sien, mirada triste, Cabellos rubios y cintura inquieta Cuando á mí tu pie breve Diriges — siempre en calma — Parece que vinieras de la nieve Y demandaras el calor de un alma.

Indefinible encanto Hay en tu rostro impreso, Calla en mi alma del amor el canto, Muere en mis labios, sin salir, el beso.

Y en castillos feudales Cruzando sus arcadas, Me narras los torneos medioevales Y cuentos de princesas encantadas.

Cuando á mi lado veo T u faz radiante y bella, En mí no arde la llama del deseo, Mi amor es rayo de lejana estrella.

Mi musa es musa casta, Musa con aureola : Como su a m o r á mi ternura basta, En mi alma reina, inmaculada y sola.

Siempre á mi voz respondes, Y á mí estás tan unida Que ni misterios en tu pecho escondes, Ni hay para ti secretos en mi vida. Llegas á mí sin ruido En noches estrelladas Y, tu mano á mis manos, al oído Me cuentas tú leyendas y baladas. Y el paseo emprendemos Al rayo de la luna, Y cantando al compás de nuestros remos Bogamos en la diáfana laguna. E n selvas rumorosas T e oigo historias secretas : Lo que sueñan las vírgenes hermosas, Lo que sueñan los pálidos poetas. A los silfos dormidos Tú, trémula, apostrofas, surgen de los cármenes floridos Cual mariposas blancas las estrofas.

¡ Oh novia sin engaños ! ¡ Oh musa soñadora ! Di siempre la canción de los veinte años En el fondo del alma que te adora.

JOSÉ JOAQUÍN

CASAS

Casas figura en primera línea entre los poetas de la nueva generación. Intencionalmente le hemos reservado el último puesto, para ver si al fin conseguíamos su canto á la Virgen y su oda a las Artes, que son sus mejores composiciones; pero y a que no lo hemos logrado, publicamos las que tenemos a la mano y que bastan para dar una idea clara de su talento poético, entre ellas su Epístola á Hernando, que aunque escrita en tono familiar es una buena muestra de legitima poesía clásica. C a s a s nació en Chiquinquirá, Departamento de Boyacá, el 20 de F e b r e r o de 1S66.

EPÍSTOLA Á HERNANDO L'art d e s transports de l'âme est un faible interprète; L'art n e fait que des vers, le cœur seul est poète. ANDRÉ

CHÉNIER.

D e v a n t le sentiment le goût est désarmé. E t m o n cœur n e retient que ce qui l'a c h a r m é . Chantons pour soulager ce qui g é m i t en nous ! LAMARTINE.

Ya, alegre á las sonrisas del verano, Natura me descubre los secretos Que quise enantes arrancarle en vano. Y aunque esta estrofa me pondrá en aprietos, Caro Hernando, la epístola ofrecida Voy á escribir en fáciles tercetos

Fáciles, sí : la rima me convida, Y á un tiempo me enardece y me refrena Como al corcel el látigo y la brida. Mi mente así, con lastre y sin cadena, Segura va, cual ave cautelosa Del alto azul por la región serena. Mas ¿no es extraño que á mi carta sosa Comienzo dé con prólogo erudito Mientras del alma la emoción rebosa? ¡ Extraño á fe! Por tanto, solicito Que la nota didáctica perdones Y des por nulo cuanto llevo escrito. T ú sentirás mis hondas impresiones Si el sitio ameno donde en calma vivo Presta á mi lira sus incultos sones. Fácil aquí la inspiración recibo, Con la deidad campestre consultando Cada terceto que á su impulso escribo. Ella, con voz que instruye deleitando Oculta entre los árboles, parece El nombre amigo repetir de Hernando. Y en la quietud que el ánimo adormece^ Pienso ¡ ay de m í ! que el corazón marchito Revive á la esperanza y reverdece.

Al menos en mi bosque favorito Cede el dolor, la soledad me embarga Y en inefable placidez medito. ¡ Ya que es la senda fatigosa y larga, Pueda á su orilla el triste peregrino Breves instantes deponer su carga! Yo que por sendas ásperas camino Tristeza devorando prematura, Aquí las sienes, sin afán reclino. ^ Porque este sitio de eternal frescura E s cual la madre playa salvadora, Es una tregua de la Selva oscura. Aquí la brisa, alegre moradora, Ya mis pesares aliviando canta, O compartiendo mis recuerdos llora ; Y con ingenua suavidad que encanta Bulle los troncos que la edad respeta Y sus adustos vástagos levanta; O ya me dice, retozando inquieta, Como queriendo con risueña mofa Hurtarme la atención : « ¡ Vaya un asceta ! > T o r n o á mirar, se esconde y me apostrofa Y añade : « El nombre de tu dulce ingrata Rima conmigo, te dará una estrofa. »

