EL F U L G O R DE L O S SIGNOS E N L A NARRATIVA D E A U G U S T O CÉSPEDES

Durante un año de la luna, he sido declarado invisible: gritaba y no me respondían, robaba pan y no me decapitaban. JORGE LUIS BORGES

L a historia de Bolivia adquiere u n a significación de intensidad y totalidad c o n la G u e r r a d e l C h a c o ; este acontecimiento p u d o aglutinar el sinsentido de la sangre d e r r a m a d a desde los inicios de la c o l o n i a y p r o c u r ó explicar la tragedia de que lo i n c r e í b l e sucediera todos los días. Durante estos tres a ñ o s aciagos, s u r g i ó u n a c o n c i e n c i a revolucionaria entre los cuadros intermedios de combatientes de la " G u e r r a d e l agua" y sus ideas impactar o n de m o d o contundente en la vida futura de Bolivia. E n t r e los pensadores m á s prolíficos de este g r u p o se encuentra el coc h a b a m b i n o Augusto C é s p e d e s . A r t u r o Jauretche dice que A u gusto C é s p e d e s "es u n o de los intelectuales proscriptos p o r l a inteligentzia . Seguramente a C é s p e d e s se le p o d r í a i n c l u i r e n u n a lista de escritores andinos destinada a completar el c a n o n l a t i n o a m e r i c a n o 1 que p r o p u s i e r o n pensar el antiguo A l t o P e r ú —y p o r e x t e n s i ó n la A m é r i c a Latina— desde otras perspectivas p o r m e d i o de u n a labor intensa desde la literatura, la c á t e d r a , el p e r i o d i s m o y la m i l i t a n c i a política y sindical.

1 Junto a otros bolivianos como Carlos Montenegro y J o s é Antonio Arze y argentinos como Rodolfo Kusch y Gustavo Cirigliano. V é a n s e , para el contexto boliviano, ENRIQUE FINOT, La historia de la literatura boliviana, Gilbe rt, L a Paz, 1 9 6 4 ; FERNANDO DÍAZ DE MEDINA, Literatura boliviana, Aguilar, Madrid, 1 9 5 9 y HERBERT KLEIN, A concise history of Bolivia, Cambridge University Press, Cambridge, 2003, entre otros.

NKFH, L U I (2005), núm. 2, 503-517

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L a o b r a de C é s p e d e s 2 representa l a desgarradora historia de B o l i v i a que, e n ella, es n o m b r a d a , e x t e n d i d a y d i f u n d i d a com o tragedia colectiva e i n t e r m i n a b l e . E n su escritura se hace deliberada l a p o s i b i l i d a d de reencontrar, p o r m e d i o d e l lenguaje, u n a clave que p o n g a f i n a u n ciclo de crueldades. L a narrativa historiográfica y literaria de C é s p e d e s destruye la distancia d e l significado p o r q u e va m á s allá de l a d i s o l u c i ó n que otros autores h a b í a n intentado. S u c o n t e n i d o se sella c o n l a c o n j u n c i ó n extraordinaria de u n lenguaje que expresa y transparenta el complejo proceso de r e c o n o c i m i e n t o de u n a identid a d colapsada. Frente a l a " m a l d i c i ó n " , al "designio fatal", al "destino inescrutable", l a o b r a de C é s p e d e s restituye e l intercambio s i m b ó l i c o en la palabra p o i q u e decide conjurar los fantasmas que h a n p o b l a d o el n o m b r e de B o l i v i a y distanciarse de ese placer perverso, recurrente e n la historia boliviana, p o r restablecer c o n t i n u a m e n t e u n objeto debilitado. Los reconocidos relatos de Sangre de mestizos, las b i o g r a f í a s noveladas —contaminadas de panfleto y autobiografía— y la novela Metal del diablo, entre sus m á s destacados escritos literarios, p u e d e n considerarse c o m o integrantes particulares d e l sistema que constituye la i n d i s o l u b l e o b r a política y literaria d e l cochab a m b i n o . E n su o b r a se e n c u e n t r a n los relatos m á s conmovedores de la G u e r r a d e l C h a c o 3 o la novela s e ñ e r a e n la narrativa de las minas, c o m o es el caso de Metal del diablo. S o n narraciones atravesadas p o r e l p r o d i g i o descriptivo, p o r l a c a p t a c i ó n p r o f u n d a de la p s i c o l o g í a y la afectividad d e l v a l l u n o desterrado e n l a selva o e n las minas así c o m o p o r l a d e n u n c i a de los abusos de p o d e r y la c o r r u p c i ó n e n todos los estratos de l a soc i e d a d boliviana. E n c o n c o m i t a n c i a , ésta es u n a escritura que ofrece otro tipo de r e c o n o c i m i e n t o : el de la revelación de u n a paradoja insostenible, la a f i r m a c i ó n de que u n a o p e r a c i ó n d e l lenguaje p u e d e p r o d u c i r y distribuir otros valores y que p u e d e retornar al c o n o c i m i e n t o de l a realidad mediante artefactos s i m b ó l i c o s . D e a h í que la palabra provoque u n a c i r c u l a c i ó n i n tensa d e l deseo e n el i n t e r i o r m i s m o d e l relato. 2 H e a q u í las obras a las que h a r é referencia: El presidente colgado, jorge Alvarez, Buenos Aires, 1966; Metal del diablo, Palestra, Buenos Aires, 1960;

Sangre de mestizos, Juventud, L a Paz, 1969; Empico enamorado, Universo, L a

Paz, 1968. E n adelante cito por estas ediciones, por título y n ú m e r o de p á g i na entre p a r é n t e s i s . 3 Dice J o a q u í n Edwards Bello: "Ninguna obra de reclame comercial o turístico p o d r á encender tanto amor a Bolivia como las p á g i n a s de C é s p e d e s " .

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LA NARRATIVA DE AUGUSTO CÉSPEDES

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Es u n a escritura inau gur al e n el sentido que desborda sus propios límites para explorar u n proceso inverso a la e x p i a c i ó n y a l a d e s t r u c c i ó n , para, en cierta f o r m a , exorcizar la r e p e t i c i ó n de u n m o d e l o de p r o d u c c i ó n ( e c o n ó m i c a , lingüística, simbólica) que h a deglutido a u n a n a c i ó n .

E L CHACO

Sangre de mestizos encarna la c o m p r e n s i ó n de que lo imaginariamente proyectado se h a disgregado: el ejército, la dirigencia, l a c o n c i e n c i a g e o g r á f i c a e histórica, la voluntad p o l í t i c a . . . Revela, desde el título, la a d h e s i ó n d e l autor a u n p r o g r a m a político y u n proyecto social que t o m a r á f o r m a de a c c i ó n revolucionaria c o n la c r e a c i ó n d e l M o v i m i e n t o Nacionalista R e v o l u c i o n a r i o y c o n la R e v o l u c i ó n de 1952. E n ambos casos, el c o n t e n i d o prog r a m á t i c o de base se fundaba e n u n sentido x e n ó f o b o y rec o n o c í a en la raza mestiza su elemento aglutinante. Rene Zavaleta M e r c a d o explica " l a carga i d e o l ó g i c a d e l M N R " destac a n d o el sentido de su nacionalismo: Pero la lucha de clases, crux del éxito del movimiento, no en el sentido de la posición marxista, "que —lo decía Montenegro— se siente clase en vez de sentirse nación", sino entendiendo la historia de Bolivia como la contradicción antagónica entre la nación, es decir, las clases nacionales, la plebe considerada en su hecho de conjunto, y la oligarquía o la anti-nación o antipatria 4 . L a "cuestión d e l C h a c o " c u m p l e la f u n c i ó n de iniciar u n a movilización d e m o c r á t i c a y la f o r m a c i ó n de conciencia, ya que, e n p r i n c i p i o la guerra i m p a c t ó p o r el m i s m o h e c h o de llegar al C h a c o —territorio existente, real— d o n d e las situaciones, los roles y los personajes sociales h a n sido aniquilados; h a n sufrido u n efecto de c o n f l a g r a c i ó n . E l C h a c o se sitúa m á s allá de u n proceso p r i m a r i o de c o n t r a d i c c i ó n , de ambivalencia. Se trata de la muerte, de la ausencia, en definitiva, d e l sac r i f i c i o . P u e d e decirse que hasta l a g u e r r a d e l C h a c o , c a d a sacrificio e n l a historia boliviana se dispersaba s i m b ó l i c a m e n t e c o l o c á n d o s e en u n j u e g o de m á s c a r a s y falsificaciones. Sangre

4

p. 87.

Clases sociales y conocimiento, Los Amigos del Libro, Cochabamba, 1988,

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de mestizos y otras obras referidas a la matanza intervienen en la r e a b s o r c i ó n d e l proceso h i s t ó r i c o e n fuerza y e n potencia; i m p l i c a n u n discurso que puede reproducirse s e g ú n u n estatuto diferente. E l simulacro d e l lenguaje devela la i r o n í a de la Historia que, p o r m e d i o de u n a nueva g e n e r a c i ó n de sentido, a n u l a el proceso general d e l capitalismo, es decir, la i n d i s c r i m i n a c i ó n del i n d i v i d u o c o m o fuerza de trabajo. Desde el p u n t o de vista de la p o s e s i ó n , el C h a c o n o fue u n territorio realmente p o s e í d o , p e r o sí lo fue imaginariamente. Los vallunos, referidos p o r C é s p e d e s , arrojados a este m o n t e de densidades climáticas, insectos y enfermedades, creyeron en el alocado p r o n ó s t i c o de la clase dirigente de dejar sentada, en p r i m e r t é r m i n o , su existencia, y luego, su presencia e n el m a p a "de la patria". Sin embargo, u n j u e g o malicioso de comprobaciones y de preguntas sin respuesta llevó a la c o n c i e n c i a de que el territorio deseado era simplemente extranjero. P o r desconocido y p o r ajeno. Más aun, la selva c h a q u e ñ a devela u n a esencia irónica que sacrifica a los andinos desterrados. U n arco de tensiones configura el r e c o r r i d o siniestro de u n objeto deseado que —en devolución— o p o n e su silencio, se muestra c o m o abism o y, esencialmente, asume su c o n d i c i ó n de victimario. Los relatos se despliegan desde diferentes n ú c l e o s de sentido. L a efectividad d e l discurso narrativo reside e n la r e p e t i c i ó n f o r m a l d e l dispositivo que a p u n t a a mostrar la inconsistencia de u n a m a q u i n a c i ó n falsa y agotada en sí misma. C é s p e d e s ren u n c i a a u n formato g e n é r i c o c a n ó n i c o para fluctuar e n u n a e x t e n s i ó n laxa sin p r e t e n s i ó n novelesca; u n a e x t e n s i ó n que exp l o r a la t e n s i ó n d r a m á t i c a , las descripciones poderosas y los finales inesperados. L a i n d e f i n i c i ó n g e n é r i c a , n u n c a inocente, permite d e s c o m p o n e r u n a trama social "abigarrada" e n u n a respuesta definitiva a la histórica m a n i p u l a c i ó n d e l destino de Bolivia. E n " E l p o z o " , la e x c u r s i ó n de la c u a d r i l l a a b r i e n d o picadas —soldados eliminados c o m o sujetos, sin d i s p o n e r de su p r o p i o c u e r p o n i de su elección— anticipa la c o n d i c i ó n d e l m o n t e que los o p r i m e devenido e n tumba. Resulta evidente que antes de la o r d e n de cavar el pozo, la t u m b a está e n el territorio chaqueñ o c o m o p a r t í c u l a s ele su materia: "la calor": "fragua del monte", "fantasma transparente", "fiebre cotidiana" el aire: "torrente del sol", "beso del horno"

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el suelo: la sed:

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"muerte blanca", "duro como cemento" "agonía diaria".