36o Quiero vengarme,y huye, y se recata.... Mas, llegando de pronto en remolino, Esta carta me enrolla y me arrebata; Con ella emprende su veloz camino Cual si en sus alas rápidas quisiera Llevarla sin tardanza á su destino. ¡ Bien haya, pues, la alada mensajera Que interpretar y transmitir procura Lo que me dicta la amistad sincera ! ¡ Bien haya el bosque, la corriente pura Del arroyuelo, que en perenne giro Dulces palabras sin cesar murmura, Y salta resonando en mi retiro, Como las quejas del amor, doliente, O tímido y fugaz como un suspiro ! ¡ Ay ! si ya el fuego de entusiasmo ardiente Ha muerto, al menos como mustia palma Se mece en sueños de quietud mi mente. Forje quimeras y revuele en calma Ya que cual antes, ascender no pueda, E n generosos ímpetus el alma. Nueva ilusión á la que huyó suceda; Retoñe la esperanza cual retoña La sonorosa pompa en la arboleda;

Del canto al son, recelo que emponzoña Huya, cual fiera que el redil asalta Huye al clamor de pastoril zampoña. Si ya no el fuego que la mente exalta, Brote espontánea la emoción cual brota La flor menuda que el sembrado esmalta. Brote espontánea como fuente ignota Que humilde baja de enramada gruta Y corre débil, pero no se agota; Como silvestre y escondida fruta Que de licor dulcísimo cargada Brota en los gajos de la penca hirsuta; Como en los bosques la primer tonada Con que'las aves, en flexible acento Cantan al par la luz de la alborada; Como ese casto, vagaroso aliento Que flor temprana, cual primicia envía, Las leves alas perfumando al viento. Y es ésa la emoción que el alma mía Siente en la augusta soledad; y es ésa La virgen, la impalpable P o e s í a : Dulce inquietud que anima y embelesa ; Himno del alma que en silencio gime Por las angustias del destierro opresa,

Y en los delirios de su afán sublime, Con noble aliento sacudir procura Lejos de sí la carga que la oprime; Secreta voz que lo invisible augura, Sin que profano la cautive, y preste Lenguaje vil su tosca vestidura; Nota que alada, vagarosa, agreste, Al esparcir su vibración semeja Eco fugaz de música celeste; Luz que ese sol adivinar nos deja Que del edén los horizontes dora, Y lánguido en la mente se refleja; Emanación del alma soñadora, . Del alma que es cual delicada esencia, Y fácil, cuando canta, se evapora; Viva expresión de la inmortal tendencia Que si acreciendo nuestro afán contrista, Siembra también de encantos la existencia ; Inspiración que arrastra nuestra vista Y hace en el hombre despertar, lozanos, Adormecidos gérmenes de artista. Mas, ¿dónde voy perdiéndome en arcanos, Que sin sentir la péñola abandono Para tomar la cítara en las manos?

Yo que del orden la virtud pregono, Si trato de la amable Poesía Me pierdo, es fijo, levantando el tono. Mas ¿quién tratarla con desdén podría, Quién que en el alma el generoso instinto Sintió de amor, de gloria, de armonía? Oscuro yo, la adoro en mi recinto, Yo que llevando mi flexible lira Voy cual soldado con su acero al cinto. ¡ Esta es mi espada! si á vencer no aspira En todo azar mi espíritu sosiega, Y calma, en horas de inquietud, me inspira. Su dulce ayuda, que jamás me niega, Reanima mi valor desfalleciente Y aviva mi esperanza en la refriega. Ella es también mi amada confidente, Pues como á ti sin vacilar le fío Cuanto yace recóndito en mi mente. Bien lo muestra la carta, Hernando mío, Que cierro aquí. Para escribirla llana Dejé correr la pluma á su albedrío. Y he de escribir como me dé la gana, Que mi Musa, campestre y juguetona Es con menos afeites más galana.