L a e x c a v a c i ó n d e l p o z o eclipsa al i n d i v i d u o y hace desaparecer la r e a l i d a d y sus soportes: Sigue el trabajo. E l pozo va adquiriendo una personalidad pavorosa, substancial, devoradora... Conforme pasa el tiempo, cada vez más les penetra la tierra mientras más la penetran, incorporándose como por el peso de la gravedad al pasivo elemento, denso e inacabable. Avanzan por aquel camino nocturno, por esa caverna vertical, obedeciendo a una lóbrega atracción, a un mandato inexorable que les condena a desligarse de la luz, invirtiendo el sentido de sus existencias de seres humanos... (Sangre de mestizos, " E l pozo"). L a t e n s i ó n descendente aparece distorsionando cada categ o r í a b e n é f i c a . L a c u a d r i l l a conoce su trabajo y el precario camp a m e n t o se ofrece c o m o guarida; empezar a cavar el p o z o invierte el sentido de conocer en desconocer p o r q u e cada personaj e se c o n t a m i n a de la i n s e g u r i d a d de buscar agua. E l pozo, e n tanto objeto fantaseado, augura frescura e n los pies descalzos de los andinos y cada d í a de trabajo parece dejarse poseer. S i n embargo, el paso d e l tiempo que —en su c o n d i c i ó n de fantasead o es, e n consecuencia, desfigurado, trasmutado— es a la vez " t i e m p o fijo" y " s u e ñ o de c a í d a infinita", se materializa e n el ter r o r de perderla o r i e n t a c i ó n , el sentido y los mismos cuerpos ya cubiertos de polvo. C o m p l e m e n t a r i a m e n t e , gravita la m o r t u o ria a n t i c i p a c i ó n " d e l polvo que vuelve al polvo": Cada vez que los veo me dan la sensación de no estar formados por células, sino por moléculas de polvo, con tierra en las orejas, en los párpados, en las cejas, en las aletas de la nariz, con los cabellos blancos, con tierra en los ojos, con el alma llena de tierra del Chaco (Sangre de mestizos).

L a batalla final regresa al ideal de p o d e r disponer de l a vida, de vencer, de vivir. L a trama se invierte en objeto vacío, inaccesible y p o r tanto inútil y peligrosa: m o r i r en la guerra d e l C h a c o . E l p o z o , objeto ambivalente, que h a b r í a dado agua ent e n d i d a c o m o salvación, c o m o v e h í c u l o , c o m o m u t a c i ó n , qued a fijado e n la i n m u t a b i l i d a d s i m b ó l i c a de la t u m b a de los muertos e n combate.

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E n esta situación de o r f a n d a d , la guerra se convierte e n vacío, en u n a m a r c h a sin apuestas que permanece entregada a u n a d r a m a t i z a c i ó n artificial. L a cualidad de fatal de este suceso p o d r í a leerse, e n C é s p e d e s , c o m o u n a escalada a los extremos en u n m o v i m i e n t o d u a l e indefectiblemente destructivo, es decir, la autenticidad de la l u c h a se pierde e n u n a tensión luctuosa d o n d e el segundo t é r m i n o a n i q u i l a cualquier bienestar imaginado: conocer/desconocer, tener/perder, vivir/morir. D e m a n e r a que los relatos p o t e n c i a n el choque, la e x t r a ñ e z a y la i r r e a l i d a d e n u n n ú c l e o de sentido que p o n e en evidencia la d i s p e r s i ó n d e l objeto deseado. A p a r e n t e m e n t e , cada episodio e n Sangre de mestizos t o m a "parcelas" de la realidad p o r m e d i o de a n é c d o t a s diferentes, es allí d o n d e los n ú c l e o s de sentido hacen que el lenguaje se convierta en acontecimiento p u r o . L a f o t o g r a f í a encontrada, el a m o r p e r d i d o , la naranja apetecida p o r el agonizante, las ratas de cada n o c h e o el pozo f u n c i o n a n c o m o equivalentes virtuales de u n territorio n u l o y desaparecido: e n definitiva, la traged i a de la guerra.

LAS MINAS

L a revisión de la c u e s t i ó n del C h a c o f o r m a parte de lo que p o d r í a llamarse el aparato mítico de las movilizaciones que dese m b o c a r o n en la r e v o l u c i ó n de 1952. E l M N R —cuyos i d e ó l o gos de base f u e r o n Augusto C é s p e d e s y Carlos Montenegro— se integra, luego de la matanza de Catavi, o c u r r i d a en 1941, "a los movimientos reivindicacionistas e n las minas que hasta esta fec h a h a b í a n t e r m i n a d o en el aislamiento y la r e p r e s i ó n localizada, sin verdadera r e p e r c u s i ó n e n la política n a c i o n a l c o m o t a l " 5 . Catavi precipita la c a í d a d e l presidente P e ñ a r a n d a y el gob i e r n o de V i l l a r r o e l adquiere el sentido de u n pacto entre los movimientos mineros y la d i r i g e n c i a p e q u e ñ o burguesa de grupos c o m o el M N R . Estos hechos t o m a n vigor en el discurso de C é s p e d e s cuya o b r a n o p u e d e reducirse a u n reflejo de la realidad de su país n i a u n a d e n u n c i a . T o d o lo contrario, su i d e o l o g í a desborda la escritura c o m o d e s b o r d ó los acontecimientos que se desencad e n a r o n luego de la guerra d e l C h a c o . Se trata de u n a o b r a crí5

Cf.

R. Z A V A L E T A M E R C A D O , op. cit, p.

23.

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tica, incluso, d e l d o m i n i o p r o p i o de su i d e o l o g í a y de su m i l i tancia. D e a h í que leer sus libros c o m o aislados le restaría plen i t u d y convocatoria; l a literatura de C é s p e d e s es u n proceso, u n continuum, que a n u l a l a d i f e r e n c i a c i ó n superficial de g é n e ros, asuntos y hechos históricos. L a i n t e r p r e t a c i ó n crítica y l a p r o p u e s t a estética se disuelven e n u n a instancia a l e g ó r i c a que traspone pensamiento, palabra y acontecimiento. E n este sentido, l a novela Metal del diablo, forjada m á s allá de l a r e p r e s e n t a c i ó n de l a realidad, p r o d u c e u n vuelco alegórico que supera la d e g r a d a c i ó n de la vida e n las minas bolivianas, a su fantasma negativo y a su carga de estigmas. Materializa u n a e n e r g í a latente para volverse e l signo descifrable de l a crítica a l a o l i g a r q u í a de los empresarios mineros y terratenientes. U n a o p e r a c i ó n basada e n p r i n c i p i o s de s i m b o l i z a c i ó n dispersa a l C h a c o e n u n a d i f e r e n c i a c i ó n de singularidades —el pozo, las a l i m a ñ a s , la sed, el valor militar, e l hospital de veteranos— y e n u n p r o c e d i m i e n t o de r e a b s o r c i ó n , e l C h a c o se revierte e n l a instancia de n a c i ó n atravesado p o r l a clausura de u n lenguaje que dice l o n o d i c h o : Ahora eres patria, Chaco, de los muertos sumidos en tu vientre en busca del alma que no existe en el fondo de los pozos...

(Sangre de mestizos).

C o n l ó g i c a idéntica, l a c r e a c i ó n d e l personaje de Z e n ó n O m o n t e articula la historia inverosímil de S i m ó n Patino c o n l a i n c r e í b l e historia de Bolivia. A p a r e n t e m e n t e , C é s p e d e s h a b r í a optado p o r repetir l a historia d e l legendario m i n e r o . N o obstante, c o m o artista n o muestra la realidad sino, c o m o d i c e j e a n L y o t a r d 6 , l o que muestra es " e l j u e g o de sus figuras e n e l ord e n de l a p e r c e p c i ó n y d e l lenguaje". A l convertirse Patino e n O m o n t e , se e x p o n e su fantasma c o m o realización del deseo y c o m o p r o c e d i m i e n t o estético. Allí se consolida e l s í m b o l o . A p r o p ó s i t o , Borges escribe: " O m i t i r siempre u n a palabra, r e c u r r i r a m e t á f o r a s ineptas y a perífrasis evidentes, es quizá e l m o d o m á s enfático de i n d i c a r l a " 7 . L o que define a Metal del diablo es su c a r á c t e r p u r a m e n t e novelesco p o r q u e apunta a totalizar e l sentido a la vez que hace a m b i g u o e l referente. Escribir la vida

6

7

Derive a partir de Marx etFreud, U n i o n G e n é r a l e d'Editions, París, 1973. J O R G E L U I S B O R G E S , Ficciones, Alianza, Madrid, 1998.

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de Patino en u n formato novelesco significa crear u n a cosmog o n í a , u n universo c o n leyes propias que al m i s m o tiempo se d e t e r m i n a e n u n a reversibilidad c o n la realidad al configurarse en s í m b o l o . Su p r i n c i p i o de f u n c i o n a m i e n t o tiene que ver c o n crear u n universo verosímil que toma p e r m a n e n t e m e n t e datos verificables tales c o m o informaciones de p e r i ó d i c o s , cifras y n o m b r e s reales para, inmediatamente, negarlos e n u n a proliferación figurativa que q u e d a fijada en el i n t e r i o r d e l ciclo simbólico. L a novela c o m i e n z a c o n unas notas bajo el título de "Avisos e c o n ó m i c o s " que parecen asegurar el i n i c i o del relato de u n a historia "verdadera" y, p o r ello, documentada, "certificada" e n archivos y p e r i ó d i c o s . L a lista d e avisos se cierra c o n la i r o n í a —también c o n t e n i d a en el título de la novela— de desmentir la verdad de los acontecimientos que se n a r r a r á n . U n proced i m i e n t o estético, c o m o e n este caso es la ironía, volatiliza el espectro de los datos "verdaderos" y los moviliza hacia u n a fuerza ambivalente capaz de conceder reversibilidad y potenciar el intercambio. E n sentido envolvente, el m i s m o p r o c e d i m i e n t o de inversión o p e r a m e t o n í m i c a m e n t e entre la r e p r o d u c c i ó n de la noticia "aparecida e n p e r i ó d i c o s de N u e v a Y o r k " y el c a p í t u l o 2, " C l i m a d e l valle". Opuestos discursiva y t i p o g r á f i c a m e n t e , presentados el u n o c o m o infracción d e l otro, ambos capítulos conf o r m a n el p l a n de la novela, es decir, e x h i b i r la disolución de la r e p e t i c i ó n —de lo fantasmal— para apresar la escandalosa histor i a de la m i n e r í a boliviana en la circulación d e l o r d e n simbólico. E l anclaje s i m b ó l i c o se establece en leyes sutiles que se sustentan e n la a m b i g ü e d a d y la polisemia dispuestas e n u n a s u c e s i ó n de referentes distorsionados. Entonces, a la transcripc i ó n de la n o t i c i a p e r i o d í s t i c a sucede la n a r r a c i ó n de "la m u í a de o r o " que Z e n ó n e n c o n t r ó . E l episodio de la m u í a de oro y la m u í a de o r o p o r sí m i s m a i n i c i a n u n a s u c e s i ó n a l e g ó r i c a de eslabones que se i m p l i c a n y se c o n t i e n e n unos e n otros e n la superficie discursiva: Comprobada la practicabilidad del vado, se introdujo a la muía que llevaba el cajón de madera conteniendo oro, y fue fatalmente ésta la que tropezó, resbaló y cayó. Envuelta por las aguas, fue arrastrada un corto espacio en su turbio desorden de piedras y remolinos. Los arrieros agarrándose como sapos de los pedro-