¿ Q u i é n sino Dios mi espíritu alecciona? ¿ Boileau tal vez ó el déspota Hermosilla Que el genio con preceptos aprisiona? Si á férrea ley la inspiración se humilla, Y muere luego y se la busca en vano, Diré en frase ejemplar, no es maravilla; Pero si libre se levanta ufano, Se cierne en el espacio y lo domina Como el condor, el pensamiento humano, Libre es el genio como el ave andina; Con poderosa voz, pero secreta, Mostróle Dios la senda en que camina. Lejos de mí retórica receta, Que apoca el sentimiento ó lo anonada O á molde inexorable lo sujeta. Quise escribir con pluma descuidada, Como hablan un amigo y otro amigo, Que hablan de todo sin hablar de nada. E n verso quise conversar contigo. Mas, vas á ver : con justiciera boca, Porque no acuses inmodestia, digo, Pues ya juzgar mi epístola me toca, Si inspiración al escribirla tuve ¡ Qué inspiración tan errabunda y loca !

Y ésa me place : la que baja y sube, Multicolor, informe, vagarosa, Cambiante, en fin, cual veraniega nube. Como á los versos la afición me acosa, En ellos te escribí; ni yo pudiera Trazar dos líneas de mediana prosa. Y mi experiencia sana y verdadera Estos principios inconcusos funda : La carta, sin objeto, es más sincera; La musa, sin asunto, es más fecunda.

La tarde traslada Los seres amantes á un mundo mejor : Por eso, turbando la sombra callada, E n fresca enramada Prodigan las aves endechas de amor.

CANCIÓN Mostrasi si piacente a chi la mira C h e d a per gli occhi una d o l c e z z a al core Che intender non l a p u ò chi non la prova ; E par c h e dalla l a b b i a sua si m u o v a U n o spirto soave e pien d'amore C h e va d i c e n d o al a n i m a : sospira ! DANTE. — A Beatrice.

Del bosque y del río Que halagan las brisas, al blando rumor, Del alma aterida lanzando el hastío, Si quieres, bien mfo, Si quieres cantares, hablemos de amor. Al mundo ya ajeno i Con cuánta delicia contemplo, mi bien, T u casta cintura, tu càndido seno, Al brillo sereno Del rayo indeciso que oscila en tu sien ! Reclina tu frente, Reclina en mis brazos tu talle gentil; Nos da sus encantos el sol de occidente, Frescor-'el ambiente Y lecho de aromas las flores de abril.

Pues todo enamora, Pues todo recuerda la paz del Edén, Pues son nuestras almas cual arpa s o n o r a ; Nosotros ahora La dicha de amarnos cantemos también. Cantemos, y el viento Repita en los valles tan dulce cantar ; Por ellos vagando derrame tu aliento ; Al plácido acento De un himno de amores ¿qué puede igualar Tu voz lisonjera En calma convierta mi antigua inquietud, Y unidos forjemos ardiente quimera ¡ A y ! antes que muera La rica en ensueños fugaz juventud. ¡.Oh ! ¿quién no delira Á solas oyendo tu voz celestial? ¡ Cantemos, hermosa ! La tarde me inspira, Y bulle en mi lira De ignotos acordes inmenso raudal. Natura hechicera Se alegra y palpita gozándose en t i ; 2

1 . .

Se viste de flores la verde pradera, La límpida esfera De franjas cambiantes de rosa y turquí. El ave en su nido Te rinde canciones de dulce pesar; En hondos vaivenes, del aura mecido, Con blando rüido Trenzando sus ramas susurra el palmar.

E L LAGO (LAMARTINE)

¿No ves cuál nos guía, Nos une en la vida la mano de Dios?.... Después, cuando llegue la muerte sombría, Mi bien, vida mía, Un mismo sepulcro nos guarde á los dos.

Á

JOSÉ

VICENTE

CONCHA

Y siempre en pos de ignotas soledades, Siempre á encontrar la eternidad sombría, ¿No podremos, surcando las edades, Anclar siquiera un día? ¡ Oh lago! apenas extinguido el año, Solo ¡heme aquí! con el recuerdo de ella, Vuelvo á sentarme en el musgoso escaño Que consagró su huella. Cual hoy, tú alzabas quejumbroso acento, Te estrellabas en férvida oleada; Su pie querido salpicaba el viento De espuma desgranada. Una tarde ¿te acuerdas? en tu seno Juntos los dos bogábamos callando.... Era el rumor del ámbito sereno Del remo el golpe blando.

Súbito acentos de sin par dulzura Vuelven los ecos de la playa en coro, Calla el raudal y en éxtasis murmura La voz que siempre adoro :

¡ Pasado, nada, eternidad oscura! ¿Qué son, dó están los devorados días? ¿ Nos volveréis los raptos de ventura, Las muertas alegrías?