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nes, vieron que la carga se desprendió de los lomos del animal y desapareció en el torrente... L a muía descargada logró salir por sí misma, llena de barro, hacia la orilla. Entonces fue necesario que bajase la creciente para buscar el cajón... (Metal del diablo, p. 20).

E n t r e los muchachos que buscaron el c a j ó n , Z e n ó n fue q u i e n l o halló. E l episodio f u n c i o n a c o m o el e n u n c i a d o de lo posible y de lo imposible: de q u i é n es Z e n ó n , de q u i é n será. L a p r i m e r a frase " L a m u í a de oro cayó al r í o . . . " i n d i c a , en su amb i g ü e d a d , que el lugar deseado es C o c h a b a m b a , sus valles, su río: la infancia. E n segundo, a n u n c i a que este espacio será u n r e c u e r d o para Z e n ó n , que él estará e n otro lugar, e n otro pensamiento y en otro destino. Y, finalmente, la m u í a de oro aglutin a u n o de los sentidos fundantes de la novela, es decir, el suceso excepcional de que u n c h o l o de Karasa encuentre u n tesoro, el suceso e x c e p c i o n a l de que lo imposible sea posible. L a p o t e n c i a de esta i m a g e n reside, de suyo, en que el encuentro d e l tesoro i m p l i c a la p é r d i d a d e l p a r a í s o . L a m u í a , a d e m á s de ser u n a m e t á f o r a d e l destino de Z e n ó n y en e x t e n s i ó n de la n a c i ó n , f u n c i o n a c o m o la a b s o r c i ó n de l a m u l t i p l i c i d a d de i m á g e n e s que c o n f o r m a n n ar r a ti vam e n te el itinerario vital d e l c h o l o de Karasa. L a m u í a de oro se traslada a otros espacios, es la llave que hace posible el hallazgo de l a veta de e s t a ñ o m á s grande d e l m u n d o . D i e z a ñ o s d e s p u é s , c u a n d o Z e n ó n está e n O r u r o , encuentra casualmente a d o n Rigo, el d u e ñ o de la m u í a que, en nostálgico agradecimiento, lo r e c o m i e n d a en la casa Bottger, d o n d e el c h o l o a p r e n d e r á a "apreciar" metales. Este episodio está enm a r c a d o p o r u n s u e ñ o de borrachera: Retornó a su cuarto y se acostó. Antes de sumergirse en un sopor, sintió resonar en su cerebro palabra nuevas e inauditas... Alantaña, barrilla,

ingenio,

IJyuni, pina de plata, y vio las caras de Francis-

co I y de d o n Rigo, llenas de confetti que se esparcían entre los cristales rotos en el fondo del sueño (Metal del diablo, p. 46).

Es u n s u e ñ o p r e m o n i t o r i o , anclado en la tradición popular, a m b i g u o e n su significación, p r i n c i p i o de peripecia y que deja adivinar la c o n t r a d i c c i ó n de fortuna y desgracia implícita e n la historia. L a trayectoria dialéctica de Z e n ó n está marcada p o r el deseo p r o f u n d o de cambiar su destino y aparece movilizada p o r la m e t á f o r a de la ínula de oro que aflora, d e s p u é s d e l en-

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cuentro c o n d o n R i g o , e n los personajes que e n c a d e n a r á n el ciclo s i m b ó l i c o c o m o el reverso d e l p r o p i o Z e n ó n . Estos personajes son N e p o m u c e n o Ramos, el i n d i o H u a c h i p o n d o y su c o m p a ñ e r o Cisco. T o d o s estos están conectados directamente c o n el s u e ñ o p r e m o n i t o r i o y pertenecen, en tanto sujetos d e l saber, al o r d e n de la p r e d e s t i n a c i ó n . E l destino c o m o f o r m a recurrente se representa, e n consecuencia, c o m o d u p l i c a c i ó n . Los indios eran conocedores de minas y vetas desde el t i e m p o de los e s p a ñ o l e s , " H u a c h i p o n d o . . . p a r t í a las rocas superficiales, para llevar hasta los poblados pedazos de piedras relucientes que maravillaban a los blancos" (Metal del diablo). A c o n t i n u a c i ó n , este pasaje de la novela se cierra c o n u n listado de fechas y el recuento de bocaminas agregados c o m o datos fidedignos e n u n a nota al pie. E l relato se vale, otra vez, de procedimientos que i n v o l u c r a n la reversibilidad y p o t e n c i a n la verosimilitud, c o m o m o d o de rehabilitar lo fantasmal. E l pasaje i n m e d i a t o c o m i e n z a d i c i e n d o : " M á s r e l u c í a n , empero, las historias d e l comerciante e s p a ñ o l J o s é C e n t e n o " . Los ecos d e l "cristal r o t o " ofrecen su m á x i m o de intensidad. C o r r e esquiva y fantasmal entre los parroquianos la historia de H u a n chaca q u e j ó s e C e n t e n o procede a aclarar, a hacer " r e l u c i r " : es la historia de A r g a d o ñ a , u n c h o l o que, c o n el secreto de u n i n dio, encuentra u n a m i n a de plata. Z e n ó n p u e d e oír el final de la c o n v e r s a c i ó n c o n el suspiro: "—¡Quién fuera A r g a d o ñ a ! " . De este m o d o , todos los signos de brillar, relucir, resplandecer, se exp l i c a n r e c í p r o c a m e n t e ; los encadenamientos tienen sentido y tienen relaciones. Los indios, N e p o m u c e n o , C e n t e n o , los que saben, son los gestos d e l tiempo que d e s a p a r e c e r á y d e l que se realizará. Nep o m u c e n o es q u i e n "aprecia" metales, los toca, los sopesa, los observa; H u a c h i p o n d o dice que sus llamas se c o n v i r t i e r o n en llamas de plata, Cisco es q u i e n w l a veta p o r p r i m e r a vez: S i n hablar, O m o n t e coge algunos fragmentos y los saca a la luz d e l d í a . Negros y brillantes destellan al sol. N e r v i o s o saca m á s ped r u z c o s . . . todos, todos e r a n pedazos de roca, de colores furtivos y s o m b r í o s , c o n fulgores astrales, pesan cada vez m á s , i r r a d i a n , q u e m a n c o m o meteoros, transmiten a las manos de Z e n ó n O m o n t e u n a c e r t i d u m b r e portentosa c o m o el a l u m b r a m i e n t o : el i n d i o Cisco Tajuara h a cortado la veta de e s t a ñ o m á s r i c a d e l m u n d o (Metal del diablo, p. 88).

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E l e n c a d e n a m i e n t o de signos contenidos en N e p o m u c e n o y H u a c h i p o n d o , al trasladarse a Z e n ó n , establece u n contrato de i n t e r c a m b i o , n o de alianzas sino de apariencias. L a m i n a tiene u n m u e r t o y H u a c h i p o n d o lo sabe. Allí, la fortuna se reviste de f o r m a e x t r a ñ a e inaceptable, se revierte e n desgracia. Z e n ó n transita de la p r e m o n i c i ó n a l " a l u m b r a m i e n t o " y la p o s e s i ó n d e l "metal c a í d o de u n estrella", e n tanto d u p l i c i d a d de los sujetos d e l saber, en sujeto d e l poder. E l p o d e r n o puede ser ejerc i d o c o m o facultad u n i d i r e c c i o n a l de d e c i d i r sobre la vida de los d e m á s 8 , p o r el contrario, se j u e g a en l a a m b i g ü e d a d que hace girar, a q u i e n lo ejerce, alrededor de u n siniestro privilegio. De esta i r o n í a se d e s p r e n d e n los males que sostienen l a existencia d e l rey d e l e s t a ñ o . L a m i n a "que tiene u n m u e r t o a d e n t r o " es la contrapartida de la m u í a de oro y las llamas de plata. E n u n a o p e r a c i ó n de equivalencia, l a desgracia, igual que la fortuna, q u e d a fijada en signos de cristal roto, de b r i l l o y de fulgor. L a i r o n í a se condensa en el título de la novela: el metal c a í d o de u n a estrella es al mismo tiempo el metal d e l diablo. C o n valor opuesto, l a desdicha se significa encadenada y p o t e n c i a d a e n sacrificios y masacre. Se a c u m u l a r á p i d a m e n t e —como la f o r t u n a d e l rey del estaño— y sus signos c i r c u l a n i n versos a la fortuna: d e l subsuelo boliviano, al suelo, a Z e n ó n ; de Z e n ó n , al suelo, al subsuelo. L a p r i m e r a a p r o x i m a c i ó n de los males a Z e n ó n son las pecas de A n t o n i a ; cual chispas, la comp r a d o r a d e l rifle las lleva c o m o la revelación d e l estigma de la e x p u l s i ó n d e l p a r a í s o —Cochabamba— y d e l muerto dentro de la m i n a . Las lleva, a d e m á s , c o m o consecuencia de la fatalid a d que sacrifica el encanto d e l b r i l l o d e l metal a la vez que l o p r o d u c e . E l rifle que trae A n t o n i a viene a c o m p a ñ a d o de u n presentimiento amargo: "¿Qué t e n d r á el (hijo) m e n o r que n o quiere m a m a r y l l o r a de continuo?". L a e x p l i c a c i ó n d e l título de la novela o c u p a las primeras líneas de "Avisos e c o n ó m i c o s " y da paso a la paradoja que contam i n a l a totalidad del universo novelesco. Siendo en sí m i s m o u n e n u n c i a d o p a r a d ó j i c o —por cuanto lo i n f e r n a l se asocia a l a oscuridad y lo m e t á l i c o a la luminosidad— la eficacia s i m b ó l i c a se l o g r a p o r el efecto de sentido de que el " p r e c i o " de lo brillante se m i d e c o n u n a m e d i d a m o r t u o r i a y p o r la estrategia 8

Cf. J E A N B A U D R I L L A R D , Las estrategias fatales, Anagrama, Barcelona, 1984,

p. 77: "el poder, igual que la verdad es ese lugar v a c í o que hay que saber no ocupar nunca, pero que hay que saber producir".

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narrativa característica que, para este caso, elige C é s p e d e s , es decir, volver a m b i g u o el referente verificable acreditando fuentes autorizadas c o m o el National

Geographic

Magazine.