« Suspende ; oh tiempo! tu veloz carrera, Parad, horas propicias, Dejad que en nuestra corta primavera De nuestro amor gustemos las delicias;

¡ Oh lago, oh grutas que la edad no toca ¡ Bosques de eterna adolescencia llenos ! De esa noche de amor que el alma evoca Guardad memoria, al menos.

Corred para el que os llama en su impaciencia, Sin dicha y sin reposo ; Arrastrad su dolor con su existencia, Y olvidad para siempre al que es dichoso.

Guárdala en tu quietud y en tu tormenta ¡ Oh lago! y en tus rocas y en tu playa, Y en la arboleda que armoniosa y lenta En tu cristal desmaya.

Pido un instante más y él huye luego, El tiempo se evapora; ¡ Oh noche, para ! — en mi delirio ruego — Y ella empieza á borrarse con la aurora.

En el voluble céfiro ligero, En el rumor del agua y de las frondas, Y en la lumbre del cándido lucero Que oscila entre tus ondas.

Amemos, pues ; del breve instante incierto La eternidad hagamos; El tiempo es mar sin playas y sin puerto, Y á no volver sus ondas navegamos. »

¡ Que el flébil mimbre, el hálito que gira Vertiendo aromas sobre el campo verde, Cuanto se ve, se escucha y se respira Nuestra pasión recuerde!

¡ Cómo! ¿y apenas la fruición empieza Se aleja en raudo vuelo? ¡ Cómo ! ¿y se escapan con igual presteza Las horas de ventura y las de duelo ? ¿Y ni es posible que marcado quede De horas de amor el presuroso paso? ¡ Ah ! ¿y este tiempo que las borra, puede Volvérnoslas acaso ?

FIN.

ÍNDICE

V

ADVERTENCIA GREGORIO

GUTIÉRREZ

GONZALEZ

Memoria sobre el cultivo del m a í z en Antioquia JOSÉ

EUSEBIO

E l serafín y la m u j e r E l ciprés Despedida de la patria L a hamaca del destierro E l h a c h a del proscrito E l pobre Héctor MIGUEL

E l huérfano Inmortalidad Sueños E l ensueño L a flecha de oro Consejos L a reconciliación L a s almas buenas Belleza ideal Epicedium A l B u e n Pastor

7

CARO

41 44 47 49 5i 55 57

-

ANTONIO

CARO

59 62 66 71 74 76 78 82 83 84 86

ÍNDICE.

RAFAEL

POMBO

Mi a m o r Noche de Diciembre Preludio de prima/era Las norteamericanas en Broadway El b a m b u c o Angelina Decíamos ayer La música Evangeli na El puente de los suspiros BELISARIO

g^ g2 •. IOi

, I20

D i v i n o

157

¡^g 187

A mi hijo en su primera comunión A Josefina Polanco y B u e n o en la agonía de su m a d r e .

201 203

Colón en la Rábida

20g

Iyo

Aurora Mediodía Jorge Isaacs

277 280 283 JOSÉ

RIVAS

285 289

-

„ „,

GUTIERREZ

Meditación

296 ROBERTO

2 ¡

GROOT

Constelaciones La naturaleza

MEJÍA

Quiere amanecer El canto del antioqueño

FLÓREZ

F R A N C I S C O A.

209

EPIFANIO

FERNÁNDEZ

259 261 264 270 274 JULIO

CELEDÓN

A mi distinguida amiga Cupertina T i r a d a

JOSÉ

¡63

W.

Cielo La oración La caridad La noche A ti

161

RAFAEL

RESTREPO

23g 244 246 25i 235

ENRIQUE

,4g jjj

O d a á S a n L u i s Gonzaga León XIII é Italia O d a á D o m Bosco A la inolvidable memoria de Julio Benigno Enriquez.

Pío IX y el Concilio Vaticano

GÓMEZ

¡3^

PEÑA

A la Concepción inmaculada de María A María Santísima en la Presentación de su Hijo

ANTONIO

Viaje á Grecia L e y e n d o á Homero En el natalicio de*** ¡Adiós! A una sevillana

MAC

DOUALL

El joven Arturo

299

I

DIEGO

222

DAVID

GUARÍN

La soledad 227 RUPERTO

S.

GÓMEZ

A la memoria de don A n d r é s Bello en su centenario.

Día de difuntos ¿Ciego? Día con sol En el Jardín zoológico ISMAEL

231

URIBE

3

45 347 35o ENRIQUE

ARCINIEGAS

JOSÉ JOAQUÍN

CASAS

Epístola á H e r n a n d o . Canción E l lago

-

PABIS. — Imprenta de la

de Cu. BOÜBET.

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