E n el universo novelesco, l a enfermedad d e l hijo, figurada en gritos, dentelladas y desmayos fulminantes, lleva consigo la d i s c r i m i n a c i ó n y c o n ella l a mortificación. E l tema de l a e n f e r m e d a d i m p l i c a el e n c a d e n a m i e n t o de desdichas —sob r e e n t e n d i d a e n u n sistema p r o p i o de signos— y lleva e n sí l a c o n t a m i n a c i ó n , es decir, " e l enfermo es t a m b i é n m o r t í f e r o y se venga c o m o puede". E l hijo, convertido e n peligroso, al com i e n z o negado, d e s p u é s apartado, finalmente encerrado, d a r á a la vida de los O m o n t e tocio su potencial de maleficio. Tales maleficios se organizan encadenados y, e n preponderancia, tienden a abarcar l o social; los "fulgores astrales" se der r a m a n sin d e b i l i d a d sobre Z e n ó n , e n q u i e n toma sentido el intercambio de acuerdo c o n u n sistema de p r o f u n d i d a d causal. E n e l á m b i t o p ú b l i c o , l a figura de Z e n ó n se activará p o r m e d i o de los pleitos, instalados narrativamente desde l a c o m p r a d e l r i fle y a l e g ó r i c a m e n t e desde l a sociedad c o n N e p o m u c e n o y l a t r a n s a c c i ó n c o n H u a c h i p o n d o . L a otra cara de los cristales rotos a c t ú a c o m o m a l d i c i ó n e n las demandas y e n l a puesta e n j u e g o de l a c o n d i c i ó n de avaro d e l protagonista; e l pleito es el aglutinante de las relaciones sociales que establece. L o s signos d e l resplandor se especifican e n colores que van de l o á u r e o y plateado (la m u í a de oro, las llamas de plata, el meteoro) al roj o d e l llanto d e l n i ñ o enfermo y de l a rabia d e l rey d e l e s t a ñ o e n u n e n c a d e n a m i e n t o fatal. L a i l u m i n a c i ó n opera su tendencia infernal (los accidentes c o n dinamita, las ráfagas de rifle, la sangre regada e n l a plaza) y va del cielo al subsuelo y de l a opul e n c i a al sacrificio: G o l p e a n d o la mesa de su escritorio, la i n d i g n a c i ó n lo sofocaba, i n c e n d i á n d o l e c o n el riego congestivo que le i n u n d a b a los p ó mulos de rojas redecillas venosas: — ¡ N o s e ñ o r ! ¡ Y o n o m e hago robar! H a n c r e í d o que p o r q u e soy O m o n t e d e b o . . . d e b o . . . (Metal del diablo, p. 208).

L a m i n a es la f o r m a consumada del m a l p o r q u e se sitúa en el límite de l a e x t e r m i n a c i ó n y d e l suplicio sin f i n . L o s mineros son condenados a nacer y a m o r i r e n el averno s u b t e r r á n e o . E l valor de sus vidas se codifica e n el desvío y la opacidad del valor sígnico. E l enjambre h u m a n o , que arranca de las e n t r a ñ a s de

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l a tierra al vengativo metal, responde al m á s avanzado proceso de m a n i p u l a c i ó n de la r e l a c i ó n social: reducidos a significar seg ú n la ficha que dejaron a la entrada de la b o c a m i n a , determinados al silencio y al e n s o r d e c i m i e n t o d e l centro d e l planeta. E l c o n t r o l , para el caso de la m i n e r í a boliviana, responde a u n a m u t a c i ó n que corroe la c o n d i c i ó n h u m a n a a través d e l trabajo forzado, el aire c o n t a m i n a d o y la negativa a los derechos civiles. L a i n s c r i p c i ó n d e l d o l o r se formaliza en la d e s c r i p c i ó n de la vid a e n las minas. Su sentido m e t a f ó r i c o se absorbe p o r el pacto Z e n ó n / d i o s a i n o r g á n i c a . L a m i n a , e n su ritual de muerte, representa las tinieblas a las que Z e n ó n es arrojado c u a n d o huye de C o c h a b a m b a . E l paso d e s c o m u n a l entre la f o r t u n a y la desd i c h a , entre la riqueza y la miseria es, en definitiva, el intercamb i o s i m b ó l i c o de las diferencias entre lo astral y l o i n f e r n a l : d e l "metal c a í d o de u n a estrella" al "metal d e l d i a b l o " . Intuición d e l m a l y de la muerte, lugar de la d e g r a d a c i ó n y el encierro, la m i n a se codifica m í t i c a m e n t e en signos de lo i n f e r n a l d o n d e " l a dantesca oscuridad", el fuego, el sulfuro y el polvo dejan fij a d o el sentido del agujero y d e l h o r n o c o m o tumba. L a o r g a n i z a c i ó n de la m i n a es u n espacio neutralizado a la vez que lugar de la i n d i f e r e n c i a y l a r e p r o d u c c i ó n d e l sistema e c o n ó m i c o que la genera. Es t a m b i é n , c o m o e n el caso de las ciudades, u n a r e p r o d u c c i ó n hacia la p r o f u n d i d a d de la dest r u c c i ó n s i m b ó l i c a de las relaciones humanas. E n esta " u r b a n i d a d " , l a muerte hace j u g a r entre sí a todos los signos bajo l a alternancia fácil de l o sano p o r lo enfermo, de los cuerpos p o r el metal "apreciado" y de la i n d i s c r i m i n a c i ó n n o c h e / d í a c o m o m o d o de anular l a t e m p o r a l i d a d p o r q u e todo siempre es oscur o e n esta cara d e l "cristal r o t o " (lugar d o n d e p u e d e intercambiarse otro m o m e n t o , el de n a c i m i e n t o / m u e r t e , sin ser u n o t é r m i n o d e l otro sino u n a noche i n d e t e r m i n a d a p o r el abuso). E n el c a m p a m e n t o m i n e r o , l a muerte se readapta e n el m a l de m i n a , los accidentes y la a l i m e n t a c i ó n deficiente. Se a n u n c i a e n estos signos, se perfecciona m e t a f ó r i c a m e n t e e n c o m p l i c i d a d entre la diosa m e t á l i c a y la avaricia de Z e n ó n , y se fija simb ó l i c a m e n t e e n la f u n c i ó n de la m a n i p u l a c i ó n e c o n ó m i c a y d e l c o n t r o l social. U n cuerpo, c o n m i n a d o a ser violentado, neutralizado o sil e n c i a d o , rechazado o mortificado, r e d u c i d o a la u t i l i d a d pesad a e n especies e n l a p u l p e r í a de O m o n t e , p o d r á instalar e n e l vacío el m o m e n t o de u n a c o n t i g ü i d a d histórica que disuelva l a s i m u l a c i ó n d e l cuerpo y que lo restablezca e n su naturaleza me-

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diante la protesta y la huelga. P e r o n o se trata de u n proceso de liberación i n s t a n t á n e o ; si la protesta se generaliza, el veto sobre el c u e r p o se perfecciona en el soporte de la r e p r e s i ó n . E n este caso, l o que sí se generaliza es la referencia que Metal del diablo pretende p o t e n c i a r b a s á n d o s e e n p r o c e d i m i e n t o s estéticos reveladores de la paradoja y la ironía; c o n ellos p o n e en evidencia el reverso s i m b ó l i c o de la a c u m u l a c i ó n de riquezas y su p r e c i o : la matanza de Catavi. C é s p e d e s d e d i c a el c a p í t u l o "Filón de sangre" para mostrar e n detalle los entretelones de la huelga, la llegada d e l ejército y la r e p r e s i ó n final. Esta previsible s u c e s i ó n de la a n é c d o t a se despoja de su f o r m a concreta para actuar desde el fulgor transm u t a d o en el rojo y el c o l o r i d o desorden de p o n c h o s y sombreritos r e d o n d o s e n que se h a convertido la m u l t i t u d . Es en la c o n f u s i ó n y e n el presentimiento de la sangre d o n d e la muerte se instala c o m o p r i n c i p i o fundante. Igual que la figura de Zen ó n , este m o m e n t o crucial es opacado c o n signos de "desmentida" —en sentido freudiano— y de fulgor: U n a a l e g r í a rojiza i l u m i n ó los rostros de los altos empleados. —Ahora que g r i t e n . ¡ A h o r a los va a hacer h u m e a r a estos bandidos!... L o s tumultos c r e c í a n e n f o r m a de r u m o r , i r r a d i a n d o u n pavoroso malestar de p o b r e z a e n f u r e c i d a . L o s fusiles de nueva fracc i ó n de soldados a p a r e c i e r o n delante de los o b r e r o s . . . el p u e b l o q u e d ó e n u n a i n m o v i l i d a d a t ó n i t a que s ó l o rayaron unos disparos aislados de fusil. Puertas cerradas. T o d o q u i e t o : las casuchas, los cuerpos c a í d o s e n a d e m á n de fuga, m o s t r a n d o las canillas. S ó l o la sangre c o r r í a l e n t a m e n t e entre el p o l v o y las piedrecitas d e l p a v i m e n t o , debajo de las c a í d a s figuras, c o m o u n a roja somb r a i n f r a h u m a n a (Metal del diablo, p. 204).

L a falsificación de datos y d e l saldo de muertos p o r parte de O m o n t e ( n i n g ú n soldado m u r i ó en la r e p r e s i ó n ) p o d r í a demostrar que la p r o d u c c i ó n de muerte es susceptible de falsificación. S i n embargo, el p r i n c i p i o de realidad n o permite escapatoria, puede revelarse en el sistema a l e g ó r i c o que subvierte el referente en signos que lo revelen. L a cantidad de muertos situada e n la nebulosa de la d i s c u s i ó n de si f u e r o n veintiocho o cientos se sustituye p o r la m o d a l i d a d de u n universo figurado en risas congestivas, ráfagas de ametralladora, sangre c o r r i e n d o entre los adoquines de la plaza y gritos en q u e c h u a que buscan u n m a r i d o desaparecido. Siendo el hallaz-

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go de la veta el p r i m e r centro tensivo de la novela, la matanza de Catavi f u n c i o n a c o m o su doble y su contracara. A m b o s se c o n d i c i o n a n para evidenciar la i m p o s t u r a histórica d e l episod i o de l a m i n e r í a boliviana hacia u n sistema a l e g ó r i c o que juega su " p r o p i a v e r d a d " en el i n t e r c a m b i o de riquezas p o r sangre y de metal p o r diablo. Probablemente, todos los relatos históricos se configuren c o m o simulación y su manera de existir sea la falsificación. Cuand o el valor de p r e e m i n e n c i a de u n a literatura c o m o la de Céspedes reside en su potencia definitoria es cuando puede actuar s i m u l t á n e a m e n t e sobre todas las instancias (lenguaje, referente, i d e o l o g í a , a c c i ó n revolucionaria). Es allí d o n d e puede llevar u n a especie de existencia segunda c o n respecto a la H i s t o r i a y convertirse e n su fantasma, su c o n o c i m i e n t o y su sentido. Estamos frente a u n a o b r a cuya c u a l i d a d es doblemente revolucionaria. Desde lo literario, p o r q u e p o t e n c i a la originalid a d y la capacidad de ilusión para hacer resplandecer u n a f o r m a de lenguaje convertido e n objeto puramente estético. Y desde l o social, p o r q u e consigue i m p o n e r la convicción de que para mostrar u n m u n d o entero y u n acontecimiento totalizador sólo es necesario d e t e r m i n a r c u a l q u i e r a de sus detalles y prefigurar su c a m i n o inexorable. Z U L M A SACCA